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publicação destinada a profissionais ® o benefício dos alimentos funcionais polifenóis vs doenças alérgicas APETECE-ME novidades equilíbrio e harmonia com NIDINA 10 Jul.11

o benefício dos alimentos funcionais · Alimentos funcionais e saúde A Ciência dos alimentos funcionais é baseada na forma como os nutrientes e os componentes especí-ficos dos

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publicação destinada a profissionais

®

o benefício dos alimentos funcionais

polifenóis vs doenças alérgicas

apetece-me novidades

equilíbrio e harmonia com NIDINa

10Jul. 11

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o mundo Nestlé

na vanguarda da investigação

o benefíciodos alimentos funcionais

novidades Nestlé

sumário editorial

Nestlé Portugal, S.A.

Apartado 10022791-701 Carnaxide

Ana Leonor PerdigãoAlexandra Ribeiro

Companhia das Cores

Pré&Press

3000 exemplares

264763/07

Editor

Morada de contacto

Coordenação editorial

Paginação

Impressão

Tiragem

Depósito legal nº

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Ana Leonor PerdigãoUnidade de Nutrição, Saúde e Bem-estar Nestlé Portugal, S.A.

Se em tempos primitivos o Homem encontrou nos produtos que a Natureza espontaneamente lhe fornecia a base da sua alimentação, hoje em dia existe uma variadíssima oferta de alimentos e deles se espera muito mais que apenas saciedade.

Complementar às funções de fornecer energia e propiciar prazer, alguns alimentos apresentam um carácter funcional, conferindo ao consumidor benefícios de saúde. Os componentes que concedem este benefício são tão simples como vitaminas, minerais, flavonoides, carotenoides, fibras ou ácidos gordos, entre outros. Nesta edição de NESVIDA conheça melhor os alimentos funcionais.

No capítulo de Investigação conheça o papel dos polifenóis na pre-venção e tratamento das doenças alérgicas e saiba qual a especiaria que é um potencial inibidor da doença de Alzheimer.

Fique a par das novidades do Programa Educativo “Apetece-me”. Conheça a recentemente lançada gama NIDINA® EXPERT e ainda as papas infantis NESTLÉ EXPERT.

Faça funcionar o seu saber!

ficha técnica

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Assim, sob o mote “Venha dar ninho a esta ideia”, no passado dia 21 de Maio pela manhã, a Nestlé lançou oficialmente o seu Programa de Voluntariado, através de uma acção de âmbito ambiental, que decorreu na Quinta do Pisão, no Parque Natural Sintra-Cascais, e contou com a presença de mais de 50 Voluntários Nestlé que, divididos em 2 grupos, participaram na construção de ninhos para aves insectívoras (chapins reais e pica-paus), sua posterior colocação e monito-rização.

Desde 2009, mais de 130 Colaboradores vestiram a camisola da solidariedade e estão juntos no Programa de Voluntariado Nestlé, numa iniciativa que tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos. Fazer bem, sabe realmente bem…

A Nestlé é uma empresa comprometida com um con-junto de valores descritos por um forte compromisso com a ética, a confiança e o respeito, acreditando que as suas actividades só podem ser benéficas a longo prazo para a Companhia se, simultaneamente, o forem para a comunidade local.

De forma a conseguir uma efectiva Criação e Partilha de Valor, a Nestlé privilegia iniciativas que se encon-tram em linha com o posicionamento da Companhia, como por exemplo o respeito pelo meio ambiente e pelos recursos naturais.

Programa de Voluntariado da Nestlé Portugal

o mundo Nestlé

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na vanguarda da investigaçãona vanguarda da investigação

Polifenóis na prevenção e tratamento das doenças alérgicas(Investigação Nestlé Research Center)

A incidência de doenças alérgicas tem aumentado drasticamente nos países desenvolvidos sendo vários os factores (ambiente, genética, alimentação, higiene, etc.) com grande impacto no seu desenvolvimento.

Os polifenóis, componentes naturais presentes numa ampla variedade de plantas, têm sido investigados devido ao seu efeito anti-alérgico em diferentes tipos de doenças.

O seu perfil anti-inflamatório é conhecido pelo impacto na mobilização de células do sistema imunológico da pele e na prevenção do desenvolvimento de infecções secundárias após o rompimento da barreira cutânea.

Os polifenóis da categoria do ácido fenólico, que incluem os ácidos caféico, ferúlico e clorogénico, foram avaliados quanto à sua capacidade de se ligar aos principais alérgenos presentes em amendoins. Foi demonstrado que os polifenóis se ligam irreversivel-

mente aos alérgenos do amendoim e reduzem a aler-genicidade da manteiga de amendoim e dos extrac-tos de amendoim.

Os polifenóis como o ácido elágico que são encontra-dos em alimentos alérgicos mais comuns, tais como as nozes, também demonstraram ser eficazes na ligação com proteínas alergénicas dentro da matriz alimentar.

A interacção entre polifenóis e proteínas modula o pro-cesso de sensibilização alérgica, resultando no alívio dos sintomas. Além disso, a sua capacidade antioxi-dante endógena limita a extensão da lesão celular dos radicais livres durante o episódio alérgico.

Os polifenóis são uma promessa como agentes anti-alérgicos capazes de influenciar múltiplas vias bioló-gicas e as funções das células imunes na resposta imune alérgica e merecem uma investigação mais aprofundada.

Singh, A., Holvoet, S. e Mercenier, A. (Allergy Group, Departament of Nutrition

& Health, Nestle Research Center) (2011). Dietary Polyphenols in the prevention

and treatment of allergic diseases. Clinical & Experimental Allergy. 1-14.

investigação estratégia de inovação

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Fibra, um contributo para uma vida saudável

O National Cancer Institute (Rockville) analisou os hábitos alimentares de 168.999 mulheres e 219.123 homens que participaram no “AARP Diet and Health Study”, do National Institute of Health. O consumo ali-mentar foi registado em questionários de frequência.

No decurso de 9 anos de estudo, foram documen-tadas 11.330 mortes em mulheres e 20.126 em homens.

Após o tratamento dos dados, os pesquisadores verificaram que as pessoas com maiores taxas de ingestão – entre 25 a 30 g de fibra por dia – apre-sentavam um risco de morte 22% menor, especial-mente no que se refere a morte por doença cardio-vascular, infecciosa e respiratória.

As maiores associações foram observadas quando o consumo de fibra era proveniente de grãos de cere-ais e não de outras fontes.

Actualmente, as recomendações diárias america-nas apontam para o consumo de fruta rica em fibra, vegetais, cereais integrais e advertem para o con-sumo de 14 g/1000 calorias de fibra.

Uma alimentação rica em fibra proveniente do con-sumo de alimentos de origem vegetal na sua forma integral pode fornecer significativos benefícios para a saúde.

Park, Y., Subar, A. F., Hollenbeck, A. e Schatzkin, A. (2011).

Dietary Fiber Intake and Mortality in the NIH-AARP Diet and Health Study. Arch

Intern Med. 171(12): 1061-1068.

Canela, inibidor da doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer, é uma doença degenerativa do cérebro que assola o pensamento, a memória e o comportamento.

Investigadores da Universidade de Tel Aviv desco-briram que uma substância encontrada na casca de canela, denominada CEppt, contém proprieda-des que podem inibir o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Através da trituração da canela foi possível extrair a substância CEppt numa solução tampão aquosa. Esta solução foi colocada em água potável bebí-vel por ratos que tinham sido geneticamente modi-ficados para desenvolver uma forma profunda da doença de Alzheimer e por moscas da fruta que tinham sido transformadas com um gene humano, que também estimulou a doença de Alzheimer e diminuiu a sua esperança média de vida.

Após quatro meses, os pesquisadores verificaram que o desenvolvimento da doença havia diminuído consideravelmente e os níveis de actividade e lon-gevidade eram comparáveis a seres saudáveis da mesma espécie. O CEppt não só inibiu a formação das substâncias tóxicas que compõem os depó-sitos de fibras amilóides, encontradas no cérebros dos doentes de Alzheimer, como foi verificada a sua aptidão para as destruir.

Embora mais estudos sejam necessários, este resul-tado indica que o CEppt, além de poder contribuir para a luta contra o desenvolvimento da doença de Alzheimer, poderá auxiliar na cura.

Frydman-Marom, A., Levin, A., Farfara, D., Benromano, T., et al. (2011).

Orally Administrated Cinnamon Extract Reduces – Amyloid Oligomerization and

Corrects Cognitive Impairment in Alzheimer’s Disease Animal Models.

PLoS ONE, 6(1): e16564.

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sim alimentos cujos efeitos são demonstrados nas quantidades expectáveis de consumo, numa alimen-tação equilibrada (3).O termo “alimento funcional” não implica que exis-tem bons e maus alimentos, uma vez que todos os alimentos podem ser incorporados numa alimenta-ção saudável e variada.Alimentos integrais ou alimentos convencionais, tais como frutas e vegetais representam a forma mais simples de um alimento funcional. Por exemplo, tomate, framboesa, couve ou brócolos são consi-derados alimentos funcionais porque são, respecti-vamente, bons fornecedores de compostos bioac-tivos, tais como o licopeno, ácido elágico, luteína e sulforano (3).Os alimentos funcionais podem também incluir aque-les alimentos que foram enriquecidos. Por exemplo: um sumo de laranja enriquecido com cálcio (favore-cendo a saúde óssea); alimentos aos quais foram adicionados componentes bioactivos, como mar-garinas contendo esteróis vegetais (para diminuir os níveis de colesterol sanguíneo); bebidas enriqueci-das com elementos energéticos como a taurina ou o ginseng (3).

o benefício dos alimentos funcionais

A função dos alimentosAlimentação equilibrada é um conceito fundamental que resulta de um século de pesquisas em nutrição, como consequência da descoberta dos nutrientes e das suas necessidades para o correcto crescimento, desenvolvimento e manutenção do corpo (1). Hoje em dia os alimentos não têm apenas a função de saciar e fornecer e nutrientes aos seres humanos mas também a de prevenir doenças e melhorar o bem-estar físico e mental dos consumidores (2).

Alimento Funcional

O termo “Alimento Funcional” (AF) foi usado pela pri-meira vez no Japão, na década de 1980, destinado a produtos alimentares enriquecidos com componen-tes que possuíssem vantagens a nível fisiológico (2). A EU Concerted Action on Functional Food Science in Europe (FUFOSE) considera um alimento como funcional caso seja satisfatoriamente provado que este afecta beneficamente uma ou mais funções no corpo, além de apresentar um contributo nutricional adequado, sendo desta forma relevante para uma melhoria do estado de saúde e bem-estar e/ou a redução do risco de doença. Assim, os alimentos funcionais não são comprimidos ou cápsulas, mas

o benefíciodos alimentos funcionais

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A Dieta Mediterrânica e as suas propriedades funcionais A ideia de desenvolver produtos alimentares de acordo com o seu efeito secundário na saúde come-çou a ser largamente aceite pela indústria alimen-tar no início do Séc. XXI. No entanto, esta ideia não era nova, há cerca de dois mil anos antes, gregos e romanos estabeleciam a relação directa entre estilo de vida, alimentação e saúde (4).A Dieta Mediterrânica, onde prevalecem legumes, frutos e azeite e onde a carne é preterida ao peixe, é associada a um declínio acentuado na morbilidade e mortalidade causadas por doenças cardiovascu-lares. Na composição desta dieta não é raro encon-trar alimentos funcionais. Por exemplo, as legumi-nosas, especialmente as lentilhas, o grão-de-bico e feijão são boas fontes de folatos, que, além de ser um nutriente essencial, contribui para a diminui-ção do risco de malformação do tubo neural. Fru-tos e legumes, por sua vez, também devido à acção dos folatos, são largamente associados à diminuição do risco de desenvolvimento de cancro no aparelho digestivo superior. Os cereais ricos em fibra, nome-adamente os integrais, apresentam um efeito pro-tector contra o cancro colorectal. Por outro lado, o tocoferol existente no gérmen de trigo actua como antioxidante natural. Os polifenóis existentes nas uvas e no vinho tinto possuem actividade antioxi-dante e potencialmente modificam o risco de atero-genese e doenças cardiovasculares. O azeite, devido ao seu perfil lipídico, rico em ácidos gordos monoin-saturados, apresenta um efeito protector em relação às doenças cardiovasculares (4).

Alimentos funcionais e saúde

A Ciência dos alimentos funcionais é baseada na forma como os nutrientes e os componentes especí-ficos dos alimentos podem afectar positivamente as funções vitais (respostas biológicas) do organismo. Na verdade, várias áreas importantes da fisiologia humana que são relevantes para a ciência dos ali-mentos funcionais podem ser usadas para ilustrar o conceito (1):• Regulação dos processos metabólicos bási-

cos – Nesta área está já disponível uma cres-cente matéria de conhecimento que possibilita o desenvolvimento de alimentos funcionais, em que é alterado o tipo de hidratos de carbono exis-tente, promovendo uma libertação optimizada dos mesmos, de forma a melhorar a resposta gli-cémica aos alimentos (1).

• Defesa contra o stress oxidativo – As defe-sas do organismo humano podem ser sustenta-das por uma grande variedade de antioxidantes de baixo peso molecular encontrados na alimen-tação, o que se reflete numa considerável panóplia de componentes de alimentos funcionais. Os mais conhecidos são a vitamina E, vitamina C, carote-nóides e polifenóis, incluindo os flavonóides (1).

• Fisiologia Cardiovascular – Os níveis de lípidos no sangue podem ser influenciados pelos ácidos gor-dos alimentares, uma influência normalmente rela-cionada com a sua forma e tamanho e com o grau de saturação das suas cadeias hidrocarbonadas. Uma das áreas que dá ênfase ao desenvolvimento de alimentos funcionais diz respeito à incorporação de ácidos gordos ómega 3 nos alimentos (1).

As fibras solúveis são outro dos componentes de alimentos funcionais importante para a manutenção da saúde cardiovascular, pois apresentam capaci-dade para reduzir as concentrações de colesterol LDL (1).

Uma alimentação rica em antioxidantes, incluindo flavonóides existentes nos produtos de origem vegetals, pode inibir a oxidação do LDL, influen-ciar as actividades de células imunocompetentes e inibir a formação de factores de adesão célula a célula (1).

• Fisiologia gastrointestinal – Probióticos, prebió-ticos e simbióticos promovem um equilíbrio saudá-vel da microflora intestinal e todos têm um grande potencial como componentes dos alimentos fun-cionais. Implícito nas definições dos três, promo-vem uma alteração da microflora intestinal humana que leva a uma composição mais benéfica, geral-mente caracterizada pelo aumento de bifidobacté-rias e/ou lactobacilos (1).

• Desempenho cognitivo e mental, incluindo o humor e o estado de alerta – Através da eleva-ção da glicose sanguínea, os hidratos de carbono exercem influências benéficas gerais sobre vários aspectos do desempenho mental, incluindo melho-rias em exercícios de memória, tempo de decisão e processamento de informação (1).

Também a cafeína pode levar a um progresso na maioria das medidas de desempenho cognitivo (tempo de reacção, vigilância, memória e desem-penho psicomotor) especialmente nas primeiras horas da manhã (1).

• Desempenho e aptidão física – Os produtos de re-hidratação oral para os atletas permitem o esva-ziamento gástrico rápido, rápida absorção intesti-nal, melhor retenção de água e regulação térmica, melhor desempenho físico e atraso da fadiga. Alguns tipos específicos de hidratos de carbono com moderado a alto índice glicémico em com-binação com proteínas demonstraram contribuir para o aumento da recuperação de atletas, ofe-recendo potencial no desenvolvimento de alimen-tos funcionais (1).

Consulte a tabela International Food Information Cou-ncil (IFIC) Foundation Functional Foods Componentt na próxima edição da e-nesvida.

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Alimentos funcionais e respectivas alegações de saúdeA Comissão Europeia emitiu o Regulamento (CE) nº 1924/2006, de 20 de Dezembro de 2006, que esta-belece os procedimentos de autorização necessá-rios para garantir que as alegações nutricionais e de saúde que figuram na rotulagem, apresentação ou publicidade de alimentos são claras, precisas e fundamentadas em provas reconhecidas por toda a comunidade científica.Estas regras aplicam-se a todas as alegações nutricionais e de saúde utilizadas em:– comunicações comerciais (rotulagem, apresen-

tação e publicidade); – marcas de fabrico e outras denominações

comerciais que possam ser consideradas nutri-cionais ou de saúde.

Aplicam-se a alegações relativas a qualquer tipo de alimento destinado ao consumidor final, incluindo alimentos destinados ao abastecimento de hospi-tais, refeitórios e outros.

O que são alegações?Alegação: qualquer mensagem ou representação, não obrigatória nos termos da legislação comuni-tária ou nacional, incluindo qualquer representação pictórica, gráfica ou simbólica, seja qual for a forma que assuma, que declare, sugira ou implique que um alimento possui características particulares.

Alegação nutricional: qualquer alegação que declare, sugira ou implique que um alimento possui propriedades nutricionais benéficas particulares. Alegação de saúde: qualquer alegação que declare, sugira ou implique a existência de uma relação entre uma categoria de alimentos, um ali-mento ou um dos seus constituintes e a saúde.

Quando pode ser feita uma alegação?As alegações nutricionais e de saúde devem pre-encher as condições seguintes:– a presença, a ausência ou o teor reduzido de

um nutriente ou de uma substância que seja objecto da alegação deve ter um efeito nutri-cional ou psicológico benéfico e cientificamente comprovado;

– o nutriente ou a substância objecto da alega-ção está presente em quantidade suficiente para produzir o efeito nutricional ou psicológico des-crito;

– o nutriente ou a substância objecto da alegação está presente sob uma forma directamente con-sumível;

– as condições específicas de utilização devem ser respeitadas, como por exemplo, a substân-cia activa (por exemplo, vitaminas, fibras, etc.) deve estar presente em quantidade suficiente para ter efeitos benéficos no alimento;

Pode consultar o Regulamento em: http://eur-lex.europa.eu.

Em suma

Alcançar a nutrição ideal usando alimentos funcio-nais tem como objectivo optimizar as funções fisioló-gicas do indivíduo, garantindo o máximo bem-estar, saúde e qualidade de vida.Os benefícios dos componentes nutricionais abran-gem várias as áreas da fisiologia humana, sendo as áreas da fisiologia cardiovascular e gastrintestinal as mais relevantes, uma vez que a maior parte do inte-

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resse actual no mercado de alimentos funcionais, bem como a ciência que dá suporte aos produtos com ali-mentos funcionais, decai dentro dessas áreas.É contudo necessário não esquecer que o consumo de alimentos funcionais, com a finalidade de obter mais saúde e um menor risco de desenvolvimento de certas patologias, deverá ser sempre associado a um estilo de vida saudável, considerar o hábito de uma alimentação equilibrada e a prática de exercí-cio físico.

o benefício dos alimentos funcionais

Referências Bibliográficas

1. Ashwell, M. (2002). Concepts Of FunctionalL Foods. ILSI Europe Concise Monograph Series. In-ternacional Life Sciences Institute. Belgica.2. Siró, I., Kápolna, E., Kapolna e B., Lugasi, A. (2008). Functional food. Product development, mar-keting and consumer acceptance – A review. Ape-tite, 58: 456-467.3. Hasler, C.M. e Brown, A.C. (2009). Journal of the American Dietetic Association, 109: 735-746.4. Remacle, C. e Reusens, B. (2004). Functional foods, ageing and degenerative disease. First edi-tion, Woodhead Publishing Limited. England.

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Há quanto tempo e como surgiu o conceito de “ali- mento funcional”?A utilização de certos alimentos na redução do ris-co de doenças é um conceito que data de há mui-tos séculos atrás. Já Hipócrates afirmava numa das suas frases emblemáticas “deixe o alimento ser o seu remédio”. O conceito de alimento funcional como o conhecemos hoje nasce no Japão na década de 80, através de um programa do governo – FOSHU, “Foo-ds for Specified Health Use”, que tinha como objectivo desenvolver alimentos saudáveis para uma população a que se reconhece uma elevada longevidade. A de-signação “Alimentos Funcionais” utiliza-se para clas-sificar aqueles alimentos que fornecem um benefício adicional sobre a saúde, para além da sua função nu-tritiva básica. Desta forma, inserem-se no conceito de alimentos funcionais todos os alimentos que, em vir-tude da presença de um ou mais compostos biologi-camente activos, afectem positivamente uma ou mais funções fisiológicas do organismo, seja melhorando o estado de bem-estar físico e/ou psicológico, seja re-duzindo o risco de determinada doença. Os alimentos funcionais devem demonstrar os seus efeitos fisiológi-cos em quantidades normalmente consumidas pelos indivíduos num padrão alimentar normal como parte de uma dieta regular, variada e equilibrada. Alguns exemplos de ingredientes funcionais incluem: fibras alimentares, minerais, esteróis vegetais, vitami-nas, biopéptidos, probióticos, prebióticos, antioxidan-tes, entre outros.

Que tipo de alimentos funcionais existem e quais as principais fases do desenvolvimento de alimen-tos funcionais?Dentro do conceito de alimentos funcionais podem incluir-se os alimentos convencionais, os alimentos for-tificados, os alimentos enriquecidos, os alimentos dos quais se removeu algum composto de modo a não causar impacto negativo para a saúde, os alimentos

nos quais se alterou quimicamente a natureza de um ou mais compostos de modo a beneficiar o estado de saúde do consumidor e os alimentos que reúnem duas ou mais das características anteriores.O desenvolvimento de um alimento funcional implica um conjunto de passos que vão desde a selecção do ingrediente, com propriedades benéficas, até à valida-ção da eficácia e segurança em estudos humanos. Ini-cialmente, deve ser comprovada a segurança do ingre-diente, através da realização de um conjunto de testes de acordo com o recomendado por sistemas interna-cionais de peritos. Simultaneamente também se com-provam as propriedades de eficácia biológica e con-firma-se que o ingrediente é estável na passagem no tracto gastrointestinal, caso se aplique, e é absorvido ao nível do epitélio intestinal em quantidades fisiológi-cas desejáveis, de modo a poder ser distribuído até ao órgão-alvo. Seguidamente deve-se garantir a incorpo-ração do ingrediente funcional num produto (alimento ou suplemento) que assegure a respectiva estabili-dade, até ao momento de ingestão, sem comprome-ter a qualidade nutricional e organoléptica do alimento. Por fim, é necessário proceder à validação da activi-dade biológica, biodisponibilidade e ausência de toxi-cidade no produto final em modelos animais, ensaios bioquímicos, estudos epidemiológicos e ensaios clí-nicos (cuidadosamente planeados, randomizados e controlados por placebo) para a avaliação das pro-priedades nutritivas e biológicas do alimento, permi-tindo sustentar que o consumo regular destes produ-tos pode desencadear benefícios para o consumidor. Com estes procedimentos exaustivos exigidos pela EFSA para que os produtos colocados no mercado sejam seguros e devidamente rotulados, está assegu-rado um elevado nível de protecção dos consumidores e uma forma facilitadora das suas escolhas.

Qual pensa que dever ser o papel da Indústria Ali-mentar relativamente a este tema?É crucial que a indústria alimentar desenvolva novos alimentos, incluindo os alimentos funcionais, de forma responsável procurando ir ao encontro das necessida-des reais da população portuguesa no que concerne a recomendações nutricionais e manutenção do estado geral de saúde. Em primeiro lugar existe a necessidade de aprimo-rar a qualidade nutricional dos alimentos industrializa-dos. Importa implementar uma informação perceptível e fidedigna, com o objectivo de permitir que os con-sumidores identifiquem e utilizem adequadamente os alimentos e escolham os que melhor correspondem às suas próprias necessidades alimentares. Cabe à indústria alimentar o papel de providenciar informação clara e rigorosa a este respeito promovendo por exem-plo a implementação de códigos de auto-regulação sobre a rotulagem; a colocação do perfil nutricional dos produtos alimentares na embalagem; a criação de sites informativos, linhas de atendimento, folhetos de infor-mação para os consumidores; e a validação da infor-mação veiculada por entidades científicas.

Leia a entrevista completa na próxima edição da news-letter e-nesvida.

Entrevista a Ana GomesCoordenadora e Docente da Pós-Graduação em Inovação Alimentar e Saúde.

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novidades Nestlé

Conheça as novidades Nestlé

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Programa Educativo APEtECE-mE

Iniciativas 2010/2011Capítulo Pequeno-Almoço e concurso “Apetece-me… tomar o pequeno-almoço” No ano lectivo 2010/2011 foi desenvolvido um novo capítulo dedicado ao pequeno-almoço e lançado um concurso no mesmo âmbito: “Apetece-me… tomar o pequeno-almoço”, dedicado a esta refeição e à sua importância para uma alimentação saudável. O concurso recebeu um total de 282 trabalhos, de 137 escolas envolvendo mais de 4.000 alunos.

Projecto Piloto Pré-EscolarAinda no ano lectivo 2010/2011 o Programa Educa-tivo APEtECE-mE chegou também ao Pré-Escolar, num projecto-piloto pioneiro em Portugal, o qual con-tou com a participação de 15 escolas da área metropo-litana de Lisboa e mais de 1.000 alunos entre os 4 e os 5 anos. Estas escolas receberam os materiais gratuita-mente pela mão de um animador/formador APEtECE--mE, que as visitou para uma acção de formação com educadores e crianças sobre a temática da Alimenta-ção e Estilos de Vida Saudáveis e sobre como utilizar e tirar o maior proveito dos materiais pedagógicos.

Com o intuito de contribuir para a promoção de esti-los de vida saudáveis, a Nestlé Portugal lançou em 1999 o Programa Educativo APEtECE-mE, em par-ceria com a Direcção-Geral de Inovação e de Desen-volvimento Curricular do ministério da Educação.Em 2010, o Programa passou também a integrar o Nestlé Healthy Kids Global Programme, junta-mente com outros programas escolares da Nestlé em vários países dedicados às temáticas da Nutri-ção, Saúde e Bem-Estar.

O programa educativo Apetece-me tem objectivos dirigidos a: Professores:• Orientarnaconstruçãodeumprojectorelacio-

nado com os estilos de vida saudáveis. Alunos:• Transmitirconceitos-chaverelacionadoscomos

estilos de vida saudáveis;• Consciencializarparaaimportânciadeumaali-

mentação equilibrada e variada, associada à acti-vidade física;

• Desenvolveracapacidadedefazerescolhasmaisadequadas.

Pais/Encarregados de Educação:• Reforçaraimportânciadeumaalimentaçãoequi-

librada e um estilo de vida saudável.

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Recentemente lançadas, as Barras de Cereais FITNESS Tiramisu aliam os benefícios dos cereais integrais ao requintado sabor do Tiramisu.

Com este lançamento no segundo trimestre do ano, a Nestlé aumenta a sua gama de Barras de Cereais FITNESS, oferecendo às consumidoras uma nova variedade, man-tendo o mesmo objectivo: disponibilizar uma opção saudável e prática para os lan-ches do meio da manhã ou da tarde.

Disponível também: Barras de Cereais FITNESS Chocolate, FITNESS Natural, FITNESS Morango, FITNESS Chocolate&Avelãs e FITNESS Chocolate&Laranja.

Barras de cereais FITNESS com sabor a Tiramisu

Cerca de 40% dos bebés chora intensamente e de modo inconsolável, devido essencialmente à imaturi-dade da sua função intestinal1. Sempre preocupada com o bem-estar dos bebés, a Nestlé desenvolveu uma nova gama de leites infantis, destinada a contribuir para o conforto intestinal dos bebés: NIDINA EXPERT, com L.comfortis®.L.comfortis® é uma cultura probiótica única de Lacto-bacillus reuteri (DSM 17938, sob licença da BioGaia AB), naturalmente presente no leite materno2, que melhora o processo de maturação e adaptação do tracto gastrintestinal, actuando como um verdadeiro “Factor de Conforto” para os bebés. Vários são os estudos que demonstram a eficácia clí-nica de Lactobacillus reuteri: redução do tempo de choro em 74%, após uma semana3, com eficácia em 96% dos bebés; redução dos episódios de regurgita-ção e aumento do esvaziamento gástrico; redução da frequência e intensidade da dor abdominal; promo-

Equilíbrio e Harmonia estão de volta à família com NIDINA EXPERT

ção de uma microbiota saudável; e, sem efeitos adversos para os bebés. Adicionalmente, os leites infantis NIDINA EXPERT con-têm OptiPro: uma mistura proteica única, rica em alfa-lac-talbumina, com um perfil de aminoácidos próximo do leite materno que permite reduzir o conteúdo proteico dos lei-tes infantis para valores semelhantes aos presentes no leite materno. Esta optimização proteica permite reduzir o stresse metabólico e a carga de solutos sobre o sistema renal.Os leites infantis NIDINA EXPERT, com Lactobacillus reu-teri e OptiPro, estão indicados para bebés e crianças sem e com risco atópico, na falta total ou parcial do leite materno, estando especialmente indicados para lactentes que apre-sentam alguns sintomas de desconforto digestivo. Está provado e pode fazer uma grande diferença para toda a família.

1 Lucassen PLBJ (2001); 2 Sinkiewicz G (2008); 3 Savino F (2010)

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Novas Papas Nestlé EXPERT

Durante os primeiros meses, os bebés têm um cres-cimento exponencial e um desenvolvimento único. Desta forma as necessidades dos bebés são par-ticularmente elevadas quando comparadas com as dos adultos. A capacidade gástrica (20% da de um adulto) inversamente proporcional às suas necessi-dades coloca um grande desafio no período da diversificação alimentar.

A pensar neste desafio e com o objectivo de Barrigui-nhas Cheias de Sorrisos, a Nestlé acaba de lançar as papas NESTLÉ EXPERT.

As papas infantis NESTLÉ EXPERT devem ser pre-paradas com o leite que o bebé está a tomar, forne-cendo o equilíbrio adequado de nutrientes-ener-gia, em cada refeição.

NESTLÉ EXPERT são as únicas papas do mercado com Probióticos – Bifidus BL e Prebióticos – PRE-BIO1. Para além disso, combinam os benefícios dos Cereais Hidrolisados Enzimaticamente (CHE) com a adição de Imunonutrientes – Ferro, Zinco e Vitami-nas A&C e com 0% de açúcares adicionados.

Disponíveis nas Farmácias e nos deliciosos sabores de Cereais sem glúten, 8 Cereais e 8 Cereais e Mel com glúten, para satisfazer as pequenas barriguinhas!

A pensar também nas situações em que é ne-cessária uma alimentação especial, a Nestlé lança igual-mente a NESTLÉ® EXPERT SIN-LAC. Uma papa Sem Leite, Sem Lactose, Sem Glúten e Sem Soja, com um Delicioso Sabor, Nutricionalmente Completa e para ser preparada com água.

É uma excelente opção – única no mercado – para os casos de intolerâncias e alergias alimentares que ocorrem durante a infância.