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3v
Fortaleza, junho de 2020
Professor Vinícius Vanir Venturini
Aula 06 - Estrutura da Terra (modelos físico e
químico), tectônica de placas (teoria da deriva
continental), tipos de placas tectônicas,
tectonismo (terremoto/abalo sísmico e
vulcanismo).
3vCamadas da Terra
- evolução da Geosfera, estrutura interna -
3vCamadas da Terra
- forma de estudo da Geosfera, estrutura interna -
A maior parte do interior da Terra é inacessível às observações
diretas, de modo que, para conhecer sua estrutura e constituição
interna, é necessário recorrer a métodos indiretos. Os principais
métodos indiretos de estudo e pesquisa:
● Geofísica e sismologia – o estudo da propagação das ondas
sísmicas provenientes de tremores e terremotos;
● Geologia e petrologia – o estudo das características das rochas e
dos magmas lançados em erupções vulcânicas;
● Gravimetria – o estudo da variação da gravidade da Terra;
● Geomagnetismo – estudo da origem e variação do campo
magnético terrestre.
A análise dos resultados desses estudos permitiu a construção de
dois modelos complementares para a estrutura interna da Terra.
Um que considera a distribuição dos componentes químicos que
compõem a Terra, denominado modelo geoquímico; e outro que
considera as velocidades de propagação das ondas sísmicas dos
tremores e terremotos, o modelo geodinâmico.
3vCamadas da Terra
- forma de estudo da Geosfera, estrutura interna -
Crosta oceânica Crosta continental
Crosta
Tipos de ondas
S (secundária) P (primária)
3vCamadas da Terra
- forma de estudo da Geosfera, estrutura interna -
Crosta
As ondas sísmicas são de natureza
mecânica e se propagam de forma muito
parecida com as ondas sonoras, mas são de
frequência muito mais baixas que essas,
tipicamente entre 0.001 Hz e 1 Hz. Isso
significa que o período dessas ondas é
bastante longo, variando entre 1 segundo
até 100 segundos de crista a crista.
Da mesma forma que as ondas sonoras, as
ondas sísmicas também podem ser
refletidas, comprimidas, dilatadas ou
atenuadas e quando atravessam meios de
densidade diferentes podem sofrer difração,
atenuação ou mudarem a velocidade de
propagação.
Ondas Sísmicas (básicas)
Durante um terremoto diversos tipos de
ondas são produzidas, mas duas delas se
destacam das demais e são sempre usadas
como referência quando o assunto são os
tremores de terra: as ondas P e as ondas S.
Tipos de ondas
S (secundária) P (primária)
3vCamadas da Terra
- forma de estudo da Geosfera, estrutura interna -
Ondas P (primária)
Após um terremoto, a primeira das ondas sísmicas que são detectadas são
as ondas do tipo P, também conhecidas como ondas primárias ou de
compressão. Estas ondas são muito velozes e se propagam através dos
sólidos e dos líquidos e como seu nome diz, agem comprimindo o meio pelo
qual trafegam, conforme mostra a figura abaixo.
A velocidade das ondas P varia com o meio, sendo considerados típicos os
valores de 330 m/s no ar, 1450 m/s na água e 5000 m/s no granito.
Como as rochas são mais duras à medida que a profundidade aumenta,
quanto mais fundo mais rápida será a velocidade de propagação.
3vCamadas da Terra
- forma de estudo da Geosfera, estrutura interna -
Ondas S (secundárias)
As ondas S (shear ou secundárias) são ondas transversais ou de
cisalhamento, o que significa que o solo é deslocado no sentido
perpendicular em relação à direção de propagação, da mesma forma que o
movimento de um chicote. A figura abaixo ajuda a compreender.
As ondas S se propagam mais lentamente que as ondas P, tipicamente 60%
mais devagar, mas a energia de seu movimento é várias vezes superior, o
que significa que as ondas S causam muito mais danos que as ondas P.
Da mesma forma que as ondas P, as ondas S também se propagam mais
rapidamente conforme a profundidade aumenta, mas a relação de aumento
ou diminuição da velocidade não é igual para os dois tipos de ondas.
3vCamadas da Terra
- forma de estudo da Geosfera, estrutura interna -
Propagação diferente
Diferente das ondas P, que se propagam
tanto nos sólidos como nos líquidos, as
ondas S propagam-se apenas através dos
sólidos, já que os fluidos não suportam
as forças de cisalhamento.
Quando ocorre um terremoto,
sismômetros situados até uma distância
angular de 105º (11 mil km) conseguem
registrar os dois tipos de ondas, mas se
essa distância for maior as ondas S não
podem mais ser detectadas. Esse fato
levou Richard Dixon Oldham a sugerir, em
1906, que a Terra possuía um núcleo
líquido, atualmente chamado de núcleo
externo.
Fenômeno semelhante ocorre com as ondas do tipo P ao passarem de um
meio sólido (manto) para um meio líquido (núcleo externo), a abrupta
mudança de densidade faz as ondas mudarem de direção, impedindo que os
sismógrafos registrem as ondas P entre 104 e 140 graus de distância
angular do epicentro, algo entre 11 mil e 19 mil km desde o ponto de ruptura.
3vCamadas da Terra
- forma de estudo da Geosfera, estrutura interna -
Descontinuidades (troca de “estado”)
A presença de um núcleo interno sólido só foi
sugerida em 1936, após a sismóloga
dinamarquesa Inge Lehman reparar que ondas
P, que deveriam ser bloqueadas pelo núcleo
líquido, também podiam ser detectadas nos
sismogramas. Esse fato levou a pesquisadora
a sugerir que havia algum tipo de
descontinuidade abaixo desse núcleo, que
estaria permitindo a reflexão das ondas P.
Essa hipótese foi confirmada apenas em 1976
e a zona de interface entre os dois núcleos foi
batizada de descontinuidade de Lehman (do
núcleo externo - líquido para o núcleo interno -
sólido).
Outras regiões de interface são a
descontinuidade de Mohorovic (também
chamada Moho – relacionada a astenosfera),
que separa a crosta do manto terrestre e a
descontinuidade de Gutenberg (ou Wiechert-
Gutenberg), que separa o manto do núcleo
líquido.
3vCamadas da Terra- Geosfera: modelos da estrutura interna -
5
Modelo geoquímicoModelo geofísico
3v
5
Modelo geoquímico Modelo geofísico(estados físicos)
Sentido do aumento
da Temperatura - T,
da Pressão - P, e da
Densidade - D. Fato
que explica porque
apesar da alta
temperatura o Núcleo
interno seja sólido.
+ T
+ P
+ D
Camadas da Terra- Geosfera: modelos da estrutura interna -
3v
5
1 Núcleo Interno (sólido devido a pressão)
2 Núcleo Externo (pastoso, magnetosfera)
3 Manto (tectônica de placas)
4 Astenosfera (plástica)
5 Crosta, Cráton, Placa, Litosfera
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Modelo geoquímico Modelo geofísico
Camadas da Terra- Geosfera: modelos da estrutura interna -
3v
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Modelo geoquímico Modelo geofísico
A crosta, cráton, listosfera ou placa
É a parte mais superficial da parte sólida do planeta, e por
isso está diretamente sujeita às intempéries (sujeita a
modelagem, ou erosão) e à ação do Homem.
Ela é classificada em crosta continental (mais espessa e
menos densa, destacando elementos como a sílica, e o
alumínio - SIAL) e crosta oceânica (mais densa e menos
espessa, que forma o fundo dos oceanos, destacando
elementos como sílica e magnésio - SIMA).
A crosta continental possui entre 30 e 40 km de espessura
nas regiões sísmicas estáveis e até 60 a 80 km nas cadeias
das montanhas mais altas, como o Himalaias e os Andes,
zonas instáveis (orogenéticas).
A crosta oceânica possui entre 5 e 10 km de espessura,
sendo a espessura média 7,5 km.
Obs.: Quanto à composição, a crosta continental é
constituída essencialmente por rochas graníticas e a
oceânica por rochas basálticas;
Camadas da Terra- Geosfera: modelos da estrutura interna -
3v
Modelo geofísico
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Modelo geoquímicoO manto (mesosfera)
Camada abaixo da crosta com composição bem
diferente da mesma.
O manto está dividido em três partes: manto
superior (A), zona de transição (B) e manto
inferior (C).
O manto superior situa-se logo abaixo da
Descontinuidade de Mohorovicic1 até a
profundidade de 400 km. Ele é composto
basicamente por rochas e uma pequena
quantidade de líquido (2%).
No modelo geodinâmico a junção da parte
superior do manto com a crosta mais profunda é
chamada Litosfera, que é a camada rígida mais
externa da Terra com profundidade de 70 a 100
km na crosta oceânica e de 100 a 150 km na
crosta continental.
O manto de transição ou Astenosfera situa-se
entre 400 e 650 km de profundidade.
AB
C
Obs.: o manto é constituído principalmente por peridotitos, que são rochas ultra-básicas
compostas essencialmente por olivina e piroxenas. O manto inferior é formado por
materiais mais densos que a olivina, como a perovskite. Os elementos que existem em
maior quantidade no manto são portanto sílica, oxigênio, magnésio e ferro;
Camadas da Terra- Geosfera: modelos da estrutura interna -
3v
Modelo geofísico
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Modelo geoquímicoO manto (mesosfera)
Camada abaixo da crosta com composição bem
diferente da mesma.
O manto está dividido em três partes: manto
superior (A), zona de transição (B) e manto
inferior (C).
O manto superior situa-se logo abaixo da
Descontinuidade de Mohorovicic1 até a
profundidade de 400 km. Ele é composto
basicamente por rochas e uma pequena
quantidade de líquido (2%).
No modelo geodinâmico a junção da parte
superior do manto com a crosta mais profunda é
chamada Litosfera, que é a camada rígida mais
externa da Terra com profundidade de 70 a 100
km na crosta oceânica e de 100 a 150 km na
crosta continental.
O manto de transição ou Astenosfera situa-se
entre 400 e 650 km de profundidade.
AB
C
1Abaixo da crosta terrestre encontra-se a Descontinuidade de Mohorovicic ou
simplesmente Moho. Nela, as variações sísmicas costumam ser mais rápidas
e mais fluidas em relação à sua composição externa.
Camadas da Terra- Geosfera: modelos da estrutura interna -
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Modelo geoquímico O núcleo (endosfera)
O núcleo terrestre está situado entre 2.900 e 6.400 km de profundidade e
possui uma parte “fluida” (núcleo externo, com ocorrência de correntes de
convecção, originando a magnetosfera1) e outra sólida (devido a pressão,
porém com maior temperatura - núcleo interno), dividindo-se então em
núcleo externo e núcleo interno.
O núcleo externo é “líquido” (com viscosidade semelhante à da água) e
possui aproximadamente 2.200 km de espessura, se estende
aproximadamente de 2.900 a 5.100 km de profundidade.
O núcleo interno está no estado sólido; se estende de 5.100 a 6.400 km.
Obs.: núcleo externo é formado por ferro,
principalmente, e por substâncias como níquel,
sílica, enxofre e potássio. O núcleo interno tem
também uma grande percentagem de ferro,
contendo ainda níquel, cobre, oxigénio e
enxofre. É a existência de ferro e níquel - NiFe
que cria o campo magnético gigante da Terra,
conhecido como magnetosfera.
Modelo geofísico
Camadas da Terra- Geosfera: modelos da estrutura interna -
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Modelo geoquímico O núcleo (endosfera)
O núcleo terrestre está situado entre 2.900 e 6.400 km de profundidade e
possui uma parte “fluida” (núcleo externo, com ocorrência de correntes de
convecção, originando a magnetosfera1) e outra sólida (devido a pressão,
porém com maior temperatura - núcleo interno), dividindo-se então em
núcleo externo e núcleo interno.
O núcleo externo é “líquido” (com viscosidade semelhante à da água) e
possui aproximadamente 2.200 km de espessura, se estende
aproximadamente de 2.900 a 5.100 km de profundidade.
O núcleo interno está no estado sólido; se estende de 5.100 a 6.400 km.
1campo magnético em seu entorno semelhante
ao campo de uma barra de ímã, que se estende
pelo espaço afora, a, aproximadamente,
60.000km, formando uma “bolha” protetora
conhecida como magnetosfera.
Modelo geofísico
Camadas da Terra- Geosfera, modelos da estrutura interna -
3v
Crosta terrestre
(ou placa, superfície)
Continental(menos densa,
mais espessa)
Oceânica(mais densa,
menos espessa)
Predomínio de
ferro, silício e
magnésio
Metais pesados
Níquel e Ferro
[NiFe]
Silício
Alumínio
[SiAl]
30 a 40 km
espessura
Silício
Magnésio
[SiMa]
8 a 10 km
espessura
Temperatura
elevada
Correntes de
Convecção do
Manto
Tectonismo
na Crosta(terremoto, vulcão)
Núcleo Externo(líquido)
Temperatura elevadaCorrentes de Convecção do
Núcleo Externo
Magnetismo terrestre
(Magnetosfera)
&
Núcleo InternoTemperatura mais alta
Sólido (devido a Pressão)
Centro gravitacional
Camadas da Terra- Modelo, composição química e principais fenômenos -
Manto Núcleo
3v
Camada
mais externa
e sólida
Núcleo Interno -
sólido
Núcleo Externo -
líquido
Astenosfera
(plástica)
Correntes de
Convecção (do
Núcleo)
Camadas da Terra- Modelo, estrutura física e principais fenômenos -
Núcleo
Mesosfera
Litosfera(superfície)
Endosfera
Sólido(devido a Pressão)
Crosta,
cráton, placa (parte superior
do manto)
Zona de atuação
das forças
endógenas e
exógenas
Camada intermediária entre a Astenosfera e
a Endosfera (núcleo)
Correntes de
Convecção
(do Manto)
Fusão de rochas -
magma(separação, choque, ou
atrito de placas)
Magnetosfera
Camada
intermediária entre
a Mesosfera e a
Litosfera
Centro
gravitacional
3vMagnetosfera- formada pelas correntes de convecção do Núcleo Interno -
O movimento faz com o campo se
torne mais fraco periodicamente, e as
polaridades se invertam
Ele se origina
no Núcleo
Externo, onde o
movimento das
correntes das
correntes de
convecção em
camadas
formadas por
Níquel e Ferro
(NiFe), gerando
campos
elétricos e
magnéticos
O campo magnético repela
a maior parte da radiação
das partículas que vêm
continuamente do Sol
3vMagnetosfera- formada pelas correntes de convecção do Núcleo Interno -
A Terra possui um campo magnético em seu entorno semelhante ao campo
de uma barra de ímã, que se estende pelo espaço afora, a, aproximadamente,
60.000km, formando uma bolha protetora conhecida como magnetosfera. A
magnetosfera é importante porque nos protege de algumas das condições
climáticas mais intensas do espaço interplanetário. Partículas carregadas do
Vento Solar não podem atravessar facilmente as linhas desse campo, o
resultado é que a maioria dessas partículas incidentes nele fica presa em
torno da Terra.
3v
Algumas dessas partículas provenientes do Sol, principalmente prótons e
elétrons ficam presas em uma região da magnetosfera conhecida como
Cinturão de Van Allen (área relacionada a “plasnasfera” na imagem).
Magnetosfera- formada pelas correntes de convecção do Núcleo Interno -
3vAurora boreal e austral
- visualização do choque do Vento Solar com a Magnetosfera -
Aurora Boreal Aurora Austral
Trata-se de um fenômeno luminoso gerado nas camadas mais elevadas da
atmosfera (400 a 800 quilômetros de altura) e observado com maior
frequência nas regiões próximas aos polos do planeta..
Essas auroras ocorrem quando partículas elétricas (fótons e elétrons)
provenientes do Sol chegam à Terra e são atraídas por seu campo magnético.
Ao alcançarem a atmosfera, essas partículas se chocam com os átomos de
oxigênio e nitrogênio – e num processo semelhante à ionização (eletrificação)
de gases faz “acender” como se fosse um tubo de uma lâmpada fluorescente.
3v
O alinhamento da bússola ocorre porque a Terra pode ser considerada um grande imã.
Dividimos os imãs em dois polos: Norte e Sul. Essa divisão tem um motivo histórico
ligado às bússolas. O lado Norte de um imã atrai o lado Sul do outro e vice-versa. Se
considerarmos a Terra simplesmente como um imã e admitirmos que a agulha da
bússola está corretamente indicada perceberemos que o polo Norte Geográfico para
onde a bússola aponta é na verdade o polo Sul Magnético.
Magnetosfera- orientação magnética -
Polo Sul
Magnético
Polo Norte
Geográfico
Polo Sul
GeográficoPolo Norte
Magnético
Eixo magnético Eixo de rotação da Terra
3v
Declinação magnética
Todos sabem que a agulha de uma bússola
aponta para o Norte em uma das
extremidades e para o Sul na outra. Mas é
preciso lembrar que o Norte mostrado pela
bússola é o Norte Magnético, não o Norte
Geográfico (aquele mostrado nos mapas). A
diferença normalmente não é grande o
suficiente para alterar nossa vida cotidiana,
mas quem trabalha com pesquisa de campo,
cartografia, levantamentos aerofotográficos,
topografia etc. precisa saber a diferença entre
os dois valores.
O ângulo entre as direções do Norte
Geográfico e do Norte Magnético chama-se
declinação magnética. Ela varia de lugar para
lugar na Terra e varia também ao longo do
tempo. Para saber qual a declinação
magnética de um ponto qualquer da Terra,
pode-se consultar um mapa que mostre o
valor da declinação magnética daquela área,
quando ela foi calculada e qual a variação
anual desse valor. Aí, pode-se saber o valor
atual, multiplicando-se a variação anual pelo
número de anos decorridos desde a leitura
fornecida pelo mapa e somando (ou
subtraindo) a declinação mostrada no mapa.
O valor da declinação magnética é
usualmente encontrado em mapas
editados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE e pela
Diretoria de Serviço Geográfico do
Exército.
Magnetosfera- orientação magnética -
Polo SulMagnético
Polo Norte
Geográfico
Polo Sul
Geográfico
Polo Norte
Magnético
Eixo magnético
Eixo de rotação da Terra
3v
Forças endógenas
(ou internas)
Tectonismo ou diastrofismoé todo e qualquer movimento realizado pelas placas tectônicas
(provocadas pelas correntes de convecção do Manto). Ocorre de duas
formas: epirogênese, movimento na vertical (realizando soerguimento, ou
subsidência), apresentando longa duração, e orogênese, movimento na
horizontal (responsável pelas dobras das placas), apresentando curta
duração com destaque na formação de montanhas.
Abalos sísmicos ou terremotossão movimentações abruptas da
crosta, causados pela acomodação
geológica, ou pela interação entre
placas tectônicas.
Obs.: em áreas oceânicas, os
impactos gerados pelos terremotos
podem provocar a formação de
grandes ondas, chamadas de
maremotos ou tsunamis;
Vulcanismoé o magma, ou a lava expelida pela Terra,
constituindo rochas em temperaturas
superiores ao ponto de fusão, formando
rochas ígneas extrusivas; sua ocorrência
está relacionada também a interação de
placas tectônicas, e pontos quentes ou
hot spot.
Obs.: rochas vulcânicas, geralmente,
formam solos muito férteis;
Camadas da Terra- Geosfera: agentes formadores e modeladores de relevo -
3vTectonismo ou diastrofismo
Epirogênese = vertical
Orogênese = horizontal
Obs.: orogênese forma relevo,
produz montanhas;
Obs.: epirogênese forma falhas,
vales, ocorrendo o soerguimento ou
subsidência do relevo;
Anticlinal
Sinclinal
3vTectônica de Placas- A. Wegner, deriva continental -
A teoria da Deriva Continental
propriamente dita remonta ao início
século XX, tendo surgido a partir das
ideias do alemão Alfred Wegener em
1915, um acadêmico (cientista) e
explorador, que se dedicava a estudos
meteorológicos, astrônomos,
geofísicos e paleontológicos, entre
outros.
Wegener participou de numerosas
expedições para a gélida Groenlândia,
onde fez importantes observações
meteorológicas e geofísicas.
De acordo com suas observações, todos os continentes poderiam
ter estado juntos, no passado, como um quebra-cabeça gigante,
formando um único supercontinente, que ele denominou de Pangea
(do latim pan, “todo” e gea, “terra”), e consequentemente um único
oceano, denominado Pantalassa (do latim pan, “todo” e talassa,
“oceano”).
Pangea
3vTectônica de Placas- A. Wegner, deriva continental -
3vTectônica de Placas- A. Wegner, deriva continental -
Posteriormente a Pangeia teria se fragmentado, dando origem aos
continentes e oceanos que conhecemos hoje.
Pangiea
Laurásia(Hemisfério Norte)
Gondwana(Hemisfério Sul)
América do Norte
Europa
ÁsiaÁfrica
Antártica
Austrália
Índia
América do Sul
Mar de
Tétis
3v
A partir da publicação do seu livro “A Origem dos Continentes e Oceanos”,
em 1915 estava criada a teoria da Deriva Continental.
Wegener enumerou quatro evidências para a sua teoria:
1 - Evidências geomorfológicas;
Tectônica de Placas- A. Wegner, deriva continental -
Wegener enumerou várias
coincidências geomorfológicas
entre os continentes, além do
encaixe das linhas de costa atuais
de vários continentes, entre eles o
encaixe da América do Sul com a
África.
3v
2 - Evidências Litológicas;
Tectônica de Placas- A. Wegner, deriva continental -
A aproximação dos continentes no mapa permitiu-lhe verificar uma
continuidade geológica ao nível de grandes estruturas da superfície
terrestre, como as cadeias de montanhas, ao nível da composição litológica.
Por exemplo, para ele, a Serra do Cabo, uma cadeia de montanhas de
orientação Leste-Oeste na África do Sul, seria a continuação da Sierra de la
Ventana, com a mesma orientação, na Argentina, ou ainda, o Planalto na
Costa do Marfim, na África, teria continuidade no Brasil.
Cretáceo e Eocênico
Silúrico, Devônico e
Carbonífiero
Pré-Cambriano e
Cambriano
Granito
Rochas mais antigas
3v
3 - Evidências Paleontológicas;
Entre as evidências mais impressionantes que Wegener apresentou,
estava a dos fósseis, principalmente de plantas representativas de
gimnospermas e samambaias extintas, conhecidas coletivamente,
como a flora de Glossopteris, na África e no Brasil (e também na
Austrália, Índia e Antártica, entre outros lugares).
Tectônica de Placas- A. Wegner, deriva continental -
Outro indício foi de fósseis
idênticos encontrados apenas
na África e na América do Sul
de um réptil de 300 milhões
de anos, sugerindo que os dois
continentes estavam juntos
naquele tempo. Os animais e
as plantas dos diferentes
continentes mostraram
similaridades na evolução até
o tempo postulado para a
fragmentação.
3v
O Jurássico foi um período geológico da
era Mesozoica que se estendeu de 203 a
135 milhões de anos.
Foi o período em que a Pangeia começou
a se dividir, originando a Laurásia (ao
Norte) e o Gondwana (ao Sul). A
Gondwana dividiu-se também, originando
a África e a América do Sul.
As maiores formas de vida que nele
viveram foram os répteis marinhos
(ictiossauros, plesiossauros e crocodilos),
bem como os peixes.
Em terra, os grandes répteis
(arcossauros) permaneceram dominantes.
O Jurássico foi a idade de ouro dos
grandes Saurópodes, como o Apatosaurus
e o Diplodocus. Eles foram alimento para
grandes Terópodes (Ceratosaurus,
Megalosaurus e Alossaurus). Também no
Jurássico surgiram os mamíferos
marsupiais.
Tectônica de Placas- era mesozoica: período jurássico -
No ar, desenvolveram-se os primeiros pássaros, a partir de pequenos dinossauros, como
o Compsognathus. Os Pterossauros eram comuns.
Na flora, a novidade foi o surgimento das plantas com flores.Fonte: CPMM
3vFossilização e descoberta- processo de fossilização e paleontologia -
1
2
3
4
1 - um pleiossauro, no seu habitat na Era Mesozoica.
2 - morre e afunda no mar onde é gradativamente coberto pelo iodo e seu esqueleto,
preservado da decomposição, fossiliza progressivamente à medida que mais sedimentos
vão se superpondo em camadas.
3 - devido a movimentos as camadas de sedimentos foram dobradas.
4 - o processo erosivo deixou exposto o esqueleto fossilizado.Fonte: ANM.
Os animais e vegetais podem se preservar
como fósseis de diferentes maneiras. Um
organismo se fossiliza como resultado de um
conjunto de processos que ocorrem a partir
de sua morte e seu sepultamento. Os animais
que possuem partes duras, com um
esqueleto mineralizado (concha dos
moluscos, por exemplo), e as partes mais
resistentes dos vegetais (troncos e galhos)
têm maiores chances de se preservar.
Dependendo das condições ambientais, o
organismo, após sua morte, poderá se
preservar de diferentes maneiras: através da
moldagem, incrustação mineral, mumificação
ou congelamento. Pode também ocorrer a
preservação dos registros da atividade
biológica dos organismos quando vivos. São
os icnofósseis, que incluem as pegadas e as
fezes fossilizadas (coprólitos).
Fonte: cienciahoje
3v
4 - Evidências Glaciais.
Wegener também baseou-se em evidências paleoclimáticas, como
aquelas que comprovam um importante e extenso evento de
glaciação no sul e sudeste do Brasil, sul da África, Índia, Austrália
e Antártica, há aproximadamente 300 milhões de anos. Em todos
esses lugares estrias impressas nas rochas dessa época indicam as
direções de movimento das antigas geleiras.
Tectônica de Placas- A. Wegner, deriva continental -
3v
Em cada uma das quatro edições do seu livro, Wegener acrescentou e
refinou as evidências que para ele já seriam provas convincentes da teoria
da Deriva Continental. Entretanto, ele nunca conseguiu responder
adequadamente as questões fundamentais de seus críticos, como por
exemplo: que forças seriam capazes de mover os imensos blocos
continentais?
Embora Wegener estivesse correto em afirmar que os continentes tinham se
afastado por deriva, sua hipótese acerca de quão rápido eles se moviam e
quais forças os empurravam na superfície terrestre mostrou-se errônea, o
que reduziu sua credibilidade entre outros cientistas. Com isso, suas
evidências não convenceram os céticos, os quais mantiveram que a deriva
continental era fisicamente impossível.
Ninguém havia proposto, ainda, uma força motora plausível que pudesse ter
fragmentado a Pangea e separado os continentes. Wegener, por exemplo,
pensava que os continentes flutuavam como barcos sobre a crosta oceânica
sólida, arrastados pelas forças das marés, do Sol e da Lua.
A ruptura veio quando os cientistas deram-se conta de que a convecção do
manto da Terra, poderia empurrar e puxar os continentes à parte, formando
uma nova crosta oceânica, por meio do processo de expansão do assoalho
oceânico.
Tectônica de Placas- A. Wegner, deriva continental -
3v
Foi durante a Segunda Guerra Mundial, com a necessidade militar de
orientar o movimento dos submarinos entre os obstáculos do fundo do mar
que ocorreu o desenvolvimento de equipamentos de exploração adequados,
como o sonar, que revelaram um fundo oceânico muito diferente da suposta
planície monótona com alguns picos e planaltos, que muitos imaginavam na
época.
Tectônica de Placas- exploração do fundo do mar -
Submersível
tripuladoROV Mapeamento
por sonarPerfuração
Observatório
permanente
3vTectônica de Placas
- relevo submarinho -
A partir do final dos anos de 1940, expedições oceânicas continuaram a
mapear o assoalho oceânico Atlântico utilizando novos equipamentos e
coletando milhares de amostras de rochas. Esses trabalhos permitiram
cartografar um gigantesco sistema de cadeias de montanhas submarinas,
denominadas de dorsais meso-oceânicas. Com o aperfeiçoamento do método
de datar rochas, os cientistas conseguiram determinar a verdadeira idade
das rochas do fundo oceânico. Descobriram que quanto mais perto das
dorsais meso-oceânicas as rochas eram muito mais jovens do que se
imaginava, enquanto que rochas próximas dos continentes eram cada vez
mais antigas, vindo assim corroborar com a Deriva Continental.
Rochas mais jovens(meio do oceano)
Rochas mais antigas(borda/litoral do oceano)
Rochas mais antigas(borda/litoral do oceano)
Fossa
oceânica Rifte
Dorsal oceânica
Talude
continental
Plataforma
continentalPlanície
abissal
3vTectônica de Placas
(morfologia/relevo do fundo do mar)
“F” Fossas oceânicas: locais onde a
crosta oceânica é destruída ou
deformada (choque ou encontro de
placas).
“D” Dorsais oceânicas: locais
de formação de crosta
oceânica cujas as rochas
constituem os fundos marinhos
(assoalho oceânico - basalto), a
partir de magmas que
ascendem do interior da Terra
(do Manto).
Local de separação de placas.
1Rifte ou vale - local da ascensão
da corrente de convecção do
Manto.
1
DF
3vTectônica de Placas
- morfologia/relevo do fundo do mar -
Rochas mais jovens(meio do oceano) Rochas mais antigas
(borda/litoral do oceano)
Rochas mais antigas(borda/litoral do oceano)
3vTectônica de Placas
- morfologia/relevo do fundo do mar -
As rochas mais recentes estão localizadas junto ao rifte. A idade das rochas
aumenta à medida que aumenta a distância do rifte.
3v
A direção do campo magnético terrestre pode ser normal ou inversa,
mudando regularmente ao longo do tempo geológico,
A orientação de minerais de ferro no basalto fica alinhada com a
direção do campo magnético terrestre existente no momento de
formação dessa rocha.
Esta característica permitiu descobrir um padrão simétrico de
inversões de polaridade, para ambos os lados a partir do rifte.
Sendo essa mais uma prova da “Deriva dos Continentes”.
Tectônica de placas- direção do campo magnético -
3vTectônica de placas- direção do campo magnético -
3vTectônica de Placas
- morfologia/relevo do fundo do mar -
“D” Dorsais oceânicas:
locais de formação de crosta
oceânica cujas as rochas
constituem os fundos
marinhos (assoalho oceânico
- basalto), a partir de magmas
que ascendem do interior da
Terra (do Manto).
Local de separação de
placas.
DF
No início da década de 1960, Harry Hess, da Universidade de
Princeton, e Robert Dietz, da Instituto Scripps de Oceanografia,
propuseram que a crosta separa-se ao longo de riftes nas dorsais
meso-oceânicas e que o novo fundo oceânico forma-se pela
ascensão de uma nova crosta quente nessas fraturas, ou seja, as
estruturas do fundo oceânico estariam relacionadas a processos de
convecção no manto. O novo assoalho oceânico - na verdade, o topo
da nova litosfera criada - expande-se lateralmente a partir do rifte e
é substituído por uma crosta ainda mais nova, num processo
contínuo de formação de placa.
3vTectônica de Placas
- correntes de convecção do manto -
Obs.: as correntes de convecção irão promover, resumidamente, três tipos
de limites ou placas, os limites divergentes - com afastamento de placas, os
limites convergentes - com choque entre placas tectônicas, e os limites
transformantes - com atrito paralelo entre as placas tectônicas. Esses
movimentos expressarão os processos tectônicos (terremotos e
vulcanismo), correspondendo as forças endógenas formadoras/modeladoras
do relevo, através, principalmente, da orogênese (oro = relevo);
A convecção move a água quente do
fundo para o topo, onde ela se esfria,
move-se lateralmente, afunda,
aquece-se e, novamente, sobe
Onde as placas convergem
uma placa resfriada é
arrastada sob a placa vizinha ... mergulha, aquece-se e, novamente, sobe
A matéria quente do manto ascende...
... levando as placas a se formar e divergir.
3vTectônica de Placas
- correntes de convecção do manto -
Vulcão
(Ponto Quente)Limite convergente
entre placas
Cordilheira
Limite divergente
entre placas
Limite convergente
entre placas
Vulcão
Fluxo de material quente
Fluxo de material frio
3vTectônica de Placas
- correntes de convecção do manto -
Placa Africana
Placa da Antártica
Placa Sul-Americana
Corte do manto mostrando o
material rochoso quente que
circula embaixo das placas
3vTectônica de Placas
- principais placas -
Zona de subducção
Limieste divergentes
Sentido do movimento
3vTectônica de Placas
- tipos de placas tectônicas, e seus diferentes limites/margens -
Limite transformante ou margem conservativa Limite divergente ou construtivo
Limites convergentes ou destrutivos
3vTectônica de placas
- modelo simplificado de quebra de um continente e abertura
de um oceano - semelhante a separação do Gondwana -
Placa da África
Placa da África
Placa da África
Placa da África
Oceano Atlântico
Oceano Atlântico
Placa da Am. Sul
Placa da Am. Sul
Placa da Am. Sul
Placa da Am. Sul
3vTectônica de placas
- modelo simplificado de quebra de um continente e abertura
de um oceano - semelhante a separação do Gondwana -
Limite divergente ou construtivo
Acontece quando as placas se afastam uma da outra (por exemplo a placa
Sul-Americana - “A” versus a Placa da África - “B”). O material quente do
manto saí pela abertura (rifte/fissura/vale), originando uma crosta oceânica
(assoalhado do oceano - basalto). A atividade vulcânica e sísmica é muito
variável (geralmente mais intensa no meio do oceano - no rifte/dorsal,
originado pela separação)
Limite divergente ou construtivo
Placa da ÁfricaPlaca da Am. Sul
Placa da ÁfricaPlaca da Am. Sul
Placa da ÁfricaPlaca da Am. Sul
3vTectônica de placas
- rift ou vale de separação do Chifre da África -
3v
A enorme fenda que pode separar o leste
da África do resto do continente localiza-
se em Mai Mahiu, um pequeno vilarejo
rural no sudoeste do Quênia, a 50 km da
capital, Nairóbi.
Há algo estranho: a terra começou a se
abrir. Desde então, a fenda no piso de
cimento das casa não parou de crescer,
fazendo com que muitas famílias fossem
evacuadas. A enorme fissura já tem
quilômetros de comprimento e alguns
metros de largura. Ela está ligada a uma
falha tectônica conhecida como Vale do
Rift.
Segundo os geólogos, esse é um sinal de
que, daqui a dezenas de milhões de anos,
a África pode ser separada em duas.
Assim como ocorreu com a América do
Sul, separada da África há 138 milhões de
anos, os geólogos estimam que chegará
um momento em que o leste da África
também se desprenderá do continente.
Tectônica de placas- rift ou vale de separação do Chifre da África -
3v
O Vale do Rift se estende por mais de 3 mil
km, desde o Golfo de Adén, no norte, até o
Zimbábue, no sul, dividindo a placa africana
em duas partes iguais. A fratura mais
interessante, começou na região de Afar,
no norte da Etiópia, há cerca de 30 milhões
de anos. Desde então, está se propagando
rumo ao sul, na direção do Zimbábue, a
uma média de 2,5 a 5 centímetros por ano.
Atualmente em Afar, a camada exterior
sólida da Terra, chamada de litosfera, tem
sido reduzida a ponto de a ruptura ser
quase completa. Quando a quebra estiver
completa um novo oceano começará a se
formar e, "em um período de dezenas de
milhões de anos, o leito marinho avançará
ao longo de toda a fenda". O oceano
inundará e, como resultado, o continente
africano ficará menor, e haverá uma grande
ilha no Oceano Índico composta por partes
da Etiópia, Somália, incluindo o Chifre da
África.Texto: BBC Brasil
Tectônica de placas- rift ou vale de separação do Chifre da África -
3v
"Continente perdido" no Atlântico é
do Brasil, avaliam geólogos.
Alto do Rio Grande seria
continuação geográfica do país.
Solicitação internacional para
incorporar elevação e ampliar
formalmente os limites da
plataforma continental brasileira foi
protocolada.
O mineral silicato de zircônio,
também conhecido por zircão, foi
fundamental para pesquisadores
descobrirem a origem e a idade do
chamado “continente perdido”, a
cerca de 1,3 mil km de Porto
Alegre.
A análise do zircão encontrado no
local permite novas interpretações
sobre a ruptura continental ocorrida
há cerca de 80 milhões de anos,
quando América do Sul e África se
separaram. Esta ruptura teria dado
origem ao elevado em questão.
O continente perdido- localização do Alto do Rio Grande -
3v
Para se ter uma ideia, a rocha mais antiga do oceano tem 230 milhões de anos. Na
região do Alto do Rio Grande, há rochas de 540 milhões de anos, 480 milhões e até de
dois bilhões de anos. Nas missões brasileiras a essa área, encontraram: ortognaisse,
granito, monzogranito, leucogranito, granolito. Todas são metamórficas - sofreram
modificação em sua composição mineralógica devido à influência das diferentes
condições do ambiente em que estão inseridas - e foram formadas em zonas de colisão.
Segundo o professor, isso significa, neste caso, que elas foram formadas a partir do
choque de dois continentes - América do Sul e África.
O continente perdido- localização do Alto do Rio Grande -
3v
Os pesquisadores conseguiram levantar
dados e informações suficientes para
comprovar que a região é um
prolongamento natural da margem
continental brasileira. De acordo com a
Convenção das Nações Unidas sobre o
Direito do Mar, quando um Estado costeiro
solicita essa extensão de limites,
imediatamente – independentemente de
haver ocupação, nominação ou
proclamação formal – passa a exercer
direitos exclusivos de soberania sobre
solo e subsolo marinhos daquela região,
mesmo antes de o pedido ser analisado ou
de serem emitidas as recomendações.
A elevação é rica em minérios e ainda não
explorada. Se a submissão for acatada
integralmente, a área da plataforma
continental sob jurisdição do Brasil poderá
aumentar em quase um milhão de km²!http://www.unbciencia.unb.br/exatas/45-geociencias/636-
continente-perdido-no-atlantico-e-do-brasil-avaliam-
geologos
O continente perdido- localização do Alto do Rio Grande -
3vTectônica de placas
- processo de subducção, formação da cordilheira dos Andes -
Quando uma placa oceânica (mais densa, SiMa) encontra uma placa
continental (menos densa, SiAl), a placa oceânica entra em subducção
(mergulho) e o cinturão de montanhas vulcânico é formado na margem, limite,
borda da placa continental.
Fossa do Peru-Chile
Cordilheira dos Andes
Placa Sul-
Americana
Oceano Pacífico
3vTectônica de placas
- processo de subducção, formação da cordilheira dos Andes -
Convergente ou destrutiva
Acontece quando as placas se movem uma em direção à outra. Quando isso
acontece, ocorrem dois tipos de comportamento:
1 - quando as placas têm densidades muito diferentes (placa oceânica de
Nazca, menos espessa, porém mais densa versus placa continental da
América do Sul, mais espessa, porém menos densa), uma placa (mais densa,
como a Placa de Nazca) afunda sub a outra, formando as chamadas zonas de
subducção. Gera fortes abalos sísmicos, erupções vulcânicas e a formação
de montanhas (orogênese, formação de relevo/borda de placa). Esse
processo é responsável pelo surgimento/formação da Cordilheira dos Andes.
Placa da
Am. Sul
Fossa do Peru-Chile
Oceano Pacífico
Andes
3vTectônica de placas
- processo de obducção, formação do Himalaia -
Quando duas placas continentais colidem, a crosta, superfície, placa é
amassada e espessada, formando altas montanhas e um amplo planalto.
Cordilheira do
Himalaia
Planalto do
Tibete
Placa Eurasiana
3vTectônica de placas
- processo de obducção, formação do Himalaia -
Convergente ou destrutiva
2 - quando as placas têm densidade semelhantes (placa continental da Índia
versus placa continental Eurásia/Ásia), elas colidem uma com a outra e se
comprimem, configurando o processo de obducção. Os terrenos entre elas
são erguidos, formando altas montanhas. Esse tipo de limite gera fortes
abalos sísmicos. Esse processo é responsável pelo surgimento da Cordilheira
do Himalaia.
Cadeia
montanhosa
Planalto
elevado
Crosta, placa continentalCrosta continental
Antiga crosta oceânica
AstenosferaAstenosfera
Lit
osfe
ra
Índia China
3vTectônica de placas
- áreas orogenéticas ou montanhosas -
Cadeia
do Atlas
Cordilheira
dos Andes
Montanhas
Rochosas
Cordilheira
do Himalaia
3vTectônica de placas
- equilíbrio isostático -
O conceito de isostasia é
fundamental para a
compreensão de como ocorre o
equilíbrio das massas
continentais e o processo de
evolução do relevo.
O modelo de Airy (imagem ao
lado) propõe que a camada
superior rígida tem a mesma
densidade, menor que a do
substrato, que é plástico, e que
a profundidade de cada bloco
depende de sua espessura:
quanto mais espesso, mais alto
o relevo, mas também mais
profunda a “raiz” do bloco que
adentra o substrato.
ÁguaNível do mar
Modelo de Airy
Um outro modelo, o de Pratt, postula que a parte superior rígida é composta
por blocos de igual profundidade, mas de densidades diferentes (sobre o
substrato de densidade maior que todos eles), sendo as menores densidades
as correspondentes aos blocos de relevo mais alto.
3vTectônica de placas
- equilíbrio isostático -
Características gerais
A isostasia pode ser definida como
sendo o estado de equilíbrio das
massas continentais que “flutuam”
sobre o manto:
Procura explicar a presença das
terras emersas e dos soerguimentos
que nela ocorrem pelo mecanismo de
compensação de perda de peso;
Quanto mais pesada a camada
litosférica mais ela “afunda” no
manto, as porções de relevo mais
altas, como as montanhas, se
equilibram mantendo “raízes” mais
profundas na astenosfera.
A crosta terrestre, por ser mais
pesada “afunda” muito mais no manto
que a crosta oceânica, mais leve, as
rochas graníticas constituintes da
crosta terrestre possuem densidade
menor que as rochas basálticas
predominantes na crosta oceânica.
ÁguaNível do mar
Modelo de Airy
Equilíbrio isostático
Ocorre quando não há movimentos
verticais (subsidência - rebaixamento,
ou soerguimento - elevação)
causados, respectivamente, por
ganho ou perda de massa na
superfície. Afundamento: formação de
geleiras e derrame vulcânico.
Soerguimento perda de massa:
derretimento de geleiras ou erosão.
3vTectônica de placas
- processo de subducção, formação do arquipélago do Japão -
Ilhas
Japonesas
(arquipélago
vulcânico)Fossa do
Japão
Placa Eurasiana
Quando duas placas oceânicas se chocam, convergem, formam uma fossa
profunda no mar, e um arco de ilhas vulcânico em seus limites.
3vTectônica de placas
- processo transformantes ou conservativo, Falha de Santo André -
A Falha de Santo André na
Califórnia, onde a Placa do Pacífico
desliza em relação à Placa Norte-
Americana, é um ótimo exemplo de
uma falha transformante em
continente. Pelo fato das placas
terem se deslocado uma em relação
à outra durante milhões de anos, as
rochas contíguas nos dois lados da
falha são de tipos e idades
diferentes.
Em limites onde as placas deslizam uma em
relação à outra, a litosfera não é nem criada nem
destruída. Esses limites são falhas
transformantes: fraturas ao longo das quais
ocorre um deslocamento relativo à medida que o
deslizamento horizontal acontece entre blocos
adjacentes. Os limites de falhas transformantes
são tipicamente encontrados ao longo de dorsais
meso-ceânicas, onde o limite divergente tem sua
continuidade quebrada, sendo deslocado num
padrão semelhante a um escalonamento.
3v
A Falha de Santo André na
Califórnia, onde a Placa do Pacífico
desliza em relação à Placa Norte-
Americana, é um ótimo exemplo de
uma falha transformante em
continente. Pelo fato das placas
terem se deslocado uma em relação
à outra durante milhões de anos, as
rochas contíguas nos dois lados da
falha são de tipos e idades
diferentes.
Em limites onde as placas deslizam uma em
relação à outra, a litosfera não é nem criada nem
destruída. Esses limites são falhas
transformantes: fraturas ao longo das quais
ocorre um deslocamento relativo à medida que o
deslizamento horizontal acontece entre blocos
adjacentes. Os limites de falhas transformantes
são tipicamente encontrados ao longo de dorsais
meso-ceânicas, onde o limite divergente tem sua
continuidade quebrada, sendo deslocado num
padrão semelhante a um escalonamento.
Tectônica de placas- processo transformantes ou conservativo, Falha de Santo André -
3vTectônica de placas
- processo transformantes ou conservativo, Falha de Santo André -
3v
Os hotspots (“pontos quentes”) se referem à atividade vulcânica intraplaca
(dentro) tectônica. São áreas no interior de algumas placas tectônicas em
que há a ocorrência de vulcões e a possibilidade de tremores de terra. Esse
tipo de vulcanismo origina vulcões isolados no interior das placas
continentais, além de ilhas e vulcões no interior de placas oceânicas, que
são placas que se movimentam sobre um ponto quente fixo.
Tectônica de placas- ponto quente ou hot spot, caso do Havaí -
3v
Neste sentido, o hotspot representa um ponto fixo no interior da Terra, que
se localiza na direção do interior de uma placa tectônica oceânica ou
continental, placa esta que se desloca. É aí onde fica a câmara magmática.
Essa conjunção entre o deslocamento da placa tectônica em uma área
instável e um ponto fixo, onde fica o magma, leva à formação contínua de
vulcões, enquanto os antigos se tornam extintos por não ter condições de
entrar em atividade, já que não possuem uma câmara magmática. Apenas o
último vulcão formado permanece ativo, como é o caso do Havaí.
Tectônica de placas- ponto quente ou hot spot, caso do Havaí -
3vTectônica de placas
- ponto quente ou hot spot, caso do Havaí -
O Havaí é formado por uma longa cadeia - mais de 200 km de extensão – de
ilhas vulcânicas. Neste arquipélago, a ilha do Havaí é a única
vulcanicamente ativa, ou seja, que possui vulcões que a qualquer momento
podem entrar em erupção.
3vTectônica de placas
- Círculo, cinturão ou anel de Fogo - Oceano Pacífico -
Oceano Pacífico
Oceano Índico
Oceano Atlântico
3v
O Círculo de Fogo (ou Anel de Fogo) é uma área com elevada instabilidade
geológica localizada no Oceano Pacífico, abrangendo o Oeste das Américas e
o Leste da Ásia e da Oceania. Com uma extensão de 40 mil km, esse cinturão
possui um formato que lembra uma ferradura ou um semicírculo. É
basicamente constituído por cadeias ou cordilheiras de montanhas, fossas
oceânicas (profundos vales) e arcos de ilhas vulcânicas.
Essa zona de instabilidade é responsável pela maioria dos terremotos que
ocorrem sobre a superfície terrestre.
Tectônica de placas- Círculo, cinturão ou anel de Fogo - Oceano Pacífico -
3v
Essa zona de instabilidade é
responsável pela maioria dos
terremotos que ocorrem
sobre a superfície terrestre.
Ela existe em virtude do
atrito e movimento entre
várias placas tectônicas.
Enquanto as placas
distanciam-se na região do
Oceano Atlântico, na costa
dos continentes americano e
asiático, elas colidem-se,
modificando o relevo e
proporcionando abalos
sísmicos e a proliferação de
vulcões.. Cerca de 90% dos
terremotos mundiais
aconteceram ali.
Mais de 450 vulcões, incluindo três dos quatro mais ativos do mundo - o Monte
Santa Helena, nos EUA, o Monte Fuji, no Japão, e o Monte Pinatubo, nas
Filipinas - estão localizados no Círculo de Fogo.
Tectônica de placas- Círculo, cinturão ou anel de Fogo - Oceano Pacífico -
3v
Obs.: os recentes terremotos do Haiti e Chile
promoveram mais de 200 mil mortes no continente
americano. Observe a proximidade das placas do
Caribe (Haiti) e a placa da América do Norte, assim
como, o choque da placa de Nazca com a placa da
América do Sul (Chile);
Tectônica de placas- placas tectônicas: zonas sísmicas e vulcânicas -
Cinturão, círculo
de fogo
Cinturão,
círculo
de fogo
3vTectônica de placas
- terremoto no Haiti -
Tremor de 7 graus na escala Richter atingiu a capital do Haiti, Porto Príncipe,
na tarde da terça-feira, 13 de janeiro, causando a morte da médica
sanitarista Zilda Arns Neumann, fundadora da Pastoral da Criança, além de
11 militares brasileiros que integravam a missão de paz da ONU no país.
3vTectônica de placas
- placas tectônicas: zonas sísmicas e vulcânicas -
Obs.: o Brasil até o ano de 2008 não havia registrado nenhum incidente fatal,
decorrente de tectonismo. Nossos tremores são reflexos de abalos andinos,
ou acomodação de falhas tectônicas - pois nosso território localiza-se
distante das bordas/limites de placas tectônicas;
3vTectônica de placas
- tectonismo: abalo sísmico ou terremoto -
Os sismos, também chamados de tremores de terra, abalos sísmicos ou
terremotos, são fortes tremores de terra originados pela liberação da energia
acumulada no interior da Terra, gerando ondas sísmicas. Geralmente, estes
tremores ocorrem devido à ocorrência de atividade vulcânica, ocasionado
pela pressão interna da Terra ou pelo choque de placas tectônicas. O choque
libera energia, e, quando esta não consegue soerguer à terra, ocorre um
terremoto.
3v
Existem dois pontos a serem destacados: o hipocentro e o epicentro. O
epicentro é o local na superfície terrestre pelo qual a energia consegue ser
extravasada, onde se sentem os efeitos do terremoto, e o hipocentro é o
local no interior da crosta terrestre onde ocorre a liberação da energia do
choque entre as placas.
Quando os sismos ocorrem na superfície terrestre, eles se manifestam na
forma de um terremoto, tremores que deslocam o solo e tudo o que estiver
acima dele. Quando a origem do sismo é no fundo do oceano, ele pode
ocasionar os tsunamis, grandes deslocamentos de água do mar em direção
ao continente.
Tectônica de placas- tectonismo: abalo sísmico ou terremoto -
3vTectônica de placas
- Escala Richter -
Ondas
primárias
Ondas
secundárias
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Entenda os efeitos dos terremotos. Os sismólogos utilizam a Escala Richter -
de magnitude para representar a energia sísmica liberada por cada abalos
sísmico.Menos de 3,5 3,5 a 5,4
5,5 a 6,0
6,1 a 6,9
7,0 a 7,9
8 graus ou mais
Geralmente
não é sentido,
mas pode ser
registrado
Frequentemente
não se sente,
mas pode causar
pequenos danos
Pode causar
danos graves em
regiões onde
vivem muitas
pessoas
Terremoto muito
forte, causa
destruição total na
comunidade atingida
e arredores
Ocasiona
pequenos danos
em edificações
Terremoto de
grande proporção,
causa danos
graves
Obs.: a Escala Richter vai de 0 a mais infinito;
3vTectônica de placas- tectonismo: vulcanismo -
A atividade vulcânica, antes de chegar a ser vista na superfície terrestre, é
precedida por alguns processos que devem ser destacados. No interior da
Terra, o magma se movimenta no que chamamos de câmara magmática,
(camada interna da Terra, intermediária entre a crosta e o manto inferior).
Essa câmara se localiza abaixo do vulcão.
3vTectônica de placas
- tectonismo: vulcanismo -
Sob determinada temperatura e pressão - já que a temperatura e a pressão
variam de acordo com as características dos materiais internos da Terra -,
esse magma é forçado a subir pela chaminé vulcânica. Por fim, chega à
superfície terrestre como lava, magma, sob a forma de erupção ou derrame.
Quando o magma - substância pastosa composta por líquidos, cristais e gases
como vapor d’água, dióxido de carbono e óxidos de enxofre e de nitrogênio - é
expelido, também são liberados fumaça e piroclastos (pedras), isto é,
fragmentos de rochas vulcânicas, podendo alcançar alguns quilômetros de
distância do vulcão.
3v
O vulcão brasileiro é estudado
desde 1998 por geólogos da
universidade de São Paulo (USP).
O gigante adormecido fica
localizado em uma região
conhecida como Uatumã, que se
espalhava abrange terras dos
Estados do Amazonas, de Mato
Grosso, do Pará, de Roraima, e se
estende até a Venezuela e o
Suriname. A região fica próxima
dos rios brasileiros Jamanxin e
Tapajós.
O vulcão Amazonas já foi ativo há
milhares de anos e, segundo os
geólogos, o risco do gigante
voltar às atividades é
praticamente nulo.
Tectônica de placas- tectonismo: vulcanismo -
O vulcão mais antigo do mundo
se chama Amazonas, é um
vulcão inativo, com 1,9 bilhões
de anos e está localizado no
Brasil.