13
Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação São Paulo - SP 05 a 09/09/2016 1 Aceleração social no processo Educomunicativo. Um olhar a partir do cotidiano e da atuação de agentes pastorais 1 Helena CORAZZA 2 Serviço à Pastoral da Comunicação (SEPAC), São Paulo, SP Resumo A proposta deste artigo é identificar de como se servem das mídias sociais no cotidiano e de como atuam pastoralmente homens e mulheres que se dedicam voluntariamente a esse trabalho nas comunidades. Buscará ainda detectar como é percebida a aceleração social a partir da internet e das tecnologias móveis que alteram as práticas cotidianas e o serviço à comunidade. Como essa reflexão encontra-se ainda em estágio embrionário constata-se a necessidade de uma continuidade no aprofundamento dessa temática, proporcionando às lideranças comunitárias uma progressiva educação para a comunicação. Palavras-chave: aceleração; internet; pastoral; comunicação, mídias sociais. Introdução Na cultura contemporânea, a aceleração social faz parte do cotidiano das pessoas, tanto no contexto urbano quanto rural ou em pequenas cidades. A cultura digital evidencia essa aceleração e a torna mais sensível na diversidade de suportes e portabilidade que facilitam o acesso às mídias sociais por meio de celulares e aplicativos, entre outros. A passagem progressiva de publicações impressas para a versão digital realiza-se em nome de uma nova, atualizada e veloz comunicação. De fato, os conteúdos digitais obedecem a outra lógica “em vez de semanal teremos várias atualizações por dia. Além de textos e fotos, terá também conteúdo em áudio e vídeo. As notícias chegarão até você em múltiplas linguagens e muito mais rapidamente” 3 . E nessa lógica da velocidade como sinônimo de progresso e qualidade da informação, prosseguem os argumentos na edição histórica do Jornal da USP, em sua última edição impressa no papel. 1 Trabalho apresentado no GP Comunicação e Educação do XVI Encontro dos Grupos de Pesquisa em Comunicação, evento componente do XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. 2 Helena Corazza é jornalista, doutora e mestra pela ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da USP); Diretora e docente no SEPAC (Serviço à Pastoral da Comunicação); coordenadora do curso de pós-graduação lato sensu “Cultura e Meios de Comunicação, uma abordagem teórico-prática” do SEPAC em convênio com a PUC-SP (COGEAE); docente no Instituto Teológico São Paulo (ITESP). Autora dos livros: Comunicação e Relações de gênero em prática Radiofônicas; Pastoral da comunicação. Diálogo entre fé e cultura; Acolher é comunicar; A comunicação nas celebrações litúrgicas; Educomunicação.Formação pastoral na cultura digital. Presidente da SIGNIS Brasil (2010-2016). Assessora instituições e comunidades na comunicação e pastoral. [email protected] ; [email protected] 3 . Marcelo Rollemberg. Jornal da USP, de 25 de abril a 1º. de maio de 2016, Opinião, p. 2.

Intercom Sociedade Brasileira de Estudos ...portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0479-2.pdf · Teoria da Aceleração Social Em entrevista a Rafael H. Silveira 4 ,

  • Upload
    trandan

  • View
    218

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Intercom Sociedade Brasileira de Estudos ...portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0479-2.pdf · Teoria da Aceleração Social Em entrevista a Rafael H. Silveira 4 ,

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – São Paulo - SP – 05 a 09/09/2016

1

Aceleração social no processo Educomunicativo.

Um olhar a partir do cotidiano e da atuação de agentes pastorais1

Helena CORAZZA

2

Serviço à Pastoral da Comunicação (SEPAC), São Paulo, SP

Resumo

A proposta deste artigo é identificar de como se servem das mídias sociais no cotidiano e de

como atuam pastoralmente homens e mulheres que se dedicam voluntariamente a esse

trabalho nas comunidades. Buscará ainda detectar como é percebida a aceleração social a

partir da internet e das tecnologias móveis que alteram as práticas cotidianas e o serviço à

comunidade. Como essa reflexão encontra-se ainda em estágio embrionário constata-se a

necessidade de uma continuidade no aprofundamento dessa temática, proporcionando às

lideranças comunitárias uma progressiva educação para a comunicação.

Palavras-chave: aceleração; internet; pastoral; comunicação, mídias sociais.

Introdução

Na cultura contemporânea, a aceleração social faz parte do cotidiano das pessoas,

tanto no contexto urbano quanto rural ou em pequenas cidades. A cultura digital evidencia

essa aceleração e a torna mais sensível na diversidade de suportes e portabilidade que

facilitam o acesso às mídias sociais por meio de celulares e aplicativos, entre outros. A

passagem progressiva de publicações impressas para a versão digital realiza-se em nome de

uma nova, atualizada e veloz comunicação. De fato, os conteúdos digitais obedecem a outra

lógica “em vez de semanal teremos várias atualizações por dia. Além de textos e fotos, terá

também conteúdo em áudio e vídeo. As notícias chegarão até você em múltiplas linguagens

e muito mais rapidamente”3. E nessa lógica da velocidade como sinônimo de progresso e

qualidade da informação, prosseguem os argumentos na edição histórica do Jornal da USP,

em sua última edição impressa no papel.

1 Trabalho apresentado no GP Comunicação e Educação do XVI Encontro dos Grupos de Pesquisa em Comunicação,

evento componente do XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.

2 Helena Corazza é jornalista, doutora e mestra pela ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da USP); Diretora e

docente no SEPAC (Serviço à Pastoral da Comunicação); coordenadora do curso de pós-graduação lato sensu “Cultura e

Meios de Comunicação, uma abordagem teórico-prática” do SEPAC em convênio com a PUC-SP (COGEAE); docente no

Instituto Teológico São Paulo (ITESP). Autora dos livros: Comunicação e Relações de gênero em prática Radiofônicas;

Pastoral da comunicação. Diálogo entre fé e cultura; Acolher é comunicar; A comunicação nas celebrações litúrgicas;

Educomunicação.Formação pastoral na cultura digital. Presidente da SIGNIS Brasil (2010-2016). Assessora instituições

e comunidades na comunicação e pastoral. [email protected]; [email protected]

3 . Marcelo Rollemberg. Jornal da USP, de 25 de abril a 1º. de maio de 2016, Opinião, p. 2.

Page 2: Intercom Sociedade Brasileira de Estudos ...portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0479-2.pdf · Teoria da Aceleração Social Em entrevista a Rafael H. Silveira 4 ,

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – São Paulo - SP – 05 a 09/09/2016

2

Ciente de que as mudanças tecnológicas afetam as pessoas e seu relacionamento, e

de que as redes reconfiguram e indicam outra maneira de organizar a experiência humana, a

Igreja católica se mostra atenta acompanhando não só as mudanças tecnológicas, mas

procurando compreendê-las. Em 2002 o Pontifício Conselho das Comunicações Sociais

publicou dois documentos abordando o tema da cultura digital: Igreja e Internet e Ética na

Internet, acolhendo a novidade da internet e dando orientações para saber usá-las com

critérios e, ao mesmo tempo, serem produtores de conteúdo nessa plataforma.

O objetivo deste artigo é iniciar uma reflexão sobre a aceleração social,

compreender sua interpretação a partir de autores e verificar como ela se dá no

relacionamento com a internet, as mídias sociais e tecnologias móveis. Por sua vez, sua

influência no cotidiano e nas práticas pastorais de pessoas envolvidas em diferentes

serviços nas comunidades, verificando como é o acesso à internet, como são vividas essas

mudanças e as formas de apropriação nas pastorais.

Teoria da Aceleração Social

Em entrevista a Rafael H. Silveira4, sobre a Teoria da Aceleração Social, o

sociólogo Hartmut Rosa, a partir da Teoria Crítica, fala sobre os modos de conduzir a vida,

as estruturas temporais, observando que a velocidade da vida muda seu ritmo de acordo

com os locais, cidades maiores ou menores, parecem mudar a percepção do tempo, tornar

a existência mais lenta, o sentimento em relação à vida, talvez também em função da

percepção do tempo-espaço.

A duração, a sequência, o ritmo e o andamento das ações humanas, bem como seus

eventos e relacionamentos “são primeiro decididos no decorrer de sua execução, ou seja, no

próprio tempo”, ao que Rosa denomina “temporalização do tempo” (ROSA, 2013, p. 233).

Tal acontecimento sobrevém como uma das faces da inter-relação de multifenômenos que

podem ser agrupados, conforme o pesquisador, em três chaves: dimensão técnica, mudança

social e ritmo de vida.

A dimensão técnica envolve a relação com as máquinas, a aceleração dos processos

de transportes, comunicação e a produção de bens e serviços. Para Heidegger, “enquanto

representarmos a técnica como um instrumento, ficaremos presos à vontade de querer

4. Entrevista “Ordem e progresso, aceleração e alienação” com Hartmut Rosa da cátedra de Sociologia e Teoria Social da Universidade de Jena, Alemanha - http://www.each.usp.br/revistaec/?q=revista/2/ordem-e-progresso-

acelera%C3%A7%C3%A3o-e-aliena%C3%A7%C3%A3o – Acesso 25/6/2016

Page 3: Intercom Sociedade Brasileira de Estudos ...portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0479-2.pdf · Teoria da Aceleração Social Em entrevista a Rafael H. Silveira 4 ,

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – São Paulo - SP – 05 a 09/09/2016

3

dominá-la”5. A técnica possibilita versatilidade e acelera os processos de comunicação,

sobretudo pela mídia, cujas linguagens se configuram como dispositivos que são “qualquer

coisa que tenha de algum modo a capacidade de capturar, orientar, interceptar, modelar,

controlar, assegurar os gestos, as condutas, as opiniões, os discursos dos seres viventes”

(AGAMBEN, 2009, p. 40). O autor discorre sobre os diversos dispositivos como a caneta, a

escritura, o cigarro, a navegação, os computadores, ou seja, tudo o que agrega no campo da

comunicação como plataformas, conteúdos e, talvez possamos acrescentar, a velocidade.

A segunda dimensão da aceleração, conforme Rosa, é a mudança social que envolve

alteração nas práticas de ação nas estruturas associativas, nos padrões e relacionamento,

taxa de obsolescência. Neste sentido, com dispositivos digitais, mesmo estando presentes a

visão de eventos passa a ser mediada pelo ato de fotografar e registrar tudo, o que pode

levar a perder a vivência do momento presente.

A terceira dimensão envolve o ritmo da vida como: encurtamento das refeições,

menos horas de sono, redução do intervalo entre atividades, menos tempo para estar com a

família e sobreposição de atividades. Na etapa atual do desenvolvimento tecnológico, a

velocidade é um dos componentes do processo de aceleração e traz um caráter paradoxal. A

instantaneidade da comunicação e circulação de informações também trazem um caráter de

inércia, que Virilio, citado por Ferreira, ”vai chamar as tecnologias audiovisuais e

informáticas como veículos estáticos”. Esta inércia compreende que virtualmente, podemos

estar em qualquer parte do universo sem sair do lugar. Para o autor, da velocidade cinética

(o deslocamento através do espaço) temos, agora a velocidade cinemática (eliminação das

distâncias geográficas, compressão temporal e inércia corporal).

Compreender onde e como se situa a velocidade com as tecnologias, como se dá o

encurtamento das distâncias, pode contribuir para compreender também a aceleração social.

Ao abolir o trajeto e os intervalos espaciais e temporais essas tecnologias criarão

uma cultura dromológica: não quero ficar onde estou nem ir a parte alguma, quero

estar em aceleração contínua, como num estado de suspensão. Essas tecnologias de

interfaces criarão redes e terminais (fixos e móveis) aos quais estamos

constantemente conectados (telefones celulares, telas de computador e de TV,

pagers, palmtops, etc.) (FERREIRA, 2009, p. 455).

Esta possibilidade de transpor o espaço e o tempo sem ter deslocamento físico, possibilita

ao corpo estar presente, mas a consciência encontra-se ausente ou dispersa nas múltiplas telas

presenciais ou nas conexões a distância. Para Ferreira, “a velocidade é unicamente mental, pois o

corpo se mantém inerte” (FERREIRA, 2009, p. 455).

5 . Apud Corazza, p. 69.

Page 4: Intercom Sociedade Brasileira de Estudos ...portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0479-2.pdf · Teoria da Aceleração Social Em entrevista a Rafael H. Silveira 4 ,

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – São Paulo - SP – 05 a 09/09/2016

4

Metodologia na coleta de dados

Diante de afirmações e percepções de que há uma mudança nos hábitos de consumo,

nos relacionamentos e de que a aceleração é assimilada, muitas vezes, sem as pessoas se

darem conta, talvez sem espírito crítico, elaboramos um questionário para buscar, ainda que

de forma inicial, como se dá o relacionamento do ser humano com a internet

especificamente no campo religioso, da pastoral. O questionário foi aplicado aos

participantes do Curso “Comunicação nas Pastorais”6, um curso livre do SEPAC, ou seja, a

partir da educação não formal, deixando liberdade para responderem e de forma anônima.

Responderam 34 agentes pastorais7, 13 homens e 21 mulheres, provenientes das cidades de

Atibaia, SP; Cotia, SP; São Paulo, capital, bairros: Vila Medeiros, Santo Amaro, Ipiranga,

Vila Santa Catarina, Vila Campestre.

O questionário procurou levantar subsídios para estudar a relação entre o uso das

tecnologias de comunicação (computadores, celulares, tablets, entre outros) e o processo de

aceleração do tempo. Procurou verificar o acesso à internet e a inserção no cotidiano, as

redes sociais e conteúdos mais acessados, o modo de informar-se, buscando verificar a

dependência ou não das redes sociais, a aceleração e o consumo. Num olhar

educomunicativo, perguntamos também se há produção de conteúdos e se a Internet ajuda

em sua missão de agente pastoral. Algumas perguntas abertas buscaram compreender mais

o universo do interlocutor. Em relação à idade temos:

20 - 30 anos: 7

30 - 40 anos: 9

41 - 50 anos: 5

51- 60 anos: 9

70- 80 anos: 1

Respondendo à questão, “desde que idade você usa internet”, num público

diversificado que vai de 20 a 71 anos de idade, assim responderam: 7 pessoas acessam dos

11 a 15 anos; 8; dos 16 a 25 anos; 6, dos 26 a 30 anos; 12; acima de 30 anos; 1 não se

lembra. Ninguém preencheu a opção “não uso”. Em relação ao perfil dos participantes,

quanto ao acesso e uso das redes, num primeiro olhar dá para perceber que parte deles

6 . Este curso compreende cinco encontros com temáticas progressivas sobre a comunicação na pastoral com o

objetivo de capacitar e formar equipes que possam ser atuantes no campo da educomunicativo pastoral. 7. Denominam-se agentes pastorais, pessoas que colaboram de forma voluntária nas pastorais da Igreja

católica. A pastoral refere-se às práticas do cuidado com os fiéis e se organizam por segmento. Os

participantes deste curso são atuantes como catequistas, pastoral da comunicação, da liturgia, da saúde, da

acolhida, música, eventos, dízimo, entre outras.

Page 5: Intercom Sociedade Brasileira de Estudos ...portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0479-2.pdf · Teoria da Aceleração Social Em entrevista a Rafael H. Silveira 4 ,

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – São Paulo - SP – 05 a 09/09/2016

5

podem ser identificados como usuários e divulgadores, outros também como produtores de

conteúdo.

Uma das questões pediu: “Por favor, indique o seu grau de instrução”

Ensino médio incompleto

1

Ensino médio completo

6

Superior incompleto

3

Superior completo

16

Pós- graduação

8

Em relação ao conhecimento sobre como usar a redes sociais, procurou-se saber a

forma de acesso e desempenho, por isso, foi perguntado à pessoa como se considera com

três alternativas:

Principiante - tenho muitas dificuldades para

mexer 1

Conhecimento médio sei mexer no básico

21

Conheço bastante - sei fazer operações avançadas

11

O questionário procurou saber quais as redes sociais mais utilizadas, dando a

liberdade de assinalar mais de uma opção: Quais redes sociais você utiliza (pode assinalar

mais de uma)?

Facebook 31 WhatsApp 32 Youtube 26

Instagram 18 Twitter 10

Snapchat 7

Badoo 3

Telegram Pinterest, Behancé, LomkedIm e-mail

Foram citadas outras redes que não constavam em nosso questionário como:

Telegram, Pinterest, Behancé, LomkedIm.

Quanto ao local onde as pessoas mais acessam a internet, a possibilidade de

responder a mais de uma alternativa:

em casa 20

no trabalho 20

na rua 3

escola/faculdade 2

À questão “Você deixa o celular ao lado da cama quando vai dormir”?,

29 pessoas disseram que sim e 5 disseram que não. Observações de duas que usam o

celular como relógio; uma disse que desliga no modo avião. A possibilidade de estar

“ligados” a qualquer parte do universo sem sair do lugar e mesmo dormindo, possibilita

que, “embora o corpo esteja presencialmente ocupando determinado espaço/tempo, sua

Page 6: Intercom Sociedade Brasileira de Estudos ...portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0479-2.pdf · Teoria da Aceleração Social Em entrevista a Rafael H. Silveira 4 ,

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – São Paulo - SP – 05 a 09/09/2016

6

consciência permanece em estado de ubiquidade e onisciência, alerta a qualquer informação

procedente da rede” (FERREIRA, 2009, p. 455).

Quanto tempo você costuma ficar nas redes sociais?

Menos de 1 hora

7

Entre 1 a 2 horas

8

Entre 2 a 3 horas - 4 Entre 3 a 4 horas

3

Entre 4 a 5 horas

3

Entre 5 a 6 horas

6

Mais de 6 horas

6

A seguir foi perguntado “Em relação ao uso das redes sociais no dia a dia, você o

classifica como”: Intenso – 11; Normal - 23 . À alternativa “Não sei”, não houve resposta.

Respostas que revelam o quanto a internet já está incorporada no cotidiano das pessoas,

fazendo parte das atividades.

À pergunta “qual conteúdo que você mais acessa nas redes sociais?”, os resultados

foram:

Vídeos 13

Fotos 30

Mensagens 22

Notícias 8

Áudios 8

Charges/ memes

8

Grupos/ Fóruns 12

Outros conteúdos apontados: Jogos e “Música é o que mais acesso”.

À questão “qual meio de comunicação que você MAIS utiliza no seu cotidiano”?,

(apontar somente uma).

Internet

28

TV

8

Rádio

3

Jornal/revista

1

Respostas que evidenciam mudanças nos hábitos da busca de informação em

diferentes suportes. Poder revelar também que o mais acessível são as plataformas digitais.

A seguir uma nova questão: “Como avalia seu grau de informação sobre os assuntos do

momento?”

Totalmente satisfeito

3

Insatisfeito

6

Nem satisfeito, nem insatisfeito

(neutro) 6

Satisfeito

13

Totalmente satisfeito

3

Inserção e conexão

Page 7: Intercom Sociedade Brasileira de Estudos ...portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0479-2.pdf · Teoria da Aceleração Social Em entrevista a Rafael H. Silveira 4 ,

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – São Paulo - SP – 05 a 09/09/2016

7

“Você se sente entediado quando fica muito tempo sem acessar as redes sociais?”

Sim

7

Não

18

Não presto atenção

7

Às vezes

1

Diante da pergunta: você compartilha do pensamento “Quando estou desconectado

das redes sociais parece que estou fora do mundo”? Três pessoas concordam totalmente

enquanto 16 concordam parcialmente e 15 discordam.

A conectividade possibilita novas formas de vinculação e interação em que o ser

humano se relaciona mediado pelas tecnologias, enviando e recebendo mensagens em

tempo real em linguagens sonoras, textuais, imagética e também pelo simples contato de

“estar” na rede, uma vez que a essência da rede é a conexão.

Uma questão pergunta sobre a frequência em acessar a conta do e-mail: “Quantas

vezes você acessa sua conta de e-mail?”

Mais de uma vez por dia

26

Uma vez por dia 5

Uma vez por semana

1

Uma vez por mês

1

Não tenho email

1

Uma questão pergunta diretamente sobre velocidade da Internet: “Você está

satisfeito com a velocidade de sua internet no celular?” Esta questão propôs duas opções e

foi acrescentada uma terceira por um participante, de que se sente prejudicado.

Sim

15

Não

19

Prejudicado

1

A velocidade é a característica das mudanças que contribuem para a criação de

novas linguagens que vão se hibridizando pelas combinações, nos diferentes meios de

comunicação, interferem no modo de pensar e criar. Com a televisão vem a supremacia da

imagem sobre o texto e, em seguida, o World Wide Web, possibilitando a rede de conexões

em alta velocidade.

Empreendida pelas tecnologias compreende velocidade e aceleração de

deslocamento e percepção do tempo e espaço. Ela também pode ser assimilada como algo

que repercute em prazos estabelecidos, tarefas a dar conta e o hábito da realização de

Page 8: Intercom Sociedade Brasileira de Estudos ...portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0479-2.pdf · Teoria da Aceleração Social Em entrevista a Rafael H. Silveira 4 ,

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – São Paulo - SP – 05 a 09/09/2016

8

algumas coisas, apenas com um clik. Isso pode acarretar, conforme Ferreira, “o culto da

velocidade como algo bom em si mesmo desenvolve, em outras palavras, um objetivo

merecedor de ser perseguido como tal” (FERREIRA, 2009, p. 146).

Sobre a troca do aparelho, a pergunta: “Com que frequência você costuma trocar de

aparelho de celular?”

Menos de 1 ano

0

1 ano 10

Entre 1 e 2 anos

15

Entre 2 e 3 anos 15

Mais de três anos

8

Não tenho celular

0

As tecnologias da comunicação, sobretudo celulares das diversas marcas são

passíveis de mudanças rápidas devido à obsolescência programada pelas empresas

fabricantes que, em vista do consumo, estabelecem tempo de validade para os

equipamentos até determinada geração.

Aspectos favoráveis da Internet nas pastorais revelados no questionário

O acesso às novas formas e linguagens da comunicação e, sobretudo, à ambiência da

internet objetivam contribuir para o conhecimento e inserção na sociedade, ao

relacionamento feito de diálogo e a formar um sujeito capaz de apropriar-se de

conhecimentos teóricos e práticos em favor da transformação da sociedade.

A recomendação da formação se estende a toda liderança da Igreja, aos agentes de

pastorais, aos educadores e catequistas – escolas, aos pais, às crianças e jovens e a toda

pessoa de boa vontade, visando “ajudar a adquirir uma forma de comunicar que transmita

uma mensagem às sensibilidades e aos interesses das pessoas na cultura dos meios de

comunicação social” (Igreja e Internet, 2002, p. 23).

Neste sentido, procurando verificar a apropriação da internet em vista do anúncio do

Evangelho e da própria missão dos agentes pastorais, o questionário fez esta questão: “Na

sua experiência a internet ajuda no trabalho pastoral”? As alternativa propostas foram, sim

ou não, e o pedido para justificar. As respostas foram unânimes em responder sim e as

justificativas podem ser agrupadas em três categorias: pesquisa – busca de conhecimento e

referências no campo religioso; relacionamento e contato entre as pastorais; a percepção de

que requer adaptação e afeta o modo os relacionamentos:“Precisamos adaptar a nossa

comunicação aos meios modernos”. Justificando, há uma série de visões expressas, e a

rapidez associada à ideia de progresso. Isso confirma a percepção de Rosa em relação ao

Page 9: Intercom Sociedade Brasileira de Estudos ...portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0479-2.pdf · Teoria da Aceleração Social Em entrevista a Rafael H. Silveira 4 ,

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – São Paulo - SP – 05 a 09/09/2016

9

Brasil: “A cada ano precisamos nos tornar mais rápidos simplesmente para não retroceder.

No Brasil parece ainda haver a ideia de que é preciso se tornar mais rápido para avançar”.

Pesquisa na internet, no sentido de buscar informações; “adquirir mais

conhecimento em determinado assunto”; “pesquiso, divulgo, aprimoro os meus

conhecimentos”. A questão das fontes: “posso ter ideias, afirmar algumas coisas e acesso a

dúvidas em religião e fé e a doutrina, entre outros trabalhos e até sobre espiritualidade,

busco em fontes confiáveis”. “Uso a internet para tirar dúvidas, de uma forma mais rápida”;

“busco referências visuais, e material para pesquisa para produzir conteúdo”.

Os entrevistados apontam que a internet favorece o relacionamento, pois é uma mídia

importante entre os agentes e outras pastorais e auxilia a comunicação com a comunidade.

Uma pessoa afirma: “A internet faz parte dos meus relacionamentos”; “para criação de

novos trabalhos e ver como as demais paróquias atuam”. Em vista da evangelização,

usando-a para por meio de site e redes sociais e para contato entre as pastorais. Observa-se

grande sede de proximidade e de contatos:

O encontro pessoal está no cerne da mídia relacional. A Palavra tornou-se digital

desde o momento em que as relações humanas foram estabelecidas na cultura

digital. Quando alguém surfa na internet, pode-se perceber “uma busca insaciável

de conexão”. Não se trata de um desejo de comunhão? O empreendimento

digitalizado do ser humano na internet é uma procura não apenas de dados, mas de

significados e de relacionamentos (MEDRANO, 1997, p.79).

O terceiro aspecto revela a necessidade de adaptar o conhecimento: “precisamos

adaptar a nossa comunicação aos meios modernos”, posição associada à já assimilada

“rapidez” associada ao relacionamento, no sentido de que a informação passa a muitas

pessoas de forma breve: “Consigo alcançar a maioria ou todas as pessoas mais

rapidamente”. Na afirmação “nós convivemos com todos rapidamente”, parece-nos um

indicativo de que tenha o mesmo sentido de fazer chegar a todos ou relacionar-se com mais

pessoas ao mesmo tempo. Outro aspecto da rapidez está voltado à necessidade de

informações e conhecimento em relação a determinados assuntos: “encontrar informações

são mais rápida”. Revela caráter de urgência na necessidade conferir conhecimentos: “tirar

dúvidas, de uma forma mais rápida”.

As dimensões assinaladas por Rosa parecem estar muito presentes no cotidiano do

brasileiro médio, em sua maioria com ensino superior, dedicados a uma causa. Em relação

ao acesso é geral, nas diferentes idades, como forma de inserção social que vai sendo

Page 10: Intercom Sociedade Brasileira de Estudos ...portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0479-2.pdf · Teoria da Aceleração Social Em entrevista a Rafael H. Silveira 4 ,

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – São Paulo - SP – 05 a 09/09/2016

10

assimilada sem grandes problemas, confirmando o que o Autor responde em sua entrevista

em que, apesar das desigualdades, o Brasil está bastante acostumado com a modernização,

associando à melhoria de vida: “No Brasil parece ainda haver a ideia de que é preciso se

tornar mais rápido para avançar” 8

.

A educomunicação como intervenção na produção de conteúdos

Ao pensar e propor uma comunicação comprometida com valores, a

educomunicação não pode ser vista no sentido pragmático e ser considerada apenas no

campo da didática ou da capacitação para a aplicação das tecnologias da informação ou da

comunicação, mas é reconhecida “como um campo de reflexão e intervenção social

decorrente dos novos modos de organizar, distribuir e receber o conhecimento e a

informação. Faz parte, portanto, de um ecossistema comunicativo situado na interface com

a educação” (CITELLI, 2014, p. 70).

Nessa perspectiva do acesso às produções existentes na internet, o questionário

perguntou: “Você produz conteúdos?”9 As respostas indicam que 50% produzem, ou seja,

16 pessoas responderam “sim”; 50% ou 16, responderam “não”. No caso de produzir

conteúdos, pediu-se para indicar em que mídia. As respostas indicam que essa produção não

se reduz apenas a uma mídia, mas diversas. A Rede Social Facebook teve cinco indicações;

o Youtube, quatro indicações; três pessoas dizem produzir para Jornal; duas produzem para

Blog e duas para o Instagran. As demais mídias receberam o indicativo de uma pessoa:

áudios; informativos, revistas; Linkedin; site; Curso online; Instagram; Snapchat; Twitter;

Pinterest; Murais; Editorial, sem especificar em qual mídia.

De fato, as redes não são apenas técnicas, mas espaços sociais, que configuram a

sociabilidade na esfera pública. Elas “misturam lógicas, velocidade e temporalidade tão

diversas como as que entrelaçam as narrativas orais, com a intertextualidade das escritas e a

intermedialidade do hipertexto” (MARTIN-BARBERO, 2014, p. 111).

A Internet com propostas a serviço dos valores

Buscando o lado da crítica o questionário colocou esta pergunta: “Você considera

que a Internet ajuda no cultivo da sua vida cristã, da espiritualidade e dos valores?”

Justifique. As respostas foram positivas com 30 “sim” e dois “não”, podendo ser

8 . Rosa, Ordem e progresso, aceleração e alienação.

9 . Note-se que este grupo não está participando de um curso de produção para as mídias. Trata-se mais da

reflexão e possibilidades de atuação. Por isso, as respostas são de sua prática cotidiana.

Page 11: Intercom Sociedade Brasileira de Estudos ...portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0479-2.pdf · Teoria da Aceleração Social Em entrevista a Rafael H. Silveira 4 ,

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – São Paulo - SP – 05 a 09/09/2016

11

classificadas em conteúdos que buscam um cultivo pessoal na vida cristão, alguns mais

devocionais, outros em que as pessoas manifestam seu compromisso com a missão

evangelizadora no serviço aos outros revelando certo distanciamento crítico.

Em relação aos conteúdos mais devocionais e de formação: “Vídeos de pregação; a

internet traz ferramentas importantes para ajudar na oração como a liturgia diária e a

liturgia das horas; Acredito que possamos utilizá-la para este meio, mas que não exceda em

inúmeras informações; no aprendizado e no compartilhamento; Acompanho o site da

Paróquia, terço, orações, estudo sobre datas e santos; Tem sites que ajudam bastante na

espiritualidade”.

No que diz respeito à dimensão missionária/evangelizadora que inclui a linguagem e

a rapidez: “Se usada de forma correta, ela nos ajuda a abranger mais pessoas com apenas

um click; Porque através dela pode buscar mais informações, aprender, ler, assistir missas,

ajudar irmãos distantes; Aplicativos que nos ajudam na prática cristã: orações, leituras;

Acredito que é nova forma de direcionar o culto da vida cristã. Através da leitura e

compartilhamento, experiências”.

Observa-se também a busca do estudo, aprofundamento e visão crítica pelas

respostas: “Por meio da internet tenho acesso a novas informações e, com elas, consigo

aprofundar meus estudos e espiritualidade. Pesquiso, divulgo, aprimoro os meus

conhecimentos; Consigo buscar informações valiosas sobre música, palavra e símbolos pela

internet; Há muito conteúdo bom na internet: grupos, textos, pesquisas, estudos,

testemunhos, só é preciso procurar; trata-se de um meio de comunicação poderoso com

milhares de milhões de obras e textos católicos que podemos partilhar com nossos irmãos,

mas é importante filtrar essas informações; “buscar bons conteúdos”, o que supõe saber

pesquisar e discernir”.

Duas pessoas não consideram a internet como um espaço de ajuda para a vida cristã,

e justificam dizendo: “Porque acho que a Bíblia é mais interessante para ser lida e seguida”,

o que também é um valor e pode ser demonstrativo de que o hábito de leitura seja, de fato, o

suporte livro e não as tecnologias digitais. Outro justifica: “uso para meus hobbies somente

e pouco uso para a religião”.

Algumas considerações

Conforme indicado no início deste artigo, este estudo é inicial com um questionário

que forneceu alguns dados que precisam ser retomados e aprofundados. A partir dele,

Page 12: Intercom Sociedade Brasileira de Estudos ...portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0479-2.pdf · Teoria da Aceleração Social Em entrevista a Rafael H. Silveira 4 ,

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – São Paulo - SP – 05 a 09/09/2016

12

procurou-se saber um pouco mais de como a “aceleração” afeta a vida cotidiana e o

trabalho pastoral e observar se as pessoas já assimilaram e a vivem de forma “natural”,

como sinais do progresso na sociedade e também na evangelização, sem muito questionar.

Uma primeira observação é que as tecnologias móveis estão sendo assimiladas no

cotidiano e no trabalho pastoral de forma positiva, conforme Rosa, no sentido de progresso,

desenvolvimento e de atualização para estar em dia com as realidades. A mesma percepção

se dá no sentido da apropriação para as pastorais. As pessoas parecem alimentar-se dos

conteúdos da Rede sem muita crítica e distanciamento, confiando nos conteúdos, ali

postados, que são abundantes. Conforme Sbardelotto,

o fiel-internauta vive uma experiência de fé sem uma presença objetiva, mas sim

com uma ausência subjetiva do “outro”: embora a distância, o fiel se sente

“conectado” aos demais, muitas vezes sem perceber toda a processualidade

tecnossimbólica necessária para criar essa sensação – já que, na prática, ele lida com

máquinas e números (SBARDELOTTO, 2012, p. 326).

Talvez diante da urgência de alimentar a própria fé e de evangelizar pela internet

falte um distanciamento crítico e até conhecimento. Por outro lado, é preciso pensar no

tempo de quem produz e no tempo de quem recebe a comunicação que são totalmente

diversas. Em geral, o internauta não faz uma leitura técnica, mas o faz como uma nova

forma de “estar juntos”, de relacionar-se.

De fato, na cultura da mídia a mensagem não consiste na doutrina, nas ideias ou nas

palavras. O que se oferece à audiência é o corpo, a imagem, a voz, os gestos. Como nessa

linguagem há o primado da experiência sobre o abstrato, o que predomina é o toque. Há

uma conexão com as palavras do evangelho de João: “Minhas ovelhas escutam a minha

voz” (Jo 10,16). As pessoas se apoiam na experiência: “vinde e vede”, vinde e experimentai

(CORAZZA, 2015, p. 71).

O tema da aceleração social requer continuidade de reflexão para continuar

aprofundando a influência que as tecnologias, que tem a velocidade como seu constitutivo

e a relação com o ser humano. Um distanciamento crítico se torna necessário e saudável

para evitar uma “submissão” acrítica ao sistema neoliberal, que incide no cotidiano em

todas as áreas de conhecimento e atuação. Uma progressiva educação para a comunicação,

tanto na área da recepção quanto na produção de conteúdos, ajudará a assumir um estilo

educomunicativo que envolva reflexão para discutir a sociedade e ações de intervenção para

que a comunicação seja colocada a serviço da vida e da solidariedade.

Page 13: Intercom Sociedade Brasileira de Estudos ...portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0479-2.pdf · Teoria da Aceleração Social Em entrevista a Rafael H. Silveira 4 ,

Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – São Paulo - SP – 05 a 09/09/2016

13

REFERÊNCIAS

AGAMBEN, G. O que é contemporâneo? E outros ensaios. Chapecó, SC:ARGOS, 2013.

CORAZZA, H. Educomunicação. Formação pastoral na cultura digital. São Paulo: Paulinas, 2016.

__________. A comunicação nas celebrações litúrgicas. São Paulo: Paulinas, 2015.

FERREIRA, W.R.V. “Velocidade”. In: MARCONDES FILHO, C. Dicionário da Comunicação.

São Paulo: Paulus, 2009.

MARTÍN-BARBERO, J. A comunicação na educação. São Paulo: Contexto, 2014.

MEDRANO, A. E o Verbo se fez dígito. In: BARROS, José Tavares (org.). Imagens da

América Latina. São Paulo: Loyola, 1997, p. 75-84.

ROSA, Hartmut. Social Acceleration: a new theory of modernity. New York: Columbia University

Press, 2013.

SBARDELOTTO, M. E o Verbo se fez bit. A comunicação e a experiência religiosa na internet.

Aparecida: Santuário, 2012.

SILVEIRA, R.H. Ordem e progresso, aceleração e alienação.

http://www.each.usp.br/revistaec/?q=revista/2/ordem-e-progresso-acelera%C3%A7%C3%A3o-e-

aliena%C3%A7%C3%A3o – Acesso 25/6/2016

WANDERLEY E. Modernizações ambivalentes.

http://www.ccba.org.br/modernizacoesambivalentes/?p=230 – acesso 25/6/2016