4
Jornal do Sinpronorte negociação com sinepe encerra, mas reivindicações não reajuste salarial nas academias também são negociados Campanha salarial 2014 Sindicato dos Trabalhadores em Instituições de Ensino Particular e Fundações Educacionais do Norte do Estado de Santa Catarina Após quatro rodadas de debates em torno da negociação salarial, o Sinpronorte encerrou o processo de diálogo com o Sindicato Patro- nal Sinepe (Sindicato dos Estabe- lecimentos de Ensino do Estado de Santa Catarina). O reajuste salarial ficou em 6%. Os reajustes nos pisos estão disponíveis na tabela. A nego- ciação não avançou no ponto mais importante, a valorização dos tra- balhadores em educação. A inflação no período (março de 2014) foi de 5,39%. Precisamos continuar na luta O resultado da negociação garante a reposição da inflação e ganho real, mas isso ainda é pouco no contexto atual. A negociação evidenciou a in- transigência do sindicato patronal. Os dados (divulgados pelo próprio Sine- pe) mostram que o número de ma- trículas aumentou no último ano. O reajuste das mensalidades, em alguns casos, superou os 6% concedidos aos trabalhadores. A direção do Sinpronorte não tem poupado esforços para buscar con- quistas aos trabalhadores, mas isso não é o suficiente. Apenas a movi- mentação e unidade da categoria que poderão trazer avanços significativos. Melhores negociações estão direta- mente ligadas a maior participação de todos nas campanhas sindicais. A negociação com o Sindicato patronal das academias (SIACA- DESC) já tem acordo firmado. O reajuste foi de 7,8%. A inflação referente a data base (abril) foi de 5,62%. O maior avanço no reajuste do piso ocorreu para os auxiliares de administração. A partir da ne- gociação o piso salarial para au- xiliares administrativos passa de R$ 950,00 para R$ 1.100,00. 2013 2014 Negociação Ed. Infantil - Professor Ed. Infantil - auxiliar de classe Ens. Fund. 1ª/4ª série 1º/5º ano Ens. Fund. 5ª/8ª série 6º/9º ano Ens. Médio e Profissionalizante Pré-Vestibular Ed. Jovens e adultos (supletivo) Cursos Livres - Professor Aux. admin (Academias) Ensino Superior (3º Grau) Cursos Livres - Instrutor Limpeza (Academias) Aux. admin (Escolas) Prof. Ed. Física (Academias) R$ 5,71 R$ 3,18 R$ 5,71 R$ 8,25 R$ 10,41 R$ 17,91 R$ 10,41 R$ 8,25 R$ 950,00 R$ 18,15 R$ 4,13 R$ 915,00 R$ 880,00 R$ 1.250,00 R$ 6,08 R$ 3,47 R$ 6,08 R$ 8,75 R$ 11,04 R$ 19,34 R$ 11,04 R$ 8,75 R$ 1.100,00 R$ 19,60 R$ 4,38 R$ 1.050,00 R$ 960,00 R$ 1.390,00 6,48% 9,12% 6,48% 6,06% 6,05% 7,99% 6,05% 6,06% 15,79 % 7,99% 6,06% 14,76 % 9,09% 11,20% Categoria/cargo Reajuste Salarial Reajustes nos pisos SIACADESC SINEPE 7,8% 6% Filiado à www.sinpronorte.org.br Ano 7 | Nº2 | Junho de 2014

Jornal do Sinpronorte - Junho 2014

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal do Sindicato dos Trabalhadores em Instituições de Ensino Particular e Fundações Educacionais do Norte do Estado de Santa Catarina. Destaque para resultado da negociação salarial.

Citation preview

Page 1: Jornal do Sinpronorte - Junho 2014

Jornal do

Sinpronorte

negociação com sinepe encerra, mas reivindicações não

reajuste salarial nas academias também são negociados

Campanha salarial 2014

Sindicato dos Trabalhadores em Instituições de Ensino Particular e Fundações Educacionais do Norte do Estado de Santa Catarina

Após quatro rodadas de debates em torno da negociação salarial, o Sinpronorte encerrou o processo de diálogo com o Sindicato Patro-nal Sinepe (Sindicato dos Estabe-lecimentos de Ensino do Estado de Santa Catarina). O reajuste salarial fi cou em 6%. Os reajustes nos pisos estão disponíveis na tabela. A nego-ciação não avançou no ponto mais importante, a valorização dos tra-balhadores em educação. A infl ação

no período (março de 2014) foi de 5,39%.

Precisamos continuar na lutaO resultado da negociação garante

a reposição da infl ação e ganho real, mas isso ainda é pouco no contexto atual. A negociação evidenciou a in-transigência do sindicato patronal. Os dados (divulgados pelo próprio Sine-pe) mostram que o número de ma-trículas aumentou no último ano. O

reajuste das mensalidades, em alguns casos, superou os 6% concedidos aos trabalhadores.

A direção do Sinpronorte não tem poupado esforços para buscar con-quistas aos trabalhadores, mas isso não é o sufi ciente. Apenas a movi-mentação e unidade da categoria que poderão trazer avanços signifi cativos. Melhores negociações estão direta-mente ligadas a maior participação de todos nas campanhas sindicais.

A negociação com o Sindicato patronal das academias (SIACA-DESC) já tem acordo firmado. O reajuste foi de 7,8%. A inflação referente a data base (abril) foi de 5,62%.

O maior avanço no reajuste do piso ocorreu para os auxiliares de administração. A partir da ne-gociação o piso salarial para au-xiliares administrativos passa de R$ 950,00 para R$ 1.100,00.

2013 2014Negociação

Ed. Infantil - Professor

Ed. Infantil - auxiliar de classe

Ens. Fund. 1ª/4ª série 1º/5º ano

Ens. Fund. 5ª/8ª série 6º/9º ano

Ens. Médio e Profi ssionalizante

Pré-Vestibular

Ed. Jovens e adultos (supletivo)

Cursos Livres - Professor

Aux. admin (Academias)

Ensino Superior (3º Grau)

Cursos Livres - Instrutor

Limpeza (Academias)

Aux. admin (Escolas)

Prof. Ed. Física (Academias)

R$ 5,71

R$ 3,18

R$ 5,71

R$ 8,25

R$ 10,41

R$ 17,91

R$ 10,41

R$ 8,25

R$ 950,00

R$ 18,15

R$ 4,13

R$ 915,00

R$ 880,00

R$ 1.250,00

R$ 6,08

R$ 3,47

R$ 6,08

R$ 8,75

R$ 11,04

R$ 19,34

R$ 11,04

R$ 8,75

R$ 1.100,00

R$ 19,60

R$ 4,38

R$ 1.050,00

R$ 960,00

R$ 1.390,00

6,48%

9,12%

6,48%

6,06%

6,05%

7,99%

6,05%

6,06%

15,79 %

7,99%

6,06%

14,76 %

9,09%

11,20%

Categoria/cargo

Reajuste Salarial

Rea

just

es n

os p

isos

SIACADESCSINEPE 7,8%6%

Filiado à

www.sinpronorte.org.br

Ano 7 | Nº2 | Junho de 2014

Page 2: Jornal do Sinpronorte - Junho 2014

Não é de hoje que assistimos a ago-nia dos salários pagos aos trabalha-dores em educação. Aparentemente, há um esforço deliberado por parte dos empresários e do próprio poder público em manter os baixos salá-rios pagos nas escolas, garantindo a lucratividade enquanto se condena a qualidade de vida e de trabalho dos profi ssionais.

No serviço público, a luta organi-zada dos trabalhadores arrancou em 2008 a Lei do Piso Profi ssional Na-cional (Lei 11.738/08), que obriga os governos de estados e municípios a pagar um salário mínimo de R$ 1.697,00 (valor para 2014) para os profi ssionais do magistério com for-mação em nível médio e 40 horas de trabalho e também obriga a garantia

de 33,33% de hora-atividade para os profi ssionais.

Desde então, as lutas dos trabalha-dores públicos se intensifi caram em todos os estados e municípios, para garantir o cumprimento da Lei. E para nós da iniciativa privada? Infe-lizmente, resta a desregulamentação. O governo concede aos empresários o direito de abrir escolas e lucrar com um serviço que deveria ser essencial-mente público, mas não impõe qual-quer condição nem obriga nenhuma garantia mínima com relação aos di-reitos dos trabalhadores da educação.

Por isso, a realidade nua e crua das escolas privadas é a de um regime que cada vez explora mais os traba-lhadores. A hora-atividade pratica-mente desapareceu das instituições.

E o piso convencionado pelos patrões é a síntese da miséria imposta a nós: R$ 3,47 por hora-aula para um auxi-liar de classe na Educação Infantil. Para o professor titular, R$ 6,08.

Esse piso defendido pelos donos das escolas traduz a degradação das escolas privadas. É um escândalo. Mais que um salário de fome, é a im-posição escravocrata num serviço que deveria libertar o ser humano.

Sigamos os caminhos de todos os trabalhadores, que, com sua união e luta, já fi zeram inúmeras transforma-ções sociais, arrancando direitos dos seus patrões, impondo melhores con-dições de vida e de trabalho.

Filie-se ao seu sindicato! Participe das atividades sindicais. Vamos mu-dar essa triste realidade juntos. Va-mos buscar respeito, salário e condi-ções de trabalho justas.

Prof. Milton Jaques ZanottoPresidente do SINPRONORTE

2 Jornal do Sinpronorte junho 2014

R$ 3,47 Isto é salário de fome

Quando a escola cobrar, a título de taxa extraordinária, para que um aluno faça provas de segunda chamada, deve-rá pagar ao professor valor referen-te a 50% da taxa cobrada. O repasse diz

respeito à elaboração, correção e aplica-ção das provas. Cabe, portanto, a quem elabora, corrige e aplica a prova receber no mês correspondente, junto com seu salário. Este direito é garantido pela

Conveção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada com as escolas.

O Sinpronorte já recebeu denúncias de irregularidades. Fique atento e de-nuncie também.

ELABORAÇÃO e CORREÇÃO DE PROVAS DE SEGUNDA CHAMADA

Venha curtir nosso Arraial!

Assembleia Arraial

16h5julho 17h

Não esqueça! Nosso arraial será no dia 5 de julho, a partir das 16h, na sede do Sinpronorte. A entrada é gratuita e ainda terá dis-tribuição de brindes. Para animar a festança também terá pinhão, pipoca, quentão, cachorro-quente, pé de moleque, paçoquinha e muita diversão!

Antes da festança começar, haverá uma Assembleia Geral Ordinária para prestação de contas do sindicato do ano de 2013.

Mais informações pelo telefone (47) 3433-1100 ou pelo email [email protected].

Page 3: Jornal do Sinpronorte - Junho 2014

3

Todo trabalhador brasileiro tem direito ao Descanso Semanal Re-munerado (DSR) previsto em lei. Isto garante um descanso de 24 ho-ras consecutivas e remunerado.

No caso dos professores, é im-portante observar que o DSR não pode ser considerado e nem con-fundido com a hora atividade. O dia de repouso foi feito para garantir o mínimo de qualidade de vida aos trabalhadores.

Quando a escola oferece a hora atividade, ela deve ser cumprida no período em que o professor estiver na instituição. Quando se considera o DSR como hora atividade, o pro-

fessor está levando trabalho para casa na realidade.

O descanço semanal remunerado é acrescentado ao salário do traba-lhador na fração de 1/6 do salário.

Cabe a cada TRABALHADOR verifi car se sua Instituição paga devidamente e, não sendo possível regularizar amigavelmente, denun-ciar ao Sinpronorte, bem como às autoridades do Trabalho (Delegacia Regional do Trabalho e Ministério-Público do Trabalho), para adoção de medidas coletivas. Para casos individuais, a solução é o ajuiza-mento de Reclamação na Vara do Trabalho.

O convênio com a rede de farmácias Nissei

disponibiliza para o asso-ciado um cartão de débito que

desconta diretamente na folha de pagamento as compras. O associado receberá um cartão de débito a ser des-

contado em folha de pagamento, facilitando assim a compra de medicamentos 24 horas por dia, sete dias da semana, por um preço mais em conta.

Para adquirir o cartão, o associado deverá solicitá-lo no sindicato e defi nir na escola em que trabalha o valor máximo que pode ser descontado em folha de pagamen-to. Isto para cumprir a legislação em vigor que permite o máximo de 30% de descontos em folha. Só será descon-tado na folha de pagamento o valor efetivamente consu-mido na farmácia.

junho 2014 Jornal do Sinpronorte

DESCANSO SEMANAL REMUNERADO não é hora-atividade

Novo convênio

Desconto mínimo 6% em medicamentos

15% de descontoNa semana do conveniado14 a 20 de cada mês

Sem anuidade para o trabalhador

Até 40 diaspara pagar As suas compras

custo zero

!O Descanso

Semanal Remunerado não é hora atividade, como vem sendo considerado por

alguns diretores de escolas.

A partir de junho, os associados do Sinpronorte passam a contar com o serviço de atendimento ginecológico através de convênio. As clínicas conveniadas são Vida Prev e Clínica Livon. Mais informações pelo telefone (47) 3433-1100 ou pelo email [email protected]

disponibiliza para o asso-%

Page 4: Jornal do Sinpronorte - Junho 2014

junho 2014

O Sinpronorte, juntamente com os demais sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), está fazendo uma série de mutirões para a coleta de assinaturas de um abaixo-as-sinado. O objetivo é coletar um volume de assinaturas equivalente a 1,5% do total de eleitores do Estado para tornar possível Projeto de Lei de iniciativa po-pular. Os mutirões acontecem nos bair-ros de Jaraguá do Sul, Joinville, Blume-nau e São Bento do Sul. O projeto de lei busca estipular a correção automática do piso salarial estadual.

Chegar a um acordo que satisfaça pa-trões e empregados, é sempre uma tare-fa difícil. A negociação tem sido sempre um exercício de paciência, tolerância e capacidade de ouvir os argumentos do outro lado. A elevação do valor dos pisos é extremamente justo, porque no Brasil, Santa Catarina se caracteriza por salá-rios muito baixos. Além disso, os últi-mos dados disponíveis do PIB per capita revelam que Santa Catarina é o 4º maior PIB per capita do país, atrás do Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro.

Até agora, já foram coletadas 45 mil

assinaturas. Resta pouco para o objeti-vo ser alcançado. Participe entrando em contato com o Sinpronorte e veja as da-tas e locais dos mutirões.

ABAIXO ASSINADO para CORREÇÃO DO PISO ESTADUALProjeto de Lei prevê reajuste automático

17 de maio

14 de junho

28 de junho

19 de julho

Jaraguá do Sul

Joinville

Blumenau

São Bento do Sul

Sergio Homrich

Presidente Milton Jaques Zanotto | Vice-presidente Zilda Flores dos santos | diretor administrativo e financeiro lindomar meurer | diretora social maria elizabeth lúcio | diretor de legislação e assuntos jurícios lourivaldo rohling schülter | diretor de comunicação Edésio Mesquita | diretor de educação e formação sindical ulrich beathalter | jornalista responsável eduardo rogerio schmitz | endereço sede joinville av. santos dumont, 208, bom retiro | sub-sede são bento do sul sede do siticom rua francisco engel, 33, centro | sub-sede jaraguá do sul ed. jaqueline, rua martim sthal, 593, vila nova | fone 47 3433 1100 | site sinpronorte.org.br | tiragem 2.000 exemplares

expe

die

nte

4 Jornal do Sinpronorte

Filie-se ao Sinpronorte! Organizados somos cada vez mais fortes!

Autorizo desconto da mensalidade em folha de pagamento e deliberações de assembleias

Joinville (47) 3433 1100Jaraguá do Sul (47) 3371 5266

São Bento do Sul (47) 3433 1100

Título de Eleitor

Até R$2.000,00*Acima de R$2.000,00

*O sa

lário

do t

raba

lhad

or é

a bas

e de c

álcu

lo p

ara v

alor

da m

ensa

lidad

e sin

dica

l. A

men

salid

ade v

aria

entre

R$1

4,00

ou R

$16,

00

Setor