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O fole roncou! Uma história do forró Carlos Marcelo e Rosualdo Rodrigues Desde que Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira ensinaram ao Brasil como se dança o baião, nos anos 1940, a nossa música nunca mais foi a mes- ma. Ao baião, juntaram-se o xaxado, o coco, o arrasta-pé, o xote e outros ritmos nordestinos: assim nasceu o forró. Sete décadas depois, ele resiste como um dos mais autênticos gêneros musicais brasileiros, sobrevivendo a modismos, às bruscas mudanças do mercado fonográfico e ao desapareci- mento de alguns dos principais representantes. A partir de mais de 80 entrevistas e documentos inéditos, O fole roncou! Uma história do forró, dos jornalistas Carlos Marcelo e Rosualdo Rodrigues, reconstitui a trajetória desse estilo musical, por meio de episódios marcan- tes da vida artística e pessoal de nomes como Gonzagão, Jackson do Pandei- ro, Marinês, Dominguinhos, Trio Nordestino, Genival Lacerda, Anastácia, Antonio Barros, Elino Julião, Jacinto Silva, Abdias, Trio Mossoró, e outros. Os autores percorrem dos anos 1930 aos dias atuais e ressaltam ainda a importância de artistas como Elba Ramalho, Alceu Valença e Fagner na continuidade dessa história, desdobrada nos últimos anos com o surgimen- to do forró eletrônico, no Ceará, e do forró universitário, em São Paulo. O impacto da migração nordestina na identidade cultural brasileira serve como pano de fundo da narrativa, pois muitas letras são autênticas crôni- cas do dia a dia dos que deixaram sua terra. Casos engraçados e dramáticos se alternam com episódios sombrios (a censura nos anos 1970 aos compo- sitores de letras de duplo sentido, pela primeira vez revelada em livro) e com a gênese de sucessos como “Procurando Tu”, “Eu só quero um xodó”, “Severina Xique-Xique” e “Danado de bom”. Em linguagem acessível, os autores revelam facetas menos conheci- das de músicos, cantores e compositores com algo em comum, além da origem e do talento: a capacidade de superação diante de adversidades naturais, econômicas e sociais. Enriquecido com fotos preciosas de arquivo e manuscritos originais de letras conhecidas, O fole roncou! reúne histórias de sanfona, suor e chamego, protagonizadas por expoentes da música bra- sileira popular e contadas no ritmo contagiante dos gigantes do forró. CARLOS MARCELO CARVALHO, paraibano de João Pessoa, é formado em jornalismo pela UnB. Foi repórter, editor de cultura e editor-executivo do Correio Braziliense e um dos ganhadores do Prêmio Esso 2005 (na categoria Primeira Página). Desde 2011, é editor-chefe do Estado de Minas. Escreveu os livros Nicolas Behr: eu engoli brasília e Renato Russo: o filho da revolução. ROSUALDO RODRIGUES nasceu em Coremas, interior da Paraíba. Formou-se em jornalismo pela UFPB e trabalhou no Jornal de Brasília e no Jornal da Paraíba nas funções de redator, repórter e secretário de redação. A maior parte da carreira, porém, foi desenvolvida no Correio Braziliense, como subeditor de cultura, repórter e crítico musical (1992-2002), atividades que voltou a exercer, no mesmo jornal, a partir de 2008. 504pp ilustrado Texto de orelha: Braulio Tavares

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O fole roncou!Uma história do forróCarlos Marcelo e Rosualdo Rodrigues

Desde que Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira ensinaram ao Brasil como se dança o baião, nos anos 1940, a nossa música nunca mais foi a mes-ma. Ao baião, juntaram-se o xaxado, o coco, o arrasta-pé, o xote e outros ritmos nordestinos: assim nasceu o forró. Sete décadas depois, ele resiste como um dos mais autênticos gêneros musicais brasileiros, sobrevivendo a modismos, às bruscas mudanças do mercado fonográfico e ao desapareci-mento de alguns dos principais representantes.

A partir de mais de 80 entrevistas e documentos inéditos, O fole roncou! Uma história do forró, dos jornalistas Carlos Marcelo e Rosualdo Rodrigues, reconstitui a trajetória desse estilo musical, por meio de episódios marcan-tes da vida artística e pessoal de nomes como Gonzagão, Jackson do Pandei-ro, Marinês, Dominguinhos, Trio Nordestino, Genival Lacerda, Anastácia, Antonio Barros, Elino Julião, Jacinto Silva, Abdias, Trio Mossoró, e outros.

Os autores percorrem dos anos 1930 aos dias atuais e ressaltam ainda a importância de artistas como Elba Ramalho, Alceu Valença e Fagner na continuidade dessa história, desdobrada nos últimos anos com o surgimen-to do forró eletrônico, no Ceará, e do forró universitário, em São Paulo.

O impacto da migração nordestina na identidade cultural brasileira serve como pano de fundo da narrativa, pois muitas letras são autênticas crôni-cas do dia a dia dos que deixaram sua terra. Casos engraçados e dramáticos se alternam com episódios sombrios (a censura nos anos 1970 aos compo-sitores de letras de duplo sentido, pela primeira vez revelada em livro) e com a gênese de sucessos como “Procurando Tu”, “Eu só quero um xodó”, “Severina Xique-Xique” e “Danado de bom”.

Em linguagem acessível, os autores revelam facetas menos conheci-das de músicos, cantores e compositores com algo em comum, além da origem e do talento: a capacidade de superação diante de adversidades naturais, econômicas e sociais. Enriquecido com fotos preciosas de arquivo e manuscritos originais de letras conhecidas, O fole roncou! reúne histórias de sanfona, suor e chamego, protagonizadas por expoentes da música bra-sileira popular e contadas no ritmo contagiante dos gigantes do forró.

CARLOS MARCELO CARVALHO, paraibano de João Pessoa, é formado em jornalismo pela UnB. Foi repórter, editor de cultura e editor-executivo do Correio Braziliense e um dos ganhadores do Prêmio Esso 2005 (na categoria Primeira Página). Desde 2011, é editor-chefe do Estado de Minas. Escreveu os livros Nicolas Behr: eu engoli brasília e Renato Russo: o filho da revolução.

ROSUALDO RODRIGUES nasceu em Coremas, interior da Paraíba. Formou-se em jornalismo pela UFPB e trabalhou no Jornal de Brasília e no Jornal da Paraíba nas funções de redator, repórter e secretário de redação. A maior parte da carreira, porém, foi desenvolvida no Correio Braziliense, como subeditor de cultura, repórter e crítico musical (1992-2002), atividades que voltou a exercer, no mesmo jornal, a partir de 2008.

504pp ilustrado

Texto de orelha: Braulio Tavares