35
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Escola de Música Licenciatura em Música FAELTON BATISTA BASILIO DE ALUNO A PROFESSOR DE MÚSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA DO CONJUNTO SANTA CATARINA NATAL/RN. Natal/RN 2021

FAELTON BATISTA BASILIO

  • Upload
    others

  • View
    13

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: FAELTON BATISTA BASILIO

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Escola de Música

Licenciatura em Música

FAELTON BATISTA BASILIO

DE ALUNO A PROFESSOR DE MÚSICA: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA

DO CONJUNTO SANTA CATARINA NATAL/RN.

Natal/RN

2021

Page 2: FAELTON BATISTA BASILIO

FAELTON BATISTA BASILIO

DE ALUNO A PROFESSOR DE MÚSICA: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA

DO CONJUNTO SANTA CATARINA NATAL/RN.

Monografia apresentada como exigência parcial para

obtenção do título de Graduação em Licenciatura

pleno em Música à Banca Examinadora da Escola de

Música da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte.

Orientador: Prof Dr: Ticiano Maciel D`Amore.

Natal/RN

2021

Page 3: FAELTON BATISTA BASILIO
Page 4: FAELTON BATISTA BASILIO

FAELTON BATISTA BASILIO

DE ALUNO A PROFESSOR DE MÚSICA: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA DO

CONJUNTO SANTA CATARINA NATAL/RN.

Monografia apresentada como exigência parcial para

obtenção do título de Graduação em Licenciatura

pleno em Música à Banca Examinadora da Escola de

Música da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte.

Aprovada em __/__/__

BANCA EXAMINADORA:

___________________________________

Profº Drº Ticiano Maciel D`Amore

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Orientador

_________________________________________

Profº Ms Juliano Antônio Ferreira Xavier

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Membro da Banca

________________________________________

Profº Ms José Simião Severo

Convidado externo

Membro da Banca

Page 5: FAELTON BATISTA BASILIO

DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho acadêmico a minha mãe

Lindalva Batista Basilio por sempre acreditar e

mim e no poder transformador da educação

através da arte da música. A Deus por sempre me

manter de pé diante das dificuldades.

Page 6: FAELTON BATISTA BASILIO

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por estar sempre comigo e me mostrar à direção certa, pois sem ele,

jamais conseguiria tal feito. A minha amada família! Meus pais, irmãos em especial por sempre

me motivarem nas horas que pensei em desistir.

Quero dedicar e ao mesmo tempo agradecer a algumas pessoas em especial, o meu avô

José Batista (em memoria), que teve um papel fundamental em minha infância me fazendo

acreditar que, as raízes do sucesso é o estudo, e que tudo fosse realizado com amor e dedicação.

A minha mãe Lindalva Batista Basilio, sendo a minha base e alicerce, por seu esforço

em me ajudar diante de tanta luta sempre se doando para realização deste sonho, a minha amada

avó Lindalva Gonçalves Batista (em memória) que também foi como um exemplo em

dedicação e cuidado, contribuindo assim para minha formação como cidadão.

Aos amigos e professores dessa maravilhosa arte que assim contribuíram para minha

formação docente me ensinando sempre sobre o ensino da música e suas práticas, sendo eles

Pedro Fonseca de Mendonça (Pedro bianchie), meu primeiro professor de guitarra elétrica.

O professor e grande mestre Manoca Barreto (em memória) que me ensinou os

caminhos da harmonia e improvisação um exemplo de ser humano e docente. Ao meu

Orientador Ticiano D´Amore por toda paciência e assim me orientar nesse trabalho.

A minha amada companheira Jucilene Andrade por estar me encorajando com todo

amor e sempre se fazendo presente nessa jornada sendo minha base.

A igreja adventista do sétimo dia do conjunto Santa Catarina Natal/RN por ter sido a

minha primeira escola musical.

A minha turma de 2016.1, e também a todos que acreditaram e estiveram na minha

torcida, muito obrigado que Deus abençoe a todos. Até aqui o senhor me ajudou!

Page 7: FAELTON BATISTA BASILIO

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo relatar o ensino da guitarra elétrica em um contexto não

formal na igreja, onde por meio das experiências vividas entre um grupo percebi a importância

do papel da igreja em relação a junção e socialização entre membros e visitantes contribuindo

assim para uma educação voltada as práticas de instrumento. Tendo como objetivo geral, de

que forma uma formação acadêmica de um professor pode contribuir para o desenvolvimento

no ensino musical na igreja. Na parte teórica são discutidos, Importância da formação

acadêmica para o docente de música, o ensino de música nas igrejas. Se configura como uma

pesquisa qualitativa, através de um relato de experiência que retrata as vivencias, aprendizados

e resultados diários, retratando assim uma experiência pessoal. Essa pesquisa conclui que, a

importância de uma formação acadêmica docente para um músico no ambiente não formal, é

extremamente necessária. Pois, a soma das experiências vividas, tendo erros e acertos,

contribuíram para uma auto avaliação e pela busca do conhecimento. Utilizando dos mesmos

para organizar uma metodologia capaz de suprir as necessidades essenciais para atuação

musical do indivíduo, construindo assim um ser crítico que busque cada dia pesquisar e

aprimorar seus conhecimentos musicais.

Palavras-chave: Aulas de Música, Guitarra, Igreja, Formação docente.

Page 8: FAELTON BATISTA BASILIO

ABSTRACT

The present work aims to report the teaching of the electric guitar in a non-formal context in

the church, where through the experiences lived among a group I realized the importance of the

role of the church in relation to the junction and socialization between members and visitors

thus contributing to a education focused on instrument practices. Having as a general objective,

how an academic formation of a teacher can contribute to the development of musical teaching

in the church. The theoretical part discusses, Importance of academic training for music

teachers, teaching music in churches. It is configured as a qualitative research, through an

experience report that portrays the experiences, learnings and daily results, thus portraying a

personal experience. This research concludes that the importance of academic academic

training for a musician in the non-formal environment is extremely necessary. Because, the sum

of the lived experiences, having mistakes and successes, contributed to a self-assessment and

the search for knowledge. Using them to organize a methodology capable of supplying the

essential needs for musical performance of the individual, thus building a critical being who

seeks every day to research and improve his musical knowledge.

Keywords: Music lessons, guitar, church, Teacher training.

Page 9: FAELTON BATISTA BASILIO

“A educação tem raízes

amargas, mas os seus frutos

são doces”. Autor: Aristóteles

Page 10: FAELTON BATISTA BASILIO

SUMÁRIO

1 – Introdução ............................................................................................................... 11

2- A importância da formação acadêmica para o docente de música ......................... 13

3 - O ensino de música nas igrejas ................................................................................ 21

4- Vivencias, aprendizados e resultados. ........................................................................24

5- Considerações finais ................................................................................................. 31

Referências .................................................................................................................... 32

.

Page 11: FAELTON BATISTA BASILIO

11

1. INTRODUÇÃO

A igreja é um ambiente onde as pessoas se reúnem para assim louvar e cultuar a Deus,

mas também é um ambiente onde a música se torna presente de forma que muitas pessoas se

envolvem e desenvolvem aptidão pelo estudo de um instrumento musical, e assim, ao longo do

tempo, põe em prática o conhecimento adquirido, aplicando em momentos de cultos e em

encontros religiosos.

A fundamentação da educação não formal ocorre na identificação de interesses, fazendo

parte de um processo de construir o coletivo do grupo. A música é uma forte aliada na formação

cognitiva, fazendo o aluno entrar em um mundo mais prazeroso e se descobrindo. Segundo

Gaiza (1998) a música tem elemento importante e fundamental para desenvolvimento e

transformação do homem.

Segundo Fontoura e Silva (2009) que o processo de aprendizagem através da

transmissão do conhecimento musical se tem bons resultados, pois o contato direto entre os

alunos no fazer musical, sendo assim, estando de acordo com as práticas de conjunto.

O ensino da guitarra elétrica na igreja tem a cada dia crescido, pois através da

transmissão de conhecimentos entre cada membro é passada, de forma que, os mesmos atuem

e apliquem. E nada melhor que as práticas de conjunto nos cultos, onde aquilo que é transmitido

referente ao ensino da guitarra, através de tais tópicos como: acordes, campo harmônico, escalas

e arpejos se tem de grande valia, pois se torna a base teórica e prática para o músico guitarrista

ter conhecimento, e assim pôr em prática.

O ambiente da igreja é mais informal. O aprendizado se dá através da interação de

membros da comunidade que contribuem com a prática do ensino musical, entretanto grande

parte dos professores sem muita formação acadêmica. A vivência no ambiente religioso da

igreja permite que a prática do aluno desenvolva uma performance musical de forma rápida

para assim atuar nos grupos pertencentes a igreja.

Desta feita, visando oportunizar um estudo aprofundado a esse seguimento, este trabalho

busca responder a alguns questionamentos: de que maneira uma formação acadêmica de um

professor pode contribuir para o desenvolvimento no ensino musical da igreja?

Buscando responder essa pergunta esse trabalho tem como objetivo geral entender: De

que maneira uma formação acadêmica de um professor pode contribuir para o desenvolvimento

no ensino musical da igreja?

Page 12: FAELTON BATISTA BASILIO

12

Tendo como objetivos específicos:

Entender o ambiente acadêmico do docente em música:

Discutir o ensino de música nas igrejas;

Relacionar resultados

Experiência com as referências estudadas.

Esse trabalho é do tipo pesquisa qualitativa sendo considerado um relato de experiência.

Para Flick (2009), pesquisa qualitativa tem diversas abordagens, não se baseando apenas

em um único modo teórico, e por ter essas variadas abordagens a mesma desempenha o papel

de mostrar os resultados variados dentro dessa linha de pesquisa.

Para Bresler:

O investigador qualitativo escolhe quais realidades deseja investigar. Nem toda

realidade de uma pessoa é vista da mesma maneira. A pessoa pode acreditar em

relatividade, contextualidade e construtivismo sem considerar que todas essas visões

possuem o mesmo valor. (BRESLER, 2007, p. 13)

O relato de experiência segundo Reis (2015), é a técnica da pesquisa que estuda um

caso ou fenômeno dentro dos seus variados aspectos selecionando assim um objeto para

análise.

Afirma João José Saraiva da Fonseca que:

... pode ser caracterizado de acordo com um estudo de uma entidade bem definida

como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou uma

unidade social. Visa conhecer em profundidade o seu “como” e os seus “porquês”, evidenciando a sua unidade e identidade próprias. É uma investigação que se assume

como particularística, isto é, que se debruça deliberadamente sobre uma situação

específica que se supõe ser única em muitos aspectos, procurando descobrir o que há

nela de mais essencial e característico. (FONSECA, 2002, p. 33)

O primeiro capítulo faz inferências sobre a importância da formação acadêmica para o

docente de música. O segundo capitulo é abordado o ensino de música nas igrejas. O terceiro

capitulo retrata experiências pessoais na igreja adventista do sétimo dia do conjunto Santa

Catarina Natal/RN.

Este trabalho se encaixar em pesquisa qualitativa e relato de experiência, uma vez que

o mesmo busca relatar uma experiência pessoal como músico e futuro docente dentro do

ambiente religioso.

Page 13: FAELTON BATISTA BASILIO

13

2. A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO ACADÊMICA PARA O DOCENTE DE

MÚSICA

Nesse capítulo enfatiza a formação docente de música remetendo a construção diária.

Com essa visão o mesmo deve estar disposto a mudanças e entender as variadas realidades

dentro do âmbito de ensino, priorizando essa formação e assim tendo um olhar crítico,

construtivo, buscando novos conhecimentos diariamente para exercício da profissão.

O processo de formação segundo Josso (2010), parte do princípio onde a formação do

sujeito tem a consciência de si numa auto avaliação em suas aprendizagens e experiências

vividas.

Para Pimenta e Lima (2005/2006) se refere à postura do docente ter um pensamento

crítico e reflexivo sendo um pesquisador e problematizador relacionando assim os diversos

saberes sendo eles práticos e teóricos buscando sempre ser um profissional que se descubra em

nas sensibilidades e assim respeitando as características de cada sujeito e assim buscando

diariamente uma formação integrada.

O ensino musical é transmitido de forma compacta onde apenas se limita ao contexto

que prepara o aluno diretamente para atuar, ou seja, executar todo aprendizado nos grupos

musicais. É necessário o professor buscar formação acadêmica para assim oferecer ao ambiente

um melhor entendimento e compreensão sobre a música e seus elementos onde cada músico

pode ter uma base mais fundamentada sem atropelar os degraus do aprendizado.

Segundo Charlot (2005), formar é preparar, contextualizar no exercício das práticas

onde todo o saber só tem sentido tendo como base o objetivo perseguido. Dessa forma se torna

muito importante a formação docente buscando se especializar e assim ter novas visões de

alcance e novas soluções almejando sempre a inovação de maneira fundamentada no

profissional como também em ajudar no desenvolver do aluno.

Assim também o autor Hainzereder (2004), enfatiza que o professor tem o dever e

responsabilidade na orientação dos seus alunos no caminho seguro sendo assim a direção com

objetivos, disciplina e muita determinação, para assim evitar transtornos e deficiências ao longo

da formação musical.

Por ter esse despertar em aprender a tocar um instrumento musical, o aluno tem a

iniciativa de buscar métodos na internet ou até mesmo indo atrás dicas com alguns amigos que

já tocam, por meio da imitação que vem as descobertas assim afirma Corrêa (2008).

É notório que a explicação do ensino de instrumento musical se tona deficiente pela falta

de formação dos professores, ou seja, aplicando apenas aquilo que os mesmos acham necessário

para utilização nos grupos musicais. Onde os mesmos herdaram antigas práticas de como

Page 14: FAELTON BATISTA BASILIO

14

estudar um instrumento. Assim afirmando Harder (2003), que pela falta de formação especifica

demonstra que professores recorrem a antigos métodos e procedimentos que foram utilizados

no passado.

A docência tem um papel fundamental. A formação possibilita a abrir novos horizontes

dando acesso a percepção de diversas realidades, ajudando na organização do estudo e de como

trilhar tal caminho para que assim o aluno não tenha deficiência em sua formação. O educador

é aquele que todo aluno se espelha de alguma forma, muitas atividades podem ser realizadas

com o objetivo de mostrar, inserir e transformar o aluno. Sendo o suporte, ferramenta de acesso

ao conhecimento, e ajuda a entender a música como ferramenta de transformação e

aprendizagem.

Segundo Loureiro (2001), ao longo da história a música desempenha um papel muito

importante no desenvolvimento em vários aspectos como estes: religioso, moral, social assim

contribuindo para o exercício da cidadania.

O processo da formação do educador deve permitir mudanças que desencadeie um

pensamento crítico, que busque assimilar aquilo que é relevante na construção pela prática do

ensino no contexto musical. Tardif (2011), ressalta características do saber experimental

destacando dentre elas a de ser temporal sendo assim evolutivo e dinâmico estando preparado

para mudanças na aprendizagem da profissão

Com a experiência diária, o docente desenvolve em seu processo de aprendizado, em

relação ao ensino, pois a medida que pensa em sua prática de ensino e executa, essa construção,

o ajuda a complementar suas possibilidades de alcançar, ou seja, sempre buscando refletir na

construção dos seus saberes referente à sua profissão assim menciona Souza (2012). É

necessário para o crescimento profissional esse auto avaliação, ou seja, como aprimorar tais

conhecimentos? Que abrace, envolva, socialize e que acima de tudo motive para um

crescimento profissional como para crescimento daqueles que é transmitido diariamente tais

informações de maneira inovadora. Segundo Penna (2006), a formação de um docente deve

estar em diálogo com outras formas e áreas do campo do saber, fazendo pontes de diálogos de

aprendizagens importantes para formação profissional.

É importante saber que, a formação docente se inicia em alguns casos de maneira

informal, no dia-dia, no contato direto com o contexto social e musical, levando assim sua

familiarização segundo Penna (1991). Uma outra reflexão que menciona Silva (2001), a

importância do docente transmitindo segurança aos alunos desenvolvendo assim um ambiente

de afetividade e aprendizado impassível.

Para Bellchoio:

Page 15: FAELTON BATISTA BASILIO

15

É preciso entender a condição da profissão do professor para além da formação

inicial e, dessa forma, potencializar a própria vida do professor, em suas práticas

educativas e formação permanente, como indicador de suas tomadas de decisões,

escolhas, habilidades e competências profissionais. O sentido da formação

profissional estendesse, assumindo-se em constante construção e reconstrução.

(BELLOCHIO, 2003, p. 18-19)

Vaillant e Marcelo (2012) mencionam que o pensamento de motivação para mudar como um

dos grandes fatores importantes para aprendizado. Sendo assim a motivação um elemento de

suma importância para que o indivíduo ouse a se arriscar no desenvolvimento profissional.

A formação hoje em dia é formação individual e social. Mas se requer desenvolver

em todas as pessoas, especialmente nos docentes, a capacidade de auto formação, a

capacidade de delinear e desenvolver processos de aprendizagem ao longo da vida,

utilizando em cada momento os meios mais apropriados e eficazes. (VAILLANT;

MARCELO, 2012, P. 32)

Destaca Josso que:

O processo de caminhar para si apresenta-se, assim, como um projeto a ser construído

no decorrer de uma vida, cuja atualização consciente passa, em primeiro lugar, pelo

projeto de conhecimento daquilo que somos, pensamos, fazemos, valorizamos e desejamos na nossa relação conosco, com os outros e com o ambiente humano e

natural. (JOSSO, 2004, P. 59)

A construção do educador firmasse no reconhecer que é necessárias mudanças,

atualizações estando aberto a novas ideias para que surjam novas abordagens para contribuição

do ensino.

O auto avaliar-se é importante, assim afirmam Vaillant e Marcelo:

O conceito formação vincula-se com a capacidade assim como com a vontade. Em

outras palavras, é o indivíduo, a pessoa, o último responsável pela ativação e

desenvolvimento dos processos formativos. Isso não quer dizer que a formação seja

necessariamente autônoma. É através da formação mútua que os sujeitos podem

encontrar contexto de aprendizagem que favoreçam à busca de metas de

aperfeiçoamento pessoal e profissional. (VAILLANT; MARCELO, 2012, p. 29)

Abdalla (2006), afirma que a reconstrução na identidade docente pois o professor tem

que ter o domínio de suas práticas de sua profissão e pensar sempre em buscar fundamentos

que sirvam de base para transmitir para seus alunos um pouco de sua experiência.

Afirma Gonçalves, Rita Maria que:

O professor necessita, portanto, em sua formação, conhecer profundamente as teorias

e metodologias para o desenvolvimento de sua prática, pois o ensino da Música, mais que uma obrigatoriedade, é uma necessidade para formação de nossos pequenos

cidadãos. O estabelecimento de uma ponte de comunicação entre o aluno e a música

precisa constituir a finalidade básica de uma educação musical e o professor precisa

ser o encarregado de promover essa mediação. (GONÇALVES, RITA MARIA, 2011,

p.6)

Para Nóvoa (2009), as propostas para formação de professores se baseia nas

contribuições de conhecimentos que são específicos, tendo assim fundamentos práticos no tato

Page 16: FAELTON BATISTA BASILIO

16

pedagógico, no trabalho em equipe. Visando assim o compromisso nos elementos de

contribuições primordiais para profissão e formação docente.

Já para Penna:

(...) a formação do professor não se esgota apenas no domínio da linguagem musical,

sendo indispensável uma perspectiva pedagógica que o prepare para compreender a

especialidade de cada contexto educativo e lhe dê recursos para a sua atuação docente

e para a construção de alternativas metodológicas (PENNA, 2007, p. 53)

Tendo em vista que a formação pessoal promove o saber, e o progresso a construção do

pensamento crítico, que busca fundamentos pedagógicos para que assim tenha uma visão ampla

de cada realidade, sendo o suporte para elaboração de novas metodologias de aprendizado e

abordagens de ensino que contemplem as diferentes realidades.

Santos menciona que:

[…] no campo da formação de professores tem que ser consideradas as diferentes

formas de se pensar as relações entre ensino e pesquisa, percebendo-se que a proposta

de se formar o professor-pesquisador tem limites e que não é a única forma de

qualificar um profissional competente. É importante considerar também que outras

propostas de integração ensino e pesquisa na formação de docentes poderão ser frutíferas. Para isto, deverão estar baseadas em trabalho voltado para formação de um

profissional capaz de não apenas atuar com competência em sala de aula, mas também

de conhecer as relações existentes entre seu trabalho, as políticas públicas na área

educacional e as complexas relações existentes entre sua atividade profissional e

realidade sociocultural na qual esta se insere. (SANTOS, 2001, p. 24).

Afirma Veiga que:

[…] é fundamental considerar os saberes da experiência. Esses saberes seriam o núcleo

vital da formação docente, uma vez que os outros saberes, tais como os pedagógicos,

das disciplinas curriculares, mantêm uma relação de exterioridade com o trabalho

docente, pois não foram produzidos no dia-a-dia (VEIGA, 2002, p. 9).

A experiência no dia-dia é fundamentalmente importante, fundamenta-se como base

para inovações e complementações na prática de ensino, pois através dela é que mapeamos os

objetivos de avaliar e de também de refletir como profissionais docente, trazendo reflexões a

formação. Dessa forma é fundamental a autoanálise sobre o papel do professor e sua formação

diária e sua capacidade de inovar afirmando Pérez Gómez que:

É melhor reconhecer a necessidade de analisar o que realmente os professores fazem

quando enfrentam os problemas complexos da vida da sala de aula, para compreender

como utilizam o conhecimento científico e sua capacidade intelectual, como

enfrentam situações incertas e desconhecidas, como elaboram e modificam rotinas, experimentam hipóteses de trabalho, utilizam técnicas, instrumentos e materiais

conhecidos, e como recriam estratégias e inventam procedimentos, tarefas e recursos

(PÉREZ GÓMEZ, 1988, p. 135).

Segundo Freire (1996), na construção da formação a reflexão deve andar lado a lado

buscando sempre avanços caminhando sempre, com total segurança. Sobre essa construção o

Page 17: FAELTON BATISTA BASILIO

17

papel do docente em auto avaliar é de grande valia para assim entender o que pode fazer para

assim ter um olhar diversificado as várias realidades em sua formação.

De acordo com Bolivár:

Em educação, o pessoal e o profissional estão inextricavelmente ligados nas vidas dos

indivíduos [...] Entender o “desenvolvimento profissional” num sentido amplo [...]

significa considerar os professores como pessoas e profissionais cujas vidas e trabalho

se modelam pelas condições internas e externas da escola [...] Os professores

constroem suas realidades profissionais e suas carreiras num processo conjunto

pessoal e contextual [...] Se os professores possuem e usam um conhecimento pessoal próprio, que dá significado e direção a suas práticas docentes, conhecimentos e

práticas têm um passado, um presente e um futuro que interagem entre si; isso

precisaria ser explicitado para sua posterior reconstrução (BOLÍVAR, 2002, p. 112).

Tendo em vista que o processo de formação se dá quando o professor se depara no dia-

dia com problemas que necessitam da análise, sendo ela cientifica ou não, assim buscando

resoluções para esses problemas tendo em vista que a formação docente caminha com a prática

vivenciada diariamente sendo assim uma o complemento da outra. Acredito eu que esse

caminhar das práticas juntamente com parte metodológica cientifica orientam e faz o

profissional estar aberto a inovações fazendo essa ligação para o crescimento e

desenvolvimento do mesmo.

Gimeno Sacristán destaca o modo educativo do docente e sua cogitação.

[...] a educação não é algo espontâneo na natureza, não é mera aprendizagem natural,

que se nutre dos materiais culturais que nos rodeiam, mas uma invenção dirigida, uma

construção humana que tem sentido e que leva consigo uma seleção de possibilidades,

de conteúdo, de caminhos. (GIMENOS ACRISTÁN1999, p. 37

Nóvoa (1999) entende que o processo da formação docente propicia um conhecimento

profissional que é compartilhado, unindo assim as práticas com pensamentos e discursões

teóricas gerando assim novos valores na formação docente. Já para Marcelo (2009), a formação

se desenvolve na jornada profissional ao longo da vida tais como mudanças e aprendizagem de

novos e diferentes saberes.

Destaca também Pereira que:

A docência, portanto, é uma atividade complexa porque a realidade na qual o

professor atua é dinâmica, conflituosa, imprevisível e apresenta problemas singulares

que, portanto exigem soluções particulares. Exige mobilizações de saberes para o

cumprimento do objetivo de educar que é: o desenvolvimento das diferentes

capacidades – cognitivas, afetivas, físicas, éticas, estéticas, de inserção social e de

relação interpessoal – dos educandos, que se efetiva pela construção de

conhecimentos. (PEREIRA 2011, p. 69)

É de suma importância um profissional reflexivo, que através desse olhar crítico o

mesmo consiga superar suas práticas rotineiras buscando sempre o entendimento e tentando

Page 18: FAELTON BATISTA BASILIO

18

compreender cada período fazendo assim o profissional recorrer a uma forma de intervir e

decidir assim afirma Peres (2003).

O profissional prático reflexivo consegue superar a rotinização de suas ações

refletindo sobre as mesmas antes, durante e após executá-las. Ao se deparar com

situações de incertezas, contextualizadas e únicas, esse profissional recorre à

investigação como forma de decidir e intervir (PERES et all, 2013, p. 291).

Com base na observação docente do pensar Freire afirma que:

A relação dialógica, porém, não anula, como às vezes se pensa, a possibilidade do ato

de ensinar. Pelo contrário, ela funda este ato, que se completa e se sela no outro, o de aprender, e ambos só se tornam verdadeiramente possíveis quando o pensamento

crítico, inquieto, do educador ou da educadora não freia a capacidade de criticamente

pensar ou começar pensar o educando. (FREIRE, 1992, p. 118).

O docente em sua formação deve agarrar de forma visionária as práticas do saber,

unindo assim tais elementos que contribuam para o seu crescimento profissional,

fundamentando cada vez mais na sua construção própria.

Com base nessas experiências formadoras do docente Josso afirma que:

O processo de caminhar para si apresenta-se, assim, como um projeto a ser construído

no decorrer de uma vida, cuja utilização consciente passa, em primeiro lugar, pelo

projeto de conhecimento daquilo que somos, pensamos, fazemos, valorizamos e

desejamos na nossa relação conosco, com os outros e com o ambiente humano e

natural.( JOSSO (2010, p. 84)

Sobre a importância das práticas pedagógicas Bellochio que:

[...] verificamos a importância do reconhecimento da prática pedagógica como

atividade mobilizadora de saberes de diferentes tipos. Em seu exercício profissional,

o professor toma decisões e atitudes que são próprias da prática educativa, não estando essas escritas ou anunciadas em nenhuma literatura sobre a docência. Com isso, não

descarta-se a importância de uma sólida formação profissional que possibilite atitudes

profissionais coerentes com as necessidade do momento da atividade do professor

com o seu aluno (BELLOCHIO, 2003 p. 179)

.

O conhecimento profissional na área de atuação é fundamental, pois através do mesmo

que se faz uma ponte entre o educador e aluno. Dessa forma essa evolução no exercer da

docência requer muita atenção na forma de transmissão de conteúdo, pois esse será o diferencial

para o alcance do objetivo que é musicalizar. Por isso é necessário entender que tais hábitos

devem sempre existir, e um deles, é deixar o conteúdo favorável ao entendimento, fazendo

assim, que os alunos absorvam de forma agradável e motivadora.

Para Basílio e Mendes, entende-se que:

Com certeza, o domínio do conteúdo específico é condição preponderante para o

exercício do magistério, porém o saber pedagógico também deve ser condição básica

para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem, ou seja, é necessário ter conhecimento pedagógico como, por exemplo, ser claro e objetivo ao expor o

conteúdo, ser um facilitador da aprendizagem. Dessa forma, o desenvolvimento

cognitivo, o conhecimento de sua área específica de ensino, a capacidade técnica e a

constante atualização constituem um conjunto de competências e habilidades

Page 19: FAELTON BATISTA BASILIO

19

predominantemente desejáveis a qualquer educador (BASÍLIO; MENDES, 2008, p.

113).

Afirma Del Ben:

Para ensinar música, portanto, não é suficiente somente saber música ou somente

saber ensinar. Conhecimentos pedagógicos e musicológicos são igualmente

necessários, não sendo possível priorizar um em detrimento do outro. [...] Precisamos

estar atentos para buscar o equilíbrio e uma maior articulação entre os campos da

música e da educação na formação de professores, sejam professores de educação

básica ou de instrumento, por exemplo.( DEL BEM; 2003 p. 31):

Compreendendo o processo gradativo do educador através do reconhecimento das fases

que o mesmo se depara com situações diárias vivenciadas, é necessário entender que a melhor

forma é se imaginar como aquele que vai receber as informações, conteúdos. Esse método

poderia fomentar estratégias, focando no alvo que é o ensino musical. Assim também privando

dos desacertos, já que a união entre a vivencia e o conhecimento que é adquirido na academia

possibilita o ajuste das estratégias de ensino que são baseadas na experiência mais os

conhecimentos pedagógicos.

Para Silveira (2006), os saberes da formação docente se iniciam com experiências

vividas como aluno, sendo assim observando, refletindo, nesse período em algum momento

podemos nos identificar como professor e imaginar o que poderemos ser e qual exemplo seguir

exercendo a profissão docente.

No entendimento de Tardif:

Os saberes experienciais adquirem também uma certa objetividade em sua relação

crítica com os saberes disciplinares, curriculares e de formação profissional. A prática

cotidiana da profissão não favorece apenas o desenvolvimento de certezas

‘experienciais’, mas permite também uma avaliação dos outros saberes, através da sua

retradução em função das condições limitadoras da experiência. Os professores não

rejeitam os outros saberes totalmente, pelo contrário, eles os incorporam à sua prática, retraduzindo-os porém em categorias de seu próprio discurso. Neste sentido, a prática

pode ser vista como um processo de aprendizagem através do qual os professores

retraduzem sua formação e a adaptam à profissão, eliminando o que lhes parece

inutilmente abstrato ou sem relação com a realidade vivida e conservando o que pode

servir-lhes de uma maneira ou de outra. A experiência provoca, assim, um efeito de

retomada crítica (retroalimentação) dos saberes adquiridos antes ou fora da prática

profissional. Ela filtra e seleciona os outros saberes, permitindo assim aos professores

reverem seus saberes, julgá-los e avaliá-los e, portanto, objetivar um saber formado

de todos os saberes retraduzidos e submetidos ao processo de validação constituído

pela prática cotidiana (TARDIF 2013, p. 53).

De acordo com os autores citados, concluo que podemos observar a importância da

formação acadêmica para o docente de música está ligada a forma da auto avaliação, de

entender as diversas realidades no ato de exercer a profissão. Tendo em mente que estar aberto

a mudanças e inovações, entendendo as variadas formas do saber pode contribuir para um

Page 20: FAELTON BATISTA BASILIO

20

desenvolvimento na formação docente, lembrando que o inicio da docência está ligado a

compreender como um aluno, buscando referenciais sobre formas, ideias, soluções para assim

ajudar a construir um aprendizado mais fundamentado tendo em vista as práticas teóricas

caminhando com o fazer musical. Sendo assim esses os elementos para formação docente

constante para ser o espelho na construção do ensino musical.

Page 21: FAELTON BATISTA BASILIO

21

3. O ENSINO DE MÚSICA NAS IGREJAS

O ensino de música na igreja é considerado uma educação não formal, por seu processo

de ensino ser de forma que a aprendizagem não segue quesitos podendo assim ser realizado em

qualquer ambiente de forma que atrai os educandos a busca pela absorção desse saber.

Gohn afirma que:

A educação não-formal designa um processo com várias dimensões tais como: a aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos; a capacitação

dos indivíduos para o trabalho, por meio da aprendizagem de habilidades e/ou

desenvolvimento de potencialidades; a aprendizagem e exercício de práticas que

capacitam os indivíduos a se organizarem com objetivos comunitários, voltadas para

a solução de problemas coletivos cotidianos; a aprendizagem de conteúdos que

possibilitem aos indivíduos fazerem uma leitura do mundo do ponto de vista de

compreensão do que se passa ao seu redor; a educação desenvolvida na mídia e pela

mídia, em especial a eletrônica etc.( GOHN, 2006, p.2)

A educação não formal socializa pessoas no ambiente, onde contribui para o

crescimento de habilidades e hábitos contribuindo assim para um desenvolvimento em conjunto

e individual de cada pessoa no ensino voltado as práticas de aprendizagem vividas diariamente.

Para Simson, Park, Fernandes:

É importante que essa proposta de educação não formal funcione como espaço e

prática de vivência social, que reforce o contato com o coletivo e estabeleça laços de

afetividade com esses sujeitos. (...) as atividades de educação não formal precisam ser

vivenciadas com prazer em um local agradável, que permita movimentar-se, expandir-

se e improvisar, possibilitando oportunidades de troca de experiências. (SIMSON,

PARK, FERNANDES, 2001. p. 03).

A igreja é uma comunidade de cunho social que tem como princípio reuniões presenciais

como virtude, a prática da adoração cristã. Como qualquer outro núcleo de âmbito social, as

possibilidades de vivências e experiências que podem ser adquiridas em tal esfera são de imensa

variedade e complexidade.

Dentro desse leque de variedades, a igreja, inexoravelmente é um ambiente que

promove formação musical, pois a prática está presente como algo fundamental nos cultos e

louvores e é por meio de tal fazer que várias pessoas descobrem suas aptidões musicais, ou

simplesmente desenvolvem um interesse em estudar algum tipo de instrumento e

posteriormente teoria da música. É notável a falta do ensino musical nas escolas da educação

básica e com isso a igreja tem um papel fundamental na oferta do ensino musical.

Segundo Freitas (2008), é oferecido pelo ambiente religioso uma formação musical

tanto intencional como não intencional, pois os membros, alunos tem um aprendizado intuitivo

de que é incentivado aos mesmos a fortalecerem seus conhecimentos musicais pelas aulas que

a igreja oferece. Assim as igrejas se tornam um ambiente onde desperta o interesse dos membros

Page 22: FAELTON BATISTA BASILIO

22

ou visitantes para o estudo do instrumento musical. Lorenzetti (2015), menciona que os

processos de aprendizagem que ocorrem no espaço da igreja acontecem de maneira dinâmica

sendo aprendizagem de várias maneiras. Sendo práticas ou em grupo, procurando compreender

os diversos tipos de desenvolvimento nas formações que ali ocorre.

Para (Santos, 1991), o estudo de música na igreja incentiva aos alunos a utilizarem

conhecimentos adquiridos no ambiente religioso fazendo assim os mesmos utilizarem nas

práticas musicais fazendo assim um desenvolvimento rápido e prático da performance dos

estudantes. Segundo Santos, p.11, 1991, “o acesso ao instrumento de imediato, participando

com que é possível fazer no momento, em função das condições reais do sujeito (...)

proporcionam o aprendizado prático e trazem estímulo ao aprendizado musical. ”

O ensino da música nesse ambiente dá a oportunidade aos mesmos de atuarem e

vivenciar as práticas nos grupos musicais, fazendo assim o estudante aprimorar sua

performance e a cada dia lapidar sua interpretação musical através de um instrumento.

Afirma Conde e Neves que:

A preparação de novos músicos, sempre influenciada pela premência de tempo, leva

em conta este fato, e faz-se através do contato direto com o instrumento e com o

repertório: ao mesmo tempo, o jovem aluno recebe as noções teóricas fundamentais (quase sempre simplificadas(...) e trabalha a técnica (...) (CONDE, NEVES,

p.48,1985)

Já para Martinoff,:

As igrejas protestantes, em função da valorização da música em seus cultos, enfatizam

a educação musical, ainda que informalmente. Muitas igrejas evangélicas possuem

uma escola de música, que atende não somente aos seus congregados em várias faixas

etárias, mas também pessoas da comunidade (MARTINOFF,2010, p. 68)

Grandes músicos renomados em nosso país são frutos dessa valorização do ensino

musical nesse ambiente. Dentre alguns desses músicos podemos citar o guitarrista Roger Franco

que em uma entrevista para o site wiplash o mesmo fala de sua trajetória de aprendizado na

igreja.

Sou filho de pastor e sempre tive contato com a música através da igreja. Comecei a

tocar bateria aos 13 anos, depois ganhei um violão do meu pai e aprendi alguns

acordes. Praticava o que aprendia tocando nos cultos da igreja. Foi quando comecei a

gostar do instrumento e resolvi comprar minha primeira guitarra. Me apaixonei! Iniciei a minha vida como músico-guitarrista aos 20 anos, e aos 22 já tocava

profissionalmente (ROGER FRANCO, 2007).

O aprendizado é constante nas práticas de conjunto que são realizadas nos cultos, pois

cada integrante exerce sua performance buscando cada vez se lapidar para exercer sua função

com excelência. Grandes músicos em nosso pais tiveram contato com a música aprendendo a

tocar um instrumento por meio desse ambiente.

Page 23: FAELTON BATISTA BASILIO

23

Segundo Araldir (2004, p.27): “[...] o saber musical, antes atribuído as instituições escolares e/

ou conservatórios, passa a ser valorizado por experiências diversas, de tal forma que onde o

fazer musical estiver presente, a área da educação musical pode-se inserir para compreender os

fenômenos.

É sabido, que nessa forma de aprendizagem, o educando fica mais livre para buscar

novas ideias, técnicas para fortalecer o seu aprendizado, baseando-se sempre na necessidade do

que precisa desempenhar a performance nos grupos musicais. Pois a necessidade para atuação

é de extrema importância e imediata.

A educação não-formal é mais difusa, menos hierárquica e menos burocrática. Os

programas de educação não-formal não precisam necessariamente seguir um sistema sequencial e hierárquico de ‘progressão’. Podem ter duração variável, e podem, ou não,

conceder certificados de aprendizagem. (GADOTTI, 2005, p. 2).

Pode-se concluir que a igreja é um ambiente, onde oferece um ensino de música voltado

para prática, na qual cada indivíduo desenvolve seu lado performático absorvendo e aplicando

aquilo que há necessidade de utilizar por meio de seu instrumento. Para aprender música nesse

espaço, não necessita de salas apropriadas, apenas de uma convivência confortável entre os

membros absorvendo sempre lições e dicas uns dos outros a troca de experiências entre mais

antigos e novos, é bastante importante pois assim pode-se perceber erros e acertos e criando

uma nova forma de absorção e transmissão desse saber.

Page 24: FAELTON BATISTA BASILIO

24

4. VIVENCIAS, APRENDIZADOS E RESULTADOS

Tudo começou na Igreja adventista do sétimo dia do conjunto Santa Catarina onde a

mesma é localizada na zona norte de Natal/RN, Av. Guadalupe, 2339 - Potengi, Natal - RN,

59112-220 a sua fundação foi no ano de 1988, pelo pastor Paulo Cesar onde no mesmo ano foi

inaugurado o templo. Os cultos são nas quartas feiras, sábados pela manhã e aos domingos à

noite.

Figura 01: Igreja antiga fundada em 1988

Fonte: dados da pesquisa.

Durante os cultos, pode-se perceber, que é predominante as músicas entoadas pelos

membros que utilizam do hinário para realizar os serviços de cânticos. A presença de formações

musicais tais como conjuntos, trios, quartetos, corais e grupos envolvendo instrumentistas é

bastante presente, ou seja, uma escola de formação não formal, como é citado no capítulo

anterior não é necessário um ambiente adequado para troca de informações e experiências onde

os mais desenvolvidos transmitem aquilo que aprendeu na prática ao mais iniciante e menos

experiente.

Ao passar dos anos a busca pelo conhecimento musical sempre foi o alvo de muitos,

assim como também o meu interesse pessoal em saber como cantar. Aprendendo também um

instrumento musical para que o mesmo me desse o suporte para desenvolver minha

performance como músico. A maneira absorvida em aprender a tocar violão foi de forma visual,

Page 25: FAELTON BATISTA BASILIO

25

ou seja, aprendi mais o desenho dos acordes posicionando assim os dedos sem saber o nome

das cifras ou até mesmo sendo uma grande confusão na hora de interpreta-las.

Essa falta de entendimento as vezes complicava pelo simples fato, percebia que era

necessário tentar buscar dicas de algum músico mais experiente uma noção mínima para assim

treinar novas cifras e posições de acordes novos.

Depois de algum tempo algo que se tornou muito importante para minha construção

pessoal como músico foram as práticas em conjunto, ajuntando alguns amigos e formando uma

banda onde a mesma era composta por alguns integrantes. Desde então surgiu uma nova

responsabilidade, eu então teria que aprender a tocar guitarra algo que se tornou muito

desafiador em minha trajetória, pois em nossa igreja não tinha guitarrista. Então tive que focar

no simples e no prático ou seja, tentar tirar de ouvido alguns solos e harmonias que assim ainda

era algo muito difícil pois não tinha tanto conhecimento tanto eu como os amigos do grupo

mais era algo que sempre nos ajudávamos uns aos outros sempre dividindo conhecimentos e

acontecimentos relacionado a música. Segue imagem da formação da banda Apóstolos da igreja

Adventista do sétimo dia de santa Catarina.

Figura 02: Primeira formação como banda, Guitarra, baixo, bateria, vocal, teclado.

Fonte: dados da pesquisa.

Essa época foi muito importante para meu desenvolvimento pessoal, onde pude perceber

que era necessário estudar música para assim ter uma base onde a mesma me possibilitasse

entender sobre tonalidades, como os acordes são formados e também as escalas musicais pois

isso iria me ajudar a tirar as músicas que o grupo escolheria para apresentações.

Page 26: FAELTON BATISTA BASILIO

26

Com o passar dos meses pessoas me procuravam pedindo informações se eu ministraria

aulas de guitarra ou de violão pois o intuito era o mesmo de montar grupos em outras igrejas

onde eu pudesse contribuir do pouco de conhecimento que tinha adquirido na prática do

instrumento mesmo assim tendo várias dificuldades sendo uma delas não entender sobre

harmonia ou escalas, onde tudo que fazia era de ouvido ou seja na intuição de maneira que não

era bem organizada as notas sendo assim tocadas em várias regiões do braço. Mas mesmo assim

sempre me dispus a ajudar, dividir conhecimento sempre buscando responder as perguntas

daqueles que procuravam pedindo dicas foi daí que pude perceber que era necessária uma

formação naquilo que estava fazendo assim uma organização. Tentando absorver primeiras

informações e assim criar novas possibilidades de transmissão entendendo as realidades de cada

um.

Através dessa responsabilidade do ensino da guitarra que almejei montar um material

onde o mesmo me desse esse suporte e foi aí que um colega de bairro me emprestou um método

bem antigo do guitarrista Ricardo Mendes. Então pude me fundamentar teoricamente e aplicar

na pratica e organizar melhor todo um estudo e contribuir aos primeiros alunos e aos parceiros

de banda tais informações.

Figura 03: Método de guitarra Ricardo Mendes 1996 (harmonia, técnica e improvisação).

Fonte: http://www.anep.com.br/index.php?Escolha=24&Livro=L00366

Esse material foi de suma importância pois foi através do mesmo que pude montar uma

base sobre harmonia e utilização de escalas e arpejos para assim entender técnicas e

fundamentos na guitarra. Ao longo do tempo alguns conceitos já estavam claros ao meu ver,

pois mesmo aprendendo e ao mesmo tempo ensinando apareciam dúvidas que o como uso do

Page 27: FAELTON BATISTA BASILIO

27

material eu conseguia responder aos amigos e alunos, mas mesmo assim eu sentia a necessidade

de buscar mais conhecimento que me ajudasse na performance do meu instrumento, que por ter

aprendido de maneira não-formal carregava vários vícios de digitação, posicionamentos

técnicos que necessitavam de correção.

Assim como é citado no primeiro capitulo percebi a necessidade de ir além em minha

formação com o passar dos anos soube que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(UFRN), tinha cursos de música e a mesma estava ofertando gratuitamente curso de harmonia

funcional que o mesmo era ministrado pelo professor Manoca Barreto (em memória), daí então

que entrei em contato com o mesmo e perguntei sobre a vaga e se poderia participar. Esse curso

foi o divisor de aguas em minha vida musical tanto em compreender sobre conceitos de

harmonia e improvisação como também pude absorver a didática de um professor querendo

assim me assemelhar ao mestre em minhas aulas.

Com um tempo fiquei sabendo sobre as inscrições para realização da prova do curso

técnico em guitarra elétrica, então com grande atitude e coragem fiz a inscrição, estudei a peça

de confronto que seria um dos quesitos para tal etapa da prova. Não me sai bem, mais ficou o

aprendizado e a sede de conhecimento e que era necessário absorver e estudar mais. Com o

passar dos anos um grande amigo Rubson Pinto, me incentivou a fazer minha inscrição para o

curso de licenciatura no ano de 2015 para ingressa em 2016.1, foi muito importante os estudos

auxiliados por ele. O mesmo tocava saxofone e também era aluno da licenciatura em música,

me incentivou ao mostrar o caminho que a licenciatura trilhava, suas possibilidades de atuação

e o melhor que achei foi a maneira de construir de forma bem didática as aulas tendo suporte

assim do curso.

Fui aprovado e em 2016,1 ingressei, daí que tudo se inovou onde através do curso pude

ampliar meus conhecimento e habilidades tendo um olhar crítico e sabendo assim entender as

diversas realidades encontradas em tais ambientes como: ongs, igrejas e escolas especializadas.

Tendo assim a visão do ensino da guitarra elétrica de maneira satisfatória para cada indivíduo

dentro de sua realidade.

Em 2018, ingressei no curso técnico de guitarra elétrica ampliando ainda mais meus

conhecimentos para o exercer da docência. A metodologia deixada de forma organizada pelo

professor Manoca Barreto me promoveu variadas possibilidades no estudo da harmonia e

improvisação para assim fundamentar minhas aulas dentro do espaço onde iniciei minha

trajetória, contribuindo assim para um legado do ensino dentro do espaço não formal com uma

metodologia organizada, buscando fortalecer a base harmônica e a parte da improvisação dos

mesmo causando assim o incentivo da criação de arranjos uma vez que os mesmos se tem uma

Page 28: FAELTON BATISTA BASILIO

28

base harmônica fundamentada. Sendo assim o primeiro guitarrista da Igreja adventista do

sétimo dia em Natal/ RN me tornando espelho para algumas pessoas e contribuindo sempre

para formação dos estudantes de música.

Figura 04: Com alguns dos membros da banda apóstolos da igreja adventista de Santa Catarina Natal/RN

Fonte: dados da pesquisa.

Hoje com todo um conhecimento adquirido na academia através dos estudos aplicados ao

instrumento montei um cronograma para assim o aluno seguir, cronograma esse que segue os

seguintes conteúdos:

Escala cromática.

Intervalos musicais.

Escala diatônica maior.

Formação de acordes em tríades (maiores, menores, diminutos)

Campo harmônico (Maior)

Arpejos (tríades)

Tétrades (acordes, arpejos)

Escala pentatonica.

Improvisação (básica)

Page 29: FAELTON BATISTA BASILIO

29

Através de cada tópico mencionado, pude organizar um sistema de estudo o qual pode

contribuir para formação do guitarrista e musico em geral que necessita de tais conhecimentos

que são básicos para compreender os caminhos da harmonia e assim fazer uma boa condução

entendendo assim os elementos que são base para todo musico em sua jornada onde tais

elementos se complementem clareando e norteando cada indivíduo em sua atuação como

instrumentista.

Uma das técnicas que aplico para associação e fixação da escala maior é a utilização de

temas e introduções de músicas que contenham elementos melódicos da escala, e que os alunos

associem com as devidas digitações no instrumento, essas músicas são escritas em partituras e

tablaturas para assim os mesmos tenham um melhor entendimento das notas mais próximas.

Essa metodologia, busca fazer que o aluno além de entender os conceitos como

harmonia e escalas busco fazer com que os mesmos tenham leitura e conhecimentos básicos de

partitura e tablatura possibilitando assim, a buscarem músicas em hinários ou livros que possam

ser uteis para sua evolução musical. Segue o registro da música, até o sol nascer- Casa do

louvor.

O registro da introdução, contém a cifra dos acordes da harmonia acima e notas na

partitura indicando a tonalidade na armadura de clave e com as digitações também em tablatura

para assim facilitar o desenvolvimento do aluno.

Page 30: FAELTON BATISTA BASILIO

30

Figura 05: registro da introdução da música até o sol nascer.

Fonte: dados da pesquisa.

Page 31: FAELTON BATISTA BASILIO

31

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através desse trabalho posso concluir enfatizando a importância dessa formação

docente em minha carreira como músico e incentivador. Aprendizados esses que me

acompanham e me tornaram um ser crítico, com o objetivo de construir na vida daqueles que

me rodeiam de forma que o ensino da guitarra elétrica seja algo bem estruturado e acessível a

todos de forma que se baseia numa estrutura programática. Pois é necessário o aluno seguir e

subir os degraus do conhecimento para poder entender conceitos que clareiam e norteiam a

visão músico para o mesmo atuar com plena consciência em sua performance.

Tais experiências, foram importantes para minha atuação e crescimento musical e a

maior de todas posso enfatizar que é a busca na academia por uma formação para assim poder

formar mais pessoas no ensino da música através de um instrumento e assim se tornando

espelho e referencia por aqueles que vivem ao meu redor. Sendo capaz de me reinventar a cada

dia mediante ao saber!

Nesse período algumas limitações surgiram para juntar materiais para construção desse

trabalho, por exemplo conseguir fotos antigas da primeira igreja. Limitações essas que mesmo

assim não me impediu de mostrar um pouco da experiência que vivi nesse ambiente onde o

mesmo contribuiu para meu crescimento docente.

Esse trabalho é um relato de minha experiência na igreja adventista do sétimo dia, do

conjunto santa Catarina em Natal/RN. Dessa forma o mesmo pode se estender futuramente no

campo da pesquisa, no estudo da música em outras igrejas evangélicas retratando a docência e

o ensino não formal contribuindo assim para novos estudos dentro desse campo.

Que esse trabalho venha contribuir para outros estudos, acredito que essa experiência

foi muito enriquecedora em minha formação docente, fazendo assim o meu despertar para o

ensino. Acredito na formação do ser humano e sua construção diariamente se refazendo e

refletindo para o futuro, somando assim as vivencias do dia-dia com as formas cientificas e

metodológicas ajudando sempre na construção musical de cada indivíduo.

Page 32: FAELTON BATISTA BASILIO

32

REFERÊNCIAS

ABDALLA, Maria de Fátima Barbosa. O senso prático de ser e estar na profissão. São

Paulo: Cortez, 2006.

ARALDI, Juciane. Formação e prática musical de DJs: um estudo multicaso em Porto

Alegre. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, 2004.

BASÍLIO, Vanessa Hidd; MENDES, Bárbara Maria Macedo. Refletindo sobre a docência

no ensino jurídico. Linguagens, Educação e Sociedade: revista do Programa de Pós-

Graduação em Educação da UFPI, Teresina, ano 13, n. 19, p. 104-117, jul.-dez. 2008.

BELLOCHIO, Cláudia Ribeiro. A formação profissional do educador musical: algumas

apostas. Revista da ABEM, Porto Alegre, v. 8, p. 17-24, mar. 2003..

BOLÍVAR, A. (Org.). Profissão Professor: o itinerário profissional e a construção da

escola. Tradução de Gilson César Cardoso de Souza. Bauru: EDUSC, 2002.

BRESLER, Liora. Pesquisa qualitativa em educação musical: contextos, características e

possibilidades. Tradução de Sérgio Figueiredo. Revista da ABEM, n° 16, março de 2007, p.

7-16.

CHARLOT, Bernard. Relação com o saber, formação dos professores e globalização. São

Paulo: Artmed Editora S.A., 2005.

CONDE, Cecília. NEVES, José Maria. Música e educação não-formal. Pesquisa e música.

Rio de Janeiro, v.1, nº1. p.41-52 ,1985.

DEL BEN, Luciana. Múltiplos espaços, multidimensionalidade, conjunto de saberes:

idéias para pensarmos a formação de professores de música. Revista da ABEM, Porto

Alegre, v. 8, p. 29-32, mar. 2003.

FLICK, Uwe. Introdução a pesquisa qualitativa / Tradução de Joice Elias Costa. 3 ed. Porto

Alegre: Artmed, 2009. 405 p.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.

FRANCO, Roger. Muito além do Ministério Paixão Fogo e Glória. Whiplash, cidade de

publicação, 03, março de 2007. Disponível em:

<https://whiplash.net/materias/entrevistas/052968-christiansvoice.html > . Acesso em: 31,

janeiro de 2021.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 34. ed.

São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

Page 33: FAELTON BATISTA BASILIO

33

FREITAS, Débora Ferreira de. Educação formal, não formal ou informal: um estudo sobre

processos de ensino de música nas Igrejas Evangélicas do Rio de Janeiro. Monografia, 2008.

Disponível em <www.domain.adm.br/dem/licenciatura/monografia/déborafreitas.pdf>

FONTOURA, Marcos Aragão; Silva, Cleide Alves da. O ensino de música na IEADERN-

Cidade da Esperança. Pesquisa, 2009. Disponível em www.google.com.br>

GADOTTI, Moacir. A questão da educação formal/não-formal. 2005. Disponível em:

Acesso em: 5 nov. 2012.

GAINZA, V. Hemsy de. Estudos de Psicopedagogia Musical. São Paulo: Summus, 1988.

GIMENO SACRISTÁN, J. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: ARTMED Sul,

1999.

GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal, participação da sociedade civil e

estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: aval.pol.públ.Educ., Rio de Janeiro, V. 14, n. 50,

p.27-38, jan/mar. 2006.

GONÇALVES, Rita Maria. Das necessidades de formação dos professores de música na

educação básica - Curitiba. Pesquisa, 2021. Disponível em

https://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/5438_3538.pdf >

HAINSENRENDER, Afrânio Krás Borges. Subsídios para a sistematização de um método

de ensino de música objetivando a otimização da aprendizagem instrumental.

Florianópolis: Dissertação de Mestrado. UFSC,2004

HARDER, Rejane. Repensando o Papel do professor de Instrumento nas Escolas de

Música Brasileiras: Novas Competências Requeridas. Música Hodie, Goiãnia, v.3, n, 1/2,

p.35-43, 2003.

JOSSO, M-Ch. Experiência de Vida e Formação. 2. Ed. Natal: EDUFRN; São Paulo:

Paulos, 2012.

JOSSO, Marie-Christine. Experiências de vida e formação. São Paulo: Cortez, 2004

.

LOUREIRO, Alicia Maria Almeida. O ensino da música na escola fundamental: um estudo

exploratório. Dissertação em Mestrado em Educação, da PUC, Minas Gerais, 2001.

Disponível em: www.pucminas.br/ teses. Acesso em: 06 de janeiro de 2020.

LORENZETTI, Michelle ArypeGirardi. Aprender e ensinar música na Igreja Católica: um

estudo de caso em Porto Alegre/RS. Dissertação de Mestrado, PPGMUS/UFRGS,2015

MARCELO, C. El professorado principiante: insercion a la docência. España, 2009.

MARTINOFF, Eliane Hilário da Silva. A música evangélica na atualidade: algumas

reflexões sobre a relação entre religião, mídia e sociedade. Revista da ABEN, Porto alegre.

V.23.p67-74, mar.2010.

MENDES, Ricardo. Guitarra (Harmonia, técnica e improvisação). Rio de Janeiro: H.

Sheldon, 1996.

Page 34: FAELTON BATISTA BASILIO

34

NÓVOA, António. Para uma formação de professores construída dentro da profissão.

Madrid, Revista Educación, n. 350, set-dez de 2009.

NOVOA, A. Profissão professor. Portugal: Porto, 1999.

PEREIRA, C. J. T. A Formação do Professor Alfabetizador: desafios e possibilidades na

construção da prática docente. 2011. Dissertação (Mestrado em Educação) – Fundação

Universidade Federal de Rondônia. Porto Velho, RO, 2011. Disponível em: . Acesso em: 02

de jan. de 2017.

PERES, M. R; Et All. A formação docente e os desafios da prática reflexiva. Educação, v.

38, n. 2, maio/agosto. 2013. Disponível em: . Acesso em: 04 de jan. 2017.

PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência: diferentes

concepções. Revista Poíesis, v. 3, n. 3 e 4, p. 05-24, 2005/2006.

PENNA, Desafios para a educação musical: ultrapassar oposições e promover o diálogo.

Revista da Abem, n. 14, p. 35-43, mar. 2006.

PENNA, Maura. Reavaliações e buscas em musicalização. São Paulo: Loyola, 1991.

PENNA, Maura. Não basta tocar? Discutindo a formação do educador musical, Porto

alegre: Revista da ABEM, n. 16, p.49-56,2007.

PÉREZ GÓMEZ, A. El pensamientoprácticodelprofesor:

implicacionesenlaformacióndelprofesorado. In: AURELIO VILLA (Coord.). Perspectivas

y problemas de lafunción docente. Madrid: Narcea, 1988. p.128-148.

REIS, Linda G. Produção de monografia da teoria à prática: o método educar pela

pesquisa (MEP) / Linda G. Reis. – 5.ed. – Brasília: Senac-DF, 2015.

SANTOS, Regina Márcia. A formação profissional do educador musical: poucos espaços

para múltiplas demandas. In: ENCONTRO ANUAL DA ABEM, 10., 2001, Uberlândia.

Anais… Porto Alegre: ABEM, 2001. p. 41-66.

SANTOS, Regina Márcia Simão. Aprendizagem musical não-formal em grupos culturais

diversos. Cadernos de estudo: educação musical. Associação Artística Cultural, São Paulo

n.2/3, p 1–14, 1991.

SILVA, M.L.F.S. Análise das dimensões afetivas nas relações professor-aluno. Campinas,

Unicamp: FE 2001.

SILVEIRA, Daniel. Formação Docente: aspectos pessoais, profissionais e institucionais.

In: SEMINÁRIO NACIONAL DE FILOSOFIA E EDUCAÇÃO, 2., 2006, Santa Maria.

Anais... Santa Maria: UFSM, 2006. p. 1-5.

SIMSON, O. R. M.; PARK, M. B.; FERNANDES, R. S. Educação não formal: cenários da

criação. Campinas: Ed. Unicamp/ CMU, 2001.

Page 35: FAELTON BATISTA BASILIO

35

SOUZA, Z. A. Construindo a docência com a flauta doce: O pensamento de professores

de música. 2012. 170 p. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de

Santa Maria, programa de pós-graduação em Educação. Santa Maria, 2012.

TARDIF, Maurice. Saberes Docentes e Formação Profissional. Petrópolis: Editora Vozes,

2011.

TARDIF. Saberes docentes e formação profissional. Tradução de Francisco Pereira. 12. ed.

Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

VAILLANT, Denise; MARCELO, Carlos. Ensinando a ensinar: as quatro etapas de uma

aprendizagem. Curitiba: Ed. UTFPR, 2012.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Prefácio. In: MACIEL, LizeteShizueBomura; NETO,

Alexandre. Reflexões sobre a formação de professores. São Paulo: Campina.