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    J. ALFREDO DOSAMANTES T.

    LITELANTES

    A GRANDE ESTRELA

    DO

    DRAGO

    Ttulo original em espanhol: LA GRAN ESTRELLA DEL DRAGNCopyright by Jess Alfredo Dosamantes Tern

    Registro Internacional:LITELANTES, LA GRAN ESTRELLA DEL DRAGN

    No. 03-2000-100612381200-01Primera Edicin: Mxico, D. F., octubre 2000.

    Derechos Reservados:Jess Alfredo Dosamantes Tern

    Ilustrao da Capa: Foto da Venervel Mestra LitelantesIlustrao da Contracapa: Foto da Venervel Mestra Litelantes e do autor (seusecretrio), J. Alfredo Dosamantes T.

    CIPBrasil. Catalogao-na-fonteSindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

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    DRAGO DE SABEDORIA

    Dentro de cada homem existe um raio que nos une ao Absoluto. Esseraio o nosso resplandecente Drago de Sabedoria, o Cristo Interno, a Coroa

    Sephirtica...

    O homem tem o corpo, a alma e o ntimo. Mais alm do ntimo, todohomem tem trs profundidades: a primeira a origem da vida; a segunda a origem da

    palavra e a terceira a origem da fora sexual. Estas trs profundidades divinais decada homem constituem o resplandecente Drago de Sabedoria...

    Cada homem tem seu Drago de Sabedoria. Ele o Deus Interno, o Alfae o mega, o princpio e o fim. Ele o Cristo Interno que o homem necessita encarnardentro de si mesmo.

    Samael Aun Weor

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    LITELANTES

    AGRANDEESTRELA

    DODRAGO

    J.ALFREDO DOSAMANTES T.

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    PRLOGO DA EDIO EM PORTUGUS

    motivo de grande alegria ver que a memria de nossa amada Mestra Litelantes se perpetuagraas aos esforos de nossos amigos brasileiros que, desde antanho, tm demonstrado de sobra seu

    carinho invarivel pela Esposa-Sacerdotisa do V. M. Samael Aun Weor, que no somente o maisilustre dos gnsticos modernos, como tambm o Buddha Maitreya, o Kalki Avatarda Nova Era deAqurio.

    Qui a obra que agora colocamos para a considerao de nossos amigos de lngua portuguesano tenha os mritos tcnicos e literrios que nossa querida Mestra merece, porm foi escrita commuito carinho buscando render homenagem pessoa mais extraordinria que conhecemos nocaminho da vida.

    Ademais, conforme as instrues que sempre recebemos dela, tambm se busca reafirmar asimplicidade do ensinamento de seu amado Esposo-Sacerdote, o V.M. Samael Aun Weor, pois sexemplos de simplicidade recebemos da Mestra que insistia no fato de que era intil complicarmos acabea com teorias; que o caminho para nos corrigirmos a orao ao Pai, o estudo, a meditao...

    Em sua linguagem simples: Temos muito endurecido nossos coraes e devemos amain-locom a orao ao Pai; que devemos pedir constantemente ao nosso Pai, orar-lhe e adorar-lhe...

    Isso, alm do mais nos permite lgica e consequentemente a constante recordao de nsmesmos, a formao do centro de gravidade consciente e a Vida plena, real, verdadeira, nos planosfsico e espiritual.

    Esta simplicidade a encontramos, efetivamente, no Mestre, como se pode ver em uma de suascitaesentre outros muitos de seus livrosem sua obra Logos, Mantra e Teurgia:

    Todo discpulo assistido por um Guru, pelo Anjo Guardio. Antes de ensaiar a prtica desada em astral invoque o auxlio do Mestre ou Anjo Guardio. Rogue, antes de tudo, ao Deusinterno para que Ele, em lngua sagrada chame o Guru. Indubitavelmente esse Mestre efetiva para odiscpulo, de forma consciente, a sua sada em corpo astral

    Como se pode apreciar, muito simples adorar o Pai e rogar-lhe, suplicar-lhe, e no necessriomaior cincia, sendo suficiente manter o corao anelante de luz.

    Na moderna e impactante realidade, o Gnosticismo de nossos Gurus no difere dos primevossculos do Cristianismo: Segue baseado nos trs fatores da revoluo da conscincia: Se algum quervir aps mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz dia aps dia, e siga-me (Lucas 9: 23).

    A Cruz da Sexualidade Sagrada que devemos tomar, segue sendo pedra de tropeo e rocha deescndalo.

    Desde os alvores do Cristianismo, os maiores apstolos, So Pedro e So Paulo insistiam naquesto da correo sexual do indivduo, como chave do ensinamento:

    Porque a vontade de Deus a vossa santificao: que vos aparteis da fornicao; que cada um

    de vs saiba obter posse do seu prprio vaso em santificao e honra; no com concupiscncia,como os gentios que no conhecem a Deus (1 Tessalonicenses 4:3-5).Semelhantemente vs, maridos, continuai a morar com elas segundo a cincia, dando-lhes

    honra como a um vaso mais frgil, o feminino,e como herdeiras da graa da vida, a fim de que asvossas oraes no sejam impedidas.

    Essacinciada qual fala So Pedro veio a ser revelada publicamente pelo nosso bendito MestreSamael Aun Weor. Agora fica em nossas mos a questo de saber utiliza-la.

    Essa bendita cincia, que d honra mulher comoo vaso mais frgil explicada abertamentepelo nosso Amado Mestre quando nos fala acerca do Grande Arcanoe da transmutao das forassexuais do indivduo.

    O sexo e ser a pedra que veio a ser cabea de ngulo. E seu aspecto de pureza e

    transcendncia quer dizer, a Pedra Filosofal j havia sido descartada pelos edificadores muitoantes do advento de nosso Senhor Jesus Cristo.

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    duro afirmar-se na Pedra Sagrada, na Pedra Filosofal; muito mais fcil se edificar sobre asmovedias e cambiantes areias das inumerveis teorias e interpretaes...

    Os Mestres da Luz nos amam com verdadeiro carinho e sofrem as dores do parto para que oCristo se forme em ns outros.

    Nossa Venerada Mestra Litelantes Pedra Antiga nos amou com puro e profundo amor e

    sofreu dores do parto por ns para que nos corrijamos, para que regressemos ao Pai... Oremos eatuemos em conformidade para no decepcion-la.A Mestra, com alegria nos amou e conviveu conosco. Era uma criana travessa de alma

    purssimacomo uma inocncia consciente e, ao mesmo tempo e por sua vez, um general, umaespcie de companheiro de armas, s vezes superexigente; noutras vezes, muito tolerante, umcompanheiro muito simptico e simples, do mais agradvel e alegre aspecto.

    Espero que minhas palavras, traduzidas para nossa lngua irm a doce e rtmica lngua deCamespossam dar uma simples idia do maravilhoso Ser que foi e nossa amada Mestra.

    A ocasio propcia para reconhecer o labor de nossos amigos de San Antonio, Texas, USA eCanad que se deram tarefa de venerar a memria de nossa Bendita mestra Litelantes, dedicando-lheuma Igreja: Litelantes & Samael Aun Weor Christian-Gnostic Church e/ou Igreja Crist-Gnstica

    Litelantes e Samael Aun Weor (IGLISAW), reconhecimento que tambm estendemos a nossosamigos de Ica, Peru.

    No Mxico fundamos a Instituio Crist-Gnstica Litelantes e Samael Aun Weor, A.C.(IGLISAW)e restauramos a Sede Mundial do Mxico, a Sede Patriarcal do Mxico, quer dizer, aSede Mundial das Instituies Gnsticas.

    Agora temos alegria de sobra de saber que no Brasil nossos amigos tambm fundaram aInstituio Crist-Gnstica Litelantes e Samael Aun Weor, para maior honra e glria de nossosBenditos Mestres.

    Que seja bem-vindo todo esforo de venerao e adorao dos Mestres que nos deram luz epropsito a nossas vidas, desejando-lhes o maior de todos os xitos.

    Entendemos que um dever-direito e gozo espiritual venerar o Cristo Csmico SagradoUniversalUnidade Mltipla Perfeitae suas distintas expresses, tal como sucede com os Cristoshistricos, quer dizer, aqueles Boddhisatvas que encarnaram seu Real Ser Interior Profundo,verdadeiras encarnaes de Vishn, que vm para transmitir sua mensagem regeneradora.

    to incompleta a forma pela qual s adoremos ao Cristo histrico (Jeshua Bem Pandir) semadorar ao Cristo Csmico segundo disse o prprio Mestre como incompleto est o fato dedesdenhar, ao invs de adorar e venerar o Cristo histrico. Isso se que, em verdade, se busca veneraro Cristo Csmico, pois o prprio Mestre dizia acerca do Divino Rabi da Galilia as expresses maisternas: O Adorvel, O Bezerrinho, O Divino Kabir, entre outras.

    No justo meio est a virtudein medio est virtusdiziam os romanos. O To o caminho domeio, nosso Senhor Samael o enfatiza. Por isso devemos amar e venerar ao Cristo-Fora Csmica,

    como tambm ao Cristo-Homem, cujas ltimas expresses so as dos Venerveis Mestres Huirakocha(precursor), Samael Aun Weor e Litelantes.Por ltimo, mais ainda no ao finale talvez o mais difcildevemos adorar fervorosamente ao

    nosso Cristo-Interno, individual, particular. Por isso o Mestre, em suas Mensagens de Natal, alenta-nos para que o Cristo nasa em nossos coraes, pois em vo veio o Adorvel, o Divino Rabi daGalilia, se o Cristo no nasce em nossos coraes.

    Isso o que verdadeiramente nos ensinaram os Mestres Litelantes e Samael enquanto estiveramencarnados. Apesar disso, cumprindo com o Dever Parlok do Ser, nunca fomentaram sua prpriaadorao pessoal Sigam o Ensinamento e no a minha pessoa, reiteravam ambos comotampouco isso foi fomentado pelos grandes Mestres que o foram no mundo.

    Agora comeamos a entender que, uma vez que abandonaram seus corpos, converteram-se de

    Venerveis em Adorveis Mestres se se nos permite a expresso pois so dignos da maiorAdorao.

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    Para este fim destinada a obra que agora vemos formosamente composta na doce lngualusitana, fato este que consideramos um grande triunfo para nossa amada Mestra Litelantes.

    Temos a firme convico de que a obra da Mestra abrir muitos olhos e novos entendimentos doensinamento do Mestre em nossos amigos brasileiros e, em geral, de lngua portuguesa.

    Insistem nossos Venerados Mestres na urgncia de entregar este sagrado ensinamento, de

    compreender os processos de dissoluo do ego e na maneira em que, com a bendita ajuda da mulher,podemos transformar nossa alma em esprito para que se plenifique com a graa do Esprito Santo.No desejam outra coisa para ns os Mestres da Branca Irmandade e os Avataras ou

    encarnaes de Vishn, como diriam os hindustnicos.Apesar disso, esta humanidade se dedica com firmeza prolixa maledicncia, vingana e

    guerra, ao invs de se dedicaram orao, meditao e ao direta de ajuda ao prximo: acaridade... Verdadeiro propsito dos Senhores da Luz ao entregar estes ensinamentos, razes degrandes religies.

    Esta situao se apresenta evidentemente em todos os grupos, lojas, seitas, filosofias e religies,pois se os distintos membros, fiis ou simpatizantes nos dedicramos seriamente a caminhar firmes nocaminho que ensina cada uma delas, haveria a mais absoluta paz no mundo e poderamos nos

    comunicar livremente com os anjos e com os elementaisda natureza; falaramos o Horto purssimodos deuses, como diziam os antigos quer dizer, uma s Lngua de Ouro e se veriam maravilhassobre a face da Terra.

    A dura realidade outra, como bem sabemos: Se no existe mudana individual no existemudana coletiva; se no h paz interior, no h paz exterior. Se o ego nos domina, tornamo-nosegicos, como indubitavelmente o vemostanto em ns como nos demaistodos os dias e ao longoda negra Histria deste Kali Yuga.

    Os sinais dos tempos anunciados pelo Venervel Mestre Samael Aun Weor so visveis. Portodos os lugares vemos guerras e rumores de guerras, enfermidades e epidemias desconhecidas edesnorteadoras. Ademais, no preciso ser sbio nem profeta para perceber que com to s tirar odispositivo nuclear do foguete no se elimina o problema, j que tanto como tirar o carregador da

    pistola automtica, ou seja, em qualquer momento se pode recarregar...Por essa razo recordamos as palavras de nosso Guru:Aproxima-se a Era de Aqurio e necessrio abrir todas as faculdades; aproxima-se a Era da

    Luz e necessrio despertar todos os poderes. Mais do que nunca devemos agora ser prticos eprticos, repitocem por cento.

    O tempo de ficar teorizando j passou, irmos. Agora viro acontecimentos terrveis para ahumanidade e bom que ns estejamos preparados(Conferncia: Matria, Energia, Mantras).

    As circunstncias, tanto sociais como crsticas (internas) nos exigem a incessante prtica, assimcomo a maior tolerncia e respeito por todas as religies e escolas filosficas ou esotricas.

    Devemos buscar os pontos de unio e no as diferenas. Estas ltimas temos que olvid-las.

    Melhor que digamos: Religiosos do mundo, uni-vos!Os Mestres da Branca Irmandade nos convidam a conquistar a paz interior e exterior, no aguerra ou a disputaque sempre ser intilentre os homens e suas religies.

    Por isso seguem vigentes as palavras do Anjo do Senhor:No temais porque aqui vos dou boas novas de uma grande alegria que todo o povo ter,

    porque hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador, que Cristo, o Senhor. E isto vos servir desinal: Achareis uma criana enfaixada e deitada numa manjedoura. E, repentinamente, apareceu como anjo uma multido das hostes celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glria a Deus nas alturas, e naterra paz entre os homens de boa vontade! (Lucas 2:14).

    Nossa amada Mestra Litelantes dizia que a paz era algo que podemos conseguir no caminho davida e que realmente s temos chispas de verdadeira felicidade na vida. Porm, que a paz interior

    sim, pode tornar-se uma conquista permanente se nos propusermos a alcan-la.

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    A chave, reiterava-nos a Mestra, enchendo-nos de boa vontade, que nos faz a vida fcil,enchendo os nossos coraes de perdo, tolerncia, esquecimento das ofensas, e liberao total dodio, da inveja e da maledicncia.

    Esperamos que a amorosa recordao de nossa bem-amada Mestra, por meio destas pginas,possa nos ajudar a encontrar to anelados valores.

    Disse o antigo provrbio castelhano: Querer poder. Nossa Mestra Litelantes nos ensinouainda melhor: Querer fazer.Que a paz seja com vocs.

    Alfredo DosamantesMxico, 5 de fevereiro de 2008

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    PRLOGO

    As rosas benditas daespiritualidade florescem na cruz

    do matrimnio perfeito.

    Samael Aun Weor

    Em sua obra Vontade Cristo o Venervel Mestre Samael Aun Weor nos diz que, naConstelao do Drago, oficia o Tribunal da Justia Csmica. Portanto, nossa Venervel MestraLitelantes, Juza desse Tribunal, uma Grande Estrela do Drago. grande, sim, e muito grande,

    porque o nico filho dos Senhores do Tribunal que tem assento autnomo...

    Este ensinamento comeou por meio do apoio que o nosso Mestre Samael recebeu dos Mamasda Serra Nevada de Santa Marta, Colmbia, o Tibete da Amrica. Cristalizou-se, por meio do

    poderoso auxlio que recebeu dos Benditos Senhores Kout Hum, Moria e Adona, aos quais oMestre sempre dispensou uma especial devoo, segundo me reiterou, continuamente, nossa amadaMestra. Invoco seu amparo e proteo, confiando em sua poderosa ajuda para entregar estas

    palavras.

    Busca-se, nesta obra, dar uma idia simples da maravilhosa pessoa que foi nossa queridaMestra Litelantes. No se pretende falar sobre suas coisas secretas, seno de seu ensinamentofundamental, que no se afasta o mnimo que seja, daquilo que nos entregou o Mestre Samael.Qui, a nica diferena que encontraremos que nossa bem-amada Mestra foi mais rigorosa emsua aplicao.

    Confesso que reflexionei bastante antes de me dar tarefa de escrever este livro. Cheguei concluso de que seria egosmo de minha parte no transmitir o que vivi ao lado da VenervelMestra, mesmo sendo pouco o que minha pessoa possa dizer desse corao de ouro que nossa

    Mestra tinha.Tambm o que me move a escrever o fato de precatar-me, pois j comeam a alterar suas

    palavras. H quem ponha em sua boca coisas que ela nunca disse, e no somente no as disse, senoque, sistematicamente, dizia o contrrio.

    Dizer falsamente que nossos Mestres afirmaram ou negaram tal ou qual coisa equivale apretender roubar-lhes suas virtudes... uma infmia, em toda a extenso da palavra.

    H quem, todavia, v mais alm e, supostamente, fala em sonhos com a Mestra, depois que elafaleceu, dizendo tais despropsitos que no resistem a uma anlise. Isso porque, em vida, a Mestra

    disse exatamente o oposto do que essas pessoas presumem haver visto e ouvido no mais alm.

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    Sei muito bem que minhas palavras esto na balana e que os Mestres da Lei julgaro se seajustam verdade, pois a eles devo prestar contas. Triste papel eu faria, se ao invs de fazer umtributo sagrada memria de nossa querida Mestra eu colocasse, em sua boca, palavras que elanunca disse.

    Difcil ocultar a verdade das coisas diante dos Mestres da Irmandade Branca, pois no h nadaoculto que no deva ser revelado e a mentira sempre fica em evidncia...

    Quando comecei a viver na casa da Venervel Mestra Litelantes, quer dizer, quando tive essaGrande Ddiva de Deus, imediatamente ela me disse algo que eu lhe havia ocultado.

    Recordo de lhe haver comentado que, na noite anterior, havia sonhado com ela com vestes etouca brancas e me puxara bruscamente um dedo da mo direita. Reagi e confessei Mestra,

    precisamente, o que agora ela me dizia. A Mestra me respondeu: Sim, quando se d um puxo nodedo de algum, imediatamente, essa pessoa diz ou solta tudo.

    Dessa forma, aprendi rapidamente a no lhe ocultar nada, muito menos a mentir-lhe, e desdeento sigo firme nesse propsito, pois sei muito bem que ela escuta minhas palavras... Oxal minhas

    palavras possam alcanar a categoria de homenagem!

    Esta obra dedicada s pessoas simples que no vem com o intelecto, cheio de preconceitos,seno com o corao; pessoas que sempre esto dispostas a escutar o ensinamento de nossosVenerveis Mestres Litelantes e Samael Aun Weor.

    O que pude apreciar em minha experincia ao lado da Mestra Litelantes (em 14 anos) que aspessoas simples que muitas vezes no sabiam nem sequer ler e que recebiam o ensinamentoverbalmente, dos instrutores, ou escutando as gravaes das conferncias do Mestre Samaelso asque realmente perduram neste difcil caminho e que tm vivncias reais e concretas acerca desseconhecimento.

    Assim, dirijo minhas palavras queles que, sinceramente, querem escutar os ensinamentos doSer mais maravilhoso que havamos conhecido: nossa Venervel Mestra Litelantes.Verdadeiramente, nossa Mezinha nos presenteou, com todo o seu amor, o mais extraordinrio dosensinamentos: o exemplo.

    Alfredo Dosamantes

    Outubro de 2000

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    MESTRE KOUT HUM SAGRADO

    s terno o corao do PaiMestre Kout Hum sagrado.s a raiz dofohatque arde,

    s, na verdade, o Cristo bem-amado.

    Oh tu, dono do silncio,crisol da sabedoria!Teus ps reverencio,Senhor da Alegria!

    Teu caminho de regenerao

    nos salva do Averno,livra-nos da tentaopelo amor paterno.

    Deus ps em tuas moso sagrado ensinamento,para dar aos humanos

    o consolo e a esperana.

    Quando um novo Cristo,encarna sua Divindade

    o campo fica prontopara semear eternidade...

    s gloria da santa cruz,da Divina Me o contentamento,

    de nosso Pai a fulgente luz,e do sagrado Amor o firmamento.

    s, enfim, oh, bendito Mestre!o divino misturado com o humano,

    o verdadeiro Pai-nosso,que se torna nosso irmo.

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    CAPTULO 1

    QUEM FOI A VENERVEL MESTRA LITELANTES?

    Era muito difcil penetrar na enigmtica personalidade de nossa Venervel Mestra Litelantes. Anica pessoa que verdadeiramente a conheceu foi seu esposo-sacerdote. E, certamente, o Mestre sfalou um pouco sobre sua misteriosa esposa-sacerdotisa.

    Assim sendo, no ser minha pessoa quem dir quem foi, realmente, internamente, nossa bem-amada Mestra, seno nosso Senhor Samael Aun Weor. E sero suas prprias palavras que faro adescrio de nossa Grande Senhora.

    Mestra daCincia-j inas

    O Mestre Samael fala pela primeira vez, e abertamente, sobre a Venervel Mestra Litelantes, emseu Tratado de Medicina Oculta e Magia Prtica, que foi editado pela primeira vez em 1952.

    Nessa obra ele diz textualmente o seguinte:

    A Guru L I TELANTES, conhecida na Terra com o nome profano de Arnolda de Gmez,ensinou-me a r espeito dos estados-de-ji nas.

    Esta Dama-Adepto minha esposa-sacerdotisa e minha colaboradora esotrica. Eu havia lidomuita literatura ocultista, mas jamais havia encontrado dados concretos sobre o modus operandidos estados-de-jinas.

    O Venervel Mestre Huirakocha, em sua novela inicitica, conta-nos o interessante caso docomandante Montenero que, com seu corpo fsico em estado-de-jinas, entrou no Templo deChapultpec, no Mxico, para receber a Iniciao Csmica.

    Dom Mrio Roso de Luna tambm nos fala maravilhosamente sobre os estados-de-jinas.

    Entretanto, nenhum escritor espiritualista jamais nos havia ensinado a frmula concreta para

    colocar o corpo fsico em estado-de-jinas.Aprendi esta frmula com minha esposa-sacerdotisa, que me ensinou de forma prtica. Vm

    minha memria muitas coisas interessantes daquela poca.

    Por volta do ano de 1946, minha esposa e eu vivamos no povoado tropical de Girardot(Cundinamarca, interior da Colmbia). Certo dia, a Dama-Adepto me falou: Esta noite metransportarei com meu corpo fsico, em estado-de-jinas at a casa da senhora e... farei com que ela

    sinta minha presena, e ali deixarei um objeto material.

    Um pouco intrigado eu lhe perguntei: possvel algum se transportar com o corpo fsico por

    meio dos ares e sem a necessidade de um avio? A Guru LITELANTES sorrindo, disse-me: Jvers!

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    Muito cedo fui visitar aquela senhora que, bem impressionada, disse-me que durante toda anoite havia percebido rudos e passos de uma pessoa estranha dentro da casa.

    Depois me contou que, dentro de seu aposento, devidamente fechado com cadeado, havia

    encontrado certos objetos materiais pertencentes senhora Arnolda.

    Muito assombrado com o episdio, fui contar o caso Dama-Adepto que, sorrindo, disse-me:J vs que sim, que se pode viajar com corpo fsico emestado-de-jinas.

    Mais tarde, ela me convidou para fazer uma excurso com o corpo fsico pelos domnios dessamaravilhosa terra-de-jinas, das quais fala Dom Mrio Roso de Luna.

    Certa noite, a mais quieta, a mais calada... estava deitado em minha cama, em perfeito estadode viglia; de repente, a Dama-Adepto me disse: Levanta-te da cama e vamos...

    A Dama-Adepto havia colocado seu corpo fsico em estado-de-jinas e estava rodeada pelasterrveis foras csmicas do deus Harpcrates.

    Levantei-me de meu leito e cheio de f a segui, caminhando com passo firme e decidido. Umavoluptuosidade espiritual me embriagava e, ento, resolvi flutuar nos ares. Compreendi que eu mehavia submergido dentro do plano astral, porm com o corpo fsico. Entendi que quando o corpo

    fsico se submerge dentro do plano astral, pode levitar e fica sujeito s leis do plano astral, pormsem perder as suas caractersticas fisiolgicas.

    A Dama-Adepto me fez voar por cima de grandes precipcios e montanhas, para testarmeu valor.

    Depois de uma excurso muito interessante realizada pelas remotas terras-jinas, a Dama-Adepto e eu regressamos casa onde vivamos.

    Segui experimentando, por minha conta e descobri que para algum se transportar com o corpofsico em estado-de-jinas s necessita de uma quantidade mnima de sono e muita f.

    Mais tarde a Dama-Adepto me explicou algo sobre o Ovo rfico e sobre os estados-de-jinas.

    Vem-me memria o Ovo de Ouro de Brahma, que simboliza o Universo.

    Nossa Terra tem forma oviforme. A primeira manifestao do Cosmo em forma de ovo era acrena mais difundida na antiguidade.

    O ritual egpcio diz que Seb, o Deus do Tempo e da Terra, ps um ovo, o Universo; um ovoconcebido na hora do Grande Uno da Fora Dupla.

    O Deus Ra representado pelos egpcios em processo de gestao, dentro de um ovo.

    O Ovo rfico figurava nos Mistrios Dionisacos. Na Grcia e na ndia, o primeiro sermasculino visvel, que reunia em si mesmo os dois sexos, era representado saindo de um ovo.

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    O ovo simboliza o mundo. Dessa forma, a lgica nos convida a pensar que no ovo existemgrandes poderes ocultos.

    A GuruLITELANTES me explicou a frmula mgica do ovo e me disse que, com o ovo,uma pessoa podia colocar o corpo fsico em estado-de-jinas.

    necessrio se fazer um pequeno furo no ovo, na parte extrema e pontiaguda, e por esseburaquinho, extrair sua gema e sua clara. Deve-se esquentar ligeiramente o ovo na gua, antes de

    fazer o furo. O discpulo dever pintar esse ovo com a cor azul. Coloca-se a casca oca prxima cama e o discpulo deve adormecer imaginando-se metido dentro do ovo.

    O Mestre Huirakocha diz que, nestes instantes, o discpulo deve invocar o deus Harpcrates,pronunciando o seguinte mantra: HAR-PO-CRAT-IST.

    Ento, o deus Harpcrates levar dentro do ovo o discpulo, que sentir um grandeformigamento ou coceira em seu corpo.

    O discpulo se sentir incomodado, porque ter a posio desconfortvel, tal como a de umpombinho dentro do ovo. O discpulo no dever reclamar, pois o deus Harpcrates o transportara qualquer lugar distante, abrir o ovo e o deixar l.

    Inicialmente, o estudante s conseguir transportar-se em corpo astral. Mais tarde, o estudantej poder transportar-se com seu corpo fsico em estado-de-jinas. Isso uma questo de muitaprtica e tenacidade.

    O estado-de-jinas nos permite realizar todas essas maravilhas. A Guru L ITELANTES medemonstrou, de forma prtica, como o corpo fsico em estado-de-jinas pode assumir distintas

    formas, aumentar e diminuir de tamanho vontade.

    Realmente, a Medicina oficial no conhece o corpo fsico, seno seus aspectos puramenteprimrios ou elementais. Apesar disso, os cientistas ignoram totalmente que o corpo fsico plstico e elstico. A Anatomia e a Fisiologia oficiais ainda se encontram em estado embrionrio.

    As foras que aGuru LI TELANTESme ensinou a manejar so as foras harprocratianas,que agitam e palpitam em todo o Universo.

    As foras de HAR-PO-CRAT-IST se constituem em variaes das foras crsticas.

    Onde quer que haja um estado-de-jinas, um desdobramento astral, um templo-jinas ou um lagoencantado, ali estaro as foras de HAR-PO-CRAT-IST, em funo ativa.

    Com estas prticas de HAR-PO-CRAT-IST, o discpulo vai acumulando essas energias de HAR-PO-CRAT-IST que mais tarde lhe permitir realizar verdadeiras maravilhas e prodgios.

    Esta cincia maravilhosa aprendi com a Guru L ITELANTES, minha esposa-sacerdotisa, quetrabalha nos mundos superi ores como um dos quarenta e dois Juzes do Carma.

    O Mestre Samael, a propsito de sua esposa-sacerdotisa, declara trs coisas substanciais:

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    1) Que uma Guru (ou melhor, uma poderosa Guru, como precisa em sua outra obraMistrio Maiores).

    2) Que um dos quarenta e dois Juzes do Carma.

    3) Que aprendeu, por meio dela, a frmula concreta para colocar o corpo fsico em estado-de -jinas.

    Resulta bastante intrigante a segunda confisso, pois nos d uma idia da exaltao, do grau demestria que nossa Mestra tinha, j que os Senhores do Carma so elevados em toda a exaltao,desde o momento em que se constituem nos instrumentos primordiais do Pai,Brahma, para mantera ordem do Cosmo.

    O Venervel Mestre Samael menciona que na Aurora doMahamanvantara, os deuses choramao saber o carma que tero que pagar, durante o Dia Csmico. Por esta razo, podemos inferir quetodos os deuses esto sujeitos autoridade e potestade dos Senhores da Justia Csmica.

    Portanto, a exaltao dos Juzes do Carma to grande, pois eles so os imediatos executores daVontade do Pai, Osris, oPro Pator, seus subordinados mais prximos, diante dos quais se inclinamos deuses. Eis a a hierarquia de Nossa Senhora Litelantes! Salve, Pai-nosso Anbis, Osris Un-

    Nefer Glorioso!

    Com este antecedente, no nos causa estranheza que a Mestra ensinara ao Mestre Samael afrmula concreta para colocar o corpo fsico em estado-de-jinas.

    O Mestre Samael nos aclara que, tanto o doutor Arnoldo Krumm-Heller (V. M. Huirakocha)como Dom Mrio Roso de Luna falam a respeito dos estados-de-jinas, no entanto, nenhumescri tor espir itual ista jamais nos havia ensinadoa frmula concreta para colocar o corpo fsicoem estado-de-jinas.

    Esta afirmao evidencia que o conhecimento de nossa bem-amada Mestra superior ao dessesescritores esoteristas e at ao do prprio Mestre Samael, que recebeu dela a apreciada frmula.

    No obstante isso, convm assinalar que, em certa ocasio, a Mestra me expressou que oAv, como costumava falarcarinhosamente, ao se referir ao seu esposo, j sabia se converter emfelino, mesmo antes de se casar com ela. Quer dizer, ele j havia aprendido com os arahuacos daSerra Nevada de Santa Marta, Colmbia, o Tibete da Amrica, a tcnica que conhecemos como

    nagualismo, mas somente no tocante a algumas variedades de felinos.O Mestre Samael possui, portanto, a tcnica especfica das Cincias-jinasque o convertia em

    um felino, mas no a tcnica genrica para tomar qualquer outra forma, a qual aprendeu,exclusivamente, por meio da prpria Mestra Litelantes.

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    Colaboradora Esotrica do Mestre

    A outra obra onde o Mestre Samael fala enfaticamente acerca de nossa Mestra a Mensagem

    de Natal de 1954, na qual dedica-lhe o frontispcio e as primeiras palavras.

    Efetivamente, aparece uma foto da Mestra no frontispcio, com vestes e touca brancas. Naprimeira pgina da citada obra, encontramos o seguinte texto:

    Venervel Mestra LITELANTES, Esposa do Venervel Mestre AUN WEOR.

    Esta Dama-Adepto goza de conscincia contnuae por meio de inumerveis reencarnaeslogrou aperfeioar e fortalecer certas faculdades ocultas que, entre outras coisas, permitem-lherecordar suas vidas passadas e a Histria do Planeta e de suas Raas. Tem sido a colaboradoraesotrica do Venervel Mestre AUN WEOR. Descobriu osestados-de-jinasmencionados por Dom

    Mrio Roso de Luna e Arnoldo Krumm-Heller. Colaborou com o Mestre AUN WEOR nainvestigao cientfica dos elementais-vegetaisque figuram na obra Tratado de Medicina Oculta eMagia Prtica.

    Esta Dama-Adepto um dos 42 Juzes do Carma. absolutamente silenciosa e como jamaisfaz apologia de seus poderes e de seus conhecimentos, os pedantes da poca esgotam sua babadifamatria contra ela.

    A Guru Litelantes trabalha annima e silenciosamente no Palcio dos Senhores do Carma. EstaDama-Adepto a Alma gmea do Venervel Mestre AUN WEOR e, por meio de inumerveisreencarnaes, tem sido sempre a fiel companheira do Mestre.

    Esta poderosa vidente possui em sua mente toda a sabedoria dos sculos, e com suasfaculdades clarividentes, tem colaborado com o Mestre AUN WEOR, estudando os distintosdepartamentos elementais da natureza.

    (Veja as obras Rosa gnea e Tratado de Medicina Oculta e Magia Prtica escritas peloMestre AUN WEOR)

    Destas palavras podemos deduzir as seguintes concluses:

    1) Goza de conscincia contnua.2) Possui faculdades ocultas que, entre outras coisas, permitem-lhe recordar suas vidas

    passadas, a Histria do Planeta e de suas Raas.

    3) Tem sido a colaboradora esotrica do Mestre Samael.

    4) Descobriu osestados-de-jinas.

    5) um dos 42 Juzes do Carma.

    6) Jamais faz alarde de seus poderes nem de seus conhecimentos.

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    7) a Alma gmea do Mestre Samael.

    8) Em todas as reencarnaes tem sido sempre a fiel companheira do Mestre.

    9) uma poderosa vidente.

    10) Possui em sua mente toda a sabedoria dos sculos.

    11) Colaborou com o Mestre estudando os distintos departamentos elementais da natureza.

    12) Com sua ajuda, o Mestre Samael pde escrever as obras Rosa gnea e Tratado deMedicina Oculta e Magia Prticae podemos dizer que, tambm, toda a sua obra.

    A primeira obra que o Mestre escreveu foi a Porta de Entrada a Iniciao, tambm chamadaO Matrimnio Perfeito deKinder, editada em 1950.

    Em seu Tratado de Medicina Oculta e Magia Prtica, editado em 1952, o Mestre j falaabertamente da Mestra e de suas extraordinrias faculdades.

    Em 1954 ratifica tudo o que disse sobre ela e, alm disso, amplia seu catlogo de faculdades; noentanto, tambm expressa que os pedantes da poca esgotam a sua baba difamatria contra ela, oque seria uma constante em sua vida.

    Efetivamente, at a presente data posterior sua desencarnao os pedantes, santarres esabiches da poca continuam comprazendo-se em esgotar a baba difamatria contra ela.

    Bem sabemos pela prpria Mestra, por seus filhos e por alguns estudantes daquela poca, quedesde o princpio da misso do Mestre Samael, a maioria de seus seguidores a olhavam comdesprezo (entre outras coisas, porque ela no era conferencista e nem universitria) e procuravamhumilh-la, relegando-a para os afazeres da cozinha.

    No obstante, ela sempre suportou com a maior equanimidade esses desprezos, pois afirmavaque no se importava com a m vontade ou com os falatrios das pessoas, ao contrrio, agradecia-lhes, pois lhe faziam um favor: ao menos falavam dela, mesmo que fosse mal; que as pessoas no

    pagavam o seu telefone, seu aluguel, seus cigarros e nem seus caprichos; que quanto mais falavammal dela, mais ela comia, divertia-se e mais passeava; que uma loucura se importar com osmaldizentes, pois se se importasse com o que as pessoas diziam dela, de h muito j teria

    desencarnado etc.

    A Virgem da Lei

    Em 1956 foi editada pela primeira vez uma belssima obra do Venervel Mestre Samael AunWeor, intitulada Os Mistrios Maiores, onde o Mestre volta a se referir nossa querida Mestranos seguintes termos:

    Os que sabem sair em astral e que sabem acertar suas contas no Tribunal do Carma recebem

    os ensinamentos diretamente, nos templos de mistrios; esses que recordam suas reencarnaespassadas, esses sim, sabem, mesmo que no tenham lido, jamais, um nico livro de Ocultismo;

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    mesmo que sejam no mundo, pobres analfabetos, ainda que no passem de simples cozinheiros oundios selvagens, esse o tipo de gente que sabe verdadeiramente.

    Ns conhecemos dois poderosos iluminados que so muito simples; Um deles um ndio

    selvagem da Serra Nevada de Santa Marta, Colmbia; o outro a poderosa Guru L ITELANTES,Grande Mestra da Justia Csmica. Esses dois poderosos iniciados gozam do privilgio depossurem conscincia contnua. Em tais condies privilegiadas, esses dois iniciados possuemconhecimentos que jamais poderiam ser escritos, porque se fossem escritos seriam profanados.

    Os grandes intelectuais que conheceram esses dois Gurus, olharam para eles com desdmporque esses dois iniciados citados no falavam como papagaios no estavam cheios desantimnia, no eram intelectuais, nem andavam propalando seus assuntos esotricos.

    Conhecemos outros, que s despertam a conscincia esporadicamente, de vez em quando, queno passam de principiantes nestas coisas. O importante possuir conscincia contnua no plano

    astral; para isso temos dado prticas e chaves neste livro.

    Aquele que no sabe sair em corpo astral, conscientemente, no sabe nada de Ocultismo,mesmo que tenha o grau 33 no clube da Maonaria; mesmo que seja aquarianista; mesmo que se

    proclame tesofo ou se qualifique como cavalheiro Rosa-cruz.

    Qualquer um pode ler livros de Ocultismo ou teorizar magnificamente, mas possuirconscincia consciente da sabedoria oculta outra coisa.

    A verdadeira sabedoria oculta estudada nos mundos internos. Aquele que no sabe sair emastral no sabe sobre Ocultismo.

    De tudo isto, podemos inferir o seguinte a respeito da Venervel Mestra Litelantes:

    1) Sabe sair em astral.

    2) Sabe ajustar suas contas no Tribunal do Carma.

    3) Recebe os ensinamentos diretamente nos templos de mistrios.

    4) Recorda suas reencarnaes passadas.

    5) Possui verdadeira sabedoria.

    6) uma poderosa iluminada.

    7) uma poderosa iniciada.

    8) Goza do privilgio de possuir a conscincia contnua.

    9) uma Grande Mestre da Justia Csmica.

    10) Possui conhecimentos que jamais poderiam ser escritos, porque se fossem escritos seriamprofanados.

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    11) No fala como papagaio, no est cheia de santimnia, no intelectual e no andapropalando seus assuntos esotricos.

    12) Possui conscincia contnuano plano astral.

    13) Possui conscincia consciente da sabedoria oculta.

    O Mestre Samael assinala claramente que s conheceu duas pessoas que tiveram as faculdadesdescritas: nossa bem-amada Mestra Litelantes, e um ndio selvagem da Serra Nevada de SantaMarta, Colmbia.

    Em virtude do que descrito nessa passagem do livro Os Mistrios Maiores, seu autorocasionou entre os seguidores de um discpulo do Mestre que por certo lhe deu as costas, pois serebelou contra a Mestra que o consideraram como o personagem mencionado como ndioselvagem da Serra Nevada, de Santa Marta, Colmbia. Por isso, pedi Mestra que me explicasse

    de quem se tratava.

    A Mestra me afirmou, enfaticamente, que o Mestre Samael se referia ao Mama CeferinoMaravita o que, efetivamente, concorda com o texto, pois o discpulo citado, apesar de sermoreno, no era ndio, muito menos selvagem, j que se tratava de um fazendeiro com sobrenomede origem basca, por certo.

    Ao concluir a obra Os Mistrios Maiores, no ltimo captulo, o Mestre Samael reitera que sconheceu dois personagens que esto preparados para aGnosis: um ndio e a Mestra Litelantes.

    Alm disso, o Mestre menciona um fato singular: Com estas instrues e prticas o homempode alcanar o grau de Cristo; a mulher alcana o grau de Virgem. LITELANTES, a Virgem daLei, poderosa.

    O curioso desta expresso que o documento mais importante da Cabala, o Zohar, fala daVirgem da Lei. Relata-nos (II, 94 b) que a Tora Lei, a Luz Divinal, o conhecimento verdadeirocomo uma belssima virgem, revela seus mais profundos segredos s queles que a amam. Ela sabeque aquele que quer ser sbio de corao ronda as grades de sua morada, dia aps dia.

    A princpio o chama de ingnuo e o convida a conversar com ela, sob o vu que coloca assuas palavras, para que ele possa ajustar sua forma de entendimento e possa progredir

    gradualmente. Isto se conhece como Derashah (derivado das leis, da letra das Escrituras).Depois ela fala, coberta com um delgado vu de tule muito fino, por meio de enigmas e

    alegorias e a isto se chama Haggadah.

    Quando, por fim, ele se aproxima o suficiente dela, a Virgem descobre seu rosto e mantm comele uma conversao acerca de todos os seus misteriosos segredos e de todos os caminhos secretosque esto ocultos em seu corao, desde tempos imemoriais. Assim, um homem se torna umverdadeiro adepto da Tor, um Senhor da Casa, pois lhe revelou todos os seus mistrios, semguardar nem esconder um s.

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    Disse o rabino Yosef que dessa forma ns, homens, devemos seguir a Tor, com todas asnossas foras, convertendo-nos em seus fervorosos amantes.

    O fato que estes conceitos se aplicam nossa Mestra, j que, continuamente, pudemos

    apreciar que, quando algum se aproximava dela com prejulgamento, considerando-a como umaignorante, negando de antemo sua mestria, ela ocultava totalmente seu poder-luz, mostrando-se talcomo a pessoa queria v-la.

    Se a pessoa se aproximava dela com bom corao e sem prejulgamentos, ela falava de tal formaque a pessoa pudesse entender um pouquinho o seu ensinamento, de maneira que pudesse comeara entend-la. Por isso, cobria suas palavras com um vu, para que a pessoa ajustasse seuentendimento.

    Se algum se aproximava da Mestra com boa vontade e algum conhecimento querendo,verdadeiramente, consult-la, ento ela falava por meio de enigmas, dando-lhe respostas que, depois

    de algum tempo, comeavam a ter sentido. Creio que muitos tivemos a sorte de comprovar isto, ouseja, como se cumpriam, cedo ou tarde, suas palavras, mesmo que resultassem, a princpio,enigmticas.

    Muito excepcionalmente, chegamos a escutar de sua boca palavras claras a propsito dossagrados mistrios. Em tais memorveis ocasies que sempre foram breves a Mestra seexpressava com uma preciso inimaginvel, com uns vocbulosalm de formosos, vinculados, degrande ascendncia que no escutamos nem nas aulas universitrias, nem no mais eloqentediscurso.

    Era realmente assombroso o fato de aquela pessoa, que nunca havia passado pela universidade,pois transbordava uma eloqncia, uma esmerada linguagem, mais afeita a um doutor em Direito ouFilosofia, cuja profundidade dos conceitos, deixava qualquer um atnito. Caso singular,verdadeiramente, o de nossa querida Mestra Litelantes...

    Mestra de Mistrios Maiores

    A ltima obra em que o Venervel Mestre Samael falou amplamente de sua esposa-sacerdotisa,As Trs Montanhas (Mensagem de Natal de 1972-1973), foi editada pela primeira vez em

    setembro de 1972.As Trs Montanhas uma obra de carter biogrfico-esotrico, onde o Mestre relata suas

    distintas iniciaes. Eis aqui como descreve sua primeira iniciao do fogo.

    Eu aguardei, com ansiedade infinita, a data e hora da iniciao. Tratava-se de um dia 27,sacratssimo.

    Queria uma iniciao como aquela que o comandante Montenero recebera no Templo deChapultpec, ou como a que Gins de Lara o Deva reencarnado tivera naquele SanctoSanctorum ou Adytum dos Cavaleiros Templrios, na noite extraordinria de um eclipse da Lua.

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    No entanto, meu caso foi, certamente, muito diferente e, ainda que parea incrvel, na noite dainiciao, senti-me defraudado.

    Repousando com angstia infinita em minha dura cama, dentro de uma humilde choupana, s

    margens do mar, passei a noite sem dormir, aguardando inutilmente...

    Minha esposa-sacerdotisa dormia, s vezes movia-se na sua cama, ou pronunciava palavrasincoerentes.

    O mar, com suas ondas furiosas, golpeava a praia, rugindo espantosamente, como queprotestando...

    Amanheceu e nada! Nada! Nada! Que noite de ces, Deus meu! Valha-me Deus e SantaMaria!... Quantas tempestades intelectuais e morais tive que experimentar naquelas mortais horasnoturnas!

    Realmente, no h ressurreio sem morte, nem amanhecer algum na natureza, nem nohomem, sem que lhe precedam trevas, tristezas e atonias noturnas que tornam mais adorvel a luz.

    Todos os meus sentidos foram postos prova, torturados, em agonias mortais que me fizeramexclamar: Pai meu! Se for possvel, afasta de mim este clice, mas no se faa a minha vontade,

    seno a tua.

    Ao sair o Sol, como uma bola de fogo que parecia brotar do tempestuoso oceano, LITELANTESdespertou, dizendo-me:

    Voc se recorda da festa que fizeram l em cima? Voc recebeu a iniciao...

    Como? Mas o que voc est dizendo? Festa? Iniciao? Qual? A nica coisa que sei quepassei uma noite mais amarga que o fel...

    O qu? exclamou LITELANTES, assombrada - Ento voc no trouxe ao seu crebro fsicorecordao alguma? No se recorda da Grande Cadeia? Esqueceu-se das palavras do Grande

    Iniciador?

    Entristecido com tais perguntas, interroguei a LITELANTES: O que me disse o Grande Ser?

    Ele lhe advertiuexclamou a Dama-Adeptodizendo que de hoje em diante ter o dobro deresponsabilidade pelos ensinamentos que der ao mundo... Ademais disse LITELANTESvoc foivestido com a tnica branca de linho dos Adeptos da Fraternidade Oculta e tambm lheentregaram a espada flamgera.

    Ah! Agora entendo. Enquanto eu passava por tantas amarguras em meu leito de penitente eanacoreta, meu Real Ser Interior recebia a Iniciao Csmica... Valha-me Deus e Santa Maria!

    Mas o que ocorre comigo? Por que estou to lerdo?

    Tenho um pouco de fome; parece-me que hora de levantarmos para o caf-da-manh.

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    Momentos depois, LITELANTES juntava na cozinha a lenha seca que serviria de combustvelpara acender o fogo...

    O caf-da-manh estava delicioso e comi com muito apetite, depois de uma noite to

    dolorosa...

    Veio um novo dia de rotina. Tr abalhei como sempre para ganhar o meu po de cada dia edescansei em minha cama, perto do meio-dia... Certamente, estava desvelado e me pareceu justoum pequeno repouso. Ademais, sentia-me compungido de corao...

    No tive, pois, nenhum inconveniente para me deitar em decbito dorsal, quer dizer, na posiode boca para cima e com o corpo bem relaxado...

    Imediatamente, encontrando-me em estado de viglia, vejo que algum entra em meu quarto; euo reconheo, um chela da Venervel Loja Branca...

    Aquele discpulo traz um livro em suas mos; deseja consultar-me e solicitar-me certaautorizao... Quando quis responder, falei com uma voz que me assombrou a mim mesmo. Atman,respondendo por meio da laringe criadora, terrivelmente divino.

    V!disse-lhe o meu Real Ser, cumpra com a misso que lhe foi encomendada. O Chelase retirou agradecido...

    Ah! Quo transformado fiquei... Agora sim, agora entendo! Foram estas as minhasexclamaes, depois que o chela se retirou.

    Alegre, levantei-me da dura cama, para conversar com LITELANTES; necessitava contar-lhe oocorrido.

    Senti algo superlativo, como se no interior de minha conscincia se houvesse operado umatransformao tmica, transcendental, de tipo esotrico, divinal...

    Anelava por uma nova noite. Aquele dia tropical era para mim como o vestbulo da sabedoria.

    O quanto antes, queria ver o Sol como uma bola de fogo, afundando-se uma vez mais entre astormentosas ondas do oceano...

    Quando a Lua comeou a acerar as guas tormentosas do mar do Caribe, nesses instantes emque as aves do cu se recolhem em seus ninhos, pude ento apressar LITELANTES para queconclusse seus quefazeres domsticos.

    Naquela noite, deitamo-nos mais cedo do que de costume. Eu anelava algo, encontrava-me emestado enlevado...

    Deitado outra vez em minha dura cama de penitente e anacoreta, nessa asana hindustnica dehomem morto decbito dorsal, boca para cima, corpo relaxado, braos ao longo dos costados,

    ps se tocando nos calcanhares e abertos em forma de leque aguardei em estado de alerta-

    percepo, alerta-novidade.

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    De repente, em milsimos de segundo, recordei-me de uma distante montanha. O que aconteceufoi algo inslito, inusitado...

    Vi-me, instantaneamente, ali, sobre o cume distante, muito longe do corpo, dos afetos e da

    mente... Atman, sem ataduras, longe do corpo denso e na ausncia dos veculos supra-sensveis.

    Em tais momentos de samdi, a Iniciao Csmica recebida na noite anterior era para mim umfato palpvel, uma crua e viva realidade, que nem sequer necessitava recordar...

    Quando minha destra se colocou sobre o ureo cinto pude evidenciar, feliz, que ali tinha aflamgera espada, exatamente no lado direito.

    Todos os dados que LI TELANTES me dera, para mim for am precisos.Quo feliz me sentiaagora como homem-esprito! Vestido, certamente, com a tnica branca de linho...

    Que concluso primordial podemos tirar deste fragmento do livro As Trs Montanhas?

    Indubitavelmente, a Venervel Mestra Litelantes j era iniciada, antes que o Mestre Samaelrecebesse a primeira iniciao do fogo.

    Efetivamente, de que outra forma podemos explicar que a Mestra estivesse presente na GrandeCadeia? Como que a Mestra Litelantes sabia as palavras do Grande Iniciador? irrefutvel quenossa Mestra j fazia parte do grupo do Grande Iniciador, quer dizer, j havia recebido a Iniciao.Insisto, de que outra forma se explica sua presena na Grande Cadeia?

    Por acaso, ela no trouxe a recordao da extraordinria experincia, enquanto que o Mestrepassava uma noite mais amarga que o fel? No entanto, ela dormia, s vezes se movia emsua cama,ou pronunciava palavras incoerentes.

    Paradoxalmente, muita gente cheia de orgulho mstico pensou e segue pensando que,esotericamente, nossa Mestra dormia e pronunciava palavras incoerentese que na realidade no eraMestra, apesar do texto expresso no Quinto Evangelho.

    Para negar a mestria da esposa do Avatar de Aqurio ter-se-ia que arrancar as pginas da obrado Mestre Samael onde a menciona; ter-se-ia que mutilar o Quinto Evangelho.

    Como diz o aforismo to citado pelo Mestre Samael por trsde todo grande homem huma grande mulher, como sucedeu, efetivamente, com oAvatar, que foi o primeiro a reconhecerque sua esposa-sacerdotisa lhe ensinou o manejo das foras-jinas; que uma poderosa Guru; quetem a inimaginvel hierarquia de Juza do Carma; que ela j estava presente na Grande Cadeia ondeo Mestre Samael recebeu a primeira iniciao; e que todos os dados que Litelantes deu a Eleresultaram precisos, tal como aconteceu em todos os eventos da vida interna e externa do MestreSamael.

    Com efeito, tanto sua famlia como seus amigos e estudantes recordam que o Mestre Samaeldizia que tudo o que a Mestra lhe advertiu, ou previu, cumpriu-se matematicamente.

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    Alm disso, afirmava que as severas advertncias que a Mestra lhe fazia, seu rgido atuar eramprprios dos Mestres da Lei; e que o mais terrvel da questo que ela sempre tinha a razo; que eramatemtica como uma tbua pitagrica.

    Relatam-nos seus familiares e demais testemunhas presenciais que, quando os dois Mestresdissentiam, a Mestra sempre conclua a discusso dizendo ao Mestre: noite nos veremos l emcima, quer dizer, no Tribunal, e que o Mestre simplesmente se curvava ( literalmente: abaixava acabea) e guardava um respeitoso silncio, pois sempre lhe teve um profundo respeito evenerao...

    Muitos testemunharam que o Mestre Samael chegou a expressar que a Venervel MestraLitelantes era o mais elevado Turiyaque ele havia conhecido.

    Turiya o Mestre que possui o mais alto grau de intuio, o que possui Praja Paramita, umhomem que pode falar com seu prprio Deus Interno, cara a cara.

    Salve Litelantes, Bendita Mestra, Senhora e Mezinha nossa, Tonantzinsagrada!

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    CANTOS E FLORES

    (In cucatl, in xchitl)

    Nisso de dizer as coisascada qual tem seu modo,e desculpe Senhor se me acomodonisso de falares e dizeres,cantares e sentires,com aqueles versosdos Senhores,nossos antepassados,que no olhavam a rima

    seno o que est encima:Aquilo,o no visto,o no igualado,o no concludo,o no narradoo fixo,o imutvel

    Desculpe, Senhor,no que falede elevadas coisascom minha pobre lngua,mas o nimo se mnguae no encontro esquinas

    para estas rosas,fartas, cheias de espinhos!

    E se de pobreza padeo,tenho cantos e flores,cantos e flores ofereo!

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    CAPTULO II

    DE CURANDEIRO A HIEROFANTE

    Vejamos, agora, o processo por que passou Vctor Manuel Gmez Rodrguez para encarnar oseu Bendito Real Ser, o Logos Samael Aun Weor, com a amorosa ajuda de nossa Venervel MestraLitelantes.

    O Encontro com o Mestre Samael

    Quando a Mestra conheceu o Mestre Samael, ele se dedicava a curar, principalmente, por meiode plantas.

    A Mestra relatava que uma irm sua, Josefina por certo a loira, a mais bonita, a preferida,aquela com quem a comparavam desvantajosamenteencontrava-se enferma, num estado to graveque os mdicos diziam que estava desenganada, sem esperana de vida. Vomitava sangue e tinhafebres intensas que a Medicina oficial no conseguia controlar.

    Sua famlia tomou conhecimento da existncia de um senhor que curava casos desesperanados,razo pela qual pediram a Arnolda que fosse busc-lo, como ltimo remdio, pois nessa situaosua irm poderia morrer naquela mesma noite, ou na manh do dia seguinte.

    A jovem Arnolda conseguiu encontrar o curandeiro que, por certo, parecia um pedreiro:barbudo, envelhecido, desalinhado, segundo nos comentara a Mestra.

    Ela lhe pediu, ento, que fosse sua casa e fizesse o favor de curar a sua irm, ao que eleperguntou: Se voc aceita, posso acompanh-la a sua casa. Ela ento redarguiu:No, obrigada,posso ir sozinha.

    Depois de algumas horas, o curandeiro chegou casa da famlia Garro, atendendo enfermacom seus medicamentos, dando-lhe umas plantas e disse famlia que se a febre abaixasse antes dameia-noite, a jovem ficaria curada; caso contrrio, no se empenhava em cur-la.

    O fato que sua irm ficou curada e o curandeiro ficou cativado pela senhora Arnolda, razo

    pela qual buscou os meios de se aproximar da famlia Garro, com o pretexto de supervisionar aconvalescena da irm da senhora Arnolda.

    Esse curandeiro era o senhor Vctor Manuel Gmez Rodrguez que, posteriormente, seriaconhecido com o nome sagrado de Samael Aun Weor.

    A Mestra dizia que, apesar de sua aparncia de pedreiro, o curandeiro lhe havia cado bem,que ela havia gostado dele, que havia algo nele que a atraa

    Na ocasio, ao que parecia, ela tinha dois pretendentes. O primeiro era um vivo de quem elaficara noiva, porque seu irmo Gildardoque era difcil de conviver, ao contrrio de Octvio, que

    era cordialproibiu-lhe, terminantemente, que ficasse noiva dele (com qualquer outro, menos comele).

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    E, justamente para contrariar o seu irmo, ela ficou noiva do vivo que, por certo, no a atraianem um pouco, pois no era bom moo e tinha vrios filhos.

    O segundo pretendente era um jovem que vivia, precisamente, dentro da casa dos Garros, em

    um quarto que lhe era alugado, para ajudar economicamente famlia pois eram, realmente,pobres, com quem se havia relacionado, igualmente, para contrariar o seu irmo, j que a jovemArnolda era de carter firme, e no deixava que a manejassem.

    Fao a aclarao de que tais pretendentes ou noivos o eram somente de nome, pois quandoum deles pretendeu abra-la, a jovem Arnolda lhe disse que o melhor era fazer com sua mame...Ele replicou, inquirindo que se por acaso, no eram noivos. Ela ento lhe respondeu que: Denome, pois spermitiria ser abraada por algum que se casasse com ela. Com a mesma atitude edisposio de nimo, tratou dessa forma a todos os seus noivos.

    A questo que o curandeiro se enamorou profundamente daquela jovem morena, magra, de

    carter duro, de olhar, s vezes severo, noutras delicado totalmente enigmtico conforme eledeclarou em um poema daquela pocae com um sorriso cativante...

    Portanto, buscou um meio de se aproximar da famlia Garro que, apesar de estar agradecida pelacura de sua filha, no via com agrado a pretenso dele de cortejar a senhora Arnolda. Dizia a Mestraque, quando perguntou senhora sua me, Dona Belinda, o que lhe parecia o senhor que curava, elaa repreendeu mandando-a, imediatamente, para a cozinha.

    O Senhor Gmez, por sua parte, tornou-se amigo do suposto noivo da jovem Arnolda (seu vizinhoe arrendatrio), que lhe disse que a jovem era uma tigresa; que no se deixava dominar. Emresposta, Dom Vctor Manuel comentou dizendo que era o que mais lhe interessava e o que,

    precisamente, andava buscando.

    Afinal de contas a tigresa deu-lhes um ultimato: Que o pretendente que agentasse esustentasse bem as calas e verdadeiramente quisesse se casar com ela, caso cumprisse essadisposio, ela o desposaria.

    Quem se animou foi o Av e assim deram conhecimento da pretenso de casamento famliaGarro, que recebeu com desagrado a notcia. Diante disso, a comprometida Arnolda respondeudizendo que tinha decidido casar-se, e que se eles no queriam dar a beno, ficaria em suasconscincias, pois ela se casaria sem suas autorizaes. No restou a seus pais alternativa a no ser

    abenoar a unio.A mesma razo foi exposta, pela decidida Arnolda, diante do proco, que j conhecia o seu

    carter, dizendo-lhe que nesse mesmo dia sairiam do povoado, no restando alternativa tambm aoproco, seno abeno-los.

    Foi um noivado fulminante de 20 dias, onde foram decididos os destinos daGnosisdo SculoXX e dos sculos vindouros.

    Efetivamente, a comeou o processo de correo e elevao doBodhisattvado Senhor SamaelAun Weor, at lograr sua encarnao interior profunda em Vctor Manuel Gmez Rodrguez.

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    A Mestra mencionava que o Av tinha um amigo astrlogo que, ademais, praticavaQuiromancia e, ainda recm-casados, apresentou-o a ela. O astrlogo, o velhinho, disse a ela queVctor Manuel j lhe havia contado que se casaria com uma jovem moreninha, baixinha, de cabelosnegros, porque assim havia sonhado ou visto na noite, e que surpresa! Agora tinha o prazer de

    conhec-la, confirmando o que Vctor Manuel havia predito e que, em seu momento, teve agentileza de lhe confiar.

    O astrlogo tinha fama de acertado, razo pela qual o Av pediu-lhe que dissesse o destino dojovem casal. Ele leu a mo de Arnolda e, com tristeza, declarou que no viveria mais que um anocom Vctor Manuel.

    A Mestra respondeu que ele estava muito equivocado, porque ela viveria toda sua vida com oMestre, como sucedeu efetivamente, at o momento em que desencarnou.

    Por certo que era a mo da Mestra uma mescla, uma mistura estranha de filosofia com prtica. E

    quem via sua linha da mente podia dar-se conta da sua extraordinria capacidade de sair em astral eemjinas... O Mestre era do signo de Peixes e a Mestra de Libra. No horscopo chins, o Mestre eraSerpente de Fogo e a Mestra Macaco de Metal. Finalmente, no horscopo asteca, o Mestre era dodia 5 Serpente (Macuilli Catl), trecena1 Crocodilo e ano 9 Casa; a Mestra era dia e trecena 1Jaguar (Ce Oclotl) e ano 12 Pedernal.

    Quando eles se casaram, o patrimnio de dom Vctor Manuel se resumia a duas camisas e umacala comprida, assim como um pequeno cofre ou maleta, onde guardava uns papis.

    Isso, contudo, no importou jovem Mestra, que s lhe imps as seguintes condies paraaceit-lo:

    1) Que ele nunca pusesse as mos sobre ela, quer dizer, que nunca a golpeasse.

    2) Que viajassem, pois no queria viver muito tempo em um s povoado.

    3) Que ele era muito homem para ter as mulheres que quisesse, pois tinha toda a liberdade, masque se andasse de namoro, queria que ele mesmo dissesse para ela, para no vir a saber por meiodos vizinhos. Nisso, sim, foi taxativa: que ele no fizesse comparaes nem levasse a mulher para acasa, supostamente.

    O fato que o Mestre sempre cumpriu, segundo afirmava enfaticamente a Mestra: jamais lhebateu, viajaram muito at que por fim se estabeleceram definitivamente no Mxico D.F. esempre lhe disse com qual mulher andava.

    A Correo do Mestre

    O Mestre era terrvel naqueles tempos, quando como ele mesmo dizia andava de capacada.

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    Era um jovem que havia sado definitivamente de sua casa, aos 16 anos. Trabalhando eestudando chegou Universidade, at cursar o segundo ano na Faculdade de Medicina, de onde saiu

    para estudar outro tipo de Medicina com os ndios da serra porque afirmava ento que aMedicina oficial, normalmente, era um comrcio e no podia curar as enfermidades, como tambm

    no podia curar certas coisas, como ele sabia.

    O fato que aprendeu Medicina com os Mamas da tribo dos Arahuacos, circunstncia que olevou a conhecer a Mestra, mediante a cura de sua irm.

    Com os ndios ele aprendeu de tudo: bom (com os Mamas Arahuacos) e mau ou mesclado(com muitos xams, bruxos e curandeiros de distintas tribos). Ele no se assustava com nada e nemcom ningum... era como aqueles que entravam nas cantinas com cavalo e tudo.

    Era tremendo: um completo Bodhisattva cado mas, por fim, um Bodhisattva, compossibilidades de se levantar, tal como soube desenvolv-las sua esposa-sacerdotisa, com sua

    tenacidade proverbial...

    Desde sua infncia, o Mestre tinha capacidades pouco comuns de clarividncia, recordaes devidas anteriores e dos Registros Akshicos. Seu nimo de servio o levou a estudar Medicina, masfoi depois de conviver com nossa bem-amada Mestra que ele dedicou tais faculdades Grande Obrado Pai.

    A Mestra dizia que quando conheceu o Av, parecia um pedreiro, barbado, sujo e velho e queos ps ficavam inchados de tanto beber.

    Comeou por barbe-lo e asse-lo. Sempre o barbeou, at o final. Depois do banho, estendiasobre a cama sua roupa devidamente combinada, pois quando ele mesmo o fazia por si colocavauma meia de uma cor e outra diferente.

    As pessoas sabiam que o Senhor que curava gostava de beber, razo pela qual levavam para elea garrafa de aguardente. Depois de haver bebido mais ou menos a metade, pediam que ele lesse asmos, sendo muito acertado em suas leituras, sobretudo ao encontrar-se nesse estado.

    A Mestra, ao invs de adotar uma atitude de admoestao e presso constante para que o Avdeixasse de beber, deu-lhe sua liberdade e, pouco a pouco, foi imbuindo nele a idia de deixar a

    bebida; com suavidade consegue-se muito, segundo costumava dizer-nos.

    Chegou o momento em que, do prprio Av, adveio a idia de deixar de beber, tendo seusaltibaixos prvios. Num deles a Mestra relatou, na presena de um amigo meu, que no sabia nadadeGnosis, mas que lhe tinha um profundo respeito e carinho.

    Havia cerca de cinco anos vivendo na casa de Dondita, ou da Chefinha, como carinhosamentecostumava chamar-lhe, e assim tambm meu amigo a chamava, ele que era tremendo, por certo

    brigo, advogado discutidor dizia que, se a Chefinha fosse advogada, ele no gostaria de brigar nemde discutir com ela, e assim brincvamos muito, o que agradava sobremaneira Mestra.

    A Mestra nos comentou que quando sis sua filha maior ainda era carregada nos braos, o

    Av estava com a idia de no beber, mas que nesse dia expressou seu desejo de ir cantina,simplesmente, para conversar com os amigos, porque a charla era muito interessante.

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    A Mestra lhe disse que se ele no ia beber, mas s conversar, ela o acompanharia com prazer cantina.

    Ento, tomou sis em seus braos, acompanhando o Av cantina, onde ele no encontrou os

    seus amigos para conversar. Bebeu com alegria at chegar a um ponto, em que a Mestra lheassinalou: No encontrou os seus amigos, no pode conversar com eles e creio que voc j bebeuo bastante. O Av lhe respondeu: Tens razo, vamos agora.

    Um dos fregueses disse ento: Covarde, mandado por sua mulher! O Av replicou:Covarde, eu? Esto equivocados, demonstro a um por um dos que esto aqui, a mais de um nome comprometo!

    Dizia-nos a Mestra que o primeiro que se arrojou contra o Av foi aquele que o chamou decovarde, sendo derrubado pelo Mestre com um s golpe (recordemos sua forte constituio e suasgrandes mos); depois, seguiu-se o mais forte dos que ali estavam, tambm derrubado com um s

    golpe.

    Em seguida adentrou ao local onde servem (atrsdo balco), nocauteando quatro pessoasmais. No total, derrubou seis campesinos agressivos... Levando em considerao essascircunstncias, a Mestra chegou a um acordo com o dono da cantina e com o prprio Av, de modoque j no lhe serviriam mais bebida, seno at certo limite.

    Quando o Av deixou, definitivamente, de beber, fez sua despedida com uma festa de trsdias, no voltando, jamais, ao vcio do lcool. Primeiramente, foi radical e no bebia, absolutamentenada, at que em uma festa arranjou um inimigo gratuito, por no querer aceitar uma taa para

    brindar sua filha, a homenageada pelos quinze anos.

    A partir daquele momento, o Mestre Samael decidiu que lcito tomar at trs taas e elogiou oscavalheiros de muitas festas que, com uma s taa, passam toda a noite enganando ao diabo.

    O fato que nossa querida Mestra tirou do Av o vcio da bebida, assim como o vcio dasmulheres.

    Este ltimo ela tirou, tambm, pouco a pouco, substancialmente, porque no ciumava, somentepedia que, se ele andasse com alguma mulher, que dissesse a ela francamente, pois ele era muitohomem para ter as mulheres que quisesse, sendo muito livre, mas no queria saber pelos vizinhos, e

    sim pela sua prpria boca.Enfim, graas perseverana da Mestra e ao seu estilo suave, o Av pde mudar de atitude,

    deixar os vcios que nada de bom traziam, para comear a caminhar pela Senda da Iniciao.

    O principal incidente que fez o Mestre mudar foi o seguinte:

    A Mestra relatava que o Av sempre trazia uma bolsa de mo, segundo ela dizia (parecia comuma espcie de maleta ou pequeno ba) que ele levava para todas as partes. A ningum elemostrava o seu contedo e dormia com a maleta perto de seu alcance.

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    Reiteradamente, negou-se a mostrar o seu contedo Mestra at que, cansada de insistir, ela lhedisse: Se voc quer tanto a sua maleta, pois durma com ela, porque se no quer me dizer o queela contm, j no dormirei com voc(foi a nica vez que ela lhe disse isto).

    O Av se viu, assim, comprometido a lhe mostrar o que havia dentro: era o manuscrito de umTratado de Magia Negra que ele vinha escrevendo, assim como uma caveira e outros implementosde magia.

    A Mestra falou-lhe que se ele gostava da magia negra, era problema dele, que nesse caso, issocausaria dano a ele prprio, mas que se publicasse aquele Tratado ia causar dano a muita gente,razo pela qual ele deveria destruir esse documento, se queria seguir vivendo a seu lado.

    O Av ento lhe inquiriu? Deveras, Negra?que era como carinhosamente ele a chamava,por ser moreninhavoc seria capaz de me deixar?

    A Mestra ento lhe respondeu: Sim, o faria. Levaria os meus filhos comigo e no me casariamais, pois j saberia o que um homem. O que voc deve fazer destruir esse Tratado e escreverum livro que beneficie humanidade, em vez de prejudic-la. Voc no disse que gosta do ladobranco?

    Como o Av sabia que, efetivamente, a Mestra era bem capaz de ir embora, decidiu destru-lo,pedindo a ela que se encarregasse de faz-lo. Portanto, a Mestra procedeu queima da maletacom todo o seu contedo.

    Por conta disso ele escreveu seu primeiro livro em benefcio da humanidade doente: A Porta deEntrada da Iniciao, que tambm intitulou de O Matrimnio Perfeito de Kinder, obra editadaem 1950, sendo que em posteriores edies ficou conhecida simplesmente como O MatrimnioPerfeito.

    Dizia-nos a Mestra que, a partir da, o Av se decidiu pela magia branca e sempre permaneceuno branco, diferentemente de muitos de vocs que, por um momento, gostam do branco edepois regressam ao negro, pois no tm vontade.

    Com esta obra maravilhosa, o Mestre Samael comeou o seu labor em favor da humanidadedoente. O Mestre escreveu este livro sobre uma caixa de sabo (espcie de caixote de madeira),sentado no cho, pois sua pobreza era extrema...

    Os Amigos do Mestre

    A Mestra me comentava que, em certa ocasio, o Av saiu uma tarde de casa e disse-lhe: Vousair, Negra, mas um amigo meu vir visit-la.

    Ela ficou cuidando de seus labores e ainda era cedo, propriamente, o meio da tarde, quando, derepente, tudo escureceu... A Mestra passava a roupa junto a uma janela e, de repente, no se via

    absolutamente nada do lado de fora, tampouco dentro de casa se via com claridade, custando muitotrabalho ver as mos.

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    Em meio quela escurido, comeou-se a ouvir um tropel de cavalos que entravam na casavibrando-a, parecendo um tremor... Quem a visitou foi ningum menos que Andramelek. Aps seretirar, a luz voltou a iluminar a casa e se pode ver com claridade at no lado da rua.

    De regresso casa, o Mestre perguntou-lhe: O que lhe pareceu meu amigo, Negra?Ela lherespondeu que no voltasse a convidar essa classe de amigos para a casa.

    A Mestra nunca mais falou sobre seu encontro com o amigo do Mestre, afirmou-me que nosentiu temor algum e que o Av jamais fez convites daquela natureza.

    A Chefinha mencionava que o Mestre Samael sempre falava com afeto de seus irmos debaixo, pois ele vinha de l mesmo, e seu Pai o retirava de l, energicamente, cada vez que queriaregressar, segundo o prprio Mestre afirmou (veja sua obra Sim,h Inferno, Sim, h Diabo, Sim,h Carma). Ele tambm dizia que dos demnios surgem os anjos e vice-versa.

    O mais famoso de todos os seus amigos das regies inferiores foi Belzebu, a quem o MestreSamael, com seu amor e pacincia ajudou a sair do Abismo de onde renunciou aos seus graus e

    poderes negrospara encarnar-se na Frana em um corpo de mulher. Isso com o objetivo de lutarpela auto-realizao ntima do Ser, segundo nos relata o Mestre em sua maravilhosa obra ARevoluo de Bel, editada em 1952.

    Sobre essa questo, desde que li a citada obra, surgiu-me a seguinte dvida: Se Belzebu seencontrava em um processo involutivo dos Mundos Infernaisprocesso esse que, pela lei, culminacom a segunda-morte como era possvel que no houvesse passado pela segunda-morte e lhe

    permitissem encarnar em corpo de mulher? Por que se fez essa exceo lei da evoluo-involuo?

    Um perito no ensinamento do Mestre que sabia sua obra quase de memriarespondeu-meque isto se devia ao fato de que uma lei superior lava a uma lei inferiore, nesse caso, aplicou-sea misericrdia do Tribunal do Carma.

    Repliquei ento que, conhecendo um pouco de Direito, parecia-me que a misericrdia se aplicaem todos os casos, e que do balano entre a misericrdia e o rigor, surge o equilbrio do Tribunal,quer dizer, a deciso final. Ele no soube o que responder minha rplica, razo pela qual seguicom esta importante dvida, at que tive ocasio de perguntar nossa querida Mestra, que me deu aseguinte explicao.

    Que razo desta exceo lei da evoluo-involuo devia-se ao fato de que estvamos no finaldo ciclo, no final dos tempos, motivo pelo qual o Sagrado Tribunal autoriza que os demnios

    possam sair do Inferno e se rencarnar, sem passar pela segunda-morte. Tudo isso com o objetivo deque se definam pela auto-realizao ntima do Ser ou pelo regresso aos Mundos Infernais, commaior castigo, por suposio, j que no aproveitaram a oportunidade que lhes foi brindada peloTribunal.

    Ela me informou, tambm, que o caso de Bel um prottipo de muitos de ns, particularmentedos que gostamos destes conhecimentos e que o Av tambm nos havia tirado de baixo.

    Voltando ao tema dos amigos do Mestre, sua esposa-sacerdotisa nos comentava que, quando oAv comeou a dar o ensinamento, seus verdadeiros amigos eram magos negros definidosdesses

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    que mantm pacto com o diabo, segundo enfatizava a Mestra e que, em realidade, tinha maisconfiana neles do que nos irmozinhos gnsticos. E assim o demonstrava, pois quando saa paraviajar encarregava a seus amigos negros que cuidassem de sua esposa e dos seus filhos, e ofaziam com muito afeto e respeito.

    A Mestra mencionava que esses amigos do Mestre eram dos mais respeitosos e honrados e que,quando ela saa da cidade com o Mestre e com seus filhos, encarregava-os de cuidar da casa.Quando regressava, nunca faltava nada. Se acaso morresse um frango, eles o deixavam pendurado,

    para que o Av visse que eles no o haviam roubado.

    Ademais, a Mestra dizia que esses amigos amantes da magia negra comentavam com oMestre que o que ele ensinava era pura verdade, que o tinham por coisa certa, porm,desafortunadamente, no podiam segui-lo, porque eles j tinham empenhado a palavra nas regiesinferiores e no podiam voltar atrs.

    Para que vejam dizia-nos a Mestra que essas pessoas tm mais palavra que vocs, quedizem seguir os ensinamentos da Irmandade Branca (Ver a entrevista com a Mestra no Monastriode Castelldefels, Espanha).

    Enfim, nosso Venervel Mestre sempre teve amigos, dos mais terrveis. Dizia que em relao aeles sabiam ao que se sujeitar; que quando eles ofereciam amizade, era para sempre e jamaisinsistiam para que fosse ao Abismo junto com eles, pois sua amizade era, verdadeiramente,desinteressada.

    A Mestra tambm mencionava que nosso Mestre teve algumas amigas feiticeiras e,particularmente, uma que gostava muito do Av, como a qual se relacionou at o final de sua vida.

    Aquela senhora visitava o Mestre assumindo uma forma muito singular: chegava ao escritriodo Mestre (que se encontrava no segundo andar da ltima casa onde viveu) em forma de corvo,

    pousando, primeiro na janela, depois, brincava dentro do quarto e se convertia na dama que era.Dessa forma, inopinadamente, o Mestre recebia a visita sem que ela batesse sequer porta da casa.

    Por certo que a Mestra a colocava para trabalhar (varrer, passar o pano etc.), porque com tantavisitao, comeou a aborrecer os Mestres, at que, planejadamente, um dia, o Mestre colocousobre ela a espada e no regressou mais.

    Que no nos cause estranheza o fato de que o Mestre Samael tenha tido amigos entre demniose magos negros, pois ele mesmo afirmava que, enquanto no eliminarmos totalmente o ego, somosmais ou menos magos negros; quer dizer, ainda que algum tenha iniciaes nos mistrios, seguesendo mais ou menos mago negro, enquanto no eliminar totalmente o ego e at as prpriassementes do ego.

    De igual modo, o nosso Mestre dizia que, na verdade, todos ns somos demnios, pessoasperversas e que todo aquele que aceita esta espantosa realidade comea a morrer de instante ainstante; e se no aceita esta espantosa verdade resulta impossvel dissolvero eu (Veja o SupremoGrande Manifesto Universal do Movimento Gnstico).

    Tal como nosso Senhor Jesus Cristo (que bebia vinho e se relacionava com as prostitutas e comos publicanos), que no veio chamar os justos, seno os pecadores ao arrependimento, igualmente,

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    nosso Senhor Samael Aun Weor veio para nos tirar de nossas trevas, tal como sucedeu com o nossoirmo Bel (Ver o livro A Revoluo de Bel).

    Seguindo sua doutrina, que outra coisa somos, seno 97% demnios e apenas 3% anjos? Assim,

    nosso bem-amado Mestre nos veio dar o ensinamento para que saiamos do estado demonaco ealcancemos o estado angelical.

    Bendito sejas Venervel Mestre Samael, que nos oferece, generosamente, tua amizade e teuamor!

    Os Primrdios do Movimento Gnstico

    A pobreza foi uma constante nos primeiros anos da vida conjugal dos Mestres que, ao final,

    viveram com dignidade, apesar de nunca terem tido casa prpria, por exemplo.

    Por sinal, a casa onde o Mestre Samael morreu era alugada e o dono a ofereceu Mestra, paraque a comprasse, aps o falecimento do Mestre. No entanto, o fez como uma mera cortesia, e no

    pensando que sua viva, realmente, a comprasse. No obstante, a Mestra, com muitos sacrifcioslogrou adquiri-la.

    Verdadeiramente, com muitos sacrifcios ela comprou a casa, porque os fingidos discpulosdo Mestre, que j se encarregavam de editar seus livros na Amrica do Sul, deixaram de pagar Mestra os valores correspondentes aos direitos autorais que davam ao Mestre, que j eram exguosnaqueles tempos.

    Aqueles que publicaram os livros do Avatar sempre tiravam o maior proveito de sua obra, de talsorte que a Mestra costumava dizer ao Mestre Samael que ele recebia as migalhas que caam damesa de seus editores.

    Porm, voltando aos primeiros tempos, quando o Mestre Samael comeou a divulgar a sua obra,eles sofreram muitas privaes e perseguies... para se recordar que eles no tinham, seno, osuficiente para sobreviverem; que seus filhos no contavam, sequer, com brinquedos. Apesar disso,o Mestre se convertia, mediante a tcnica-jinas, em um burrinho branco (outras vezes, em um potro)e os seus filhos podiam brincar, na falta de brinquedos.

    O Mestre sofreu perseguies por parte de alguns fanticos religiosos, assim como de mdicosque se incomodavam, sobremaneira, por causa de suas curas milagrosas e pela difuso de sua obraTratado deMedicina Oculta e Magia Prtica.

    Verdadeiramente, vrias vezes intentaram mat-lo todo o mundo quis se aproveitar mascomo tinha a poderosa ajuda dos Mestres da Irmandade Branca a quem confessa obedecer aolongo de toda a sua obrao Mestre Samael sempre lograva evadir-se.

    O fato que ele chegou a ir para a priso por divulgar seu ensinamento e foi processado, porinsistncia de alguns mdicos.

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    Contava-nos a Mestra que, em tal ocasio, o Mestre se dedicou a escrever em sua cela, e aoinvs de reclamar, dizia a seus carcereiros que estava muito contente por estar preso, pois tinha aoportunidade de concentrar-se em seus escritos, na solido da priso.

    Afinal de contas conseguiu ser absolvido pelo tribunal que o julgava. O processo foimencionado pelo Mestre na obra Apontamentos Secretos de um Guru que foi escrita,precisamente, no perodo em que durou seu julgamento.

    Naqueles tempos, o Mestre Samael recebeu a instruo para criar o Summum SupremumSanctuariumna Serra Nevada de Santa Marta, realmente um trabalho titnico, pois esse santuriofoi escavado na rocha bruta, com ferramentas completamente rsticas.

    No princpio de sua obra, declarava que no pretendia criar instituies, seno que o estudantedeveria aprender a viajar com seu corpo astral e receber instruesdiretamente dos Mestres, nosmundos superiores.

    Depois retificou essa postura como tambm a do vegetarianismo e muitas outras e criou oMovimento Gnstico, movido ademais pelas instrues da Superioridade e pela impossibilidade decontar com um nmero suficiente de adeptos com capacidades astrais.

    O Summum Supremum Sanctuar ium

    Por essa razo, o Mestre teve que obedecer e criou as Instituies Gnsticas. Ademais,estabeleceu um Summum Supremum Sanctuariumnas montanhas da Serra Nevada de Santa Marta,Colmbia. Muitos so os relatos daqueles tempos gloriosos do Venervel Mestre Samael Aun Weorquando, com poucos estudantes, ele realizou aquela monumental faanha...

    Por exemplo, dizem que o Mestre, vrias vezes, apagou o fogo que ameaava destruir aspropriedades vizinhas; que conjurava as guas para apagar os incndios to daninhos aos colonosque viviam na serra, ou melhor, que invocava o prprio fogo para que o incndio se apagasse, talcomo sucedeu com uns tambores de combustvel; falavam tambm que ele movia, gerava edissolvia as nuvens; que curava com plantas e com a simples imposio das mos; que tinha, paracustodiar o santurio, serpentes, tanto cascavis como corais, que lhe obedeciam (assim comotambm a alguns de seus discpulos), seguindo todas as suas instrues, fato este que teve muitos

    testemunhos etc.Ocorreu um fato muito importante no Summum Supremum Sanctuarium,em 27 de outubro de

    1954, quando Vctor Manoel Gmez Rodrguez encarnou o seu Real Ser Interior Profundo: SamaelAun Weor.

    Efetivamente, naquela misteriosa ocasio, em meio s oraes dos poucos presentes, dasprofundas invocaes ao Iniciador e aos Mestres do Invisvel, ele recebeu o Poder-Luz, aencarnao de seu Ser e sua cabea parecia incendiar-se com uma chama branca, depois de passar

    por vrias e maravilhosas cores.

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    Os que estiveram presentes relatam que o Mestre esteve prostrado, profundamente adormecido,at por trs dias e que o lenol sobre o qual deitou ficou queimado, tal como quando se esquece umferro quente sobre uma roupa.

    Antes desse sagrado acontecimento, o Mestre assinava suas obras como Aun Weor que o

    mesmo que dizer Vctor Manuel e que, a partir de ento, empregou o nome de seu Pai, Samael,que equivale a Gmez Rodrguez. Isso porque, enquanto no se encarne o Ser, no se tem umsobrenome, no se reconhecido como Filho pelo Pai, j que o Filho deve ser uno com o Pai, paraque este se reconhea naquele. Isso s se consegue encarnando-o, tal como fez o nosso BenditoMestre.

    Eis aqui suas prprias palavras, sobre esse extraordinrio fato:

    MENSAGEM PARA O DIA 27 DE OUTUBRO DE 1955

    Pelo Grande Avatar SAMAEL AUN WEOR

    Amados discpulos:

    Hoje se cumpre o primeiro aniversrio de meu Natalcio Espiritual.

    Nestes instantes, estou organizando o Movimento Gnstico Salvadorenho.

    Nossa bandeira gnstica tremula vitoriosa no Panam, na Costa Rica e em El Salvador. Temosconseguido grandes vitrias e nossas foras crsticas avanam em todas as frentes de batalha.

    Depois de haver recebido meu Real Ser, tomei cincia de que as sete colunas do Templo daSabedoria so duplas. Existem sete serpentes de fogo e sete serpentes de luz.

    Eu j havia levantado minhas sete serpentes de fogo. Agora estou levantando minhas seteserpentes de luz.

    Afortunadamente, j levantei a serpente do corpo fsico e s aguardo uma grande IniciaoCsmica. Depois, seguirei com a serpente do corpo etrico e assim, sucessivamente, o Cristo

    Interno resplandecer totalmente em seus sete veculos.

    dessa forma como nos convertemos em Cristos. Assim como o Mestre Interno se absorve,totalmente, em seu Bodhisattva.

    Portanto, Eu, Samael, um dos sete Espritos diante do Trono, encarnei em meu Bodhisattvapara fazer a Grande Obra do Pai.

    A primeira Raa foi dirigida por GABRIEL ; a segunda por RAFAEL; a terceira por URIEL ;a quarta por MIGUEL e a quinta, a nossa, dirigida por SAMAEL .

    Reencarnei-me agora para iniciar a Era de Aqurio da Raa ria. Meus predecessores tambm

    se reencarnaram, em suas pocas correspondentes.

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    Na sexta Raa reencarnar ZACHARIEL;e na stima, ORIFIEL.

    Esses so os sete Anjos que tocam as sete trombetas ao final catastrfico de cada uma das seteRaas.

    Leiam esta noite os captulos VIII e IX do Apocalipse. Eu sou o quinto Anjo, a Estrela que caiudo Cu na Terra e que tem a chave do poo do Abismo. Meditem nos 12 primeiros versculos docaptulo IX do Apocalipse. Eu sou o ginete do Captulo XIX do Apocalipse, o Anjo que tem a chavedo Abismo e uma grande corrente na mo, tal como est escrito nos primeiros trs versculos docaptulo XX do Apocalipse.

    Nesta noite, consultem as Sagradas Escrituras. Eu, como Bodhisattva percorri, por meio dossculos, preparando-me para este instante. Portanto, estamos cumprindo uma gigantesca misso.

    Recebi os eflvios do meu corao e que a paz seja convosco.

    SAMAEL

    ( cpia fiel do original, firmado e selado)

    Se bem que o nome Samael Aun Weor o pseudnimo legal de Vctor Manuel GmezRodrguez, tambm certo que, esotericamente, o nome do seu Real Ser Interior Profundo.

    O Mestre usou, alm disso, o pseudnimo de Katn Umaa Taminessegundo se depreende desuas obras Tratado deMedicina Oculta e Magia Prtica e Os Mistrios Maiores no princpio,quando ele se dedicava Medicina. Estritamente, era o seu pseudnimo como mdico e foitransitrio, j que depois ele se concentrou no processo de difuso do ensinamento de seu Pai,Samael Aun Weor.

    Desse modo, no Summum Supremum Sanctuariumocorreu o testemunho do advento de SamaelAun Weor e dos maravilhosos fatos que seuBodhisattvarealizou.

    Quando perguntei nossa Mestra sobre a veracidade dos fatos aqui relatados, imediatamente,ela nos confirmou, pois, evidentemente, acompanhou e apoiou o Mestre Samael em todas as suasobras, especialmente, na Grande Obra do Pai. Disse-me ela que o Mestre era muito capaz de fazeressas maravilhas e outras mais.

    Naquela ocasio, o Mestre deu cursos para missionrios e chegou a ter at cento e vinteestudantes noSummum, sendo que eles eram alimentados por nossa querida Mestra.

    Todos os dias, ela se transladava at o lugar conhecido como A Quebrada, para transportargua no lombo de uma mula por meio das veredas escarpadas, beirando os despenhadeirosabismais da serra para cozinhar para os estudantes do Mestre, pois no havia poo nem olho-dgua no Summum.

    De todos estes estudantes que a nossa Mestra atendeu pessoalmente, dando-lhes comida ebebida, no ficou nenhum que seguisse apoiando a Mestra, aps a desencarnao do Mestre. No

    ficou nenhum! Costumava reiterar a Mestra.

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    O Summum Supremum Sanctuarium serviu de Centro de Formao de Instrutores, durantealguns anos e foi, alm disso, centro de peregrinao, orao e celebrao de festas gnsticas, onde

    jamais se exigiram cotas de nenhuma espcie.

    Aps o falecimento do Mestre, alguns de seus discpulos se creram mais sbios que ele,

    desobedecendo sua ltima vontade, ou seja, que a sua esposa-sacerdotisa, a Venervel MestraLitelantes, ficasse frente das Instituies Gnsticas.

    Muitos se proclamaram mestres, patriarcas, verdadeiros herdeiros da Fora do Avatar etc.,malbaratando com a mo esquerda o que haviam feito com a direita, pois se rebelaram contra asordens sagradas da Venervel Mestra Litelantes, sua esposa-sacerdotisa, sua colaboradora esotrica,a iniciadora, a matriz alqumica onde se engendrou Aun Weor e, logo, Samael, dentro de VctorManuel Gmez Rodrguez.

    No final, alguns brigaram pelo Summumcomo um butim de guerra, depois da insurreio, domotim e da rebelio contra a Mestra, ficando por ltimo nas mos do proprietrio do imvel onde

    estava encravado. De sorte que, passado o tempo, caiu no mais completo abandono... A ambio depoderes e o desejo de fazer comrcio com as coisas sagradas, inevitavelmente, fazem com que ostemplos fiquem como cascas, sem fora espiritual alguma.

    Assim, pagaram com desobedincia ao Mestre, que deu o conhecimento e tambm a suaherdeira legtima e esotrica, sem cuja interveno, ademais, no saberamos nem uma frao daGnosis, pois ela iniciou esotericamente e engendrou alquimicamente o Nosso Senhor Samael AunWeor.

    A questo que o Mestre Samael havia predito que eles brigariam pelo Summum, por seuslivros e que, do alto, ele os veria brigar por uma pequena fresta ou buraquinho por um agulheiro.

    A sua esposa-sacerdotisa informou claramente que o Summum Supremum Sanctuarium seriatransladado ao estado-de-jinas,antes de ser profanado, como de fato ocorreu e assim foi asseverado,invariavelmente, por nossa Mestra, quer dizer, pela Mestra daCincia-jinasdo Mestre Samael.

    Depois, num certo dia, a prpria Mestra emitiu uma circular, onde informava aos estudantes quese restabeleceu o Summum Supremum Sanctuariumna Serra de Chihuahua,voltando o Poder-Luz ase restaurar no templo da Serra de Chihuahua. Depois de termos visto os fatos antecedentes,confiemos que a ambio e o orgulho mstico no provoque o mesmo com este e que tambm fiquecomo casca, sem fora espiritual alguma *(1).

    Anotao Final

    O fato concretoacreditado, confessado e publicado pelo prprio Mestre Samael que nossaBendita Mestra, a Virgem da Lei, a Virgem do Tribunal, casou-se com um curandeiro da serra e,com pacincia infinita, o converteu em um Hierofante Sagrado de Mistrios Maiores.

    *(1) Nota do Autor: Lamentavelmente, minhas palavras resultaram acertadas, pois, a poucos meses da primeiraedio, aqueles que estavam a cargo do S.S.S. se rebelaram contra o Diretor das Instituies Gnsticas e seapropriaram do trabalho e do esforo dos estudantes. Novamente, a fora espiritual foi retirada do Santurio.

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    Fatos so fatos e diante os fatos no resta outro remdio seno o de nos rendermos, segundoafirma esse aforismo, to citado pelo Mestre Samael.

    De nenhuma maneira pretendemos ser irreverentes com nossas palavras, nem nunca, em nossocorao, intentamos qualquer afronta contra o nosso Venerado Mestre Samael.

    Pelo contrrio, ao conhecermos a verdade, abre-se-nos a possibilidade de seguirmos realmente oMestre, pois nele deu exemplo a sagrada Misericrdia do Tribunal. De maneira que um simplescidadocomo o Mestre costumava denominar a si mesmopode converter-se em um Hierofante,com a intermediao divina da esposa-sacerdotisa,Shaktimanifestada.

    Nosso Mestre, com o exemplo de sua prpria correo, d-nos uma verdadeira esperana, j queacreditou completamente que da obscuridade nasce a luz; do vcio a virtude e que a rosa sealimenta do lodo da terra.

    Com sua prpria vida e fatos ele comprova todos os processos iniciticos da Grande LojaBranca, que podem elevar-nos, desde o lodo ou chumbo da personalidade, at o ouro do Esprito: omesmssimo perfume da rosa.

    Assim, por nenhum conceito se busca ofender