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Esclerose Múltipla Aluno: Guilherme Marques Orientador: Prof. Márcio Brandão Faculdade Pitágoras

Esclerose Multipla

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Esclerose Múltipla

Aluno: Guilherme Marques

Orientador: Prof. Márcio Brandão

Faculdade Pitágoras

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Esclerose Múltipla - Definição

Caracterizada por múltiplas áreas de inflamação da substância branca, no SNC, desmielinização e cicatrização glial.

A EM é uma doença crônica, cuja evolução ocorre em tempo superior a uma década.

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Esclerose Múltipla - Acometimentos

A EM atinge o quiasma e nervo óptico, cerebelo, áreas periventriculares, substância branca profunda cortical, região dorsal da medula espinhal.

A maior incidência varia de 20 a 40 anos, acomete mais o sexo feminino e em relação à etnias a ordem se dá por brancos, asiáticos e negros.

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Esclerose Múltipla - Acometimentos

Clinicamente caracteriza-se por períodos flutuantes de remissão e exacerbação. Para se ter o diagnóstico clínico da EM, necessita-se ter de 7 a 11 pontos de lesão.

Os nervos periféricos não são acometidos, limitando-se à bainha de mielina.

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Esclerose Múltipla - Etiologia

Desconhecida, porém a susceptibilidade genética, os mecanismos auto-imunes e as infecções viróticas podem contribuir para a patogênese da desmielinização.

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Esclerose Múltipla - Etiopatologia

Paciente tem uma mutação no gene dos linfócitos T. O que ocorre é que em algum momento da maturação destas células, estas são apresentadas às células precursoras da bainha de mielina e se desenvolvem como Linfócitos T modificados.

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Esclerose Múltipla - Etiopatologia

Uma parte deles em contato com o parênquima evolui para Lin TH1, tornando-se precursores de interleucina inflamatória. Quando isso ocorre, aumenta o processo inflamatório havendo então a migração de macrófagos, que liberarão óxido nítrico que será o responsável pela lesão da bainha de mielina, podendo também lesar axônios.

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Esclerose Múltipla - Etiopatologia

Quando o processo inflamatório chega ao seu pico máximo, os Lin T restantes se transformarão em Lin TH2, que possuem a função de inibir a ação do Lin TH1, reduzindo assim a inflamação.

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Esclerose Múltipla - Exames

Não existe teste patognomônio. Usa-se a Ressonância Magnética; análise de líquor (onde observa-se o aumento do conteúdo protéico na inflamação) e potencial evocado.

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Esclerose Múltipla – Surto e Remissão

Período de Surto: Processo inflamatório em andamento.

Período de Remissão: Cessar da inflamação.

- Parcial: Lesa somente bainha de mielina.- Total: Axônio foi lesado e não há chance

de recuperação deste.

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Esclerose Múltipla - Diferenciação

EM Surto Remissão Benigna EM Surto Remissão Clássica EM Secundária Progressiva EM Primária Progressiva

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Esclerose Múltipla - Diferenciação

EM Surto Remissão Benigna

O paciente tem uma inflamação local, que trará o surto e gerará certa incapacidade por alguns dias até que esta diminua. Poderão passar anos até o próximo surto, que também permanecerá por pouco tempo e desaparecerá novamente. Relacionada à remissão total sem sequelas.

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Esclerose Múltipla - Diferenciação

EM Surto Remissão Clássica

O paciente tem um surto por alguns dias e este tende a diminuir. Ocorre a remissão parcial dos sinais e sintomas, promovendo sequelas. Podem decorrer anos, mas haverá uma nova inflamação, podendo ou não ser no mesmo local, e a sequela junto ao grau de incapacidade tende a aumentar.

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Esclerose Múltipla - Diferenciação

EM Secundária Progressiva

Progressão secundária posterior aos quadros de inflamação. Depois de surto-remissões, o paciente inicia com período de progressão, podendo ter períodos de estabilização da incapacidade durante a evolução. Esta progressão é variável.

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Esclerose Múltipla - Diferenciação

EM Secundária Progressiva

Não existe tratamento. Há duas vacinas chamadas Rebif e Tysabrl que têm a função de espaçar os surtos, diminuindo a inflamação do axônio e bainha de mielina. A vacina não trata, só retarda a incapacidade. A desvantagem do tratamento é o custo.

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Esclerose Múltipla - Diferenciação

EM Primária Progressiva

É a EM mais grave dentre as citadas, pois, o quadro clínico já inicia com a progressão das incapacidades. Existem duas formas:

1) Evolução rápida levando ao óbito.2) Progressão, estabilização, progressão e

óbito.

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Esclerose Múltipla – Fatores Exacerbantes

São fatores que pioram a sintomatologia do paciente enquanto estiverem presentes. Estes fatores não provocam o surto e sim pioram-no.

1) Traumatismo2) Calor3) Stress

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Esclerose Múltipla – Fatores Exacerbantes

1) Traumatismo

Ocorrerá fraqueza e espasmo muscular no membro acometido enquanto a inflamação não ceder completamente. Acredita-se que isso ocorra pois a musculatura está mais sensível. O tratamento consiste no correto alinhamento articular para evitar entorses e os exercícios devem ser feitos de forma segura para evitar quedas.

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Esclerose Múltipla – Fatores Exacerbantes

2) Calor

Qualquer fator que aumente a temperatura corporal piora o quadro, causando fadiga, fraqueza, espasticidade e neurite óptica. O paciente deve fazer exercícios aeróbicos, porém, deve-se observar a intensidade dos mesmos. O paciente não deve fadigar. O ambiente deve ser refrigerado e os trajes devem ser leves.

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Esclerose Múltipla – Fatores Exacerbantes

Dentro deste segundo fator, deve-se atentar ao fenômeno de UTHOFF, que é o aumento acentuado da fadiga muscular a ponto do indivíduo não conseguir se manter de pé. Isso ocorre quando o paciente entra em contato com a água quente, o que aumenta sua temperatura corporal levando à queda súbita. Isso é devido a fadiga muscular e não tem referência ao lado neurológico. A temperatura da água não deve ultrapassar 28ºC.

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Esclerose Múltipla – Fatores Exacerbantes

3) Stress

Embora existam muitos estudos que verifiquem a possibilidade de uma correlação entre stress e EM, os resultados são controversos. Acredita-se que o stress possa afetar o momento em que os surtos ou exacerbações ocorram, sem alterar o curso da doença, porém não há conclusões definitivas sobre este tema. A predisposição genética somada a exposição aos fatores ambientais leva ao desenvolvimento de uma situação que predispõe ao aparecimento da EM.

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Esclerose Múltipla – Curiosidades

Metais Pesados

Embora o envenenamento com metais pesados como o mercúrio, o manganês ou o chumbo cause danos ao SNC, levando a sintomas como tremor ou fraqueza, o tipo de lesão e a evolução da doença é completamente diferente da que observa-se na EM. Embora seja referido por alguns, não há nada que comprove cientificamente que a amálgama colocada nas obturações dentárias seja uma das causa da EM.

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Esclerose Múltipla – Curiosidades

Alergias

Não existem evidências que substâncias que causem alergia em determinados indivíduos estejam envolvidos na causa da EM. Assim, não há base científica para tratamentos com substâncias antialérgicas na EM.

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Esclerose Múltipla – Curiosidades

Dieta

Uma dieta balanceada é recomendável para todos os pacientes com doença crônicas, sendo indicada uma dieta rica em fibras e pobre em gorduras, porém, não há nenhum indicativo que determinadas dietas levem ao aparecimento da EM ou piora dos seus sintomas.

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Esclerose Múltipla – Curiosidades

Tratamentos Inefetivos

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Esclerose Múltipla – Curiosidades

Plasmaférese

Filtração do plasma sanguíneo, visando a retirada dos Lin T modificados, adicionando então fármacos para que este plasma purificado não seja rejeitado e os antígenos não voltem à atuar.

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Esclerose Múltipla – Curiosidades

Plasmaférese

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