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REFERÊ NCIA EM LOGÍSTICA LogWeb Log Web Logística Supply Chain Transporte Multimodal Comércio Exterior Movimentação Armazenagem Automação Embalagem J O R N A L E D I Ç Ã O N º 5 3 J U L H O 2 0 0 6 Informe Publicitário

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  • R E F E R N C I A E M L O G S T I C A

    LogWebLogWeb Logstica Supply Chain Transporte Multimodal Comrcio Exterior Movimentao Armazenagem Automao Embalagem

    J O R N A L

    E D I O N 5 3 J U L H O 2 0 0 6

    Informe Publicitrio

  • R E F E R N C I A E M L O G S T I C A

    LogWebLogWeb Logstica Supply Chain Transporte Multimodal Comrcio Exterior Movimentao Armazenagem Automao Embalagem

    J O R N A L

    E D I O N 5 3 J U L H O 2 0 0 6

  • Mu

    ltim

    odal

    TRANSPORTE FERROVIRIO

    SETOR CRESCE,MAS PRECISA DE ATENOAPS UMA DCADA DE PRIVATIZAO, O MODAL FERROVIRIO VEM SEDESENVOLVENDO CADA VEZ MAIS, MAS AINDA SOFRE COM FALTA DE INVESTIMENTO,INVASES NA FAIXA DE DOMNIO E PASSAGENS EM NVEL CRTICAS. ((Pgina 20)

    ESP

    ECIA

    L

    Operao deempilhadeiras:

    h normaslegais parasegurana

    (Pgina 6)

    FrumRodovirio

    Nacional propemelhorias para

    o setor(Pgina 27)

    Leroy Merlininaugura CD

    em SoBernardo doCampo, SP

    (Pgina 18)

    Elevao eamarrao de

    cargas:segurana fundamental

    (Pgina 14)

    Terceirizaoin-house:a logsticapor quementende

    (Pgina 12)

    R E F E R N C I A E M L O G S T I C A

    LogWebLogWeb Logstica Supply Chain Transporte Multimodal Comrcio Exterior Movimentao Armazenagem Automao Embalagem

    J O R N A L

    E D I O N 5 3 J U L H O 2 0 0 6

  • 4REFERNCIA EM LOGSTICAEDIO N53JULHO2006

    LogWebJ O R N A L

    Notciasr p i d a s

    SistemaModall daModallportNa matria Coopecarga

    lana terminal no Guaruj,

    SP, publicada pgina 7

    da edio n 52, de junho

    de 2006, do jornal LogWeb,

    h um erro de informao

    no seguinte trecho: Profis-

    sionais treinados com o

    sistema Modal, da Datasul,para controle de estoque,estaro atuando no Gate

    de 200 m.

    Informamos que o Sistema

    Modall um software de-

    senvolvido pela Modallport

    Sistemas (Fone: 47 3348-

    0434), e no pela Datasul.

    Segundo a assessoria de

    comunicao da Modall-

    port, o Modall implantado

    na Coopercarga em Gua-

    ruj o mesmo utilizado no

    terminal da Coopercarga

    em Itaja, ou seja, o Modall-

    Depot - sistema para con-

    trole de armazenagem de

    continer.

    Errata

    Uniconsultvai fornecersoftware paraa loja virtualdas CasasPernambucanasO Sistema Integrado de

    Gesto Orientado para o

    Comrcio Eletrnico

    (USS-eSige) da Uniconsult

    Sistemas (Fone: 11 5535.

    0885) foi escolhido pela

    Pernambucanas para

    atender todas as funes

    de back-office de sua

    recm-lanada loja virtual

    (www.pernambucanas.com.br).

    O sistema composto dos

    seguintes softwares: Sis-

    tema Integrado de Gesto

    (USS SIGE), Sistema de

    Gesto de Armazm USS

    WMS), Sistema de Aten-

    dimento ao Consumidor

    (USS SAC) e Sistema de

    Gesto de Transportes

    (USS GTE).

  • REFERNCIA EM LOGSTICA

    LogWeb 5EDIO N53JULHO2006

    J O R N A L

    Editorial

    Redao, Publicidade, Circulao e Administrao:Rua dos Pinheiros, 234 - 2 andar - 05422-000 - So Paulo - SPFone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

    Redao: Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949

    Comercial: Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

    Publicao mensal, especializada em logstica, da LogWebEditora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br

    Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli [email protected]

    Assistente de RedaoCarol Gonalves

    [email protected]

    DiagramaoFtima Rosa Pereira

    [email protected]

    MarketingJos Luz Nammur

    [email protected]

    Diretoria ExecutivaValeria Lima

    [email protected]

    Diretoria ComercialDeivid Roberto Santos

    [email protected]

    Administrao/FinanasLus Cludio R. Ferreira

    [email protected]

    Os artigos assinadosno expressam,

    necessariamente,a opinio do jornal.

    LogWebJ O R N A L

    C

    Representantes Comerciais:

    SP: Nivaldo ManzanoCel.: 9701.2077

    [email protected]

    RJ: Perfil Corp.Fone: (21) 2240.0321Cel.: (21) 8862.0504

    [email protected]

    BH: Eugenio RochaFone: (31) 3278.2828Cel.: (31) 9194.2691

    [email protected]

    TRANSPORTEFERROVIRIO O DESTAQUE

    omemorando 10 anos de desestatizao, otransporte ferrovirio de cargas o destaque

    desta edio do jornal LogWeb, no cadernoMultimodal

    Afinal, neste perodo, muita coisa mudou, e osetor, saindo de um sucateamento total, j adquireares de modernidade, tanto que as malhas concedi-das representam hoje a maior produo da Amri-ca Latina, em termos de carga transportada, e aparticipao deste modal, na matriz de transportesbrasileira, saltou de 19% para 26%.

    Vrios dados que mostram o significativodesempenho do setor so apresentados por repre-sentantes da ANTF Associao Nacional deTransporte Ferrovirio, da ABIFER AssociaoBrasileira da Indstria Ferroviria e da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica, traando umamplo panorama do setor e mostrando os seusbenefcios, as limitaes, os diferenciais, os desa-fios e as expectativas.

    Ainda no caderno Multimodal esto as propos-tas do Frum Rodovirio Nacional, promovido pelaABER Associao Brasileira de EngenheirosRodovirios.

    Mais ainda: esta edio contm uma matriasobre as exigncias legais referentes aos aspectosconstrutivos e operacionais das empilhadeiras e daqualificao e habilitao dos operadores, alm deum enfoque sobre a terceirizao in-house comdestaque para os diferenciais, as vantagens e osfatores a considerar. E outra sobre a segurana na

    elevao e amarrao de cargas.Estas so apenas algumas das

    matrias desta edio, que destacatambm as atuaes das empresasdo setor, as parcerias, os novosnegcios e muito mais, de interessepara o dia-a-dia do profissional queatua no setor.

    Wanderley Gonelli Gonalves - [email protected]

    Grupo argentinoCargo passa aagregar novosservios logsticosO provedor logstico Cargo da Ar-

    gentina, pertencente ao grupo de

    mesmo nome que tambm contro-

    la as empresas Expresso Cargo e

    CSI Cargo Logstica (Fone: 41

    3381.2300) no Brasil esta ltima

    instalada em So Jos dos Pinhais,

    PR, e responsvel pela operao

    logstica das plantas da VW/Audi,

    PepsiCo e AAM do Brasil, entre

    outras -, acaba de anunciar a con-

    cluso da sua nova planta, locali-

    zada em Crdoba, Argentina,

    dedicada fabricao de embala-

    gens e paletes de madeira. A nova

    unidade tem 7.000 m2 de rea

    construda e, segundo Hector

    Giusto, vice-presidente da Cargo,

    o investimento nessa nova planta

    vem ao encontro do posicio-

    namento da empresa de oferecer

    um pacote completo de solues

    logsticas e, principalmente, redu-

    o de custos para os clientes.

    Dentre os servios desenvolvidos

    na planta FEM - Fbrica de Em-

    balagens de Madeira esto dese-

    nho, proviso de insumos, constru-

    o das embalagens, tratamento

    fitossanitrio e consolidao nos

    meios de transporte. A planta j

    est a todo vapor e atendendo, em

    operaes destinadas exporta-

    o, as principais empresas auto-

    Notciasr p i d a s

    mobilsticas de Crdoba e Buenos

    Aires, diz Giusto. As embalagens

    produzidas na nova unidade tam-

    bm acondicionam peas destina-

    das ao mercado brasileiro - Fiat em

    Betim, MG - e caixas de cmbio do

    Golf - VW/Audi em So Jos dos

    Pinhais.

    Artok lana rackmetlico com rodzioe engate para linhade montagemA Artok (Fone: 11 6100.8022), fa-

    bricante de contineres aramados,

    apresenta o rack metlico com ro-

    dzios e engate como nova soluo

    para armazenagem e movimenta-

    o de peas. O equipamento pos-

    sui rodas e engate para transporte

    de peas em comboio que abaste-

    cem linhas de montagem em inds-

    trias, podendo acelerar esse pro-

    cesso em at 30%. Alm de ser

    mvel, o equipamento dobrvel

    e empilhvel, o que gera maior

    aproveitamento do espao de ar-

    mazenagem, conta Helio Osaka,

    diretor comercial da Artok. O rack,

    que tem capacidade de carga de

    400 kg e empilhamento de at qua-

    tro peas, pode ter acabamento

    com zincagem eletroltica, pintura

    ou galvanizao a fogo, para

    garantir proteo contra corroso

    e maior durabilidade.

  • 6REFERNCIA EM LOGSTICAEDIO N53JULHO2006

    LogWebJ O R N A L

    LogWeb: possvel transportaros produtos via area?

    Oliveira: No recomendado otransporte areo. Os terminais de car-ga no so adequados aos produtos,pois no utilizam contineres paramanter a temperatura. Somente em si-tuaes especiais vai por meio areo.

    LogWeb: Qual o maiorproblema enfrentado emralao logstica?

    Oliveira: A parte mais difcil estnas lojas: preciso respeitar as nor-mas de circulao de veculos paradescarga. Por exemplo, os shoppings:cada lugar tem um horrio especficopara entrega, preciso saber adminis-trar e adaptar-se s exigncias do lo-cal. Mensalmente feito um planeja-mento loja a loja e o atendimento semanal ou quinzenal.

    LogWeb: Quais as novidadesda empresa em termoslogsticos?

    Oliveira: Estamos desde janeirocom o projeto de um sistema logsticointegrado j aprovado, o SistemaSapiens da Senior Sistemas. Seu fun-cionamento est previsto para dezem-bro deste ano e estamos em fase deimplantao. Com ele, em virtude docdigo de barras, ser possvel rastrearlotes e identificar as prateleiras corre-tas de cada produto, ou seja, melhoraro controle de entradas e sadas. Outranovidade a construo de um CD aolado do atual em Barueri, SP, onde fica-ro estocados os produtos prontos.

    F

    Os chocolates sotransportados em caminhesclimatizados de 18 a 24 C e otransporte por via area no recomendado, a no ser emcasos especiais.

    ormado em contabilidade, o di-retor administrativo e financei-ro da Chocolates Kopenhagen

    (Fone: 0800 100.678), Oliveira quetrabalha desde 1963 com a famliaMoraes, atual administradora da fbri-ca revela ao jornal LogWeb e aos seusleitores como a logstica da empresaque h quase 80 anos vem atuando nomercado de chocolates finos, balas econfeitos.

    LogWeb: Como a logstica dearmazenagem da Kopenhagen?

    Oliveira: Possumos um almo-xarifado climatizado onde ficam todosos produtos menos os musses, queso colocados na cmera fria de ondesaem prontos para as lojas. A armaze-nagem em caixas de papelo, empaletes de plstico; j as miudezasficam nas prateleiras. Os produtos soestocados no mximo por 15 dias noCD, mas, geralmente, permanecemapenas por uma semana no local.

    LogWeb: Qual o tipo de transpor-te utilizado para a distribuio?A frota prpria ou terceirizada?

    Oliveira: Terceirizamos cami-nhes da transportadora P.P. RobertoCustdio dos Santos, que atua espe-cialmente para a Kopenhagen. So ve-culos climatizados que atendem s exi-gncias GMP (Good ManufacturingPractices, ou Boas Prticas de Fabri-cao). A temperatura ideal dos cami-nhes de 18 a 24 C, o que pode serconsiderado um problema no transpor-te, j que importante serem respeita-dos esses nmeros. Por dia, saem cercade 4 ou 5 t de produtos; no Natal e naPscoa essa quantidade triplica. Olocal mais longe para entregas For-taleza, CE, e as maiores quantidadesde produtos vo para So Paulo e Riode Janeiro.

    ENTREVISTA

    Por Ismael Oliveira,o climada ChocolatesKopenhagen

    ONDE ESTO OSINDICES DEDESEMPENHO?

    Na verdade, esto em qualquerlugar dentro da empresa. Entretan-to, necessrio no s v-los,como medi-los.

    Se dividirmos os ndices dedesempenho em trs classes Re-sultados, Atividades e Recursos -fica mais fcil encontr-los.

    Os de Resultados so os maisfceis. So os resultados financei-ros, logo conseqncias de aesantecedentes, que qualquer siste-ma de gesto ou uma boa planilhanos d. So o lucro, a receita devendas, os custos e as despesas eoutros. So a satisfao dos clien-tes ou a participao de mercado.Nestes resultados pouco podemosinterferir. So conseqncias ouefeitos. No adianta o desejo dequerer aumentar o lucro em 5% ouas receitas em 10%, de forma au-tocrtica. No funciona, temos quefazer algumas aes prvias emedi-las para saber se esto norumo certo.

    Ai vm as demais classes deindicadores.

    A de Atividades tem a ver comos processos internos da empresa.So os prazos de entrega, refatura-mentos, custos de matrias-pri-mas, erros de processamento, des-perdcios, qualidade e outros. Vejacomo estes indicadores afetam aclasse superior: a de Resultados.

    Mas tambm no podemos di-minuir os prazos de entrega ou oscustos s por querer. Temos queesmiuar mais estas atividadespara encontrar as verdadeiras cau-sas e a atac-las para obter a me-lhora do indicador.

    A forma de ataque quase sem-pre est na ltima classe: a de Re-cursos.

    No s os recursos financeirosbem direcionados so necessrios,mas os tecnolgicos, fsicos, hu-manos e, principalmente, osorganizacionais, onde se destacamos valores das pessoas e os daempresa que necessitam estar ali-nhados, no causando rudos ouestresse que afetem as Atividades,impactando finalmente os Resul-tados.

    Colaborao tcnica: Mauro Martins,scio da MMConsult & Associados.

    E-mail: [email protected]

    Indicadoresde Desempenho

    Empresarial

  • REFERNCIA EM LOGSTICA

    LogWeb 7EDIO N53JULHO2006

    J O R N A L

    Tpico lanagalpo duasguas comvo de 40 mA Tpico (Fone: 11 3846.

    2510), fabricante de cobertu-

    ras especiais, revela sua mais

    recente novidade: o galpo

    duas guas de 40 m de lar-

    gura, p direito de 6 m e altu-

    ra central de 13,20 m, para

    locao e venda. O galpo,

    desenvolvido em estrutura

    treliada de ao carbono gal-

    vanizado a fogo, possui colu-

    nas com base articulvel e re-

    foradas com cabo de ao

    galvanizado para contraven-

    tamento e com canaletas de

    alumnio para fixao da lona

    que, por sua vez, revestida

    em PVC flexvel com tecido

    de polister, alm de contar

    com tratamento antimofo, ser

    impermevel, auto-exting-

    vel e modelada e soldada por

    sistema de alta freqncia.

    Este novo galpo atende s

    necessidades do mercado,

    pois hangares e portos ne-

    cessitam de vo grande para

    a mercadoria a granel. No

    entanto, tambm distribumos

    para o segmento em geral,

    declara Simone Milano,

    gerente comercial da Tpico.

    Total Expressinveste emferramenta paraidentificar errosde destinoA Total Express (Fone: 11

    2168.3200) - empresa do

    segmento de logstica de dis-

    tribuio especializada em

    entrega de produtos comer-

    cializados via Internet aca-

    ba de completar mais uma

    fase no aprimoramento de

    seu sistema de rastreamento

    on-line. A empresa desenvol-

    veu a ferramenta Onde Es-

    tou, que auxilia na identifica-

    o de erros de destino das

    encomendas. Caso um paco-

    te v para o destino errado,

    no momento em que ele che-

    ga l o sistema identifica o

    equvoco e gera um e-ticket

    informando que a encomen-

    da que era para determinada

    cidade est em outra.

    Notciasr p i d a s

  • 8REFERNCIA EM LOGSTICAEDIO N53JULHO2006

    LogWebJ O R N A L

    EMPILHADEIRAS

    Legislao: cuidadose qualificaogarantidos por leiExistem normas que tratam dos aspectos construtivos e operacionais das empilhadeiras e tambm da qualificao ehabilitao dos seus operadores, tanto no aspecto tcnico-operacional como mdico e psicolgico.

    mos detalhes do equipamento emoperao; ter disciplina de traba-lho e acatar as recomendaesestabelecidas quanto ao regula-mento interno da empresa.

    Eugenio Celso R. Rocha,consultor e instrutor de treina-mentos em logstica e movimen-tao de materiais (Fone: 313278.2828), concorda e comple-ta: a operao de empilhadeiras,assim como de todos os demaisequipamentos automotrizes uti-lizados na movimentao de ma-teriais, regulamentada peloMTE - Ministrio do Trabalho eEmprego por meio da NormaRegulamentadora n 11 - Trans-porte, Movimentao, Armaze-nagem e Manuseio de Materiais,mais comumente conhecidacomo NR11.

    Rocha informa que esta nor-ma trata dos aspectos construti-vos e operacionais destes equi-pamentos e tambm da qualifi-cao e habilitao dos seus ope-radores, tanto no aspecto tcni-co-operacional como mdico epsicolgico.

    Alm desta norma do MTE,o consultor tambm cita a normatcnica NB-153, especfica daABNT Associao Brasileirade Normas Tcnicas sobreempilhadeiras que tambm trata,

    com maior profundidade tcnica,dos aspectos construtivos,operacionais e de treinamentodos operadores.

    Rocha, ainda, ressalta: emfuno das peculiaridades decada empresa quanto aos seusprocessos produtivos, outras nor-mas, regras ou procedimentosoperacionais podem ser implan-tados internamente, visando asegurana das operaes, insta-laes e pessoas.

    Joaquim Moreira, scio ge-rente da JGM/Movitruk Treina-mento de Pessoas (Fone: 213276.2044), acredita que no sos usurios das empilhadeiras etranspaleteiras devam sernorteados pelas leis, mas tam-bm aqueles que so respons-veis pelo enquadramento destesprofissionais na legislao, ouseja, pessoal de RH, integrantesda rea de segurana e medicinado trabalho, engenheiros, tcni-cos, CIPA - Comisso Interna dePreveno de Acidentes e tam-bm ns, que somos os respon-sveis pela qualificao destesprofissionais, admite.

    TODOS CUMPREMAS LEIS?

    Normas existem, j sabemos,mas ser que algumas deixam deser aplicadas ou cumpridas?Existe muita variedade de no-conformidades em diversas em-presas pelo mau uso dos equipa-mentos de movimentao. Comoconsultor na rea de logstica jpresenciei casos de empresas se-rem multadas pelo uso de cor ina-dequada dos equipamentos, aci-dentes ocasionados pela falta demanuteno e operadores aci-dentados por transitar com cargaacima do peso permitido pelofabricante, assinala Cecatto.

    Para Rocha, facilmenteconstatvel o descumprimento deinmeras normas, sejam elas doMTE, da ABNT ou internas; emsua opinio, o grande problema a falta de seriedade. Conside-ro a deficincia nos processos deadmisso, qualificao e habili-tao dos operadores, a falta deconscincia e atitudes preventi-vas da superviso e a apatia damaioria dos profissionais espe-cializados em segurana do tra-balho quanto ao assunto como osprincipais motivos para o des-cumprimento das normas que im-pedem ou dificultam a realizao

    das operaes de movimentaode materiais dentro das condiesmnimas de segurana.

    Rocha tambm revela o pro-blema da ausncia, em muitasempresas, de normas internaspara as seguintes situaes: cir-culao das empilhadeiras; con-dies gerais para empilha-mentos (altura, estabilidade, lo-cais, etc.); carga e descarga decaminhes; estacionamento dasempilhadeiras; reabastecimentodas empilhadeiras; cargas espe-ciais fora de rotina; manobras si-multneas com duas empilha-deiras; utilizao de acessriosespeciais (extenso para os garfos,sistemas contra impactos, etc.).

    Na opinio de Moreira, ape-sar da legislao precisar de al-guns ajustes, boa. O que noscausa espanto a total falta defiscalizao para verificao documprimento do determinado naNR 11, o que faz com que cadaum faa o que achar melhor. svezes nos deparamos com empre-gadores que desconhecem total-mente a legislao, j entre os quetm cincia das determinaes,muitos abusam do poder, poisquem tem que cuidar da seguran-a dos trabalhadores so seus as-salariados, e tm que cumprir asordens do chefe.

    Segundo Moreira, os aciden-tes com estas mquinas so namaioria causadores de mutilaoe perda de vida, tudo isso gera-do pela falta de fiscalizao etambm pela falta de interesse damdia em geral.

    INTERNAMENTE, QUEMFAZ A LEI VALER?

    Sobre quem estabelece asnormas dentro das empresas,Cecatto informa que elas so ge-ralmente estabelecidas pelo en-genheiro de segurana, junta-mente com os lderes ou respon-sveis departamentais, mas emmuitos casos existe a participa-o dos membros da CIPA pelosfuncionrios que a compem.Esta geralmente uma das nos-sas recomendaes, porm, devi-do atualmente ao grande acmulode funes e ao excesso de tra-balho nas empresas brasileiras,escolhemos um profissional paraficar responsvel pela elaboraodas normas de segurana e, pos-teriormente, o mesmo apresentapara os membros da CIPA, queficam responsveis pela anlise,correo e melhorias, conta.

    J segundo Rocha, competeao SESMT - Servio Especializa-do em Segurana e Medicina doTrabalho, constitudo pelas em-presas, de forma obrigatria, e deacordo com as determinaes da

    No basta apenas adquiriruma empilhadeira e colo-car um operador em ao,existe uma srie de exignciaslegais para garantir segurana namovimentao e a qualidade tc-nica dos operadores, entre outrosfatores. Mesmo assim, algunsproblemas costumam acontecercom grande freqncia, podendoprejudicar tanto as mquinas e osoperadores quanto a prpria em-presa. Este o assunto de umadas matrias especiais deste msdo Jornal LogWeb: legislao tra-balhista na rea de empilhadeiras.

    H LEIS ESPECFICAS?Questionado sobre a existn-

    cia de normas especficas paraoperadores de empilhadeiras,Cristiano Cecatto, engenheiro deproduo com especializao emlogstica industrial e seguranado trabalho e consultor snior delogstica e supply chain mana-gement da Qualilog Consulting(Fone: 11 3772.3194), explica quesim. Atualmente a legislao bra-sileira prev, por meio da NormaReguladora n 11 e da Porta-ria 3.214/78 do Ministrio do Tra-balho, uma srie de exigncias le-gais para melhorar a segurana dosoperadores de empilhadeiras, ex-plica.

    Como exemplo, cita: nosequipamentos de transporte comfora motriz prpria, o operadordever receber um treinamentoespecfico, dado pela empresa,que o habilitar nessa funo; osoperadores de equipamentosmotorizados devero ser habili-tados e s podero dirigir se du-rante o horrio de trabalho por-tarem carto de identificao comnome e fotografia, em lugar vis-vel; devero conhecer os mni-

    Rocha: facilmente constatvelo descumprimento de inmerasnormas, sejam elas do MTE, daABNT ou internas

  • REFERNCIA EM LOGSTICA

    LogWeb 9EDIO N53JULHO2006

    J O R N A L

    NR.4, assessorar a suaempresa nas questestcnicas e normativasreferentes engenhariade segurana e medici-na do trabalho. Portan-to, cumpre aos tcnicos eengenheiros de seguran-a e aos mdicos e enfer-meiros do trabalho o es-tabelecimento de normas,regras e procedimentosinerentes a estas reas,bem como a sua divulga-o e fiscalizao quantoao cumprimento, prefe-rencialmente, em con-junto com a supervisodos setores da empresa,que so os principaisresponsveis por cumprire fazer cumprir tais nor-mas, enfatiza.

    Rocha tambm acres-centa que cada empresa,de acordo com o que es-tabelece a NR5 - Comis-so Interna de Prevenode Acidentes, dever cons-tituir a sua comisso, for-mada por representantesdo empregador e dos em-pregados, alm de umpresidente, um vice-pre-sidente e um secretrio,todos possuindo suplen-tes e mandato de um ano.Os representantes do em-pregador devem ser indi-cados pela administraoda empresa e os represen-tantes dos empregados es-colhidos dentre todos osfuncionrios que se can-didatarem, mediante elei-o realizada na empresa.O presidente da CIPA indicado pela empresadentre os seus representan-tes, e o vice-presidentedefinido entre os seusrepresentantes pelo maiornmero de votos.

    Como diz Rocha, aCIPA dever reunir-semensalmente, ou em car-ter extraordinrio, quandocouber, para tratar de as-suntos relativos preven-o de acidentes e doenasdo trabalho, analisando oscasos ocorridos e propon-do medidas preventivas ecorretivas, no intuito detornar mais seguras e sa-lubres as condies detrabalho na empresa.

    A Comisso deve serassessorada pelo SESMTe contar com o apoio mo-ral e financeiro da altaadministrao da empre-sa, de forma a cumprir, sa-tisfatoriamente, as suasatribuies, completa.

  • 10REFERNCIA EM LOGSTICAEDIO N53JULHO2006

    LogWebJ O R N A L

    Agosto 2006

    AgendaACIDENTES ETREINAMENTOS

    Quanto s principais causasdos acidentes que ocorrem como uso de empilhadeiras, Cecattoaponta para a falta de utilizaode equipamentos de segurana,acidentes por distrao ou impru-dncia do motorista, manobrasperigosas, dirigir em alta veloci-dade, excesso de confiana domotorista, falta de reviso dosrequisitos de segurana do equi-pamento, falta de paradas paramanuteno do equipamento efalta de treinamento do operador.

    J Rocha enumera os aciden-tes que, pelo no cumprimentodas normas, tanto para a habili-tao dos operadores, como paraa operao dos equipamentos,acontecem com mais freqncia:atropelamentos, tombamento decargas na circulao, abalroa-mentos, tombamento frontal daempilhadeira, batidas entreempilhadeiras e tombamento deempilhamentos. importantedestacar que o operador de empi-lhadeira exerce um trabalho degrande importncia no contextoda movimentao de materiais,atividade de fundamental impor-tncia para a eficincia e confia-bilidade de um sistema logstico,influindo, conseqentemente, na

    competitividade da empresa nosegmento em que atua, alerta.

    Para Rocha, o processo deadmisso, qualificao e habili-tao de um operador de empi-lhadeira deve ser norteado combase no perfil profissiogrficoestabelecido para a funo, deforma que o profissional aprova-do rena as principais caracte-rsticas que o cargo requer, evi-tando, desta forma, a ocorrnciafutura de muitos dos acidentescomuns na operao deste equi-pamento.

    E, ento, para um treinamen-to eficaz para operadores de

    empilhadeiras, quais seriam osassuntos que deveriam serabordados?

    Cecatto explica: para reali-zao de um curso eficaz, a car-ga horria mnima deve ser de 20horas (teoria) e 15 horas (aulaprtica), alm de abordar os se-guintes itens: classificao dasempilhadeiras: combustvel,tamanho, aplicao; estabilidadefrontal: ponto de apoio, princ-pio da alavanca; estabilidade la-teral: centro de gravidade, base,centro de carga; partes da empi-lhadeira: motor, transmisso,embreagem, diferencial, chassise contrapeso, sistema hidrulico,sistema de elevao, pneus, co-mandos e instrumentos do painel;regras de operao conforme NR11 do Ministrio do Trabalho;regras bsicas de operao; re-gras para partida da mquina;operao em rampas, frente e r;corredor estreito; regras paramanobras; obstculos (terrestrese areos); parada e estacionamen-to; operao com cargas (cargaspequenas, mdias, grandes, ciln-dricas e especiais); tcnicas deempilhamento, desempilhamentoe transporte; regras bsicas desegurana; e exerccios prticos.

    Por fim, Cecatto faz questode acrescentar pontos importan-tes ao assunto. Seja para que a

    empresa cumpra a lei ou apure asua qualidade, a utilizao detreinamento e a conscientizaodos funcionrios so de funda-mental importncia. Sem esque-cer que possuir uma empilhadeirano interior de sua fbrica comoter um automvel de 3 toneladas,s vezes at mais, circulando ecom o risco permanente da faltade freio, da distrao do ope-rador, etc. Ou seja, todos os ris-cos de um veculo, com o agra-vante que o cdigo de trnsito nointerior da sua empresa ser subs-titudo pelo Cdigo Penal emcaso de acidente envolvendo umtrabalhador.

    FEIRAS

    MOVIMATFeira de Logstica,

    Movimentao,Armazenagem e

    Transporte de MateriaisPerodo: 8 a 11 de agosto

    Local: So Paulo SPRealizao: IMAM

    Informaes:www.imam.com.br

    [email protected]: (11) 5575.1400

    Expo LogsticaVII Feira de Produtos,Servios e Solues

    para LogsticaPerodo: 14 a 16 de agostoLocal: Rio de Janeiro RJRealizao: Fagga Eventos

    Informaes:www.expologistica.com.br

    [email protected]: (21) 2537.4338

    CURSOS E SEMINRIOS

    Controle de Frotade Veculos

    Perodo: 3 e 4 de agostoLocal: Belo Horizonte - MG

    Realizao: TTE Treinamento Tcnico

    EspecializadoInformaes:

    [email protected]

    Fone: (31) 3224-8171

    LOGISMATSeminrio de Logstica,

    Movimentao,Armazenagem e

    Transporte de MateriaisPerodo: 9 a 11 de agosto

    Local: So Paulo SPRealizao: IMAM

    Informaes:www.imam.com.br

    [email protected]: (11) 5575.1400

    Sistemas e Tcnicasde Armazenamento

    e Movimentaode Materiais

    Perodo: 12 de agostoLocal: Recife PERealizao: Focus

    Trigueiro Consultoria eTreinamentoInformaes:

    [email protected]

    Fone: (81) 3432.7308

    Como AdministrarValores de Coleta e

    EntregaPerodo: 14 e 15 de agosto

    Local: So Paulo SPRealizao: SETCESP

    Informaes:www.setcesp.org.br

    [email protected]: (11) 5523.5401

    Cecatto: possuir umaempilhadeira na fbrica comoter um automvel de 3 toneladas,s vezes at mais

  • REFERNCIA EM LOGSTICA

    LogWeb 11EDIO N53JULHO2006

    J O R N A L

    No portalwww.logweb.com.br,em Agenda, esto

    informaes completassobre os diversos eventos

    do setor a serem realizadosdurante o ano de 2006.

    SOLUES LOGSTICAS

    McLane eStandard unemforas com parceria

    acordo, oferecemos para osclientes solues logsticas com-pletas, permitindo a utilizao devrios tipos de transporte pormeio de um contrato nico,explica o presidente da Standard,Jos Luis Demeterco Neto.

    Marcos Ferreira da Silva,diretor de operaes da McLane,utiliza o exemplo da Danone,cliente Stardard que necessitavade servios em So Paulo. Comoa operadora no tem facilidade deatuao na regio, treinou a equi-pe da McLane que, por sua vez,montou toda a operao daDanone em So Paulo, ou seja,100% da operao do cliente daStardard foi feita pela McLane,revela.

    E como ficam os procedi-mentos fiscais? Em relao sfaturas de servio, apenas umaempresa assina o contrato com ocliente, geralmente aquela queobteve mais gastos, entretanto,cada caso um caso, explicaSilva.

    NMEROS E MISSOEm nmeros so cerca de

    1.200 colaboradores, 200.000 m2

    de armazns e cmaras frias e200.000 posies paletes para arealizao dos servios de trans-porte, armazenagem e distribui-o, tanto para o mercado internoquanto para o externo, nos seg-mentos seco, climatizado, resfria-do e congelado. Espera-se, comisso, atender mais de 80 clientes emovimentar 2,4 milhes de tone-ladas ao ano.

    De acordo com DemetercoNeto e Silva, a misso desta par-ceria prover as melhores solu-es logsticas com equipes com-prometidas, desenvolvendo a cadadia excelncia nos servios pres-tados. Os pontos crticos para osucesso, segundo eles, seriamconhecimento das operaesprprias, domnio dos custos,indicadores de desempenho edisponibilidade para comparti-lhar informao, entre outros.

    De fato houve um casamentoentre as empresas. Silva revelaque alm do know-how, abriramtambm o corao. E Demetercocompleta: estamos juntos naalegria e na tristeza.

    AMcLane do Brasil (Fone: 112108.8800), provedora eintegradora de servioslogsticos do grupo BerkshireHathaway, e a Standard (Fone: 112109.9400), empresa de distribui-o e logstica frigorificada, acabamde consolidar sua parceria iniciadaem janeiro deste ano.

    Juntas, as companhias oferecemum pacote de servios que rene asespecialidades de cada uma: aMcLane presta servios de armaze-nagem seca e multitemperaturas,principalmente na Regio Sul e noEstado de So Paulo, e a Standard,com sede em Colombo, PR, defrigorificados e climatizados. Porexemplo, caso a Standard feche con-trato com um cliente que deseje rea-lizar operaes com produtos secosem local que ns no possumos cen-tro de distribuio, a Mclane assu-me a operao e vice-versa. Com o

    Demeterco Neto e Silva:parceria visa prover as melhoressolues logsticas

    Frum Nacional de Logsticae Seminrio InternacionalPerodo: 14 a 16 de agostoLocal: Rio de Janeiro RJ

    Realizao: CEL - Coppead/RFRJInformaes:

    [email protected]

    Fone: (21) 2598.9812

    Logstica paraTransportadores:

    Operao e ServiosPerodo: 21 a 24 de agosto

    Local: So Paulo SPRealizao: SETCESP

    Informaes:www.setcesp.org.br

    [email protected]: (11) 5523.5401

    De Transportadora a Opera-dor Logstico

    Perodo: 23 de agostoLocal: So Paulo SPRealizao: Tigerlog

    Informaes:www.tigerlog.com.br

    [email protected]: (11) 6694.1391

    Logstica IntegradaPerodo: 23 e 24 de agosto

    Local: So Paulo SPRealizao: CEL - Coppead/RFRJ

    Informaes:www.cel.coppead.ufrj.br

    [email protected]: (21) 2598.9812

    Custo Operacional e Forma-o de Preos de Servios de

    TransportesPerodo: 24 e 25 de agostoLocal: Belo Horizonte - MG

    Realizao: TTE TreinamentoTcnico Especializado

    Informaes:[email protected]

    Fone: (31) 3224.8171

    Gesto e Manuteno de FrotaPerodo: 29 a 31 de agosto

    Local: So Paulo SPRealizao: SETCESP

    Informaes:www.setcesp.org.br

    [email protected]: (11) 5523.5401

    Gerncia de CustosLogsticos

    Perodo: 30 e 31 de agostoLocal: So Paulo SP

    Realizao: CEL - Coppead/RFRJInformaes:

    [email protected]

    Fone: (21) 2598.9812

  • 12REFERNCIA EM LOGSTICAEDIO N53JULHO2006

    LogWebJ O R N A L

    O setor de representa-o comercial deempresas ligadas rea de movimentao de ma-teriais acaba de ganhar maisuma integrante: a Piazza -Equipamentos para Movi-mentao de Materiais (Fone:11 6424.3908). Formada porRuy Piazza, Flavia Piazza eMario Campos, a empresa, si-tuada num galpo industrialem Guarulhos, SP, j repre-senta a Paletrans, a Totalift ea Easytec. Estamos no finalda negociao para obter adistribuio no Brasil de umaimportante marca de contro-ladores de impulso e compo-nentes eletrnicos usados emempilhadeiras e outros ve-culos a propulso eltrica,adianta Ruy.

    Sobre as representaes,de acordo com o diretor,estamos revendendo todos

    os produtos fabricados pelaPaletrans no Brasil, ou seja,paleteiras manuais, empilha-deiras manuais e manuais/eltricas, empilhadeiras epaleteiras eltricas. Almdisso, Ruy destaca que emagosto prximo a empresalanar uma empilhadeiraeltrica retratil que, devidoaos custos fabris reduzidos,ser extremamente competi-tiva em preo, performancee custos operacionais. Esselanamento foi sem dvida

    um dos principais fatores quefizeram com que procurs-semos a representao daPaletrans.

    A Piazza tambm locaempilhadeiras e paleteiraseltricas e a combusto daTotalift, empresa perten-cente ao mesmo Grupo, esediada em Guarulhos. Somquinas novas e moder-nas, assegura Ruy.

    Alm dessas duas, aPiazza representa a Easytec,empresa metalrgica situadano Rio de Janeiro e dedicada fabricao de produtos emao, como carrinhos e estra-dos para baterias, silos paradiversos usos, passadios emao, paletes e engradados deao, caixas para baterias euma grande variedade deprodutos em ao, sob enco-menda, para as mais diver-sas aplicaes.

    Ruy:Controladoresde impulso ecomponenteseletrnicostambm emvias decomercializao

    Supply Chain

    O efeitochicote nacadeia deabastecimento

    Paralelamente ao fluxo

    fsico de produtos ao lon-go da cadeia de abasteci-mento, desde o produtorat ao consumidor final,existe um outro fluxo, co-nhecido como de informa-o, em sentido contrrio,de extrema importncia enecessidade.

    Os consumidores dehoje em dia exigem mu-danas cada vez mais rpi-das, e a manuteno do n-vel de servio a clientes de-pende da coordenao en-tre os vrios elos da cadeiade abastecimento.

    A existncia de distor-es de informao siste-mticas entre estes elos(fabricantes, fornecedoresou subfornecedores) temlevado que cada um destesmantenha nveis de estoquemuito elevados para faze-rem frente s incertezas e avariabilidade na procurapelo cliente. Esta distorotem sido denominada deefeito chicote.

    A distoro da informa-o sobre a procura levacada elo da cadeia, usandoapenas a informao quelhe vem do elo seguinte, aincorrer em erro em virtu-de dos padres de procuraassimtrica.

    Lembrando que os con-sumidores finais so cadavez mais exigentes emtermos de qualidade e dedisponibilidade dos produ-tos, quando nos concentra-mos em produtos com umagrande perecibilidade,como os hortifrutigran-jeiros frescos ou minima-mente processados, estefenmeno toma dimensespreocupantes.

    Para resolvermos oproblema da distoro dainformao, antes de qual-quer outro passo, as empre-sas tm de descobrir quaisos fatores que esto naorigem do efeito chicote.

    Podemos citar algunscomo: atualizao diria dapreviso da demanda;

    MOVIMENTAO DE MATERIAIS

    Piazza, o mais novorepresentante no setorde empilhadeiras

  • REFERNCIA EM LOGSTICA

    LogWeb 13EDIO N53JULHO2006

    J O R N A L

    Management

    reviso dos lotes deproduo; estudo dasflutuaes de preo;estudo de racionalizaoe cancelamento de en-comendas.

    Cada uma destas for-as responsvel peloefeito chicote. Qualquerempresa dentro de umacadeia de abastecimentofaz a sua previso ou es-timativa da demanda daqual vai ser alvo. Mui-tas vezes, esta se baseiaem dados histricos ouem informao que lhevem diretamente do eloimediatamente a jusantena cadeia de abasteci-mento. A deciso finalque vai tomar, alm decontemplar estes aspec-tos, resulta tambm daspercepes e feeling dogestor.

    Em situaes em queo perodo que decorredesde o lanamento daencomenda at a sua re-cepo (lead time) lon-go, a empresa vai estarmais exposta a variaesda demanda.

    Conseqentemente,vai incorrer em deficien-tes nveis de servio aosclientes pela ocorrnciade rupturas de estoque.Nestas situaes co-mum se constituremestoques de seguranamaiores. Assim, as enco-mendas efetuadas voter em conta no s oselementos j adiantados,mas tambm o estoquede segurana necessrio.

    Pesquisas demonstramque nestas condies asencomendas lanadaspor um elo da cadeia tmuma variabilidade mui-to maior que a procurapor parte do consumidora jusante, concluindoque quando maior foro lead time mais signifi-cativa ser a flutuao dademanda.

    Colaborao tcnica:Cristiano Cecatto,

    consultor snior de Supply

    Chain da Qualilog

    Consultoria.

    www.supplychain.com.br

    A

    PARCERIA

    Rapido Cometa operador logstico geralda Telemar

    ps uma parceira de 4 anos,a Rapido Cometa (Fone:81 3464.5317) e a Telemar

    ampliaram o contrato assinadoentre as duas empresas: o serviode operador logstico, exercidopela Rapido Cometa, tambmenglobar as reas de engenharia emanuteno da Telemar.

    O contrato evoluiu e hoje so-mos tambm o operador logsticodo Grupo Telemar na rea de enge-nharia e manuteno - na qual man-temos uma rede de 15 armazns in-house -, realizando mais de 2.000eventos de transporte/ms. Mas ain-da continuamos sendo o operadorlogstico e o transportador exclusi-vo da Oi (operadora de telefoniamvel do grupo Telemar) pela qualj customizamos, expedimos e dis-tribumos mais de 15 milhes deaparelhos celulares, informa o

    diretor de logstica da Rapido Co-meta, Celso Queiroz. O incio daparceria foi em 2002 com o lana-mento da Oi, quando a empresa foiescolhida em uma licitao que en-volvia mais de 50 operadores.

    Segundo Queiroz, a RapidoCometa seria a operadora logsticaresponsvel pela armazenagem,customizao, faturamento e expe-dio de todos os aparelhos celu-lares vendidos pela operadora te-lefnica, alm de realizar a distri-buio nos 16 estados da rea deconcesso da Telemar. A Rapidoparticipa desde o planejamento,start-up e implantao at arotinizao operacional, comotambm distribui para todos oscanais de venda, explica Queiroz.

    O diretor da Rapido Cometatambm conta que o Grupo Telemarfoi o primeiro cliente da empresa a

    utilizar a Logstica EMI - Logsticade Engenharia e Manuteno deInfra-Estrutura: uma soluo denegcios para grandes corporaescujos servios apiam-se em redesde infra-estrutura, a exemplo deoperadoras de telefonia (fixa emvel), distribuidoras de energiaeltrica, mineradoras, construtoraspesadas, edificadoras e distribui-doras de gs, descreve Queiroz.

    Por meio deste produto, aRapido realizou a logstica de Im-plantao dos Sites (ERBs) de toda

    rede de infra-estrutura GSM da Oi.De acordo com dados da empre-

    sa, a operao com o modelo LogEMI conta com 200 mil m2 de ar-mazm, 150 funcionrios, investi-mento anual de 12 milhes de reaispelo Grupo Telemar para a operao,abrangncia de 3 mil localidades dos16 estados atendidos pela operadorae 16 pontos de estoque de peas eequipamentos, de onde partem asoperaes de transporte rodovirioe areo, alm dos especiais, comoguindastes, gruas e barcas.

    Ao lado do contrato da operado-ra de telefonia mvel, a Rapido de-senvolve junto com a Oi uma ver-dadeira mquina azeitada de distri-buio de celulares com prazo deentregas de D+1 em todas as capi-tais brasileiras e de D+2 na maioriados interiores brasileiros. De acordocom Queiroz, esse modelo logsticosustentou crescimento 150% acimado previsto com o mesmo padro dequalidade e com uma acuracidade deestoque acima de 99,999%. Pelolado da operadora de telefonia fixa,desenvolvemos em parceria um mo-delo logstico de alta integrao dosistema de informao (necessriopara cuidar do nvel de exigncia deprazos de emergncia em operaes24X7) aliado alta performance ope-racional e apoiado em uma rede dearmazns situados em todos os esta-dos brasileiros da rea de operaoda Telemar, completa Queiroz.

  • 14REFERNCIA EM LOGSTICAEDIO N53JULHO2006

    LogWebJ O R N A L

    TERCEIRIZAO IN-HOUSE

    Delegando alogstica paraquem entendeContratando mo-de-obra especializada em logstica, a empresa ganha melhorias nos servios ereduo dos custos, alm de poder dedicar-se mais ao seu core business.

    D uas empresas querealizam terceiri-zao in-house narea logstica revelam aosleitores do jornal LogWeb osdiferenciais que o processoagrega s empresas contra-tantes, as vantagens, osfatores a considerar e quaisperigos evitar.

    PARCERIA BEMFEITA PROPICIABENEFCIOS

    Falando sobre os dife-renciais na terceirizao in-house das atividades de mo-vimentao e armazenagemde materiais, Gustavo deSouza Ribeiro, diretor delogstica da ELM Enge-nharia Logstica de Movi-mentao (Fone: 19 3234.8360), explica que ela pos-sibilita uma parceria de lon-go prazo com a empresa es-pecializada na rea, buscan-do ganhos de produtividadee melhoria nos nveis de ser-vio, visando reduo decusto operacional. Isso semabrir mo do controle estra-tgico dos processos, acres-centa.

    Na opinio de RodrigoBacelar, gerente de desen-volvimento comercial da IDLogistics Brasil (Fone: 113601.1080), o core business o primeiro argumento parajustificar a terceirizaologstica em operaes in-house, pois, segundo ele,sabe-se que as empresasnecessitam focar ao mxi-mo suas energias desenvol-vendo novos produtos e acomercializao dos

    mesmos, deixando a respon-sabilidade logstica para umterceiro. Alm disso, exis-tem outros fatores que pesamnuma deciso para terceiri-zao, como aproveitar asexperincias do operador emrelaes a outros clientes,benchmarketing operacio-nal, flexibilizao e variabi-lidade dos custos, transpa-rncia, aproximao e com-prometimento, ressalta.

    Ribeiro, da EML, lembraque as atividades de movi-mentao e armazenagemrepresentam aproximada-mente 30% dos custos logs-ticos totais. Buscar umamelhor soluo para essarea traz como benefcioestabelecer uma vantagemcompetitiva para o contra-tante, acredita.

    Outro benefcio, de acor-do com ele, poder atuarcom equipe treinada e capa-

    citada para essas atividades,deixando sob a responsa-bilidade do prestador deservio o treinamento e areciclagem da equipe.

    J para Bacelar, da ID, osbenefcios da terceirizaovo da busca incessante nareduo de custos geraode indicadores (KPIs - KeyPerformance Indicators ouIndicadores Chave de Suces-so). Esses indicadores sobaseados no nvel de perfor-mance alinhados a melho-rias contnuas na operao,tendo a principal vertenteinformtica um dos pontoschave a partir da conversoque liga o prestador ao seucliente, que deve enviar assuas ordens de maneira sim-ples e rpida para o pres-tador tratar imediatamente,permitindo ao cliente em

    qualquer momento saber emtempo real a evoluo de suaoperao, explica.

    Bacelar ainda acrescen-ta que os nveis de qualida-de na operao so medidosa partir da movimentao dacarga/descarga, empilha-mento e armazenamento.Para atingir nveis elevadosde qualidade e acuracidade,a mo-de-obra empregada naoperao deve ser acompa-nhada em seu dia-a-dia comuma poltica de treinamen-to, reciclagem, promoes ebnus, que refletiro nosnveis de qualidade e produ-tividade, enfatiza.

    A IMPORTNCIA DAESCOLHA

    Na hora de escolher aterceirizao in-house

    Ribeiro, da EML: atividadesde movimentao earmazenagem representamcerca de 30% dos custoslogsticos totais

  • REFERNCIA EM LOGSTICA

    LogWeb 15EDIO N53JULHO2006

    J O R N A L

    importante consideraralguns fatores. Ribeiro,da EML, d as suasdicas: estar certo de quea terceirizao in-houseest alinhada com osobjetivos estratgicos daempresa; garantir, nomomento da escolha doparceiro, que ele tenhaexpertise na rea e contecom um modelo de ges-to eficiente e adequado realidade do contratan-te; estar atento s dife-renas de cultura entre oprestador e o tomador deservios, e consider-lasno momento da contra-tao e transio.

    Bacelar, da ID, porsua vez, aponta que ainformao importan-tssima e a forma que amesma disponibilizadaao cliente torna-se umdos fatores principaispara planejamento estra-tgico na tomada dedecises de uma empre-sa, tornando o operadorlogstico num parceiroestratgico comprome-tido com o seu cliente.

    Mas, como em todarea, preciso atentar-seaos perigos. E quais se-riam os da terceirizao?O diretor da ELM dizque um deles tercei-rizar buscando exclusi-vamente a reduo decusto operacional commudana na base salarial.Outro perigo tercei-rizar atividades que no setem controle sobre elas,ou seja, desfazer-se de umproblema imaginandoque a simples tercei-rizao ir resolv-lo,conta Ribeiro.

    Ainda na opiniodele, o principal aspectoa ser considerado em umprocesso de terceirizaoin-house a diferena nacultura do prestador e dotomador de servios.

    Na anlise de Bace-lar, da ID, os perigosacontecem de diversasmaneiras, principalmen-te quando as responsabi-lidades no so claraspara ambos - operadorese clientes -, por isso, an-tes de tomar deciso paraa terceirizao in-house,as empresas devem co-nhecer-se em detalhespara reduzir os riscos detransio e ps-transi-o, ensina.

  • 16REFERNCIA EM LOGSTICAEDIO N53JULHO2006

    LogWebJ O R N A L

    ELEVAO E AMARRAO DE CARGAS

    Segurana abrangetreinamento e qualidadedos acessrios

    PROBLEMAS/ACIDENTES

    Falta de conhecimento suficiente ou mau

    uso das cintas

    Falta de utilizao de protees

    Desgaste por abraso

    Falta de inspeo

    Cortes provocados por cantos vivos

    Falta de identificao correta, legvel e du-

    rvel por parte da maioria dos fabricantes

    nacionais

    Escolha dos acessrios deixando de lado

    confiana, conhecimento, qualidade, tra-

    dio no ramo, rastreabilidade

    Lao de cabo de ao com dimetro incom-

    patvel com a carga a ser elevada

    Carga desequilibrada

    Lao de cabo de ao j condenado por ara-

    mes partidos ou danificados por

    amassamentos de pernas ou do prprio

    cabo, ainda em operao

    Formao de gaiola de passarinho no

    lao de cabo de ao, causada pelo alvio

    repentino de tenso proveniente de uma

    sobrecarga

    Cintas com cortes, ns ou desgaste ex-

    cessivo e catracas tensionadoras com des-

    gaste nos componentes

    Cintas com baixo fator de segurana.

    Cintas utilizadas com ngulos de trabalho

    acima dos permitidos

    No observncia da relao entre carga

    de trabalho e modo de uso (forma de le-

    vantamento) e relacionar cores a cargas

    de trabalho sem verificar as informaes

    da etiqueta (cintas para cargas acima de

    10.000 kgf so da mesma cor)

    Quantidade de cintas inferior ao necessrio

    Materiais das cintas fora de norma (fios

    com tenacidade inferior a 60 cN/tex,

    reciclados, sem procedncia, de segunda

    linha), ou seja, produtos de m qualidade

    Critrios de recolhimento insuficientes

    COMO EVIT-LOS

    Realizar treinamentos com tcnicos qualificados

    Observar a exigncia com o fator de segurana exigido pela norma

    em desenvolvimento, que 7:1. Jamais movimentar cargas

    suspensas sobre pessoas

    Proceder a testes de conformidade peridicos por conta prpria, de

    preferncia no IPT Instituto de Pesquisas Tecnolgicas

    Inspecionar sempre as cintas no recebimento e quando em utiliza-

    o, no incio e no fim de cada operao, devendo ser descartadas

    as que apresentarem avarias. Contar com empresas que tenham

    em seu quadro de funcionrios tcnicos com experincia e disponi-

    bilidade em promover assistncia tcnica sempre que solicitada

    Estabelecer comisses com elementos das CIPAs Comisso In-

    terna de Preveno de Acidentes para que haja inspees

    peridicas das cintas em seu estado de conservao e uso, com

    conseqente descarte daquelas que no estiverem de acordo com

    as normas de trabalho. mais econmico substituir cintas e outros

    elementos de elevao e amarrao de cargas do que indenizar

    acidentes

    Exigir material fabricado de acordo com as normas internacionais:

    EN-1492 para elevao de cargas e EN-12195 para amarrao de

    cargas. Ambas especificam detalhes tcnicos referentes fabrica-

    o e principalmente identificao correta do produto. Usar mate-

    rial normatizado reduz o risco de acidente no mnimo em 80%

    Adquirir cintas, cabos e correntes em empresas que testem e certi-

    fiquem a qualidade de seus produtos pela ISO 9001-2000, a futura

    NBR Norma Brasileira em andamento pelo comit CB17 e outras

    Conferir sempre se o lao de cabo de ao compatvel com a carga

    No elevar a carga antes de ter a certeza que ela est bem equili-

    brada e, se necessrio, ir mudando o posicionamento dos laos at

    conseguir o equilbrio

    Fazer a vistoria diria nos laos de cabos de ao antes de iniciar a

    operao.

    Nunca aliviar um lao de cabo de ao sob tenso

    Inspecionar, minuciosamente, antes de cada uso, as cintas de le-

    vantar ou os conjuntos de amarrar cargas, alm de criar rotinas

    internas de inspeo peridica do material para detectar materiais

    em ponto de troca

    Utilizar materiais com certificado do fabricante assinado por pes-

    soa credenciada. No aceitar certificados de terceiros mesmo que

    sejam de institutos da maior credibilidade

    Atender sempre s especificaes do fabricante

    Observar sempre as informaes da etiqueta. No usar cintas com

    fatores de segurana abaixo dos exigidos por norma

    Atender sempre aos limites de segurana

    Considerar qualidade em primeiro lugar, e no preo, e exigir certi-

    ficado de qualidade emitido pelo fornecedor das cintas

    importante que um cabo de ao, para ser bem enrolado, seja

    fixado corretamente durante sua instalao em um tambor liso (sem

    canais)

    O

    Para garantir segurana naelevao e amarrao decargas, os acessrios devemser de qualidade e contar cominspees peridicas, alm deserem necessrios treinamentopara qualificao dos tcnicose respeito s normas desegurana.

    foco desta matria especial dojornal LogWeb a seguranana elevao e amarrao de

    cargas. So expostos os problemas/aci-dentes mais comuns na rea e comoevit-los.

    As informaes foram obtidas porrepresentantes de empresas do setor:Ronaldo C. de Carvalho, gerente co-mercial da Fitacabo (Fone: 11 4223.5780); Pedro Domingos DAngelo,diretor da Fixoflex ManufaturadosTxteis (Fone: 11 3208. 5511); Moa-cir Cury, diretor tcnico/comercial daCabos Gemini Cabos de Ao e Aces-srios (Fone: 31 3491.1699); TarsoArajo, do departamento comercial daHipertek Indstria e Comrcio de Cin-tas (Fone: 31 3278.2625); GeraldoRomildo Soares, responsvel tcnicoda Intercabos Industrial e Comercial(Fone: 31 3412.3700); Marcos Olivei-ra, assistente tcnico da Tecnotextil In-dstria e Comrcio de Cintas (Fone: 133229.6100); e Guillermo FernandezCastro, diretor da Tensiflex (Fone: 114227.1426).

  • REFERNCIA EM LOGSTICA

    LogWeb 17EDIO N53JULHO2006

    J O R N A L

    Notciasr p i d a s

    FedEx Expressimplantatecnologiawireless pararastreamentode envio on-line

    A FedEx Express (Fone:

    0800 703.3339) anuncia

    que suas unidades em So

    Paulo e Campinas j utili-

    zam uma nova tecnologia

    de rastreamento de cargas,

    o PowerPad. Trata-se de

    um computador de mo

    com tecnologia wireless

    que permite enviar e rece-

    ber informaes on-line.

    Com a tecnologia wireless

    (sem fio), a partir do mo-

    mento em que o courier

    entrega ou coleta uma en-

    comenda, a informao

    atualizada inserida no

    PowerPad j enviada

    rede interna da FedEx

    Express, e de l passa a

    estar disponvel na Internet.

    Alm disso, a assinatura do

    destinatrio feita no pr-

    prio display do PowerPad e

    tambm fica disponvel on-

    line. O remetente pode ficar

    sabendo exatamente quan-

    do foi efetuada a entrega

    quase no mesmo minuto e

    ainda conferir a assinatura

    de quem recebeu. J h

    previses para inaugurar o

    sistema no Rio de Janeiro

    e em Porto Alegre em al-

    guns meses, e a empresa

    pretende fazer a migrao

    completa para o PowerPad

    at 2007.

  • Informe Publicitrio18

    Brasif Rentale as novidades

    no setor deseminovas e usadas

    Alm dolanamentodecatlogosdeempilhadeirasseminovas,com

    encarte especial sobreempilhadeiras usadas,e do lanamento denovos planos definanciamento, aempresa divulgaequipamentosagrcolas e destacao seu show room deseminovas emSo Paulo.

    Depois do grande sucesso doscatlogos de empilhadeiras

    seminovas lanados pela Brasif

    Rental (Fone: 0800 709 8000)

    e parceiros, Mauricio Amaral,

    diretor da empresa, anuncia

    que a terceira edio est

    sendo lanada e tem como

    novidade um encarte especial

    de mquinas usadas da Brasif

    Mquinas. O diretor tambm

    aproveita para enfatizar que a

    empresa est lanando novos

    planos de financiamento, alm

    de fazer a divulgao de

    equipamentos agrcolas, outra

    novidade.

    Amaral revela que a Brasif

    pioneira na criao e distribui-

    o de catlogos de mquinas

    seminovas no mercado, e vem

    alcanando timos resultados

    com essa moderna e eficiente

    ferramenta de vendas. Um

    dos principais motivos desse

    sucesso a qualidade dos

    equipamentos ofertados a

    preos competitivos e facilida-

    de para pagamento. Outro

    fator importante a

    segmentao do nosso banco

    de dados composto por

    empresas do ramo industrial,

    logstico e de construo, que

    possibilita uma resposta

    imediata aos clientes interes-

    sados nesse tipo de equipa-

    mento, destaca.

    O primeiro catlogo da Brasif,

    segundo Amaral, foi lanado

    em dezembro de 2005 e at

    hoje a empresa tem o apoio de

    parceiros com produtos e

    servios complementares aos

    dela, como Trelleborg Pneus,

    Saur Equipamentos, Bacarrelli

    Transportes, Dieletro e

    Baterias Moura. Alm do

    envio pelos correios, o catlo-

    go tambm pode ser visto,

    virtualmente, e solicitado pelo

    site: www.brasifrental.com.br,

    anuncia.

    Amaral,

    diretor da

    Brasif

    Rental

  • 19

    PAGAMENTO

    FACILITADO

    Os planos de

    financiamento so oriundos de

    uma parceria criada pela Brasif

    Rental com algumas

    instituies financeiras, em

    que o volume das transaes

    envolvidas propicia uma taxa

    competitiva no mercado,

    explica Amaral.

    O diretor da Brasif esclare-

    ce que os financiamentos

    oferecidos so de CDC

    Crdito Direto ao Consumidor

    ou Leasing, com prazos que

    variam de 3 a 48 meses. Para

    conseguir o financiamento, o

    cliente deve encaminhar a

    Brasif Rental uma relao de

    documentos para aprovao do

    crdito junto instituio

    financeira, informa. A empre-

    sa far toda a parte burocrti-

    ca que envolve a aprovao do

    crdito, sendo responsvel

    pela interface banco x cliente.

    Sobre o conceito de trade-in

    (concesso de negociao de

    venda de um certo produto

    pelo qual o usado entra como

    parte do pagamento), Amaral

    exemplifica: a Brasif Rental,

    por meio da Brasif Mquinas,

    distribuidora das marcas

    Hyster e Case, pode receber

    equipamentos usados como

    parte de pagamento dos

    clientes interessados em

    comprar uma seminova. A

    avaliao dos equipamentos

    realizada por profissionais

    especializados e apresentada

    ao cliente.

    VANTAGEM, TECNOLOGIA

    E SHOW ROOM

    E quais seriam as vantagens

    em optar por um equipamento

    seminovo? O equipamento

    seminovo uma opo inteli-

    gente e econmica para quem

    pensa em comprar um equipa-

    mento novo, porque alm de

    ser mais barato, possui pouco

    tempo de uso, justifica Amaral.

    No caso das seminovas da

    Brasif Rental, o diretor destaca

    que o cliente ainda tem a

    segurana de contar com todo o

    histrico de uso do equipamen-

    to, pois so mquinas da frota

    de locao que receberam

    manuteno preventiva e

    corretiva com mecnicos

    treinados pela fbrica, alm de

    peas originais. Para uma

    comparao entre seminovos e

    usados, Amaral avalia at dois

    anos de uso para o seminovo e

    mais de dois anos para o usado.

    Em termos de tecnologia, a

    Brasif busca estar sempre

    frente de seus concorrentes

    antecipando-se s tendncias e

    utilizando as tecnologias mais

    inovadoras, conforme

    Amaral descreve.

    Um exemplo disso

    foi a venda da

    primeira mquina do

    Brasil pela internet que

    aconteceu em 2003 pela Brasif

    Mquinas. Atualmente, a Brasif

    Rental conta com o seu prprio

    site e o catlogo de seminovas

    supernovas na verso

    impressa e virtual, ressalta.

    O diretor tambm faz

    questo de destacar o show

    room de mquinas seminovas

    da Brasif que acontecer na

    Movimat 2006 Feira de

    Logstica, Movimentao,

    Armazenagem e Transporte de

    Materiais, em So Paulo, no

    ms de agosto.

    Na feira haver um show

    room de equipamentos

    seminovos com preos

    diferenciados para quem

    fechar negcio durante o

    evento. O pblico poder

    comprovar pessoalmente a

    qualidade dos equipamentos e

    ainda conferir outras ofertas

    na 3 edio do catlogo que

    ser distribudo gratuitamente

    aos visitantes do estande. A

    Brasif Rental possui uma frota

    de mais de 1.000

    mquinas seminovas

    disposio para

    negcios, finaliza

    Amaral.

    A Brasif Rental,

    por meio da Brasif

    Mquinas, pode

    receber equipamentos

    usados como parte de

    pagamento dos

    clientes interessados

    em comprar uma

    seminova

  • 20REFERNCIA EM LOGSTICAEDIO N53JULHO2006

    LogWebJ O R N A L

    DISTRIBUIO

    Leroy Merlin inauguraCD em So Bernardodo Campo, SP

    politana. O segundo motivo queo maior nmero de lojas da redetambm est concentrado nestaregio. Assim, com o novo CD,vamos contar com entrada e sa-da de materiais mais enxutas,diz Antoniassi.

    Ele tambm destaca que paraesta empreitada, a Leroy Merlincontratou os servios da IDLogistics (Fone:11 3601.1080),operador logstico de classe mun-dial, com sede em Cavaillon,Frana, h quatro anos no Bra-

    sil. Ela cuida de toda a operao:conferncia no recebimento fsi-co da mercadoria, gesto do ar-mazm (endereamento, etc.), se-parao dos pedidos dirios daslojas e carregamento dos cami-nhes. A gesto do frete e o aten-dimento das lojas por parte dosfornecedores so responsabilida-des da Leroy, explica.

    Sobre os motivos que levarama Leroy Merlin a contratar os ser-vios da ID Logistics, Antoniassicita pelo menos trs. Em primei-ro lugar, ela mostrou uma ade-rncia muita grande de filosofiade empresas com a Leroy Merlin,com foco em produtividade,melhorias e proximidade. Emsegundo lugar, a ID conhece oambiente de varejo e vive nele,j que atende tambm aoCarrefour e a logstica no vare-jo diferente da logstica indus-trial. Em terceiro, a ID mostroucapacidade de agregar na nossaoperao, tem know-how interes-sante, busca estar sempre alinha-da com a inovao tecnolgica ecomo trazer isto para uma maiorprodutividade.

    Mais ainda, a Leroy Merlinconstatou que a terceirizao dosservios de logstica uma ten-dncia mundial, e tambm temavanado no varejo. A grandevantagem, avalia Antoniassi, aotimizao dos custos e o aumen-to da produtividade obtidos nasoperaes de armazenagem etransporte.

    INCIO EM MAIOAs operaes no novo Centro

    de Distribuio tiveram incio noms de maio. A unidade, que fun-ciona 24 horas por dia, tem umarea total construda de 36 mil m2

    - mais que o dobro da do antigoCD da rede, localizado em Pau-lnia, no interior paulista, e quefoi devolvido ao antigo opera-dor logstico que atendia a LeroyMerlin. A nova unidade est ins-talada num terreno de 90 mil m2,de onde saem diariamente cercade 40 caminhes carregados demercadorias.

    A empresa decidiu utilizar nonovo CD um sistema automatizadode gesto de estoque, a transmis-so de dados por radiofreqncia,que permite reduzir a ocorrnciade falhas de informao nos pro-cessos de movimentao e contro-le das mercadorias estocadas. Estem estudo tambm a utilizao dovoice picking, pelo qual a separa-o de pedidos feita por coman-dos de voz entre o profissional e ocomputador, gerando maior pro-dutividade para a operao.

    D epois de oito anos deatuao no mercado bra-sileiro, a Leroy Merlin(Fone: 11 5506.144) acaba deinaugurar seu novo Centro deDistribuio em So Bernardo doCampo, no ABC paulista. O ob-jetivo dar suporte nova etapade expanso da rede varejista atualmente so 12 lojas em SoPaulo, Rio de Janeiro, Paran,Minas Gerais e Braslia, tornan-do mais geis os processos de re-cebimento, armazenagem, separa-o de pedidos e entrega das mer-cadorias nos pontos de venda.

    Segundo Daniel Antoniassi,diretor de logstica da rede, doismotivos foram considerados paraa instalao do CD em SoBernardo do Campo. O primei-ro que o maior volume de com-pras, ou a maior concentrao defornecedores da Leroy Merlin,est no Estado de So Paulo,principalmente na regio metro-

  • REFERNCIA EM LOGSTICA

    LogWeb 21EDIO N53JULHO2006

    J O R N A L

    O novo CD tambmest empregando o crossdocking, ou seja, a rpidamovimentao na chegadae sada dos produtos, semnecessidade de estoc-los.A idia, explica Antoniassi, usar o Centro de Distri-buio como ponto de pas-sagem dos produtos comdestino s lojas.

    TENDNCIASCom a operao do

    novo CD, a tendncia quesejam reduzidos os estoquesmantidos atualmente emtoda a rede. A curto prazo,essa mudana deverinfluenciar, inclusive, noformato e na construo dosnovos pontos de venda. Se-gundo Antoniassi, a rea dearmazenagem de uma lojada Leroy Merlin, que hojeocupa aproximadamente2.500 m, dever passar ater menos de 1.500 m.

    Os fornecedores tam-bm devem ganhar compe-titividade com o novo CD,acredita o diretor de logs-tica. Isso porque, ao con-trrio do que acontecia an-teriormente, quando as en-tregas eram pulverizadaspor loja, a partir de agoraeles tm a possibilidade deentregar lotes maiores demercadoria - e num nicolocal -, o que tambm fa-vorece a reduo dos cus-tos de frete.

    Esperamos poderatender s lojas com maioragilidade, sobretudo estan-do mais perto dos fornece-dores. Antes do novo CD,as entregas eram descen-tralizadas, com lead timemaior e atrasos. Com aatividade de cross docking,estamos conseguindo ummaior lead time, sem con-tar que hoje estamos maispertos do parque fabril dosfornecedores e temos umarea maior e mais indicadapara guardar as mercado-rias. Alis, a nova rea teminclusive suporte paraatender expanso daLeroy Merlin, avalia.

    O diretor completadizendo que, com o novosistema de gesto de esto-ques no CD, a meta au-mentar a disponibilidadedos produtos nas lojas,reduzindo o ndice de rup-tura, isto , a falta de mer-cadoria na loja, para algoprximo de 1%. Atualmen-te esse percentual estima-do em torno de 3%.

  • 22REFERNCIA EM LOGSTICAEDIO N53JULHO2006

    LogWebJ O R N A L

    Multim

    odal

    TRANSPORTE FERROVIRIO

    SETOR CRESCE,MAS PRECISA DE ATENO

    APS UMA DCADA DE PRIVATIZAO, O MODAL FERROVIRIO VEM SEDESENVOLVENDO CADA VEZ MAIS, MAS AINDA SOFRE COM FALTA DE INVESTIMENTO,

    INVASES NA FAIXA DE DOMNIO E PASSAGENS EM NVEL CRTICAS.

    O jornal LogWeb destems traz o tema ferro-vias. Assuntos como os10 anos de desestatizao, oque melhorou e piorou; bene-fcios, limitaes e diferen-ciais do modal ferrovirio;desafios e expectativas dosetor, alm de aes do gover-no federal e o renascimento daindstria ferroviria so trata-dos por representantes do seg-mento e do prprio governonesta matria especial.

    HISTRIA: APRIVATIZAO DA REDEFERROVIRIA FEDERAL

    Na dcada de 90, o gover-no federal, impossibilitado degerar os recursos necessriospara continuar financiando os

    investimentos do setor detransportes e tendo em vista oaumento da oferta e da melho-ria de servios, colocou emprtica aes voltadas paraprivatizao, concesso e de-legao de servios pblicosde transporte a Estados, mu-nicpios e iniciativa privada.Por meio da Lei n. 8.031/90,de 12/04/90, o governo federalinstituiu o Programa Nacionalde Desestatizao - PND, ten-do o subsetor ferrovirio pas-sado a integr-lo a partir da in-cluso da Rede Ferroviria Fe-deral S.A. - RFFSA, pelo De-creto n. 473, de 10/03/92,quando apresentava um dfi-cit anual de R$ 300 milhesnas operaes.

    O modelo de privatizaodefinido para a RFFSA pelo

    Conselho Nacional de Deses-tatizao, aps estudos pro-movidos pelo Banco Nacionalde Desenvolvimento Econ-mico e Social - BNDES, agen-te executor do programa, con-sistiu basicamente na divisoda RFFSA em seis malhasregionais (Nordeste, Sudeste,Sul, Oeste, Centro-Leste eTeresa Cristina); na transfe-rncia ao setor privado, me-diante leilo, da concesso dosservios de transporte ferro-virio; e no arrendamento dosbens da RFFSA aos novosoperadores. Em fevereiro de1998 a Malha Paulista, antigaFEPASA Ferrovia PaulistaS.A., foi incorporada aRFFSA pelo Decreto n 2.502e leiloada em novembro domesmo ano; j em dezembro

    de 1999 foi assinado o Decre-to n 3.277 que dispe sobre adissoluo, liquidao eextino da Rede FerroviriaFederal. Nesse perodo aindaforam concedidas as estradasde ferro operadas pela Com-panhia Vale do Rio Doce -CVRD, sem contar as conces-ses para construo e explo-rao do servio pblico detransporte ferrovirio de cargano final da dcada de 80(Ferronorte e Ferroeste), antesdo PND.

    No mesmo ano do primei-ro leilo de uma das malhasda RFFSA, em dezembro de1996, foi fundada a ANTF -Associao Nacional deTransporte Ferrovirio(Fone: 61 3226.5434): umaentidade que congrega as

    ferrovias de carga do Brasilnascidas do processo dedesestatizao com o objeti-vo de promover o desenvol-vimento e o aprimoramentodo transporte ferrovirio noBrasil por meio de aesaglutinadoras das necessida-des e anseios de seus asso-ciados. Fazem parte da ANTFonze ferrovias (ver quadro)dedicadas ao transporte decarga, cuja malha compreen-de mais de 28.000 km, poronde circulam milhes detoneladas anualmente.

    SALDOAps estes 10 anos de

    desestatizao, o diretor-exe-cutivo da ANTF, RodrigoVilaa, lembra: quandoES

    PEC

    IAL

  • REFERNCIA EM LOGSTICA

    LogWeb 23EDIO N53JULHO2006

    J O R N A L

    As 11 ferrovias associadas a ANTF

    ALL Amrica Latina Logstica

    CFN Cia. Ferroviria do Nordeste

    EFC Estrada de Ferro Carajs

    EFVM Estrada de Ferro Vitria a Minas

    FCA Ferrovia Centro-Atlntica

    Ferroban Ferrovia Bandeirantes

    Ferronorte Ferrovias Norte Brasil

    Ferropar Ferrovia do Paran

    FTC Ferrovia Tereza Cristina

    MRS Logstica

    Ferrovia Novoeste

    receberam as concesses,em 1996, as novas compa-nhias ferrovirias do pas en-contraram nos ptios, ofici-nas e ao longo das linhascerca de 45 mil vages. Nadamenos que 38% deles esta-vam sucateados ou no ti-nham a menor condio derodar nos trilhos.

    E agora, qual o saldodesse processo? O que melho-rou e o que piorou?

    Segundo avaliao deVilaa, o trabalho desenvol-vido pelas empresas presta-doras dos servios pblico detransporte de cargas nos 10anos de concesso das malhasj proporcionou investimen-tos prprios e em parceriascom clientes e operadores daordem de R$ 10 bilhes, sen-do que nos ltimos cinco anosantes do processo da conces-so eram investidos em m-dia R$ 40 milhes/ano apli-cados pela RFFSA. Em 2006as associadas da ANTF de-vem investir R$ 2,35 bilhes,mantendo nos prximos anosuma mdia de R$ 2 bilhesanuais.

    De acordo com Vilaa, obalano pode ser medido pormeio dos seguintes resulta-dos: aumento de 60% na pro-duo, ao passar de 138 para221 bilhes de TKU (Tone-lada Quilmetro til); redu-o de 58% no ndice de aci-dentes, diminuindo de 78,7para 32,9 acidentes por mi-lho de trens/quilmetro;crescimento de 85% no volu-me de cargas gerais, com des-taque para o agronegcio eprodutos de maior valor agre-gado como eletroeletrnicose automveis; e gerao deaproximadamente 30 mil em-pregos diretos e indiretos.Durante este mesmo pero-do, as associadas da ANTFaumentaram a participaodas ferrovias na matriz detransporte de carga do pas,atingindo 26%, contra os 19%antes do processo de desesta-tizao do setor, acrescentao diretor-executivo.

    Vilaa tambm informaque as malhas concedidas re-presentam hoje a maior pro-duo da Amrica Latina, emtermos de carga transportada,tendo movimentado no anopassado 392 milhes de tone-ladas teis e registrado umcrescimento de 9% sobre as367 milhes de toneladas de2004.

    importante ressaltarque alm de renovar e aumen-

    tar a frota operacional de lo-comotivas e vages (hoje nacasa dos 2,3 mil e 76 mil uni-dades, respectivamente), cer-ca de 4% dos R$ 9,5 bilhesinvestidos nos ltimos dezanos pela iniciativa privadaforam destinados para treina-mento e capacitao de pes-soal, enfatiza Vilaa. Entre asaes destacam-se a criaoda Academia MRS, em Juizde Fora, a parceria estabele-cida com o Senai e a Funda-o Dom Cabral e a criaodo curso de ps-graduao emEngenharia Ferroviria, de-senhado pela UniversidadeCorporativa da CompanhiaVale do Rio Doce - CVRD emconjunto com a PontifciaUniversidade de Minas Ge-rais, PUC-MG, como tambma inaugurao da Universida-de Corporativa, a UniAll, em

    Curitiba, para formao deprofissionais da atividade fer-roviria, oferecendo cursos narea operacional e em nvelgerencial.

    Alm disso, segundo o di-retor-executivo da ANTF, ogoverno federal deixou de one-rar os cofres pblicos em R$3,8 bilhes, acumulados nos10 anos que antecederam desestatizao, e arrecadou ato momento em torno de R$ 2bilhes dos pagamentos tri-mestrais efetuados pelas con-cessionrias referentes s con-cesses e arrendamento dosbens, alm do somatrio dospreos auferidos nos leilesdas malhas da RFFSA queequivalem a R$ 1,764 bilho,sem considerar os tributos fe-derais, estaduais e municipaisque, em 2005, superaram ovalor de R$ 800 milhes.

    Em resumo, entre 1997e 2005, conforme Vilaaenumera, os principais resul-tados decorrentes do proces-so de desestatizao foram:melhoria da condio opera-cional da via permanente dasmalhas concedidas, enfo-cando os aspectos de segu-rana e transit time; introdu-o de novas tecnologias decontrole de trfego e siste-mas, com aumento da pro-dutividade, segurana econfiabilidade das opera-es; adoo de parceriascom clientes e outros opera-dores, buscando atingir no-vos mercados; capacitaoempresarial e aperfeioa-mento profissional; aespermanentes de responsabi-lidade social, com campa-nhas educativas, preventivase de conscientizao de se-gurana para as comunida-des vizinhas s ferrovias;arrecadao superior aR$ 2,122 bilhes dos paga-mentos trimestrais de con-cesso e arrendamento dosbens operacionais; contri-buio na ordem de R$ 466milhes para a CIDE (Con-tribuio de Interveno noDomnio Econmico); deso-nerao aos cofres pblicosde USS$ 300 milhes porano, correspondentes aosdficits anuais da operaodas malhas da RFFSA; revi-talizao da indstria ferro-viria com a reativao defbricas e a criao de no-vas instalaes.

    J Gilson AparecidoPichioli, gerente do terminalrodo-ferrovirio FassinaJundia (Fone: 11 4533.3244), ex-ferrovirio da an-tiga FEPASA, onde traba-lhou por 21 anos, presencioumuito bem o perodo pr eps-privatizao. Tanto aFEPASA quanto a RFFSAestavam perdendo sensivel-mente espao para o modalrodovirio dado o enormedescrdito pelo qual vinhampassando, ocasionado prin-cipalmente pela falta de in-vestimentos em todos os se-tores destas empresas, almdo alto ndice de emprega-bilidade. Importar peas eequipamentos era difcil emoroso, fato que levava aocanibalismo entre locomoti-vas para manter outras emfuncionamento. Tudo foidepreciando e ficando aban-donado. Hoje, aps a priva-tizao, e tambm aps operodo de abertura da

  • 24REFERNCIA EM LOGSTICAEDIO N53JULHO2006

    LogWebJ O R N A L

    Multim

    odal

    economia brasileira, notamoso profissionalismo das empre-sas e dos grupos que assumi-ram as administraes, e quetiveram de incio enormes di-ficuldades para reerguer as fer-rovias e coloc-las nos devi-dos trilhos, analisa Pichioli.

    Apesar dos problemas, ogerente da Fassina acreditaque felizmente e em tempo,passados 10 anos da primeiraprivatizao, estamos colhen-do os frutos com a aceitaocada vez maior do mercado detransporte que est retor-nando, procurando e at inves-tindo, ou seja, participandocom a aquisio de equipa-mentos, particularmente va-ges e locomotivas. Outro as-pecto muito importante aretomada da fabricao de va-ges que antes eram importa-dos, o que vem demonstrar aforte recuperao do modal.

    BENEFCIOS,LIMITAESE DIFERENCIAIS

    Segurana, confiabili-dade, qualidade e custos atra-tivos, alm da certeza de quea carga vai chegar ao seu des-tino so alguns dos benef-cios que a ferrovia ofereceatualmente. Da mesma formaque o hidrovirio e o marti-mo, a ferrovia pode transpor-tar grandes quantidades decarga, no caso, com apenasuma nica locomotiva, estesso os diferenciais positivosapontados por Pichioli, daFassina, a respeito do modalferrovirio.

    De fato, de acordo comdados da ANTF/ANTT As-sociao Nacional do Trans-porte Terrestre, cada vagode trem corresponde a qua-tro caminhes fora das rodo-vias (1.587 locomotivas con-tm 55.472 vages), ou seja,a frota atual de vagescorresponde a 221.888 cami-nhes que deixam de circu-lar nas rodovias.

    Em relao s limitaese diferenciais, Pichioli apon-ta o fato de a ferrovia nopoder chegar em todo e qual-quer lugar, sendo necessrioo complemento do transpor-te por outro modal, como orodovirio, o martimo e odutovirio.

    Outro aspecto importan-te que, por meio da ferro-via e do desenvolvimento determinais intermodais no in-terior, como o da Fassina emJundia, SP, tem-se permiti-

    do realizar a multimoda-lidade do transporte decontineres, interligandotoda uma regio ao Porto deSantos e vice-versa, acres-centa.

    Pichioli ainda aponta queh a limitao causada peladiferena de bitolas (distn-cias entre os trilhos), que noBrasil de 1,00 m e de 1,60 m,mas que considerada resol-vida pela existncia de ter-minais que operam comambas e permitem a trans-ferncia de carga/continerde uma bitola para outra.

    Alm disso, de acordocom ele, a velocidade mdiado transporte ferrovirio ca-racteristicamente baixa emrelao ao rodovirio, influ-enciada tambm pela existn-cia de vrias passagens denvel irregulares ao longo detodo o trecho, o que limita e fato causador de acidentes.

    De acordo com Vilaa, daANTF, a respeito das dificul-dades, um dos motivos paraapenas 24% do total demercadorias transportadas noBrasil seguirem por ferrovi-as, apesar dos custos 18% in-feriores aos do transportemartimo e at 40% menoresque os do transporte rodovi-rio, que o setor no conse-gue garantir o transporte dasmercadorias para os chama-dos corredores de exporta-o. Se pudssemos movi-mentar as cargas do interior

    do pas para os portos, a simpassaramos a ter umacompetitividade melhor,revela.

    DESAFIOSSobre os prximos desafi-

    os para o transporte ferrovi-rio, Vilaa, da ANTF, destacaque a diretoria da Associaotem procurado chamar a aten-o das autoridades governa-mentais para a necessidade desoluo dos entraves, que sode responsabilidade da Unioe os quais, se no resolvidos,afetaro o crescimento do se-tor em curto prazo. Entre osgargalos existentes, o diretor-executivo assinala as invasesna faixa de domnio: mais de200 mil famlias vivem hojenestas reas que deveriam serpreservadas como domniodas ferrovias.

    preocupante quandoessas invases ocorrem emgrandes zonas urbanas, prin-cipalmente nas reas conges-tionadas e estratgicas, comoas de acesso a portos regionais,e interferem diretamente notrfego do transporte ferro-virio e, conseqentemente,no seu desempenho opera-cional, lamenta Vilaa.

    Segundo ele, as invasesna faixa de domnio das ferro-vias em reas urbanas so asconsideradas mais crticas.Entre elas esto as existentesem Belo Horizonte, MG, Rio

    de Janeiro, RJ, e Santos, SP,consolidadas desde a poca daempresa estatal.

    O diretor-executivo daANTF acredita que em vistadesta situao imprescind-vel a atuao do governo fe-deral para efetivar programasde realocao das comunida-des irregulares ao longo da fai-xa de domnio das ferrovias,com a finalidade de eliminaros riscos de acidentes e, assim,conciliar os interesses das con-cessionrias e da populao.Essa ao possibilitar a so-luo de questes de seguran-a e de desempenho opera-cional das composies, queatualmente diminuem a velo-cidade mdia de 40 km/h para5 km/h nas reas urbanas,informa.

    Vilaa sugere que, paraatender aos interesses das con-cessionrias ferrovirias e dascomunidades urbanas, sejanecessrio efetivar na prticaos trabalhos do Convnio deCooperao Tcnico-Opera-cional, firmado em maio de2004, por intermdio do Mi-nistrio das Cidades e o Mi-nistrio dos Transportes coma Caixa Econmica Federal ea RFFSA. Esse convnio temcomo objetivo viabilizar aalienao de imveis nooperacionais da RFFSA parautilizao em programas de re-gularizao fundiria e provi-so de habitao de interessesocial, bem como propor so-

    lues para o reassentamentoda populao que se encontrana faixa de domnio, explica.

    Outro gargalo apontadopor Vilaa a questo das pas-sagens em nvel crticas. Deacordo com o diagnstico le-vantado pelo Comit de Pla-nejamento da ANTF, existemcerca de 12.400 passagens emnvel ao longo dos 28.445 kmda malha ferroviria concedi-da, das quais cerca de 2.503foram classificadas como cr-ticas pelas associadas da enti-dade, conta.

    Segundo ele, os critrios efatores utilizados para carac-terizar uma passagem nvelcomo crtica so: segurana napassagem em nvel - PN; lo-calizao da PN, comparandoa sua interferncia frente aotrfego urbano de veculos,inclusive paralisaes e inter-rupes; risco provocado pelotrnsito de pessoas; sinaliza-o deficiente ou inadequada;avaliao de estatsticas de aci-dentes ocorridos no local; eirregulares clandestinas.

    Para melhorar as condi-es de segurana nas reasurbanas limtrofes das ferrovi-as, o governo federal precisaimplementar um programaespecfico de obras nesses cru-zamentos (passagens em n-vel), priorizando as aes emmunicpios onde esto locali-zadas as PNs mais crticas,viabilizando recursos fsicos efinanceiros. Essa medida per-mitir a reduo de riscos e in-terferncias s comunidades,alm do aumento da velocida-de nesses trechos, melhoran-do, assim, o desempenhooperacional do transporte fer-rovirio de cargas, sugereVilaa.

    Vilaa, da ANTF: malhasconcedidas representamhoje a maior produo daAmrica Latina, em termosde carga transportada

  • REFERNCIA EM LOGSTICA

    LogWeb 25EDIO N53JULHO2006

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    Alm disso, o diretor-exe-cutivo aponta para o fato de queo Ministrio dos Transportespoderia institucionalizar o pro-jeto lanado em 2001, denomi-nado Programa Nacional deSegurana Ferroviria em re-as Urbanas - PRONURB, cujaestratgia de implementaoseria por meio de parcerias comentidades governamentais, nogovernamentais, privadas e asconcessionrias ferrovirias.

    Vilaa explica que oPRONURB tem como objeti-vos gerais promover melho-rias voltadas s condiesatuais de segurana em faixasde domnio e PNs, seguran-a da infra-estrutura de trans-porte ferrovirio e s relaesde convivncia entre a ferroviae as comunidades lindeiras.

    De acordo com estudos daANTF, o Governo precisainvestir aproximadamenteR$ 4,2 bilhes, principalmen-te nas invases de faixa de do-mnio, nas passagens em nvelirregulares e nos gargalos fsi-cos e operacionais, que neces-sitam de obras de variantes,desvios, contornos e nos aces-sos aos portos. Enquanto isso,o estudo indica a previso deR$ 7,1 bilhes para serem apli-cados pelas concessionrias nasmalhas. A aplicao dessesrecursos pblicos e privadospossibilitar adequao damatriz de transportes de cargasdo Brasil.

    Vilaa acrescenta que oBrasil possui hoje 29 mil qui-lmetros de ferrovias e a meta chegar a 2012 com 34,5 milquilmetros. Ns aindaestamos longe do ideal, queseriam 50 mil quilmetros.Para isso preciso corrigiralguns defeitos, algumas difi-culdades de transposio nosgrandes centros urbanos, degargalos logsticos e sociais.E, principalmente, fazer cres-cer a malha ferroviria para ointerior do pas.

    Ele tambm explica que osucesso futuro do setor ferro-virio depende da ao conjun-ta das concessionrias, gover-no, rgos reguladores, clien-tes e fornecedores. Portanto, aANTF props uma agenda detrabalho que aborda 10 frentescom aes necessrias para queo setor cresa ainda mais naprxima dcada, suportandoassim o crescimento do Brasil.Os 10 pontos consideradosprioritrios para o crescimentodo modal ferrovirio na pr-xima dcada, segundo Vilaa,so eliminao dos gargalos

  • 26REFERNCIA EM LOGSTICAEDIO N53JULHO2006

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    Multim

    odal

    existentes: passagens em nvele invaso na faixa de domnio;desenvolvimento da inter-modalidade; expanso da ma-lha; desonerao do impostode importao das peas semsimilar nacional compradaspela indstria no exterior;efetivao de mudanas na re-gulamentao; pendncias ju-diciais da RFFSA; tributao;fornecedores; segurana;tecnologia e gente.

    EXPECTATIVASPichioli, da Fassina, acre-

    dita que o modal ferrovirio a melhor soluo para o trans-porte, s faltam mais investi-mentos. Em primeiro lugar,devemos considerar que nos-so pas tem uma cultura forte-mente rodoviarista e essa si-tuao foi disseminada ao lon-go das ltimas dcadas. inconcebvel mantermos aatual matriz de transportes,onde predomina o modal ro-dovirio, com elevados custospara o pas (manuteno de es-tradas, consumo de combus-tvel, poluio, entre outros).A ferrovia a soluo paraque possamos absorver ocrescimento da demanda decarga nos prximos anos,principalmente comoditiesagrcolas e carga conteine-rizada, uma vez que seu po-tencial ainda no foi total-mente explorado e permitemuitos investimentos, taiscomo o Ferroanel, o segun-do acesso ao porto de San-tos, a expanso de linhas,etc., detalha.

    Segundo o gerente daFassina, a procura pelo modalferrovirio est acontecendonaturalmente, no apenascomo opo de transporte,mas pela segurana, qualida-de, custos atrativos e confia-bilidade, alm da sensvel di-ferena em relao quanti-dade de emisso de poluentes.Com a recente venda de par-te das aes da Brasil Ferro-vias, adquiridas pela ALL -Amrica Latina Logstica,muitas novidades viro pora que incrementaro e tra-ro novo alento ao trans-porte ferrovirio, particu-larmente no interior do Es-tado de So Paulo, rea deao da antiga FEPASA,anuncia Pichioli.

    Por sua vez, Vilaa, daANTF, aponta que o setor,composto no apenaspelas concessionrias,mas tambm pelos seus

    clientes que precisam trans-portar produtos de todo o tipoe por uma ampla indstria deequipamentos, vive hoje agrande expectativa de que ogoverno federal formule umaviso estratgica para asquestes de infra-estrutura detransporte, com a devidaateno para o modal ferro-virio em funo de sua gran-de relevncia. Ele detalhaque as ferrovias tm comocaractersticas importantes aalta competitividade de trans-porte para grandes volumese a longas distncias, assimcomo mais seguro, econ-mico e menos poluente, in-clusive, em alguns casos,tem-se a alternativa de uso dobiodiesel.

    Outra expectativa do se-tor ferrovirio que o inves-timento em infra-estruturaferroviria seja uma dasprioridades para a ao p-blica, empenhando um ora-mento compatvel com as ne-cessidades, alm da execuoem sua totalidade. Dessemodo, o Poder Pblico inver-ter o que vem ocorrendo nasltimas dcadas no seu ora-mento, aumentando a recei-ta de investimentos nas fer-rovias, no Plano Plurianual PPA, Lei de Diretrizes Ora-mentrias LDO e na Lei Or-amentria Anual LOA.Com isso, o transporte ferro-virio ter mais produtivida-de, menor custo e maior con-fiabilidade, atenta Vilaa.

    Pichioli, da Fassina:o modal ferrovirio amelhor soluo para otransporte, s faltam maisinvestimentos

  • REFERNCIA EM LOGSTICA

    LogWeb 27EDIO N53JULHO2006

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    O RENASCIMENTO DAINDSTRIA FERROVIRIABRASILEIRAPodemos assegurar que,com as privatizaes e asconcesses do transporteferrovirio, iniciadas em1996, a participao destemodal na matriz de transpor-te brasileira, que era 19%, nofinal da dcada de 90, cres-ceu para 26%, atualmente.Esta afirmativa de LuisCesrio Amaro da Silveira,presidente da ABIFER As-sociao Brasileira da Inds-tria Ferroviria (Fone: 113289.1667), que acreditaque para dar sustenta-bilidade ao escoamento daproduo agrcola, de min-rios e produtos siderrgicos,em contnuo crescimento hanos, o Brasil precisa de umainfra-estrutura de transpor-te de carga adequada.

    Segundo Silveira, osmodais fluvial, ferrovirio erodovirio, preferencial-mente nesta ordem, deve-riam ser empregados nalogstica brasileira. A utili-zao do transporte multi-modal, utilizando com igualeficincia as vantagens quecada modo de transportepode oferecer, recomend-vel face s dimenses donosso pas. Precisamostransportar nossas cargas agranel, em percursos longos,privilegiando a utilizaodos sistemas mais econmi-cos, explica. E, ainda, de-clara que o transporte deproduto a granel via rodo-viria e em grandes distn-cias antieconmico e reduza competitividade dos pro-

    dutos, alm de danificar asrodovias brasileiras.

    Como exemplo, Silveiraaponta que h uma polticade transporte adequada e efi-ciente no pas: as nossas ex-portaes de minrio utili-zam-se de trens com 130,200 e 320 vages, de 100toneladas de carga til cada.A avanada tecnologia demovimentao, conjugadacom uma adequada logs-tica, permite que este produ-to, de peso especfico alto ebaixo valor agregado, sejacompetitivo em qualquercontinente. oportuno lem-brar que vendemos para aChina um de nossos maioresmercados de minrio de fer-ro, mesmo competindo coma Austrlia, pas mais prxi-mo geograficamente.

    suposto pelo presiden-te da ABIFER que exemploscomo este, confrontadoscom o que ocorre nos por-tos, com interminveis filasde caminhes, induziram ogoverno federal, em maio de2003, a lanar o Plano deRevitalizao das Ferrovias.Para efetuar sua implanta-

    o, a indstria ferroviriatrabalhou em conjunto comoperadoras e usurios do sis-tema. Tivemos juntos vriasreunies com o Ministriodos Transportes, BNDES,MDIC Ministrio doDesenvolvimento, Indstriae Comrcio Exterior eANTT, explica Silveira.

    Nestas reunies, confor-me informaes de Silveira,foi discutida a melhoria dosistema ferrovirio de cargasno Brasil. Segundo ele, foifundamental a compreensode que todo pas que possuium sistema ferrovirio for-te e eficiente precisa ter tam-bm uma indstria ferrovi-ria atualizada para dar osuporte necessrio ao desen-volvimento do sistema.Como resultado, foi esta-belecido um programa trie-nal de encomendas pelasoperadoras junto indstria,as operadoras fizeram aindainvestimentos para melhoriada operao e o sistema co-meou a crescer. Podemosafirmar que tal plano trouxebenefcios para usurios,operadoras, indstria e para

    o pas. A Amsted Maxion,tradicional indstria dosetor, fez investimentosque permitiram a reativa-o das unidades da Co-brasma, em Osasco e Hor-tolndia, SP. Novas fbricassurgiram, como UsiminasMecnica, Randon, Metal-mec e Santa F Vages.Muitos novos empregosforam gerados, informa.

    De acordo com Sil-veira, surgiram tambmempresas de locao devages. As locadoras com-pram este equipamento naindstria nacional obje-tivando alug-lo para osgrandes clientes das ferro-vias ou para elas mesmas.Esta prtica, segundo o pre-sidente da ABIFER, co-mum em vrios pases, pas-sou a ser utilizada no Bra-sil, face ao retorno daconfiabilidade no sistemaferrovirio. Contratos detransporte de gros e farelo,com 23 anos de prazo, fei-tos entre exportadores degros e operadoras ferro-virias, tambm indicam arecuperao do sistema fer-rovirio de cargas. Regis-tramos com satisfao quea indstria ferroviria bra-sileira mostrou, nesta revi-talizao das ferrovias, umgrande poder de superao.O setor que, antes das con-cesses, por falta de enco-mend