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PEREIRA COSTA, Staël de Alvarenga.
MACIEL, Marieta Cardoso
TEIXEIRA, Maria Cristina Villefort.
OS CONCEITOS MORFOLÓGICOS COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE DOS ESPAÇOS LIVRES
O presente trabalho discute os conceitos
metodológicos e, em especial, os de Morfologia
Urbana que têm sido aplicados nas investigações
desenvolvidas no Laboratório da Paisagem do
Núcleo de Belo Horizonte, que integra o Grupo de
Pesquisa Nacional QUAPA/ SEL.
Apresentação
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Plan of Gokul Medh ( Hossain,2009) Traditional vs. Modern Arabian Morphologies
Os Conceitos Morfológicos
A morfologia urbana é um procedimento metodológico utilizado na análise das formas urbanas
Este instrumento
possibilita o
acompanhamento da
evolução das formas
urbanas assim como,
as transformações
subseqüentes através
da identificação e do
detalhamento de seus
vários componentes.
A morfologia urbana permite analisar a
relação existente entre os espaços livres,
constituídos de elementos como ruas e
praças, parques, áreas verdes e os espaços
construídos, formados pelas edificações,
materializados pela ação social.
Funções da Morfologia Urbana
Crenças comuns
A reunião de vários pesquisadores de países e disciplinas variadas é fundamentada em uma crença comum:
A cidade pode ser lida e analisada por meio da sua forma física.
Tais estudos focalizam os resultados visíveis das forças sociais e econômicas, revelando a expressão materializada das idéias e das intenções que se estabeleceram nas nossas cidades.
Crenças comuns
1 – a forma urbana é definida pelos elementos físicos fundamentais: as edificações e os espaços livres a elas relacionados, ou seja, as áreas livres privativas e públicas, os quarteirões, os lotes e as vias;
2 – a forma urbana pode ser compreendida a partir dos diferentes tipos de resolução, que, de modo geral, correspondem a normas que institucionalizam a relação construtiva entre o edifício e o lote, as vias e as quadras, a cidade e a região;
3 – a forma urbana só pode ser compreendida a partir da história, porque os elementos que a compõem estão sempre em transformação e substituição.
( PEREIRA COSTA, 2004)
As formas de análise e suas relações
A forma urbana pode ser analisada sob formas diferentes de sua relação.
De modo geral, quatro tipos de relações são reconhecidos:
1. O edifício e o lote.
2. A rua e o quarteirão.
3. A cidade.
4. A região.
Aplicação dos métodos da Morfologia Urbana na análise das formas urbanas
As bases conceituais da Morfologia Urbana têm
sido abordadas de forma diferenciada pelos
pesquisadores.
A análise das formas urbanas diferencia-se com
maior ou menor ênfase de alguns elementos o
que distingue, também, as correntes analíticas
como escolas ou linhas de morfologia urbana.
Escolas de Morfologia Urbana
As principais linhas de investigação efetuadas por diversos estudiosos de importantes países são conhecidas como as Escolas de Morfologia Urbana, sendo as principais:
1. a inglesa, seguidora dos preceitos de Conzen;
2. a italiana, seguidora dos preceitos de Muratori
3. a francesa, que também utiliza os conceitos italianos.
Os direcionamentos de cada uma delas foram aplicados em pesquisas desenvolvidas no laboratório da Paisagem e serão relatadas neste trabalho que ora se apresenta.
A Escola Inglesa de Morfologia Urbana
A associação da Escola
de Morfologia Inglesa
ao geógrafo M R G
Conzen é devido aos
estudos e trabalhos
pioneiros por ele
desenvolvidos, tanto
como planejador ou
como Professor de
Geografia.
O geógrafo M. R. G
Conzen nascido em
Berlim em 1907 inicia
os estudos em 1926,
no curso de
Geografia, na
Universidade Friedrich
Wilhelms, Berlim,
posteriormente
denominada Humboldt
University, na qual ele se graduou em 1931
Os estudos sobre a
representação física dos fatos
urbanos são coordenados pelo
professor Otto Schülter, no final do século XIX. (1899)
A Escola Inglesa de Morfologia Urbana – antecedentes
Nos principais conceitos geográficos em curso daquela escola e suas principais características sobressaiam as investigações sobre as cidades e as suas representações contendo as suas principais características físicas.
A Escola Inglesa de Morfologia Urbana – antecedentes
Em 1933, pouco antes de terminar o doutorado, M. R G Conzen migra para a Inglaterra para fugir das perseguições nazistas e se estabelece na cidade de Manchester atuando no campo do planejamento urbano.
Durante a sua atuação CONZEN se dedica a análise das situações das cidades e aplica na sua prática diária, estudos minuciosos e detalhados sobre aspectos da forma urbana.
A Escola Inglesa de Morfologia Urbana – antecedentes
Desta prática surgem os principais conceitos morfológicos com a junção das duas influências da sua vida de geógrafo:
1. a primeira representada pela noção da paisagem (adquirida na Alemanha nos estudos sobre diversas cidades do leste alemão).
2. A segunda adquirida pela prática e investigação particular sobre as paisagens urbanas históricas, influenciadas pelo movimento TOWNSCAPE (1960)
Da sua investigação
particular sobre as
paisagens urbanas
históricas medievais
destaca – se o estudo
elaborado em ALNICK
por meio da análise
morfológica e pela a
qualidade dos mapas
(elaborados
manualmente em
1960).
Objetos de análise da Escola Inglesa de Morfologia Urbana
O Plano Urbano
A topografia da cidade de Ouro Preto não é apropriada para o estabelecimento de um espaço urbano – as áreas planas são reduzidas.
18/11/2011 17
A evolução do espaço urbano
As vilas coloniais minerais eram os núcleos de apoio a exploração do ouro levando a instalação de pequenos lugarejos ao seu redor
O traçado viário e os quarteirões O traçado dos lotes e das edificações
O uso do solo e os tipos edilícios As unidades de planejamento
Objetos de análise da Escola Inglesa de Morfologia Urbana
Os principais aspectos
preconizados por este
estào aqui representados
1 – O plano geral da cidade
• 2 - O traçado viário e os
quarteirões
• 3 – O traçado dos lotes e
das edificações
• 4 – As unidades de
planejamento
TIPOS EDILÍCIOS E USO DO SOLO:
A - Principal acesso para Edimburgo
B - Principal acesso para Newcastle
C – Castelo Alnwick
D - Igreja de St. Michael
E – Torre Pottergate
F – Prefeitura de Georgian
G - Northumberland Hall
H – Centro de Turk
— Limite proposto do esquema central de
rdesenvolvimento
UNIDADES DE PLANEJAMENTO:
1- Núcleos pré-urbanos (castelo medieval com
modernas modificações)
2- Subúrbio medieval e Igreja de St. Michael
(esquema da rua do mercado)
Centro medieval:
3- Burgo original com mercado triangular e
alterações posteriores
4- Extensão do burgo medieval
5- Linha de muro de cidade medieval com portão
existente
6- Colonização tardia medieval e pós medieval de
característica mercadológica
Fringe belts pós-medieval e acréscimos
residenciais:
7- Componentes tradicionais
8- Componentes mais recentes
Objetos de análise da Escola Inglesa de Morfologia Urbana
Além destes estudos formais Conzen identifica realiza estudos detalhados sobre elemetos morfológicos anteriormente identificados na paisagem urbana europeia a saber:
1.Fringe belts;
2. Burgage plots
A Escola Italiana de Morfologia Urbana A Escola Italiana de Morfologia Urbana tem a ênfase
da sua investigação:
no estudo da forma para o desenvolvimento de uma teoria projetual para uma cidade.
Esses estudos concentram-se nas análises de como
as cidades deveriam ser traçadas, tendo como
modelo as tradições históricas das edificações
vernaculares, principalmente as italianas.
A Escola Italiana de Morfologia Urbana – Antecessores
Saverio Muratori (Modena, 1910 – Roma, 1973)
EDUCAÇÃO NA ITÁLIA FASCISTA:
A REFORMA GENTILE (1922-1923)
Consistem:
No estudo do tipo,
(a tipologia) principalmente
nas tipos residenciais
analisados na sua relação
com o espaço viário através
da fachada.
Estudos Tipo- Morfológicos
A Escola Italiana de Morfologia Urbana
A Escola Italiana de Morfologia Urbana – conceitos
Definição :
consciência espontânea
x
consciência crítica
construções especializadas
X
das construções residenciais.
A investigação consiste na
organização , seleção e
classificação por tipos.
A Escola Italiana de Morfologia Urbana – aplicações
Estudos Tipo- Morfológicos- Roma
A Escola Italiana de Morfologia Urbana
– Aplicações
Definição do tipo básico
Identificação das transformações
A Escola Italiana de Morfologia Urbana – Aplicações
A análise:das
transformações
permanências.
Propostas de atuação:
reforçar ou inibir as transformações ou as permanências.
A Escola Italiana de Morfologia Urbana – conceitos
Arquitetura & Território
A Revolução Muratoriana
Arquitetura como um Território Modificado
Território como Pré Condição do Ambiente
Arquitetônico
A Escola Italiana de Morfologia Urbana – conceitos
1 CICLO 2 CICLO 3 CICLO 4 CICLO
Vias principais de crista
Vias secundárias de topo e locação de promotórios no local.
Vias de transposição locais . Locação de promotórios em àreas de vales e núcleos urbanos
Vias de transposição contínuas e sintéticas Centros urbanos nas areas de alta e média declividade dos vales
A Escola Italiana de Morfologia Urbana – conceitos
1 FASE 2 FASE 3 FASE 4 FASE
ROTAS DE FUNDO DE VALE PRINCIPAL ROTA DE PASSAGEM ENTRE MONTANHAS
ROTAS DE FUNDO DE VALE SECUNDÁRIAS LIGAÇÃO ENTRE PROMOTÓRIOS IMPLANTADOS NA PARTE BAIXA DO VALE
VIAS DE TRANSPOSIÇÃO CONTINUAS REUTILIZADAS PARA TRANSPOR OS FUNDOS DE VALES
VIAS DE TRANSPOSIÇÃO LOCAIS REUTILIZADAS COMO TRANSPOSIÇÃO DA ALTITUDE PARA FUNDOS DE VALE
Organismos territoriais-
Modelos teóricos das primeiras rotas
Rotas
Organismos territoriais- Modelos teóricos das primeiras rotas
1° CICLO Vias principais de crista
2° CICLO: Vias secundárias de topo e
locação de promotórios no local
Função dos promotórios
Função dos promotórios
3 ° CICLO: Via de transposição local
em áreas de vales e núcleos urbanos
4° CICLO: Vias de transposição
continuas, reutilizadas para
transpor os fundos de vales
Vias de transposição local reutilizadas
para transposição da altitude para fundos
de vale
A Escola Francesa de Morfologia Urbana Para os seguidores da Escola Francesa, a morfologia
urbana significa o estudo que permite a avaliação da aplicação de certas teorias e do seu impacto nas formas urbanas.
O estudo desenvolvido, principalmente na Escola de Versalhes, tem se concentrado na avaliação da ação do movimento modernista sobre a forma urbana.
Outros estudos da mesma escola se concentram também na análise do uso dos espaços livres, bulevares e praças.
Considerações Há divergências entre os membros das escolas de
Morfologia Urbana relacionadas aos conceitos e aspectos
inerentes à aplicação de determinadas linhas de
investigação.
Há muito, nos Congressos Internacionais de Morfologia
Urbana é discutida a necessidade de se aprofundar nos
diferentes conceitos, buscando os aspectos comuns e
possíveis aplicações que reúnam as bases das três
Escolas de Morfologia Urbana.
Estes questionamentos sobre a real extensão de pesquisa
e prática em Morfologia Urbana é o objeto da pesquisa em
implementação denominada: “Encontro de mentes-
Investigações sobre conceitos comuns e abordagens
diferenciadas das principais Escolas de Morfologia
Urbana”, como projeto de pesquisador mineiro da
professora Staël de Alvarenga Pereira Costa.
Aplicações na Pesquisa QUAPA/SEL- Núcleo Belo
Horizonte
O instrumental da morfologia urbana utilizado nas
pesquisas do Laboratório da Paisagem teve reconhecida
contribuição sobre os estudos de Belo Horizonte.
Destaca-se, por exemplo, trabalhos sobre a evolução dos
espaços livres do município de Belo Horizonte o que
permitiu constatar o seu reduzido porcentual no
território municipal.
Ao se propor a divulgação e a aplicação em políticas
publicas utiliza-se recomendações da escola francesa
que tem cunho propositivo.
Aplicações na
Pesquisa QUAPA/SEL- Núcleo Belo Horizonte
Verifica-se que o método é flexível e permite
interpretações diferenciadas ao mesmo tempo
em que pode ser acoplado a outros
instrumentos, dai a sua ampla utilização por este
laboratório.
PEREIRA COSTA, Staël de Alvarenga. Escola de Arquitetura da UFMG. Professora Dra. do Departamento de Urbanismo.
MACIEL, Marieta Cardoso. Escola de Arquitetura da UFMG. Professora Dra. do Departamento de Projetos.
TEIXEIRA, Maria Cristina Villefort. Escola de Arquitetura da UFMG. Professora Dra. do Departamento de Projetos.
Colaboração:
ALONSO, Paulo Henrique.
Escola de Arquitetura da UFMG. Arquiteto e Urbanista, MSc. em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável da EA UFMG e
Colaborador do Laboratório da Paisagem.
SIMÃO, Karina Machado de Castro. Escola de Arquitetura da UFMG. Estudante do Mestrado Ambiente Construído e Patrimônio
Sustentável da EA UFMG e Bolsista do Laboratório da Paisagem.
PERNA, Stefânia de Araújo. Escola de Arquitetura da UFMG. Estudante do Mestrado Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável
da EA UFMG e Bolsista do Laboratório da Paisagem.
SANTOS, Jaqueline Duarte. Escola de Arquitetura da UFMG. Estudante do Mestrado de Ambiente Construído e Patrimônio
Sustentável da EA UFMG e Bolsista do Laboratório da Paisagem.
ÁVILA, Lorena Vaccarini. Escola de Arquitetura da UFMG. Estudante da Graduação em Arquitetura e Urbanismo da EA UFMG e
Bolsista CNPq do Laboratório da Paisagem.
ANDRADE, Mariana Rabelo. Escola de Arquitetura da UFMG. Estudante da Graduação em Arquitetura e Urbanismo da EA UFMG e
Bolsista FAPEMIG do Laboratório da Paisagem.
QUEIROZ, Pedro Azevedo. Escola de Arquitetura da UFMG. Estudante da Graduação em Arquitetura e Urbanismo da EA UFMG e
Bolsista CNPq do Laboratório da Paisagem.