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Este é um projeto sazonal que tem como intenção disseminar não apenas a poesia, mas também os desenhos e expressões artísticas de uma geração nascida e criada na cidade de Uberaba/MG. Lucas Vieira escreve: as colunas 10ABAFOS e Alimente os seus pensamentos no Blog Roulets (http://www.roulets.blogspot.com.br). Poesias e textos em geral no blog 10abafos (http://www.poeticos10abafos.blogspot.com.br).
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A P O I O SR O U L E TS E MA B EM Z D T J OB I ML N RR N A B T VI E S E
L U C A S V I E I R A - V O L U M E 1 . 2 ª E D I Ç Ã O . M A I O . 2 0 1 5 .
- .
Textos de:Lucas Vieira
Ilustrações:
Priscila Pereira
Laura Cohen - p. 12
Lucas Vieira - p. 14
Capa e diagramação:
Lucas Vieira
Apoio:
Ong ‘Cultura Roulets’, Blog ‘Roulets’
‘Desculpe o Trasnstorno’ zine,
EMABEM, ‘Jobim’ Bar, Alternativa
Revisão e correção:
Diego C. Ribeiro
Fernanda A. Galera
Lucas Vie i ra é pub l i c i tá r io , es tudan te de h is tó r ia e poe ta uberabense .
Tem 33 anos, casado, dois filhos. Escreve as colunas ‘Alimente os seus pensamentos’,
e ‘ 1 0 a b a f o s ’ n o b l o g R o u l e t s ( w w w . r o u l e t s . b l o g s p o t . c o m . b r )
e poesias no blog 10abafos (www.poeticos10abafos.blogspot.com.br)
P O E Z I N E - S EÉ um projeto sazonal que tem como intenção disseminar
não apenas a poesia, mas também os desenhos e
expressões artísticas de uma geração nascida e criada na
cidade de Uberaba/MG.
sobre o autor:
Volume 1. 2. ed. Ano I. Maio 2015.Tiragem: 100 unidades
CULTURA ROULETS
Contato:[email protected]
L U C A S V I E I R A - V O L U M E 1 . 1 ª E D I Ç Ã O . M A I O . 2 0 1 5 .
A P O I O SR O U L E TS E MA B EM Z D T J OB I MO E JR N A B T VI E - S E .
Fotografia:Guilherme de Sene
índice
nº I ..................................... 1
nº III.................................... 3
nº V .................................... 5
nº VII................................... 7
nº IX ................................... 9
nº XI ................................... 11
nº XIII ................................. 13
nº XV................................... 15
nº II..................................... 2
nº IV.................................... 4
nº VI ................................... 6
nº VIII ................................. 8
nº X .................................... 10
nº XII .................................. 12
nº XIV ................................. 14
nº XVI ................................. 16
era uma pessoa comum
duas verdades e seis medos
carregava em seus olhos todo um pesado mundo
era o receio e a certeza de um dia que se passou
tinha o tempo nas mãos
e dois vazios no peito
faltava-lhe um coração
seus passos não lhe guiavam mais
um texto encontrado numa pedra foi sua salvação.
absorveu naquelas frases a realidade que lhe faltava.
concluiu sem medo:
havia mais vida numa pedra que em qualquer multidão!
1
I
2
eu perco a métrica enquanto me descompleto
em torno de um eu.
vou feito um punhal afiado,
lapidando mundos em torno do que é meu.
me vejo cadenciando as palavras,
me torno o único respirar pirante de um moribundo.
sabendo que, num gole daquele licor,
estaria toda minha dor dançando
num corte cicatrizado na pele, ardendo na alma.
da pétala ao androceu,
era uma poesia de morte,
na sorte que um tu me deu.
II
3
dois são dez a pesar
um passado a dormir
uma mentira a rezar
dois ou dez?
tua necessidade é o que te movimenta
tua inconsistência é o que te debilita
tua debilidade é o que te inocenta
não existe culpa quando não se há consciência
III
4
IV
tudo muda, um dia
num segundo muda o mundo
num verso, o universo
o tempo fala e eu fico mudo
no auge do zero absoluto
o mundo fala e eu só escuto
o que machuca mais
a vida ou a falta dela?
5
V
a saudade é um inteiro pela metade
é a novidade contida em velhos fatos
é uma disfunção da razão.
é um intervalo entre fins
um hiato no tempo
é curva e é reta
é torta e certa
a saudade é exata e não tem métrica
é um pouco de tudo num tanto de nada
é uma regra da exceção
um desajuste na emoção
é a distância calada entre um eu e um tu
6
VI
entre palavras e imagens
valeram mais os olhos
a boca fala
os ouvidos se calam
7
VII
pouso
ouso
uso
só
como um ser só, tentando interagir sozinho
8
VIII
não tenho gosto e nem rosto
meu voo é sem caminho
num mundo de idas e voltas,
o seu passo vasto, alcança o meu pasto
para cada pasto dado, há um novo ruminar
9
IX
um jantar a sós
dois silêncios a dialogar
o escuro a evidenciar velas acesas
falavam-me, o silêncio e as incertezas
a janela desenhava a lua e eu estrelas
o silêncio nunca falou tanto por mim como agora
eu me perdi no meio do caminho e me sentei aqui
entre um vaso e duas cadeiras vazias
meu primeiro e último monólogo
um vazio de vazios
um preenchendo o outro
10
X
o trabalho nunca acaba
assumir é não negar
o que dá sentido ao valor
é o prazer de se praticar
11
XI
na sua busca por sentido
se fez livre e se perdeu
em seu último estágio de liberdade,
a loucura conheceu.
12
XII
Conduzia a liberdade,
os seus passos e duas certezas.
Reduzia a velocidade do seu
mundo com tristeza.
Não engoliu a velha sina
que a sua vida pôs à mesa.
XIII
13
Respirar, a pausa necessária para o próximo passo
É que, algumas vezes, o giro do mundo faz pirar
Isso acaba te tornando propenso ao erro
Um despreparo intenso, um tropeço
Penso...
Evitar, te deixa tenso
E só por um momento você enxerga o futuro em movimento
É o que te leva a existir, resistir.
14
XIV
Viver, esse era um de seus medos.
Morria todos os dias enquanto desprezava a vida.
Numa tarde de sorte, a vida enganou a morte e o eternizou.
Passaram-se vários anos de vida em poucos segundos de morte.
O inverno
esconde
coisas
que o verão insiste em mostrar.
15
XV
O FIM É AGORA. AGORA, f.
XVI
16
ela era o meu jardim de letras
e suas fontes borboletas
meu céu a gotejar estrelas
o passo flutuava fácil
tropeçava, eu e meu cadarço
o chão eram nuvens e eu um palhaço
sorrisos a decifrar espaços
desejos a contornar retratos
tantos medos, desacatos
a espuma a eternizar os fatos
o quarto a registrar relatos
ela era a carne e eu era a unha
CULTURA ROULETS
realização
L I T E R Á R I O D E
NOVAS ESCRITORAS
2 º C O N C U R S O
N e s s e a n o , o C O L I N E a c o n t e c e n a
E s c o l a M u n i c i p a l A d o l f o B e z e r r a
d e M e n e z e s - E M A B E M , d o b a i r r o A b a d i a , e p a r a
q u e t e n h a m o s , t a m b é m , u m a v e r s ã o i m p r e s s a
d o l i v r o , o 2 º C O L I N E p r e c i s a d e p a r c e i r o s .
Ent re em conta to : rou le ts13@gmai l .com ou (34) 9220-8032