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DOMUS:REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP , V. 1, N. 1, …cetepensino.com.br/novosite/wp-content/uploads/2017/06/REVISTADOM... · em Automação Industrial, Tecnologia em Gestão da Qualidade

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

FACULDADE DE TECNOLOGIA – CETEP

Rua Francisco Torres, 768 – Centro

CEP: 80060-130 – Curitiba/PR

Telefone: (41) 3362-1705

http://cetepensino.com.br/

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Biblioteca do CETEP, PR – BRASIL)

DOMUS:REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP , V. 1, N. 1, (jun/dez 2016)

ISSN

PPeriodicidade semestral

TTexto em português.

IIISSN:

1. Automação Industrial. 2. Eletrônica. 3. Gestão da Qualidade

DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

EXPEDIENTE

DOMUS:REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP, V. 1, N. 1, (jun/dez 2016)

ISSN

É uma publicação semestral editada pela Faculdade CETEP de Tecnologia

Rua Francisco Torres, 768 – Centro

CEP: 80060-130 – Curitiba/PR

Telefone: (41) 3362-1705

Associação Cetep de Ensino Superior

email: [email protected]

site: http://cetepensino.com.br/

Diretor Geral

Cassiano Rodycz Vitiuk

Diretora Administrativa

Verônica Rodycz Vitiuk

Diretora Acadêmica

Kamille Rodycz Vitiuk

Editora

Paraguassu de Fátima Rocha

Conselho Editorial

Evildia Aparecida Bassi

Julio Cesar Cristoffer Vieira

Marcio Aparecido Batista

Capa

Rafael Stedile

Paraguassu de Fátima Rocha

Revisão

Paraguassu de Fátima Rocha

Diagramação

Paraguassu de Fátima Rocha

DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

SUMÁRIO

EDITORIAL....................................................................................................................6

ARTIGOS

Análise de resposta em frequência em hastes de aterramento.........................................8

Marcio Aparecido Batista

A importância das redes de Petri no ensino de automação no Brasil ...........................22

Maurício F. Blos

Tecnologia: a importância do uso consciente para manter a saúde ..............................36

Chelin Boeng

Aplicabilidade da análise Swot na estratégia organizacional: um estudo de caso em

uma indústria de pequeno porte de móveis para escritório ...........................................43

Gleison HidalgoMartins

Unidade de descarte de vidros e lâmpadas fluorescentes compactas: um caminho

para a sustentabilidade................................................................................................. 61

José Roberto Nunes

SEÇÃO LIVRE

Tecnologia e Comunicação Empresarial .....................................................................82

Jhonys Biscola

Caminhos da comunicação no ambiente empresarial ..................................................84

Geovane Felipe Goulart Grochoski

Tecnologia da informação e gerenciamento empresarial ............................................86

Halisson Fábio Paulo

O estudo da Comunicação Empresarial e suas aplicações nas empresas ....................87

Eraldo Antonio dos Santos

NORMAS PARA ENCAMINHAMENTO DE ARTIGO ..........................................88

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

EDITORIAL

A Revista DOMUS: Revista Tecnológica do CETEP é uma publicação eletrônica

semestral do corpo docente e discente dos Cursos de Graduação Superior em Tecnologia

em Automação Industrial, Tecnologia em Gestão da Qualidade e Tecnologia em Eletrônica

Industrial da Faculdade de Tecnologia CETEP.

Consciente das transformações do mundo contemporâneo, a publicação tem como

objetivo promover e divulgar a produção acadêmica dos alunos e dos docentes do CETEP

e de outras IES, incentivar a troca de ideias e reflexões sobre os avanços tecnológicos

aplicados às áreas de automação industrial, gestão da qualidade, eletrônica industrial e

áreas correlatas que fazem uso de abordagens teóricas atuais e que contemplem estudos

envolvendo a tecnologia.

O formato eletrônico da revista, que se pretende publicar semestralmente, permite

atingir um público leitor amplo, que inclui professores e alunos de instituições diversas, e

incentivar a continuidade de estudos além da graduação.

Reitera-se, portanto, o objetivo precípuo deste novo veículo de divulgação da

pesquisa em tecnologia, qual seja, proporcionar um espaço estimulante de reflexão crítica e

desenvolvimento de ideais e novas tecnologias, aberto aos pesquisadores iniciantes, a

caminho do aperfeiçoamento científico.

Por esses motivos, é com grande satisfação que lançamos a primeira edição da

DOMUS, dedicado à comemoração dos 30 anos do CETEP, para a qual foram

selecionados quatro artigos escritos por professores e incluímos a seção livre destinada à

publicações dos alunos da instituição.

No primeiro artigo, Marcio Aparecido Batista faz uma análise sobre os sistemas de

aterramento, destacando a segurança como foco principal de seus estudos. Já, Mauricio F.

Bloss, no segundo artigo, destaca como as Redes de Petri funcionam como uma poderosa

ferramenta de modelagem e de fácil entendimento para os pesquisadores (graduandos,

mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos) de RdP focados no ensino de automação no

Brasil. O terceiro artigo, traz uma preciosa contribuição de Chelin Boeng a respeito do uso

consciente da tecnologia com o intuito de minimizar os prejuízos causados por essa ao

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

individuo e sociedade. O quarto artigo, escrito a oito mãos por Gleison Hidalgo Martins,

Gisela Hidalgo Martins, Herman Wiens e Sonia Silva Ferreira Martins, delineia os

princípios da aplicação da análise SWOT em uma empresa de pequeno porte com o

objetivo no desenvolvimento de estratégias para potenciais ganhos na gestão da

competitividade da empresa. No último artigo, José Roberto Nunes demonstra o

desenvolvimento de uma unidade de descarte de vidros e lâmpadas com foco nos aspectos

sociais e de sustentabilidade do planeta.

A seção livre traz quatro análises sobre a disciplina de Comunicação Empresarial

de alunos do curso de graduação em Tecnologia em Automação Industrial, destacando a

importância do seu estudo, bem como da Tecnologia da Informação no ambiente

empresarial.

Esperamos que os temas aqui apresentados fomentem novas discussões e

abordagens e incentivem novas pesquisas, uma vez que o campo da tecnologia é uma

ciência em eterno desenvolvimento.

A editora

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

ANÁLISE DE RESPOSTA EM FREQUÊNCIA EM HASTES DE ATERRAMENTO

ANALYSIS OF FREQUENCY RESPONSE IN GROUND RODS

Marcio Aparecido Batista (Mestre) CETEP

RESUMO: Sistemas de aterramento são essenciais para segurança de equipamentos e pessoas. A sua

capacidade de escoar valores de altas correntes está inteiramente relacionada ao correto

dimensionamento dos elementos que compõem o aterramento, em muitos casos esse dimensionamento

é feito em frequências industriais, ou seja, baixas frequências, o que pode comprometer seu

desempenho. Este artigo busca analisar o comportamento desse sistema de aterramento quando

sujeitos a altas frequências, analisando o comportamento dos valores de impedância em testes

efetuados num protótipo específico e em simulações computacionais.

PALAVRAS-CHAVE: Aterramento. Alta Frequência. Segurança.

ABSTRACT: Grounding systems are essential for equipment and people safety. Their ability to drain

high current values are entirely related to the correct dimensioning of the elements of the earth , in

many cases this scaling is done in industrial frequencies, ie , low frequencies , which can compromise

their performance. This article seeks to analyze the behavior of grounding system when subjected to

high frequencies by analyzing the behavior of impedance values in tests performed in a specific

prototype and computational simulations.

KEY WORDS: Ground. High Frequency. Safety.

Introdução

Os equipamentos que compõem um sistema elétrico de potência estão sujeitos,

rotineiramente, a estresses originários de picos de energia que ocorrem no sistema. A fim de

amenizar os danos causados por estes transientes de tensão se faz necessária a utilização de

sistemas de aterramento, que limitam os níveis de oscilação de energia, controlando os

gradientes de potencial, buscando evitar que danifiquem os equipamentos próximos à

incidência do pico de energia e causem sobre tensões que coloquem em risco a integridade

física de pessoas no instante da falha.

Os acidentes causados por fenômenos de alta frequência, tais como, descargas

atmosféricas geram sérios problemas ao sistema elétrico de potência, diminuindo a segurança

e os níveis de confiabilidade destes sistemas. A maioria das avarias, por exemplo: mau

funcionamento e falhas de controle, ocorrem nas proximidades do circuito, onde há o

aumento de potencial em decorrência da queda do raio.

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

No que tange à segurança pessoal, conforme L. Grcev e V. Arnautovski-Toseva

(2003), a conexão dos equipamentos ao sistema de aterramento permite que, caso ocorra uma

falha de isolação ou uma sobretensão, a proteção seja sensibilizada e os potenciais de toque e

de passo fiquem abaixo dos limites críticos da fibrilação ventricular humana.

O desempenho adequado do sistema de aterramento depende de especificidades de

cada tipo de instalação. Por exemplo: o tipo de solo, relevo, variações sazonais, perda de

umidade, agentes agressivos e heterogeneidades que acentuem a corrosão dos componentes

do aterramento, solicitações mecânicas que possam afetar o sistema de aterramento, filosofia

adotada para o sistema de proteção, o acesso das pessoas e animais a essa instalação (áreas

urbanas), as dimensões envolvidas no sistema (exemplo: parques eólicos), altura das

estruturas como o caso de petroquímicas e parques eólicos, controle dos potenciais de toque e

de passo, riscos de transferência de potenciais em instalações de grandes dimensões.

Segundo Visacro (2007), as características do solo, concentração de água, teor de sais

dissolvidos, temperatura e o tipo de solo, têm grande influência na resposta do aterramento

para os transientes, decorrentes de um raio, estas características influenciam no

comportamento dos parâmetros elétricos do solo, sendo a resistividade e a permissividade os

mais relevantes, e que, consequentemente, estão diretamente dependentes da frequência de

propagação da onda. Alipio e Visacro (2012) ressaltam que a variação destes parâmetros é

resultado de mecanismos de relaxação e de absorção que ocorrem no solo.

Projetar e implementar um sistema de aterramento é relativamente fácil quando a

região apresenta baixa resistividade e leva-se em consideração as baixas frequências

industriais, já existem modelos consagrados para isso, mas quando em regiões de elevada

resistividade e sujeitas a transientes de elevada frequência esses modelos podem não

contemplar uma efetiva ligação à terra.

Mattos (2003) salienta que em décadas passadas a atenção foi dada apenas às

condições estacionárias em malhas de aterramento, no entanto a análise transitória se torna

indispensável quanto à proteção de equipamentos eletro-eletrônicos.

Este artigo busca contribuir, através de experimentos e de modelagem, para construção

de uma ferramenta que auxilie no mapeamento das características do solo e, por

consequência, melhore as condições de aterramento em regiões de alta resistividade, levando

em consideração os efeitos das altas frequências e altas correntes elétricas, como os existentes

numa descarga atmosférica.

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

1) Circuito equivalente de um sistema de aterramento

De acordo com Visacro (2007), um sistema de aterramento é constituído basicamente

de três componentes:

a) Os condutores metálicos que ligam o sistema aos eletrodos de aterramento;

b) Os eletrodos de aterramento;

c) A terra que envolve os eletrodos.

No desenvolvimento dos conceitos relacionados à modelagem de um sistema de

aterramento, interessa-se, principalmente, pela compreensão dos aspectos físicos envolvidos.

Nesse sentido, é adotado um modelo conceitual simplificado para o sistema de aterramento,

baseado na teoria de circuitos.

Para avaliação da natureza dos aterramentos considera-se que, em geral, uma conexão

à terra apresenta efeitos resistivo, capacitivo e indutivo. A Fig. 1 ilustra um circuito

equivalente que representa estes efeitos para uma pequena porção ou elemento de um eletrodo

de um sistema de aterramento. A corrente neste elemento é composta de duas parcelas: uma

corrente transversal IT que dispersa para o solo e uma corrente longitudinal IL que é

transferida para o restante do eletrodo.

Fig. 1 – Circuito equivalente – aterramento

A corrente longitudinal está associada às perdas internas no condutor e gera um

campo magnético interno e em volta dele. Na Fig. 1, uma resistência R e uma indutância L em

série são responsáveis pela modelagem desses efeitos.

A corrente transversal está associada à dispersão para o solo de correntes condutiva

e capacitiva. A razão entre essas duas correntes não depende da geometria do eletrodo, mas

apenas da frequência característica do fenômeno solicitante, da condutividade e da

permissividade elétrica do solo. Os efeitos transversais associados a essa corrente de

dispersão são representados na Fig. 1 por meio de uma condutância G e uma capacitância C

em paralelo. A representação ilustrada na Fig. 1 se aplica apenas a uma pequena porção do

eletrodo. Adicionalmente, devem ser considerados os acoplamentos eletromagnéticos próprios

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e mútuos (capacitivo, condutivo e indutivo) entre os diversos elementos dos eletrodos de

aterramento recomendam Kindermann e Campagnolo (2002). O conhecimento do

comportamento completo do aterramento requer a solução de uma série de circuitos similares

ao apresentado na Fig. 1 conectados de acordo com a geometria do aterramento.

Na Fig. 2 está representada esta série de circuitos.

Fig. 2 – Modelo distribuído – aterramento

Neste trabalho foi aplicada a técnica de utilização de Linhas de Transmissão para

representar modelos de parâmetros concentrados e distribuídos. O modelo proposto por

Bogatin (2010) é composto por quatro componentes ideais que são descritos no domínio do

tempo e da frequência, que são: o resistor, o indutor, o capacitor e a linha de transmissão, esta

última pode ser composta pelos três primeiros elementos, formadas com regras próprias de

disposição que garantem uma aproximação com o modelo real.

2) Influência dos parâmetros eletromagnéticos do solo em alta frequência

Um aspecto essencial no estudo e simulação de aterramentos elétricos é a

modelagem adequada do solo. Exceto para valores elevados de campo elétrico, que causam

significativa ionização do meio, o comportamento eletromagnético do solo é essencialmente

linear, mas com significativa dependência da condutividade elétrica (σ) e permissividade

elétrica (ε) em relação à frequência. Conforme Portela (1999), a permeabilidade magnética µ

é, em geral, praticamente igual a permeabilidade magnética do vácuo (µ0). Para uma

configuração do aterramento elétrico, os parâmetros determinantes da forma de propagação

do campo eletromagnético associado a uma onda de corrente injetada, em condições em que

não há a ocorrência significativa de fenômenos não-lineares, são σ, ε e µ. Neste sentido, a

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determinação do comportamento de tais parâmetros de forma mais próxima possível da

realidade é fundamental para o estudo completo do sistema de aterramento.

O comportamento dos parâmetros σ e ε ao longo do espectro típico de descargas

atmosféricas é determinado, em geral, por meio de medições. A partir das medições,

expressões aproximadas em função da frequência podem ser estabelecidas para σ e ε.

Deve-se salientar que, na avaliação da variação da condutividade e permissividade

com a frequência, o efeito do tipo de solo é bastante acentuado, o que implica na necessidade

de se considerar as características específicas de cada solo, nas aplicações de aterramento,

ainda que de forma aproximada. Esse aspecto dificulta a obtenção de uma formulação geral

para dependência dos parâmetros do solo com a frequência defendem Alipio e Visacro

(2012).

3) Desenvolvimento experimental

Com o objetivo de analisar o comportamento de uma haste de aterramento em

determinada faixa de frequência foi construído um protótipo que se assemelha a um cabo

coaxial, composto por: um tubo de cobre de 15 mm de diâmetro e 2,5 m de comprimento,

utilizado como condutor, um tubo de cobre de 79 mm de diâmetro e 2,4 m de comprimento,

utilizado como condutor de retorno, e terra utilizada para forração de gramados, utilizada no

experimento como dielétrico. A Fig. 3 representa estes componentes.

Fig 3 – Desenho esquemático - protótipo

A Fig. 4 mostra o protótipo sendo construído:

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Fig. 4 – Construção do protótipo

Para a realização das varreduras nas faixas de frequência pudessem ser realizadas

foi inserido ao protótipo um conector BNC. A fig. 5 demonstra essa construção.

Fig. 5 – Adaptação do conector BNC

Após a construção do protótipo foram realizadas varreduras de frequência

utilizando o Analisador de Impedância, fig. 6, com os seguintes parâmetros:

a) Faixa de frequência = 100 kHz a 200 MHz

b) Tempo de propagação = 1 ns

c) Amplitude = - 6 dB

ANALISADOR DE

IMPEDÂNCIA

CABO

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Fig. 6 – Desenho esquemático – medição

Na figura 7 demonstra-se a medição sendo realizada:

Fig. 7 – Realização das medições

Foram realizadas varreduras com o protótipo aberto, ou seja, sem carga e em curto.

A fig. 8 demonstra estes dois estados

Fig. 8 – medição em aberto e em curto

Também foi realizada análise temporal, onde foi utilizado um osciloscópio que

analisou o comportamento do protótipo ao ser aplicado um pulso por um gerador de função

4) Resultados obtidos

Com o protótipo em aberto o comportamento da impedância está demostrado no

gráfico 1.

.

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Gráfico 1 – Impedância “em aberto”

Com o protótipo em curto o comportamento da impedância está demonstrado no

gráfico 2.

Gráfico 2 – Impedância “em curto”

Com o protótipo em aberto e em curto o comportamento temporal está demostrado

no gráfico 3.

Gráfico 3 – Análise no tempo

5) Simulações

Com base em dados obtidos do experimento, foram determinados os parâmetros

necessários à simulação.

Foi utilizado o programa Qucs, versão 0.0.18.

Utilizando o modelo de Linhas de Transmissão do Qucs, foi realizada uma

comparação entre os dados medidos e os simulados por este programa, isto se fez necessário

em consequência do comportamento não linear do protótipo em aberto. Na fig. 9 está

representada esta comparação

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𝐶/𝑚 =2 𝑥 𝜋 𝑥 𝜀𝑟 𝑥 𝜀𝑜

ln (𝑏𝑎

)

𝐶/𝑚 = 2 𝑥 𝜋 𝑥 34 𝑥 8,85 𝑥 10−12

ln (7915

)

𝐶/𝑚 = 1

2 𝑥 𝜋 𝑥 1,02 𝑥 106 𝑥 9,8

𝐶/𝑚 = 1,14 𝑛𝐹

𝐶𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐿𝑥 1,14 𝑛𝐹

𝐶𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2,4 𝑥 1,14 𝑛𝐹

𝐶𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2,73 𝑛𝐹

.

Fig. 9 – Comparação da simulação com LT do Qucs com os valores medidos

Desta simulação foi possível determinar os seguintes parâmetros:

a) Permissividade elétrica:

εr = 34

b) Tangente de perdas

tanD = 0,9

c) Permeabilidade

µr =1

Segundo Bogatin (2010), para cabo coaxial

Com o cabo em curto, o

comportamento da impedância está

demonstrado no gráfico 4.

:

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Gráfico 4 - Simulação: impedância em “curto”

Do gráfico:

F=1,02x10^6 Hz

Z=5,33 Ω

Fase=86,03 0

Zimag. = Z x sen 86,03 = 5,32

L=2,4 m

Cálculo da impedância característica

Cálculo de velocidade

Cálculo de εr

Cálculo do comprimento das estruturas

Cálculo do número de segmentos

𝑍𝑜 = √𝐿

𝐶

𝑍𝑜 = √ 830,14𝑥 10−9

2,73𝑥 10−9

𝑍𝑜 = 17,43 Ω

𝑣 = 1

√𝐿/𝑚 𝑥 𝐶/𝑚

𝑣 = 1

√345,87 𝑥 10−9𝑥 1,14 𝑥 10−9

𝑣 = 50,36 𝑥 106 𝑚/𝑠

𝑣 = 𝑐

√𝜀𝑟 . 𝑥 µ𝑟

50,36 𝑥 106 = 3 𝑥 108

√𝜀𝑟 𝑥 1

𝜀𝑟 = 35,48

𝜆 = 𝑣

𝑓𝑚𝑎𝑥

𝜆 = 50,36 𝑥 106

200 𝑥 106

𝜆 = 0,2518 𝑚

𝑁 > 10 𝑥 𝐿

𝜆

𝑁 > 10 𝑥 2,4

0,2518

𝑁 > 95,13

𝑁 = 96 𝑠𝑒𝑔𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠

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Por segmento, tem-se os seguintes valores:

C = 28,4 pF

L = 8,6 nH

Cálculo das perdas no dielétrico:

Utilizou-se o programa Qucs para a realização dos cálculos referentes às perdas no

dielétrico.

O resultado da aplicação deste formulário

foi o seguinte:

Com isso foi possível construir o modelo

por segmento: conforme Fig. 10.

Fig. 10 – Modelo por segmento

Onde cada segmento é o resultado da

divisão por 96.

Para a simulação foram construídos dois

sub-circuitos contendo 10 e 6 elementos

unitários. Utilizando, então, nove sub-

circuitos de 10 elementos e um sub-circuito

de 6 elementos. A Fig.11 apresenta este

circuito no “modo aberto”:

𝜔 𝐿 = 𝑍𝑖𝑚

𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 5,32

2 𝑥 𝜋 𝑥 1,02 𝑥 106

𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 830,14 𝑛𝐻

𝐿

𝑚= 345,87 𝑛𝐻/𝑚

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Fig. 11 – Modelo “modo aberto”

O gráfico 5, apresenta a comparação

entre os valores da impedância medida em

laboratório e a simulada, obtidas no modo

aberto.

Dados do experimento

Dados da simulação

Gráfico 5 – impedância medida e simulada

A Fig.12 apresenta este circuito no modo

em curto:

Fig. 12 – Modelo “modo em curto”

O gráfico 6, apresenta a comparação

entre os valores da impedância medida em

laboratório e a simulada, obtidas no modo

em curto.

Dados do experimento

Dados da simulação

Gráfico 6 – Impedância medida e simulada

É possível comparar os valores obtidos

do modelo de Linhas de Transmissão

com os valores obtidos do modelo

construído e também com os valores

medidos, o gráfico 7 demonstra esta

comparação no modo aberto:

Dados do experimento

Dados da simulação

distribuído

Dados da simulação LT

Gráfico 7 – Impedância medida e simulada

O gráfico 8 demonstra a comparação no

modo em curto.

Dados do experimento

Dados da simulação

distribuído

Dados da simulação LT

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Gráfico 8 – impedância medida e simulada

Conclusão

Não foi possível a realização de simulação temporal, pois devido ao número

excessivo de elementos o programa não rodava a simulação, tentou-se diminuir a faixa de

análise, mas sem efeito satisfatório.

Verifica-se que ocorrem muitas perdas no dielétrico, em virtude de que esse sistema

apresenta uma tangente de delta (tanD) muito elevada. Já as perdas no condutor são

extremamente baixas, em relação às perdas no dielétrico.

Na simulação com o protótipo em aberto, para frequências entre 100 kHz e 4 MHz

os valores não são coincidentes, isto se deve ao fato que fatores característicos do solo

provocam reações não previstas no modelo do programa, gerando respostas não-lineares, por

exemplo a ionização do solo. Já na simulação com o protótipo em curto, os valores são mais

coincidentes, provavelmente por ter minimizado os fatores característicos do solo nesta

configuração. Deve-se salientar que, na avaliação da variação da condutividade e

permissividade com a frequência, o efeito do tipo de solo é bastante acentuado, o que implica

na necessidade de se considerar as características específicas de cada solo, ainda que de forma

aproximada.

Esse aspecto dificulta a obtenção de uma formulação geral para dependência dos

parâmetros do solo com frequência.

Sugestão: Inclusão de efeitos não lineares na ferramenta desenvolvida, sobretudo o

fenômeno de ionização do solo, com posterior avaliação desse efeito no desempenho e

comportamento transitório do aterramento.

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Referências

ALIPIO, R. e VISACRO, S. - A Physical Model For The Frequency Dependence Of Soil

Conductivity And Permittivity - International Conference on Grounding and Earthing & 5th

International Conference on Lightning Physics and Effects – Brasil – 2012

BOGATIN, E. Signal and power integrity. 2. ed. Upper Saddle River: Prentice Hall, 2010.

758p.

GRCEV, L, ARNAUTOVSKI-TOSEVA, V. “Grounding systems modeling for high

frequencies and transients: some fundamental considerations, Proceedings of the IEEE

Bologna PowerTech Conference, Bologna, Itália, junho de 2003.

KINDERMANN, G.; CAMPAGNOLO, J. M. Aterramento Elétrico. 5. Ed.,Edição do Autor,

Florianópolis, SC, 2002

MATTOS, M. A. – Transitórios em Malhas de Terra – SNPTEE, Seminário Nacional de

Produção e Transmissão de Energia Elétrica – Minas Gerais – 2003

PORTELA, C. M. “Measurement and modeling of soil electromagnetic behavior”

Proceedings of IEEE International Symposium on Electromagnetic Compatibility, pp. 1004-

1009, Seattle, EUA, 1999.

VISACRO, S.. “A comprehensive approach to the grounding response to lightning currents”,

IEEE Transactions on power delivery, vol. 22, nº 1, pp. 381-386, janeiro de 2007.

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A IMPORTÃNCIA DAS REDES DE PETRI NO ENSINO DE AUTOMAÇÃO NO

BRASIL

THE IMPORTANCE OF PETRI NETS IN AUTOMATION EDUCATION IN

BRASIL

Maurício F. Blos (Doutor) Unisanta

RESUMO: A utilização da rede de Petri (RdP), a nível projeto de sistemas, é de grande

importância ao ensino de automação. Neste sentido, neste artigo é feita uma introdução da RdP,

onde é demonstrada de uma maneira fácil o seu entendimento. Quanto ao histórico da RdP, é

descrito como ela foi criada e da sua introdução no Brasil. Quanto aos fundamentos, são descritas

as suas particularidades de uso. Quanto aos tipos de RdP, verifica-se a grande variedade de suas

abreviações e extensões. Quanto às principais pesquisas, conseguiu-se detalhá-las por meio de um

estudo de caso na POLI-USP (detêm o benchamarking como Universidade de ponta em pesquisas

em RdP). Quanto as perspectivas da RdP, é verificado o potencial de pesquisas em

desenvolvimento de uma plataforma de desenvolvimento em RdP. Portanto, o objetivo deste artigo

é mostrar a RdP como uma poderosa ferramenta de modelagem e de fácil entendimento para os

pesquisadores (graduandos, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos) de RdP focados no ensino

de automação no Brasil.

PALAVRAS-CHAVE: Rede de Petri. Automação. Ferramenta de Aprendizagem. Engenharia.

Mecatrônica.

ABSTRACT: The use of Petri net (PN), as a project of systems, is of great importance to

automation education. In this sense, this article is an introduction of PN, which is presented in an

easy way to your understanding. The history of PNs describes how it was created and its

introduction in Brazil. As the principles, are describe their use of features. As for the types of PN,

there is a wide range of abbreviations and extensions. As the main research, it was possible to

identify the key research through a case study at POLI-USP (hold the benchamarking as leading

university in research in PNs). In the prospects of PNs is verified the potential of research in

developing a development platform in PNs. Therefore, the purpose of this article is to show the PN

as a powerful modeling tool and easy to understand for researchers (undergraduate, master's,

doctoral and post-doctoral students) of PN focused on education of automation in Brazil.

KEY WORDS: Petri net. Automation. Learning tools. Engineering. Mechatronics.

Introdução

As Redes de Petri (RdPs) permitem a modelagem e análise de sistemas complexos

difíceis de serem modelados por técnicas tradicionais. São usadas na especificação de

sistemas, principalmente, nos sistemas computacionais, devido a sua capacidade de

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

representar atividades concorrentes e assíncronas. Segundo Aalst (2000) as principais

razões para uso das RdPs são:

• Semântica formal e de natureza gráfica. Tendo como vantagens eliminar a

ambiguidade, resolver conflitos de interpretação de procedimentos comuns, permite o

raciocínio sobre as propriedades de um dado procedimento, montagem de pré- requisitos

para aplicar em técnicas de análise. Sendo possível o suporte de vários fluxos paralelos.

• Modelo baseado em estados ao invés de eventos. Esse modelo se justifica pela

necessidade de modelar explicitamente o que ocorre entre as transições (Aalst, 2000). Uma

descrição baseada em estados permite uma clara distinção entre habilitação de tarefa e sua

execução, uma vez que a habilitação não implica que a tarefa será executada

imediatamente. Podendo ser disparado de maneira automática, pelo usuário, por um

recebimento de uma mensagem externa ou por tempo pré-definido.

• A diversidade de ferramentas de simulação que permitem avaliar e validar todas as

situações principalmente as mais complexas.

A RdP trouxe para o mundo da automação um avanço no tratamento de sistemas a

eventos discretos (SEDs), isto é, graças a RdP é possível formular invariantes de sistemas

para SEDs. Portanto, a RdP é uma poderosa ferramenta de modelagem e simulação para os

SEDs. Mais ainda, a rede de Petri, como uma técnica de representação gráfica e

matemática, provê um ambiente uniforme para modelagem, análise formal e projetos de

SEDs (Adam et al, 1998; Nassar et al., 2008; Zurawski e Zhou, 1994). A RdP é muito

efetiva como técnica de descrição e especificação de processos (Morales et al., 2007; Yoo

et al., 2010; Hamadi e Benatallah, 2003). Uma RdP é tipicamente um formalismo

operacional (exemplo: uma RdP descreve como um sistema trabalha). Outras das suas

qualidades são:

a) Minimalidade no número de premissas: este é um diferencial na construção de

qualquer conceito de framework, o qual gera um conflito quanto a perspectiva entre

engenharia e ciência: enquanto engenheiros apreciam a riqueza da ontologia entre

diferentes conceitos adequados para diferentes propósitos, os cientistas geralmente olham

para as noções básicas. É claro que a diversificação e especificidadas premissas possam ser

conveniente para o desenvolvimento conciso e elegante de modelos, mas geralmente estas

premissas dificultam a razão de uma construção formal e teórica. Aí que surge como

solução ideal das capacidades e práticas em se ter um mínimo número de prmissas básicas

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

em termos de riqueza que alguem possa desenvolver. Neste sentido, o formalismo da RdP

é bem simples (veja figuras 1 e 2).

b) Localização e estruturação: Com a RdP, adescrição é em Local (termos de estados)

e em Transição (mudança de estado). Conduzindo nos termos requeridos, é possível

representar em paralelismo, sincronismo, conflitos, etc. De fato, em um nível maior,

competições e cooperações podem ser modeladas. A localização dos lugares e transições é

o ponto chave de uma RdP.

Figura 1 – Elementos de uma RdP

Figura 2 – Exemplo de uma RdP estocástica, onde a minimalidade

de conceitos é bastante clara: lugares e transições vs atrasos, filas,

estações, aquisições.

c) Realismo temportal e ocorrência em redes: A representação da simultaneidade

através de independências casuais da ocorrência de transições é mais realista que o caso de

intercalação de semânticas (exemplo: visão sequencializada). Isto tem várias

consequências: de um lado, permite ter um realismo temporal em interpretações temporais,

o qual é crucial para a avaliação da performance ou o controle (programação). De uma

perspectiva diferente, em modelos de duração indeterminada, existe a possibilidade de se

usar técnicas em desenvolvimento que tragam a ocorrência de redes, reduzindo o peso

computacional de abordagens puramente sequenciais (alcance ou cobertura gráficas).

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

Matematicamente, a RdP pode ser descrita como um conjunto de equações

algébricas lineares e, por isso pode ser usada para a verificação formal de relações de

precedência entre eventos e condições.

1) Histórico

Tudo começou com a tese de doutorado do matemático alemão Carl Adam Petri (Petri,

C.A., 1962). De lá para cá, inúmeros estudos pelo mundo afora aprofundaram e introduziram

diversas variantes sobre o assunto.

Com base em uma entrevista pessoal com um dos professores da POLI-USP,

Departamento de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos (referência com RdP no

Brasil), seguem algumas informações da introdução das RdPs no Brasil: A primeira vez que

eu ouvi falar de rede de Petri foi numa aula na Faculdade de Economia e Administração da

USP em 19981. O palestrante era o Prof. Dr. Nicolau Reinhardt, onde o tema envolvia

“Sistemas de Informação”. Depois que voltei do Japão em 1988, fiquei sabendo que o Prof.

Dr. Robert Valette da França (instituto chamado LAAS) esteve na POLI-USP dando várias

palestras e que gerou trabalhos como a tese de doutorado do Prof. Dr. Marcio Rillo aqui da

POLI-USP defendido em 1988 no programa de Engenharia Elétrica (eu assisti a defesa da

tese). Por volta de 1989, fui convidado/convocado a elaborar um material didático para a

Escola Brasil-Argentica de Informática e percebi que em 1991 o Prof. Dr. Carlos Alberto

Heuser da UFRGS com doutorado na Alemanha de 1986, havia publicado um livro para a

Escola Brasil-Argentica de Informática, cujo título é “Modelagem Conceitual de Sistemas”

onde ele já apresentava a RdP. Ainda em 1988, tive contato com o Prof. Dr. Jean Marie

Farines da UFSC que veio da França e com o Prof. Dr. Miguel Menasche, na época, docente

da PUC-Rio, que concluiu o doutorado na França em 1982 e que também trabalhavam com

RdP para sistemas de informação. Depois de algum tempo soube do pessoal que tinha ido

para a França fazer doutorado e que de alguma forma foram envolvidos com a RdP com o

Prof. Dr. Antonio Marcus Nogueira Lima Antonio da UFPB e Prof. Dr. João Mauricio do

Rosário da UNICAMP. A pouco tempo, soube de pessoas como o Prof. Dr.

Norian Marranghello de UNESP que também foram atraídos para pesquisas com a RdP. Note

que a RdP está no contexto de “sistemas a eventos discretos”, onde existem também outros

professores e pesquisadores envolvidos no Brasil.

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

Podemos concluir com este relato que a maior iniciativa em pesquisas com RdP no

Brasil foi introduzida pelos pesquisadores ligados a “Sistemas de Informação”, mas hoje já

existem pesquisadores mais voltados para sistemas de manufatura, e outros tipos de sistemas

voltados para automação.

2) Fundamentos

A definição de uma rede de Petri é feita em dois passos: primeiro, define-se o grafo

da RdP, também chamado estrutura da rede de Petri, que é análogo ao 21 diagrama de

transição de estado de um autômato; em seguida, junta-se a esse grafo um estado inicial, um

conjunto de estados marcados, e uma função de transição rotulada, resultando no modelo

completo da RdP. Em uma RdP, os eventos estão associados às “transições”. Para que uma

transição aconteça, várias condições devem ser satisfeitas. Estas condições são localizadas nos

próprios estados ou “lugares” com suas informações relacionadas a cada transição. Os lugares

podem ser definidos como “entradas” ou “saídas” para uma transição. Transições, lugares, e

as relações entre esses definem os componentes básicos de um grafo da RdP. O grafo de uma

RdP tem dois tipos de nós (lugares e transições) e setas conectando estes nós. Por esta razão a

rede de Petri é um grafo bipartido, no sentido que as setas não podem conectar diretamente

nós do mesmo tipo, isto é, as setas conectam nós de lugares para nós de transição e nós de

transição para nós de lugares. Pode-se, então apresentar a seguinte definição: (Grafo da RdP)

Um grafo ou estrutura da RdP é um grafo ponderado bipartido (P, T, A, w), onde P é o

conjunto finito de lugares, T é o conjunto finito de transições, A ⊆ (P x T) ∪ (T x P) é o

conjunto de setas de lugares para transições e de transições para lugares no gráfico e w : A

→1,2,3,... é a função dos pesos das setas (um número inteiro positivo).

Figura 3- Gráfico de uma RdP

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Com base na figura 1, é detalhada abaixo a formalização das RdP.

Inicialmente tem-se a RdP Condição-Evento (C ∕ E net) que matematicamente, é

descrita como uma 4-tupla, isto é:

PNCE = (P, T, F, M)

em que:

P é o conjunto de elementos passivos chamados de Lugares,

T é o conjunto de elementos ativos chamados de Transições,

FCE é o conjunto de relacionamentos entre os elementos passives e os elementos ativos

chamados de Arcos Orientados,

MCE é um vetor de recursos chamados de Marcação, isto é, um vetor de números binários

em que cada elemento mi indica o número de marcas no lugar pi, isto é, mi = MCE(pi) e,

,Pp MCEp(0,1), e onde:

P e T são conjuntos finitos, não nulos )0( TP e disjuntos )0( TP , e FCE PTTP .

A representação gráfica dos elements de uma RdP são descritos abaixo:

Lugares: são representados como circunferências.

Transições: são representados como retângulos.

Arcos Orientados: são representados como setas apontando do elemento de

origem para o elemento de destino.

Marcação: são representadas por pontos (marcas) dentro dos Lugares (figura 2).

Os estados do sistema ou processo são representados pela distribuição das Marcas

nos Lugares da rede. A dinâmica da RdP depende da alteração do estado da RdP, resultante

do disparo das Transições. Pode-se assim adotar a idéia de que as Marcas fluem pela rede

direcionadas pelos Arcos Orientados, isto é, fluem de certos Lugares para outros Lugares

passando pelas Transições disparadas.

3) Tipos de RDP

Os tipos de RdP vão de acordo com as suas abreviações (RdP Generalizada, RdP

Colorida e RdP com Capacidade Finita) e as suas extensões (RdP com Arcos Inibidores,

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Redes de Petri Contínuas, RdP Híbrida, RdPs Sincronizadas, RdP T_Temporizada, RdP P-

Temporizada, RdP Estocástica, e RdP Temporal). Vejamos abaixo algumas das suas

descrições com os seus respectivos exemplos:

ABREVIAÇÕES:

a) RdP Generalizada:

É uma RdP onde pesos (inteiros estritamente positivos) são associados aos arcos.

Em geral todas as RdPs Generalizadas podem ser transformadas em RdPs Ordinárias, já que

as propriedades das RdPs Ordinárias podem ser adaptadas para as RdPs Generalizadas.

b) RdP Colorida:

Nas RdPs Coloridas, a cada ficha é atribuído uma cor diferente (Jensen 1980,1986).

Elas formam uma categoria de Redes cuja percepção intuitiva é menos clara do que as RdPs

Generalizadas. Elas são de grande valor para a modelagem de certos sistemas complexos.

c) RdP com Capacidade Finita:

É uma RdP onde a cada lugar é associado uma capacidade dada de fichas. O

disparo de uma transição de entrada pi, cuja capacidade Cap (pi) é somente possível se o

disparo desta transição não resulta num número de fichas em pi que exceda esta capacidade.

EXTENSÕES:

a) RdP com Arcos Inibidores:

Quando duas transições estão em conflito, a priorização é um problema comum

numa RdP. Para dar solução ao mesmo, aumentando assim o poder de modelagem das RdPs

(Peterson1981) foram criados os arcos inibidores. Como visto na figura 7, um arco inibidor é

um arco dirigido que une um lugar a uma transição.

b) RdPs Contínuas:

A característica principal em relação às RdPs é que a marcação de uma posição é

um número real (positivo) e não mais um inteiro. Sendo o disparo de uma transição realizado

como um fluxo continuo. Estas redes representam sistemas que não podem ser modelados por

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

RdPs Ordinárias, obtendo um modelo muito apropriado também quando o número de

marcações de uma RdP Ordinária torna-se muito grande.

c) RdP Híbrida.

Este é um novo modelo apresentado pela primeira vez por Le Bail em 1991

(David1994). Esta rede é formada tanto por lugares e transições discretas quanto lugares e

transições contínuas.

As abreviações e extensões mostradas até aqui são RdPs as quais só permitem uma

abordagem qualitativa. As seguintes extensões que daremos a conhecer em continuação,

permitem descrever, não só o que acontece no sistema modelado, mas também quando os

eventos acontecem. Estas RdPs permitem portanto que sistemas sejam modelados quando os

disparos das transições são sincronizados por eventos externos, e/ou cujas evoluções são

dependentes do tempo. Este tipo de extensões são também conhecidas na literatura como

RdPs não autônomas.

d) RdPs Sincronizadas:

Numa RdP autônoma, sabe-se que uma transição pode ser disparada se ela é

habilitada, mas não sabemos quando ela será disparada. Numa RdP Sincronizada, um evento é

associado a cada transição, e o disparo desta transição acontecerá se a transição estiver

habilitada e quando o evento associado ocorrer.

e) RdP T-Temporizada:

Apresentada por Ranchandani em sua tese de Doutorado em 1973 no MIT, associa

a cada transição da rede um único parâmetro temporal (sua duração de disparo). Um tempo,

possivelmente de valor zero, é associado com cada transição. Desde que uma transição torna-

se habilitada, seu disparo absorve as fichas correspondentes desde cada uma dos seus lugares

de entrada, as quais permanecem na transição durante o tempo da execução do disparo.

Quando a duração do disparo termina, então as fichas são depositadas em cada lugar de saída

da transição.

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f) RdP P-Temporizada:

Contrário ao modelo de Ranchandani, associa a cada lugar um tempo possivelmente

de valor zero. Quando uma ficha é depositada no lugar, a mesma deverá permanecer no

mínimo um tempo neste lugar (esta ficha é dita ser indisponível por este tempo). Quando o

tempo decorreu, as fichas então tornam-se disponíveis. Somente fichas disponíveis são

consideradas para habilitar condições.

g) RdP Estocástica:

Em RdPs Temporizadas, uma duração fixa (geralmente constante, pudendo ser

também variável), é associada com cada lugar ou transição da rede, é o caso por exemplo dos

sistemas de produção, onde o tempo de trabalho de uma máquina para realizar uma

determinada operação é constante. Porém existem casos, onde ela não pode ser modelada com

durações constantes; sendo este caso por ex.: o tempo de funcionamento real entre 2

Breakdowns de uma máquina. Esta duração pode ser modelada por uma variável random.

Redes de Petri Estocásticas podem ser usadas neste caso (Hatono1991; Molloy1982,

Molloy1985). Aqui um tempo random é associado com o disparo de cada transição, onde o

tempo é geralmente distribuído segundo uma lei exponencial.

h) RdP Temporal:

Esta RdP foi criada por Merlin (1974), onde o tempo é relacionado a Transições ou

Lugares. Uma Transição leva certo tempo para disparar e uma marca deve permanecer certo

tempo em um Lugar. Noutras palavras, uma Transição deve permanecer sensibilizada durante

a espera mínima Tmim antes de poder ser disparada, e não pode disparar além da espera

máxima Tmáx. O disparo de uma Transição tem duração nula, hipótese essencial ao

funcionamento deste modelo de RdP. Neste caso da RdP Temporal, a sua análise é bastante

difícil devido a grande quantidade de estados.

3) Pesquisas no Brasil

Nesta seção foi feito um levantamento de dados, em Janeiro de 2016, sobre a

quantidade de teses, dissertações e relatórios em pesquisas e projetos sobre a aplicação da

RdP na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP) ou simplesmente POLI-

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USP, Departamento de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos (A POLI-USP é

considerada a 75º melhor escola de tecnologia do mundo e a melhor da América Latina. O

Departamento de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos é considerado como

benchmarking em estudos com RdP na área de automação).

Estes dados foram extraídos de um questionário elaborado para os professores

responsáveis por pesquisas e projetos com RdP, onde foi feita a seguinte pergunta: Do ano

2000 até o ano 2015 qual foi o número de teses, dissertações e relatórios a nível graduação,

mestrado, doutorado e pós-doutorado? (o tempo considerado de 15 anos é um tempo ótimo

para a maturação de pesquisas em RdP). Com o questionário, montou-se a tabela 1, o qual os

resultados são: 67 teses a nível graduação, 119 teses a nível mestrado, 87 teses a nível

doutorado e 6 teses a nível pós-doutorado.

Tabela 1 – Quantidade de Pesquisa sobre RdP envolvendo

graduandos, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos da POLI-USP.

As pesquisas e os projetos são todos relacionados a processos e sistemas de

automação, controle e robótica, onde usam várias das técnicas em RDP: RdP Generalizada,

RdP Colorida, RdP Híbrida, Fuzzy Petri net, etc. Estas principais pesquisas envolvem:

Projetos com Sistemas de Manufatura, incluindo Programação, Detecção e Tratamento de

Falhas, Sistemas Híbridos, Confiabilidade, etc...entrando em assuntos bem atuais, tais como a

Indústria 4.0 e a Empresa Virtual. Também se tem pesquisas com áreas médicas, onde se

aplica RdP no estudo do coração. Têm também pesquisas com sistemas de automação predial

(vigilância, sistemas contra incêndio, elevadores seguros, integração de dispositivos, consumo

energético, etc.), sistema de automação hospitalar (segurança, elevadores, inventário e

controle de remédios, etc.), cadeias de suprimentos (análise de riscos, análise de rompimentos,

etc.), sistemas de trânsito e semáforos (controle de semáforos, análise de rotas, etc.), sistemas

de sustentabilidade (indicadores de desempenho ou KPIs de dispositivos de produção, etc.),

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

sistemas de transporte de pessoas via metrô (viabilidade, segurança, etc.), sistemas de

gerenciamento de plataformas navais (confiabilidade de processos, etc.), entre outras.

Lembrando que estes pesquisadores, dependendo do nível acadêmico (graduação,

mestrado, doutorado e pós-doutorado), acabam utilizando os seus conhecimentos em

automação atuando como Professores Universitários, consultores, gerentes e até diretores de

empresas nacionais e multinacionais. Muitos dos pesquisadores são patrocinados em projetos

dentro e fora do Brasil como bolsistas de alguns órgãos de fomento, tal qual CAPES e CNPq.

Alguns dos professores também recebem incentivos de bolsas para realizar pesquisas dentro e

fora do Brasil.

Existem outros projetos de pesquisa desenvolvido por instituições de pesquisas, tal

qual o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que criou o TER-Net (Timed

Environment Relational Nets) para aplicação de RdP com satélites, etc. Tem também o ITA

(Instituto Tecnológico de Aeronáutica) que vem fazendo pesquisas com aplicação de RdP

para operações de defesa aérea, satélites, etc. Tem também o IME (Instituto Militar de

Engenharia), que faz pesquisas com RdP aplicadas em exoesqueletos, veículos militares, etc.

4) Perspectivas no Brasil

Existem duas plataformas muito utilizadas em toda a parte do mundo em que se faz

pesquisas com RdP e elas são grátis para quem quizer copiar da Internet. O aplicativo PIPE

(Plataform Independent Petri net Editor) que foi desenvolvido por pesquisadores do Imperial

College London em 2003, tem o objetivo de edição e análise de RdPs. O IOPT (Input-Output

Place-Transition), o qual dá suporte para o desenvolvimento e teste de sistemas de controle,

aplicações de automação industrial e outros sistemas digitais, foi desenvolvido por

pesquisadores de Lisboa/Portugal (UNINOVA, FCT, GRES e CTS) em 2014.

Como foi visto na seção anterior, a POLI-USP é uma das maiores instituições de

pesquisas em RdP no Brasil. São vários os incentivos dados por órgãos de fomento (CAPES,

CNPq e FAPESP) para fins de pesquisas e projetos em sistemas de automação utzando

técnicas em RdP. Sendo assim, imagina-se que na POLI-USP se crie uma plataforma de RdP

semelhante com as que foram demonstradas no parágrafo anterior.

Conclusão

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Este artigo faz parte da revista do CETEP, comemorando os 30 anos da instituição.

Por isto, o autor dedica este trabalho ao CETEP, onde procurou abordar um assunto

interessante e bastante pesquisado em Universidades por todo o Brasil na area de automação.

Para tanto o autor procurou detalhar o tema deste artigo em seis etapas: Introdução, Histórico,

Fundamentos, Tipos de RdP, as Pesquisas em RdP e as Perspectivas da RdP no ensino a nível

Brasil. Na etapa Introdução da RdP, procurou-se descrever a RdP em uma maneira simples de

compreender. Quanto a etapa Histórico da RdP, é descrito como a RdP foi criada e como foi

introduzida no Brasil. Quanto a etapa Fundamentos de uma RdP, são descritas as suas

particularidades de uso. Quanto a etapa Tipos de RdP, verifica-se a grande variedade de suas

abreviações e extensões. Na etapa Pesquisas no Brasil, por meio de um estudo de caso na

POLI-USP (detêm o benchamarking de Universidade de ponta no Brasil em pesquisas em

RdP), juntou-se dados referentes a quantidade de pesquisas em RdP no Brasil e montou-se a

Tabela 1, onde tem-se 67 teses a nível graduação, 119 teses a nível mestrado, 87 teses a nível

doutorado e 6 teses a nível pós-doutorado.

Assim como verificou-se algumas das instituições de pesquisa em RdP, tal como

INPE, ITA e IME. Quanto as perspectivas da RdP, cogita-se a criação de uma plataforma

semelhante ao PIPE e ao IOPT pela POLI-USP. Com base no que foi visto neste artigo, o

autor procurou demonstrar a importância das RdPs no ensino de automação no Brasil e desta

forma incentivar que mais pesquisadores se interessem pelo assunto.

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PETERSON, James Lyle. Petri Net Theory and the Modeling of Systems. 290 p. Editora

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Hybrid Supervisory Systems: A Petri Net Approach (Advances in Industrial Control). 226 p.

Editora Springer. 2010.

Softwares de simulação em redes de Petri:

PIPE 5: http://sarahtattersall.github.io/PIPE/

IOPT: http://gres.uninova.pt/IOPT-Tools/login.php

TECNOLOGIA: A IMPORTÂNCIA DO USO CONSCIENTE PARA MANTER A SAÚDE

THECNOLOGY: THE IMPORTANCE OF THE CONSCIOUS USE TO MAINTAIN

HEALTH

Chelin Boeng (Especialista) SEED/PUC

“Não reze para ter uma vida fácil, reze para ser uma pessoa forte”.

John F. Kennedy

“Não se preocupe com o grito dos maus, mas com o silêncio dos bons”.

Martin Luther

Resumo: As ferramentas tecnológicas parecem ser um critério a ser alcançado para completar o bem

estar, sendo exigido uma conexão constante nesse ambiente de transformações tecnológicas imediatas,

com constante exposição a ambientes conflitantes e a alta exigência que mobilizam capacidades

físicas, cognitivas e afetivas para atingir objetivos, podendo reduzir o rendimento profissional e

qualidade da saúde que podem ser repetidos, agravando gradualmente a saúde do trabalhador,

refletindo em suas atividades de forma crítica. Deve-se refletir sobre os cuidados necessários para

utilização consciente dos recursos tecnológicos, evitando acarretar em prejuízos ao indivíduo e

sociedade.

Palavras-chave: Tecnologia. Reflexão. Saúde. Auto cuidado. Prevenção.

Abstract: Technological tools seem to be a criterion to be achieved to complete the well-being, and

required a constant connection in this environment of immediate technological change, with constant

exposure to conflicting environments and high demand that mobilize physical, cognitive and affective

abilities to achieve goals, can reduce work performance and quality of health that can be repeated,

gradually worsening the health of workers, reflecting their critically activities. One should reflect on

the necessary care for conscious use of technological resources, avoiding result in damage to the

individual and society.

Keywords: Technology. Reflection. Health. Self-care. Prevention.

A utilização constante das ferramentas tecnológicas atualmente parece ser um critério

a ser alcançado para completar o bem estar completo e realização do ser humano, que

necessita em seu ambiente laboral ou particular, sendo exigido uma conexão constante,

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caracterizando como uma parceira fiel e onipresente, às vezes mais do que familiares, colegas

de trabalho e amigos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde consiste no “estado de

completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”, sendo

inúmeros os fatores que influenciam nesse processo.

Considerando que atualmente convive-se numa sociedade em constante

transformação, qualquer mudança gera estresse, que pode ser um sentimento positivo ou

negativo, dependendo da forma como o sujeito a utiliza para solucionar os desafios impostos.

Esses novos padrões de interação social refletem em mudanças drásticas nos

relacionamentos e na saúde do individuo e sociedade, onde, dependendo da utilização do

indivíduo, essa pode representar a solução de diversos problemas ou a criação de inúmeros

mais decorrentes da dificuldade de acesso e manuseio das informações. Todos os fatores

devem ser analisados considerando como o comportamento do ser humano se adapta as

tecnologias e mais ainda, como o estilo de vida é influenciado nesse contexto. É evidente que

a tecnologia auxilia incrivelmente na atualidade, nos favorecendo a realizar atividades

complexas e auxiliando na concretização adequada de nossos objetivos. Percebe-se em muitos

casos, uma diminuição do auto cuidado – fundamental para a manutenção adequada da saúde

– sendo que a correria cotidiana faz com que seja inadequadamente utilizada a

automedicação; falta de concentração em atividades importantes devido a diversos fatores tais

como ao excesso de descontração em jogos e redes sociais, por exemplo, podendo acarretar

em aumento de atividades pendentes ou redução da qualidade na execução das mesmas;

sedentarismo talvez pela irresistível comodidade da possibilidade em realizar praticamente a

totalidade das ações através de um simples click; postura inadequada durante as diversas horas

de uso, normalmente sem pausa de repouso e alongamento tão necessários e importantes para

a articulações, podendo acarretar em danos a toda coluna vertebral e estruturas associadas;

exigência exagerada de concentração e da visão, sendo que há uma redução da lubrificação

natural dos olhos, influenciada pela redução de número de vezes que piscamos; em alguns

casos pode se desenvolver a lesão por esforço repetitivo, acarretando em prejuízos

limitadores.

Deve-se considerar que é impossível separar o que o ser humano é como pessoa e o

que reproduz em sua atuação no seu ambiente de trabalho. Portanto, o estudante – futuro

profissional - deve ter consciência sobre a importância e responsabilidade inerente a sua

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profissão, devendo reconhecer fatores prejudiciais específicos do desempenho de suas

atividades para que possa prevenir os problemas de saúde agravadas ou originadas nesse

contexto, tornando o trabalho desestimulante para todos os envolvidos na qualidade desse

processo, sendo de fundamental importância compreender e considerar as consequências na

saúde dos mesmos, pois é exigida consciência e competência por ser se tratar de profissões

em que não pode haver erros, e nesse contexto, a reflexão sobre a atuação de qualidade.

Na área da tecnologia, a constante exposição a ambientes conflitantes e a alta

exigência e requisitos para que uma atuação seja satisfatória ou para o desenvolvimento das

atividades relacionadas, mobilizam capacidades físicas, cognitivas e afetivas para atingir

objetivos, podendo reduzir o rendimento profissional e qualidade de produção.

Mesmo assim, muitos continuam exercendo a profissão não considerando suas

limitações, encontrando múltiplas justificativas para tais alterações, dificultando a definição

eficaz de um diagnóstico e, distanciando o tratamento. Esses passos podem ser

potencialmente repetidos, agravando gradualmente a saúde do trabalhador, refletindo em suas

atividades de forma crítica.

É necessária a percepção de que e do quanto algo é desconfortável para que possa

prevenir-se contra os efeitos negativos desse algo que causa desconforto. O acúmulo de

situações desconfortáveis faz com que haja o desgaste físico e psicológico, podendo ser

geradas por estímulos que são claramente perceptíveis como um conflito expresso

abertamente ou por estímulos sutis dificilmente percebidos, e esses, em geral, os que geram

maiores riscos, pois o indivíduo sente apenas as consequências que decorrem da exposição a

eles e “essa falta de percepção impede a caracterização dos determinantes e,

consequentemente, não possibilita ao professor desenvolver comportamentos de prevenção”

(ULRICH, 2008, p. 23).

Considera-se que a saúde é afetada pelo local de atuação que pode se apresentar

potencialmente danoso, e quando associado a uma personalidade e/ou ao estresse da vida

diária provoca perda da capacidade física e mental pelo aumento de exigência. Pereira (2003,

p. 96) destaca que, “[...] quando, por algum motivo, esses profissionais bloqueiam o livre

fluxo de sua energia, e se fecham para se autoprotegerem, a doença ataca seus corpos e suas

mentes”.

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O estresse pessoal ou ocupacional está associado a sentimento de hostilidade, tensão,

ansiedade, depressão, podendo repercutir de forma evidente na saúde e desempenho,

apresentando causas internas ou externas, e quando é crônico desenvolve doenças.

Considerando que ninguém terá sucesso fazendo somente o que lhe solicitam,

torna-se importante se destacar em seu ambiente profissional e para isso, deve-se

considerar a flexibilidade - pois nem tudo caminhará de acordo com os seus planos – e o

equilíbrio como primeira condição para crescimento, evitando antecipar os fatos

negativamente e sim, mantendo planos de ação com diversas alternativas, sendo positivo e

não esperando uma transformação imediata, refletindo sobre a própria atuação sempre

buscando satisfação mútua e escutando o que não estão dizendo, o que talvez nunca

venham a dizer.

O grau de desgaste do corpo diante dessas agressões físicas e tensões emocionais

dependem do efeito direto do agente estressante sobre o individuo; de respostas internas

que estimulam a defesa; de respostas internas que estimulam a rendição dos tecidos, por

causa da inibição das defesas.

A percepção da própria saúde é influenciada quando o indivíduo encontra-se

estressado. É muito importante reconhecer elementos ou situações no trabalho que

aumentam risco para saúde, tais como o excesso de atribuições, fatores biopsicosociais

tanto dentro quanto fora do ambiente ocupacional, problemas familiares; relacionamento

interpessoal inadequado, falta de recursos e estrutura adequados em determinadas

empresas, sobrecarga física e psicológica acarretando em possíveis distanciamento do

funcionário, seja no âmbito da empresa assim como de seus colegas de profissão, refletidas

pelas desculpas recorrentes para se ausentar dos compromissos, afastamento por atestado,

falta no trabalho, falta de motivação em atuar, e de alguma forma, influencia na saúde da

equipe como um todo, reduzindo de forma notável a eficácia dos resultados e do bem estar

necessário para o cumprimento dos objetivos diários. Cabe ressaltar que alguns sintomas

organizacionais, tais como dificuldades de relação e faltas, originam ou são originadas pela

apatia, podendo ter como causas fatores físicos ou psicológicos, onde contatos positivos

podem evitar desgaste físico e emocional.

A promoção e manutenção da saúde devem ser priorizadas através de exames

periódicos. As instituições devem possuir um departamento específico para atender este

profissional e ajudá-lo em sua recuperação.

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Os comportamentos que identificam essas dificuldades podem ser identificados,

através de uma análise das ações cotidianas e suas influências no processo, assimilando dados

influentes no processo saúde-doença, promovendo de forma saudável e eficaz o

desenvolvimento de tarefas inerentes a profissão, no qual o silêncio ou a não verbalização dos

fatos e sentimentos apontam fielmente o sentimento dos funcionários, mensagens essas, que

devem ser interpretadas, pois há necessidade de se exercer suas atividades de forma reflexiva

e motivadora, o que poderá auxiliar na resolução efetiva de impasses, considerados a partir

das reais necessidades do contexto social nos quais estão inseridos.

Para manter ou buscar esse equilíbrio denominado saúde, aconselha-se desligar o

motor diariamente, reservando momentos para desfrutar sobre algo que é valioso, valorizando

o convívio com família e amigos em ambientes reais, sempre utilizando a empatia em cada

ação e mostrando-se como exemplo ao invés de aconselhar, para reduzir a possibilidade de

estresse por exigência aumentada, pois nem sempre os demais satisfazem plenamente nossas

expectativas e, respeitar o individualismo é essencial para evitar um desgaste desnecessário,

sendo mais apropriado e indicado utilizar essa energia para garantir força para alcançar seus

próprios ideais, que podem também envolver auxiliar aos demais. É indicado também

perceber os sinais que o organismo transfere através de dores, desconfortos, indisposições,

dentre outros, pois podem representar uma indicação de excesso ou falta de alguma atitude

positiva de manutenção da saúde, tais como hidratação, postura adequada, períodos de pausa e

alongamento, repouso da visão em intervalos curtos, alimentação adequada e balanceada em

intervalos regulares.

A escolha em atuar na encantadora e gratificante área da tecnologia exige superação

constante de limites e dedicação de grande parte do tempo, evitando decepcionar os que

acreditam em seu trabalho, sendo essencial a motivação, colaboração e participação,

proporcionando um ambiente agradável nas empresas, imprescindível para que os

relacionamentos aconteçam de forma satisfatória, onde os envolvidos no processo devem ser

compreendidos, escutando o que elas não estão dizendo, o que elas talvez nunca venham a

dizer, pois sua atividade comporta uma obrigação moral.

O ideal seria realmente amar a profissão – além de tudo que se faz - e fazer

transparecer isso, exercendo um papel de formador de cidadãos e profissionais conscientes,

considerando que o exemplo é mais forte do que o discurso, sendo imprescindível contemplar

fatores de motivação tais como: realização, satisfação, força, confiança, interesse,

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conhecimento, segurança, capacidade de adaptação, responsabilidade, respeito, envolvimento,

reconhecimento, dentre outros.

Garantir a saúde em toda sua complexidade é uma forma básica de proporcionar uma

atuação com qualidade, pois trata-se do maior patrimônio que possuímos, considerando que a

atuação nessa complexa área do conhecimento exige muita concentração, energia e potencial.

É fundamental manter a saúde física, mental e social para ter disposição para o sucesso, além

de cuidar do ambiente familiar, social e profissional, pois a busca e realização dos sonhos são

importantes metas, mas talvez mais ainda a possibilidade de ter com quem comemorar e

compartilhar desse momento. Realizar críticas construtivas e considerar que elogios

promovem sensação de reconhecimento. Abençoado é aquele que enxerga a necessidade,

reconhece a responsabilidade e se transforma ativamente na resposta.

Ainda, considerar as barreiras da comunicação como base do fracasso na atuação,

percebendo a limitação na compreensão das mensagens transmitidas, mantendo o

compromisso com futuro, considerando que conversar pode aliviar dores emocionais,

possibilitando negociar conflitos com flexibilidade, sensibilidade e humildade e administrar

diferenças com ética e análise de seu próprio desempenho, pois muitos sonhos dependem do

nosso comprometimento ético profissional.

Acredite: a solução para os problemas está em seu potencial !!

Você pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

Não tenha medo de abrir seu coração, ter mais vitalidade, ter sensações mais

intensas e não superficiais, lute mais. Nós nos comprometemos com o seu sucesso e não em

ser uma pessoa boa. Nos comprometemos com metas de poder e progresso, mas podemos

também desejar e alcançar também paz de espírito. E muito cuidado, pois a tecnologia pode

distanciar quem está próximo e aproximar (as vezes inadequadamente) quem está longe. E

muitas vezes precisamos de fato de um carinho real para amenizar muitas situações.

Referências

Definição de saúde. Disponível em: <portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro092.pdf>.

Acessado em 01 de setembro de 2016.

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PEREIRA, Valéria Resende Teixeira. A síndrome de Burnout e a concepção reichiana de

saúde do educador. Psicologia Corporal, Curitiba, v. 3, p. 93-97, jan. 2003.

ULRICH, Elizabeth; KUBO, Olga Mitsue. Estresse e trabalho docente: um estudo das

percepções de professores universitários sobre suas reações profissionais e estresse. União da

Vitória: Uniuv, 2008.

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

APLICABILIDADE DA ANÁLISE SWOT NA ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL:

UM ESTUDO DE CASO EM UMA INDÚSTRIA DE PEQUENO PORTE DE MÓVEIS

PARA ESCRITÓRIO

APPLICABILITY OF SWOT ANALYSIS IN THE ORGANIZATIONAL STRATEGY: A

CASE STUDY IN A SMALL INDUSTRY FORNITURE OFFICE

Gleison Hidalgo Martins (Especialista) - CETEP

Gisela Hidalgo Martins (Graduanda) - UNIGRAN

Herman Wiens (MBA) - IFPR

Sonia Silva Ferreira Martins (Especialista) - FAE

Resumo: Manter-se no mercado competitivo sem uma estratégia está cada vez mais difícil entre as

empresas de pequeno porte ausentes de estratégias organizacionais. O estudo abordou a aplicabilidade

da análise SWOT para avaliar o posicionamento estratégico global da empresa e formular estratégias

de forma estruturadas em uma indústria de pequeno porte de móveis para escritório, localizada em

Curitiba. O resultado contribuiu para identificar a capacidade defensiva entre os pontos fortes e os

pontos e a avaliar sua capacidade ofensiva entre as ameaças e oportunidades para com foco no

desenvolvimento de estratégias para potenciais ganhos na gestão da competitividade da empresa.

Configurado como estudo de caso por caracterizar como uma investigação empírica de fenômenos

contemporâneos principalmente quando estes limites entre os fenômenos e o contexto não são

evidenciados aumenta a confiabilidade da pesquisa.

Palavras-chaves: Posicionamento Estratégico Global, Análise Swot, Indústria de Móveis,

Planejamento Estratégico.

Abstract: Keep the company on the competitive market without an organizational strategy is

increasingly difficult among small businesses. The study addressed the applicability of the SWOT

analysis to evaluate the overall strategic positioning of the company and formulate strategies so

structured in a small office furniture industry, located in Curitiba. The result contributed to identify the

defensive capacity of the strengths and points and to assess its offensive capacity of the threats and

opportunities for focusing on the development of strategies for potential gains in the company's

competitiveness management. Configured as a case study to characterize as an empirical investigation

of contemporary phenomena especially when these limits between the phenomenon and context are

not shown increases the reliability of the research.

Key-words: Global Positioning Strategy, SWOT Analysis, Industry of Office Furniture, Strategic

Plan.

Introdução

As pesquisas que investigam a heterogeneidade nas organizações fundamentam que as

principais perspectivas teóricas sobre fontes de vantagem competitiva sustentável, como a

perspectiva são derivadas da área da organização industrial (BANDEIRA-DE-MELLO;

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MARCON, 2006). Essa vantagem competitiva é a principal hipótese para explicar o

desempenho entre as empresas (BRITO; BRITO, 2012). Que para ser competitiva terá que

assimilar muito bem o significado da expressão flexibilidade (MOTTA, 1995). Sob esse

prisma Brito; Brito (2012) salienta que a vantagem competitiva pode ser medida pela

avaliação de seus efeitos sobre o desempenho organizacional, combinando com as curvas de

lucratividade e de crescimento em participação de mercado. Porter (1985) complementa que a

vantagem competitiva de uma organização não é compreendida pelas inúmeras atividades

distintas que esta empresa realiza, mas sim pelas que geram de valores.

Determinada pela inter-relação dinâmica entre as competências organizacionais e a

estratégia competitiva (FLEURY; FLEURY, 2004). Normalmente, as empresas que estão em

vantagem no seu ambiente competitivo estão executando estratégias competitivas que as suas

competidoras não estão (BARNEY, 2002 apud CAMELO, 2008). Já Ribeiro; Nogueira

(2009) argumenta que as empresas que estão expostas a um mercado agressivo, onde as

dinâmicas competitivas moldam as formulações de estratégias em diversos setores. Ter uma

estratégia bem concebida e bem executada é fundamental principalmente para a micro e

pequenas empresas, que são desfavorecidas na competitividade com empresas melhores

organizadas, principalmente pelas as de médio e grande porte (SANTOS, et al., 2007).

Ressaltado por Mintzberg; Quinn (1998) uma estratégia genuína é sempre necessária quando

as ações em potenciais dos concorrentes possam afetar seriamente o resultado desejado do

esforço da organização.

Cher (1990) Apud Santos et al., (2007) alguns estudiosos da área estimam que cerca de

80% das pequenas empresas não completam o primeiro ano de atividade, e 92% fecham suas

portas em até cinco anos de vida. As causas desse alto índice de mortalidade estão sempre

relacionadas à sua incapacidade formular estratégias. A questão crucial deste impacto nas

micro e pequenas empresas são mais contundentes do que seria em uma grande empresa, pois

a justificativa descreve que as todas as empresas independentes do tamanho necessitam de

estratégias para manter-se no mercado competitivo.

Portanto nota-se que a problemática da empresa pesquisada é de fato revelada, já que a

empresa não possui habilidades para enfrentar os principais desafios para o aumento da

competitividade em relação a formalizações da estratégia organizacional. Diante das

justificativas dos fatos, que alternativa poderia ser utilizada para minimizar as informalidades

na formulação das estratégias.

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Diante dos fatos a pesquisa tem como objetivo propor alternativas para avaliar o

posicionamento estratégico global e formular a estratégia organizacional de forma estruturada

para auxiliar todos os colaboradores quanto aos propósitos da empresa, bem como sua missão,

visão e valores. Para tanto será necessário o desenvolvimento dos objetivos específicos:

1. Fundamentação teórica sobre o tema;

2. Elaborar um modelo de formulação das estratégias através da Análise SWOT;

3. Analisar o ambiente interno e externo;

4. Formular das estratégias;

A Pesquisa configurou-se como estudo de caso por caracterizar uma investigação

empírica de fenômenos contemporâneos no contexto real, especialmente quando os limites

entre os fenômenos e o contexto não são evidenciados. O qual será orientado por protocolo de

estudo de caso, onde aumenta a confiabilidade da pesquisa na realização da coleta de dados

(Yin, 2010).

1) Revisão bibliográfica

1.1 Estratégias

A “A Arte da Guerra” foi umas das primeiras obras escritas sobre táticas e estratégias

militares entre 544-496 a.C. pelo estrategista e filosofo chinês Sun Tzu (TZU, 2006). Para

Bushido (2006) o manuscrito abordava de forma abrangente as estratégias militares, onde a

formulação de uma estratégia era basicamente respeitar quatro princípios fundamentais entre

muitos outros: Princípio da escolha do local de batalha; Princípio da concentração das forças;

Princípio do ataque; Princípio das forças diretas e indiretas.

Séculos depois o general militar prussiano Carl Von Clausewitz (1780-1831) define

estratégia militar como o emprego de batalhas para obter o fim da guerra formando como base

um tripé: a preparação das táticas militares, a aplicação dos planos no campo de batalha e

a logística envolvida na manutenção do exercito. Desta forma revolucionou a estratégia

militar da época salientando que a tática ensina uso das forças armadas no engajamento,

enquanto a estratégia utiliza o engajamento para atingir objetivos de guerra (HOWARD;

PARET, 1984).

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Na ótica de Ribeiro (2011) as estratégias evoluíram nos campos de batalhas, onde

muitos conquistadores tiveram campanhas militares bem sucedidas, tais como: Ghengis Khan

e Alexandre “o Grande”, outros cometeram erros irreversíveis, com exemplo clássico de

Napoleão Bonaparte. Para Chiavenato (2003) de fato ou conhecidência a primeira definição

do termo estratégia surge da palavra grega strátego, em que a estratégia era vista como a “arte

do general”. A estratégia militar era utilizada na aplicação das competências de um general

sobre um exército do planejamento e condução de campanhas.

Para Bracker (1980); Fernades; Berton (2005) somente após a segunda guerra às

estratégias militares foram incorporadas nos modelos de gestão, para que as organizações

buscassem conquistas de novos mercados. Para Mintzberg (2001) a estratégia é o plano que

integra as principais metas de ações da organização e ajuda ordenar e alocar recursos para

promover mudanças no ambiente, antecipando contingências realizadas por outros oponentes.

Como atividade principal esta inclui analisar o fator ambiental para conhecer os pontos fortes,

pontos fracos, ameaças e oportunidades, e assim avaliar os recursos disponíveis.

2) Planejamento Estratégico

Para um melhor entendimento do planejamento estratégico deve-se inicialmente

conceituá-lo. Para OLIVEIRA (2005) trata-se de um processo gerencial que possibilita ao

executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa. Historicamente a estratégia está

ligada à antecipação de cenários e planos de ação a serem desencadeados (SCHNAARS, 1991

apud Mainardes et al., 2011). Para Mintzberg et al., (1998) a estratégia é inimiga das

abordagens deterministas e mecanicistas, pois reduz a liberdade e a escolha. Na ótica Porter

(2004) a estratégia é uma fórmula ampla para o modo como uma empresa vai competir.

Essa estratégia surge através de um conjunto de variáveis constituído por tempo,

cultura organizacional, ambiente, atividades, estrutura, aparato tecnológico e sistema político

(SARAIVA, 2004). Em que Mintzberg; Waters (1985) estratificam as estratégias em duas

formas: a deliberada e a emergente. Para esses autores, a estratégia deliberada foca o

planejamento, a direção e o controle, fazendo com que os objetivos sejam efetivados,

enquanto que a estratégia emergente possibilita o aprendizado estratégico das empresas à

medida que surgem novos cenários de atuação.

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Em decorrência das transformações na ordem econômica mundial, das consequências

da globalização e da concorrência entre as organizações são fatores que afetam as estratégias

das organizações empresariais e transformam em motivos, nos quais levam as empresas a

elaborarem planejamento estratégico (MACHADO-DA-SILVA; FERNADES, 1998);

(BRONDANI; SANTOS, 2003).

O Planejamento Estratégico é uma metodologia gerencial que permite estabelecer a

direção a ser seguida pela organização, visando maior grau de interação com o ambiente

(KOTLER, 1975). Constituindo-se na primeira função do processo administrativo e permiti o

estabelecer objetivos organizacionais em função dos recursos necessários para atingi-los de

maneira eficaz (CHIAVENATO, 2004). Para formular a sistemática dos objetivos e ações,

que resultará nas melhores escolhas para decisões presentes, mas para (BRONDANI;

SANTOS, 2003) o planejamento é mais importante que o produto final, pois identifica futuras

mudanças, gerando harmonia no ambiente.

Esse processo auxilia a empresa a identificar os caminhos a seguir através da

formalização de processos e procedimentos e contribui para transformar ameaças em

oportunidades, definir novos rumos para a organização, promover mudanças e mobiliza

recursos para objetivo comum unificando os esforços da organização, entre outros itens que

justificam o planejamento estratégico nas empresas (OLIVEIRA, 1998); (FERNANDES;

BERTON, 2005). O desenvolvimento do planejamento estratégico é realizado basicamente

em três etapas: análise ambiental, formulação e implantação (KOTLER, 1991; FERNANDES;

BERTON, 2005).

2.1 Análise ambiental

Utilizada a mais de três mil anos, a análise ambiental resurgiu nas décadas de 60 a 70

através de um projeto de pesquisa realizado por Albert Humphrey na Universidade de

Stanford Research Institute (TARAPANOFF, 2001 apud FEIL; HEINRICHS, 2009). Na ótica

de Appio, et al., (2009) a análise ambiental é importante para todos os tipos de organizações,

indiferentemente do segmento inclusive para as empresas sem fins lucrativos. Para Johnson,

et al., (2007) apud Appio et al., (2009) a análise Ambiental é uma técnica que relaciona os

principais fatores internos e externos das organizações. E constitui uma das principais etapas

do processo de planejamento estratégico pode ser estudado pelos administradores através da

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análise SWOT – do inglês Strengths (forças), weakenesses (fraquezas), opportunities

(oportunidades) e threats (ameaças) (FERNANDES; BERTON, 2005; FEIL; HEINRICHS,

2009). A análise SWOT é um instrumento extremamente útil na organização do planejamento

estratégico (APPIO et al., 2009). Após conduzir a análise da matriz SWOT, baseada no

ambiente interno e externo, o diretor poderá agrupar os elementos necessários na formulação

das estratégias e melhorar o desempenho da empresa (FERNANDES; BERTON, 2005;

APPIO et al., 2009).

2.2 Formulação

Nesta etapa deverão ser observados e definidos os seguintes itens: propósitos,

objetivos e estratégias gerais, objetivos e estratégias funcionais e orçamento do plano

estratégico.

a) Propósitos - Consiste em reformular o propósito da organização, o qual é à base da

estrutura organizacional, caracterizada por elementos, os quais direcionam a empresa ao

objetivo dos quais pretende alcançar no futuro. Segundo COSTA (2004) nesse propósito está

inserido:

- Visão: Deve ser definida de maneira clara e objetiva envolvendo mostrar onde a

empresa quer chegar, compreendendo os valores, desejos, vontades, sonhos e ambição,

(FERNANDES; BERTON, 2005; ZARO; LIMA, 2009);

- Missão: deve ser expressa de forma criativa para mostrar aos colaboradores qual a

finalidade da razão de ser da empresa e, perante essa missão, alinhar seus objetivos e

estratégias. Esta é a ótica de (ALDAY, 2000; FERNANDES; BERTON, 2005);

- Valores: esclarecem as características das qualidades e virtudes visando a conduzir a

empresa para um determinado rumo (COSTA, 2004; PORTELLA, et al., 2015).

b) Objetivos e Estratégias Gerais – São metas da empresa (ALDAY, 2000). Após confrontar

as ameaças e oportunidades do ambiente com as forças e fraquezas da organização

diagnosticada pela análise SWOT e da reformulação do propósito da organização, serão

identificados os objetivos gerais, que são diversos resultados precisos e concretos propostos, a

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ser alcançados em um determinado tempo, conforme relata (FERNANDES; BERTON, 2005).

Os objetivos gerais precisam cumprir algumas características, tais como: quantificar, definir

prazos, ter boa comunicação, alinhados com a missão, detalhar em diversos níveis

organizacionais e serem flexíveis.

c) Objetivos e Estratégias Funcionais - Nas empresas são elaboradas áreas denominadas como

objetivos e estratégias funcionais a serem estabelecidas, devendo estar alinhados com os

objetivos e estratégias gerais da empresa. Servirá para que os gerentes formulem ações, para

alcançar esses objetivos. De acordo com FERNANDES; BERTON (2005) as áreas

relacionadas sempre são compras e materiais, produção, P&D, recursos humanos, sistema de

informação e marketing.

2.3 Implementação

Sem a implementação efetiva da estratégia, as empresas são incapazes de obter os

benefícios da realização de uma análise ambiental (ALDAY, 2000). Já Costa (2004) enfatiza,

que esta fase corresponde à transformação das ideias, sugestões, propostas, resoluções e

determinações em realizações práticas e efetivas. Pois as estratégias implementadas são

resultantes de um processo de formulação racional, visão deliberada da estratégia (MARINO;

ZYLBERSZTAJN, 2007).

Para Costa, (2004) a implementação envolve a execução e o acompanhamento,

efetuados simultaneamente:

- Execução - nesta etapa colocam-se em prática os planos de ação e os projetos

aprovados pelas equipes responsáveis na sua elaboração. Para cada objetivo ou meta,

deve haver planos de ação específicos para se assegurar que as ações e passos

necessários para a implantação das estratégias sejam executadas e acompanhadas;

- Acompanhamento - o acompanhamento das implantações das estratégias ocorre

principalmente por meio de relatórios, gráficos, reuniões e entrevistas, entre outros. O

acompanhamento percorre todo o processo de implantação e pode implicar em

correções de rumo, operacionais ou estratégicos. Nesta fase utilizam-se também

indicadores de desempenho para controle e avaliação das estratégias implantadas.

3) Modelo de aplicação

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Após realizar esta análise ambiental identificando os pontos fortes e pontos fracos,

será necessário correlaciona-los na matriz SWOT, conforme figura 1, as forças e fraquezas

com as oportunidades e ameaças, deve-se atribuir um peso de intensidade para todas as

células, de 0 para “nenhuma” que corresponde de (0% a 33%), 1 para “intensidade média”

que corresponde a (34% a 66%) e 2 para “intensidade alta” que vai de (67% a 100%), de

acordo LEITÃO (1996), com o procedimento descrito a seguir:

Fonte: Matriz adaptada FERNANDES, 2006.

Figura 1 - Matriz Swot

Para a avaliação e interpretação dos resultados deve-se utilizar o indicador de

motricidade, que é o somatório das linhas da Matriz. A análise dá um indicador de

“Motricidade” de cada força e fraqueza, permitindo a identificação das forças mais

atuantes e das fraquezas mais prejudiciais face às oportunidades e ameaças relacionadas ao

cenário em análise.

Já o somatório das colunas fornecem indicadores que identificam as oportunidades

mais acessíveis e as ameaças mais impactantes neste mesmo cenário.

A Matriz SWOT pode ainda fornecer indicações mais globais a partir de um

indicador de “densidade dos quadrantes” obtido pelo quociente do somatório de pontos

reais pelo somatório de pontos possíveis em cada quadrante.

Onde:

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

Qi= Quadrante de referência (QI, QII, QIII, QIV).

Σ dos pontos obtidos em Qi (QI, QII, QIII, QIV).

Segundo LEITÃO (1996), a interpretação do posicionamento permite avaliar as

chances e riscos da organização em cada cenário, indicando se as condições predominantes

favorecem estratégias agressivas ou, pelo contrário, recomendam movimentos mais

defensivos. Com os respectivos resultados de cada quadrante, pode-se então calcular a

capacidade ofensiva e a capacidade de defesa e, através da figura 2, escala de posicionamento,

avaliar as chances e riscos da organização em cada cenário de acordo com o posicionamento

estratégico global – PEG.

CO = Capacidade Ofensiva, que indica o potencial de captura das oportunidades,

mediante a subtração da densidade do QIII e da densidade do QI. CO = (QI-QIII)

CD = Capacidade Defensiva, que indica a capacidade de neutralizar as ameaças

mediante a subtração da densidade do QII e da densidade do QIV. CD = (QII-QIV)

PEG = Posicionamento Estratégico Global, resulta da integração conjunta dos quatro

quadrantes. PEG = ((QI+QII)-(QIII+QIV))

Fonte: LEITÃO, 1996.

Figura 2 - Escala de Posicionamento

4) Estudo de caso

A empresa de “Indústria de Móveis para Escritório” fundada em fevereiro de 1998,

atua no setor moveleiro de escritório, tanto na sua fabricação quanto no comércio, atuando no

mercado sob a forma de capital fechado, fabricando e comercializando móveis para escritório.

Localizada em Campo Largo, sua primeira loja em Curitiba foi inaugurada no ano de 2000.

Os principais processos utilizados na empresa para fabricação e comercialização do

produto final são: processo de venda do produto pelos respectivos vendedores nas lojas e

através de licitações compra de materiais de acordo com a necessidade do que fora projetado

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para atender ao pedido especificado e produção, envolvendo diversos processos (corte,

usinagem, laminação, lixamento, pintura, montagem, embalagem, etc.).

A pesquisa objetivou-se no desenvolvimento do estudo de caso para investigar a

prática da gestão na empresa, através da aplicação da análise SWOT fundamental para coleta

de dados e auxilio na identificação ambiental da empresa.

4.1 Metodologia de pesquisa

A escolha pelo método de estudo de caso proporciona vantagens por abordar uma

visão sistêmica e flexível nos procedimentos de coleta e análise dos dados e para isto utilizou-

se de técnicas como: Pesquisa bibliográfica fundamentada em materiais como livros, teses,

dissertações, artigos científicos e sites com o objetivo de esclarecer conceitos e formas;

contextualizado através de software Microsoft Office.

Para YIN (2010), as evidências do estudo de caso podem vir de seis fontes:

Documentos, registros em arquivos, entrevistas, observações diretas, observações

participantes e artefatos físicos. Documentos: Foram pesquisados relatórios gerenciais para

visualizar evidências:

a) Registros em arquivos: A empresa utiliza o sistema de gestão chamado Townsoft e

Promob;

b) Entrevistas: As entrevistas foram realizadas com os membros responsáveis de cada

setor;

c) Observações diretas: As observações diretas ocorreram dentro do ambiente natural do

estudo de caso;

d) Observações do participante: Este tópico trata-se de uma modalidade onde o observado

participante não é somente o observador passivo, mas também pode assumir vários

papéis nas situações do estudo de caso.

e) Artefatos físicos: foram tomados como artefatos físicos padrões de madeiras, folders e

outros insumos de produção.

5) Análise dos resultados

5.1 Análise ambiental

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Na análise do ambiente, utilizou-se de entrevista com o diretor e os líderes dos setores

envolvidos tais como: Compras, Vendas, PCP, RH, Financeiro e Produção com o objetivo de

coletar dados para identificar e descrever as possíveis situações da organização. Nesta etapa

utilizou-se de uma ferramenta conhecida como Brainstorming para realizar a identificação dos

pontos fracos, pontos fortes, ameaças e oportunidades do ambiente interno e externo da

empresa. Em seguida foram caracterizados através da Matriz SWOT para confrontá-los:

II. AMBIENTE INTERNO

III.

IV. FORÇAS

Móveis customizados;

Força de trabalho

(formação/especialização);

Baixo turnover;

Parcerias com empresas privadas;

Design diferenciado.

V.

VI. FRAQUEZAS

Falta de preparação

(informação/conhecimento);

Resíduos industriais;

Administração centralizada;

Sistema contábil pouco eficiente;

Pouco investimento em marketing.

VII. AMBIENTE EXTERNO

VIII.

IX. OPORTUNIDADES

Aumentar participação no mercado

(licitações);

Franquias;

Novos nichos;

Desenvolvimento de tecnologia para

resíduos;

Aumento da demanda em relação ao

aumento de números de escritório e

centros comerciais.

Ameaças

Economia instável;

Juros altos;

Carga tributária;

Concorrentes;

Dependência de fornecedores.

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Segue abaixo na figura 3, os dados coletados na pesquisa e lançados na matriz

SWOT, já correlacionadas um a um para visualização da análise ambiental.

Figura 3 - Matriz SWOT

4.1.1 Motricidade das forças e fraquezas

Através do indicador de motricidade, analisou-se a identificação das forças mais

atuantes e das fraquezas mais prejudiciais, face às oportunidades e ameaças em relação ao

mesmo cenário. Pode-se evidenciar que as forças mais atuantes da organização são

eficientes e agregam valores para organização, tais como: parcerias com empresas

privadas, produzir móveis customizados com um design diferenciado, profissionais

qualificados e um baixo turnover. Desta forma a organização deve solucionar os impactos

das fraquezas mais atuantes, sendo elas: falta de informação e conhecimento, deficiência

no sistema contábil, baixo investimento em marketing, descentralização de poder e

encontrar alternativas para os resíduos industriais.

4.1.2 Motricidade das forças e fraquezas

Com relação ao cenário da acessibilidade ou impacto a organização tem em seu

favor boas perspectivas de aumentar a seu market share atendendo outros segmentos de

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

mercados e estuda em abrir franquias, mas preocupa-se com as ameaças de instabilidade

econômica e juros altos.

4.1.3 Posicionamento estratégico global

Com os respectivos resultados de cada quadrante, pode-se então calcular as

capacidade ofensiva e a capacidade de defesa. Através da figura 2, escala de

posicionamento, avaliou-se as chances e riscos da empresa em cada cenário de acordo com

o Posicionamento Estratégico Global – PEG:

Capacidades Ofensivas, após a análise dos resultados é notável um potencial

equilibrado medidas através das forças, fraquezas e confrontadas com as oportunidades

mostra que a empresa tem em sua capacidade ofensiva 12%, a organização necessita de

audácia criativa para definir uma estratégia para buscar crescimento competitivo no

mercado;

Capacidade Defensiva, confrontando a análise dos resultados medidas através das

forças e fraquezas e confrontando-as com as ameaças, mostra um resultado negativo de

-2%, a empresa tem capacidade ofensiva de 12% porém a empresa deve estabelecer

uma estratégia de defesa para conter os avanços da concorrência;

Posicionamento Estratégico Global conforme a escala de valores comparativa figura

2, o PEG com valor de 10% é um resultado de potencial positivo e equilibrado. Porém

no ambiente externo a competitividade entre os concorrente é fortemente acirrada. É

claro a ausência em investimento infraestrutura, mão de obra qualificada e software de

gestão, investimento em marketing e outros prejudicam em muito o desenvolvimento

de crescimento da empresa e o trabalho da gestão.

4.2 Formulação das Estratégias

Após a análise dos ambientes interno e externo com os resultados da análise SWOT,

a Direção da empresa juntamente com os envolvidos no processo de formulação das

estratégias formulou os propósitos, visão, missão deixando clara a sua razão de ser e aonde

a empresa quer chegar.

- Formulação dos propósitos visão, missão e valores da empresa;

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VISÃO

“Ser reconhecida até 2015 como empresa fornecedora de design diferenciado e

funcionalidade, através de soluções em móveis de escritório”.

MISSÃO

“Oferecer soluções em móveis comerciais, com funcionalidade e design, proporcionando aos

clientes satisfação e conforto em seu ambiente de trabalho”.

VALORES

- Comprometimento com cliente;

- Inovação contínua;

- Estimulo ao aprendizado;

- Ética.

Em seguida deverão identificar os objetivos gerais, que são os resultados, os quais a

empresa pretende atingir, diagnosticados na 1ª etapa e, após desenvolver as estratégias

alinhadas com seus propósitos, para que seus objetivos sejam alcançados dentro do

orçamento planejado para cada estratégia implantada.

ESTRATÉGIAS E OBJETIVOS

Fixar a marca, “MÓVEIS PARA ESCRITÓRIOS” no segmento de móveis para

escritório oferecendo produtos de qualidade e designers inovadores.

OBJETIVOS GERAIS;

Gerar resultados;

Satisfazer os Clientes;

Garantir a segurança operacional.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS;

Capacitar Funcionários;

Desenvolver Fornecedores

competitivos

Aplicar melhorias contínuas.

4.3 Implementação

Com os objetivos e estratégias já definidos, desenvolveu-se a implementação onde,

formularam-se os planos de ação e os respectivos instrumentos de controle e avaliação, de

acordo com cada ação proposta conforme segue abaixo:

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- Análise dos objetivos e estratégias funcionais, orçamento e recursos necessários para

implementação;

- Elaboração dos respectivos planos de ação de acordo com os objetivos e estratégias;

- Formulação de instrumentos de controle e avaliação da implementação (gráficos, tabelas,

relatórios, indicadores, reuniões, entre outros).

Conclusão

Ao iniciar-se um estudo de caso para investigar as práticas empresariais, cria-se

uma expectativa sobre as diversas situações que poderão ser encontradas, como ambientes

favoráveis ou adversidades que podem e devem ser corrigidas na busca da excelência de

gestão. Deve-se ressaltar que cada organização possui características próprias, portanto,

para a aplicação de uma metodologia ou uma ferramenta, é necessário um estudo de caso

minucioso dos fatores que influenciam diretamente os processos organizacionais.

Com a aplicação da análise SWOT, foi possível avaliar o desempenho estratégico

global da empresa e propor alternativa de formular as estratégias de forma estruturada para

auxiliar todos os colaboradores quanto aos propósitos da empresa, bem como sua missão,

visão e valores contribuindo para tomada de decisões. Desta pode-se visualizar o quão

importante ter uma visão da empresa como um todo, e não separadamente por setores e

fases. O estudo de caso proporcionou através coleta de informações, correlacionar os

quadrantes da Matriz SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) e alinhar as

estratégias na empresa. Contribuindo para que a “Indústria de Móveis para Escritório”

possa seguir uma tendência de crescimento cada vez mais empreendedora para expandir

seus negócios a fim de buscar no mercado o espaço deixado pelas grandes indústrias.

No entanto pode-se concluir que a aplicabilidade da ferramenta Análise SWOT é

fundamental para empresa, pois trata-se de uma metodologia que investiga e analisa todo o

escopo da organização, transformando as informações em dados, que auxiliam o gestor e a

todo os colaboradores a visualizar no horizonte oportunidades para alcançar os objetivos

estratégicos.

Nota: Colaborou neste artigo Renata Lincy Ferreira, estudante do Ensino Técnico em

Administração do IFPR.

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UNIDADE DE DESCARTE DE VIDROS E LÂMPADAS FLUORESCENTES

COMPACTAS: UM CAMINHO PARA A SUSTENTABILIDADE

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DISCHARGE UNIT FOR GLASSES AND COMPACT FLUORESCENT LAMPS: A

PATH FOR SUSTAINABILITY

José Roberto Nunes (graduando) CETEP

Paraguassu de Fátima Rocha (mestre) CETEP

RESUMO: A crescente verticalização das cidades agrupa dezenas de famílias residindo em

condomínios e tende a gerar resíduos, cujo descarte de garrafas e copos de vidro, lâmpadas

fluorescentes compactas e óleo resultante de frituras é uma crescente preocupação, devido à

dispersão de poluentes e acidentes com coletores. Com este foco, o presente trabalho pretende

solucionar o problema do descarte irregular de detritos em vidros, o qual aumenta o risco de

acidentes a coletores, danos ao ambiente e provoca dispersão de poluentes. Nesse sentido

questiona-se se uma unidade de reciclagem de resíduos residenciais poderia reduzir os riscos a

coletores e evitar a dispersão de poluentes. Para responder esse questionamento, propõe-se o

desenvolvimento de uma unidade automatizada para descarte de rejeitos de vidros, lâmpadas

fluorescentes compactas e acondicionamento de óleo resultante de frituras domésticas. Acredita-se

que a unidade automatizada de descarte dos rejeitos citados evitaria o desvio dos sólidos cortantes,

acidentes de trabalho e a contaminação do meio ambiente por óleo resultante de frituras

domésticas. O desenvolvimento dessa unidade automatizada orienta-se por pesquisas sobre

impactos ambientais causados por detritos relatadas nas literaturas de engenharia em meio

ambiente. Para a sua construção, reúne-se conceitos de mecânica, elétrica e eletrônica somados à

habilidade na adaptação do protótipo a funções automatizadas que o tornam útil aos trabalhos de

coleta dos resíduos residenciais, objetivando oferecer ferramenta de fácil manuseio que concentre

todos os detritos em local seguro, reduzindo eventuais laminas de vidro a frações menores,

reduzindo o risco de ferimentos a coletores. O software a ser desenvolvido gerenciará todo o

protótipo tornando-o preciso, seguro e totalmente automático facilitando o uso diário. Acredita-se

também que, devido à simplicidade no uso, poderá ser introduzido ao mercado graças ao baixo

custo de montagem e facilidade na aquisição pelos mais variados segmentos sociais.

Palavras-Chave: Unidade de descarte. Resíduos. Vidros

ABSTRACT: The growing verticalization of cities groups dozens of families residing in

condominiums and tends to generate waste, whose disposal of bottles and glass cups, compact

fluorescent lamps and oil resulting from frying is a growing concern, due to the dispersion of

pollutants and accidents with collectors. With this focus, the present work intends to solve the

problem of the irregular disposal of garbage in glass, which increases the risk of accidents to

collectors, damages the environment and causes dispersion of pollutants. In this sense, it is

questioned whether a residential waste recycling unit could reduce the risks to collectors and avoid

the dispersion of pollutants. To answer this question, it is proposed the development of an

automated unit for discarding glass, compact fluorescent lamps and oil packaging resulting from

domestic frying. It is believed that the automated waste disposal unit would avoid the dispersion of

cutting solids, work accidents and contamination of the environment by oil resulting from domestic

frying. The development of this automated unit is guided by research on environmental impacts

caused by garbage reported in engineering literature on the environment. For its construction,

mechanical, electrical and electronic concepts are combined with the ability to adapt the prototype

to automated functions that make it useful for the work of collecting residential waste, aiming to

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offer an easy-to-use tool that concentrates all the garbage in safety place, reducing any glass slides

to smaller fractions, reducing the risk of injury to collectors. The software to be developed will

manage the entire prototype making it accurate, secure and fully automatic, making everyday use

easier. It is also believed that due to the simplicity in use, it can be introduced to the market thanks

to the low cost of assembly and ease of acquisition by the most varied social segments.

Key words: Disposal. Waste. Glass.

Introdução

O desenvolvimento urbano tende a verticalização e a aglomeração de casas em

ambientes fechados se formam os condomínios. Neste espaço habitam famílias dos mais

variados formatos: solteiros, casais com filhos e sem filhos que em comum geram uma

variedade de resíduos que necessitam ser descartados em locais apropriados e, em alguns

casos, o acondicionamento especial de vidros e óleo residual doméstico.

O rejeito resultante de garrafas de vidros, copos, pratos e vidros quando

dispensados em recipientes em sacos de lixos comuns transformam-se em potencial risco

de acidentes a coletores de recicláveis e garis. As lâmpadas fluorescentes compactas

oferecem além do risco de cortes, contaminação química por fósforo e mercúrio. Estes

resíduos, somados ao óleo doméstico são propícios ao descarte irregular.

Em função disso, pensou-se no desenvolvimento de um protótipo que oferecesse

soluções à dificuldade encontrada em condomínios residenciais no descarte dos resíduos

que normalmente não têm a destinação correta, evitando a dispersão de poluentes

potencialmente perigosos.

Este equipamento trabalha na segregação dos detritos em embalagens protegidas e

fechadas direcionando-os a centros de coletas, evitando acidentes de coletores e a

contaminação do ambiente com detritos provenientes das lâmpadas fluorescentes. Na

unidade, o óleo residual doméstico acumula-se em garrafas e destinado a reciclagem e

evita o descarte incorreto nas tubulações de esgoto.

A facilidade no uso diário aliado ao baixo custo o torna atrativo a todos os

segmentos sociais, possibilita todos os condôminos operá-lo de forma eficiente e segura,

dispensando conhecimentos técnicos específicos na operação. A unidade objetiva

implementar soluções que possibilitem o desenvolvimento de unidades compactas de

reciclagem residenciais, tornando cada vez mais eficazes a coleta seletiva.

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Com base nas considerações de Braga sobre recursos naturais percebe-se a

importância da preservação dos recursos naturais e a necessidade de reciclar, a fim de obter

um melhor aproveitamento de tais meios disponíveis e Cunha reforça a visão dos impactos

dos detritos nos ecossistemas e alerta para riscos de contaminantes sólidos e semissólidos

no meio ambiente.

1 Recursos naturais

Recurso natural é toda matéria prima necessária à manutenção de populações,

ecossistemas e organismos e são classificados em renováveis e não renováveis. Um recurso

renovável depois de utilizado é restituído ao meio graças ao seu ciclo natural. O ciclo

hidrológico, a biomassa e o ciclo da energia eólica são exemplos clássicos destes recursos,

os quais se renovam em curto espaço de tempo e não tem relevante impacto na vida

humana (BRAGA, 2005).

Os recursos não renováveis quando utilizados não permitem a reutilização ou se

perdem para sempre. Como exemplo, o petróleo que após a queima não pode ser

reaproveitado. Entre os não renováveis. classifica-se ainda a identificação de duas classes:

os minerais energéticos como os combustíveis fósseis e urânio e os minerais não

energéticos como o fósforo e o cálcio.

2 Os detritos e coletores

O processo de verticalização das grandes cidades revela-se uma tendência onde

várias pessoas coexistem em espaços compactos, os quais identificam-se com habitats e

nichos ecológicos.

Uma vez que a matéria não pode ser destruída, apenas modificadas quando

descartada, os detritos produzidos pelos condomínios tendem a ser vultuosos, devido à alta

concentração das espécies nesses nichos e precisam ser coletadas de forma eficiente e

direcionadas a centros de reciclagem. O direcionamento segue normas e padrões definidos

por órgãos especializados em meio ambiente, por políticas específicas. Os resíduos sólidos

e semissólidos resultantes de atividades de origem doméstica, hospitalar, comercial,

agrícolas e limpeza pública (CUNHA, 2013).

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O gerenciamento destes resíduos segue as definições, para efeito básico, da NBR

10004/2004 que define o tipo de detrito, periculosidade, corrosividade, inflamabilidade,

toxicidade e patogenicidade (em conjunto com a NBR 10007).

A periculosidade no descarte do resíduo oferece suporte e justifica a preocupação

em encontrar soluções e direcionar melhor os detritos em vidros: apresenta risco de

contaminação pelas propriedades físicas, químicas e infecto contagiosa podendo provocar

acidentes, mortalidade, contaminação, incidência de doenças ou acentuando seus índices

quando gerenciado de forma inadequada (CUNHA, 2013).

3 Sustentabilidade e automação industrial

Desenvolvimento sustentável é aquele em que se satisfaz as necessidades presentes

sem o comprometimento das necessidades futuras. Existem várias medidas aplicadas na

proteção dos recursos naturais, o desenvolvimento de políticas públicas no estudo da

preservação dos mananciais hídricos, diminuição do consumo de energia, uso de

tecnologias em energia renováveis, preservação da biodiversidade, ecossistema e a

limitação do crescimento populacional (Cassiolato, 2016).

A automação industrial pode contribuir positivamente na sustentabilidade na

proteção de recursos naturais por meio do controle, dosagem e otimização dos recursos,

evitando o desperdício e controlando resíduos descartados irregularmente no ecossistema

durante todo o processo produtivo.

O controle de resíduos deve ser uma crescente preocupação da humanidade e demonstra

ser a chave para os principais problemas nos dias atuais. Controlando e reciclando os

detritos, reduz a quantidade de matérias primas exploradas, a poluição de mananciais e o

volume de detritos em aterros sanitários. Esse controle ainda exerce um papel social,

gerando renda a coletores e evitando a disseminação de doenças como a dengue e outras.

A preocupação com o desenvolvimento sustentável iniciou-se ainda nos anos 60 e

teve o primeiro resultado divulgado em 1972 por pesquisadores do MIT e tratava de temas

como desenvolvimento, energia, poluição, saneamento, saúde, ambiente e crescimento

populacional. A partir destes estudos, a comunidade científica, através de modelos

matemáticos, revelou que o planeta não suportaria este crescimento desordenado devido a

impactos nestes pontos até 2100. Em 1975, foi criado pela Unesco o Programa

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Internacional de Educação Ambiental, focado na capacitação de educadores adaptados às

diferenças sociais e a diferentes nações. Após esses eventos, surgiram outras reuniões onde

nações discutiram abertamente o tema biodiversidade, preservação, desenvolvimento

sustentável e redução dos impactos ambientais na sociedade e no ecossistema (Cassiolato,

2016).

Na sustentabilidade do ecossistema, a coleta seletiva demonstra ser fundamental e o

desenvolvimento de projetos automatizados influencia o controle de poluentes dispersos no

meio ambiente.

A automação industrial viabiliza o controle em um dos ambientes de considerável

volume poluidor, que são as residências, educando, incentivando e coletando detritos,

conservando em locais apropriados, evitando-se a dispersão.

4 A unidade de descarte

A unidade de descarte resume-se a direcionar os detritos em vidros e o óleo de

forma ordenada, oferecendo o centro coletor automatizado evitando dispersar resíduos de

vidro em sacos plásticos, que constantemente provocam acidente em coletores.

Os detritos depositados no orifício indicado, são triturados ou esmagados

totalmente automatizados, reduzindo-os a frações menores evitando fragmentos

pontiagudos ou com superfícies de maiores dimensões, o que tende a reduzir

significativamente o risco de corte. A figura 1 demonstra o projeto em SolidWork da

unidade de descarte onde os detritos são depositados, triturados e acondicionados:

Figura 1 - Unidade de Descarte

Fonte: O Autor (2016)

O painel elétrico fixo na parte superior da unidade informa a disponibilidade do

espaço de deposição dos detritos, que após triturados, esmagados ou depositados em

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embalagens apropriada sinalizam a condição do recipiente. O display em LCD na parte

frontal informa qual o resíduo está com espaço insuficiente na embalagem.

As embalagens utilizam materiais comuns como caixas de papelão para vidros e

plásticas para o óleo de cozinha.

5 Automação

A automação é utilizada para melhorar, monitorar e controlar o meio produtivo.

Todo sistema de automação segue o princípio onde o processo é realimentado de

informações resultantes da conclusão de cada tarefa, reorientando, redimensionando e

antecipando a etapa seguinte, com o objetivo de alcançar o resultado final próximo

possível ao qual o dispositivo foi instruído a executar através de codificações e algoritmos

específicos (MAMEDE, 2002).

Em uma unidade automatizada, a complexidade pode variar. Os sistemas de maior

simplicidade conseguem manter maior participação do homem no processo, enquanto os de

maiores complexidades dispensam a interferência, a não ser como gerenciador de tarefas e

em casos específicos, um mero expectador de todo o processo enquanto todo o trabalho é

processado por uma inteligência artificial.

A automação tem invadido os ambientes industriais, tornando-se cada vez mais

complexa, à medida que procura substituir o homem em todas as tarefas que era

de seu domínio na produção, principalmente tarefas repetitivas, lógicas e

sistemáticas. (MAMEDE, 2002)

Para que a produção seja automatizada, é necessário o uso de inteligência artificial,

uma unidade capaz de entender o processo, tomar decisões baseado em um algoritmo

previamente elaborado. A unidade de processamento de informação é fundamental para

que todos os dispositivos inteligentes pudessem assumir o controle das tarefas mais

complexas como acionamento, monitoração e as tomadas de decisões vitais para o

resultado final (MAMEDE, 2002).

Para tal propósito, o uso de micro controladores é fundamental para o desempenho

do protótipo. Existem vários processadores no mercado e diversos fabricantes como Intel,

Motorola, Texas, Microchip entre outros.

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O conjunto eletrônico responsável pelo controle da unidade de descarte desenvolve-

se com base no micro controlador PIC 16F877A, conhecido como CLP PIC 40 V- 4, com

uma frequência de clock de 4Mhz, da VWSoluções. Possui barramento IC2, comunicação

serial RS232 e RS485, o que permite a comunicação com outros equipamentos que

possuam recursos idênticos.

O controlador possui 12 entradas digitais opto acopladas, com lâmpadas de Led que

permite a visualização do estado das entradas. Uma entrada analógica para conversor A/D

(analógico/ digital) de 10 bits, 8 saídas do tipo contato reversíveis 120 V / 15 amperes

completam o conjunto. A alimentação do circuito é de 12 Vcc e 500mA.

5.1 A mecânica

Em resumo, a unidade de descarte automático é composta por dois motores

controlados por uma unidade central fixa na parte superior do equipamento, responsáveis

por triturar o vidro e esmagar as lâmpadas fluorescentes compactas. O controle do

acionamento das unidades motoras é autônomo, gerenciadas por micro controlador e as

partes móveis são protegidas pelo compartimento metálico.

A unidade de controle recebe informações de entrada e saída de dados digitais

através de sensores, que possibilitam a unidade a reconhecer comandos previamente

estabelecidos pelo micro controlador e permite operação intuitiva sem necessidade

especialização no processo de operação.

O projeto desenvolve-se em SolidWork, software específico destinados a criação e

elaboração de soluções mecânicas usado na indústria. A unidade compõe-se de partes

projetadas separadamente definido pelo tipo do material e a aplicação, direcionando a

fabricação das peças e orientando o formato. Os textos a seguir oferecem um esboço de

todo o projeto mecânico que formarão a unidade de descarte.

O modelo utilizado para fabricação utiliza conceitos mecânicos como processo de

soldagem, corte, acionamento por engrenagens e noção de torque aplicada durante todo o

processo de fabricação da unidade. Todos os componentes mecânicos do equipamento são

explicados nos textos a seguir.

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5.2 O chassi

Considerado o esqueleto da máquina, tende a resistir todo o esforço mecânico a que

é submetido a unidade. A estrutura mecânica suporta-se sobre peças metálicas retangulares

de 40 x 30 mm e forma uma peça retangular com dimensões de 1200 X 800 X 800

milímetros, responsável por sustentar os elementos de acionamento, o painel, armazenar e

acondicionar os rejeitos.

Durante o processo de fabricação da estrutura foram aplicados diversos recursos

metalúrgicos como corte do material, soldagem e desbastes do excedente para evitar

rebarbas ou sobra de soldagem excedente. As peças em aço carbono SAE 1020 foram

unidas pelo processo de soldagem denominada MIG (Metal Inert Gás) após serem cortadas

no comprimento projetado.

O processo de soldagem usado caracteriza-se por um eletrodo continuo e não

revestido que aquece o metal por meio de arco elétrico fornecido pelo alimentador

contínuo (máquina de solda).

A parte inferior suporta a chapa em aço carbono 1200 x 800 x 6 mm onde

acondiciona-se as embalagens para a deposição dos resíduos. Na superior a peça metálica

possui a mesma dimensão com orifícios retangular e circulares para a coleta dos

recicláveis. Aberturas laterais permitem a retirada do resultante da coleta de vidros e óleo

doméstico para transporte seguro pela empresa responsável. A figura 2 ilustra o formato

projetado do chassi, as partes inferior e superior:

Figura 2 - Estrutura da Unidade de Descarte

Fonte: O Autor (2016).

A base inferior da unidade possui três plataformas suspensas por molas que

funcionam como limitadores de carga. Os limitadores acionam sensores eletromagnéticos

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quando o volume da carga excede a borda ajustada e informar o usuário a necessidade de

recolher os detritos.

Suspensa por molas e presas a base da unidade por parafusos M 10 x 100

milímetros, as bases móveis foram projetadas para acionar sensores e indicar o momento

de recolher os detritos. A figura 3 ilustra o a base da unidade suportada por molas:

Figura 3 - Base de Acionamento de Sensores

Fonte: O Autor (2016).

A parte superior da unidade, com orifício retangular de dimensões 300 x 150 x 150

milímetros onde admite-se a entrada dos rejeitos sólidos em vidro. Abaixo da entrada fixa-

se o triturador responsável por quebrar os fragmentos maiores em partes menores e mitigar

os riscos de corte nos responsáveis pelo manuseio. A coleta do óleo realiza-se pela

projeção tubular com diâmetro 50 x 150 milímetros e a lâmpada fluorescente compacta

pelo orifício maior, com 100 x 150 milímetros. A diferença de diâmetros impede que

resíduos de lâmpadas sejam descartadas juntamente com o óleo, evitando a contaminação

por detritos cortantes.

O motivo dos orifícios elevarem-se da base superior em 150 milímetros baseia-se

na segurança dos usuários, evitando a projeção principalmente do vidro quando triturado e

impedindo o usuário introduzir as mãos na unidade.

5.3 O triturador de vidros

Necessário à fragmentação de detritos em vidro em partículas menores, o triturador

constitui-se de cilindro em aço carbono com ressaltos de 50 x 50 milímetros em angulo de

900, denominado Laminas. O cilindro encaixa-se com outro do mesmo formato, mas com

ressaltos opostos formando cavidades por onde o vidro é triturado.

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As lâminas do triturador possuem diâmetros de 60 milímetros por 30 de largura

usinadas a jato d`água em aço carbono SAE 1020 presas ao eixo cilíndrico em aço carbono

impede que as lâminas do triturador recurvem durante o processo de trituração. O método

de soldagem MIG (Metal Inert Gás) une as peças ao elemento de tração mantendo a

distância de quarenta milímetros uma da outra.

Figura 4 - Lâminas do Triturador

Fonte: O Autor (2016).

5.4 Eixo e engrenagem de acionamento

Os eixos fixos a mancais são acionados por engrenagens, garantindo melhor torque

e reduzindo o deslizamento, evitando a parada de equipamento e reduzindo

consideravelmente a manutenção. As engrenagens possuem diâmetro de 105 milímetros e

112 dentes retos tracionadas por outra engrenagem menor de 60 milímetros de diâmetro e

58 dentes. A escolha do modelo de acionamento proposto visa melhorar aproveitamento da

potência do motor com base no cálculo do torque 2 x 1, que é a divisão do diâmetro maior

(motriz) pelo diâmetro menor (motora), desprezando a resistência por atrito.

Parafusos M4 x 30 x 1 travam as engrenagens perpendicularmente aos eixos nas

ranhuras usinadas nas extremidades do elemento de tração. O comprimento das ranhuras

são vinte milímetros e o diâmetro quinze unidades milimétricas. A figura a seguir ilustra as

laminas do triturador.

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Figura 5 - Eixos e Engrenagens do Triturador

Fonte: O Autor (2016).

5.5 O mancal

O mancal UCP 205 é o dispositivo fixo responsável pela liberdade de rolagem do

triturador. Manufaturado em ferro fundido, no centro rolamentos esféricos em aço

percorrem a circunferência maior permitindo constante movimento com baixo coeficiente

de atrito.

Parafusos M6 x 25 x 1,25 prendem os mancais a estrutura em aço carbono do

chassi. A figura 32 ilustra a unidade onde fixa-se o eixo do triturador:

Figura 5 - Mancal UCP 205

Fonte: O Autor (2016).

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5.6 Proteção do triturador

Os mancais fixos em estruturas protegem as lâminas e direcionam os detritos

diretamente a caixas de papelão. Forma-se um funil retangular que facilita a manutenção

ou a troca dos mancais e engrenagens quando danificados.

A proteção impede a projeção do material triturado pelo compartimento interno da

unidade, evitando a contaminação por vidro e mantendo o ambiente interno organizado.

Uma estrutura suporta os mancais que se fecha com chapas de aço carbono de 600

x 250 x 3 milímetros de comprimento unidas por solda MIG a estrutura retangular também

em aço carbono SAE 1020. A figura 33 oferece um esboço da proteção das lâminas:

Figura 6 - Proteção das Lâminas

Fonte: O Autor (2016)

5.6.1 O acionamento das lâminas

O motor Weg de indução trifásico 220 Vca, 1\2 CV fornece o torque necessário

para triturar o vidro. Acoplado ao motor, o conjunto redutor 6:1 reduz a velocidade de

1800 para 300 RPM.

O motor prende-se na base por parafusos M10 x 25 x 1,25 mm de aço carbono e

usinado por ferramenta denominado macho M10 de passo da rosca 1,25.

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A redução na velocidade evita que partes do vidro triturado seja lançado fora do

recipiente que acondiciona as laminas. Engrenagens acopladas ao eixo, como explicado

anteriormente auxiliam movimento das lâminas em sentido opostos.

5.6 Esmagador de lâmpadas fluorescentes

A proteção cilíndrica metálica com diâmetro 102 mm mantém o curso do

esmagador e fragmenta as lâmpadas fluorescentes compactas, reduzindo o volume e

separando os elementos, direcionando-os a coletores específicos para cada elemento.

Formado por um tubo de diâmetro 96 mm que se move no interior da proteção

cilíndrica impulsionado por alavanca com 200 mm de comprimento fabricado em aço

carbono SAE 1020, a lâmpada é prensada contra o interior do receptáculo o suficiente para

provocar a quebra do vidro. O conjunto assemelha-se a um pistão automotivo. A peça

circular 150 mm acoplada ao motor fornece torque o torque a alavanca e ambos são

fabricados em aço SAE 1020 de 10 mm.

Os resíduos desprendidos são coletados por uma calha inclinada a 450, descem por

gravidade dividendos entre partículas menores, vidro e por último a parte metálica. Os

elementos dividem-se de acordo com as telas de proteção classificando - se de acordo com

o tamanho do filtro.

Figura 7 - Esmagador de Vidros

Fonte: O Autor (2016)

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5.6.1 O acionamento do esmagador

O motor Bosch GPB F006 KM 611, 305 W, 2600 rpm, alimentação 12 Vcc e moto

redutor MR3 30:1 traciona o eixo do esmagado a um torque de 350 Ncm. A transmissão

realiza-se por coroa e pinhão auxiliado por corrente. O motor é fixado na base metálica por

parafusos M 6 x 25 x 1.

O conjunto coroa e pinhão fixa-se através de chaveta ao eixo do esmagador.

Figura 8 - Motor Bosch GPB com Redutor

Fonte: O Autor (2016)

6 A elétrica

O painel de controle da unidade de descarte, como afirmou-se anteriormente

protege os elementos de controle responsáveis pelo gerenciamento do equipamento.

A placa eletrônica fixa-se na lateral do painel por quatro parafusos M3 x 30 isolada

da parte metálica por isoladores plásticos de cinco milímetros de diâmetro e mantem uma

distância de cem milímetros dos principais elementos comutadores como relés e

contactores elétricos. A alimentação da placa eletrônica ocorre por meio de fonte

estabilizada 12 Vcc com uma corrente máxima de 30 amperes e definida pelo consumo da

placa, aproximadamente 2 amperes conforme folha de dados (datasheet) do fabricante. A

fonte fixa-se ao lado oposto da placa eletrônica por meio de parafuso M2 x 5 milímetros na

parte inferior do painel e fornece tensão contínua a placa e ao motor do esmagador de

lâmpadas.

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A potência consumida pela placa, incluindo-se as perdas por resistências no

condutor que podem ser desprezadas é de 30 watts, determinada pela lei de Ohm onde a

corrente é multiplicada pela tensão (P = VI).

O circuito de alimentação da placa eletrônica utiliza fio singelo de 1,5 mm2

com

extensão de 200 milímetros entre a fonte estabilizada e os conectores de alimentação.

A placa eletrônica limita a condução da carga aplicada aos relés em no máximo 6

amperes ou 72 watts aplicando-se a lei de Ohm para a determinação da potência. O

acionamento dos motores necessita de comutadores auxiliares para a proteção da placa e

aumento da condução de potência.

A alimentação da unidade utiliza cabos 4 mm2, isolamento 750V em PVC.

6.1 Montagem dos componentes auxiliares

Necessários à condução de potência compatível com os motores, o contactor

Siemens 3RT1025, os relés Siemens 3RH1122 e LZS RT78725 são fixos ao painel por

meio de trilho apropriado para a fixação. O trilho é montado no interior do painel por dois

parafusos M3 x 5 milímetros e possui o comprimento de 250 milímetros. O mesmo recurso

aplica-se aos terminais de conexão linear, os bornes. Em situação semelhante são montados

os cinco relés auxiliares.

Os contactores e os relés são monofásicos de 127 Vca acionados pelos relés de

comutação da placa eletrônica. Cabos singelos de 1 mm2

com tensão de isolamento de

600V em PVC fornecem alimentação necessária a comutação dos elementos de controle.

Os cabos quando livres dos isolamentos mecânicos são prensados terminais para proteção e

evitar falhas na conexão.

Utiliza-se cabo singelo 2,5 mm2, tensão de 750V em PVC no circuito de

alimentação do motor do triturador de vidros para a corrente nominal de 1, 98 ampères a

um fator de potência de 0,68 e fator de serviço 1,25. O esmagador de lâmpadas utiliza cabo

6 mm2 para 26 amperes em corrente continua.

Montados e posicionados no chassi mecânico da unidade, as chaves limites (limit

switches) são fixas por dois parafusos 3 x 12 mm e alimentadas por cabo singelo 1 mm2.

As chaves detalhadas previamente, são do tipo normal abertas e acionadas por partes

móveis da estrutura cuja função acumula-se entre acionar, sinalizar e auxiliar o programa

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nas decisões do processo de automação. As seis chaves são condicionadas a entradas

discretas.

A conexão entre o painel e os elementos periféricos utiliza os conectores de

passagem Siemens montados na parte inferior do painel. Determinou-se os condutores pelo

critério de corrente elétrica, em acordo com a norma NBR 5410, explicado anteriormente.

Figura 9 - Distribuição dos cabos no painel

Fonte: O Autor (2016)

6.2 Sinalização e comando do painel

Montados na parte frontal do painel elétrico encontram-se os botões liga, desliga,

emergência e lâmpadas de sinalização da unidade.

As lâmpadas de sinalização montadas a uma distância de 60 milímetros indicam

condições do equipamento e a disponibilidade da unidade. O circuito de alimentação de

sinalização e botões utilizam cabos 1 mm2.

As funções dos botões limitam-se a ligar e desligar o comando elétrico da unidade,

evitando reiniciar o processador após realizar o trabalho. Os elementos de comandos

trabalham por pulso. A tela de LCD informa quando e qual compartimento excede a

capacidade de contenção de detritos.

O LCD encontra-se entre a sinalização e os botões de controle fixo por quatro

parafusos passantes de 2 mm com porca e arruelas montados no painel. A figura 10 ilustra

a parte frontal do painel:

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Figura 10 - Sinalização e Botões de Comando

Fonte: O Autor (2016)

6.3 Modo de operação

A unidade de reciclagem de vidros destina-se a pessoas sem experiência com

operações complexas, portanto existem apenas três instruções básicas que dispensam

quaisquer conhecimentos técnicos as quais seguem abaixo:

Conecta-se a unidade a fonte de alimentação 220Vca verificando a condição através

da lâmpada de iluminação vermelha, a qual indica o estado energizado ou desenergizado

da unidade. Esta informação se torna imprescindível para a constatação do status apto ou

inapto para a execução do trabalho.

Pressionando o botão verde no painel, alterna a função repouso para a situação

pronto para operar e observa-se condição através da lâmpada verde situada também na

parte frontal do painel. Estando acesa a sinalização verde, abre-se a tampa do triturador,

deposita o vidro no recipiente e fecha-se a porta do recipiente. O triturador irá iniciar o

processo de quebra do vidro automaticamente e o usuário verifica a condição de operação

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pelo sinalizador branco. Este sinalizador é comum para o triturador e o esmagador de

lâmpadas, sinaliza o fim do processo automaticamente, sem a interferência do operador.

A lâmpada verde também sinaliza a condição de operação do esmagador de

lâmpadas fluorescentes compactas.

A lâmpada amarela indica se o volume prático dos recipientes atingiu o limite de

contenção dos detritos e a condição pode ser verificada na tela de LCD. Se o recipiente

estiver cheio, a unidade correspondente indicada no display não irá funcionar até ser

recolhido o excesso. A unidade não necessita de reset, portanto sempre que for retirado o

material excedente, voltará a condição normal e estará pronto para funcionar.

Terminando o processo, pressiona-se o botão vermelho e a máquina é colocada em

repouso. Se em algum instante do processo houver a necessidade de interrompê-lo,

pressiona se o botão vermelho e todos os mecanismos são interrompidos eletricamente.

CONCLUSÃO

O protótipo da unidade de reciclagem automática de vidros domésticos

demonstrou-se útil, concluindo o objetivo proposto satisfatoriamente no preparo e

armazenagem adequada dos detritos para a coleta seletiva. A interface simples o torna

ideal para uso em ambientes residenciais, onde o usuário não é familiarizado com

processos industriais complexos. O CLP demonstrou-se efetivo e seguro no controle do

equipamento, mas pode ser melhorado o algoritimo dos indicadores de estado, contendo

informações mais variadas, facilitando a inspeção visual.

A sustentabilidade tem sido objetivo de constantes avanços nas áreas de engenharia

e automação industrial e o equipamento proposto insere um avanço satisfatório na

prevenção de acidentes por diminuir os estilhaços de resíduos cortantes a partes menores,

reduzindo desta forma as lâminas expostas. Os fragmentos coletados, preservados em

embalagens de papelão oferecem local de concentração de todos os resíduos gerados em

condomínios, evitando assim a dispersão e poluição do ambiente ao redor das

aglomerações humanas.

Observou-se durante o processo de trituração dos detritos uma redução satisfatória

das placas de vidro, sem exceder no tamanho das partículas, evitando assim a formação do

pó de vidro. As lâminas do triturador suportaram o trabalho sem fadiga ou desgastes, mas

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com o trabalho excessivo, aconselha-se substitui-las por aço usinado visando obter um

equipamento mais durável.

Lâmpadas fluorescentes compactas são predominantes nas residências por

dispensarem complicações técnicas com reatores e ter menos necessidade de manutenção

as tornam um potencial poluente além do risco oferecido no transporte quando descartadas

irregularmente e a unidade de reciclagem auxilia na coleta do detrito, separando o vidro e o

metal, acondicionando em embalagens também de papelão, preparando para serem

coletadas seguramente. Verificou-se durante o processo de esmagamento a necessidade de

filtro de contenção do pó desprendido das lâmpadas e como consequência uma melhor

vedação do recipiente esmagador.

O mercado tem encontrado dificuldade em propor unidades coletoras residenciais

compactas e este obstáculo tem sido também observado na indústria e no comercio, onde a

geração de detritos são crescentes.

Este protótipo poderá ser introduzido comercialmente devido ao custo reduzido de

produção e por utilizar produtos de baixo custo de montagem, que o torna de fácil

aquisição a todas as camadas sociais.

O projeto cumpre o propósito de oferecer local de concentração de detritos nocivos

e mitigar os riscos de dispersão de materiais cortantes em vidros, triturando-os e reduzindo

desta forma os riscos a garis e coletores de recicláveis. Por ser um protótipo, o

equipamento demanda tempo e ajustes a fim de tornar-se mais eficiente no trabalho

proposto.

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RELÉ METALTEX. Relé ML (Micro Relé). Disponível em:

<http://www.metaltex.com.br/produto/rele-ml/rele-ml-micro-rele> Acesso em: 06 Set. 2016.

RESÍDUOS EM VIDRO. Vidros. Disponível em: <http://www.centralderesiduos

rj.com.br/vidro/> Acesso em: 08 Set. 2016.

REVISTA PREVENCIONISTA. Materiais cortantes aumentam o risco de acidentes na

coleta em Rio Claro. Disponivel em: <http://revistaprevencionista.com.br/

materiais-cortantes-no-lixo-aumentam-acidentes-na-coleta-em-rio-claro-sp> Acesso em: 03

Nov. 2016.

SHULLER, Charles. Eletrônica 1. 7. ed. New York: The McGraw-Hill Companies, 2008.

TABELA DE RESISTORES. Calculadora Gráfica de Resistores de 4 ou 5 Bandas.

Disponível em: <http://www.audioacustica.com.br/exemplos/Valores_Resistores/

Calculadora_Ohms_Resistor.html> Acesso em: 08 Set. 2016.

TÍPICO HABITAT HUMANO NAS GRANDES CIDADES. Disponível em:

<http://www.vitruvius.com.br/revistas/browse/arquiteturismo> Acesso em: 03 Set. 2016.

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

TECHNOLOGY AND BUSINESS COMMUNICATION

Jhonys Biscola1

Existem várias formas de se comunicar uns com os outros. Geralmente a

comunicação ocorre oralmente; outras vezes, através de cartas, mensagens de texto, e-mails,

fax e redes sociais. Os meios como este processo se viabiliza farão com que as informações

cheguem mais rápidas e de forma correta. Deve-se tomar cuidado ao se transmitir uma

mensagem, pois durante esse processo podem ocorrer várias distorções, devendo-se, portanto,

tomar muito cuidado com isso.

As empresas devem investir em treinamentos para que seus funcionários sempre

estejam capacitados para se comunicarem em caso de uma reunião ou até para se transmitir

uma mensagem aos outros funcionários. A tecnologia, por exemplo, é um elmento

fundamental nos processos de transição de uma mensagem, sendo o departamento de TI

responsável por desenvolver ferramentas e soluções para que haja uma maior produtividade e

que os meios de comunicação funcionem adequadamente, pois isso gera mais conforto aos

funcionários e um melhor desenvolvimento do trabalho.

Dentro de uma empresa existem vários boatos relacionados às informações, isso é

chamado de Rádio Peão. Deve-se tomar cuidado com relação a isso, pois pode gerar conflitos

entre funcionários, desconfiança, insegurança com relação às informações, uma vez que esse

meio de comunicação é chamado meio de comunicação informal e sempre haverá dentro das

empresas. Essa forma de comunicação tem seu lado positivo, pois faz com que se melhore

cada vez mais os meios de comunicação internos de uma empresa ou organização. Caso se

faça uma palestra deve-se tomar alguns cuidados, por exemplo, com as palavras que serão

ditas pois pode haver crianças na plateia, com a postura, o tom de voz e não fazer certos

gestos como apontar o dedo diretamente a uma pessoa para não gerar desconforto.

Ao se fazer uma reunião em uma empresa é essencial que se organize um

cronograma antes dessa reunião para que não haja uma distorção em relação ao assunto que

será abordado e que a reunião não perca o foco principal.

1 Graduando em Tecnologia em Automação Industrial - CETEP

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

Tomando-se esses cuidados, certamente o processo comunicacional, em qualquer

âmbito tem tudo para se tornar um sucesso.

CAMINHOS DA COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE EMPRESARIAL

WAYS OF COMMUNICATION IN BUSINESS ENVIROMENT

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

Geovane Felipe Goulart Grochoski2

Destacar um ponto especifico na disciplina de Comunicação Empresarial não é uma

tarefa fácil, pois todos os temas têm sua importância e se aplicam diretamente no ambiente

empresarial.

O processo comunicacional tem seus elementos de comunicação, como o emissor -

aquele que comunica ou informa, e o receptor - quem recebe o comunicado ou informação e

decodifica a mensagem, outro elemento fundamental na ocorrência desse procedimento. Na

comunicação tem-se várias características envolvidas, como a meio onde esta sendo

transmitida e recebida a informação, a forma como ela está sendo transmitida e a entonação

do emissor.

A Comunicação Empresarial está em todos os meios das relações pessoais, desde

uma entrevista de emprego ou estudar. Muitas das informações dependem da comunicação. A

capacidade de quem se comunica pode ser muito útil e de grande valia para as pessoas ou para

a empresas, pois dependendo dela, pode-se tornar uma pessoa ou empresa muito mais valiosa

e interessante.

A comunicação oral é muito antiga e é usada sempre para informar, transmitir e

repassar ideias ou pensamentos, além de apresentar vários detalhes de oratória, como:

aparência, expressão corporal, conhecimento do assunto, credibilidade, e voz. Tudo isso é

essencial para o comunicador conseguir envolver e atrair a atenção de quem está ouvindo.

No que diz respeito a entrevistas ou reuniões, deve-se levar em consideração que a

primeira serve para se obter informações de pessoas, como um candidato a uma vaga de

emprego, por exemplo. Reuniões, por outro lado, servem para, através de comunicação oral,

transmitir, comunicar, informar, discutir e tomar decisões sobre determinados assuntos

relacionados a empresas por exemplo.

A comunicação organizacional é dividida em três aspectos: comunicação

institucional, c comunicação administrativa e comunicação mercadológica. A comunicação

institucional é uma área da comunicação que implica em conhecer as instituições e

compartilhar suas propriedades. A comunicação administrativa tem a finalidade de orientar,

atualizar, ordenar e reordenar o fluxo das atividades funcionais. A comunicação

2 Graduando em Tecnologia em Automação Industrial - CETEP

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

mercadológica surgiu nas organizações como forma de divulgar os produtos e serviços com

finalidade comercial.

Outro aspecto fundamental a relacionar é a Tecnologia da Informação que engloba

todo recurso tecnológico de armazenamento, processamento e transmissão de informação. É

dividida em hardwares e softwares. Hardwares são todas as partes físicas da tecnologia como

por exemplo os computadores e servidores. Softwares são os programas entalados nos

computadores. Toda a parte da tecnologia da informação é utilizada para agilizar processos e

tornar mais dinâmicos e funcionais os meios que tomariam mais tempo.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E GERENCIMENTO EMPRESARIAL

INFORMATION TECHNOLOGY AND BUSINESS MANAGEMENT

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

Halisson Fábio Paulo3

A Tecnologia da Informação é a área do conhecimento que utiliza tecnologias como

máquinas, computadores e sistemas de informação a fim de criar, organizar e analisar

informações, colaborando para melhor gerenciamento das empresas, sendo fundamental a

presença de um técnico em informática para tratar dos problemas e projetos da empresa nesta

área. Esse profissional, após concluir seu curso técnico em informática e entrar em uma

empresa nesse mesmo cargo, consegue minimizar junto a equipe alguns custos e prevenir

problemas grandes, utilizando planejamento e execução correta de suporte ao cliente. Além

disso, é possível agregar valor ao cargo utilizando cursos e experiências de trabalho em uma

nova carreira trabalhando com robótica, por exemplo

A Tecnologia de Informação (TI) veio a este mercado tão competitivo para somar.

E hoje é um dos componentes mais importantes do ambiente empresarial, sendo essencial

para os três níveis da empresa (estratégico, tático e operacional).

Diante de muitas mudanças internas e de mercado, as empresas podem reagir de

forma construtiva norteando suas ações pelo princípio de flexibilidade na análise de situações.

Cabe ao gestor estar atento e bem informado a respeito de suas obrigações no papel de sua

gestão, buscando sempre uma forma de alcançar a excelência em suas ações e operações.

O desempenho organizacional deve ser avaliado pela eficácia na realização dos

objetivos e pela eficiência na utilização dos recursos. Nenhum sistema de controle consegue

abordar, de forma integrada, todas as atividades e operações de uma organização. Dessa

forma, os administradores usam diferentes instrumentos e métodos de controle para lidar com

as diversas atividades e elementos da organização. Esses instrumentos e ferramentas

gerenciais utilizados no controle do desempenho organizacional são conhecidos como

controle financeiro, sistemas de informação gerencial, a auditoria, balanced scorecard e

benchmarking, os quais, quando usados em conjunto podem determinar a excelência do

funcionamento de uma empresa.

O ESTUDO DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL E SUAS APLICAÇÕES NAS

EMPRESAS

STUDY OF CORPORATE COMMUNICATION AND ITS APPLICATION IN

COMPANIES

3 Graduando em Tecnologia em Automação Industrial - CETEP

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

Eraldo Antonio dos Santos4

As práticas estudadas nas aulas no curso de Comunicação Empresarial envolveram

muitos pontos importantes para o entendimento e aperfeiçoamento do processo de

comunicação. Os materiais apresentados sobre oratória são de grande valor para quando se faz

necessário apresentar um novo projeto, plano para aperfeiçoamento, treinamentos para

colaboradores, terceiros, investidores, fornecedores de recursos para atingir o objetivo da

empresa. Vícios de linguagem, postura, entonação, domínio de conteúdo são essenciais para

ser um bom orador e passar confiança para aqueles que lhe escutam e estarão absorvendo o

conteúdo aplicado por você. Um orador que não tenha um bom domínio do conteúdo ou tenha

uma entonação fraca não vai conseguir fazer com que sua plateia se interesse pelo seu

discurso e não absorva de forma produtiva seu pronunciamento.

Outro ponto muito importante é a tecnologia da informação, que deve estar presente

em todas as partes de uma empresa de sucesso. A TI irá ajudar uma empresa a controlar seus

gastos, desde a entrada de matérias primas, quantidade de produção e saída de seus produtos

ou serviços, servindo como base de dados de quantidades, estoques, dados que serão

utilizados por gestores para realizar um planejamento de custos, lucros e perspectivas de

crescimento do negócio.

A tecnologia da informação também auxilia muito no processo de comunicação

interna dos colaboradores, reduzindo tempo desperdiçado para se comunicar com funcionários

de setores diferentes, formalização de conversas para registros de pequenos acordos sobre

discussões diversas, como procedimentos a serem seguidos, comunicados de ordens de

serviço geral, entre outros. Outro ponto muito importante da TI é a abertura para comunicação

com os clientes, que agora tem um canal para tirarem suas dúvidas sobre o local de empresa,

produtos, serviços, reclamações sobre produtos e serviços, pesquisa de satisfação, o que faz

com que a empresa obtenha um feedback e possa trabalhar de forma mais produtiva para

continuar com um processo de melhoria contínua sobre seu ramo de atividade.

4 Graduando em Tecnologia em Automação Industrial - CETEP

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

NORMAS PARA ENCAMINHAMENTO DE ARTIGO

Os interessados em publicar artigos devem fazer submissão para o email

[email protected]. Serão aceitos artigos, resenhas e entrevistas de

professores e graduandos do CETEP e de outras IES.

ARTIGOS

* Formato do arquivo: Microsoft Word (modo de compatibilidade).

* Configuração da página: tamanho A4, sendo todas as margens com 3 cm e justificadas.

* Limite de páginas: no mínimo 10 (dez) e no máximo 20 (vinte).

* Fonte: Times New Roman, corpo 12.

* Espaçamento: 1,5, no corpo do texto.

Simples, apenas para as citações com mais de 3 linhas.

* Citações: recuo de 6 cm, à esquerda, em relação ao corpo do texto; fonte: Times New

Roman, corpo 11.

* Apresentar o trabalho na seguinte sequência: título, nome(s) do(s) autor (es), indicação de

co-autoria, se houver; resumo, palavras-chave (mínimo 3, máximo 5), resumo em língua

estrangeira, texto; notas e referências; anexos e/ou apêndices.

* Título em língua portuguesa centralizado, em maiúsculas, sem negrito ou grifo, na primeira

linha da primeira página.

* Título em língua estrangeira centralizado, em maiúsculas, sem negrito ou grifo logo abaixo

do título em língua portuguesa.

* Subtítulos (se houver) sem adentramento, sem negrito ou grifo, numerados em algarismo

arábicos (0. Introdução); apenas a primeira letra de cada subtítulo deve ser maiúscula. O(s)

nome(s) do(s) autor(es), assim como do(s) co-autor(es), deve(m) estar duas linhas abaixo do

título em língua estrangeira, alinhado(s) à esquerda, seguido(s) da(s) respectiva(s)

titulação(ões) (graduando, graduado, especialista, mestre ou doutor) e da sigla da instituição

de filiação, se houver.

Exemplo:

João da Silva (título) – CETEP

* Resumo: 100 caracteres, espaçamento simples, corpo 11.

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

* As referências devem vir duas linhas abaixo do final do texto, em corpo 12, ordem

alfabética, sem numeração, sem adentramento, espaçamento simples, apresentadas de acordo

com as normas da ABNT, conforme exemplos a seguir:

Se obra no todo:

GOMES, C. Metodologia científica. 2. ed. São Paulo: Atlântica, 2002.

Se parte de obra:

LIMA, Luiz Costa. Ficção: As linguagens do modernismo. In: ÁVILA, Affonso. O

modernismo. São Paulo: Perspectiva, 1975. p. 69-86.

Se artigo periódico:

MIRANDA, Wander Melo. A menina morta: a cena muda. O eixo e a roda, Belo Horizonte,

v. 1, n. 1, p. 69-77, 1983.

Se texto da Internet:

ZILLY, Berthold. A barbárie: antítese ou elemento da civilização? Do Facundo de Sarmiento

a Os sertões de Euclídes da Cunha. Gramsci e o Brasil. 2001. Disponível em:

<http://www.artnet.com.br/gramsci/arquiv175.htm>. Acesso em: 20 out. 2001, 16h30.

* A citação de autores, incluída no trabalho, deve seguir o sistema autor/data, podendo

apresentar a indicação da página, por exemplo, (Lima, 1976) ou (Lima, 1976, p. 57).

* As remissões para notas de conteúdo deverão ser feitas por números, na entrelinha superior.

* Anexos ou apêndices serão incluídos somente quando imprescindíveis à compreensão do

texto.

* NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: Os artigos submetidos à análise do conselho editorial

devem seguir as regras do novo acordo ortográfico da língua portuguesa. O conselho reserva-

se o direito de recusar textos que não atendam a este item ou que apresentem muitas

incorreções.

* As páginas do artigo não devem ser numeradas.

* Usar apenas notas de rodapé (não são admitidas notas de fim), em letra Times New Roman

9 e espaçamento simples.

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DOMUS; REVISTA TECNOLÓGICA DO CETEP CURITIBA, V. 1, N. 1, (Junho a Dezembro de 2016) - ISSN

* FIGURAS: Devem vir centralizadas e trazer legenda, também centralizada, em letra Times

New Roman 9 e espaçamento simples, com as seguintes informações: Número da figura,

título e fonte.

* A revisão dos trabalhos é de inteira responsabilidade dos autores.

RESENHAS

* Formato do arquivo: Microsoft Word (modo de compatibilidade).

* Configuração da página: tamanho A4, sendo todas as margens com 3 cm e justificadas.

* Limite de páginas: no mínimo 4 (quatro) e no máximo 8 (oito).

* Fonte: Times New Roman, corpo 12.

* Espaçamento: 1,5, no corpo do texto.

* Título em língua portuguesa centralizado, em maiúsculas, sem negrito ou grifo, na primeira

linha da primeira página.

* Título da obra resenhada

Ex.: GOMES, C. Metodologia científica. São Paulo: Atlântica, 2002.

Referências: Seguir o mesmo padrão adotado para os artigos.

ENTREVISTAS

A Revista poderá publicar entrevistas realizadas com pesquisadores e militantes no âmbito

das temáticas da Revista. Na primeira página da entrevista, deve constar o título da mesma,

seguido de uma breve apresentação do entrevistado e do entrevistador.

SEÇÃO LIVRE

Nesta seção serão aceitos textos que contenham análises ou relatórios relacionados à temática

da revista.

Limite de páginas: no mínimo uma e no máximo 4.

Os trabalhos deverão ser enviados para o email [email protected]