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Nº 377 - Ano XVIII - 16 a 30/Jun/2010 A Campanha Nacional dos Bancários começa no mês de julho, mas os trabalhadores já estão construindo a pauta de reivindicações que será entregue aos bancos. Em Pernambuco, o Sindicato está aplicando uma pesquisa para verificar quais são os anseios da categoria, prioridades, problemas, expectativas e, também, a disposição para a luta. Os dirigentes sindicais estão percorrendo os locais de trabalho em Recife e no interior para ampliar a mobilização e discutir com os trabalhadores a preparação da campanha. Página 4 Bancários começam a construir a luta LEIA MAIS Direção do Sindicato completa seis meses de gestão com muita luta Pág. 8 Mais do que salários bancários querem condições de trabalho Pág. 5 Negociações específicas agitam funcionários dos bancos públicos e privados Págs. 6 e 7 CAMPANHA NACIONAL 2010 ASSIM COMO NO ANO PASSADO, mobilização será fundamental para garantir mais conquistas

Jornal dos Bancários - ed. 377

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de 16 a 30 de junho de 2010

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Nº 377 - Ano XVIII - 16 a 30/Jun/2010

A Campanha Nacional dos Bancários começa no mês de julho, mas os trabalhadores já estão

construindo a pauta de reivindicações que será entregue aos bancos. Em Pernambuco, o Sindicato está aplicando uma pesquisa para verificar quais são os anseios da categoria, prioridades, problemas, expectativas e, também, a disposição para a luta. Os dirigentes sindicais estão percorrendo os locais de trabalho em Recife e no interior para ampliar a mobilização e discutir com os trabalhadores a preparação da campanha. Página 4

Bancários começam a construir a luta

LEIA MAIS

Direção do Sindicatocompleta seis mesesde gestão com muita luta Pág. 8

Mais do que saláriosbancários querem

condições de trabalhoPág. 5

Negociações específicasagitam funcionários dos

bancos públicos e privados Págs. 6 e 7

CAMPANHA NACIONAL 2010

ASSIM COMO NO ANO PASSADO, mobilização será fundamental para garantir mais conquistas

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Nº 377 - Ano XVIII - 16 a 30/Jun/2010

A gente não quer só salárioTEMA LIVRE Jornal dos Bancários 2

AGENDAHUMOR

SAMBA - No dia 04 de julho, tem samba no Clube da Compesa, Engenho do Meio. A partir das 14:30 horas, quem dá o tom é Aline do Cavaco, Cybelle do Cavaco, Karina Spinelli, Gerlane Gel, grupo Relíquia do Samba e Grupo TS. Ingressos a R$ 5. Até 18 horas, mulheres não pagam.SÃO PEDRO - Um arraial será montado na Colônia Z1, de Brasília Formosa, para homenagear o padroeiro dos pescadores. No dia 29, dia de São Pedro, tem festa durante o dia inteiro, com procissão em terra e mar, missa ecumência e apresentações culturais. No Sítio da Trindade, também tem festa até dia 29, quando se apresentam Guilherme Conolly, Rosaura Muniz, Gláucia Oliveira, Geo e seus Manos e Geraldinho Lins.

*Jaqueline Mello é presidenta do Sindicato e empregada da Caixa

E MAIS - No Pátio de São Pedro, a festa também se estende até dia 29, com shows da Banda Nó na Marra, Joquinha Gonzaga, Maciel Melo e Os filhos de Vítor. Nos demais pólos do Recife, a programação junina vai até dia 26. Confira: www.saojoaodorecife.com.br/.BONECAS - Que tal aproveitar o clima junino e dar uma olhada nas populares bonecas em cerâmica do Mestre Luiz Galdino, que chamam atenção pelo colorido e sensualidade? A exposição Aprendendo com a inovação na arte do barro está em cartaz no Centro Cultural dos Correios. Das 9h às 18h, de terça a sexta-feiras, e das 12h às 18h, aos sábados e domingos.

Estamos mais uma vez começando os preparativos para a nossa Cam-

panha Nacional Unificada. No final de maio tivemos os Congressos do BB, da Caixa e do BNB, onde debatemos nossas pautas específicas, que são negociadas diretamente com a direção de cada banco. Isso também aconte-ce com o Bradesco, Itaú, Santander, HSBC.

Em julho teremos a Conferência Nacional dos Bancários, onde traba-lhadoras e trabalhadores de todos os bancos vão elaborar nossa pauta geral de reivindicações, que será negociada com a Fenaban. Antes, teremos os encontros regionais e estaduais.

Com essa organização, a categoria bancária é referência para trabalhado-res do Brasil e do mundo. Com muita luta, conquistamos uma Convenção Coletiva Nacional, que garante os mesmos direitos para os bancários do país inteiro.

E nossas conquistas vão muito além das questões econômicas, como o piso, reajustes e participação nos lucros e resultados. Temos diversas cláusulas sociais, como a licença-maternidade de seis meses, que precisamos manter em nossa Convenção e ampliar, com a inclusão de mais direitos.

Jaqueline Mello*

Libório

Vale destacar que mesmo com todos os avanços conquistados pelos bancários, temos uma lista imensa de problemas que vivemos no dia a dia e que queremos ver solucionada, começando pela contratação de mais funcionários. Todos os bancos sofrem com falta de pessoal, alguns chegando a níveis insuportáveis. O resultado é sobrecarga de trabalho, extrapolação de jornada e doenças ocupacionais.

Com toda tecnologia e moderni-

dade dos bancos, ainda encontramos constantemente condições insalubres, como aparelhos de ar-condicionado sem manutenção, calor excessivo, mobiliário inadequado. A pressão por metas cada vez mais inatingíveis re-sulta muitas vezes no assédio moral.

A insegurança é outro fantasma que aflige cotidianamente os trabalhadores dos bancos. Assaltos e sequestros acontecem de forma assustadora, cau-sando, além da violência física, danos

emocionais muitas vezes irreversíveis.Plano de cargos e salários, previ-

dência complementar, plano de saúde, incentivo à educação, licenças materni-dade e paternidade são alguns pontos que precisamos incluir e/ou avançar na nossa Convenção Coletiva.

Por tudo isso é que a gente não está se preparando apenas para mais uma campanha salarial. Na Campanha Nacional Unificada a gente luta por muito mais. Afinal, a gente não quer só salário. A gente quer salário, saúde, segurança, perspectiva, igualdade de

oportunidade, qualidade de vida. Nossa unidade e organização é

que vão dar o tom da nossa luta e conquistas. Com a participação de cada bancária e de cada bancário nas atividades de mobilização do Sindicato, nas reuniões, assembleias, protestos e paralisações é que continuaremos a construir melhores condições de vida para a classe trabalhadora.

Junte-se a nós!

A campanha dos bancários não é meramente salarial. Afinal, a gente também quer saúde, segurança, perspectiva, igualdade de oportunidade, qualidade de vida

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LAZER Jornal dos Bancários 3

Os interessados podem se inscrever,

exclusivamente, por meio do sítio eletrônico do

Sindicato

CAMPEONATO do ano passado agitou a categoria, numa confraternização que aproximou ainda mais os bancários do Sindicato

Dia 9 de julho terminam as inscrições para o XII

Campeonato de Futebol de Campo dos Bancários de Pernambuco. Os interes-sados podem se inscrever, exclusivamente, por meio do formulário específico disponível no sítio eletrô-nico do Sindicato (www.bancariospe.org.br). O res-ponsável por cada equipe deve cadastrar um login e uma senha que serão pedidos pelo sistema. Em seguida, o time já pode ser cadastrado.

Até o fechamento desta edição do Jornal dos Ban-cários, duas equipes já ha-viam sido inscritas: Apcef-PE e Banco do Brasil C.S.O. Vale lembrar que cada time deve inscrever no mínimo 16 e no máximo 22 atletas, que precisam ser bancários

sindicalizados. Entre os inscritos poderá, entretan-to, haver dois atletas que não sejam bancários, mas apenas para a posição de goleiro.

De acordo com o diretor de Cultura, Esporte e La-zer do Sindicato, Adeílton Rego, os jogos serão rea-lizados no campo principal do Clube de Campo dos Bancários, em Aldeia. “O regulamento e a tabela da competição serão ela-

borados após o término das inscrições e o início do Campeonato está previsto para depois da Copa do

São João chega e Pernambuco vira um imenso “arraiá”Durante os festejos juni-

nos, o estado de Pernam-buco esbanja animação. O xaxado, o xote, o baião, o coco-de-roda, a ciranda e o forró tomam conta de todos os cantos. Tem programação no Recife, em Olinda, Gra-vatá, Arcoverde, Petrolina, Carpina e - claro - em Carua-ru, a capital do forró. Para se agendar, vale dar uma con-ferida no sítio eletrônico dos Bancários e na mídia local.

Para os bancários, o Sin-

dicato realizou sua festa no dia 18, na Sala de Reboco. Nilton do Baião, Marcia Lima e o Quinteto Sala de Reboco comandaram o arrasta-pé na 6ª edição do Forró dos Ban-cários. Como a festa ocorreu depois do fechamento des-ta edição do Jornal dos Ban-cários, as fotos e toda a co-bertura do evento estarão no próximo número do JB. Mas você já pode conferir como foi o evento no site do Sindicato (www.bancariospe.org.br).

Copa do MundoComo o assunto é futebol, confira abaixo o horário de atendimento das instituições financeiras nos dias de jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo 2010, na África do Sul.* Quando o Brasil joga às 15h30 - Expediente bancário das 8h às 14h* Quando o Brasil joga às 11h – Expediente bancário na região metropolitana de Recife das 8h às 10h30 e das 14h às 16h. No interior, das 8h às 10h30 e das 13h30 às 15h30

Mundo”, explica Adeílton.Mais informações podem

ser obtidas com Adeílton pelo telefone 3316-4213.

Inscrição para o Campeonato dosBancários termina no dia 9

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CAMPANHA NACIONAL

Bancários começam a definir a pauta de reivindicações

CAMPANHA do ano passado rendeu bons frutos graças à mobilização dos bancários

Jornal dos Bancários 4

Mais uma vez, os funcionários terão de lutar

muito para pressionar os bancos e garantir mais

direitos e conquistas

Às vésperas de mais uma Campanha

Nacional, os bancários do país inteiro já estão construindo a pauta de reivindicações que será entregue aos ban-cos. Em Pernambuco, o Sindicato está aplican-do uma pesquisa entre os trabalhadores das instituições financei-ras públicas e privadas para verificar quais são os anseios, priorida-des, problemas, expec-tativas e, também, a disposição para a luta.

“Os dirigentes sindi-cais estão percorrendo os locais de trabalho em Recife e no interior para ampliar a mobilização e discutir com os traba-lhadores a preparação da campanha. As reivin-dicações levantadas na pesquisa serão levadas para as conferências re-gional e nacional, onde

ConferênciasApós a consulta, o Sindicato vai reunir as prin-

cipais reivindicações definidas pelos bancários de Pernambuco numa pauta que será levada ao En-contro Estadual dos Bancários, no dia 10 de julho, à Conferência Regional do Nordeste, dias 16 e 17, e à Conferência Nacional dos Bancários que defini-rá, nos dias 23, 24 e 25 de julho no Rio de Janeiro, a pauta que será entregue aos bancos.

Segundo Jaqueline, a Campanha de 2010 segui-

vamos fechar a pauta com as reivindicações que queremos que se-jam atendidas”, explica a presidenta do Sindica-to, Jaqueline Mello.

A consulta deve cir-cular até o dia 18. Entre as questões em pauta estão as prioridades dos trabalhadores no que se refere à remu-neração direta, indire-ta, emprego, saúde e condições de trabalho. Outros pontos da pes-

quisa são a posição dos bancários em relação à privatização dos bancos públicos, a sugestão de índices de reposição salarial e a disposição para participar das ati-vidades de Campanha.

Para Jaqueline, mais uma vez os bancários terão de lutar muito para ver suas reivin-dicações atendidas. “Os bancos nunca nos deram nada de graça. Todos os direitos que

temos foram conquis-tados com muita luta, mobilização e pressão. Nas últimas décadas foram raros os anos em que os bancários não encamparam uma gre-ve para encerrarmos as campanhas com vitó-ria. Este ano também teremos de construir uma boa mobilização, pois a pressão é a úni-ca linguagem que os banqueiros entendem”, afirma Jaqueline.

rá o mesmo formato dos anos anteriores. “As rei-vindicações gerais da categoria serão negociadas com a Fenaban. Em paralelo, os Sindicato nego-ciam as demandas específicas dos bancários com cada banco. Esse formato já se mostrou vitorioso. Desde 2004, a campanha nacional unificada tem conquistado avanços importantes tanto para os bancários de bancos públicos quanto de privados. Vamos manter essa unidade para conquistar, pelo sexto ano consecutivo, aumento real de salários, PLR maior e mais direitos”, destaca Jaqueline.

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Jornal dos Bancários 5

Vira e mexe tem sem-pre alguém pergun-

tando por que os bancários chamam a sua campanha salarial de campanha na-cional unificada. A peque-na alteração de nomencla-tura, efetuada em 2004, pode parecer uma simples questão de semântica, mas a recente conquista da li-cença-maternidade de seis meses mostra que o deba-te é muito mais profundo. Até o início da década pas-sada as campanhas da categoria focavam muito mais nas reivindicações econômicas. Até então, os fatores determinantes para se fechar a um bom acordo com os bancos eram todos financeiros, como o índice de reajuste salarial e a PLR. Nos últimos anos, as cam-panhas dos bancários têm tratado com maior prio-

CAMPANHA NACIONAL

Mais do que salários, bancáriosquerem qualidade de vida

Reivindicações sociais são tão importantes quanto as questões

econômicas

A falta de condições de trabalho está entre os principais problemas que os bancários enfrentam no dia-a-dia. Uma pesquisa realizada pelo Sindicato com os funcionários do Banco do Brasil na Rio Branco mostra que sobram riscos de acidentes de trabalho. Na Caixa, a situação é pior para os avaliadores de penhor, que vivem num ambiente insalubre. Já o Itaú tem prejudicado – e muito – os bancários em todo o país com as reformas para ajustar as agências do Unibanco ao novo padrão após a fusão.

“Quem já trabalhou em agên-cias em reforma sabe o que isso significa: muita poeira, barulho, ar-condicionados desligados, cheiro forte de tinta e um ambiente de tra-balho cheio de riscos. A Norma Re-

gulamentadora 18, do Ministério do Trabalho, estabelece critérios para que sejam feitas estas reformas. Mas a maioria dos itens não é cumprida”, afirma o secretário de Saúde do Sin-dicato, João Rufino. Em Pernambuco, a expectativa é de que as reformas nas agências do Unibanco tenham início no mês de setembro, mas o Sindicato já iniciou o diálogo com o banco para garantir que sejam pre-servadas as condições de trabalho, ao contrário do que tem acontecido em outras regiões do país.

Na Caixa, embora alguns avanços já tenham sido garantidos com a criação de um Grupo de Trabalho para adequar as atividades dos avaliadores de penhor, os riscos ainda são cons-tantes. O Sindicato pleiteia que sejam colocadas coifas – um sistema de pro-

teção transparente que funciona como se fosse um Sugar, de cozinha. Toda operação química é realizada dentro dele e uma tubulação leva os gases para fora do ambiente de trabalho.

“No BB, os resultados da pes-quisa estão sendo compilados e serão levados ao conhecimento do banco. Também será providencia-da uma visita técnica de equipe do Cerest – Centro de Referência em Saúde do Trabalhador. Depois disso, o Sindicato vai buscar o Ministério Público e Superintendência Regional do Trabalho para que seja firmado termo de ajuste de conduta. No lo-cal, o Sindicato já constatou que os extintores de incêndio estão venci-dos desde março. Também não há sistema de alarme e o mobiliário não é adequado”, explica Rufino.

ridade as reivindicações sociais dos trabalhado-res, como a ampliação da licença-maternidade e a isonomia de direitos para casais do mesmo sexo. “Por isso a campanha não é meramente salarial. É claro que as reivindicações financeiras são importan-tes, mas as questões so-ciais não podem ficar em segundo plano. A conquis-ta das mães bancárias, que agora podem ficar seis me-ses em casa com o bebê, é

tão fundamental quanto a PLR ou o aumento real nos salários”, explica Anabe-le Silva, secretária de Im-prensa e Comunicação do Sindicato.

Campanha 2010Para este ano, os ban-

cários novamente vão lutar pelas suas reivindi-cações sociais. A secretá-ria de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Deise Reco-aro, conta que entre as prioridades está a igual-

dade de oportunidades nos bancos. “As mulheres e os negros têm mais di-ficuldade de crescer e ga-rantir melhores salários nas instituições financei-ras do que os homens e os brancos. Temos de acabar com essa discriminação e, nos últimos anos, já te-mos conquistado diversos avanços nesse sentido”, destaca Deise.

O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Plínio Pa-vão, diz que as reivindica-ções sobre saúde e con-dições de trabalho devem estar no centro das discus-sões na Campanha desse ano. “Precisamos acabar com as metas abusivas e com a falta de funcionários nos bancos. Os bancários têm sofrido com diversos problemas de saúde por conta das péssimas condi-ções de trabalho”, ressal-ta Plínio, destacando que a categoria tem garantido melhorias ano a ano, como a inclusão da cláusula de reabilitação profissional na Convenção Coletiva do ano passado.

Categoria luta pelo fim do trabalho insalubre

Inte

rnet

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BANCOS PÚBLICOS Jornal dos Bancários 6

Sindicato amplia mobilização na Caixa e BB com novos protestos em junho

Trabalhadores de bancos públicos se

organizam para zerar pendências

DESDE O INÍCIO do ano, o Sindicato tem realizado protestos para pressionar os bancos públicos. Na foto, ato pede PCC justo na

Passados os Congressos Nacionais da Caixa, do

Banco do Brasil e BNB, agora é hora de pressio-nar os bancos para zerar as pendências. Para isso, empregados do BB fazem atividades de protestos em todo o país no dia 23 de junho. Dois dias antes, os bancários pernambucanos se reúnem em assembleia para organizar o ato. A intenção é retardar a aber-tura das agências em uma hora. Na semana seguinte, é a vez do pessoal da Caixa realizar seu Dia Nacional de Mobilização, em 29 de junho. Paralelamente, o Sindicato tem realizado vi-sitas periódicas e atividades constantes em agências e departamentos dos bancos.

“Na Caixa, a gente perce-be que existe uma angústia muito grande em relação às questões que se arrastam desde o ano passado, como o PCC – Plano de Cargos Comissionados. E também em relação ao processo de reestruturação. Ao mesmo tempo, não existe uma cultura de mobilização fora do período de Campanha. É isso que a gente está tentando criar”, afirma Da-niella Almeida, secretária de Bancos Federais do Sindica-to e empregada da Caixa. “Quem quiser organizar uma reunião em sua unida-de, é só entrar em contato com a gente”, diz Daniella. O telefone é 3316.4204 (falar com Sinhá ou Joice).

No BB, uma das prin-cipais reivindicações que continuam sem solução é o PCCS – Plano de Carreira,

Cargos e Salários. “Temos sérios problemas no plano atual e o BB até agora não atendeu nossas reivindi-cações. No acordo que

fechamos com o BB no ano passado o banco assumiu o compromisso de construir-mos um PCCS ainda no pri-meiro semestre deste ano.

CaixaUm dos eixos da atividade do dia 29, a

reestruturação da Caixa também é objeto de briga judicial em Pernambuco. Na última audiência de instrução, realizada no dia 14 de junho, o juiz expediu liminar em favor do Sindicato que garante a manutenção do domicílio aos empregados. Significa que os bancários não poderão ser transferidos para fora de sua cidade.

Dois dias depois, o Sindicato se reuniu com Shirley Regueira, da Gipes - Gerência de Pessoal para tratar da manutenção das comissões e do trabalho em atividades si-milares. Segundo ela, já existe um comitê, formado por representantes da direção e gestores das unidades para analisar os perfis e currículos de cada trabalhador. O Sindicato vai se manter informado e ne-gociar cada caso. “O fato é que, graças a

nossa pressão, o banco já começa a mudar de postura e encontrar saídas a partir do diálogo”, diz Daniella.

BB Desde o início do ano, o Sindicato

vem realizando uma série de atividades de protestos para pressionar o Banco do Brasil. Resultado: o BB não gostou e, pela primeira vez, o Sindicato foi impedido de participar da posse dos novos funcionários neste mês. Segundo a empresa, enquanto a entidade continuar realizando protestos e paralisações não será mais convidada. Mas o tiro saiu pela culatra. No dia 11, o Sindicato visitou os recém empossados que estavam em treinamento no prédio da Rio Branco e realizou uma reunião que, segundo Fabiano Félix, foi muito produtiva.

Isso não aconteceu e agora vamos ampliar a pressão para resolver o problema”, explica o o secretário-geral do Sindicato, Fabiano Félix.

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Jornal dos Bancários 7BANCOS PRIVADOS

Negociações específicas precisam avançar mais

Apesar das conquistas recentes, os bancários

ainda têm uma série de reivindicações

Santander No Santander, as reuniões realiza-das nos dias 2 e 10 deste mês abri-ram o calendário de negociações marcado para junho e o início de julho. Durante os debates, os ban-cários conquistaram avanços impor-tantes, como a redução do tempo de espera para a realização do exame de retorno, que deve ser realizado depois que o funcionário recebe alta do INSS - hoje chega a demorar até 20 dias. O banco também deve ga-rantir os salários em dia no período em que os bancários aguardarem as datas para os exames nos casos de PP-Pedidos de Prorrogação e PR-Pe-didos de Reconsideração.Sobre a igualdade de oportunidades, o Santander confessou que não está cumprindo a legislação que prevê a cota de 5% de pessoas com defici-ência (PCD) no quadro de emprega-dos. Os trabalhadores cobraram o respeito à legislação, como forma de inclusão social das pessoas com de-ficiência. O banco espanhol colocou o e-mail [email protected] à disposição dos interessa-dos para receber pedidos de empre-

Enquanto os bancários começam a preparar a

pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2010, os funcionários dos bancos privados ampliam a luta para resolver suas deman-das específicas. As nego-ciações permanentes que o Sindicato mantém com cada instituição financei-ra precisam avançar mais, principalmente para ga-rantir melhores condições de trabalho, fim das metas abusivas, Plano de Cargos e Salários, mais contrata-ções e fim das demissões.

go e currículos. Nas próximas reuniões, agendadas para os dias 18 e 24 de junho e 1º e 12 de julho, serão debatidos condi-ções de trabalho, metas para caixas e demissões por justa causa; Plano de Cargos e Salários e programas próprios de remuneração variável; Emprego, Centro de Realocação e Recrutamento Interno e Call Center.

BradescoJá no Bradesco, a última reunião ocorreu no dia 18 de maio. Na oca-sião os representantes dos bancá-rios levaram à mesa de negociação reivindicações antigas dos trabalha-dores reunidas na Campanha de Va-lorização dos Funcionários do banco, desenvolvida pelo movimento sindi-cal no ano passado. Entre os princi-pais pontos estão a implantação de um programa de auxílio-educação; Plano de Carreiras, Cargos e Salá-rios (PCCS); livre acesso de dirigen-tes sindicais aos locais de trabalho; e realização dos cursos do Treinet dentro da jornada de trabalho.O banco, entretanto, se negou a atender as reivindicações dos ban-

cários. Os dirigentes sindicais dei-xaram claro que o banco precisa avançar nas negociações e, para pressionar, os funcionários vão lan-çar uma nova campanha de valo-rização. Outra reunião deveria ter sido marcada para dar continuidade ao processo de negociação. Porém, até o momento, o silêncio é a única resposta do Bradesco às reivindica-ções de seus funcionários.

Itaú UnibancoOs bancários do Itaú Unibanco rece-beram no dia 10 passado R$ 1,8 mil de PCR - Programa Complementar de Resultados e mais R$ 300 pelo sucesso da migração. O acordo foi garantido pelo Sindicato após mui-ta pressão e prevê, ainda, que em maio do ano que vem os trabalha-dores recebam R$ 1,6 mil de ante-cipação do PCR de 2011, com paga-mento de eventuais diferenças em fevereiro de 2012. Apesar da vitória, os bancários do Itaú Unibanco ain-da têm uma série de reivindicações, principalmente sobre emprego e condições de trabalho, que continua sendo debatida com o banco.

SINDICATO realizou diversos protestos para pressionar o Bradesco e agora vai lançar nova campanha de valorização

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AÇÃO SINDICAL Jornal dos Bancários 8

Seis meses de luta

Informativo do Sindicato dos Bancários de PernambucoCirculação quinzenal

Redação: Av. Manoel Borba, 564 Boa Vista, Recife/PE - CEP 50070-000Fone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: [email protected] Sítio na rede: www.bancariospe.org.br

Conselho Editorial: Anabele Silva, Dileã Raposo, Geraldo Times e Jaqueline Mello. Redação: Fabiana Coelho e Wellington Correia. Diagramação: Libório Melo e Jairo Barbosa. Impressão: Alexsandro Tiragem: 9.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVAPresidenta: Jaqueline MelloSecretário-Geral: Fabiano FélixComunicação: Anabele Silva Finanças: Suzineide RodriguesAdministração: Epaminondas FrançaAssuntos Jurídicos: Alan PatricioBancos Privados: Geraldo TimesBancos Federais: Daniella AlmeidaBancos Estaduais: Lilian BrandãoCultura, Esportes e Lazer: Adeílton CorreiaSaúde do Trabalhador: João RufinoSec. da Mulher: Sandra AlbuquerqueFormação: Tereza SouzaAposentados: Elvis AlexandreIntersindical: Cleber Rocha

A direção do Sindicato completou no último dia 3 seu primeiro semestre no

comando da entidade. Foram seis meses de muita luta, mobilização, protestos, parali-sações e negociações com os bancos, num trabalho que garantiu diversos avanços para a categoria. A presidenta do Sindicato, Jaque-line Mello, conta que além de ampliar a mobi-lização, a atual diretoria procurou aproximar ainda mais os bancários da entidade. “Foram várias frentes de trabalho, todas com um úni-co objetivo: garantir mais conquistas para os bancários e melhores condições de trabalho”, explica. Para a secretária de Finanças do Sin-dicato, Suzineide Rodrigues, a atual direção também procurou dar mais transparência aos trabalhos da entidade. “Estamos prestando contas periodicamente para que a categoria fique por dentro de tudo”, afirma.Confira nas fotos uma pequena retrospectiva desses seis meses.

Organização – Logo no início de janeiro, o Sin-dicato realizou um seminário de planejamento da nova diretoria. Durante o encontro foram definidas três prioridades para a gestão: ampliar a ação sindical, investir na formação dos novos dirigentes e garantir uma melhor organização nos locais de trabalho.

Mobilização Nacional – O Sindicato reforçou a luta nacional dos bancários, engrossando as mobilizações que ocorreram em todo o país. Foram manifestações em praticamente todos os bancos para solucionar os problemas que afligem a cate-goria no Brasil. Sempre, é claro, com um ar bem pernambucano, como o Frevo que tomou conta das agências do Santander para exigir uma PLR mais justa, em janeiro (foto acima). O tradicional bolo de rolo - bastante conhecido em todo o Estado - tam-bém serviu de mote num protesto bem humorado que o Sindicato organizou para exigir do BNB o fim da enrolação nas negociações específicas, em abril (foto abaixo).

Mobilização local – Além da luta pelas reivindi-cações nacionais, o Sindicato realizou uma série de protestos para resolver problemas específicos que atingem os bancários em Pernambuco. Problemas como os descomissionamentos que ocorreram na Gecex do BB. Segurança – Para exigir mais atenção dos

bancos com a segurança, o Sindicato investiu no humor, e criou o boneco Sandoval, o “vigilante”, para denunciar o descaso das empresas.

Datas especiais – Nenhuma data especial para o trabalhador passou em branco para o Sindicato, que realizou atividades no Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho (28 de abril), Dia Internacional da Mulher (8 de março, foto) e Dia do Trabalhador (1 de maio), entre outras datas.

Mais próximo dos bancários – O Sindicato realizou atividades e reuniões em todas as regiões de Pernambuco, até as mais longínquas.

Aposentados – O Sindicato também não se es-queceu dos aposentados e tem realizado mensal-mente um café-da-manhã de confraternização.