Jornal dos Bancários ed. 449

ANO XXI • Nº 449 • 01 A 15 DE ABRIL DE 2013 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

LEIA TAMBÉMSTF proíbe estatais dedemitir sem justa causaEditorial

Ainda dá tempo de participardos II Jogos do Sindicato Página 8

Delegados sindicais dos bancos públicos tomam posse no dia 12Página 3

Funcionários do Bradesco aprovam capacitação de cipeirosPágina 6

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sAúdE, sEgurAnçA, TErcEIrIzAção E IguALdAdE

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Os bancários e os bancos retomaram no final de março as negociações das mesas temáticas, que discutiram as rei-vindicações de segurança, terceirização, igualdade de opor-tunidades e saúde. A primeira série de reuniões de 2013 foi marcada por alguns avanços e muitos impasses. Na mesa de segurança, por exemplo, ano, a Fenaban não apresentou argumentos para justificar a morosidade no processo de im-plantação do projeto piloto de segurança bancária. Conquis-ta da Campanha Nacional 2012, ele implantará dispositivos reivindicados pela categoria em agências da região metro-politana do Recife. Já na mesa de igualdade de oportunida-des, o Sindicato e os bancos começaram a tirar do papel a pesquisa chamada de 2º Censo da Diversidade, que deverá ser executada em 2014. O levantamento ajudará a construir políticas que acabem com as discriminações nos bancos.

Páginas 4 e 5

Pressão garante negociação sobre novo plano de funções

A luta dos bancários do Ban-co do Brasil contra o plano de funções comissionadas e as ar-bitrariedades da direção do BB forçou a instituição a marcar uma negociação com o Sin-dicato e a Contraf-CUT para o próximo dia 9 de abril, em Brasília. A reunião foi agenda-da poucos dias depois da série de protestos realizada pelos funcionários em todo o Brasil, em 20 de março, e que no Re-cife envolveu trabalhadores de sete agências e dos dois cen-tros administrativos do banco.

Página 7

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01 a 15 de abril de 2013

O Supremo Tribunal Federal (STF) acaba de tomar uma decisão que vai ao encontro de uma das principais lutas dos bancários: a proteção ao emprego. Segundo o Tribunal, está proibida a demissão sem justa causa de trabalhadores das empresas públicas e sociedades de economias mistas, o que inclui os bancários do Banco do Brasil, da Caixa, do BNB, do BNDES e dos bancos estaduais. A proibição é retroativa a 7 de novembro de 2008.

A decisão foi tomada pelo Tribunal no último dia 20, ao julgar recurso extraordinário impetrado pela Empresa Brasi-leira de Correios e Telégrafos. Os ministros definiram que, em-bora os empregados de estatais e empresas de sociedade mista não tenham estabilidade de em-prego garantida pela Constituição ao funcionalismo público, é “imprescindível” justificar as demissões.

“A exigência de motivação é pressuposto do ato [de demissão]”, afirmou o ministro Celso de Mello em seu voto. Como o julgamento ocorreu por meio de reper-cussão geral, servirá de parâmetro para os demais tri-bunais do país.

Apesar da necessidade de as demissões serem mo-tivadas, não será necessária a instauração de processo administrativo disciplinar prévio. Como o STF não modulou os efeitos da decisão, isso quer dizer que, em

tese, no mínimo, ela retroagirá até a data em que foi reconhecida a repercussão geral, em 7 de novembro de 2008. Ou seja, todas as demissões sem justa cau-sa ocorridas a partir desta data serão nulas de pleno direito. Porém, a decisão final de modular os efeitos da decisão ou não a partir de 2008 só será conhecida

após publicação do acórdão. A posição do STF é uma con-denação a políticas como as que vêm sendo desenvolvidas pelo Banco do Brasil, por exemplo, que demite funcionários por ato de gestão. Recentemente, a dire-ção do BB demitiu um bancário pelo simples fato de reivindicar na Justiça do Trabalho o direito à 7ª e 8ª horas, cobrando o direi-to à jornada legal de bancários. O banco não respeitou sequer

o direito constitucional do trabalhador de remeter tal análise à justiça.

A nova decisão do STF é um alento, mas a luta contra as demissões imotivadas ainda é longa e passa, necessariamente, pela ratificação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Este instrumento proíbe demissões sem justa causa em em-presas lucrativas, como é o caso dos bancos, e está tra-mitando, há anos, no Congresso Nacional. Adormeci-da nas gavetas de deputados e senadores que preferem defender os patrões em detrimento dos empregados.

EdITorIAL Tema livre

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Circulação quinzenalRedação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Jaqueline Mello, Anabele Silva, Geraldo Times e João Rufino. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul, Sulamita Esteliam e Wellington Correia. Diagramação: Bruno Lombardi. Fotos: Beto Oliveira e Ivaldo Bezerra. Impressão: NGE Tiragem: 11.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVA

Secretário-GeralFabiano FélixComunicaçãoAnabele SilvaFinançasSuzineide RodriguesAdministraçãoEpaminondas FrançaAssuntos JurídicosJustiniano JuniorBancos PrivadosGeraldo TimesBancos PúblicosDaniella Almeida

Cultura, Esportes e LazerAdeílton Filho

Saúde do TrabalhadorWellington Trindade

Secretaria da MulherSandra Trajano

FormaçãoJoão Rufino

Ramo FinanceiroFlávio Coelho

IntersindicalRenato Tenório

AposentadosLuiz Freitas

PresidentaJaqueline Mello

O STF acaba de proibir as demissões sem justa causa de trabalhadores das

empresas públicas, o que inclui os bancários

do BB, Caixa, BNB, BNDES e dos bancos

estaduais

LIBÓrIo MELoHumor

uma causa justaPrestação de contasOs bancários de Pernambuco apreciam

as contas do Sindicato no próximo dia 24. A votação sobre o balanço financeiro da entidade de 2012 e o plano orçamentário para 2013 ocorre das 10h às 20h nas urnas instaladas na sede do Sindicato e no horário do expediente bancário nas urnas que ficarão nas principais concentrações dos bancos no Recife. O edital com a convoca-ção da assembleia foi publicado na Folha de Pernambuco no dia 28 de março. Nos próximos dias, o Sindicato publicará um jornal especial com todos os números, que também podem ser acessados em www.bancariospe.org.br.

ImPosto Injusto Todos os trabalhadores com carteira

assinada do Brasil tiveram um dia descon-tado do salário do mês passado para pagar o Imposto Sindical. A CUT é a única central sindical brasileira que luta pelo fim deste tributo compulsório. Para a Central, todo trabalhador deve ser livre para escolher seu sindicato. Desde a década de 1940, o imposto sindical é um tributo obrigatório no Brasil, previsto no artigo 579 da Conso-lidação das Leis do Trabalho (CLT). Parte do dinheiro arrecadado vai para sindicatos de fachada, que não defendem em nada os interesses da classe trabalhadora.

Mesa teMática - segurança

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organIzação das bancárIas

Desde o dia 23 de março, a Fetrafi--NE (Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro no Nordeste) já tem um Coletivo de Mulheres. O objetivo: construir uma linha de ação para a luta por igualdade de oportunidades e ampliar a participação das mulheres no movimento sindical. “Teremos reuniões periódicas e, além de cons-truir uma linha de ação, o coletivo também organizará, em um período máximo de um ano, o I Encontro de Mulheres Bancárias do Nordeste”, afirma a secretária de Finanças da Fetraf-NE, Teresa Souza. A secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, lembra que o Sindicato de Pernambuco foi a pioneiro na criação da Secretaria da Mulher no país. “Este pioneirismo do estado se reflete na composição de sua diretoria. Na Executiva do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, as mulheres ocupam 40% das vagas, inclusive a presidên-cia”, comenta.

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Ouvir as expectativas e demandas dos funcionários do BNDES em Pernambuco. Este foi o objetivo da reunião realizada no dia 19 passado, entre os empregados do banco, o Sin-dicato e o vice-presidente da Contraf (Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Carlos Souza, que coordena a Comissão Nacional dos Funcionários do BNDES. Segundo Carlos, uma das principais preocu-pações dos trabalhadores refere-se à assistência à saúde, que hoje é feita pela Camed (Caixa de Assistência Médica), e não atende às expectativas dos empregados.

orgAnIzAção noTAs

novos delegados sindicaistomam posse no dia 12

Os novos delegados sin-dicais dos bancos públi-cos, eleitos

no final de março, to-mam posse no próximo dia 12 de abril, em sole-nidade marcada na sede do Sindicato. Durante o evento, a entidade vai promover um seminário de formação para qualifi-car o trabalho dos novos representantes sindicais de base do Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste, Banri-sul e BNDES.

De acordo com a secretária de Bancos Públicos do Sindicato, Daniella Almeida, a participação dos ban-cários nas eleições de delegados foi muito boa. “O número de can-didatos cresceu muito este ano, principalmente no interior e no Banco do Nordeste. Isso mostra que a presença mais intensiva do Sindicato no interior tem rendido bons frutos. Os bancários estão mais mobilizados e mais presen-tes no dia-a-dia do Sindicato”, diz Daniella.

O mandato dos novos delegados sindicais começa oficialmente no

dia 1º de abril e vai até 31 de março do ano que

vem. Uma das principais funções do representante sindical de base é manter os colegas de trabalho in-formados sobre todas as ações do Sindicato. Ele também é respon-sável por trazer as reclamações e problemas dos bancários para que a entidade possa lutar para resol-ver as demandas.

Conheça quem são os novos de-legados sindicais em www.banca-riospe.org.br.

Bancários definem delegações para Congressos do BB e Caixa no dia 30

O Sindicato realiza no próxi-mo dia 30 de abril assembleias com os bancários do Banco do Brasil e da Caixa para eleger a delegação pernambucana que participará dos congressos na-cionais dos funcionários dos dois bancos públicos, agendados para os dias 17, 18 e 19 de maio, em São Paulo. As assembleias serão realizadas às 19h, na sede

do Sindicato (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife).

A presidenta do Sindicato, Ja-queline Mello, destaca a impor-tância da participação dos ban-cários na assembleia. “É lá que vamos escolher os representantes de Pernambuco nos dois Con-gressos, que definirão a pauta de reivindicações específicas do BB e da Caixa, a serem negociadas

com os bancos durante a Campa-nha Nacional deste ano”, diz.

BAnco do nordEsTEO Congresso Nacional dos

Funcionários do Banco do Nor-deste ainda não tem data definida. Assim que o evento for agendado, o Sindicato vai convocar assem-bleia com os bancários para ele-ger a delegação pernambucana.

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A primeira mesa temática do ano so-bre terceirização retomou a discussão sobre a internalização do call center pe-los bancos, proposta que já vinha sendo discutida no ano passado. Mas na reu-nião, realizada no último dia 26, a fede-ração dos bancos (Fenaban) mais uma vez deixou de apresentar informações precisas sobre o projeto.

“Cobramos uma proposta atrativa da

Fenaban para a internalização do call center, focando piso, jornada e condi-ções de trabalho para esses trabalhado-res”, destaca Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT. Os bancos ficaram de tra-zer uma resposta na próxima reunião.

O movimento sindical propôs tam-bém para a Fenaban a realização de um seminário. “Queremos discutir os rela-

tórios de responsabilidade sociolaboral dos bancos, com recorte na terceiriza-ção para a definição de indicadores e divulgação de informações comuns ao sistema financeiro”, explica Miguel.

“Percebemos que falta transparência e não há uma padronização de dados. Alguns são mais completos, enquanto outros trazem informações vagas. O objetivo é que sejam construídos in-

Sindicatoretoma asnegociações com a Fenaban

O Sindicato e a Contraf-CUT reto-maram no final de março as negocia-ções das mesas temáticas com a Fe-naban. A primeira série de reuniões de 2013 discutiu as reivindicações de Segurança Bancária, Terceiriza-ção, Igualdade de Oportunidades e Saúde.

Segundo a presidenta do Sin-dicato, Jaqueline Mello, as mesas temáticas são uma conquista da Campanha Nacional. “No ano pas-sado, conseguimos, após uma forte greve, manter as reuniões trimestrais das mesas temáticas, garantidas na Convenção Coletiva de Trabalho. O objetivo destas mesas é resolver as demandas de segurança, saúde, ter-ceirização e igualdade de oportuni-dades. Já conseguimos importantes avanços nestes fóruns”, conta.

Os bancários de Pernambuco fo-ram representados nas negociações temáticas pelo secretário de For-mação do Sindicato, João Rufino, e pelo secretário de Saúde, Wellington Trindade.

Confira aqui, nas páginas 4 e 5, como foram as negociações das me-sas temáticas.

MEsAs TEMÁTIcAs sEgurAnçA

TErcEIrIzAção

Bancários criticam atraso na implantação do projeto-piloto

Proposta da Fenaban para call center é imprecisa

O s bancários e os bancos de-ram início, no dia 25 passa-do, às negociações de 2013

da mesa temática sobre segurança. Neste primeiro encontro do ano, a Fenaban não apresentou argumentos plausíveis para justificar a morosi-dade no processo de implantação do projeto piloto de segurança bancária. Conquista da Campanha Nacional

2012, ele implantará dispositivos reivindicados pela categoria em agências da região metropolitana do Recife.

Segundo o secretário de Forma-ção do Sindicato, João Rufino, que representou os bancários de Pernam-buco nas negociações nacionais, a Fenaban informou que pretende fa-zer uma audiência com o Governo

de Pernambuco antes de implantar o projeto piloto.

“Os representantes dos bancários fizeram duras críticas à morosidade da Fenaban, que havia se compro-metido a implantar o projeto-piloto no Recife, em Olinda e Jaboatão, durante as negociações do ano pas-sado. Vamos continuar pressionando a Fenaban para que o projeto saia do

Jaqueline Mello

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tórios de responsabilidade sociolaboral dos bancos, com recorte na terceiriza-ção para a definição de indicadores e divulgação de informações comuns ao sistema financeiro”, explica Miguel.

“Percebemos que falta transparência e não há uma padronização de dados. Alguns são mais completos, enquanto outros trazem informações vagas. O objetivo é que sejam construídos in-

dicadores comuns. Como a Fenaban afirma ter dificuldade de conseguir as informações dos bancos, um debate pú-blico pode facilitar”, salienta o dirigen-te da Contraf-CUT.

A proposta do movimento sindical antecipa inclusive uma preocupação do Banco Central, que deve convocar uma audiência pública para discutir o assunto.

Bancários criticam atraso na implantação do projeto-piloto

Proposta da Fenaban para call center é imprecisa

de Pernambuco antes de implantar o projeto piloto.

“Os representantes dos bancários fizeram duras críticas à morosidade da Fenaban, que havia se compro-metido a implantar o projeto-piloto no Recife, em Olinda e Jaboatão, durante as negociações do ano pas-sado. Vamos continuar pressionando a Fenaban para que o projeto saia do

papel o quanto antes. Inclusive nos disponibilizamos a intermediar uma reunião entre os bancos e o Governo de Pernambuco”, conta Rufino.

Enquanto as instituições finan-ceiras enrolam para implantar o projeto-piloto, o número de ataques a bancos dispara. Segundo dados da própria Fenaban, apresentados durante a negociação, os assaltos a bancos cresceram 19,24% nos últi-mos dois anos e atingiram 440 ocor-rências em 2012 no país. Em 2010, o total havia sido de 369, subindo em 2011 para 422. Esses assaltos, con-sumados ou não, incluem sequestros e envolvem agências e postos de atendimento bancário. Não estão in-seridos ataques a caixas eletrônicos.

“Essa disparada no número de ata-ques a bancos é resultado direto da falta de vontade das instituições fi-nanceiras investirem em segurança. Os bancos precisam urgentemente mudar a sua postura, instalando por-tas com detector de metais antes do autoatendimento, câmeras internas e externas, vidros blindados nas facha-das e biombos em frente aos caixas, entre outros equipamentos que rei-vindicamos”, destaca Rufino.

A próxima negociação da mesa te-mática será realizada em junho.

A primeira reunião de 2013 da mesa temática de Igualdade de Oportunidade, realizada no dia 27 de março, foi marcada pelo início dos trabalhos visando o planeja-mento do 2º Censo da Diversidade, que deverá ser executado em 2014, conforme foi conquistado na Cam-panha Nacional dos Bancários do ano passado.

O secretário de Bancos Priva-dos do Sindicato, Geraldo Times, conta que a reunião foi produtiva. “Ao contrário do que ocorreu no primeiro censo, agora o Sindicato vai participar da pesquisa durante todo o processo. Vamos construir o questionário junto com a Fenaban, acompanhar a aplicação da pesquisa e ter acesso ao resultado completo. No primeiro censo, chamado de

Mapa da Diversidade, aplicado em 2008, não pudemos participar mais ativamente e, com isso, questões importantes, como a orientação se-xual, ficaram de fora. Agora, gra-ças à pressão do Sindicato e à forte greve encampada pelos bancários no ano passado, a Fenaban atendeu nossa antiga reivindicação, dando mais transparência ao processo”, diz Geraldo.

Outro ponto definido se refere ao calendário de preparação do 2º Censo, que deve se estender até novembro deste ano. A previsão é que a pesquisa seja aplicada entre os bancários a partir de março de 2014. A Fenaban se comprometeu ainda a melhorar as informações que dizem respeito às ocupações dos trabalhadores, sobre o tempo

e permanência no emprego e pro-gressão profissional. A análise de orientação sexual está garantida e será incluída no novo censo.

PonTo nEgATIvoSegundo Geraldo, o ponto negati-

vo da reunião desta quarta-feira foi a exclusão de parte dos trabalhadores dos bancos na pesquisa. “A Fenaban recusou nossa proposta de incluir no cento os terceirizados, estagiários e jovens aprendizes”, conta.

IguALdAdE dE oPorTunIdAdEs

Censo da Diversidadecomeça a sair do papel

geraldo Times

A mesa temática sobre Saúde do Trabalhador foi realizada no dia 28 de março, data em que esta edição do Jornal dos Bancários foi finalizada. Até o horário de fechamen-to, o resultado da reunião ainda não havia sido divulgado. Confira como foi o debate entre o Sindicato e os bancos em www.bancariospe.org.br

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BrAdEsco

ITAú cAIXA

Bancários aprovam programa de capacitação para cipeiros

Sindicato garante mais condições de trabalho para agência de Araripina

Banco gera impasse nos debates sobrepromoção por mérito

Os funcionários do Brades-co aprovaram por una-nimidade o programa de

capacitação para os designados à CIPA (Comissão Interna de Pre-venção de Acidentes). Em assem-bleia realizada no dia 20, na sede do Sindicato, os bancários aceita-ram os termos do acordo discutido com o banco.

Segundo o secretário de Bancos Privados do Sindicato, Geraldo Ti-mes, o programa de capacitação é um avanço para os bancários. “Pelo acordo, o banco se compromete a realizar o treinamento durante o expediente de trabalho, em horários planejados conjuntamente entre

empregado e gestor. Além disso, os sindicatos terão acesso à relação mensal dos designados, o que pode permitir que a gente faça um traba-lho junto com estes empregados”, diz Geraldo.

A secretária de Finanças do Sin-dicato e funcionária do Bradesco, Suzineide Rodrigues, diz as unida-des com menos de 100 funcionários não são obrigadas a ter um trabalha-dor para as funções da CIPA. “Pelo acordo aprovado, o Bradesco terá de capacitar os bancários dessas agên-cias, o que deve melhorar as condi-ções de trabalho, principalmente na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais”, conta Suzineide.

O Sindicato cobrou, negociou com a GSO (Gerência de Supor-te Operacional) do Itaú e, no mês passado, mais um bancário foi chamado para trabalhar na área operacional da agência de Araripi-na. A briga, agora, é para resolver a defasagem na área comercial, que tem apenas um trabalhador.

“Já entramos em contato com a superintendência, que funciona em São Paulo, e estamos aguar-dando retorno”, afirma o diretor do Sindicato, Fábio Sales.

Em janeiro, quando Fábio vi-sitou a unidade, apenas dois fun-cionários tinham que dar conta de todo trabalho, um para a área comercial e outro para a opera-cional. A agência foi inaugurada em maio de 2012. Na ocasião, a

unidade tinha cinco funcionários.“Com a redução para dois, os

bancários sequer conseguiam al-moçar ou ir ao banheiro. Graças à pressão do Sindicato, agora são três trabalhadores. O problema da área operacional foi resolvido, mas ainda estamos na luta para garantir mais um bancário para a área comercial”, relata Fábio.

A Caixa Econômica Federal voltou a criar impasse nos deba-tes sobre promoção por mérito no âmbito do Plano de Cargos e Sa-lários (PCS), ao negar-se a nego-ciar as propostas relativas a dois assuntos relevantes: carga horá-ria de capacitação à distância da Universidade Caixa e frequência.

Portanto, a falta de avanços nas discussões é de responsabilidade exclusiva do banco.

A comissão paritária que trata da promoção por mérito relativa ao ano de 2013 esteve reunida no dia 21 de março, em Brasília. Os representantes dos empregados nesse fórum criticaram o fato de a Caixa não ter demonstrado vonta-de de negociar.

“O banco deveria divulgar os critérios em março. Esse impasse deixa todos os empregados pre-ocupados, já que os critérios de avaliação não são conhecidos”, diz a secretária de Comunicação do Sindicato, Anabele Silva.

Os debates no âmbito da comis-são paritária estão suspensos por enquanto. Fábio sales

Anabele silva

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BAnco do BrAsIL

Mobilização arranca negociaçãosobre novo plano de funções A campanha nacional de mo-

bilização dos funcionários do Banco do Brasil contra

o plano de funções comissionadas e as arbitrariedades da direção do BB forçou a instituição a marcar uma negociação com o Sindicato e a Contraf-CUT para o próximo dia 9 de abril, em Brasília.

Para o secretário-geral do Sindi-cato, Fabiano Félix, a abertura do diálogo com o BB é fruto da mobi-lização dos bancários.

“Desde o início do ano, quando o banco apresentou esse famigera-do plano de funções, os sindicatos estão tentando abrir um canal de negociações para corrigirmos os problemas do novo plano. Ago-ra, menos de uma semana depois do segundo protesto nacional dos bancários, o banco decidiu atender a nossa reivindicação e vai debater o plano com os sindicatos. Espe-ramos que as negociações sejam produtivas para evitar a redução de salários e a diminuição das funções

gratificadas”, comenta Fabiano.Os bancários do Banco do Bra-

sil realizaram no último dia 20 uma série de protestos e parali-sações em todo o país contra o novo plano de funções comissio-nadas da empresa. No Recife, sete

agências e os dois centros admi-nistrativos do banco (CSO e CSL) participaram das manifestações para mostrar o descontentamento dos funcionários com a direção do Banco do Brasil.

Apesar do agendamento da ne-

gociação, os bancários devem manter até lá o processo de mobi-lização. “Vamos nos manter unidos e mobilizados, pois, se não houver avanços nas negociações, precisa-mos construir uma grande greve nacional”, conclui Fabiano.

Depois de cin-co meses de luta e muita pressão, o Sindicato e os ban-cários conquistaram uma grande vitória contra a reestrutu-ração do Banco do Brasil. Em reunião realizada na sede do Governo do Estado, no dia 18 passado, o BB garantiu que os funcionários que trabalham no CSO e

no CSL de Pernambuco não terão qualquer perda na remuneração. Também não haverá redução do número de empregados nos dois centros.

Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, o compromisso assumido pelo BB é uma importante vitória dos bancários na luta contra os males da reestrutu-ração do CSO e do CSL. “Desde outubro do ano passado, temos trabalhado para garantir os direitos dos bancários do BB e agora conseguimos o compromisso do banco de que ninguém será prejudicado financeiramente por causa da reestrutu-ração”, conta Jaqueline.

Os bancários do Banco do Brasil que trabalharam para a Justiça Eleitoral nas elei-ções do ano passado estão tendo problemas para tirar as folgas garantidas pela legislação.

Uma determinação feita pela direção do banco tem levado muitos administra-

dores a agir com coerção e truculência, exigindo que os bancários utilizem imediatamente a totali-dade de suas folgas.

O secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Justiniano Júnior, ressalta que os bancários que se sentirem coagidos a tirar as folgas num período em que não for conveniente devem procurar o Sindicato. “Quem se sentir prejudicado deve nos procurar e passar todos os detalhes das amea-ças, inclusive o nome do gestor. Vamos tomar as medidas cabíveis, além de denunciar o gestor e o banco no Tribunal Regional Eleitoral”, destaca Justiniano.

BAncÁrIos do cso E do csL gArAnTEM IMPorTAnTEvITÓrIA nA LuTA conTrA A rEEsTruTurAção

FuncIonÁrIos dEvEM dEnuncIArPrEssão PArA uso dE FoLgAs

reunião entre sindicato e BB foi intermediada pelo governo do Estado

Justiniano Júnior

Protestos do dia 20 ajudaram a pressionar o BB

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EsPorTE E LAzEr

cuLTurA

conFrATErnIzAção

Projeto debate desmandos da ditadura no dia 3

Jogos do sindicato agitamo clube de campo em abril

Aposentados fazem a festa em mais um Café da Manhã

O Sindicato realiza no pró-ximo dia 3 de abril mais uma edição do projeto “A

História de Pernambuco em Debate pelos Trabalhadores”.

Desta vez, os debates serão coman-dados pelo jornalista e escritor, Ura-riano Mota, que também é bancário aposentado do Banco do Brasil. Ele vai falar sobre o regime militar e os

desmandos da ditadura instalada no país, com foco em Pernambuco.

O projeto é uma parceria do Sin-dicato e da CUT Pernambuco com o recém-criado grupo Typhis, que reúne escritores e jornalistas com trabalhos publicados sobre fatos e personagens pernambucanos.

“O objetivo é jogar luz sobre a memória popular, trazendo ao deba-

te episódios que são patrimônio do povo pernambucano. Com isso, es-peramos contribuir para enriquecer a cultura, sobretudo, de trabalhadores e estudantes, e estimular sua partici-pação na política nos tempos atuais”, explica a presidenta do Sindicato, Ja-queline Mello.

Os debates tiveram início no dia 6 de março, sobre a Data Magna do

estado de Pernambuco.

O s bancários atletas ainda têm tempo para partici-par do II Jogos do Sin-

dicato. As inscrições podem ser feitas até o dia da competição, 20 e 21 de abril, pelo formulário im-presso ou pelo site do Sindicato (www.bancariospe.org.br).

“Haverá disputas de natação, vôlei de areia, tênis de mesa, xa-drez, sinuca, dominó, canastra e atletismo, com corrida rústica e de velocidade”, conta o secretário de

Esportes, Cultura e Lazer do Sin-dicato, Adeílton Filho.

As disputas serão abertas, tam-bém, aos dependentes dos bancá-rios sindicalizados, diretores e fun-cionários do Sindicato, ampliando o entrosamento entre todos.

Para adquirir a camiseta dos Jo-gos, os participantes devem levar um quilo de alimento não perecí-vel ou um garrafão de três litros de água mineral, que serão doados às vítimas da seca.

BAncÁrIos do InTErIorOs bancários atletas do inte-

rior do estado terão prioridade na ocupação dos chalés do Clube de Campo dos Bancários durante a semana de realização dos II Jogos do Sindicato. Em segundo lugar na ordem de prioridades para este fim de semana, 20 e 21 de abril, estão os atletas da Região Metro-politana. As inscrições devem ser realizadas até dia 11 de abril, com sorteio no dia seguinte.

Dezenas de bancários aposenta-dos se reuniram no último dia 22, na sede do Sindicato, para mais uma confraternização do já tradicional Café da Manhã.

Com um variado cardápio regio-nal, os aposentados puderam sabo-rear os quitutes enquanto colocavam a conversa em dia. “Os aposentados adoram este espaço criado pelo Sin-dicato. Além de rever velhos amigos e companheiros de trabalho, novas amizades nascem aqui”, conta a diretora suplente da Secretaria de Aposentados do Sindicato, Maria José Leódido.

Mais uma vez, o Sindicato colo-cou uma funcionária da Cassi (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil) à disposição dos aposentados, para orientar e aferir pressão durante o evento.

A atividade acontece na terceira sexta-feira de cada mês.

Natação, vôlei de areia, xadrez e sinuca

Sábado, 20 de abril

Atletismo, dominó,canastra e tênis de mesa

Domingo, 21 de abril

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