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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA GEYSON BRUSTOLIN DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA PARA ELABORAÇÃO DE PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - PCMAT Florianópolis 2019

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Page 1: Geyson Brustolin corrigido

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

GEYSON BRUSTOLIN

DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA PARA ELABORAÇÃO DE

PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - PCMAT

Florianópolis

2019

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GEYSON BRUSTOLIN

DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA PARA ELABORAÇÃO DE

PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - PCMAT

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Orientador: Prof. Ms. José Humberto Dias de Tolêdo

Florianópolis

2019

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GEYSON BRUSTOLIN

DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA PARA ELABORAÇÃO DE

PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABLAHO NA

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO - PCMAT

Esta Monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e aprovada em sua forma final pelo Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Florianópolis, 23 de Janeiro de2019.

______________________________________________________ Professor e orientador José Humberto Dias de Tolêdo, Ms.

Universidade do Sul de Santa Catarina

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3

Aos meus pais Nelson Pedro Brustolin e Maria

Elizabete Brustolin e à minha irmã Thayse

Brustolin que me incentivaram durante todo o

curso, me animaram nos momentos difíceis,

sorriram com minhas conquistas e colocaram

minha felicidade e estudo acima de suas

próprias prioridades.

Page 5: Geyson Brustolin corrigido

4

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que com sua compaixão criou as oportunidades

para que eu pudesse trilhar esse caminho e por todas as coisas boas que já me aconteceram.

Ao José Humberto de Dias de Tolêdo, que acreditou em meu potencial e me

incentivou no desenvolvimento desta monografia, transmitindo seus conhecimentos com total

dedicação, suprindo todas as dúvidas que surgiam ao longo do caminho, que me incentivou

sempre e me auxiliou nas dificuldades surgidas ao longo do curso.

A todos os professores que transmitiram seus conhecimentos ao longo de todas as

etapas do curso, que ajudaram para que o trabalho pudesse ser concretizado da melhor forma

possível e que seu conteúdo fosse dotado de informações relevantes.

Aos colegas de classe, no qual tive o prazer da conivência. Sempre me ajudando a

aprender os conteúdos das disciplinas, nas resoluções dos trabalhos propostos. Todos sempre

alegres e sorrindo, fazendo as noites de sexta e os dias de sábado transcorrer da melhor forma

possível.

Agradeço também à Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), por ter

criado condições para o estudo deste curso e desenvolvimento deste trabalho.

Agradeço principalmente à minha família, cujo carinho, amor e dedicação sempre

serviram como exemplo para que eu superasse todos os desafios que já enfrentei e por sempre

estarem presentes em todos os bons momentos e por estarem perto nos momentos difíceis da

minha vida.

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5

A mente que se expande a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original. (Albert Einstein)

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RESUMO

O Brasil está avançando na segurança do trabalho se comparado numa linha do tempo.

Entretanto ainda necessita de muita evolução, principalmente na área da construção civil, pois

o país está entre os principais países que possuem alto índice de acidentes de trabalho. Uma das

principais linhas de pensamento para evoluir nesta área é investir na área de segurança laboral

e nisso há formalizado e amplamente conhecido as normas regulamentadoras, onde atualmente

existem 36 delas e que devem ser observadas e cumpridas pelos empregadores e empregados.

Dentre essas normas regulamentadoras este trabalho destaca a NR-18 cujo objetivo é planejar

e implementar todos os dispositivos de proteção e segurança ao trabalhador no canteiro de obras

e em todas as etapas que esta possa possuir. Este trabalho propõe a criação de uma ferramenta

para a criação do PCMAT utilizando uma linguagem de programação computacional. Através

desta ferramenta tem-se um controle mais eficiente das proteções necessárias para a saúde,

higiene e segurança do trabalhador, de forma eficiente e com qualidade, trazendo benefícios ao

empregador como redução de custos e uma otimização no tempo gasto no cronograma da obra

no que tange à segurança do canteiro de obra.

Palavras-chave: PCMAT. Segurança do Trabalho. Saúde do Trabalhador. NR-18.

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7

ABSTRACT

Brazil is advancing in job security in a timeline comparation. However, it still needs a lot of

evolution, especially in the civil construction sector. The country is one of main countries with

high rates of work accidents. One of main lines of thought to evolve in this area is to invest in

occupational safety and are formalized and widely known regulatory norms, where there are

currently 36 of them and that must be obligatorily followed by enterprises. Among these

regulatory norms, this work highlights the NR-18 whose objective is plan and implement all

protection and safety devices to worker at construction site and in all steps that may have. This

work proposes the creation of a tool for creation of PCMAT using computer programming

language. Through this tool have more efficient control of necessary protections for health,

hygiene and safety of worker, efficiently and with quality, bringing benefits to employer as a

reduction of costs and an optimization in time spent in schedule of work in which safety of

construction site

Keywords: PCMAT. Work Safety. Employer Health. NR-18.

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GLOSSÁRIO

CIPA .................. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CLT .................... Consolidação das Leis Trabalhistas

CNAE ................ Classificação Nacional de Atividade Econômica

CNPJ .................. Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

EPC .................... Equipamento de Proteção Coletiva

EPI ..................... Equipamento de Proteção Individual

FAP .................... Fator Acidentário de Prevenção

IBGE .................. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IPCEP ................ Interface para Confecção e Execução do PCMAT

NR ...................... Norma Regulamentadora

PCMAT ............. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção Civil

PGR ................... Programa de Gerenciamento de Riscos

PPRA ................. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

SESMT .............. Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho

SINAPI .............. Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil

SST .................... Saúde e Segurança no Trabalho

UNISUL ............ Universidade do Sul de Santa Catarina

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Construção típica de uma edificação multifamiliar ................................................ 16 

Figura 2 – Interface inicial do PCMAT .................................................................................... 28 

Page 11: Geyson Brustolin corrigido

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 ................................................................................................................................... 31

Quadro 2 ................................................................................................................................... 32

Quadro 3 ................................................................................................................................... 32

Page 12: Geyson Brustolin corrigido

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 12

1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO ................................................................................................... 12 1.2 PROBLEMA DE PESQUISA................................................................................................ 12 1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 13 1.4 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 13

1.4.1 Objetivo Geral ...................................................................................................... 13 1.4.2 Objetivos Específicos ............................................................................................ 13

1.5 DESENHO METODOLÓGICO ............................................................................................ 13

2 PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ....................................................................................... 15

2.1 O QUE É? ....................................................................................................................... 15 2.2 QUEM PRECISA IMPLANTAR O PCMAT ......................................................................... 15 2.3 ELABORAÇÃO DO PCMAT ............................................................................................ 16 2.4 DOCUMENTOS QUE INTEGRAM O PCMAT ..................................................................... 16 2.5 COMPARAÇÃO ENTRE PPRA E PCMAT ........................................................................ 17 2.6 RESPONSABILIDADES DE IMPLEMENTAÇÃO ................................................................... 17 2.7 ARMAZENAMENTO ........................................................................................................ 18

3 PROPOSTA PARA CONFECÇÃO DE UM PCMAT ................................................ 19

3.1 FACILIDADES DOS RECURSOS DE LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO ..................................... 19 3.2 METODOLOGIA .............................................................................................................. 20

3.2.1 Dados do empreendimento e da construtora ........................................................ 21 3.2.2 Área de Vivência ................................................................................................... 21 3.2.3 Equipamentos, máquinas e instalações ................................................................ 22 3.2.4 Profissões ............................................................................................................. 22 3.2.5 Atividades ............................................................................................................. 24 3.2.6 Emergências ......................................................................................................... 25 3.2.7 Equipamentos de Proteção Coletivo .................................................................... 25 3.2.8 Equipamentos de Proteção Individual ................................................................. 25 3.2.9 Treinamentos ........................................................................................................ 26 3.2.10 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ..................................... 26

4 EXEMPLO DE USO ...................................................................................................... 27

4.1 EDIFICAÇÃO A SER REALIZADO O PCMAT .................................................................... 27 4.2 INTERFACE DO IPCEP ................................................................................................... 27 4.3 RESULTADOS ................................................................................................................. 31

5 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 32

6 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 34

ANEXOS ................................................................................................................................. 35

ANEXO A – PCMAT CRIADO PELO IPCEP ................................................................... 36

Page 13: Geyson Brustolin corrigido

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1 INTRODUÇÃO

O ramo da construção civil é um dos principais geradores de empregos no Brasil.

Além disso, até o ano de 2015 esse setor corresponde à aproximadamente 8% do PIB nacional

(CBIC, 2018), demonstrando sua grande importância na economia.

Toda essa representatividade demonstra a importância de se trabalhar em uma

estrutura que visa a segurança aos trabalhadores e pessoas presentes, uma vez que o número é

muito elevado se comparado a outros setores comerciais.

Segundo o item 18.3.1 da Norma Regulamentadora 18 (NR-18) (BRASIL, 2018)

toda construção que terá pico de 20 trabalhadores ou mais devem elaborar o Programa de

Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) e adotar as

medidas de prevenção contidas nele.

1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO

Este trabalho propõe o desenvolvimento de uma ferramenta informatizada para

elaboração de PCMAT, visando aumentar a qualidade de segurança e saúde dos trabalhadores

de obras da construção civil.

Entretanto, como função de todos os envolvidos na segurança e saúde do

trabalhador, não se pode generalizar nenhuma ferramenta para emissão de PCMAT, devendo

analisar atentamente particularidades existentes em cada situação. Dente os aspectos que se

considera comum à todas as obras, ter-se-á o intuito de utilizar esta ferramenta.

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

A saúde, a segurança e a higiene física e mental do trabalhador está diariamente

sendo posto em prova durante a sua laboração e há um foco maior quando o ramo de atividade

do trabalhador é na construção civil. Deve-se então ter uma preocupação em se antecipar nos

riscos em que cada trabalhador está ou estará submetido durante cada atividade.

Esta não é uma tarefa nada fácil ou simples e toda ajuda é sempre bem-vinda. No

século XXI, a informática já está mais do que presente, então não só pode como deve-se utilizá-

la como ferramenta auxiliar na elaboração destas medidas preventivas. Mas quais serão as

vantagens e benefícios de se utilizar uma ferramenta informatizada para se elaborar o PCMAT,

tanto para os trabalhadores quanto para a empresa?

Page 14: Geyson Brustolin corrigido

13

1.3 JUSTIFICATIVA

Um PCMAT elaborado de forma correta e abordando a maior quantidade possível

dos aspectos do local deve oferecer a todos os presentes no local da obra as melhores condições

para o desenvolvimento de suas atividades, contribuindo também para a saúde física e

psicológica e provendo então uma qualidade superior ao produto final.

O setor da construção civil por muitas vezes utiliza um quadro de mão-de-obra com

baixa qualificação profissional e que muitas vezes não possuem conhecimento da importância

para si da segurança no trabalho.

Portanto o objeto de estudo deste trabalho é também focado para que o trabalhador

possa laborar com melhor segurança, higiene e saúde através de uma correta elaboração de um

PCMAT, além de favorecer a empresa, já que o auxilia em cada etapa da obra.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Estudar a integração de uma linguagem de programação para a elaboração do

Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção, bem como

o estudo do próprio PCMAT.

1.4.2 Objetivos Específicos

Apresentar as principais características de um PCMAT, observando as

recomendações descritas na NR 18;

Utilizar de linguagem de programação computacional para a criação da

ferramenta objeto deste estudo;

Testar a ferramenta em um caso específico.

1.5 DESENHO METODOLÓGICO

Este trabalho possui seu ponto de vista como pesquisa aplicada por possuir objetivo

de desenvolvimento de produtos, processo e sistemas para um fim específico, que aqui se

caracteriza pela criação de ferramenta para elaboração do PCMAT (CODEMEC, 2014).

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O desenvolvimento desta ferramenta é feito de forma qualitativa, ou seja, é de forma

descrita, onde o processo é o foco da análise para finalmente ser possível a elaboração do

PCMAT (PHD, 2015).

Do ponto de vista dos objetivos, a natureza deste trabalho é descritiva, pois se

registra e descreve todos os fatos, aspectos e observações realizadas (PRODANOV &

FREITAS, 2013).

Do ponto de vista de procedimento técnico, este trabalho se caracteriza por pesquisa

experimental pois o objeto de estudo definido é o PCMAT juntamente com as variáveis capazes

de influenciar na sua elaboração (GIL, 2008).

A partir destes pontos de vista é desenvolvido uma ferramenta com recursos de

programação para automatizar procedimentos na elaboração do PCMAT, favorecendo-o para

ser mais completo e com menor chance de haver alguma omissão que possa acarretar em algum

prejuízo, tanto para o trabalhador (na questão de segurança e saúde) quanto para o empregador

(onde possa acarretar em prejuízo financeiro).

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente trabalho será desenvolvido em cinco capítulos.

O capítulo 1 faz a introdução sobre o tema, apresentando os objetivos almejados

bem como a motivação e justificativa para o seu desenvolvimento.

O capítulo 2 realiza uma referência bibliográfica sobre PCMAT, objeto principal

de estudo deste trabalho. Neste capítulo faz-se menção aos principais conceitos para o

entendimento dos demais capítulos.

O capítulo 3 apresenta a metodologia e o desenvolvimento da ferramenta para a

elaboração do PCMAT, detalhando os métodos, algoritmos, processos e demais técnicas

utilizadas.

O capítulo 4 realiza um estudo da utilização da ferramenta desenvolvida,

apresentando os resultados expedidos pelo programa.

O capítulo 5 constitui de uma análise sobre os resultados obtidos no capítulo

anterior, expondo a objetividade da ferramenta e as deficiências apresentadas, concluindo então

este trabalho.

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2 PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

2.1 O QUE É?

Definida no item 18.3 da Norma Regulamentadora nª 18 (NR-18), o Programa de

Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT) estabelece

medidas de controle e sistemas preventivos, observando as condições do meio ambiente. Estas

condições devem ser cumpridas em todas as etapas da obra sob penalização ao empregador

(Ayres & Corrêa, 2001).

As atividades caracterizadas como pertencentes à construção são apresentadas no

Quadro I (Código da Atividade Específica) da NR-4 (Serviços especializados em engenharia

de segurança e em medicina do trabalho). Pertencem a este quadro, por exemplo, as atividades

e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral, de

qualquer número de pavimentos ou tipo de construção, inclusive manutenção de obras de

urbanização e paisagismo.

2.2 QUEM PRECISA IMPLANTAR O PCMAT

O item 18.3.1 da NR-18 é bem explícito indicando que é obrigatório a elaboração

e cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com vinte (20) trabalhadores ou mais.

A Figura 1 (Leite, 2017) apresenta uma ilustração típica de uma construção de uma

edificação multifamiliar. Este tipo de construção é a mais comum na construção civil e a maior

fonte geradora de empregos na área.

Este tipo de construção é a mais conhecida pela necessidade de implantação do

PCMAT, pois quase que a totalidade das construções já realizadas, as que estão em execução e

inclusive as que ainda existirão empregam mais que a quantidade mínima exigida para que se

faça necessário a implantação do PCMAT.

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Figura 1 – Construção típica de uma edificação multifamiliar

Fonte: (Leite, 2017).

2.3 ELABORAÇÃO DO PCMAT

Quem pode elaborar o PCMAT é o Serviço Especializado em Segurança e Medicina

do Trabalho (SESMT) da própria empresa ou instituição.

Nos casos onde o empregador não tem a obrigação de manter seu próprio SESMT,

deve contratar então uma empresa que seja especializada em segurança e medicina do trabalho

para confeccionar, implementar e acompanhar o PCMAT.

2.4 DOCUMENTOS QUE INTEGRAM O PCMAT

Os documentos mínimos que devem integrar o PCMAT são descritos no item 18.3.4

da NR-18, a saber:

a) Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e

operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do

trabalho e suas respectivas medidas preventivas;

b) Projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas

de execução da obra;

c) Especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem

utilizadas;

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d) Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT

em conformidade com as etapas de execução da obra.

e) layout inicial e atualizado do canteiro de obras e/ou frente de trabalho,

contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de

vivência;

f) programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e

doenças do trabalho, com sua carga horária.

2.5 COMPARAÇÃO ENTRE PPRA E PCMAT

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PCMAT) é obrigatório para todas

as empresas. Ele é formalmente descrito na NR-9 e seu foco maior abrange a higiene

ocupacional, procurando evitar as doenças ocupacionais, do trabalho e acidentes. O PCMAT

possui interesse maior nos riscos de ocorrência de acidentes do trabalho, procurando evita-las.

Uma importante diferença entre esses programas está no prazo de vigência, onde o

PPRA é definido em um ano (conforme item 9.2.1.1 da NR-9), ou seja, devendo ser atualizado

sempre que surgir uma necessidade ou então uma avaliação global depois de um ano. O

PCMAT não possui uma vigência definida em norma, uma vez que sua concepção é focada em

cada etapa da obra a que ela se refere.

Outra diferença está no foco dos programas, onde o PCMAT é focado na construção

civil e sendo obrigatório nos estabelecimentos com 20 ou mais trabalhadores, o PPRA é

obrigatório para todos os estabelecimentos, desde que possua um empregado que seja regido

pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), com exceção dos empreendimentos que se

enquadram no item 22.3.7.1.3 da NR-22 (Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração), que

devem implementar o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

2.6 RESPONSABILIDADES DE IMPLEMENTAÇÃO

O PCMAT aborda aspectos estruturais de obra, logo sua responsabilidade é do dono

da obra (contratante). Isso se justifica pela existência de itens como layout inicial do canteiro e

projeto das áreas de vivência (alínea “e” do item 18.3.4), especificação técnica dos

equipamentos de proteção coletivos (EPCs ) da obra (alíneas “c” e “d” do item 18.3.4) (Neto,

s.d.).

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18

2.7 ARMAZENAMENTO

O item 9.3.8.2 da NR-9 obriga o armazenamento do PCMAT por, no mínimo, 20

anos. De igual maneira ocorre com o PPRA.

Page 20: Geyson Brustolin corrigido

19

3 PROPOSTA PARA CONFECÇÃO DE UM PCMAT

O Capítulo 2 aborda sobre a importância e fundamentos do PCMAT,

caracterizando-o como um documento específico para canteiros de obras com, no mínimo, 20

trabalhadores. Sua importância é evidenciada quando se percebe que ele é voltado para medidas

que visam a proteção da vida e da saúde do trabalhador em cada fase (etapa) da construção.

Entretanto a confecção de um PCMAT não é algo trivial, uma vez que, conforme

já observado em todo o Capítulo 2, deve-se observar cada etapa da obra e, observando a

concorrência existente, fazer de forma eficiente, com qualidade superior e preço atrativo para o

empregador (Roesner, 2018).

Além de ter um trabalho de qualidade e excelência, uma gerência bem planejada e

realizada traz muitos benefícios ao empregador, como uma redução nos desperdícios (Lima,

2011).

Ao se realizar uma construção, vários fatores estão atrelados que, de forma direta

ou indireta, influenciam tanto na viabilidade quanto no tempo de execução da obra. Em se

tratando de canteiro de obras, é necessário que todos os elementos sejam previstos e inclusos

no gerenciamento da obra, uma vez que um canteiro organizado e com segurança traz muitos

benefícios, sendo a principal delas a redução drástica de acidentes e afastamentos de

trabalhadores, cuja consequência varia desde simples atrasos a embargo da obra (Pereira, 2018).

Com o intuito de se agilizar o processo de criação do PCMAT, porém sem que haja

comprometimento na sua qualidade, utilizar-se-á de uma linguagem de programação voltada

para automatização de procedimentos, principalmente de planilhas eletrônicas.

3.1 FACILIDADES DOS RECURSOS DE LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO

Uma linguagem de programação bem elaborada e utilizada tem um potencial muito

elevado para criação de programas, sites, aplicativos e além. Também é possível automatizar

algumas tarefas simples ou repetitivas até criação de um banco de dados mais modesto sem a

necessidade de recorrer ao tradicionais e robustos já existentes, como o Microsoft Access e o

MySQL.

Alguns dos recursos existentes nas linguagens de programação que serão

explorados neste trabalho são:

Macros: instruções que são automatizadas em planilhas eletrônicas;

Page 21: Geyson Brustolin corrigido

20

MsgBox: são caixas de diálogo utilizada para passar informações ao

usuário;

Range Object: Uma das funções mais importantes em planilhas, pois é desta

orientação que se faz referência à uma ou mais células das planilhas

existentes;

If then: Numa simples tradução, significa “Se, então”. Muitíssimo utilizada

em qualquer linguagem de programação como condicional. A função “If”

é utilizada quando se deseja observar uma condição específica.

Variáveis locais e globais: típico de linguagens de programação, as variáveis

são importantes para armazenar valores desejados para serem utilizados nas

funções.

Array: trata-se de uma matriz ou grupo de variáveis.

Controles “ActiveX”: são elementos utilizados como vínculos entre a

programação e o usuário. Geralmente são objetos visuais que, de forma

intuitiva, auxiliam o usuário no seu trabalho. Dentre esses controles pode-

se citar botão de comando, caixas (de texto, de listagem), checklist,

radiobutton, etc.

As possibilidades de uso de uma linguagem de programação nos seus

desenvolvimentos são inúmeras que, geralmente, os únicos limites existentes, por assim dizer,

são a experiência e imaginação do programador.

3.2 METODOLOGIA

Serão exploradas as facilidades das linguagens de programação para auxiliar e

automatizar a criação do PCMAT para empreendimentos que necessitem. Conforme

mencionado no Capítulo 2, toda construção com no mínimo 20 trabalhadores são obrigados a

portar e executar de forma eficiente o PCMAT.

Através da integração de uma linguagem de programação com planilhas eletrônicas

e editores de texto, uma das vantagens que será explorado neste trabalho é a facilidade de

interação entre eles.

O desenvolvimento da planilha eletrônica está dividido em etapas, cada qual

coletando dados de etapas específicas do empreendimento para que seja observado cada item

da NR-18. No seu desenvolvimento as coletas são divididas por etapas e estas etapas estarão

alocadas nas abas específicas para melhor controle.

Page 22: Geyson Brustolin corrigido

21

3.2.1 Dados do empreendimento e da construtora

A primeira parte da coleta de dados começa pelo básico do empreendimento,

coletando as informações mais triviais, mas que também são importantes para a correta

confecção do PCMAT:

a) Dados da construtora: captação dos principais da construtora como o nome;

endereço; CNPJ; CNAE, telefone e e-mail;

b) Dados do empreendimento: dados básicos como data do início da obra;

quantidade de etapas previstas; data prevista para conclusão; nome do

empreendimento; endereço; referências de sua localização;

c) Número máximo de trabalhadores: importante para realizar as previsões

orientadas na NR-18;

d) Dados da edificação: número de lajes; quantidade de elevador social;

quantidade de elevador de serviço; quantidade de caixas d’água; capacidade

de cada caixa d’água; recuos do terreno (lateral, frente e fundo).

Antes de se iniciar as obras são necessárias diretrizes para a elaboração do PCMAT,

principalmente no que tange à implementação das medidas de controle e de segurança,

justificando essas coletas iniciais.

3.2.2 Área de Vivência

Item importante de um PCMAT, é importante planejar uma área de vivência para a

saúde e segurança no trabalho (SST). Na planilha são captadas e planejadas as ações para

implementar itens importantes de saúde e higiene:

a) Sanitários, contemplando vasos sanitários, mictórios e chuveiro.

b) Ambulatório

c) Lavatórios

d) Vestiários

e) Alojamento

f) Refeitório

g) Área de Lazer

h) Cozinha

i) Lavanderia

Page 23: Geyson Brustolin corrigido

22

3.2.3 Equipamentos, máquinas e instalações

Há uma aba dedicada na planilha para planejar e cuidar dos principais

equipamentos, máquinas e instalações utilizados na construção. De modo a automatizar essa

parte, já é feito previamente todo um relacionamento entre os equipamentos, ferramentas e

máquinas que possam ser utilizados com seus devidos riscos, medidas protetivas, EPC e EPI.

Essa automatização melhora e agiliza toda uma etapa de busca à prevenção de

acidentes, uma vez que todos os requisitos mínimos necessários para cada um desses

equipamentos e ferramentas já estão listados, sendo possível complementar observando as

particularidades que se possam fazer em cada construção.

Destacam-se dentre os principais equipamentos, e ferramentas:

Bate – estacas

Betoneiras

Caminhões

Elevador de carga

Elevador de pessoas

Escavadeira

Ferramentas elétrica manual

Grua

Guindaste

Máquina de solda

Pistola finca-pino

Policorte

Serra Circular

Vibradores

3.2.4 Profissões

Cada profissão (e seu respectivo profissional) necessita de cuidados diferenciados.

Para tratar individualmente, observando os principais riscos que cada profissão está associada,

são tratados então em uma aba exclusiva na planilha onde é possível realizar as associações

com as atividades, ferramentas, equipamentos e principais riscos.

Page 24: Geyson Brustolin corrigido

23

Já que o PCMAT é focado mais na construção civil, as principais profissões

abordadas são:

Administração;

Almoxarife;

Armador;

Azulejista;

Carpinteiro;

Carp. Serra circular;

Eletricista;

Encanador;

Concretagem;

Montagem de equipamentos;

Operador de betoneira;

Operador de empilhadeira;

Operador de elevador de carga;

Operador de elevador de pessoas;

Operador de equipamentos;

Operador de martelete;

Operador de policorte;

Pastilheiro;

Pedreiro;

Pintor;

Soldador;

Servente;

Vigia;

As profissões supracitadas estão presentes em praticamente todas as edificações,

sendo possível enumerar a quantidade presente de cada profissão, gerenciando então as

possíveis proteções necessárias (EPC e EPI, por exemplo), criando um ambiente de trabalho

seguro para todos.

Page 25: Geyson Brustolin corrigido

24

3.2.5 Atividades

Embora nos itens 3.2.3, 3.2.4 e 3.2.5 abrangem um universo bem vasto de onde

circundam os perigos, é necessário também conhecer as atividades desenvolvidas no

empreendimento, pois assim faz-se um cruzamento de dados para uma gestão mais eficiente

dos recursos necessários para segurança.

As atividades são pré-programadas para compor o banco de dados, contendo o

nome da atividade, sua descrição, os riscos associados a ela, a necessidade de EPCs e de EPIs.

É possível realizar ajustes ou inserir novas atividades, uma vez que não se pode generalizar as

atividades de cada empreendimento e a ideia é automatizar a criação do PCMAT e não criar um

padrão para ele.

Algumas das atividades pré-programadas são:

Escavações;

Fundações;

Concretagem;

Armação de ferro;

Trabalho em altura superior a 2 metros do nível do solo;

Abertura de concreto ou parede;

Carga e descarga de ferragens;

Carga e descarga de cimento e outros ensacados;

Preparo de massa com cimento;

Alvenaria;

Trabalho em cerâmica (cortes, colocação, etc.);

Colocação de prumadas externas;

Montagens de andaimes em poço de elevador;

Trabalho em fachada;

Serviços gerais (servente);

Serviços em dias de chuva;

Serviços em eletricidade;

Impermeabilizações (caixa d’água, fachadas externas e internas);

Limpeza de fachadas;

Soldas;

Corte de ferragem manual;

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25

Ferramental: Serra circular, policorte, maquita, cortadora de parede,

martelete, disco de corte, lixadeira, etc;

Produtos químicos;

3.2.6 Emergências

Embora a criação e execução do PCMAT seja um importante passo na SST uma

vez que ele associa os principais riscos à segurança e saúde do trabalhador, não é possível prever

e eliminar todos os fatores e riscos existentes durante todo o período do empreendimento.

Infelizmente os acidentes acontecem mesmo havendo os melhores e mais eficientes

esforços na prevenção. É importante então haver um plano de emergências para os diferentes

tipos de acidentes que consiga-se prever.

Sempre com o pensamento prevencionista, criou-se uma aba dedicada para tratar

de acidentes e emergências, tais como:

Acidentes de pequena gravidade (ex: escoriação, contusão);

Acidentes de maior gravidade (que necessite assistência médica

especializada);

Acidentes com óbitos.

3.2.7 Equipamentos de Proteção Coletiva

A ferramenta desenvolvida faz o cruzamento de dados de todos os riscos

apresentados no item 3.2 e seus subitens, verificando quais EPCs que são necessários para uma

eficiente proteção coletiva.

Ao longo da descrição do PCMAT que a ferramenta produz são mencionadas as

proteções mínimas necessárias, mas ele dedica um capítulo dedicado para descrição de todos

os EPCs mencionados, apresentando características, necessidades, procedimentos, etc.

3.2.8 Equipamentos de Proteção Individual

De forma semelhante ao item 3.2.7, a ferramenta desenvolvida faz o mesmo

cruzamento de dados observando agora quais EPIs que são necessários para uma eficiente

proteção do trabalhador (de forma individual).

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26

3.2.9 Treinamentos

É imprescindível que novos funcionários recebam treinamento, pela própria

empresa, mencionando e destacando suas atividades, os riscos envolvidos, as proteções

fornecidas e o seu correto uso para que haja uma atividade laboral de forma correta.

3.2.10 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

A NR-5 apresenta todas as características, informações e orientações para a

formação da CIPA. Há também na ferramenta desenvolvida uma aba dedicada para prestar essas

informações ao PCMAT, indicando a quantidade mínima necessário no canteiro de obras.

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27

4 EXEMPLO DE USO

Com o intuito de se averiguar a eficiência da ideia, apresentar suas telas e perceber

com melhor clareza suas funcionalidades, propriedades e limitações, fez-se então a criação de

uma construção hipotética de uma edificação, mas utilizando as características mais próximas

possíveis de uma construção real.

4.1 EDIFICAÇÃO A SER REALIZADO O PCMAT

Esta construção é dotada das seguintes características:

a) Edifício multifamiliar;

b) 9 pavimentos;

c) Caixa d’água com capacidade para 18.000 litros;

d) Dois elevadores (1 social + 1 social e serviço)

4.2 INTERFACE DO IPCEP

Tais dados supracitados devem então ser inseridos no programa desenvolvido,

denominado IPCEP (iniciais de Interface Para Confecção e Execução do PCMAT). A Figura 2

apresenta sua tela inicial enquanto que Quadro 1 mostra a entrada de dados no programa,

observando que inicialmente são dados simples, como localização, caraterísticas básicas

(pavimentos, lajes, elevadores, caixa d’água, etc.).

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28

Figura 2 – Interface inicial do PCMAT

Fonte: Foto capturada pelo autor. Quadro 1 - Entrada de dados no IPCEP

Fonte: elaborado pelo autor.

Após as entradas iniciais, segue-se preenchendo com os demais dados que serão

muito importantes para a confecção do PCMAT. O Quadro 2 apresenta tais entradas, que

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29

momentaneamente são preenchidos com um simples “Sim” ou “Não”, ficando a cargo do

IPCEP das descrições posteriores.

Quadro 2 - Entrada de dados no IPCEP

Fonte: elaborado pelo autor.

Segue-se então inserindo dados dos equipamentos que possam estar presentes na

obra. O Quadro 3 apresenta um preenchimento observando o edifício deste capítulo

Quadro 3 - Entrada de dados no IPCEP

Fonte: elaborado pelo autor.

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30

Nota-se que o preenchimento faz-se com um simples check, onde o IPCEP se

encarregará posteriormente de informar as medidas básicas de proteção necessária para o uso

de cada equipamento.

Assim como os equipamentos presentes, também faz-se o preenchimento dos

profissionais presentes na obra, informando por profissão exercida. O Quadro 3 contempla o

preenchimento para esta obra.

Nota-se que o IPCEP apresenta algumas profissões comum nas obras de construção

civil, bastando apenas o preenchimento do número de colaboradores para cada profissão

exercida. Caso não exista nenhum colaborador para uma determinada obra, basta apenas o

preenchimento com zero.

Quadro 4 - Entrada de dados no IPCEP

Quadro 5 - Entrada de dados no IPCEP

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31

4.3 RESULTADOS

Após a inserção desses dados, o ICPEP criará um documento contendo as informações

inseridas nele bem como os resultados computados. Tal documento já está num formato para a

confecção do PCMAT onde deverão consultar os resultados e implementar com o que for

necessário, uma vez que o ICPEP não é um software autônomo, mas sim uma ferramenta

auxiliar.

O Anexo A apresentar o resultado fornecido pelo ICPEP observando os valores de entrada

do empreendimento deste capítulo.

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32

5 CONCLUSÃO

A NR-18 é uma ferramenta que é aliada do trabalhador da construção civil. Através

dele, aliada à outras ferramentas prevencionistas, tanto o trabalhador, o empregador e o SESMT

conseguem melhorar a qualidade de vida e de trabalho nas frentes de obras, aumentando por

consequência o produto final.

O PCMAT é um programa detalhado e completo, com foco na segurança do

trabalhador. Logo uma boa confecção, implementação e gestão é um bom indicador de que há

por parte do empregador uma preocupação com seus empregados e uma garantia de qualidade

e excelência que pode ser ofertada pela empresa.

Por se tratar de algo muito importante (saúde e vida humana), quanto maior for o

grau de detalhe do PCMAT, melhor será para gerir a segurança na construção, uma vez que

toda obra é dotada de várias etapas, que por sua vez pode apresentar riscos distintos.

Para facilitar e colaborar com um PCMAT de excelência e de qualidade, a

ferramenta desenvolvida utilizando uma linguagem de programação é algo realmente positivo,

uma vez que ele faz as conexões necessárias com as profissões, atividades, equipamentos de

proteção (coletivo e individual) mínimos necessários para o canteiro de obras.

Outra importância verificada foi a qualidade da saúde e higiene do trabalhador

através da construção de uma área de vivência para os trabalhadores alojados (quando

existentes), dando condições plenas para desenvolver suas atividades laborais de forma

adequada e trazendo o mínimo de malefícios possível na obra.

Além disso, benefícios ao empregador também são bem significativos, pois haverá

a redução com gastos “desnecessários” com proteção para o trabalhador, mas enfatizando que

foi colocado a palavra entre aspas pois um gasto com proteção nunca é ruim, mas deve haver o

mínimo possível que garante a segurança plena.

Outro ponto positivo será observado ao decorrer da obra, pois haverá uma redução

de acidentes de trabalho comparado com algum histórico que a empresa possa possuir, trazendo

consequências positivas como a redução do fator do FAP e do custo total da obra, embora já

enfatizado que os custos com SST estejam na ordem de 1% do valor da obra.

Entretanto o IPCEP não deve (assim como qualquer outro software) ser utilizado

sem uma análise posterior dos resultados fornecidos, uma vez que se está trabalhando com vidas

humanas e além disso cada obra é um caso diferente e jamais será possível analisar por completo

todas as variáveis ambientais e perigos à espreita. Tais softwares devem servir como um guia e

uma ferramenta para acelerar o trabalho sim, mas o papel do Engenheiro de Segurança do

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33

Trabalho engloba muito mais do que apenas elaborar um documento para liberação de uma

obra.

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34

REFERÊNCIAS

Ayres, D. d., & Corrêa, J. A. (2001). Manual de Prevenção de Acidentes do Trabalho - Aspectos Técnicos e Legais. São Paulo, São Paulo, Brasil: Atlas. doi:ISBN 85-224-3038-1

BRASIL, M. d. (19 de 04 de 2018). Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978. NR-18. NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, 68. Brasil: MTb. Acesso em 01 de 09 de 2018

Caixa. (24 de 09 de 2018). Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil. Acesso em 24 de 09 de 2018, disponível em Caixa: http://www.caixa.gov.br/poder-publico/apoio-poder-publico/sinapi/Paginas/default.aspx

CBIC. (2018). PIB Brasil e Construção Civil. Participação da Indústria da Construção Civil na População Ocupada, Câmara Brasileira da Construção Civil. Acesso em 21 de 09 de 2018, disponível em http://www.cbicdados.com.br/menu/pib-e-investimento/pib-brasil-e-construcao-civil

CODEMEC. (28 de 04 de 2014). Pesquisa Básica e Pesquisa Aplicada. Acesso em 22 de 09 de 2018, disponível em Instituto CODEMEC: http://ibmec.org.br/geral/pesquisa-basica-e-pesquisa-aplicada/

GIL, A. C. (2008). Como elaborar projetos de (4 ed.). São Paulo, São Paulo, Brasil: Atlas.

Lima, D. (30 de 04 de 2011). Reportagem especial Acidente de Trabalho – A evolução das leis trabalhistas. Brasília, Distrito Federal, Brasil. Acesso em 28 de 09 de 2018, disponível em http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/8934/1/CT_CEEST_XXXIII_2017_12.pdf

Neto, N. W. (s.d.). A diferença entre PPRA e PCMAT: Os três pontos importantes. (segurancadotrabalhonwn) Acesso em 25 de 07 de 2018, disponível em https://segurancadotrabalhonwn.com/diferenca-entre-ppra-e-pcmat/

Pereira, C. (08 de 08 de 2018). Canteiro de obras: tipos, elementos e exigências da NR-18. Acesso em 28 de 09 de 2018, disponível em Escola Engenharia: https://www.escolaengenharia.com.br/canteiro-de-obras/

PHD, I. (23 de 02 de 2015). Pesquisa Quantitativa e Pesquisa Qualitativa: Entenda a diferença. Acesso em 22 de 09 de 2018, disponível em Instituto PHD: https://www.institutophd.com.br/pesquisa-quantitativa-e-pesquisa-qualitativa-entenda-a-diferenca/

PRODANOV, C. C., & FREITAS, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. Novo Hamburto, Rio Grande do Sul, Brasil: Universiade Freevale.

Roesner, E. (2018). Custo de implantação PCMAT: obra localizada em Florianópolis, SC. Florianópolis, Santa Catarina, Brasil: Unisul. Acesso em 21 de 09 de 2018, disponível em https://riuni.unisul.br/bitstream/handle/12345/4947/Eduardo%20Roesner.pdf?sequence=1&isAllowed=y

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ANEXOS

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ANEXO A – PCMAT Criado pelo IPCEP

EDIFÍCIO GIRASSOL

PCMAT

Programa de Condições e Meio Ambiente de

Trabalho na Indústria da Construção

Documento base elaborado em: 13/12/2018

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37

SUMÁRIO

RESUMO ....................................................................................................................................................... 6 

ABSTRACT ..................................................................................................................................................... 7 

GLOSSÁRIO ................................................................................................................................................... 8 

LISTA DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................................................................. 9 

LISTA DE QUADROS ..................................................................................................................................... 10 

SUMÁRIO .................................................................................................................................................... 11 

1  INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 12 

1.1  TEMA E DELIMITAÇÃO ................................................................................................................................... 12 1.2  PROBLEMA DE PESQUISA ................................................................................................................................ 12 1.3  JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................................. 13 1.4  OBJETIVOS .................................................................................................................................................. 13 

1.4.1  Objetivo Geral ................................................................................................................................ 13 1.4.2  Objetivos Específicos ...................................................................................................................... 13 

1.5  DESENHO METODOLÓGICO ............................................................................................................................ 13 1.6  ESTRUTURA DO TRABALHO ..................................................................................................................... 14 

2  PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ....... 15 

2.1  O QUE É? ................................................................................................................................................... 15 2.2  QUEM PRECISA IMPLANTAR O PCMAT ............................................................................................................. 15 2.3  ELABORAÇÃO DO PCMAT ............................................................................................................................. 16 2.4  DOCUMENTOS QUE INTEGRAM O PCMAT ........................................................................................................ 16 2.5  COMPARAÇÃO ENTRE PPRA E PCMAT ............................................................................................................ 17 2.6  RESPONSABILIDADES DE IMPLEMENTAÇÃO ........................................................................................................ 17 2.7  ARMAZENAMENTO ....................................................................................................................................... 18 

3  PROPOSTA PARA CONFECÇÃO DE UM PCMAT .................................................................................... 19 

3.1  FACILIDADES DOS RECURSOS DE LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO ........................................................................... 19 3.2  METODOLOGIA ............................................................................................................................................ 20 

3.2.1  Dados do empreendimento e da construtora ................................................................................ 21 3.2.2  Área de Vivência ............................................................................................................................ 21 3.2.3  Equipamentos, máquinas e instalações ......................................................................................... 22 3.2.4  Profissões ....................................................................................................................................... 22 3.2.5  Atividades ...................................................................................................................................... 24 3.2.6  Emergências .................................................................................................................................. 25 3.2.7  Equipamentos de Proteção Coletiva .............................................................................................. 25 3.2.8  Equipamentos de Proteção Individual ........................................................................................... 25 3.2.9  Treinamentos ................................................................................................................................. 26 3.2.10  Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ................................................................ 26 

4  EXEMPLO DE USO ............................................................................................................................... 27 

4.1  EDIFICAÇÃO A SER REALIZADO O PCMAT .......................................................................................................... 27 4.2  INTERFACE DO IPCEP ................................................................................................................................... 27 4.3  RESULTADOS ............................................................................................................................................... 31 

5  CONCLUSÃO ....................................................................................................................................... 32 

REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................. 34 

ANEXOS ...................................................................................................................................................... 35 

ANEXO A – PCMAT CRIADO PELO IPCEP ....................................................................................................... 36 

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38

1.  EMPREENDIMENTO ............................................................................................................................ 39 

2.  LOCALIZAÇÃO ..................................................................................................................................... 39 

3.  O EMPREENDIMENTO ........................................................................................................................ 40 

4.  O CANTEIRO ....................................................................................................................................... 41 

5.  ÁREA DE VIVÊNCIA ............................................................................................................................. 42 

5.1.  BANHEIROS ............................................................................................................................................ 42 5.2.  LAVATÓRIOS ........................................................................................................................................... 42 5.3.  MICTÓRIO .............................................................................................................................................. 42 5.4.  CHUVEIROS ............................................................................................................................................ 43 5.5.  VESTIÁRIO .............................................................................................................................................. 43 5.6.  ALOJAMENTO ......................................................................................................................................... 43 5.7.  REFEITÓRIO ............................................................................................................................................ 44 

6.  INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .................................................................................................................... 45 

7.  MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ........................................................................................................... 45 

7.1.  SERRA CIRCULAR ..................................................................................................................................... 45 7.2.  BETONEIRAS ........................................................................................................................................... 45 7.3.  ELEVADOR DE CARGA ............................................................................................................................... 46 7.4.  FERRAMENTAS ........................................................................................................................................ 46 

8.  SINALIZAÇÃO ..................................................................................................................................... 46 

8.1.  LOCAIS DE FIXAÇÃO DOS CARTAZES .............................................................................................................. 46 8.1.1.  Interna ........................................................................................................................................... 46 8.1.2.  Externa ........................................................................................................................................... 47 

9.  RISCOS GERAIS DE ACIDENTES ............................................................................................................ 48 

9.1.  PRODUTOS QUÍMICOS .............................................................................................................................. 49 

10.  PROCEDIMENTO DE EMERGÊNCIA ...................................................................................................... 49 

10.1.  ACIDENTE DE PEQUENA GRAVIDADE (ESCORIAÇÕES, CONTUSÕES, ETC.) .............................................................. 49 10.2.  ACIDENTE DE MAIOR GRAVIDADE ................................................................................................................ 49 

11.  PROTEÇÃO COLETIVA ......................................................................................................................... 49 

11.1.  FUNDAÇÕES ........................................................................................................................................... 49 11.2.  CONCRETAGEM ....................................................................................................................................... 49 11.3.  ALVENARIA ............................................................................................................................................ 50 

12.  MAPAS DE RISCOS .............................................................................................................................. 50 

13.  EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ....................................................................................... 51 

14.  TREINAMENTO ................................................................................................................................... 51 

15.  CIPA ................................................................................................................................................... 52 

16.  CONTROLE E AVALIAÇÕES .................................................................................................................. 52 

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39

Capítulo I

Edifício Girassol

Este Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção refere-se ao empreendimento Edifício Girassol, conforme as descrições abaixo:

1. EMPREENDIMENTO

Construtora ........................... Construtora Construções Ltda.

Tipo de obra: ....................... Edifício

Endereço .............................. Rua Girassol

Bairro .................................... Praia de Fora

Cidade .................................. Palhoça

Estado .................................. Santa Catarina

CNPJ .................................... 43

CNAE .................................... 10.101.0.101/0001-10

Telefone ................................ (48) 3999-9999

e-mail .................................... [email protected]

Início da Obra ....................... 01/12/2018

Etapas previstas ................... 6

Previsão conclusão ............... 01/07/2021

Nº máximo trabalhadores ..... 33

2. LOCALIZAÇÃO

O empreendimento está localizado na Rua Girassol, no bairro Praia de Fora,

em Palhoça / Santa Catarina.

Próximo ao Mar, frente para a rua, segunda quadra antes do mar.

A Figura 3 apresenta um croqui da localização do empreendimento.

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40

Figura 3 – Localização do empreendimento

3. O EMPREENDIMENTO

O empreendimento é dotado de:

9 lajes;

1 elevador social,

1 elevador de serviço

1 caixa d’água com 18000 litros

Recuo de 11 metros nas laterais, 10 metros de fundo e 7,4 metros de frente.

Croqui da Localização

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CAPÍTULO II

Área de vivência

4. O CANTEIRO

A alocação do canteiro de obra será realizada observando a NR-18 e de modo que se tenha a melhor qualidade em termos de saúde e segurança das pessoas que a utilizarão.

A Figura 4 apresenta um croqui da alocação do canteiro.

Figura 4 – Localização do empreendimento

 

Croqui do canteiro

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42

5. ÁREA DE VIVÊNCIA

5.1. BANHEIROS

Além de seguir o que é exposto no item 18.4.2.3 da NR-18, os banheiros serão constituídos por:

bacias comuns, com instalações individuais e portas;

Ventilação natural através de paredes;

Paredes divisórias com altura de 1,80m;

Recipiente de papeis usados em cada ambiente;

Papel higiênico a disposição no almoxarifado;

Limpeza no início e final do expediente, “diariamente”.

5.2. LAVATÓRIOS

O item 18.4.2.5.1 da NR-18 indica as orientações mínimas, e o lavatório será caracterizado por:

Individuais com torneira de plástico;

O lavatório ficará na altura de 90 centímetros do chão;

Serão ligados diretamente à rede de esgoto;

Seu revestimento é impermeável, liso e lavável

Possuir um recipiente para coleta dos papéis usados

Limpeza no início e final do expediente, “diariamente”.

5.3. MICTÓRIO

No banheiro masculino, o mictório:

Serão individuais;

Revestimento de material liso, impermeável e lavável;

Possuirão descarga provocada;

Ficarão a 50 centímetros do chão;

Serão ligados diretamente à rede de esgoto

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43

5.4. CHUVEIROS

Os chuveiros seguirão as seguintes características:

Piso de cimento e antiderrapante;

Porta sabonete para cada chuveiro;

Os chuveiros serão aterrados eletricamente;

A limpeza será permanente sempre no início do expediente, retirando os estrados de madeira.

5.5. VESTIÁRIO

Mencionado no item 18.4.2.9.1 da NR-18, este empreendimento será dotado de um vestiário para troca de roupa dos trabalhadores. O vestiário:

Terá parede de madeira;

Piso de concreto;

Será coberto;

Iluminado artificialmente;

Armários individuais com possibilidade para inserção de cadeado;

A limpeza será permanente;

Bancos com largura de 50 centímetros;

5.6. ALOJAMENTO

Como haverá trabalhador alojado na obra, o alojamento:

Terá parede de alvenaria;

piso de concreto;

Será coberto;

Iluminação artificial;

Área de 20,00m² por quarto;

pé-direito de 3,00m (três metros);

Instalações elétricas adequadamente e protegidas (aterramento e DR’s)

Quatro camas por quarto (sendo dois conjuntos de duas camas verticais – beliche, sendo a cama superior dotada de proteção lateral e escada)

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5.7. REFEITÓRIO

O refeitório deste empreendimento contemplará:

Mesas com tampos lisos e laváveis;

Assentos para acomodar todos os trabalhadores simultaneamente;

Depósito, com tampa, para detritos;

Local dedicado para aquecer refeições, sendo proibido utilizar outro local diferente do exposto para esta finalidade.

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Capítulo III

Equipamentos, máquinas e ferramentas

6. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

O ponto de localização da entrada do ponto de energia elétrica será o mais próximo possível do poste de entrada.

No quadro geral serão identificados os disjuntores das instalações de apoio, iluminação do canteiro, máquinas e equipamentos (elevadores, betoneira, serra circular, bombas, etc).

O quadro geral será aterrado além de dispor de terminal neutro para alimentar o sistema monofásico.

A rede de distribuição nas instalações de apoio será protegida por eletrodutos de PVC.

7. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

As máquinas e equipamentos devem ser aterradas adequadamente. Todos os operadores de máquinas e equipamentos receberão instruções do mestre-de-obras e do técnico de segurança sobre os métodos mais seguros para cada operação.

7.1. SERRA CIRCULAR

Somente será operada por funcionários qualificados, identificados e com o devido EPI (no mínimo com protetor facial e protetor auricular).

Atenderá os seguintes requisitos mínimos:

coifa protetora;

empurradores (para corte de cunhas);

caixa coletora de resíduos;

chave de ignição.

7.2. BETONEIRAS

A(s) betoneira(s) será (serão) operada(s) apenas por funcionário qualificado, identificado com o devido EPI (no mínimo protetor auricular, botas de couro ou borracha e óculos).

O equipamento obedecerá aos seguintes requisitos mínimos:

ficará sob cobertura;

área isolada com barreiras ou cancelas;

devem ser limpas no final do expediente, colocando sempre um calço de suporte na caçamba.

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7.3. ELEVADOR DE CARGA

Será operado por funcionário qualificado e devidamente identificado’. Requisitos mínimos:

Todas as portas móveis da força motriz serão protegidas;

A mesa do elevador será provida sinalização dos acústico, para ser acionado durante sua movimentação;

Ter livro de manutenção;

Será sinalizado com os avisos “capacidade máxima” e “proibido transporte de pessoas”;

A torre será afastada da beirada da laje no máximo 15 cm.

7.4. FERRAMENTAS

O almoxarifado organizará adequadamente todas as ferramentas necessárias para cada etapa da obra.

Antes de sua saída deverá ser verificado o seu perfeito funcionamento, não sendo permitida arranjos fora do padrão, principalmente nos cabos elétricos.

8. SINALIZAÇÃO

8.1. LOCAIS DE FIXAÇÃO DOS CARTAZES

8.1.1. Interna

A obra será sinalizada com avisos e advertências. As sinalizações serão divididas em: placas de perigo, placas de atenção placas de aviso.

TIPO DE CARTAZ ONDE UTILIZAR

Uso obrigatório de Máscara de Respiração

Próximo a betoneira, queima de cal, corte de tijolos ou cerâmica, pintura.

Coloque o Lixo na Lixeira Refeitório, vestiários, almoxarifado

Uso Obrigatório de Capacete

Principalmente na entrada da obra e onde for necessário

Use Protetor Auricular Serra circular, máquina de policorte, e todas as máquinas ruidosas

Obrigatório Uso de Luvas

Próximo a locais com alvenarias, concretagem, carga e descarga de materiais, preparação de ferragens, lavagens de pastilhas, impermeabilização e risco de cortes nas mãos

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Primeiros Socorros Colocar na caixa de primeiros socorros.

Cuidado! Queda de Objetos

Colocar nos locais de projeção da fachada

Uso Obrigatório de Cinto de Segurança

Colocar em pedestal próximo das beiradas da laje em execução, afixar dentro do balancim e divulgar para serviços de montagem de torre de elevador e outros

Cuidado! Eletricidade Nas caixas de distribuição elétrica e em todos os locais energizados com riscos de choque elétrico.

Não Fume neste Local No almoxarifado, no local de refeições, no vestiário e nos locais com manuseio de inflamáveis.

 

8.1.2. Externa

A execução de serviço externo (fora dos limites do canteiro, principalmente na rua) deve ter sinalização adequada com cavaletes, cones e fita zebrada.

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Capítulo IV

RISCOS E PROCEDIMENTOS DE CONTROLE

9. RISCOS GERAIS DE ACIDENTES

Relacionamos os riscos mais frequentes que podem acontecer durante os diversos serviços da construção do empreendimento, assim como os equipamentos de

SERVIÇO RISCOS EPIs, específicos Concretagem geral, adensamento de concreto

Queda de nível Respingos do concreto

Cinto de segurança Bota de borracha Óculos ou protetor facial

Formas, transporte das formas, montagens, içamento pilar externo, montagem/desmontagem

Contusões nas mãos, Problemas de posição, Quedas de nível, Estilhaços, Ferimento

Luva de raspa cano curto, Óculos ou protetor facial, Cinto de segurança

Serra circular, policorte, maquita, cortadora de parede, martelete

Amputação, Ferimentos nas mãos, Detritos nos olhos, Ruído

Óculos ou protetor facial, Abafador de ruídos

Armação de ferro, disco de corte, lixadeira para concreto

Ferimento nas mãos, Detritos nos olhos, Poeiras.

Luvas de raspa, Máscara contra poeiras, Óculos

Trabalho em periferia de Queda em diferença de Cinto de segurança tipo pára Abertura de concreto ou parede

Ferimentos nas mãos, detritos nos olhos

Luva de raspa, Óculos de segurança de alto impacto

Carga e descarga de cimento e outros ensacados

dermatites diversas, esforço físico, poeira em suspensão

Luvas, máscara contra poeira, capuz, etc.

Preparo de massa com cimento, queima de cal e preparo de cal fina.

Irritação nos olhos, queimaduras, respingo no rosto, possibilidades de problemas pulmonares.

Luva, Óculos, Máscara contra poeira.

Colocação de prumadas externas

Queda de nível Cinto de segurança

Montagens de andaimes em poço de elevador

Queda de nível Cinto de segurança

Serviços gerais(servente) Quedas, Contusões, Ferimentos

EPI Específico para a tarefa.

Serviços em dias de chuva Quedas, Resfriados

Capa de chuva e bota de borracha

Serviços em eletricidade choque elétrico Luvas, Botina isolante

Corte de ferragem manual Ferimentos nas mãos, detritos nos olhos e ruído.

Luvas de raspa, óculos de proteção e abafador de ruído.

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9.1. PRODUTOS QUÍMICOS

Os produtos químicos devem estar devidamente identificadas e fechadas no almoxarifado

10. PROCEDIMENTO DE EMERGÊNCIA

Em caso de acidente onde seja necessário deslocar a vítima para o ambulatório, devem ser tomadas as seguintes providências:

10.1. ACIDENTE DE PEQUENA GRAVIDADE (ESCORIAÇÕES, CONTUSÕES, ETC.)

Encaminhar a vítima um local adequado para atendimento e que possua equipamentos para prestar o devido socorro. O local deve possuir, além de medicamentos: mercúrio, álcool, gazes, esparadrapo, analgésico em gotas, pomada para queimadura, atadura, algodão, etc.

10.2. ACIDENTE DE MAIOR GRAVIDADE

Prestar primeiro socorro à vítima (quando possível).

• Comunicar ao setor de segurança do trabalho. Com óbito

Isolar a área do acidente

Comunicar a Polícia Civil

Comunicar a Delegacia Regional do Trabalho

Não mexer no local até liberação por parte da Polícia ou DRT.

11. PROTEÇÃO COLETIVA

11.1. FUNDAÇÕES

As fundações do empreendimento serão do tipo sapata direta.

11.2. CONCRETAGEM

Esta é a fase onde há um maior número de funcionários envolvidos (próximo de 40) e é consequentemente com maior chance de ocorrer acidentes. Os procedimentos de execução da concretagem deverão ser seguidos processualmente:

DESFORMA -será realizada por equipe qualificada que deverá tomar as seguintes precauções:

GUARDA-CORPO – Proteção contra queda, que deve ter 1,20 m de altura e com rodaé de 0,2 m e 0,7 m.

CORRIMÃO - Os corrimãos em escada estruturais serão obrigatórios.

POÇO DO ELEVADOR:

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Proteção vertical - será fechado com caibros entroncados verticalmente e sarrafos perpendiculares seguindo o sistema de guarda-corpo com rodapé em madeira.

Proteção horizontal -horizontalmente será adotado o sistema de rede de ferragem.

PLATAFORMA EM BALANÇO (BANDEIJAS): será instalada na primeira laje e retirada somente após a conclusão da fachada

11.3. ALVENARIA Em cada laje, a alvenaria será iniciada sempre pela periferia, fechando a laje imediatamente superior às plataforma em balanço. Uma vez fechadas às lajes (contadas sempre a partir da plataforma imediatamente inferior).

Disposição na laje: em toda a periferia da laje, projeção horizontal e vertical.

Seguidamente serão realizados os trabalhos em alvenaria das caixas dos elevadores, escadas, prisma de ventilação, etc., assim reduzindo os riscos de queda em diferença de nível.

Na laje onde for executada a alvenaria a limpeza dos resíduos dos materiais é de responsabilidade da própria equipe que os acondicionará na caixa coletora especialmente para esse fim.

Serviço realizado na periferia da laje será executado tendo uma corda de nylon amarrada entre as colunas laterais e que servirá para o engate do cinto de segurança. O cinto será usado até a alvenaria atingir a altura de 1m.

12. MAPAS DE RISCOS

O mapa de riscos é uma representação gráfica que identifica e informa sobre os riscos existentes no local de trabalhos.

CÍRCULOS

A intensidade do risco será representada por círculos de tamanhos proporcionalmente diferentes (maior o risco, maior o círculo).

CORES: os riscos serão classificados por cores padronizadas.

Verde:

Ruído Vibrações Frio Calor umidade

Vermelho:

Poeira Fumos Névoas Neblinas

Gases Vapores Substâncias compostas

Químicos em geral

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Marrom:

Bactérias Fungos parasitas

Amarelo:

Levantamento de peso Transporte de peso Postura inadequada

Azul:

Máquinas sem proteção

Equipamentos sem proteção

Ferramentas inadequadas

Ferramentas defeituosas

Eletricidade Animais

peçonhentos Queda de objeto Pontas

Ferimentos

SÍMBOLOS

Os símbolos de alerta serão inseridos dentro de cada círculo do mapa. Durante o treinamento admissional será necessário orientar ao profissional o significado dos símbolos

13. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

14. TREINAMENTO

Todos os empregados admitidos para a obra deverão passar pelo treinamento. O treinamento deve ser realizado antes de qualquer uma das fases da obra, onde os empregados receberão instruções de objetivos e medidas de segurança a serem

E.P.I / FUNÇÃO

Protetor Facial

Protetor auricular

Óculos contra

impacto

Óculos ampla visão

Luvas de

Raspa

Botas de Borracha

Cinto de Segurança

Avental de

RaspaCapacete

Eventuais Necessários

Engenheiro x x Mestre de

Obras x x x Tec.Seg. Trabalho x x x x Estagiário x x

Almoxarife x x Carpinteiro x x x x x x x Apontador x x x Pedreiro x x

Encanador x x x Vigia x x

Servente x x x x x Eletricista x x x x

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adotadas, bem como serão informados sobre os diversos EPCs existentes e os EPIs necessários à função.

15. CIPA

Devido ao número de empregados, a empresa montará uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no canteiro de obra seguindo as instruções da NR-5.

16. CONTROLE E AVALIAÇÕES

Este programa será monitorado em três estágios.

Mensal: Através de visitas e observações rotineiras ao canteiro, levantando em conta as condições e acompanhando a implantação deste programa.

Bimestral: de forma a realizar correções necessárias a problemas de adequação surgidas durante a implementação do PCMAT.

Semestral: de forma a realizar os ajustes, quando necessário, na implantação geral do PCMAT.