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Entrevista com Tacio Philip, o fotógrafo referência da macrofotografia Veja os equipamentos necessários para uma boa macrofotografia Em quadro detalhes mínimos

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Em quadro mínimos Entrevista com Tacio Philip, o fotógrafo referência da macrofotografia Veja os equipamentos necessários para uma boa macrofotografia

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Entrevista com Tacio Philip, o fotógrafo referência da macrofotografia Veja os equipamentos necessários para uma boa macrofotografia

Em quadro

detalhesmínimos

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Está edição é dedicada à macrofotografia, que é a fotografia de pequenos seres e objectos ou detalhes que normalmente passam despercebidos no nosso dia-a-dia;são fotografados em seu tamanho natural ou levemente aumentados através de aproximação da câmera ou fazendo uso de acessórios destinados a este tipo de fotografia; as macrofotografias são exibidas em tamanho bastante ampliado para maior impacto visual.

Classicamente, o campo da macrofotografia está delimitado pela captura de imagens em escala natural ou aumentada em até cerca de dez vezes seu tamanho natural, mas uma definição precisa está cada vez mais difícil, uma vez que as muitas câmeras digitais usam sensores diminutos. Por outro lado, muitas fotos são obtidas à distância, com o uso de tele-objetivas para captura da imagem, e nem por isso a foto capturada deixa de ser uma macrofotografia.

Você vai encontrar aqui

Capa. Explore os mínimos detalhes de suas imagens nesta reportagem espe-cial de Daniela Ramos. 04

Técnicas. Aprenda algumas técnicas que vão ajudar na a tirar o máximo do seu equipamento para fotos macro. 10

Entrevista. Tacio Philip Sansonovski fala de sua maior especialiadade no mundo visual. 17

Como fazer. Francisco Lopes Filho dá dicas de como se produzir boas ima-gens de insetos, flores, plantas e outras miudezas da natureza. 09

Quem faz. Os grandes nomes da ma-crofotografia e algumas de suas pro-duções. 13

Próxima edição. Fique atento para o tema da próxima edição e envie sua imagen, ela poderá ser publicada na próxima edição.

O que usar. Nossa equipe vai mos-trar os equipamentos mais adequados para a macrofotografia e onde encon-trá-los. 18

Olhos do leitor O espaço é reserva-do para os leitores que quieserem ex-por sua produções. Veja se a sua está lá. 03, 08, 12, 16

editoria

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olhos do leitor

Giovanna Fraga

“Gosto da macrofotografia porque ela revela a textura das imagens.”

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capa

detalhesA macrofotografia é um ramo da

fotografia voltada aos peque-nos objetos, mostrando aos nossos olhos detalhes muita

vezes invisíveis a olho nu, sendo pro-vavelmente este um dos motivos do seu encanto.

Ao iniciar esta breve discussão sobre macrofotografia torna-se necessário salientar alguns termos técnicos utili-zados neste ramo da fotografia. Dife-rente do que costuma ser dito, apenas se aproximar e fotografar um objeto de perto não é macrofotografia. Vamos começar explicando o que é amplia-ção, um termo muito utilizado.

A ampliação é uma relação numérica entre o tamanho original do assunto a ser fotografado, seja ele um inseto, um selo, uma folha etc. e o tamanho que o mesmo aparecerá no filme, e não no papel. Imagine que você irá fotografar um ob-jeto que tenha apenas 5 cm, como um grande grilo. Imagine agora que você fez um enquadramento bem fechado nele, o colocando por inteiro dentro do fotograma, ou seja, o seu grilo terá uma medida de 3,6 cm no filme, a me-dida de cada fotograma nas câmeras 35 mm. Para calcular a ampliação é só dividir o tamanho do assunto no filme pelo tamanho original do assunto, ou seja: 3,6/5,0 ~ 0,7. Pode-se falar en-tão que a ampliação foi 1:0,7 (1 para 0,7).

Pense agora em uma aproximação maior, colocando apenas parte do gri-lo na foto, enquadrando 3,6 cm do inseto. No filme ele terá esse mesmo tamanho, ou seja, 3,6 cm. Calculando a ampliação chegamos a 1:1 (um para um), que também é chamado de life size, ou tamanho real, já que o assunto aparecerá no filme do mesmo tama-nho que ele realmente é.

Você pode ainda querer uma amplia-

ção maior ainda, pegando apenas 1,8 cm do inseto, fazendo com que este espaço ocupe todo o fotograma. A am-pliação será 2:1, ou seja, o objeto terá o dobro do tamanho original quando olhado no filme.

Pensando nos termos relacionados a essa ampliação, começando de uma menor para uma maior ampliação nós temos a fotografia close-up, responsá-vel pelas ampliações entre 1:10 e 1:1. Aumentando a ampliação chegamos a verdadeira macrofotografia, que co-meça no life size 1:1 e vai até 10:1. Maiores ampliações, ou seja, 10:1 ou maiores já caem no ramo da microfo-tografia, sendo normalmente utilizado uma câmera fotográfica acoplada a um microscópio.

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Filmes

Em macrofotografia, como se busca a reprodução dos detalhes, os melhores filmes a serem utilizados são aqueles com baixa sensibilidade e granulação muito fina, permitindo assim uma re-produção dos detalhes sem perda de informação na fotografia. São preferi-dos ainda filmes reversíveis, os cromos (slides), que possuem uma granulação mais fina ainda em comparação aos negativos.

No mercado nacional encontramos di-versos filmes para este uso, sendo que pessoalmente aprecio muito o Fuji Pro-via 100F, que é extremamente fino e possui uma boa sensibilidade, propor-cionando uma ótima reprodução de detalhes. Só não esqueça que os filmes reversíveis necessitam de uma revela-ção diferente dos filmes negativos, en-tão será necessário leva-lo a um labo-ratório que faça esse tipo de revelação.

Câmera fotográfica, lentes e acessórios

O tipo de câmera fotográfica mais uti-lizado em macrofotografia é a câmera 35 mm reflex. Este tipo de câmera per-mite que você veja através do visor exa-tamente o que aparecerá na fotografia, facilitando seu trabalho.

Existem objetivas específicas para ma-crofotografia, as lentes macro, que permitem grandes ampliações e pos-suem uma excelente qualidade ótica. O maior inconveniente dessas lentes é preço, sempre elevado.

Para sanar este problema já que não são todos que podem adquirir uma len-te macro existem alguns acessórios que permitem um maior ampliação com o uso de lentes normais. O acessório mais popular de todos é o filtro Clo-se-up, que como o próprio nome diz, permite que você chegue mais perto do assunto a ser fotografado, proporcio-nando assim uma maior ampliação.

Os filtros close-up, que possuem sua potência indicada por dioptrias, sendo os mais comuns os +1, +2, +3 e +4, são rosqueados diretamente na frente da objetiva, sendo portanto encontra-dos em diferentes tamanhos e indivi-dualmente ou em kits. Quanto maior o valor de dioptria mais próximo você poderá estar focalizando. Você pode ainda utilizar mais que um filtro ao mesmo tempo, sendo que sua potência final será a soma dos filtros utilizados. A vantagem desse acessório é o custo, muito menor que uma lente macro e não há perda de luminosidade. Como desvantagem esta sua qualidade óti-ca, principalmente nas bordas da foto, sendo necessário ara minimizar este problema o uso de pequenas aberturas de diafragmas. Existe ainda filtros clo-se-up com mais de um elemento ótico, permitindo assim uma melhor qualida-de ótica, ma você irá pagar por essa diferença.

Outros acessórios utilizados em macro-fotografia, menos conhecido do públi-

co, são os tubos de extensão ou foles. Os tubos de extensão são tubos de ta-manho fixo que são colocados entre a lente e o corpo da câmera, permitindo assim uma maior ampliação do obje-to a ser fotografado. Os foles são se-melhantes, com a diferença de poder move-lo para frente ou para trás, mu-dando assim seu tamanho. Como van-tagem está a qualidade ótica. Como eles não possuem nenhuma lente, não haverá perda de qualidade por esse motivo. Como desvantagem estão os preços, principalmente se sua máquina for eletrônica e a perda de luminosi-dade, sendo muitas vezes estritamente necessário o uso de velocidades baixas ou a iluminação com uma fonte exter-na, como um flash.

Ainda mais desconhecidos do público são os anéis de inversão, que permi-tem que uma lente seja fixada à câme-ra fotográfica do lado contrário, com seu elemento frontal junto ao corpo da máquina e seu fundo para frente. Este recurso é muito apreciado por permitir uma boa qualidade ótica das repro-duções. Outro recurso é ainda colocar uma lente invertida em frente a uma lente colocada na própria máquina fotográfica. Apesar de raros, existem adaptadores para tal função. Como vantagem esta a boa qualidade ótica, como desvantagem, em muitos casos ocorre vinhetagem na fotografia, sen-do então necessário o uso conjunto de tubos de extensão.

Outros acessórios muito utilizados em macrofotografia, apesar de não serem os responsáveis pela ampliação em si são os flashes. Um flash é uma fonte de luz que irá iluminar um objeto em casos de pouca luz. A vantagem do flash é permitir o uso de menores aber-turas de diafragma, proporcionando uma maior profundidade de campo, bem critica em macrofotografia. Outra vantagem é que permitir o uso de velo-cidades mais altas, o que é necessário no caso de objetos em movimento ou

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z oom

se a câmera estiver sendo utilizada na mão.

Existem vários tipos de flashes, os mais recomendados são os que pos-suem leitura TTL, ou seja, medem di-retamente a iluminação fornecida pela própria lente, não sendo necessária nenhuma preocupação com compen-sação na hora a fotografia. Existem ainda flashes específicos para macro-fotografia, como o ring-flash. Este mo-delo de flash é circular e colocado na frente da objetiva, com ele você terá uma iluminação vindo de todos os la-dos, eliminando sombras muitas vezes indesejáveis. Como desvantagem esta o chapamento da imagem. Como as sombras serão eliminadas, o volume da imagem também será prejudicado. Na maioria dos casos, um flash simples com um cabo disparador é suficiente. Posiciona-se o flash em uma posição superior e paralela a lente, permitin-do assim uma iluminação sem muitas sombras por baixo e sem perder a tex-tura e volume da imagem. Pode-se fa-cilmente montar um bracket para esse uso, fazendo com que o flash fique po-sicionado no local certo sem ter que se preocupar em segura-lo, facilitando o movimento da câmera.

Muitas vezes também se torna neces-sário o uso de um tripé, fazendo com que a câmera fique mais firme e a fo-tografia não saia tremida. Em conjun-to ao tripé é sempre bom utilizar um cabo disparador, evitando assim que a câmera trema ao ser acionado o seu botão disparador. Outro acessório útil nesta circunstância é um trilho, tam-bém dificilmente encontrado no Brasil. O trilho permite que a câmera seja movimentada para frente e para trás em pequenos movimentos, permitindo assim um controle melhor do foco.

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Fotografando em campo

Não adianta ficarmos apenas discu-tindo a parte técnica e teórica da ma-crofotografia, é interessante sabermos na prática o que irá funcionar e nos proporcionar belas imagens quando sairmos em campo, ou seja, na hora de realmente fotografarmos.

A primeira consideração a ser levada em macrofotografia antes de começar a fotografar é o custo. Não adianta pensarmos em começar com uma lente macro, dois flashes, 15 rolos de cro-mos etc e tal se não tivermos a condi-ção para tal. Então a primeira coisa a fazer é pensar o que você tem e o que é possível com o seu equipamento.

Uma outra característica normalmente muito limitante é o peso do conjunto. Nos casos de se fotografar em um par-que na cidade, onde o equipamento será levado de carro, esse fator não é muito importante. Entretanto, no caso de uma viagem longa, de vários dias e com quilômetros de caminhada com

mochila e equipamentos nas costas, esse fator começa a ser preocupante. Pense sempre o que você deseja foto-grafar e mais que tudo, estude anteci-padamente o local. Não adianta você se preparar para fotografar flores, organizar e separar o melhor equi-pamento para o tal e chegar no local e... não haver flores! Conhecer o lugar muitas vezes é tão importante quanto o fato de organizar e separar o equi-pamento.

Com a preocupação de que equipa-mento levar resolvida, chega a hora de realmente fotografar. Em macrofo-tografia existem alguns pontos que são mais críticos, sendo eles: - profundidade de campo Quanto maior for a ampliação, menor será a profundidade de campo. Devi-do a isso você terá de usar pequenas aberturas de diafragma, o que tornará necessário o uso de velocidades baixas de disparo (lembre-se que os melhores filmes são os pouco sensíveis!).

- foco O foco em macrofotografia é muito crí-tico e, aliado à profundidade de cam-

po limitada, torna-se necessário um grande cuidado na hora de focalizar. Como primeira dica, se sua máquina possui autofocus, desligue-o! Devido ao foco muito limitado, qualquer mo-vimentação fará o sistema de focagem automática de sua máquina ficar ma-luco, indo para frente e para trás sem achar um ponto ideal, portanto comece desligando-o! Outra sugestão é, ao in-vés de se preocupar em ajustar o foco através do anel de foco, mantenha-o fixo e movimente a câmera para frente e para trás. Apesar de estranho, este modo de focalizar é muito mais simples e fácil. Olhando pelo visor e movimen-tando levemente a câmera, quando o assunto estiver em foco é só disparar. Um acessório que ajuda e muito nes-sa circunstância é o trilho, que permi-te pequenos movimentos para frente e para trás mantendo a câmera fixa em um tripé.

- iluminação Devido ao problema da profundidade de campo limitada, sendo necessário o uso de pequenas aberturas de dia-fragma, será necessário também o uso de uma velocidade baixa de disparo, o que pode ser resolvido com o auxílio de um bom tripé e um cabo disparador. No caso de se fotografar algo em mo-vimento, isso não será possível, sendo então necessário o uso de uma fonte externa de luz, como um flash. Pode-se usar um ring-flash ou um flash simples. Com um flash simples recomendo o uso de um cabo disparador e o posi-cionamento do mesmo de modo que o assunto seja completamente ilumi-nado, evitando a formação de muitas sombras, o que ocorre se o mesmo for deixado em sua posição padrão, sobre a câmera. Para facilitar o trabalho com o flash pode-se comprar ou fazer em casa um bracket. Desse modo faz-se um prévio posicionamento do flash, deixando para o momento da foto ape-nas a preocupação com o enquadra-mento e foco.

- Círculo de medo No caso de se fotografar plantas, ro-chas ou qualquer objeto estático isso não é uma preocupação. Entretanto, no caso de fotografia de insetos, isso deve ser sempre levado em conta. O círculo de medo é referente ao quão próximo um inseto deixa que você se aproxime dele. Alguns insetos como formigas, besouros, lagartas, grilos etc. não parecem se incomodar muito com a aproximação de um fotógrafo. Já outros insetos, como as moscas, bor-boletas, mariposas, libélulas etc. pos-suem um maior receio conosco, fotó-

grafos. Para se fotografar esses insetos é necessário o uso de uma teleobjetiva, permitindo a fotografia a uma maior distância e uma boa dose de sorte, re-lacionada com o humor do inseto.

Considerações finais

Estando pronto e preparado para uma saída macrofotográfica com câmeras, lentes, filtros, tubos, filmes, flashes, tri-pés, cabos e tudo mais que você possa precisar, “perca” alguns dos minutos antes de sair programando detalhada-mente o seu roteiro, inclusive verifican-do a previsão do tempo para o local onde você deseja fotografar.

Uma surpresa boa em macrofotogra-fia é achar uma bela flor sem nenhum defeito em suas pétalas, um inseto di-ferente, colorido e calmo, texturas di-ferentes e não dar de cara com uma forte chuva no caminho ou um tempo frio de congelar os ossos. Além disso, os insetos não costumam gostar muito de frio, quando desejar fotografa-los prefira os dias quentes e úmidos e, por esse mesmo motivo, cuidado redobra-do com o equipamento, que teme mui-to a umidade.

Outra sugestão que muitas vezes é es-quecida e responsável por uma saída fotográfica se tornar uma saída frustra-da é a vestimenta. Sempre que for foto-grafar em meio à natureza procure não estar destoante com suas cores, evitan-do estar com uma calça vermelha, uma camiseta amarela e boné verde limão. Cores claras como o branco também não são recomendadas porque além de chamarem muito a atenção em meio à natureza, sujam muito (chegará um dia em que você terá de ajoelhar na lama para conseguir aquela foto, lembre-se de mim nesse momento!). Prefira sempre roupas em tons verde e beges e sempre compridas. Um colete fotográfico é outra dica útil, deixando tudo com um acesso mais facilitado para você.

Lembre-se também de que enquanto você estiver à procura de insetos para fotografar eles estarão à sua procura para se alimentar. Um bom repelente irá muitas vezes literalmente salvar sua pele.

Para fotos de flores ou outros assuntos estáticos não é necessária tanta preo-cupação, mas sempre programe o que você deseja fazer e estude a época da floração para não se decepcionar en-contrando apenas flores murchas.

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obj e tosDe todas as manifestações artís-ticas, a fotografia foi a primeira a surgir dentro do sistema indus-trial. Seu nascimento só imagi-nável frente à possibilidade da reprodução. Pode-se afirmar que a fotografia não poderia existir como a conhecemos, sem o advento da indústria. Buscan-do atingir a todos. Por meio de novos produtos culturais, ela possibilitou a maior democra-tização do saber.A nova inven-ção veio para ficar. A Europa se viu aos poucos, substituída por sua imagem fotográfica. O mundo tornou-se, assim portátil e ilustrado.O homem moder-no diante desse novo cenário, não tinha mais tempo para ler. Tinha que ver para crer! Não podia mais contar com a lenti-dão e imperfeição das imagens produzidas artesanalmente por desenhistas e pintores de sua época.A sociedade européia le-vou muito tempo para compre-ender o real valor da produção fotográfica. Em 19 de agosto de 1839, a Academia Francesa mal anun-ciava publicamente a invenção do Daguerreótipo e seu domí-nio público em território fran-cês para pintor Paul Delaroche viesse a declarar enfaticamente: “De hoje em diante, a pintura está morta”.Nos círculos mais conservadores e nos meios reli-giosos da sociedade, “a inven-ção foi chamada de blasfêmia, e Daguerre era condecorado com o título de “Idiota dos Idiotas’’”. O pintor Ingres Daguerre, ain-da que utilizasse os daguerre-ótipos de Nadar para executar seus retratos, menosprezava a fotografia, como sendo apenas um produto industrial, e confi-denciava: “a fotografia é melhor do que o desenho, mas não é preciso dizê-lo”.Baudelaire, um dos mais expressivos represen-tantes da cultura francesa, ne-

gava publicamente a fotografia como forma de expressão artís-tica, alegando que “a fotografia não passa de refúgio de todos os pintores frustrados”, e, sar-casticamente, celebrava a foto-grafia “como uma arte absoluta, um Deus vingativo que realiza o desejo do povo... e Daguerre foi seu Messias”... “Uma loucura, um fanatismo se apoderou des-tes novos adoradores do sol!”.Com estas declarações, Baude-laire refletia o impacto causado pela fotografia na intelectualida-de européia da época”.

Não é fácil tirar macrofotogra-fias, muitas vezes temos que ser pacientes, rápidos, e habilido-sos para não perder aquele click mágico. Mas o que atrai tanto nesse tipo de foto? Podemos di-zer que ser macrofotógrafo no Brasil é padecer num paraíso. No Brasil, com tanta mata quen-tinha, a atlântica, a amazônica e mais o cerrado, a bicharada se expande e se esbalda numa variedade de espantar Noé. Os besouros, por exemplo, que for-mam a ordem mais exagerada da Terra, com 300 mil espécies, no Brasil chegam a 60 mil. Algu-mas, verdadeiras jóias vivas. As borboletas e mariposas não fi-cam atrás. Das 120 mil espécies, temos bem umas 40 mil, e das mais vistosas. É só botar aí nos-sos pássaros, flores e árvores, que está formado o tal paraíso que tanto alucina os fotógrafos. É claro que macrofotografia não é apenas de seres vivos, mas sem dúvida, espero que vocês concordem comigo, as macros de seres vivos são realmente lin-das.

Por definição macrofotografia é a arte de ampliar detalhes ou pequenos objetos, e assim reve-lar a beleza escondida, imper-ceptível aos olhos humanos.

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naturezaUm artigo publicado no jornal alemão Leipziger Stadtanzeiger, ain-da na última semana de agosto de 1839, ajuda a compreender melhor este confronto:”Deus criou o homem à sua imagem e a má-quina construída pelo homem não pode fixar a imagem de Deus. É impossível que Deus tenha abandonado seus princípios e permi-tido a um francês dar ao mundo uma invenção do Diabo”.(Leipzi-ger Stadtanzeiger ,26.08.1839,p.1)A nova concepção da realidade conturbou o mundo cultural e artístico europeu. Como entender que a fotografia viesse para ficar, a não ser em substituição das tradi-cionais formas de representação? Já se havia gasto vãs sutilezas em decidir se a fotografia era ou não arte, mas preliminarmente, ainda não se perguntara se esta descoberta não transformava a natureza geral da arte.

Numa época em que as artes plásticas, o teatro e a literatura pas-savam por uma série de mudanças com proclamações e manifestos de diferentes “ismos”, nasceram novas perspectivas na linguagem fotográfica. Influenciado em uma parte, pelas tomadas de posição, e em outra parte por estar a fotografia passando por um hiato, com a maioria dos profissionais se repetindo dentro dos mesmos

moldes, sobretudo de ordem estética. E, por outro lado, também para conquistar determinado prestígio social, já que a sua presença na época não era vista com bons olhos.Também outros fotógrafos não se conformavam em ver a fotografia “apenas como mero ins-trumento” para registrar a realidade.Como não se poderia obter os resultados desejados pela simples aplicação dos processos tradi-cionais, começam a se desenvolver, novas técnicas baseadas numa grande variedade de recursos, principalmente químicos, novas téc-nicas de enquadramento e iluminação.

A fotografia vai aos poucos perdendo seu poder de “cópia do real” para ser mais subjetiva, intimista, interpretativa, valorizando o dis-curso de seu próprio autor. As objetivas, por outro lado, foram re estudadas, com o intuito de se obter uma melhor qualidade de ima-gem e uma focalização mais suave.A fotografia trouxe consigo a aura da veracidade e seu surgimento contribuiu diretamente para que todos os segmentos artísticos, literários e intelectuais passassem por uma profunda reflexão, evidenciando um dado importante que até aquele momento permanecera intacto: “A concepção que o ho-mem tinha de si próprio”.

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Roberto Salvador

“As cores sempre da imagem sempre são valorizadas pela foto em macro.”

olhos do leitor

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como fazer

bem de pertoFrancisco Lopes Filho, fotógrafo e engenheiro agrônomo ensina o passo a passo para se fazer imagens grandes de assuntos pequenos.

E-mail: [email protected]

Muitos fotógrafos não gostam de fotografar o que normalmente os outros enxergam no dia-a-dia. Vão mais além na busca de detalhes, procurando compor com formas e cores, imagens que escapam da maneira convencional de observação e interpretação. E a macrofoto-grafia é uma prática ideal para desvendar esse maravilhoso mundo que é a fotografia de aproximação.

A macrofotografia é, portanto, a técnica de fotografar à curta distância, ampliando o assunto com o auxílio de equipamentos fabricados especialmente para essa finalidade, como lentes close-up, tubos e foles de extensão e as famosas objetivas “macro”, cujo poder de apro-ximação alcança em certos casos, a taxa de 1:1, o que significa dizer que obteríamos no negativo ou cromo uma imagem de tamanho igual ao do objeto fotografado.

A câmeraA câmera mais recomendável para se fazer macrofotos é a reflex, pois este tipo de câmera permite trocar as lentes e usar a objetiva macro ou uma lente clo-se-up (de aproximação ., Esta úl-tima, por sinal, é muito utilizada por fotógrafos iniciantes e por aqueles que têm poder aquisiti-vo mais baixo. Câmeras digitais também podem ser usadas para se fazer macrofotos.

O filmeUm dos filmes mais adequados para fazer macrofotografia é o cromo (slide) de baixa a média sensibilidade, como por exem-plo, o de ISO 64 e ISO 100. Fil-mes negativos também podem ser usados e são até mais bara-tos que o cromo. A sensibilida-de destes filmes também deve ser baixa, pois dá melhor con-traste e nitidez à imagem. Isso, no entanto, não invalida o uso de filmes de maior sensibilidade como os de ISO 200 ou de ISO 400, mas normalmente apresen-tam granulação na fotografia ao ser ampliada.

A focalizaçãoPara focalizar, o método mais eficiente é por aproximação em relação ao assunto. No início, dá um pouco de trabalho encontrar o foco. Uma mesa “estativa”, um tripé ou monopé facilitam a fo-cagem, pois mantêm a câmera imóvel. Quando se utiliza uma mesa “estativa” é bom usar um cabo disparador para evitar mo-vimentar a câmera quando se aperta o disarador.

Com a câmera na mão, quando se deseja fotografar insetos vivos no campo, é aconselhável usar um flash comum ou um ring-flash que fornece uma ilumina-ção uniforme à curta distância sem produzir sombras.

Profundidade de campoEm macrofotografia a profundi-dade de campo é muito impor-tante e depende da objetiva e do grau de ampliação do assunto a ser fotografado. Quanto maior a aproximação, menor é a profun-didade de campo. Um dos “ma-cetes” é utilizar diafragmas bem fechados (f/16, f/22 ou f/32).

FundoÉ aconselhável preencher todo o quadro do visor com o assunto a ser fotografado para evitar que sobre espaço na foto e apare-çam outros detalhes. Se o fundo for muito disperso e estiver atra-palhando, recomenda-se utili-zar um fundo neutro como, por exemplo, uma folha de cartolina colocada atrás do objeto a ser fotografado.

Estas informações não esgotam o assunto. Outros detalhes po-dem ser obtidos em livros, revis-tas e sites que tratam quase que somente de macrofotografia.

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técnicas

A fotografia é uma atividade desenvolvida por profissionais e por amadores. Isso significa dizer que algumas técnicas desenvolvidas paar conseguir obeter determinado resultado podem ser um parãmetro como também pode ser no improviso. O que não quer dizer que o profissional faz tudo como manda o manual e o amador fica inventando idéias mirabolantes. Quando se quer uma boa imagem, vale qualquer técnica, seja ela amplamente conhecida ou inventada na hora. A macorfotografia, por exemplo, exige muito conhecimento do equipamento e de seu funcionamento.O que é externo a ele, porém, pode ser um problema. A luz, apesar de um desses prolemas externos, é controlada pela câmera e pela desenvoltura do fotógrafo ao utilizá-la. Alguns requisitos, entretanto, devem ser cumpridos. As objetivas, por sua vez, são determinates para a macrofotografia. O elevado preço deste equipamento faz entrar em cena mais uma vez a desenvoltura e a criatividade do fotógrafo. Na falta de recursos para uma lente adequada e no excesso de vontade de registrar o pequeno objeto, o fotógrafo usa a imaginação e apela para o jeitinho. Confira, a segiur, dicas de iluminação e também como desenvolver uma lente para a macrofotografia.

LUZ Câmera AÇÃO iluminaçãoConforme se aumenta a relação entre o tamanho da imagem e o tamanho real do objeto a ser fotografado, diminui-se a profundidade de campo. Por isso, deve- se fechar o máximo possível o diafragma da objetiva, a fim de aumentar a zona focada. No entanto, um diafragma cerrado significa a diminuição da velocidade de obturação. Se estivermos trabalhando com a câmera montada num tripé não há problema, mas com o equipamento na mão, uma veloci-dade baixa pode levar a fotos tremidas ou desfocadas. Para se conseguir nitidez nos detalhes da imagem o filme utilizado deve ter uma granulação fina, o que significa o uso de filmes de baixa ou média sensibili-dade ( ISO 50 ou 100 ), a exposição terá de ser mais longa.

A iluminação do motivo a ser fotografado pode ser natural ou artificial. A melhor for-ma de iluminação natural é a luz do Sol, que depende das condições climáticas e, em algumas ocasiões, o local onde o moti-vo se encontra.

O tipo de flash utilizado pode ser o con-vencional ou o circular, operado nos modos Manual, Automático ou TTL. A princípio, o flash convencional posicionado fora da câmera oferece os melhores resultados, já que permite iluminar os objetos em vários ângulos diferentes. Já o flash circular emi-te uma luz que ilumina o objeto por todos os ângulos, não formando sombras e, com isso, não dando volume a esse objeto. Mas, por outro lado, seu uso é de grande valia quando se foca o objeto à uma distancia muito próxima, dificultando o posiciona-mento do flash convencional, sem fazer so-bra da objetiva sobre o motivo fotografado.

Dependendo do objeto a ser fotografado e como queremos mostrar esse objeto, pode se escolher diferentes formas de iluminação. De acordo com o efeito desejado, podemos iluminar nosso motivo de forma frontal ou lateral, utilizando mais de um flash, com ou sem rebatedor e assim por diante.

Tipos de iluminação com uso de flash

1- Iluminação frontal: a fonte de luz está no mesmo eixo da câmera, isto é, aponta diretamente para o local focalizado. È uti-lizado quando não é necessário detalhar a forma e textura do motivo, ou quando não se dispõe de outras fontes de luz comple-mentares.

2- Iluminação lateral: a fonte de luz é co-locada num ângulo de 45°, podendo estar no mesmo nível da câmera ou elevado em relação a mesma. Tipo de iluminação ide-al para objetos de formas arredondadas, com superfície áspera ou com muita textu-ra. Pode- se utilizar um outro flash, ou um rebatedor, para atenuar as sombras forma-das pelo flash principal.

3- Iluminação rasante: o flash é colocado de forma que a luz emitida incida parale-lamente ao objeto a ser fotografado, que deve ser plano e com textura. As sombras formadas acentuam os detalhes. Nos casos dessas sombras serem muito proeminentes, pode- se usar um rebatedor suave. Para se avaliar os resultados desse tipo de ilumina-ção, antes de fotografar o objeto, devemos ilumina- lo com uma fonte de luz contínua para saber em qual posição devemos colo-car o flash.

4- Iluminação de bordo: certos exemplares de seres vivos, como insetos ou plantas, possuem pelos tênues em sua superfície, que podem ressaltados quando se colo-ca uma iluminação incidindo por trás do

objeto, num ângulo de aproximadamente 45o. Pode- se utilizar um segundo flash posicionado a 45o na parte frontal, de for-ma oposta ao primeiro flash. Nesse caso a segunda unidade de iluminação deve estar regulada em metade da carga.

5- Iluminação indireta: quando se deseja iluminar um determinado objeto com luz suave, que não produza muita sombra, pode-se utilizar o artifício de rebater o flash numa superfície branca refletora. Esse re-batedor deve estar direcionado para o mo-tivo, podendo ser frontal ou lateral, depen-dendo do efeito desejado. Ao contrário da iluminação direta, esse tipo de iluminação produz uma luz mais homogênea, com efeitos menos contrastantes.

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A fotografia é uma atividade desenvolvida por profissionais e por amadores. Isso significa dizer que algumas técnicas desenvolvidas paar conseguir obeter determinado resultado podem ser um parãmetro como também pode ser no improviso. O que não quer dizer que o profissional faz tudo como manda o manual e o amador fica inventando idéias mirabolantes. Quando se quer uma boa imagem, vale qualquer técnica, seja ela amplamente conhecida ou inventada na hora. A macorfotografia, por exemplo, exige muito conhecimento do equipamento e de seu funcionamento.O que é externo a ele, porém, pode ser um problema. A luz, apesar de um desses prolemas externos, é controlada pela câmera e pela desenvoltura do fotógrafo ao utilizá-la. Alguns requisitos, entretanto, devem ser cumpridos. As objetivas, por sua vez, são determinates para a macrofotografia. O elevado preço deste equipamento faz entrar em cena mais uma vez a desenvoltura e a criatividade do fotógrafo. Na falta de recursos para uma lente adequada e no excesso de vontade de registrar o pequeno objeto, o fotógrafo usa a imaginação e apela para o jeitinho. Confira, a segiur, dicas de iluminação e também como desenvolver uma lente para a macrofotografia.

LUZ Câmera AÇÃOModo prático de se obter a iluminação cor-reta

Uma das maneiras de se conseguir bons resultados em iluminação para macrofo-tografia é a experimentação. Para isso se deve utilizar filmes reversíveis ( cromo / sli-de ), visto que a imagem é impressa dire-tamente na película, sem sofrer influencia dos ajustes de exposição da ampliação da cópia.

Primeira etapa - equipamentos: escolhe-mos o equipamento que iremos utilizar, entre câmeras, objetivas, flash e filmes. O motivo a ser fotografado pode ser um obje-to que tenha cores vibrantes, para facilitar a avaliação da iluminação, após a revelação do filme. A seguir, se escolhe o aumento desejado ou então mede- se a distancia en-tre o objeto focado e o plano focal, sendo que, em algumas objetivas macro, essa dis-tancia pode ser obtida no anel de focaliza-ção. Visto isso, calcular o fator de correção para a iluminação ( fórmula ) e ajustar a abertura do diafragma da objetiva.

Segunda etapa - flash: Após esses proce-dimentos, colocar os flashes na posição desejada e dispara- se a máquina fotográ-fica, fazendo bracketing de + 1 ponto e – 1 ponto além da abertura calculada. Assim, por exemplo, se a abertura escolhida foi de f16, faz- se os disparos com f 11 (+1 ponto ) , f16 e f22 ( - 1 ponto ). Depois de revelar o filme, compare as imagens obtidas com o motivo fotografado, anotando o aumen-to utilizado e a abertura de diafragma que apresentou melhor reprodução.

Etapa final - tabela: Esse procedimento deve ser repetido com aumentos diferentes, sendo os resultados obtidos colocados em uma tabela. Assim, da próxima vez que for fotografar utilizaando um determinado au-mento e o mesmo tipo de iluminação, é só consultar a tabela para saber qual abertura utilizar.

lente invertida

Exite uma técnica para a substituição da lente de macro até conhecida, mas pouco falada: a inversão da lente, no sentido mais literal da expressão. Não é uma técnica muito ortodoxa, mas de belíssimo resulta-do. Com ela você retira a lente da câmera, acopla a parte da frente no lugar de onde foi retirada, segurando sempre, já que não tem como rosquear. Daí é só se aproximar o máximo do objetivo e ir afastando bem lentamente observando o foco. É isso mes-mo: nessa técnica, deve-se focalizar afas-tando-se ou aproximando-se do objeto.

Algumas dicas:

1. Profundidade de campo: é necessário que as fotos sejam feitas ao ar livre ou com boa iluminação indireta (interiores com com grande iluminação natural) de prefe-rência com abertura menor que f 4.

2.Firmeza: tem que haver uma firmeza mui-to grande nas mãos se for fazer sem tripé. Isso porque uma das mãos sustenta somen-te a câmera e a outra somente a lente. Se não houver certeza disso, use um tripé ou aumente a velocidade do obturador.

3. Obturador: velocidades acima de 1/125 tendem a evitar que o objeto esteja tremi-do, seja pelo movimento dele ou um leve tremor do fotógrafo.

4. Sensiilidade: os resultados saem lindos com um filme de ISO 400, mas as cores tendem a ficar mais contrastantes de for ISO 200 ou menor.

5. não se esqueça que pra melhor resulta-do, é necessário que o telêmetro esteja po-sicionado na menor distância focal.

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olhos do leitor

Heber Penteado

“Às vezes a gente olha um bicho ou uma flor, acha bonito mas não sabe-mos por que. A macrofotografia mos-tra o que nos faz achar algo belo.”

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clicks alheiosConheça abaixo e nas próximas páginas as macroimagens de alguns dos fotógra-fos que mais se destacam na produção fotos de pequenos assuntos.

Câmera: DSC-V3Distância focal: 99/10 mmVelocidade: 10/100Abertura: f/3.2Flash: nãoISO: 100

ABSTRATO

milton galvani

quem faz

super

Câmera: Nikon D70sDistância focal: 0/10 mmVelocidade: 10/400Abertura: f/1.0Flash: não

cristina domingos

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plantas

Câmera: DSC-H1Distância focal: 397/10 mmVelocidade: 10/400Abertura: f/3.5Flash: nãoISO: 64

fabio futida

Câmera: DSC-H3Distância focal: 63/10 mmVelocidade: 10/1250 Abertura: f/3.5Flash: simISO: 125

elder prates

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w

bichos

lúcia lopes

Câmera: Canon EOS 40DDistância focal: 100/1 mmVelocidade: 1/100Abertura: f/20.0Flash: simISO: 160

Câmera: FinePixDistância focal: 1720/ 100 mmVelocidade: 10/1400Abertura: f/5.0Flash: nãoISO: 200

alberto van drunen

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olhos do leitor

Shirley B. Miranda

“O legal da macrofotografia é que podemos fazer parecer bonito o que é cotidiano e passa desapercebido aos olhos ”

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Tacio Philip Sansonovski é formado em Química pela USP e apaixonado por fotografia. Hoje se dedica quase exclusivamente à macro,

principalmente de insetos. Ele clica também flores, abstratos e montanhas. É dono do site www.macrofotografia.com.br, onde, além de

expor fotos suas e de outros macrofotógrafos, divulga exposições, coloca para download e leitura artigos, review de produtos, classificados

de equipamentos relacionados, entre outras opções. Confira também algumas imagens dele.

de olho

no invisívelEmQuadro - Como você começou a fotografar?Tacio Philip - Comecei quando tinha uns 16 anos, quando comprei minha primeira Reflex, uma Zenitt 12XS com lente fixa 45mm. EQ - Fale um pouco da sua trajetória profissional. TP - Desde que comecei a fotografar sempre gostei de fotografia de natureza. Fui estudando, fotografando muito e com o tempo comecei a achar que podia investir profissionalmente na fotografia. Isso há cerca de 5 ou 6 anos. De lá para cá, ganhei concursos, participei de diversas exposições individuais e coletivas e dei aula em escolas de fotografia. Hoje me dedico mais a cursos e serviço de fotografia macro por encomenda.

EQ - Como e por que você escolheu a macrofotografia? TP - Sempre gostei de natureza e os detalhes sempre me chamaram a atenção. Depois de ver uma exposição, por volta de 1997, na extinta casa de cultura Fuji com o tema Macrofotografia, vi que era o que eu queria fazer. EQ - Como é a experiência de captar a beleza do detalhe? TP - É espetacular. Muitas vezes só enxergo alguns detalhes de uma fotografia depois de chegar em casa e poder vê-la em maior tamanho no monitor. Por mais “feio” que seja o inseto, ele fica atraente na macrofotografia.

EQ - Quais as principais dificuldades com essa técnica? TP - A principal é precisar de equipamentos específicos. Retrato, paisagem, arquitetura, etc., você consegue com uma câmera e lente simples. Macrofotografia exige equipamento específico e difícil de encontrar no Brasil. Além disso, profundidade de campo e iluminação são outros desafios.

EQ - Qual seria este equipamento ideal? TP - O melhor equipamento é a câmera reflex com lentes macro específicas. Um bom jogo de flash também é muito bem-vindo nessa área. EQ - E quais as características de um bom macrofotógrafo? TP - O principal é paciência. A maior parte dos insetos que você for fotografar, irá voar, entrar debaixo de folhas e virar de costas para você. Também precisa de amor pelo que faz. Fotografar sem causar impacto ao meio ambiente é primordial.

EQ - O que pode ser fotografado com essa técnica?TP - Praticamente tudo. Além de flores e insetos, os temas mais comuns, pode-se fotografar, jóias, peças de equipamentos, e até ser usada na ajuda de solução de crimes fotografando evidências como impressões digitais.

EQ - Qual a maior importância desse trabalho? TP - Mostrar detalhes pequenos e praticamente invisíveis, o que atrai os olhos de quem vê, ajuda a mostrar a diversidade do que temos, principalmente no caso de insetos. E não há melhor maneira de preservar algo do que se conhecendo. EQ - Como é o mercado da macrofotografia? TP - Ainda está engatinhando. Apesar de usado, ainda é raro um profissional dessa área ser procurado para determinado serviço.

entrevista

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o que usar

objetivamacrofotografia é

A escolha da câmera é muito importante para a qualidade das imagens. Mas o que determina o produto final de uma macrofotografia é o tipo de lente utilizada e os acessórios acrescentados nela. A seguir, alguns equipamentos indispensáveis para a macrofotografia.

Check list: 1. Objetivas macros;2. Anéis inversores;3. Lentes de aproximação;

4. Tubos de extensão;5. Foles de extensão;6. Anéis teleconversores;7. Bolsa para carregar tudo isso.

1.Lente 200 mm/ Nikon Lente 60 mm/ Nikon

2.

Anel inversor

Tubos de extenção

4.

3.

Lente de aproximação

5.

Fole de extenção

6.Anel Teleconversor

7.

Bolsa

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próxima edição

paint light

Envie suas imagens com essa interes-sante técnica de fotografia até 15/07.

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