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Associa-se, directamente, ter-se saúde com a ausência de doen- ças físicas. E, naturalmente, que este é o primeiro passo para que se sinta bem. Mas não é só. Ter saúde é muito mais ambicioso, é estar bem por dentro e por fora, é estar bem com os outros. É, muitas vezes, simplificar a vida e ser feliz. Ser feliz. Esta ambição, par- tilhada por tantos, está talvez ao alcance de muito poucos. Ou será que não? Segundo o livro «A arte da simplicidade», de Dominique Loreau, a felicidade pode estar a uma distância relativamente curta. Basta mudar alguns para- digmas e começar a viver de forma mais... simples. A simplicidade está em pos- suir poucas coisas, pois isso dá- nos espaço para apreciar o es- sencial. Combata a tendência para acumular e liberte-se dos objectos inúteis. Imagine que a sua casa se incendiou e faça a lista do que resgataria. Quando se vive o momento presente, não se sente fadiga. São as preocupações com o fu- turo que nos sobrecarregam. Quebrar a rotina ajuda a viver cada momento de maneira mais intensa. De vez em quando, acorde um pouco mais cedo e prepare-se para sair sem pressa. Os pensamentos negativos obstruem o cérebro, impedindo a felicidade de circular livre- mente. Esforce-se por ocupar o seu espírito com a convicção de que lhe acontecerão coisas boas e a vida retribuir-lhe-á. Durma mais, esteja mais disposto O estilo de vida que deve adoptar para ter noites repara- doras Se quer ter um sono repara- dor, não basta lembrar-se disso no momento em que as insónias o impedem de adormecer. Ou quando acorda ansioso e stres- sado, apesar de ter dormido o suficiente e aparentemente bem. A qualidade do sono está di- rectamente relacionada com as- pectos da vida como a alimen- tação e o exercício físico. A boa notícia é que dormir melhor pode depender muito de si. Quais os principais erros que as pessoas cometem em relação ao sono? Os portugueses come- tem abusos nomeadamente ao nível do consumo de álcool e de drogas, o que é terrível para o sistema nervoso e não só, a ní- vel imediato e a longo prazo. Além disso, não gostam de cum- prir regras, e isto é uma questão de disciplina intelectual. Que regras de ouro se deve ter em conta em relação ao sono? Deve-se deitar e levantar a horas mais ou menos certas. Deve-se habituar as crianças a irem para a cama entre as 22.30 e as 23 horas e a acordar pelas sete ou oito da manhã. Para os adultos, dormir entre as onze e a meia-noite e as sete ou oito ho- ras. Como se deve comer para se dormir bem? Deve-se fazer pequenas re- feições aproximadamente de três em três horas ao longo do dia, com um intervalo nocturno de oito horas. À noite, deve-se fazer uma refeição ligeira e de fácil digestão, cerca de duas a três horas antes de ir dormir. Estar bem de saúde é muito mais do que não ter doenças Com a chegada do verão, embora um pouco envergonhado, os cui- dados a ter com as crianças no que diz respeito às ondas de calor de- vem ser uma prioridade. Por um lado as elevadas temperaturas e os consequentes riscos de desi- dratação, por outro os raios ultra violeta, e as medidas que podem ser postas em prática. Os bebés enquanto são pe- queninos têm ainda uma imaturi- dade a nível da regulação da tem- peratura, se a mesma for elevada, eles não têm capacidade de lhe dar resposta. Consequentemente a temperatura corporal vai aumen- tando até ao ponto de a criança fi- car com hiper-termia (temperatura elevada). Para prevenção destas situações devem evitar-se as saí- das para o exterior durante as ho- ras de maior calor (entre 11h e as 17h), principalmente no caso de lactentes. No caso de estarem dentro de um edifício, com temperatura ele- vada, existe algumas medidas que podem ser postas em prática, tais como: - Colocar umas taças com gelo distribuídas pelo compartimento onde a criança se encontra - Os estores ou as portadas bem como as janelas, devem estar fechados em período de maior ca- lor, e serem abertas quando a tem- peratura exterior for inferior à inte- rior, de forma a provocar a renovação do ar. Em relação à criança, colocar vestuário leve, par- ticularmente no período em que es- tão a dormir, tendo em atenção que a cabeça não esteja coberta, uma vez que é através da cabeça que o bebé acumula 20% da tempera- tura. Dar banhos frequentes às crianças, com água a temperatura cerca de 1 a 2ºC abaixo da tempe- ratura corporal. No caso de saírem para o exte- rior, usar roupas frescas, evitando a exposição da pele. Usar sempre chapéu e óculos de sol com pro- tecção contra radiação UVA e UVB. Colocar de forma abundante e fre- quente protector solar, com pro- tecção igual ou superior a 30, que deve ser colocado sempre antes de a criança sair de casa. No caso de viajar de carro ter atenção à incidência do sol e colo- car a criança onde fizer sombra, ou proteger as janelas. Oferecer-lhe água regular- mente, mesmo antes de ela mani- festar que tem sede, e uma quan- tidade superior ao que é habitual. Em relação à alimentação, quando mama biberão, ter aten- ção que a temperatura do leite seja baixa, se a preparação exigir alta temperatura, posteriormente arre- fece-lo. No caso de já fazer uma alimentação diversificada, optar por refeições leves e frequentes, com maior incidência em saladas, frutas e vegetais. Fátima Sendim, Enfermeira Especialista em Saúde Infantil Eureka!!! Já sei o que fazer nas ondas de calor Carla Alexandra Soares Tenha saúde, seja feliz Saúde e Bem-Estar A VOZ DO ESPECIALISTA pub

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quelheacontecerãocoisasboas eavidaretribuir-lhe-á. A A V V O O Z Z D D O O E E S S P P E E C C I I A A L L I I S S T T A A FFááttiimmaa SSeennddiimm,, EEnnffeerrmmeeiirraa EEssppeecciiaalliissttaa eemm SSaaúúddee IInnffaannttiill CCaarrllaa AAlleexxaannddrraa SSooaarreess pub

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Associa-se, directamente, ter-sesaúde com a ausência de doen-ças físicas. E, naturalmente, queeste é o primeiro passo para quese sinta bem. Mas não é só. Tersaúde émuitomais ambicioso, éestar bem por dentro e por fora,é estar bem com os outros. É,muitas vezes, simplificar a vida eser feliz.

Ser feliz. Esta ambição, par-tilhada por tantos, está talvezao alcance de muito poucos. Ouserá que não?

Segundo o livro «A arte dasimplicidade», de DominiqueLoreau, a felicidade pode estar auma distância relativamentecurta. Basta mudar alguns para-digmas e começar a viver deforma mais... simples.

A simplicidade está em pos-suir poucas coisas, pois isso dá-nos espaço para apreciar o es-sencial. Combata a tendênciapara acumular e liberte-se dosobjectos inúteis. Imagine que asua casa se incendiou e faça alista do que resgataria.

Quando se vive o momentopresente, não se sente fadiga.São as preocupações com o fu-turo que nos sobrecarregam.Quebrar a rotina ajuda a vivercada momento de maneira maisintensa. De vez em quando,acorde um pouco mais cedo eprepare-se para sair sem pressa.

Os pensamentos negativosobstruem o cérebro, impedindoa felicidade de circular livre-mente. Esforce-se por ocupar oseu espírito com a convicção de

que lhe acontecerão coisas boase a vida retribuir-lhe-á.

DDuurrmmaa mmaaiiss,, eesstteejjaa mmaaiiss ddiissppoossttoo

O estilo de vida que deveadoptar para ter noites repara-doras

Se quer ter um sono repara-dor, não basta lembrar-se dissono momento em que as insóniaso impedem de adormecer. Ouquando acorda ansioso e stres-sado, apesar de ter dormido osuficiente e aparentementebem.

A qualidade do sono está di-rectamente relacionada com as-pectos da vida como a alimen-tação e o exercício físico. A boanotícia é que dormir melhorpode depender muito de si.

Quais os principais erros queas pessoas cometem em relaçãoao sono? Os portugueses come-tem abusos nomeadamente aonível do consumo de álcool e de

drogas, o que é terrível para osistema nervoso e não só, a ní-vel imediato e a longo prazo.Além disso, não gostam de cum-prir regras, e isto é uma questãode disciplina intelectual.

Que regras de ouro se deveter em conta em relação aosono? Deve-se deitar e levantara horas mais ou menos certas.Deve-se habituar as crianças airem para a cama entre as 22.30e as 23 horas e a acordar pelassete ou oito da manhã. Para osadultos, dormir entre as onze e ameia-noite e as sete ou oito ho-ras.

Como se deve comer para sedormir bem?

Deve-se fazer pequenas re-feições aproximadamente detrês em três horas ao longo dodia, com um intervalo nocturnode oito horas. À noite, deve-sefazer uma refeição ligeira e defácil digestão, cerca de duas atrês horas antes de ir dormir.

Estar bem de saúde é muito mais do que não ter doenças

Com a chegada do verão, emboraum pouco envergonhado, os cui-dados a ter com as crianças no quediz respeito às ondas de calor de-vem ser uma prioridade. Por umlado as elevadas temperaturas eos consequentes riscos de desi-dratação, por outro os raios ultravioleta, e as medidas que podemser postas em prática.

Os bebés enquanto são pe-queninos têm ainda uma imaturi-dade a nível da regulação da tem-peratura, se a mesma for elevada,eles não têm capacidade de lhedar resposta. Consequentemente atemperatura corporal vai aumen-tando até ao ponto de a criança fi-car com hiper-termia (temperaturaelevada). Para prevenção destassituações devem evitar-se as saí-das para o exterior durante as ho-ras de maior calor (entre 11h e as17h), principalmente no caso delactentes.

No caso de estarem dentro deum edifício, com temperatura ele-vada, existe algumas medidas quepodem ser postas em prática, taiscomo:

- Colocar umas taças com gelodistribuídas pelo compartimentoonde a criança se encontra

- Os estores ou as portadasbem como as janelas, devem estarfechados em período de maior ca-lor, e serem abertas quando a tem-peratura exterior for inferior à inte-rior, de forma a provocar arenovação do ar. Em relação àcriança, colocar vestuário leve, par-

ticularmente no período em que es-tão a dormir, tendo em atenção quea cabeça não esteja coberta, umavez que é através da cabeça que obebé acumula 20% da tempera-tura. Dar banhos frequentes àscrianças, com água a temperaturacerca de 1 a 2ºC abaixo da tempe-ratura corporal.

No caso de saírem para o exte-rior, usar roupas frescas, evitandoa exposição da pele. Usar semprechapéu e óculos de sol com pro-tecção contra radiação UVA e UVB.Colocar de forma abundante e fre-quente protector solar, com pro-tecção igual ou superior a 30, quedeve ser colocado sempre antesde a criança sair de casa.

No caso de viajar de carro teratenção à incidência do sol e colo-car a criança onde fizer sombra,ou proteger as janelas.

Oferecer-lhe água regular-mente, mesmo antes de ela mani-festar que tem sede, e uma quan-tidade superior ao que é habitual.

Em relação à alimentação,quando mama biberão, ter aten-ção que a temperatura do leite sejabaixa, se a preparação exigir altatemperatura, posteriormente arre-fece-lo. No caso de já fazer umaalimentação diversificada, optarpor refeições leves e frequentes,com maior incidência em saladas,frutas e vegetais.

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Tenha saúde, seja feliz

Saúde e Bem-Estar

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Saladas coloridas, grelhados no ponto,batidos de fruta e gelados. Confesse: estásatisfeito com a sua alimentação? Quandochega a casa ainda tem energia para pre-parar pratos nutritivos e saborosos ou re-corre cada vez mais a refeições pré-con-feccionadas?

Se o microondas tem sido o seu me-lhor amigo, está na altura de mudar. Estaé a estação do ano ideal para abusar dafruta e dos vegetais, fontes indispensá-veis de substâncias antioxidantes.

Variedade é a palavra de ordem. Apro-veite que está calor, que o apetite é menore aprenda a preparar menus saborosos eamigos da sua silhueta. Uma boa notícia:os gelados não estão proibidos.

SSaallaaddaass ccoolloorriiddaass ee vvaarriiaaddaass Diversifique, apostando no pimento,

couve roxa, curgete ou alfaces frias e va-riadas, com polvo ou peito de frango des-fiado, atum ou tofu. Inclua leguminosascomo lentilhas, milho, feijão-frade oumassas coloridas, para um bom equilí-brio nutricional.

Quanto aos temperos, prefira o tradi-cional azeite e vinagre. Já existem vinagresde ameixa, cidra ou arroz, que são menosagressivos. O shoyu (molho de soja semaçúcar) dá sabor e é muito agradável, masnão deve ser usado juntamente com sal.As ervas aromáticas (orégãos, coentrosou salsa) também dão um toque especialàs saladas.

DDiiccaa:: Inove as suas saladas com in-gredientes variados e «experimente gre-lhar os legumes ou mesmo estufá-los.

SSooppaaUm dos principais erros que se come-

tem no Verão diz respeito ao baixo con-sumo de sopa. Esta é uma etapa essencialda refeição que não deve ser esquecida jáque garante um bom aporte de vegetais econfere saciedade.

Na verdade a ausência de sopa não écompensada com o consumo de saladas evegetais e nos dias mais quentes temcomo opção as variantes frias ou mornas.

DDiiccaa:: O gaspacho à alentejana é umaboa alternativa às sopas quentes. Se usarpão de mistura, bastante tomate e azeiteé uma opção saudável.

GGrreellhhaaddoossOs grelhados de peixe ou carne são

sempre uma boa opção, mas requeremalguns cuidados que não devem ser es-quecidos. A grelha não deve estar muitopróxima do carvão, pois a temperaturaelevada produz aminas aromáticas hete-rocíclicas, que são cancerígenas.

Adicione legumes, frutas coloridas ougotas de limão para neutralizar os malefí-cios dos alimentos queimados. Podeainda optar por grelhadores eléctricos,menos perigosos dadas as temperaturasmais baixas que atingem.

DDiiccaa:: O peixe grelhado inteiro, não empostas, é uma boa opção pois retiramos apele queimada e só comemos o lombo,que não esteve em contacto com a grelha.

BBaattiiddooss ddee ffrruuttaaUm dos truques para aumentar o con-

sumo de fruta no Verão passa por prepa-rar saborosos batidos onde pode misturarvários tipos de fruta. Os sumos naturaissão igualmente uma boa alternativa aosrefrigerantes com ou sem gás, mas de-vem ser consumidos no momento em que

são preparados para conservar a vitaminaC. Além do tradicional sumo de laranja,experimente fazer um sumo de tomatecom uma pitada de sal ou um sumo de le-gumes e fruta (com cenoura, pêssego, mo-rango e laranja).

DDiiccaa:: As ameixas e os alperces sãouma boa opção entre os frutos da época,especialmente para quem sofre de maufuncionamento intestinal.

GGeellaaddoossSe não consegue resistir-lhes no Ve-

rão, saiba que existem no mercado gela-dos saudáveis, alguns com menos calo-rias do que certos iogurtes, que chegam ater 15 g de açúcar por 100 g.

Se é adepta dos sabores, opte poruma única bola em vez de uma taça comchantilly. Assim poderá comer um geladopor dia sem se preocupar com a linha. Emcasa, combine iogurte com fruta da época,exótica ou simplesmente cacau magro empó para criar gelados saudáveis e sabo-rosos. Bata um iogurte cremoso de bau-nilha com quatro morangos, coloque cincoa dez minutos no congelador e está prontoa saborear.

DDiiccaa:: Experimente distribuir um sumolight por vários copos, adicionar colheresde plástico descartáveis e colocar no con-gelador durante algumas horas.

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Saiba como preparar os protagonistas dos menus da estação

Menu de Verão

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O bem-estar das nossas criançastambém se constrói com “nãos”

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Actualmente a maioria dos pais, quer ser pais per-feitos. Procuram “dar” tudo aquilo que os filhos pre-cisam para que possam crescer e desenvolver-senas melhores condições de equilíbrio físico e psico-lógico. Assim, desde pequeninos que não lhes fal-tamos com nada. O melhor carrinho de bebé, as me-lhores fraldas, os melhores pediatras, as melhoresroupas, o melhor infantário, a melhor escola, a me-lhor professora, o melhor computador… que lhe pu-dermos dar, nós fazemos um (por vezes enorme!) es-forço e damos. Damos, damos e continuamos a dar.Mas muitas vezes não compreendemos, como é quehavendo um esforço tão grande da nossa parte, elesnão crescem como queremos, não se comportamcomo queremos, não têm as notas na escola que sãocapazes, não estão, nem são, tão felizes quanto de-sejaríamos.

A resposta não é simples, pois um conjunto muitovasto de factores pode contribuir para que as nossascrianças não correspondam ao que desejamos. Noentanto, há um aspecto que, como mãe e como psi-cóloga, considero fundamental no crescimento e de-senvolvimento das nossas crianças – a importânciados limites. Desde pequeninas que as crianças na in-teracção que desenvolvem com os pais e com quemas rodeia, realizam um processo sistemático deaprendizagem. Elas aprendem até onde podem ir, ounão; o que é certo e o que é errado; o que é bom e oque é mau, o que podem ou não podem fazer, ouseja, é-lhes, ou deveria ser-lhes ensinado, o que é umcomportamento correcto, o que é bom fazer, o queestá certo e o que é adequado. Mas se sempre os dei-xamos fazer o que querem, não estabelecemos li-mites, não dizemos “não”, não impomos as nossasregras e os comportamentos que consideramos ade-quados, as nossas crianças “decidem” o que queremfazer, procuram o que acham que lhes irá dar maisprazer e impõem, e como impõem (!), a sua von-tade. Actualmente há famílias em que, quem mandalá em casa, é o mais pequeno, nem pensam em ir aorestaurante ou ao supermercado com ele, pois ele

“arma sempre confusão”, as birras sucedem-se, osjantares de família acabam sempre com um certo malestar, a professora queixa-se e o comportamentodele é terrível. Mas mais complicado que tudo isto,é que a criança não está feliz e o seu equilíbrio emo-cional é bastante instável. Ela faz o que quer, masisso não a deixa feliz.

As crianças precisam de regras, de direcções, delimites, precisam que as orientem e lhes digam o quepodem ou não podem fazer. Quando isso não acon-tece, a criança decide como quer, mas muitas vezesessa decisão origina muita insegurança, muita con-fusão e naturalmente pouca auto-confiança e auto-estima. Se eu sei o que me espera, mais facilmenteconfio que sou capaz. Assim a função de estabele-cer limites, de dizer não, de impor regras e fazer comque elas sejam cumpridas é essencial para o bomcrescimento e desenvolvimento das nossas crianças.Elas crescem melhor, mais confiantes, mais seguras,pois sabem o que é correcto ou não, sabem o quequeremos (eu não conheço nenhuma criança quenão queira agradar aos pais), sabem o que fazerpara nos agradar e principalmente sentem-se mais fe-lizes.

E uma criança feliz, faz de nós, pais perfeitos.

LLiilliiaannaa MMoorreeiirraa,, PPssiiccóóllooggaa

Cuidados a ter com a medicação nas férias”

Existem regras que protegem a sua saúde durante as viagens.Os riscos associados a viagens internacionais dependem de inúmeros fac-tores, como as características do viajante (idade, sexo e estado de saúde)e da viagem (destino, objectivo e duração da estadia).Apesar de existirem diversas condicionantes, uma coisa é certa: um estojode primeiros socorros é um recurso básico em qualquer circunstância.

Não basta, contudo,ter um kit de primei-ros socorros re-cheado de medica-mentos. É precisoter em conta algu-mas regras de con-servação e utiliza-ção, antes e duranteas viagens:

- Mantenha osprodutos na embala-gem original e com ofolheto informativo.

- Leia e respeite as instruções dadas no folheto informativo,nomeadamente sobre as regras da toma e as circunstâncias emque deverá procurar um médico.

- Peça ao médico uma receita com os medicamentos de quepoderá precisar se adoecer e uma declaração com os dados dasua medicação habitual.

- Assegure-se que a receita e a declaração indicam a dosagem,posologia e os princípios activos dos medicamentos (os nomescomerciais diferem de país para país).

-Transporte todos estes elementos consigo na viagem e du-rante toda a estadia, sobretudo se é diabético, cardíaco ou as-mático. Essas informações podem ser decisivas em caso deemergência

- Se é diabético, leve a insulina na bagagem de mão, para evi-tar danos causadas pelas baixas temperaturas do porão

- A toma de medicamentos por crianças, grávidas, mulheresque se encontram a amamentar e doentes crónicos deve sersempre supervisionada pelo médico

- Caso os sintomas se mantenham ou agravem, apesar datoma do medicamento, procure um médico.

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Nutrição em tempo de Verão

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Nesta estação do ano, é muito comum sur-girem as preocupaçãoes com a nossa ima-gem, não só como em resultado da expo-sição do nosso corpo, como aliado ao factode querermos sentirmo-nos com maissaúde.

Chegam as férias, apetece passear equem sabe até fazer uma caminhada. Ébom ver, principalmente ao final da tarde,pessoas em grupo ou sozinhas a percorre-rem as ruas para conseguirem o seu bem-estar físico e mental. Sem dúvida que umaalimentação saudável pode contribuir paravivermos melhor!

O importante é vivermos mais e commais sáude!

Assim, procure usufruir do prazer àmesa, com a vasta oferta de alimentos pró-prios desta época, como por exemplo variaro tipo de hortaliças, legumes, leguminosasverdes e fruta.

Estes alimentos são por excelência to-nificantes e protectores, reguladores dasfunções digestivas, em consequência dasua riqueza em vitaminas antioxidantes,minerais e fibra.

Para se aproveitar o máximo dos seusnutrientes, sempre que possível devemosconsumi-los crus, cozinhar em vapor oulentamente em recipientes de fundo dia-térmico sem água ou com tão pouca que,quando prontos, já não reste nenhuma.Aspecto importante, é aproveitar talos e asfolhas mais duras, cortadas muito finas outrituradas, vão sem dúvida ajudar a regu-

larizar o trânsito intestinal, principalmentea obstipação.

Os frutos diferem dos legumes e dashortaliças pela satisfação com que se co-mem crus. Fazem parte de saborosas eapetitosas sobremesas que alegram asnossas refeições. De um modo geral sãomais calóricas do que as hortaliças e legu-mes porque contêm mais açúcares.

No entanto, os frutos, não deixam de termenos calorias que os restantes alimentos.Por exemplo, uma maçã média com 80g,tem o mesmo valor calórico que uma pêrade 120g, uma laranja de 100g, 4 ameixaspequenas, uma chávena almoçadeira demorangos, ou 240g de melão, melôa oumelancia. São muito ricos em vitaminas,principalmente em vitamina C, que abundanos kiwis, citrinos e morangos. Preferir sem-pre madura, que é mais fácil de digerir, me-lhor tolerada e mais rica nutricionalmente.

Uma sugestão será variar o seu dia ali-mentar, incluindo sempre 4 chávenas al-moçadeiras (400g) de hortaliças ou legu-mes e 3 a 5 peças de fruta.

OOddeettee VViicceennttee ddee SSoouussaa,, MMeessttrree eemm NNuuttrriiççããooCCllíínniiccaa ppeellaa FFaaccuullddaaddee eemm CCiiêênncciiaass ddaa NNuuttrriiççããoo eeAAlliimmeennttaaççããoo ddaa UUnniivveerrssiiddaaddee ddoo PPoorrttoo ((FFCCNNAAUUPP))

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Passamos o ano a culpar ostress e a falta de tempo pelaalimentação pouco saudável.

Mas nas férias acabamospor engordar, quando pla-neámos justamente o oposto!

A desorganização dos há-bitos alimentares e a inérciaassociada ao descanso sãoresponsáveis pela acumula-ção de quilos indesejados nofinal do Verão. Como manter aforma sem estragar as férias?

Se dedicou os três últi-mos meses a pôr-se emforma, qual é a lógica de dei-tar tudo a perder em três se-manas de férias? O objectivopode não ser emagrecer nasférias. Mas manter a silhuetaque conquistou é o mínimo. Eé fácil de conseguir. Comer detrês em três horas é a chave.Há também que saber distin-guir entre a fome fisiológica ea vontade de comer ou sim-ples vício de boca. Este úl-timo traduz-se, frequente-mente, no costume depetiscar. Em férias parece quehá tentações onde quer que

vá: cervejas na esplanada;bolas de berlim e gelados napraia; bolachas ao lanche; so-bremesas em casa dos ami-gos; aperitivos antes do jan-tar; cocktails nas saídas ànoite; cachorros quentes etostas mistas de madru-gada... Petiscar ao longo dodia é, muitas vezes, um com-portamento quase incons-ciente.

DDeessoorrggaanniizzaaççããoo ddaass rreeffeeiiççõõeess

Acordar tarde, saltar o pe-queno-almoço, jantar às23h00, passar o dia a petiscarem vez de fazer refeiçõescompletas são erros frequen-tes em férias. Saiba que dor-mir a horas certas, acordarcedo e tomar as refeições re-gulares mantém o seu corpo eespírito equilibrado.

Descanso e inactividadenão são a mesma coisa e po-dem até ser incompatíveis. Senão quer engordar nas férias,aposte na actividade físicacomo divertimento. Jogar à

bola, nadar, caminhar à beira-mar, andar de bicicleta, expe-rimentar desportos radicaissão exemplos do que podefazer para relaxar e divertir-se, descansar a cabeça emanter-se em forma.

Muito importante: habi-tue-se a dar uma caminhadaapós as refeições. Se quiser,faça uma curta sesta, mas sódepois do passeio a pé.

TTrruuqquueess ppaarraa eennggaannaarr aa ffoommee

Faça seis refeições pordia, intervalando as maissubstanciais com as mais li-geiras. Não se deixe ficar es-fomeada, porque aí não ha-verá força de vontade capazde controlar o seu apetite de-vorador. Mastigue devagar.

Se vai ficar fora de casahoras suficientes que justifi-quem uma refeição reforçada,leve uma lancheira refrigera-dora para transportar fruta eágua, fatias de pão escurocom queijo fatiado, alface etomate. Assim não tem des-culpa para ceder aos gelados,refrigerantes, bolas de berlime outras tentações.

Se vai para fora, fuja dossnacks empacotados e muitocalóricos dos aeroportos e es-tações de serviço. Evite comerenquanto conduz. Para alémde ser uma atitude perigosa,implica a ingestão de alimen-tos normalmente muito caló-ricos e de fraco valor nutritivo(batatas fritas, chocolates, re-frigerantes, bolachas...).

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Como não engordar nas fériaspub

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21pública: 13 de Julho de 2011eessppeecciiaall

AA VVOOZZ DDOO EESSPPEECCIIAALLIISSTTAA

A alergia é definida como umareacção excessiva e inade-quada do sistema imunitáriodo nosso organismo a deter-minadas substâncias que con-sidera estranhas. Estas subs-tâncias são chamadas dealergenos e estão presentesnaturalmente no nosso am-biente, quer seja na alimenta-ção ou no ar exterior ou interior,quer sejam picadas de insectoou medicamentos.

Nos últimos anos a doençaalérgica tem tomado um lugarimportante na saúde das nos-sas crianças, embora o motivopara tal não esteja ainda bemesclarecido. Pensa-se que ofacto de as crianças viveremcom melhores condições habi-tacionais e sanitárias que tor-nam os ambientes mais esteri-lizados e de contactaremmenos com o ambiente exte-rior por brincarem mais dentrode casa pode estar implicado.Por outro lado, a diminuiçãoda prevalência de infecçõesnestas idades pode levar a queo sistema imunitário, menosestimulado por agentes infec-ciosos, se “volte” para subs-tâncias que até agora não de-sencadeavam qualquerresposta imunológica.

As alergias podem mani-festar-se de diversas formas. A

rinite alérgica é caracterizadapor obstrução e escorrência na-sal recorrentes, associada aprurido nasal e espirros. A con-juntivite alérgica manifesta-secom olhos vermelhos, incha-dos e com prurido associado.Na asma as crianças podemapresentar tosse, falta de ar,dor no peito, pieira. A dermatiteatópica, vulgarmente conhe-cida como “eczema”, mani-festa-se por pele vermelha,descamativa, que provoca pru-rido. A urticária e a anafilaxiasão reacções mais imediatas; aprimeira é caracterizada pormanchas pruriginosas na pele,e a segunda, mais grave e apa-ratosa, em que ocorre edema,calor, falta de ar e mal-estar ge-

ral, associados ou não a man-chas urticariformes.

O tratamento das doençasalérgicas passa pela evicçãoalergénica, ou seja, evitar a ex-posição das crianças àquelassubstâncias às quais elas sãosusceptíveis, bem como pelotratamento farmacológico, quevaria actualmente entre medi-camentos orais, inalados, oumesmo imunoterapia (“vaci-nas”).

O risco de uma criança sau-dável vir a ter alergias está re-lacionado com a presença dedoenças deste tipo nos seusfamiliares. Assim, esse riscovaria entre 5 a 15% em criançassem familiares alérgicos até 40a 80% quando ambos os paistêm doença alérgica.

Em resumo, qualquercriança que apresente riscoalérgico aumentado deve serprotegida da sensibilizaçãoalergénica através das medi-das de prevenção primária. Nocaso de uma criança apresen-tar sintomas sugestivos de aler-gia, deve ser observada peloseu médico assistente no sen-tido da avaliação e orientaçãoda sua doença.

JJooaannaa RRooddrriigguueess,, MMééddiiccaa IInntteerrnnaa

CCoommpplleemmeennttaarr ddee PPeeddiiaattrriiaa

Divirta-se...a fazer desporto

Não encare o exercíciocomo um castigo. Deixa-mos-lhe dez razões queo vão fazer ver o lado po-sitivo do desporto. Seacha que o desporto éuma actividade aborre-cida, cansativa e só paramasoquistas, facilmentepoderá mudar de opi-nião.Se descobrir os seus be-nefícios e usar algunstruques, aprenderá adesfrutar da sua prática. Damos-lhe algumas ra-zões que o vão fazer vero lado divertido do exer-cício físico, enquantomelhora a sua saúde:

FFaarráá aammiizzaaddeessO seu vizinho, umamigo... Qualquer apoioé bom para fazer exercí-cio. Se é uma pessoa so-ciável, opte por despor-

tos de grupo.

TTeerráá mmaaiiss vvoonnttaaddeeTalvez se aborreça aoprincípio mas, passadoalgum tempo, vai aper-ceber-se do quantoaprecia pedalar, cami-nhar ou nadar.

PPrroodduuzziirráá mmaaiiss eennddoorrfifinnaassO desporto, sobretudo ode intensidade média,ajuda o organismo a se-gregar endorfinas, hor-monas que proporcio-nam uma dose extra deenergia, bem-estar eprazer.

MMeellhhoorraarráá aa ssuuaa ssaaúúddeeColesterol alto, diabetes,hipertensão... São todaspatologias que aumen-tam o risco de sofrer deproblemas coronários.

Uma das formas maiseficazes para as mantersob controlo é fazer exer-cício moderado, quatroou cinco dias por se-mana, 40-45 minutos nomínimo.

AAllaarrggaarráá hhoorriizzoonntteessEmpenhe-se em apren-der um estilo novo (senada sempre de bruços,experimente mariposaou costas) ou mude dedesporto (se costuma fa-zer aeróbica e step, ex-perimente body com-bat).

AApprroovveeiittaarráá mmeellhhoorr oo tteemmppooEscolha um ginásio aolado de casa ou do tra-balho, aproveite a horade almoço para fazer ca-minhadas e escolha ho-rários que se adequemà sua actividade diária.O desporto não devecomplicar a sua vida.

CCoonnhheecceerr--ssee--áá mmeellhhoorrSó se vai divertir a fazerdesporto se a modali-dade que escolher esti-ver em consonância comos seus gostos, hobbys,oportunidades e condi-ção física. Comece comalgo fácil e não vá logocorrer a maratona.

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Prevenção das alergias

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22 pública: 13 de Julho de 2011 eessppeecciiaall

AA VVOOZZ DDOO EESSPPEECCIIAALLIISSTTAA

As verrugas são uma das condições dos te-cidos nos pés que podem ser bastante do-lorosas. São causadas por um vírus (HPV)que geralmente invade a pele através depequenos, ou mesmo, invisíveis cortes eabrasões.

As crianças e adolescentes são maissusceptíveis do que os adultos (imunode-ficiência, excesso de transpiração). A maiorparte das verrugas são inofensivas, em-bora dolorosas. São frequentemente con-fundidas com calosidades, embora sejaminfecções víricas. Podem surgir uma varie-dade de lesões nos pés, incluindo mela-nomas. Embora, raros, podem ser confun-didos com verrugas. Aconselhamos aconsultar um Podologista/Podiatra casosurja alguma erupção ou crescimento sus-peito na pele nos pés, de modo a assegu-rar um diagnóstico correcto.

As verrugas plantares tendem a ser du-ras e planas com superfície rugosa e bor-dos bem definidos. No dorso dos pés (de-dos) são geralmente elevadas. Podem tercoloração cinza ou castanha, embora a corpossa variar. O centro pode conter peque-nos pontos negros. Podem ser adquiridaspor caminhar descalço, em superfícies con-taminadas, onde se pode encontrar o vírus.Ambientes quentes e húmidos fazem comque seja comum encontrar o vírus em bal-

neários. Caso não seja realizado trata-mento podem aumentar de tamanho, in-clusive de número. Ocasionalmente, po-dem regredir espontaneamente após umcurto período, assim como frequente po-dem recorrer na mesma localização.Quando desenvolvidas em locais de pres-são e carga no pé (como calcanhar), po-dem provocar dor forte tipo picada e quei-madura.

OO qquuee ppooddee ffaazzeerr::- Evitar andar descalço, excepto praias- Trocar de calçado e meias diariamente- Manter os pés limpos e secos- Evitar contacto directo com verrugas

(de outras pessoas ou de outra parte docorpo)

- Não ignorar crescimentos ou altera-ções da pele

- Visite o seu Podologista/Podiatra re-gularmente

Não é aconselhável o autotratamento.As preparações contêm ácidos e químicosque destroem as células da pele, é neces-sário o acompanhamento por um espe-cialista para destruir o tecido patológico(verruga) sem danificar o tecido saudável.Caso seja diabético ou padeça de altera-ções circulatórias NUNCA faça o autotrata-mento.

Quanto ao tipo de tratamentos é natu-ral que o seu Podologista/Podiatra lhe re-comende e supervisione a aplicação depreparações coadjuvantes ao tratamentopodológico. Os tratamentos com laser têm-se tornado comuns e efectivos. Um proce-dimento conhecido por cauterização comlaser de Co2 pode ser realizado emboramediante anestesia local. Por vezes, o tra-tamento cirúrgico poderá ser indicado.

DDrr.. AAnnddrréé AAzzeevveeddooPPooddoollooggiissttaa

AA VVOOZZ DDOO EESSPPEECCIIAALLIISSTTAA

Um motivo frequente de consulta é a erup-ção polimorfa solar, vulgarmente chamadade "alergia ao sol". Surge sobretudo na Pri-mavera e Verão e inicia-se horas ou diasapós exposição solar com aparecimentode pápulas e/ou vesículas particularmenteno pescoço, área do decote, ombros emembros superiores. Pensa-se que a ra-diação ultravioleta modifica a estrutura dealgumas proteínas da pele, que passam aser consideradas estranhas ao organismo,pelo que o sistema imunitário reage contraelas.

Os doentes com história de alergia aosol devem evitar as exposições intempes-tivas, é fundamental que a exposição ao solseja cuidadosa e muito gradual, para ten-tar evitar o despertar da reacção alérgica. Autilização de protector solar de factor ele-vado (50+) é fundamental, mas muitas ve-zes insuficiente. Os casos mais severos po-dem beneficiar com a fototerapiapreventiva, nomeadamente com radiacçãoultravioleta B (UVB de banda estreita), aqual deverá ser iniciada cerca de um mêsantes da data previsível para o início das fé-rias/exposição solar. Em alternativa exis-tem medicamentos que também podematenuar a "alergia ao sol".

É comum que a "alergia ao sol" se torneum problema recorrente, ano após ano,

ameaçando estragar as férias a quem delapadece. Na falta de um tratamento curativo,o tratamento preventivo e a exposição so-lar cuidadosa terão de ser repetidos aolongo dos anos.

Um tipo diferente de "alergia ao sol" éa fotossensibilidade induzida por medica-mentos. Diversos antibióticos, anti-infla-matórios, medicamentos para a hiperten-são arterial, etc., podem despertar reacçãode tipo alérgico ou de tipo queimadura naszonas expostas ao sol. O seu médico po-derá esclarecê-lo em relação ao risco de fo-tossensibilidade dos medicamentos quetoma.

DDrr.. JJoosséé CCaarrllooss FFeerrnnaannddeessDDeerrmmaattoollooggiissttaa

"Alergia ao sol"

Verrugaspub

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