28
TRIBUNAL REPROVA CONTAS DE 2009 CÂMARA DE ENCANTADO Presidente da época precisa devolver cerca de R$ 140 mil PREÇO JUSTO Protesto vai fechar o pedágio Página 7 LEIA TAMBÉM Páginas 10 e 11 ESTREIA MILTON FERNANDO Novidade no CASO METAMORFOSE Página 5 Páginas 5 e 6 Arquivo JO/Diogo Fedrizzi Diogo Fedrizzi EVERALDO DELAZERI “Estou tranquilo. A Justiça Comum irá me absolver, assim como aconteceu com as contas de 2007”

Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Esta é a edição do Jornal Opinião de 20 de janeiro de 2012. Veículo pertencente ao Grupo Encantado de Comunicação, da cidade de Encantado/RS.

Citation preview

Page 1: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012

TRIBUNAL REPROVACONTAS DE 2009

CÂMARA DE ENCANTADO

Presidente da época precisa devolver cerca de R$ 140 mil

PREÇO JUSTOProtesto vai fechar o pedágio

Página 7

LEIA TAMBÉM

Páginas 10 e 11

ESTREIA

MILTON FERNANDONovidade no CASO

METAMORFOSEPágina 5

Páginas 5 e 6

Arq

uivo

JO/D

iogo

Fed

rizzi

Dio

go F

edri

zzi

EVERALDO DELAZERI “Estou tranquilo. A Justiça

Comum irá me absolver, assim como aconteceu

com as contas de 2007”

Page 2: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 3: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 4: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 5: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012

Jornal Opinião

Encantado, 20 de janeiro de 2012 5Coluna Milton Fernando

[email protected]

Diante do exposto,com esses fundamentos,voto para que este Egré-gio Plenário decida nosseguintes termos:

a) imposição de multaa Everaldo Delazeri, novalor de R$ 1.500,00, porinfração de normas deadministração financeirae orçamentária, con-forme previsto no artigo67 da Lei Estadual nº11.424/2000;

b) fixação de débitosde responsabilidade deEveraldo Delazeri, cor-respondente aos fatosdescritos nos itens 1.2 –realização de despesasem valor superior ao li-mite autorizado pelo pró-prio LegislativoMunicipal com serviçosde fotografia, filmagem eprodução de DVD e deserviços de divulgação de

evento sem liquidaçãoda despesa; 1.4 – realiza-ção de diversas despesasrelativas a prestação deserviços e aquisição demateriais sem a devida li-quidação; 2.1 - paga-mento a empresa toyzPropaganda Ltda., emdesconformidade com ostermos do Contrato005/09 e 2.2 - firmaturade novo contrato com aempresa toys Propa-ganda Ltda., visto que jápossuía contrato firmadopara os mesmos fins;

c) remessa dos autos àsupervisão de Instruçãode Contas Municipaispara elaboração do de-monstrativo de multa eatualização dos débitosfixados, de conformidadecom a Resolução vigente;

Aconteceu na última quarta-feira (18), no Tribunal de Con-tas do Estado do Rio Grande do Sul, o julgamento das contasda Câmara de Vereadores de Encantado, exercício de 2009,quando era presidente Everaldo Delazeri.

A decisão do tribunal foi por uma multa de R$ 1.500,00 edevolução de valores que chegam próximos a R$ 140 mil. O co-lunista entrou em contato com o vereador e este não manifes-

tou preocupação, já que, em 2007, o Tribunal de Contas tam-bém não aprovou as suas contas e o condenou a devolver di-nheiro. Mais tarde, no Tribunal de Justiça, a decisão foirevertida.

A seguir, reproduzo trechos do texto com o voto de Conse-lheiro Algir Lorenzon e, em seguida, na página 6, a manifesta-ção do pedetista encantadense.

tribunal reprova contas da Câmara de 2009Presidente da época garante tranquilidade

TRECHO 1Conselheiro ALGIR LORENZON

1.2 – Realização de despesasna promoção da 13ª semana daCâmara de Vereadores, ocor-rida no período de 16 a 20-11-2009, em valor superior aolimite autorizado pelo próprioPoder Legislativo, mediante aemissão da Resolução nº10/2009, de 28-10-2009.

Além disso, ocorreram gas-tos com a divulgação do eventono mês de novembro, que nãopuderam ser incluídos no mon-tante dos gastos totais, por faltade discriminação na nota fiscal.Contratação dos serviços de fo-tografia, filmagem e produçãode DVD com terceiros quando,neste mesmo período, o Legisla-tivo adquiriu uma máquina fo-tográfica, duas filmadoras elocou uma mesa de vídeo deoito canais para gravação e con-secução de DVD.

Pagamento de despesas comserviços de divulgação da Câ-mara, sem a devida identifica-ção na nota fiscal do conteúdo,local, dias e horários dos servi-

ços prestados. Aquisição de ali-mentos e bebidas para o eventosem o devido processo licitató-rio. Desobediência aos disposi-tivos da Resolução nº 10/2009,sendo passível de restituição aoErário o valor de R$ 5.420,00,que excedeu o limite de gastoautorizado para o evento.

Não atendimento dos princí-pios constitucionais da econo-micidade e da razoabilidade,com sugestão de débito do valorde R$ 5.500,00, referentes aserviços de fotografia, filmageme produção de DVD contratadoscom terceiros quando a Câmarapossuía equipamentos para tal.

Infringência ao artigo 63 daLei federal nº 4320/1964, comsugestão de débito do valor deR$ 1.920,00, relativos a serviçosde divulgação do evento, sem adevida liquidação da despesa.Infringência, também, ao artigo2º da Lei federal nº 8.666/1993(fls. 327 e 328).

TRECHO 2

1.4 – materialização de despe-sas, relativas à prestação de servi-ços e aquisição de materiais, sema devida liquidação. Requisitadasinformações sobre o conteúdo dasmatérias pagas, veículos de comu-nicação, dias e horários da divul-gação, assim como sobre omaterial entregue, a Administra-ção Legislativa não se manifestou.

Infringência ao artigo 63 da Leifederal nº 4.320/1964, com su-

gestão de débito no valor de R$24.211,50, correspondente a des-pesas sem a comprovação da li-quidação.

Descumprimento, ainda, dodisposto no artigo 33, parágrafo1º, da Lei Estadual nº11.424/2000 e infringência aosartigos 31, 70, 71 e 74 da Consti-tuição federal e artigos 70 e 71 daConstituição Estadual (fls. 332 e333).

TRECHO 3

MEtAMORfOsEsegundo informações recebidas por este colunista, no

fechamento desta edição, o Caso Metamorfose teria sidoarquivado novamente, conforme parecer da Dra. KarinaMariotti no dia 11 de janeiro.

Informações que serão checadas para a próxima ediçãodo Jornal Opinião no dia 27.

Divulgação TCE

Page 6: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012

Jornal Opinião

Encantado, 20 de janeiro de 20126 Coluna Milton Fernando

2.1 – Pagamento à empresa toyzPropaganda Ltda., relativo à prestaçãode serviços publicitários da Câmara deVereadores do Município de Encantado,sem apuração da quantidade de minu-tos falados, referente à veiculação naimprensa falada, e das quantidades decentímetros/coluna, referente à veicu-lação na imprensa escrita, em descon-formidade com os termos do Contratonº 005/2009 firmado pelo Legislativo.

segundo a instrução, em regra, os va-lores foram pagos no limite máximoprevisto no Contrato, embora nem sem-pre os anúncios veiculados na imprensativessem o mesmo tamanho. solicitadaa apresentação da documentação perti-nente à liquidação da despesa, a equipede auditoria não teve a sua requisiçãoatendida pela Administração do Legis-lativo. As publicações contêm nomes e

imagens dos vereadores, não podendoser caracterizadas como divulgações deatos e/ou serviços da Câmara de verea-dores.

Desobediência aos princípios consti-tucionais da legalidade, moralidade, im-pessoalidade e economicidadeprevistos nos artigos 37 e 70 da Consti-tuição federal, assim como a regra dis-posta no parágrafo 1º do artigo 37,também, da Carta Magna. Infringênciaao artigo 63 da Lei federal nº4.320/1964, com sugestão de débito dovalor de R$ 67.610,00, referentes a des-pesas sem a devida fase da liquidação.Descumprimento aos artigos 31, 70, 71e 74 da Constituição federal e artigos70 e 71 da Constituição Estadual, assimcomo o disposto no artigo 33, parágrafo1º, da Lei Estadual nº 11.424/2000 (fls.337 a 339).

TRECHO 4

2.2 – O Poder Legislativo firmou oContrato nº 006/2009, com a empresatoyz Propaganda Ltda., visando à presta-ção de serviços de assessoria de im-prensa da Câmara Municipal deVereadores, quando já possuía com amesma empresa o Contrato nº 005/2009,cujo objeto engloba os serviços de divul-gação de matérias, artigos e notas aosprincipais veículos de comunicação con-tratados no mais recente dos termos fir-mados.

solicitada a apresentação da docu-

mentação pertinente à liquidação da des-pesa, a equipe de auditoria não teve a suarequisição atendida pela Administraçãodo Legislativo. Infringência aos artigos 62e 63 da Lei federal nº 4.320/1964, comsugestão de débito do valor de R$34.626,07, referentes a despesas pagassem a devida fase da liquidação. Descum-primento aos artigos 31, 70, 71 e 74 daConstituição federal e artigos 70 e 71 daConstituição Estadual, assim como o dis-posto no artigo 33, parágrafo 1º, da LeiEstadual nº 11.424/2000 (fls. 339 e 340).

TRECHO 5

“A minha assessoria jurídica,coordenada pelo advogado silo-mar Garcia silveira, optou pornão realizar prova oral no tri-bunal de Contas do Estado. faráa prova material no tribunal deJustiça, quando do julgamentodo recurso. Estou muito tran-quilo, já que o valor foi aplicadona Câmara de Vereadores,como provaremos no momento

oportuno, e vivi a mesma situa-ção em 2007, quando tambémfui condenado a devolver valo-res e a Justiça Comum acaboume absolvendo e mantendoapenas a multa de R$ 1.500,00.Minha assessoria jurídica tem aconvicção de que a decisão seráa mesma da vez anterior, ba-seada na jusriprudência exis-tente”.

“ESTOU MUITO TRANqUILO”Everaldo Delazeri, presidente daCâmara de Encantado em 2009

Arq

uiv

o J

O/D

iogo

Fed

rizz

i

Page 7: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012

Jornal Opinião

Encantado, 20 de janeiro de 2012 7Encantado

Protesto vai fechar pedágiode Encantado no dia 25

Comunidade encantadense se mostra indignada com o aumento da tarifa. Mobilização inicia às 18h de quarta-feira (25)

DIOGO FEDRIZZI

Encantado - A exemplo doque aconteceu no ano passado,quando da mobilização CorrentePela Vida, em decorrência dasdiversas mortes ocorridas na RS129, lideranças da comunidadeencantadense planejam outroato. Agora, o alvo são os pedá-gios. Na próxima quarta-feira(25), às 18h, um protesto emfrente à Santinha do Perau, pró-ximo à Praça de Pedágio de En-cantado, vai paralisar o trânsitopor uma hora.

A iniciativa partiu depois demanifestações na rede social Fa-cebook. Integrantes da páginaintitulada de Grupo Encan-tado/RS publicaram diversos co-mentários repudiando oaumento de R$ 6,00 para R$6,70. A movimentação resultouem uma reunião, realizada na

terça-feira (17), na Câmara deVereadores.

Cerca de 20 pessoas partici-param, entre eles, os vereadoresEldo Orlandini e Jonas Calvi, osecretário Luciano Moresco e apresidente da Câmara de RocaSales, Mara Rösing. Os partici-pantes formaram uma comissãorepresentativa formada porJonas Calvi, Maurício Lasta,Daiogui Diogo Spessatto, CarloMazziero, Fernando Togni, Gus-tavo Mezzomo e Ana Paula Go-tardi.

Um novo encontro na pró-xima segunda-feira (23) vai con-cluir os detalhes da mobilização.A ideia é contatar com deputa-dos, entidades e empresas parase engajarem. “Queremos fazeruma movimentação pacíficapara chamar a atenção e, depois,levarmos essas manifestações aogoverno do Estado e aos respon-sáveis”, explicou Jonas Calvi.

Aprovação dos ouvintesA ideia de paralisar o trânsito na Praça de Pedágio de Encan-

tado ganhou força com a aprovação da comunidade. Na terça-feirapela manhã, durante duas horas, as Rádios Encantado AM e Ener-gia Pop fM fizeram uma pesquisa com os ouvintes. A pergunta“Você é a favor da manifestação na Praça de Pedágio de Encan-tado?” recebeu 97,7% de respostas positivas.

Novos valores do pedágio

Veículo de passeio e utilitários - R$ 6,70Veículo comercial 2 eixos - R$ 8,40Veículo comercial 3 eixos - R$ 12,60Veículo comercial 4 eixos - R$ 16,80

Veículo comercial 5 eixos - R$ 21,00Veículo comercial 6 eixos - R$ 25,20Veículo de passeio com reboque - R$ 10,00Veículo de passeio com reboque - R$ 13,40* na praça de pedágio de Marques de Souza

(BR 386) aplica-se o dobro dos valores.

Em reunião com o repre-sentante do consórcio Univias,que administra os polos de pe-dágios da região Metropolitana,de Lajeado e Caxias do Sul, ocoordenador da Assessoria Su-perior do Governador, João Vic-tor Domingues, reafirmou naterça-feira (17), no Palácio Pi-ratini, a disposição do Execu-tivo em reduzir as tarifascobradas pela empresa. Alémde diminuir o valor do pedágio,o Estado propõe a manutençãodos investimentos previstos.

Mais do que rechaçar a con-tinuidade do modelo atual decobrança, João Victor afirmouque o Governo do Estado man-tém a exigência de acabar coma praça de Farroupilha, adotarum modelo mais transparentee criar um conselho de usuá-rios. "Não queremos a continui-dade de um modelo que nãoprevê uma prestação de ser-viço de qualidade por parte dasconcessionárias", garantiu.Uma consultoria deve ser con-tratada pelo Governo do Estadoaté maio para apontar um diag-nóstico sobre um possível de-sequilíbrio nas tarifas. Em 90

dias, a consultoria apresentaráos resultados dos estudos.

Vários fatores podem ser le-vados em consideração para adiminuição das cobranças. JoãoVictor explica que existe a pos-sibilidade de testar uma co-brança regionalizada dastarifas, a partir da realidade decada região diminuir. "A pro-posta que nos trouxeram é deR$ 4,40, e nós achamos que po-demos reduzir para R$ 3,80, R$4, mas sem prejuizo do volumede investimentos sinalizadosde R$ 1 bilhão. Isto tudo in-fluencia, inclusive na elabora-ção de um novo modelo emesmo na forma de licitação",

acrescentou. Conforme João Victor, a pri-

meira alternativa do Estado é aconstituição de um novo mo-delo por licitação. "O ambientede conversação ajuda, inclusivepara que não tenhamos umabatalha judicial que inviabilizea alteração do modelo", disse.Advogado do Univias, RicardoBreier afirmou que a empresavai repensar critérios técnicose avaliar os valores cobradospela empresa. "Os contratospreveem alguns indicativos im-portantes e mexer nisso agorapode também mudar o índice eaumentar os índices de dese-quilíbrio", destacou.

Concentração será na “Santinha do Perau”

Praça de Encantado terá circulação de veículos interrompida

Representantes da Univias estiveram na sede do governo gaúcho

Eduardo Seidl

Governo se reúne com Univias e tenta reduzir valor das tarifas

Diogo Fedrizzi

Diogo Fedrizzi

Diogo Fedrizzi

Grupo começou a organizar a mobilização em reunião, na terça-feira (17), na Câmara de Vereadores

Page 8: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012

Acolher o convite do senhor!

Na liturgia deste domingo, veremos que prisão deJoão Batista, ao contrário do que muitos pensavam,não intimidou Jesus, pelo contrário, o encorajou aindamais para dar início à missão que o Pai lhe designara.O Reino de Deus está presente no meio de nós na pes-soa de Jesus e a única condição para fazermos partedeste reino de amor é a conversão do nosso coração.Jesus continua a nos falar do Reino, quando aceitamosa sua mensagem, ocorre uma mudança radical em nós,passamos a ser parecidos com Ele, a olhar o irmãocom o Seu olhar, a imitar as suas ações. Quando Jesusnos diz: “O reino de Deus está próximo” Ele fala de simesmo, pois a sua pessoa, é a própria presença doReino de Deus.

São muitas as pessoas necessitadas das mãos deDeus nas nossas mãos, dos passos de Deus nos nos-sos passos, das suas palavras em nossa boca. Jesusnos delega a missão de ser no mundo, um sinal de suapresença, libertando os males que afligem a humani-dade com o anúncio de um Reino de paz, de amor ede justiça, capaz de levantar e animar os abatidos.Nossa missão deve se desenvolver em clima de gratui-dade, humildade e desprendimento. É a certeza dapresença de Jesus, que nos motiva a confiar e a assu-mir com mais empenho e alegria, a nossa cumplici-dade no anuncio de todas as propostas do Reino.

A todo instante, somos chamados a ser discípulo emissionários do Senhor.

Todos são chamados, Jesus não faz restrições depessoas. Ele nos provou isso quando chamou os pri-meiros discípulos, pessoas simples como nós.

Para seguir Jesus, não é preciso possuir nenhumcurso acadêmico, podemos anunciá-Lo até mesmo nosilencio do nosso testemunho de vida. Para assumir-mos esta missão tão necessária no mundo, é precisoapenas ter o coração aberto e disponibilidade de ser-vir. A caminhada do discípulo que se faz missionário éárdua, mas gratificante, pois é regida pela lei do amor.Ser feliz, é converter-se, é deixar que Jesus seja tudoem nós!

Pastoral da ComunicaçãoParóquia são Pedro - Encantado

Jornal Opinião

Encantado, 20 de janeiro de 20128 Geral

Porto Alegre - O atual presidenteda Assembleia Legislativa, deputadoAdão Villaverde (PT), o próximo pre-sidente, que toma posse no dia 31 dejaneiro, Alexandre Postal (PMDB) e opresidente da Comissão de AssuntosMunicipais da Casa, deputado CassiáCarpes (PTB), reuniram-se na quarta-feira (18) com o presidente da Fede-ração das Associações de Municípiosdo Rio Grande do Sul (Famurs), Ma-riovane Weis, e com prefeitos e re-presentantes dos 30 municípios queestão sob ameaça de uma ação diretade inconstitucionalidade (Adin). Essaação pode rebaixar 30 municípiosgaúchos à condição de distrito.

Weis relatou, ao abrir a reunião,que o objetivo do encontro é solicitarque a Assembleia Legislativa trace,juntamente com eles, uma estratégiapara evitar que as cidades criadaspor lei em 1996 percam o status de

município.Villaverde relatou que, já alertado

por Cassiá sobre o assunto e sobre odesejo dos administradores de reali-zar uma conversa com os ministrosdo Supremo Tribunal Federal (STF),ajudou a articular uma reunião como presidente da Câmara dos Deputa-dos, Marco Maia (PT/RS). A reuniãoocorreu na quinta-feira, no gabinetedo prefeito de Tramandaí. O depu-tado Cassiá representou a Casa. “Osprefeitos podem contar com a As-sembleia para que esse assunto sejaencaminhado da melhor forma. Aideia é que possamos marcar esta au-diência com o STF. Esse passo émuito importante para que possamosintervir de forma oficial nessa ques-tão”, disse Villaverde.

Postal reiterou sua posição parla-mentar municipalista e disse consi-derar essa medida totalmente

prejudicial para os milhões de mora-dores dessas cidades. Lembrou quevotou pela criação desses municípiose que por esse motivo é um defensordo pleito da Famurs e dos prefeitos.

A Adin partiu da Procuradoria-Geral da República e questiona as leiscomplementares estaduais quederam origem aos municípios. A açãoteve início com a tentativa de impe-dir a emancipação de Pinto Bandeira,que chegou a se tornar município,mas voltou à condição de distrito deBento Gonçalves em 2004.

Weis acredita que uma liminar deefeito retroativo extinguindo essas ci-dades emancipadas acarretaria umasérie de prejuízos. “Cada prefeituratem estrutura montada nas áreas desaúde e educação, conta com maqui-nários e também um corpo de funcio-nários. O que aconteceria com tudoisso?”, questionou.

Municípios ameaçados de extinçãorecebem apoio dos deputadosEncontro na Assembleia Legislativa definiu estratégia para impedir que

30 cidades gaúchas voltem à condição de distritosEduardo Quadros/AL

Futuro presidente da AL, Alexandre Postal (à direita) participou da reunião com os prefeitos

Prefeitos de Westfália e Coqueiro Baixo se mostram tranquilosDIOGO FEDRIZZI

O prefeito de Westfália, Sérgio Ma-rasca, diz estar tranquilo com a situação.Segundo ele, a ação originou do interessede uma Associação em Defesa do Terri-tório de Bento Gonçalves, formada porvereadores e outras pessoas da cidadeserrana contra a instalação do municípiode Pinto Bandeira. “É uma questão maispessoal do PP de Bento Gonçalves. Não éestadual, até porque dentro dos 30 mu-nicípios são oito prefeitos do PP, inclu-sive, em Coqueiro Baixo. Tenho certezaque isso não vai adiante”, disse. “Estamosnos precavendo, mas não vejo maioresproblemas quanto a isso. Há quatro anos,nesta mesma época, também começou

esse movimento. Parece que estas açõessão sempre em período pré-eleitoral”.

Marasca argumenta que todos estesmunicípios estão em ascensão. Segundoele, o Fundo de Participação dos Municí-pios (FPM) está na faixa de R$ 5,4 mi-lhões. “Os 30 municípios representammais de R$ 160 milhões por ano”, sa-lienta. O prefeito de Westfália destacaainda que os recursos extras da Uniãocom educação, saúde, emendas e proje-tos em nível federal atingem uma médiade R$ 3 milhões por município, que re-presenta cerca de R$ 90 milhões. “Só derecursos extras esses 30 municípios re-presentam mais de R$ 250 milhões de re-ceita. E os municípios-mãe nunca vão teresse valor para investir nas cidades

emancipadas. Todos os quese emanciparam na regiãoestão muito bem. Tenho cer-teza que vai prevalecer obom senso sobre isso”, co-mentou.

O prefeito de CoqueiroBaixo, Adélcio Sestari, estáindignado com a medida daAssociação de Bento Gonçal-ves, mas não se mostrapreocupado. “Tenho certezaque se fosse uma doença,não iria morrer deste mal. Ésó para encher o saco. Temgente que não tem o que fazer”, afirmou.Para Sestari, a população pode ficar tran-quila que nada vai ser modificado. “Du-

vido que vamos perder a condição demunicípio. Sempre em véspera de elei-ção, eles fazem isso”, acrescentou.

Sérgio Marasca, prefeito de Westfália

Arquivo JO

Page 9: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012

Jornal Opinião

Encantado, 20 de janeiro de 2012 9Encantado/Geral

DIOGO FEDRIZZI

Encantado - A promotora deEncantado, Karina Mariotti, re-cebeu na tarde de quarta-feira(18) uma comitiva de encanta-denses preocupada com as cons-tantes quedas de energia elétricano município. Liderado pelo pre-sidente da Comissão Especial deInfraestrutura da Câmara de Ve-readores, Jonas Calvi, o grupo fezum relato sobre a falta de solu-ções por parte da empresa con-cessionária AESSul.

Conforme Karina, os proble-mas apresentados vêm se agra-vando, as quedas de energiaelétrica estão se intensificando e,com isso, comerciantes, agricul-tores, empresários e todos quedependem de um bom funciona-mento do sistema sofrem prejuí-

zos consideráveis. “Em nossa ci-dade, por exemplo, temos em-presas que trabalham comprodutos que dependem de con-gelamento, como é o caso dos fa-bricantes de sorvete”, relatou.

A promotora garantiu que oMinistério Público está dispostoa colaborar, principalmente, emagilizar o contato com a AESSulpara que as ações de melhoriasejam implementadas. Porém,ela sugeriu que, num primeiromomento, seja feito um mapea-mento da real situação do muni-cípio. “Precisamos ter umpanorama, ver quais são as fa-lhas, as demandas, diagnosticaronde está se verificando a pres-tação de serviço mais deficiente”,disse. “Essa demanda precisa virembasada por elementos técni-cos para que possamos tomar as

medidas cabíveis ao caso”.

EnvolvimentoSegundo Karina, a participa-

ção da Câmara de Vereadores edo Executivo é necessária.“Tenho certeza que o municípiovai colaborar fornecendo osdados de como funciona a pres-tação de serviços da AESSul emEncantado. A partir daí podere-mos adotar medidas para a me-lhoria do serviço”, acrescentou.

O vereador Jonas Calvi saiusatisfeito do encontro. “É impor-tante a participação do MP noprocesso. Inclusive, com esse le-vantamento que nos foi solici-tado, a promotora nos disse queaté poderá providenciar umTermo de Ajustamento de Con-duta (TAC) com a AESSul”, disseo parlamentar.

MP de Encantado pode firmar TAC com AESSul

Na sede do Ministério Público: Thiago Vian, Karina Mariotti, Jonas Calvi, Daiogui Spessato e Edionei Triches

Promotora Karina Mariotti pediu levantamento detalhado sobre a situação real da estrutura de abastecimento de energia elétrica no município

Diogo Fedrizzi

Page 10: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012

Aideia de se tornar um profissionalda aviação surgiu na infância, nostempos em que costumava passaras férias na casa dos avós, no in-terior de Encantado. O avô Ar-

lindo Pedro Giovanella, já falecido, sugeriua carreira de piloto. “Ele sempre dizia que,com isso, ele e a avó, Diolinda Cervi Gio-vanell, teriam a possibilidade de viajar econhecer o Brasil inteiro. Mas infeliz-mente não pude concretizar este sonho”,conta Gustavo. “Eu sempre dizia que gos-taria de trabalhar sem rotinas ou horáriospré-estabelecidos e, a partir do comentá-rio do avô, não pensava em outra coisa”.

Quando completou 16 anos, Gustavofoi levado pelo pai ao aeroclube de BelémNovo, em Porto Alegre, sede da Escola deAviação Civil, para conversar com um dosdiretores da instituição. “Ele me pergun-tou se eu tinha o vírus da aviação em meusangue e passou a fazer algumas observa-ções do que seria se tornar um profissio-nal da aviação, expôs os prós e contras daprofissão”, conta. “A partir daquela con-versa, definitivamente, decidi que era oque mais queria para meu futuro”.

Durante um ano, Gustavo estudou aparte teórica. E, aos 18 anos, ingressou na-quela que chama de a parte mais gosta docurso, as aulas práticas. Nesse período, fezo primeiro voo solo. Em seguida, começoua trabalhar no aeroclube na área de ope-

rações, fazendo voos panorâmicos deavião e planador, acumulando horas devoo.

Mudança para CuritibaEm 2001, quando estava pronto para

ingressar no ramo, com todos os brevêsnecessários para ser contratado por umacompanhia aérea, Gustavo teve umagrande decepção com o declínio das em-presas aéreas, pelo fato do atentado ocor-rido no World Trade Center, nos EstadosUnidos. “Mesmo assim, não desisti do meusonho e fui em busca de empresas parti-

culares que exigiam experiência de voo.Foi então que a ficha começou a cair e co-mecei a ver que não seria tão fácil ingres-sar em uma companhia aérea”, lembra.

A partir de então, um amigo do paidele, que já era piloto de linha aérea, su-geriu que Gustavo se mudasse para a ci-dade de Curitiba e que procurasse fazeruma faculdade voltada para o ramo daaviação, além de se aproximar de outrosprofissionais que já estavam no ramo, emcompanhias aéreas de pequeno porte,junto ao Aeroporto do Bacacheri.

Ao mesmo tempo, Gustavo retomou o

contato com amigos do tempo de treina-mento no Rio Grande do Sul. Um deleshavia se transferido para a cidade de Ron-donópolis, no Mato Grosso, e lá fazia voosde aerolevantamento. “Numa sexta-feiraà noite, ele me ligou perguntando se eugostaria de voar no lugar dele, até porquetinha decidido voltar para o Sul e fazer umcurso para piloto agrícola. Não tive dúvidaem agarrar aquela oportunidade de co-meçar minha carreira acumulando horasde voo para que um dia pudesse ingressarem uma empresa comercial de grandeporte”, comenta.

10Jornal Opinião

Encantado, 20 de janeiro de 2012 Especial

Gustavo Giovanella

29 anos

piloto da TAM

A partir desta edição, o Jornal Opinião inicia uma novasérie de reportagens: “Gente Nossa Pelos Ares”. A propostaé resgatar a história de profissionais da aviação que nasce-ram ou são filhos de encantadenses.

O nosso primeiro personagem é Gustavo Giovanella, 29anos. Piloto da TAM Linhas Aéreas, ele é filho da encanta-dense Márcia Maria Giovanella e de Ney Celso Siqueira Co-bucci. Atualmente, Gustavo reside em Porto Alegre e é noivode Débora Cirtoli.

PRODUÇãO E REPORTAGEM: DIOGO FEDRIZZI E ÂNGELA REALE

FOTOS: ARqUIvO PESSOAL

“Ele (diretor da Escola de Aviação) me pergun-

tou se eu tinha o vírus da aviação em meu sangue

e passou a fazer algumas observações do que

seria se tornar um profissional da aviação, expôs

os prós e contras da profissão. A partir daquela

conversa, definitivamente, decidi que era o que

mais queria para meu futuro”.

Sem avisar os pais, Gustavo arrumou as malas e par-tiu de ônibus para Rondonópolis. “Fui sem saber ondeficava. Sabia apenas que passaria 24 horas viajando embusca de meu grande sonho”, diz. Na chegada a Rondo-nópolis, no domingo à noite, ele foi recebido peloamigo, que logo lhe mostrou onde iria morar e a aero-nave que iria trabalhar. “Quando liguei para meus paisdando a noticiam eles ficaram apavorados com tama-nha loucura, não queriam acreditar que estava tãolonge sem falar nada, sequer pedir a opinião deles”,confessa.

Gustavo permaneceu dois anos em Rondonópolis fa-zendo voos de aerolevantamento com aeronaves mono-motoras do modelo CESSNA, acumulando horas,experiência de voo e de vida para conquistar objetivosmais altos e distantes. “Aprendi muito, cresci com a

vida. Porque enquanto estava debaixo da asa dos pais, arealidade era completamente diferente. Enfrentei desa-fios que me levara a retornar a Curitiba e iniciar meucurso superior em Gestão na Aviação Civil além de darcontinuidade no curso de Inglês que é fundamentalpara quem deseja ingressar no ramo”, salienta.

surpresa no dia da formaturaEm seguida, Gustavo conseguiu um emprego em

uma empresa de táxi aéreo e, já com uma trajetória acu-mulada, permaneceu por mais dois anos no mesmo tra-balho. Após saber que estava com as horas de voosuficientes, e também com a experiência capaz de in-gressar em uma grande empresa, ele enviou o currículopara as companhias aéreas. “Fui selecionado por umadelas para uma entrevista seguida de uma prova sele-

tiva que, para minha surpresa, estava marcada para odia de minha formatura. Com todos os familiares e ami-gos presentes em Curitiba para minha colação de graurecebi um telefonema da gerente de Recursos Humanosda empresa TAM comunicando-me que havia sido sele-cionado e que a contratação seria imediata”, recorda.“Desde então sou piloto de linha aérea voando pelo Bra-sil e América Latina com um sonho realizado graças aminha luta, apoio dos meus pais e a oportunidade dessagrande empresa aérea TAM”.

A trajetória até ser contratado pela TAM

Page 11: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012

11Jornal Opinião

Encantado, 20 de janeiro de 2012Especial

JORNAL OPINIãO - COMO é O sEu

DIA A DIA? COMO é A JORNADA DE

tRAbALhO DE uM PILOtO?Gustavo - Meu dia a dia é sem

rotinas, sem feriados ou finais desemana. Os pilotos têm uma es-cala de voo mensal. Nesta escalasaem os dias de voos e os dias derepouso. São obrigatórias oitofolgas no mês, sendo uma folgasocial, que é um final de semana.

JO - COM A O CREsCIMENtO DAs

EMPREsAs AéREAs NO PAís, é fáCIL

GANhAR A VIDA VOANDO?Gustavo - A vida de piloto

não é fácil como qualquer outraprofissão.

JO - A VIDA DE uM PILOtO tEM

uM CERtO GLAMOuR PARA quEM Vê

DE fORA. IssO é MItO Ou VERDADE?Gustavo - Anos atrás, a avia-

ção tinha muito glamour nostempos áureos da VARIG. Hojeem dia, a aviação se popularizoue esse glamour diminuiu.

JO - MuItOs tENtAM E CONsE-GuEM, OutROs DEsIstEM NO MEIO DO

CAMINhO. quAL O PRINCIPAL EN-tRAVE PARA A fORMAçãO DE NOVOs

PROfIssIONAIs?Gustavo - A aviação é muito

exigente, demanda muito esforçoe estudo ao longo da formação deum piloto. No decorrer da car-reira profissional, muitos desis-tem pelas exigências dessaprofissão.

JO - DuRANtE O sEu tRAbALhO,O quE é IMPORtANtE E JAMAIs PODE

sER EsquECIDO PELO PILOtO?Gustavo - Você nunca pode

se esquecer da responsabilidadede estar transportando centenasde vidas a bordo.

JO - quAL fOI O MOMENtO MAIs

DIfíCIL quE VOCê Já ENfRENtOu?Gustavo - Anos atrás, quando

eu voava em uma empresa detáxi aéreo, durante a decolagem,um dos motores da aeronaveparou de funcionar. Cumprimosos procedimentos previstos e re-tornamos imediatamente para oaeroporto.

JO - hOJE VOCê é fORMADO PI-LOtO E tRAbALhA NA PROfIssãO.MAs VOCê tEM OutRA tAMbéM?

Gustavo - Não.

JO - quANtOs ANOs DE EstuDO

sãO NECEssáRIOs PARA A fORMAçãO

DE PILOtO DE AVIãO?Gustavo - São necessárias

150 horas de voo para a forma-ção de um piloto comercial e,hoje em dia, as companhias aé-reas estão contratando preferen-

cialmente pilotos com formaçãoacadêmica e experiência de voode aproximadamente 800 horas.Conclui minhas horas de voo noAeroclube do Rio Grande do Sule a graduação em Gestão na Avia-ção Civil em Curitiba.

JO - O quE MOVE Os PAssAGEIROs

A tIRAR uMA fOtO COM O PILOtO NA

CAbINE? ExIstEM MuItOs PEDIDOs?Gustavo - Muitas pessoas

têm curiosidade em saber comoque é a cabine do avião. Então, ojeito de conhecê-la é pedindopara tirar uma foto. Além de co-nhecer a cabine, a pessoa já ficacom uma recordação do voo.Sim, existem muitos pedidos.

JO - NO sEu PRIMEIRO VOO sOLO,VOCê sENtIu “uM fRIO NA bARRIGA”?PAssOu MAL? fOI EMOCIONANtE?

Gustavo - O primeiro voosolo a gente nunca esquece. Já fazmais de 10 anos e eu ainda lem-bro da matrícula da aeronave,um voo emocionante cheio de re-cordações.

JO - COMO é sE sENtIR NAs Nu-VENs? E O quE sIGNIfICA Céu DE bRI-GADEIRO?

Gustavo - Para mim estar nasnuvens é como estar em um es-critório com uma vista deslum-brante. O céu de brigadeiro éaquele céu azul, sem nenhumanuvem. Antigamente, os briga-deiros da aeronáutica preferiamvoar quando o céu estava azul.Então quando um brigadeiro es-

tava voando as pessoas falavamque hoje o céu é de brigadeiro.

JO - ENquANtO VOA, VOCê Já VIu

ALGuM ObJEtO VOADOR (OVNI)?RELAtE uM fAtO ENGRAçADO quE

ACONtECEu COM VOCê.Gustavo - Eu nunca vi nada

de suspeito a não ser estrelas ca-dentes que são um fenômenomuito bonito de ser visto.

JO - VOCê é PILOtO DE VOOs NA-CIONAIs Ou INtERNACIONAIs? quAL é

A DIfERENçA?Gustavo - Sou piloto de voos

nacionais, mas, atualmente, façovoos além do Brasil na AméricaLatina.

JO – quAL A DIfERENçA?Gustavo - Nos voos interna-

cionais, a preparação é maior doque nos voos domésticos. Valelembrar que nos voos para Eu-ropa, por exemplo, se voa emtorno de sete horas sobre oOceano Atlântico, sem muitasopções para pousos em caso dealguma intempérie. Desde a pre-paração do voo por parte dosmecânicos que são dois, e nãoum como nos voos domésticos, ecada um checa as informaçõesque o outro já checou. Estes voostambém são realizados por qua-tro pilotos e não dois como nosvoos nacionais. Para se ter umaideia, em um voo para Europa, aaeronave carrega cerca de 150mil litros de querosene.Em voode Cruzeiro, tem que estar muito

atento para a passagens de zonasde turbulência que passamos porvárias áreas de instabilidadecomo a Linha do Equador, co-nhecida como ITCZ, por ondepassou o avião da Air France(aquele que caiu em 2009).

JO - O Céu é O LIMItE?Gustavo - Não, o limite é a

sua força de vontade de alcançaraquilo que almeja.

JO - A CAbINE DE uM AVIãO é

ChEIA DE bOtõEs. VOCê NuNCA APER-tOu uM bOtãO ERRADO?

Gustavo - A cabine do aviãotem muitos botões, por isso, es-tudamos e realizamos voos emsimulador periodicamente paraque não haja falhas, pois a avia-ção não aceita erros.

JO - VOCê Já VIu suA CAsA Lá DO

ALtO?Gustavo - Com certeza, sem-

pre quando passo por ela eu avejo. Quando estava voando noaeroclube saí de Porto Alegre efiz questão de ir até Encantadovoando para tirar uma foto aéreada casa dos meus avós e presen-teá-los.

JO - DEIxE uMA MENsAGEM AOs

JOVENs quE sONhAM COM EssA PRO-fIssãO.

Gustavo - Nunca duvidem doseu potencial e nunca deixem deacreditar nos seus sonhos, poiscom força de vontade o céu nãotem limites.

Na cabine: o pai Ney, a mãe Márcia e o filho/piloto Gustavo

Gustavo com a noiva Déborase você conhece outra pessoa ligada a Encantado que trabalha no ramo da aviação

nos avise pelo email [email protected]

“É como estar em um escritório com uma vista deslumbrante”

entRevista:

Page 12: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012

DIOGO FEDRIZZI

Encantado - Ao longo da tra-jetória como professor, SérgioAgostini seguidamente era ques-tionado pelos alunos e pelos pró-prios parentes sobre a históriadas diferentes famílias italianasque se fixaram na região. As dú-vidas mais comuns se referiam àorigem dos imigrantes e aos mo-tivos da vinda ao Brasil.

A aposentadoria na décadade 90 proporcionou a Sérgio otempo e a tranquilidade para co-locar em prática uma de suasvontades, a de investigar o pas-sado da família e a iniciar a cons-trução da Árvore Genealógica. Oresultado do árduo trabalho estáexposto na parede da casa, loca-lizada às margens da RS 425, noBairro Jacarezinho, em um painelcom milhares de nomes e ramifi-cações de descendentes.

Entrevista com parentes próximosInicialmente, a metodologia

utilizada foi a de entrevistar pes-soas idosas da própria locali-dade. “Conversava muito comminha mãe. Convivi também comvárias tias que morreram commais de 100 anos. Isso me possi-bilitou resgatar importantes his-tórias”, conta. O trabalho ganhouforça após a aproximação com oagropecuarista Cláudio Agostini,morador do Mato Grosso, e comCelso Agostini, já falecido, de Ga-ribaldi. Os três passaram a serconhecidos na família como ´Ospesquisadores dos Agostini´.

O foco das investigações seconcentrou na pequena cidadeitaliana de Matarello, situada a10 quilômetros da capital

Trento, da província de Trento,local onde havia um grandegrupo de Agostini. De lá, HelenaAgostini, uma senhora de 80anos que prestava serviços naCasa Paroquial da localidade, co-meçou a ceder importante mate-rial a respeito dos descendentes.Mais tarde, a pesquisadora ita-liana Antonietta Tafner se juntouao trabalho e passou a remeter

cópias de documentos oficiais,como certidões de nascimento,óbitos e registros de batismos,que comprovavam a veracidadedos nomes e das datas.

Mais de 40 mil descendentesTodo o material está arqui-

vado em pastas, que compõemum relatório de quase mil pági-

nas, que ficam sob os cuidadosde Sérgio. “Com as informaçõesda Antonietta, nós conseguimosconstruir o primeiro organo-grama da família. Ali, descobri-mos o primeiro Agostini, oOdorico, nascido no final dosanos 1.500”, afirma Sérgio. Hoje,são mais de 40 mil descendentescatalogados. “Levamos cerca de20 anos para chegarmos a uma

demonstração que pudesse sercompreensível. São 15 geraçõesdocumentadas desde o ano 1580até os dias de hoje”. A organiza-ção recebeu o reconhecimentofamiliar, tanto que, em 2005, foicriada a Associação da FamíliaAgostini (AFA), com regras e es-tatuto. A AFA é responsável porrealizar as tradicionais festas dereencontro dos Agostini.

Jornal Opinião

Encantado, 20 de janeiro de 201212 Cultura

Giovanni Batista Antônio Agostini foi o pri-meiro imigrante da família e chegou ao Brasilpor volta de 1875 com a esposa Angela Ferrari eos filhos Giovani Batista, de oito anos, e FeliceAntônio, de quatro anos. Em terras brasileiras, ocasal teve mais três filhos: Ângelo, Catarina eAntônio. Inicialmente, eles se estabeleceram emLinha Figueira de Mello, interior de Garibaldi,onde ficaram até 1892.

Depois, se mudaram para Jacarezinho, em

Encantado. “Quando chegaram aqui adquiriramquatro colônias de terras, dando uma para cadafilho homem e um dote de 500 mil Réis para afilha Catarina. Fixaram residência onde hoje é apropriedade do bisneto Reni Agostini”, revelamas anotações de Sérgio. Giovanni Batista Antôniofaleceu em 1909, sob os cuidados do filho Ân-gelo, em Nova Bréscia. Os restos mortais encon-tram-se no jazigo da família Agostini, noCemitério Católico de Nova Bréscia.

Professor pesquisa a história dos Agostini

O primeiro imigrante

Sérgio Agostini, morador do Bairro Jacarezinho, iniciou investigação há cerca de 20 anos. Mais de 40 mil descendentes já foram apurados

Nome de Giovanni aparece em destaque no Mural da Árvore Genealógica

Sérgio dedica boa parte do tempo de professor aposentado para registrar e guardar a história de seus descendentes

Diogo Fedrizzi

Page 13: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012

13Jornal Opinião

Encantado, 20 de janeiro de 2012Cultura

MarchiSegundo Sérgio, o nome da família Agostini aparece em quase

1500 cidades da Itália. No passado, como os nomes eram muito re-petidos, eram colocados apelidos para identificar o segmento fami-liar. “O tronco ao qual pertencemos é dos Agostini (Marchi) pelo fatode que em quatro gerações consecutivas o primeiro filho homem dafamília recebeu o nome Marco”, explica.

CoincidênciaMaria Teló, esposa de Sérgio Agostini, também é descendente de

Agostini. “Fomos descobrir, após a construção da Árvore Genealó-gica, que somos parentes”, brinca Sérgio.

O sobrenome italiano Agostini éconsiderado pelos estudiosos destecampo como proveniente de uma estili-zação do próprio nome do pai, em ou-tras palavras, derivado do nome doantepassado que deu origem à família.O sobrenome Agostini deriva do pró-prio Agostino, uma variante de Au-gusto, do latim “Augustus”, quesignifica “consagrado dos angúrius”. O“i” final é somente considerado umaforma plural do nome, como tal indicaa descendência direta ou pertencente à

família de um certo Agostino.As numerosas variantes de Agostini

são os seguintes nomes: Agosto,Agosta, De Agostini, D´Agostino,D´Agostini, Agostinelli, Agustinati,entre outros.

Na história, a família Agostini temseu nome reconhecido por haver mui-tos cidadãos dignos de notoriedade. Doano de 923 a 1800 encontram-se al-guns nomes. Em Ferrara e Pávia, a fa-mília nobre recebeu através deEugênio Agostini o brasão da família.

Antônio Agostini foi conselheiro dePzza. Em Veneza destacam-se MatteoAgostini, poeta latino; Giuseppe Agos-tini, jesuíta e professor de Filosofia; Ca-milo Agostini, matemático; FrancescoAgostini, legislador; Giovani Agostini,cantante lírico e pintor; Orlando Agos-tini, professor de Física. Conforme ojornal L´Osservatore Romano, o vero-nês Zeferino Agostini é beato da igrejacatólica, candidato a Santo.

* texto extraído da pesquisa de Sérgio

Agostini

Origem histórica do sobrenome Agostini

Brasão da Família Agostini

Uma das maiores celebridades da atuali-dade, o cantor Michel Teló, do sucesso ‘Ai Se EuTe Pego”, também aparece na Árvore Genealó-gica dos Agostini. Ele está colocado em uma dasúltimas listas de descendentes.

Michel é filho de Aldoir Telló e Leonila Dalle-grave; neto de Luis Teló e Sensina Agostini Lo-catelli; e bisneto de Carolina Agostini.Recentemente, jornalistas italianos mostraram

interesse em resgataras origens de Michelna Europa. SérgioAgostini já enviouparte do material pes-quisado para o pai docantor que servirá dereferência para a re-portagem.

Cópias de documentos oficiais, vindos da Itá-lia, foram arquivadas em pastas

Cantor Michel teló é descendente de Agostini

Diogo Fedrizzi

Divulgação

Page 14: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012

Jornal Opinião

Encantado, 20 de janeiro de 201214 Roca Sales

JOILSON PEREIRA

Roca sales - Na última se-mana, o Jornal Opinião regis-trou o problema enfrentadopelos moradores de Linha Fa-zenda Lohmann, localidade cor-tada pela RS 129, e queapresenta, no trecho de oito qui-lômetros entre os municípios deRoca Sales e Colinas, cerca de 10famílias protestando contra asautoridades responsáveis pelamanutenção da estrada, com pla-cas que estampam os dizeres:

“Sem asfalto, sem voto”. A princi-pal reclamação dos moradores équanto à poeira que invade ascasas devido ao intenso movi-mento de carros e caminhõesque, segundo eles, aumentouapós a instalação do pedágio emEncantado na RS 130. Nesta edi-ção, o prefeito de Roca Sales,Amilton Fontana, fala sobre a si-tuação. Confira os principais tre-chos da entrevista.

Manifestação dos moradores

“Eu acho que (esta manifesta-ção) não causa nenhum descon-forto, porque eles têm o direitode reclamar e a gente tem o deverde ouvi-los e dar um bom anda-mento para este assunto.

Ações já realizadas“A gente (Administração Mu-

nicipal) está tomando providên-cias. Desde o primeiro dia queassumi a prefeitura, dia 29 de se-tembro, isso faz três meses epouco, a gente está tomando pro-vidências. Em primeiro lugar, não

existia um projeto. Então provi-denciei um. Não existia nenhumadocumentação junto ao governodo Estado. Hoje, graças a Deus, agente andou bem rápido nesse as-sunto, conseguimos uma audiên-cia com o Beto Albuquerque(Secretário de Infraestrutura eLogística) no dia 28 de dezembro,e protocolamos o pedido dessapavimentação no dia 2 de janeirode 2012. Agora, já temos os docu-mentos e o projeto. Até o secretá-rio brincou comigo de que a gentenão está indo só pedir, a gente jáestá apresentando a solução.”

forças Políticas“Eu acho que a gente está no

caminho correto, porque, parafazer uma obra, precisa de pro-jeto, e o nosso projeto já estájunto ao governo do Estado. Eletem que passar agora por umaavaliação do DAER. Estamosaguardando a aprovação doDAER. Já estou trabalhando poli-ticamente com minhas forças,pessoas que têm bastante in-fluência junto ao Estado.”

Município quer ser parceiro“Com certeza, o município

quer ser parceiro nesta obra. Agente não está querendo que ogoverno entre com todo o valor,mesmo que a gente saiba que éuma responsabilidade do Estado,o município quer entrar com umacontrapartida e ajudar a concluiresta obra.”

Ações paliativas

“A gente sempre dá uma aten-ção a essa estrada. Eu acreditoque foi feita uma recapagem, masa questão da poeira é uma ques-tão natural. Se a gente colocabrita também dá poeira. Sabemosque esse trecho também é umdesvio de pedágio, a populaçãosabe que o movimento é grandepor causa desse desvio. Vamosdar prioridade a esse caminhopara dar um conforto a esses mo-radores. Mas agora, com essaquestão da estiagem, eu nãoposso destinar um caminhãopara molhar a estrada quando eutenho agricultores que não temágua para os animais. São situa-ções complicadas. O municípionão pode assumir um compro-misso desses. A gente pode aju-dar naquilo que for necessário,mas têm coisas que são pratica-mente impossíveis.”

Promessas“Há moradores que estão há

40 anos na beira dessa rodovia.Um dia alguém tem que fazer al-guma coisa, parar de prometer ecomeçar a trabalhar com os pésno chão. Estamos tentando isso,não prometemos nada, mas esta-mos trabalhando muito para quea gente possa, juntamente com acomunidade, fazer essa obra. Nãosei se nesse ano, ou ano que vem,ou ainda quando vai ser, mas oprimeiro passo já foi dado, foiprotocolado o projeto. Agora, agente tem que trabalhar, porquenão depende só do município, vaidepender do Estado que vai ban-car a fatia maior.”

Estado recebe projeto para asfalto em Fazenda Lohmann

“Um dia alguém tem que fazer alguma coisa, parar de prometer e começar a trabalhar com os pés no chão”, diz prefeito Fontana

Caminhões usam o trecho como desvio para o pedágio de Encantado Placas com dizeres de protesto foram espalhadas pela estrada

Joilson Pereira Joilson Pereira

Arquivo JO/Diogo Fedrizzi

Page 15: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012

15Jornal Opinião

Encantado, 20 de janeiro de 2012Roca Sales/Geral

JOILSON PEREIRA

Roca sales - A presidente da Câmarade Vereadores de Roca Sales, Mara Bea-triz Röhsig, juntamente com o vereadorGilvane Bronca, participaram esta se-mana do encontro na casa legislativa deEncantado, com o grupo de munícipesque planeja manifestação contra o rea-juste das tarifas do pedágio.

Inspirados nesta ideia, os parlamenta-res rocassalenses estão mobilizando osdemais vereadores para conversar com acomunidade de Linha Fazenda Lohmann

para que, na próxima semana, ocorra umprotesto semelhante, interrompendo a RS129, para chamar a atenção das autorida-des estaduais.

“Vamos participar do protesto contrao aumento das tarifas do pedágio em En-cantado na próxima semana e, depois,pretendemos realizar manifestação tam-bém em Fazenda Lohmann. Até porquesão lutas parecidas, não queremos que secoloque asfalto nesse trecho em RocaSales e isso incentive os motoristas a usarsó essa rota caso o pedágio fique muitocaro”, conta a vereadora.

Câmara de Roca também organiza protesto

tramandaí – Paz, respeito, felicidade,honestidade, amor, simplicidade, tolerân-cia, liberdade, humildade, união e respon-sabilidade. De iniciativa da FAMURS, oprojeto “Resgate de Valores” visa preser-var, através da educação, a harmonia noconvívio social entre as pessoas.

A proposta foi tema de painel, que con-tou com a presença da jornalista LeilaneNeubarth. O debate foi realizado naquinta-feira (19), durante Assembleia deVerão da FAMURS, no auditório da Prefei-tura de Tramandaí.

“Precisamos preparar o nosso futuro,resgatando os valores éticos, morais e hu-manos das novas gerações através do pro-cesso de aprendizagem escolar”, salientouo presidente da Famurs, Mariovane Weis.

Painelista do encontro, a jornalista Lei-lane Neubarth destacou que a humani-dade já não pode mais conviver sem estesvalores.

“Tenho observado com muita tristezao que acontece hoje em dia. As pessoas seesquecem de dizer “bom dia”, “muito ob-rigado”, “com licença”. A chamada corre-

ria do dia a dia criou um abrutalhamentonas relações humanas”, sintetizou a apre-sentadora da TV Globo News.

Após o pronunciamento da jornalista,a Prefeitura de Porto Alegre assinou otermo de adesão ao projeto. A ideia é ca-pacitar alguns professores da rede públicado município para que esses possam atuarcomo multiplicadores dessa experiência,

instigando a adoção e a retomada destaspráticas por parte de alunos e de profes-sores.

O projeto “Resgate de Valores” foi de-senvolvido pelo Instituto Vivendo Valores(IVV), do Rio de Janeiro, e foi concebidopela Famurs, em ação conjunta com a Fun-dação Escola Superior do Ministério Pú-blico (FMP).

Jornalista da Tv Globo palestra na Assembleia de verão da Famurs

Leilane Neubarth falou sobre o tema “Resgate de Valores”

Divulgação

Vereadora Mara participou da reunião sobre o protesto contra o pedágio em Encantado

Diogo Fedrizzi

Page 16: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 17: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 18: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 19: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 20: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 21: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 22: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 23: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 24: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 25: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 26: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 27: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012
Page 28: Jornal Opinião 20 de Janeiro de 2012

Encantado, 20 de janeiro de 2012

FONTANA ENTREgA PROjETO AO gOVERNOPARA ASFALTO NA FAzENDA LOhMANN

CURIOSIDADEProfessor pesquisa sobre

a origem dos AgostiniPáginas 12 e 13

Página 14Diogo Fedrizzi

ENCANTADOMinistério Público recebe

reclamações contra a AESSulPágina 9