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8/16/2019 Projeto de Pesquisa 2013_Antonio Janunzi Neto _versão Final
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
Projeto de Pesquis
A Relação entre Conceito, Objeto e Coisa em Tomás de Aquino
Antonio Janunzi Neto (C!"#
$arço%&'1
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&
I- IDENTIFI!AÇÃO
"#Ddos do $oorde%dor
Nome) Antonio Janunzi Neto
C*") 11'+-+../0& $atrcula) .10010'
2ndereço residencial) Rua A, n3 0&, "eira 45+
C2*) '&1/''' Cidade) "eira de 6antana "one) (&1#0&/&.
Celular (.1# -&'&7.& 2/mail) antton8us98a:oo+com+br
De&rt'e%to( C!" )re de !o%*e$i'e%to( "iloso;ia
!r+o,Fu%.o( *ro;essor Assistente
V/%$u0o E'&re+t/$io( Situ.o ( < # Ati=o ( # A>osentado
Re+i'e de Tr10*o( ( # &': ( # ': ( < # edicação 2
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Nture3( ( # e>artamental ( # 5nterde>artamental
( # 5nterinstitucional ( < # 5ndi=idual
Resu'o do Projeto
O >rojeto de >esquisa tem >or objeti=o o;erecer al@umas consideraçBes
;undamentais sobre a relação entre e conceito e objeto em Tomás de Aquino e as
inter>retaçBes ;ormuladas >elo Realismo ireto e >elo Re>resentacionalismo+ *ara
isso, será desen=ol=ido um >ercurso terico, inicialmente, de cun:o eositi=o/
analtico sobre o con:ecimento sens=el e inteli@=el se@undo a sua ocorrDncia terocurar/se/á estabelecer as
>rinci>ais teses das duas inter>retaçBes citadas, >rinci>almente a >artir da análise da
noção de identidade formal e tambEm da noção de similitude+ Considerar/se/á neste
>ercurso =ários elementos da crtica que >ode ser ;eita ao Realismo ireto >ela
>ers>ecti=a re>resentacionalista como a crtica ;eita >elo Realismo direto ao
Re>resentacionalismo+
+
*ala=ras/C:a=e) Tomás de Aquino, Conceito, Species, Objeto, Coisa+
*erodo de e
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na tentati=a de resolução desta questão que sur@em as duas inter>retaçBes
que serão consideradas como objeto do >rojeto) o Realismo ireto e o
Re>resentacionalismo+
A aborda@em do status quaestionis da relação do conceito com objeto em
Tomás, bem com suas =ariá=eis inter>retati=as, Realismo ireto e
Re>resentacionalismo, será ;eita em trDs >artes ;undamentais+ A >rimeira e se@unda
>artes são ere>aração do leitor >ara
uma justa e razoá=el com>reensão das >ro>osiçBes tomistas, tanto sobre o
con:ecimento sens=el quanto sobre o con:ecimento inteli@=el+ *or sua =ez, a terceira
>arte será um desen=ol=imento das su>racitadas inter>retaçBes em suas
ar@umentaçBes de de;esa >r>ria e crticas mGtuas+
A eosição analtica da >rimeira e se@unda >arte de=e ser considerada com um
>rocesso terico e metodol@ico essencial >ara se com>reender com am>litude a
natureza do status quaestionis, >ois mesmo que o >roblema seja sobre a natureza da
relação do conceito do intelecto com a coisa, uma noção >rE=ia da natureza do
con:ecimento sens=el e da natureza do >rocesso abstrati=o E ;undamental >ara um
encamin:amento resoluti=o da questão, >ois em Tomás não :á intelecção da coisa
sem a contribuição dos sentidos, e o intelecto, >or sua ati=idade >r>ria, con:ece na
coisa al@o que os sentidos não alcançam (a sua quididade#+
de se e=idenciar que tanto a >arte eositi=o/analtica quanto a >arte que
considera >ormenorizadamente as atitudes inter>retati=as que =isam dar conta
resoluti=amente do su>racitado status quaestionis não são um es;orço terico ori@inal
ou recente, dado que todos os ;ilso;os da escola tomista1 ou >esquisadores da
1 entre os mais anti@os >ode/se citar) João Ca>reolo L1M/1, Tomás de 4io
Caetano L110/17, João de 6anto Tomás L17M-/10+ Já no neotomismo, cita/se)arri@ou/Pa@ran@e L1-../1-0, Jacques $aritain L1MM&/1-., tienne ilson L1MM/1-.M, CornElio "abro L1-11/1--7+
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;iloso;ia de Tomás esti=eram em>en:ados na tentati=a de eor e inter>retar seus
teara uma mel:or com>reensão, mas tambEm >ara ter um a=anço terico
na elicitação ;ilos;ica da natureza e do modo >ela qual o :omem, >or ;aculdades
distintas, tDm acesso co@nosciti=o K coisa+
*ortanto, considerando/se toda a @ama de >rodução teretes ao lon@o dos sEculos, bem como a >ro;undidade do status quaestionis da
relação entre conceito objeto, esta >esquisa não a>resentará um cun:o asserti=o ou
resoluti=o das inGmeras questBes suscitadas >ara elicar o >rocesso de intelecção do
objeto+ Com isso, o que se >ro>Be como ;inalidade nesta em>resa E o
estabelecimento de elementos introdutrios >ara a re;erida >roblemática e suas
>ossibilidades inter>retati=as+
Pro10e' de Pesquis e 4usti7i$ti8
de se notar que ao lon@o do sEculo QQ dentro da escola tomista :ou=e uma
multi>licidade de con;litos :ermenDuticos& >rinci>almente sobre as teses @nosiol@icas
do Aquinate, e, sobretudo, as que ;azem re;erDncia K relação do conceito com a coisaenquanto objeto con:ecido+ A >rinci>al causa a>arente destas distintas atitudes
inter>retati=as >ode ser entendida com uma tentati=a resoluti=a dos >roblemas
idealista :erdados da ;iloso;ia moderna F >rinci>almente das >ro>osiçBes cartesianas
sobre a ;unção da ideia+ e acordo com o autor das Meditações metafísicas a ideia ou
o conceito são elementos nocionais re>resentati=os da realidade, da coisa+ 2 o sentido
cartesiano de re>resentação E que s se >ode ter con:ecimento de uma coisa ;ora do
& C;+ $AN65ON+A+L;
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sujeito mediante a ideia que o >r>rio sujeito tem dela ou, em outros termos, a
re>resentação E tornar >resente K consciDncia uma coisa que está ali no lu@ar de
outra coisa+U Com isto, >oderia se in;erir >arcialmente que tanto o sistema cartesiano
quanto o tomista são baseados na ;unção re>resentati=a do conceito ou da ideia >ara
a elicação do con:ecimento intelecti=o da coisa+ *ois de acordo com o Aquinate, o
conceito tambEm E uma similitude da coisa7 e similitude >or re>resentação+0 Com isso,
:a=eria uma concordHncia terica entre os dois re;eridos sistemas @nosiol@icos neste
>ontoI
Neste sentido, al@uns autores >ro>Bem que mesmo que seja a>arentemente
estran:a >ara a >ers>ecti=a tomista uma conciliação >arcial. com a ;unção da ideia no
sistema cartesiano, a noção de similitude como re>resentação de=e ser a>licada K
inter>retação dos teec;ico sentido, ele >ode ser dito
como um re>resentacionalista+M
Al@uns tomistas- res>onderam ne@ati=amente K questão da identi;icação da
;unção do conceito tomista com a ;unção das idEias cartesiana F e,
C;+ Carta a ibieu;, de 1- de janeiro de 10&, Oeuvres Philosophiques de Descartes (OPD#, edição "+ AlquiE, *aris, arnier, 1-., =+ 55, >+ -'7+ PAN5$ "5P!O, Raul "erreira+ E8id?%$i e Verdde %o Siste' !rtesi%o+ 6ão*aulo) Po8ola, >+01
7 C;+ ST+ q+1, a+1+0 C;+ De Verit+ q1', a+ ad++. Como será =ista >osteriormente nesta ar@umentação a conciliação não E total, >ois no Aquinate a s>ecies intencional ou conceito não E o objeto direto do con:ecimento, massim o meio pelo qual o intelecto con:ece+ No entanto, >ode/se dizer que :á um ti>o deconciliação >elo ;ato de se considerar a similitude com uma ;unção intermediária >orre>resentação entre intelecto e a coisa enquanto objeto+ $esmo assim, ainda não está>osto a natureza es>ec;ica dessa ;unção intermediária+ Neste sentido+ *anaccio >ro>Beo se@uinte) *or re>resentacionalismo, eu =ou si@ni;ica L+++ qualquer teoria da co@niçãoque atribui um >a>el crucial e indis>ensá=el >ara al@um ti>o de re>resentação mental+U(*ANACC5O, Claude+ Aqui%s o% I%te00e$tu0 Re&rese%ttio%# >+ 7#M e=e/se lembrar que a >ro>osta que será a;irmada neste arti@o sobre inter>retaçãore>resentacionalista de Tomás não se identi;ica totalmente com o re>resentacionalismo,>ois mesmo que se admita a noção de similitude >or re>resentação no >rocessoco@niti=o intelectual, ainda se tDm ;ortemente a ;undamental tese de que o objeto>r>rio do intelecto :umano são as quididades das coisas matErias (ST# q+M, a+.#+*ortanto, o re>resentacionalismo de Tomás não E identi;icado aqui com ore>resentacionalismo da ;iloso;ia moderna cartesiana como R+ *asnau >ro>Vs) não :ádi;erença conceitual radical entre o >a>el das >rimeiras idEias modernas do >a>el dass>ecies de Aquino+W 2le >arte do >ressu>osto, caracterstico da ;iloso;ia do sEculo Q455,que os objetos imediatos e diretos de a>reensão co@niti=a são as nossas im>ressBes
internas+ 6ua >osição sobre esta questão E sutil e interessante+ $as não E radicalmentedistinta da teoria moderna+ (C;+ *A6NAX, Robert+ T*eories o7 !o+%itio% i% t*e Lter@idd0e A+es+ Cambrid@e Y NeZ [or\) Cambrid@e Xni=ersit *ress, 1--., >+&-#+
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inde>endentemente das moti=açBes tericas, isto ;oi ;eito de modo en;ático e
erinci>ais razBes le=antadas são) 1# o
re>resentacionalismo não tem ;undamento teelos moldes da noção de re>resentação a
intelecção :umana está ;adada aos su>ostos >roblemas do idealismo moderno, ou
seja, não >arece ser >oss=el qualquer tido de re>resentacionalismo em Tomás de
Aquino dado a >reocu>ação tanto com o ceticismo quanto o idealismo+1'
!istoricamente, esta Gltima razão >arece ter sido o motor >ro>ulsor de =ários tomistas
tradicionais, >ois o realismo de Tomás somente se sustentaria se se a;irmasse o
con:ecimento intelectual da coisa sem qualquer mediação re>resentati=a, dado que
se ;osse o contrário, o >rimeiro con:ecido seria o conceito e não a >r>ria coisa
enquanto objeto do >ensamento+
Neste sentido, o >r>rio tearece a>ontar >ara uma direção não
re>resentacionalista do conceito (realismo direto#, >rinci>almente a >artir al@umas
;undamentais a;irmaçBes neste conteretati=o, a saber) 1# intellectus in actus
est intelleligibile in actu11 / em concordHncia com o adá@io aristotElico, da identidade
entre intelecto em ato e inteli@ido em ato no ato de intelecção, a a;irmação do objeto
>r>rio do con:ecimento intelecti=o como sendo a quididade das coisas materiais1& /
não o conceito de al@o como na teoria das idEias cartesianas F e # os modos de ser
da ;orma) esse intentionale e esse naturale13+
As re;erentes >remissas >arecem e=idenciar teoricamente que a coisa
enquanto objeto con:ecido está no sujeito, de um modo es>ec;ico, diretamente, isto
E, sem nen:um intermediário ;uncional, >ois se o conteGdo de um conceito E a forma1
da coisa enquanto objeto >resente na alma do co@noscente de modo intencional não
:á necessidade de se a;irmar o conceito como sendo re>resentati=o de al@o, >ois ele
- entre eles >ode/se citar, >or >arte dos tomistas tradicionais) Jacques $aritain]tienne ilson+ 2 =ários outros intEr>retes dos te, 1-711 O intelecto em ato e o inteli@=el em ato são uma mesma coisaU (!o%t# Ge%t+ 55, 7-#+1& C;+ ST+ q+ M, a+M+1 C;+ ^2NN[, Ant:on8+ I%te%tio%0itB Aqui%s %d Citt+e%stei%! >+ &/&
1 Ontolo@icamente, ;ormaU em Tomás se re;ere Kquilo que determina o ato daessDncia do ente+ nosiolo@icamente, ;ormaU E tambEm >rinci>io de inteli@ibilidade e,>or isso, de co@noscibilidade+ (De e%te+ ca>+ 55#
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E, de al@um modo, idDntico a >r>ria coisa+
*ortanto, dado o su>racitado, uma questão emer@e desta dualidade inter>retati=a dos
teEcie ou do conceito no
>rocesso de atualização do con:ecimento) o conceito se relaciona com o objeto como
uma similitude re>resentati=a ou :á uma identidade formal entre es>Ecie intencional e
a ;orma da coisa con:ecidaI
A @eral e >rinci>al tese do realismo direto E encontrada na noção de identidade
formal como sendo a identidade entre a coisa enquanto objeto de intelecção e o
intelecto em sua o>eração+ 2ntretanto, em =ia de elicação, de=em/se estabelecer os
se@uintes elementos que constituem a noção central desta inter>retação) 1# os terinci>ais ar@umentaçBes desta
>ro>osta inter>retati=a+
No incio do ca>tulo 4 de seu arti@o Philosoph" of Mind , ao ;alar sobre o modo
do con:ecimento :umano, Norman ^retzmann a;irma o se@uinte)
A @arantia de acesso E totalmente direta, ao >onto da identidade ;ormal
entre o objeto eara o entendimento da noção de identidade ;ormal E a
circunstHncia na qual ocorre essa es>ec;ica identi;icação) ao conhecer o ob#eto+ A
identidade entre coisa e ;aculdade de con:ecimento somente acontece quando ela se
torna objeto de con:ecimento >resente em ato na ;aculdade em ato+ 2, >or sua =ez, E
essa identidade no ato que o >r>rio Aquinate >ro>Be) o intelecto em ato e ointeli@=el em ato são a mesma coisa da mesma maneira que os sentidos em atos e os
sens=eis em ato+10U A identidade >ro>osta E uma identidade que ocorre no ato de
sensibilidade ou inteli@ibilidade quando se identi;icam con:ecedor e con:ecido, e isto
@arante a objeti=idade da atualização da ;aculdade em relação K coisa que E seu
objeto+ Toda=ia, uma questão sur@e) o que le@itima esta identidade no atoI
17 ^R2T_$ANN, Norman+ P*i0oso&*B o7 @i%d, in !'1rid+e !o'&%io% to
Aqui%s+ 2d+ Norman ^retzmann and 2leonore 6tum>+ Cambrid@e) Xni=+ *ress, &''0, >1M+10 !o%t# Ge%t# 55, 7-+
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*ara res>onder a esta questão de=e/se ;azer menção a al@o que E am>lamente
debatido >elos tericos da ;iloso;ia do Aquinate, a saber, os dois >oss=eis modos de
ser de uma Gnica ;orma+ e acordo com esta a;irmação s :á identidade ;ormal entre
o intelecto ou sentidos e as >ro>riedades da coisa enquanto inteli@=el ou sens=el
>orque aquela >ode ser instanciada ou eli;icada de dois modos+ *ara elicar
esta >ossibilidade modal ^enn8 sintetizando a elicação de *+ eac: 1. a;irma o
se@uinte)
O que ;az uma sensação ou >ensamento de um Q ser de um Q E que
ele E uma ocorrDncia indi=idual da >r>ria ;orma ou natureza que ocorre
em Q F E assim que nossa mente c:e@a atE as realidadesU, o que ;az
que seja um sensação ou >ensamento de um Q (+++# E que ocorre de
modo es>ecial, c:amado esse intentionale e não na ;orma comumUc:amada esse naturale+1M
A identidade ;ormal no ato de co@nição E justi;icada >elos dois >oss=eis modos de
eode eortanto, são os seus modos de
ser+
No entanto, um >roblema >oderia sur@ir diante desta a;irmação da du>la
1. O que será utilizado da teoria de eac: E sua noção @eral de que a ;orma >ode serinstancia de dois modos) natural e intencional+ *or sentido delimitati=o não se trataráaqui dos >roblemas da inter>retação que eac: ;az dos tereciso ;azer uma distinção real entre ;orma e a eara tal distinção, aocontrário do que eac: diz+ Não ;az >arte da doutrina de Tomás de Aquino que :á umamesma ;orma indi=idualizada de ca=alo que ocorre em um ca=alo >articular, com essenaturale, e ocorre tambEm em min:a mente como esse intentionale+ O que temos sãoduas indi=idualizaçBes di;erentes da mesma ;orma, não duas eelo seu >ensador+U(^2NN[, Ant:on8+ I%te%tio%0itB Aqui%s %d Citt+e%stei%# >+ &M#+1M C;+ 5bidem! >+ &0&+
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eoss=el encontrar correlato
teode/se citar a
se@uinte >assa@em e, >osteriormente, com>ará/la com a inter>retação acima)
Xma natureza F di@amos a natureza :umana F que >ode ser >ensada
uni=ersalmente tem dois modos de eela natureza e outra imaterial, no intelecto1-+
A >artir desta re;erDncia >ode/se concluir, a>arentemente, que a inter>retação do
realismo direto da du>la modalidade de ela e
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dos sentidos e a intencionalidade do intelecto, >ois no >rimeiro, mesmo que a ;orma
seja >resente na sensibilidade sem a matEria individuali&adora, esta ;orma >resente
de modo intencional nos sentidos ainda >reser=a as caractersticas >articulares da
coisa&+ 2m contra>artida, a intencionalidade da ;orma no intelecto E totalmente
imaterial&7, de acordo com dois >rinc>ios) ato de abstração&0 e a natureza imaterial do
intelecto&. a tal >onto, como a;irma ^enn8, que a caracterstica do >ensamento
intelectual, seja de :omens e anjos, E que a eers>ecti=a tomista, a ;orma ou natureza intencional >resente na ;aculdade
de con:ecimento E dita como species (sens=el&- ou inteli@=el'#+ 2sta species, sendo
a >resença da ;orma ou natureza da coisa na ;aculdade de con:ecimento, E descrita
comumente >or Tomás de Aquino como uma similitude+
A noção de similitude E um @rande >onto de discussão entre a >ers>ecti=a do
Realismo ireto e o Re>resentacionalismo, >ois se se inter>reta a species inteli@=el
como sendo uma semel:ança do objeto isto >ode causar uma re=ira=olta
:ermenDutica a ;a=or da tese da re>resentação em detrimento da noção de identidade
;ormal a;irmada >elo Realismo ireto, dado que o Aquinate, re>etida e
& Os sentidos e a ima@inação são >otDncias li@adas aos r@ãos cor>orais e, >or isso,
a semel:ança das coisas são recebidas materialmente, ou seja, com condiçBesmateriais, no entanto, sem a matEria, moti=o no qual eles con:ecem o sin@ularU (DeVerit! q+&, a+0, ad+&+# &7 $esmo que a ;orma intencional no intelecto seja estritamente imaterial não se >odeidenti;icar intencionalidade com imaterial+ Neste sentido, ^enn8 elabora o se@uintear@umento) e=emos lembrar que a eios materiais indi=iduantes, mas retEm a mat'ria comum, >ro>riedade abstrataque erime a materialidade de um ente ;sico+U (C;+ PAN5$ "5P!O, Raul "erreira+ AQuest.o dos U%i8ersis Se+u%do Teori To'ist d A1str.o+ > &+&M ^2NN[,Ant:on8+ Aqui%s o% @i%d+ >+ 1'.&- ^R2T_$ANN, Norman+ T*e @et&*Bsi$s o7 !retio%, O
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sistematicamente, utiliza este termo >ara elicar a >resença da coisa con:ecida no
co@noscente)
e=e/se dizer que o inteli@ido está no que con:ece >or semel:ança+
>or isso que se diz que o inteli@ido em ato E o intelecto em ato,
enquanto a semel:ança da coisa con:ecida E a ;orma do intelecto+1
Os de;ensores do Realismo ireto inter>retam >assa@em assim como se o termo
similitude ou semel:ança não ti=esse um sentido ;orte de re>resentação+ 2les a;irmam
que a teoria da Aquinate sustenta em muitas outras >assa@ens a identidade & entre
objeto e ;aculdade+ *ortanto, se :á consistDncia nos escritos de Tomás de Aquino
de=e/se somente elucida sua teoria sobre a co@nição, como >ro>Be ^retzmann)
O ;ato de que essas a;irmaçBes ;ortes da identidade ;ormal são
eressas em termos de semel:ançaU >oderia su@erir que os
;undamentos da teoria de Tomás de Aquino da intelecção contDm uma
mistura du=idosa de realismo direto e re>resentacionalismo+ issi>ar
essa im>ressão de>ende de conse@uir uma =isão mais clara da
elicação de Aquino sobre os dados da co@nição, sua transmissão e
sua trans;ormação+
*ara o Realismo ireto a ocorrDncia terminol@ica de similitude de=e sem>re ser =ista
K luz de uma elicação @eral da natureza e >rocesso do con:ecimento :umano
se@undo os moldes da noção identidade ;ormal, isto E, em todo >rocesso de
con:ecimento sem>re :á a >resença da ;orma ou natureza da coisa se@undo seu
esse intentionale, ou seja, como uma species sens=el ou inteli@=el+
2m outro as>ecto o uso do termo similitude que o Aquinate se ser=e >ara elicar
o >rocesso de con:ecimento não de=e ser entendido como sendo uma semel:ança ouima@em da coisa+ Neste sentido, *erler ar@umenta)
>rimeira =ista, o nGmero im>ressionante de >assa@ens que Aquino
;ala sobre a similitude >arece endossar a inter>retação
1 ST+ q+M7, a+&, ad+1& `ualquer coisa inteli@=el E inteli@=el na medida em que E naquele que a@e como
co@noscente intelectualU (!o%t# Ge%t+ 55, .# ou a co@nição ocorre na medida em que ocon:ecido está dentro daquele que con:ece+U (ST+ q+10, 1# ^R2T_$ANN, Norman# P*i0oso&*B o7 @i%d# > 1M+
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re>resentacionalista+ Xm ol:ar mais atento nessas >assa@ens re=ela, no
entanto, que a similitude E um termo tEcnico que não de=e ser
entendida no sentido de semel:ança >ictricaU ou ima@em mentalU+
*ara Aquino, Q E uma semel:ança de [ se e somente se Q e [
>artil:arem da mesma ;orma+ 2le considera que a similitude se
;undamente em um acordo ou com>artil:amento de ;ormas+
A similitude não quer e=idenciar que o conceito E um meio intermediário entre o intelecto
e a coisa >or conter em si uma semel:ança da coisa, mas sim a noção de similitude E
um termo tEcnico >ara elicar o >eculiar com>artil:amento de ;orma entre o conceito
ou species de al@o, isto E, tanto a ;orma ou natureza da coisa quanto o conceito ou
species desta coisa na mente >artil:am da mesma ;orma+ 2 E nesta consideração que oconceito E descrito como uma semel:ança da coisa, unicamente >or com>artil:ar a
mesma ;orma que com>Be o objeto F em outros termos, a ;orma que ;az com que al@o
seja este al@o e não outro al@o E a mesma ;orma que ;az de um conceito ser sobre este
al@o e não outro al@o+ O termo similitude quer e=idenciar tecnicamente que nesta
relação (entre este conceito e esta coisa# :á um acordo ou >artil:a de ;orma+
*rosse@uindo com a ar@umentação, *erler não considera que o
Re>resentacionalismo seja a mel:or e mais adequada inter>retação, >ois não se >odedizer que Tomás tem um >osição re>resentacionalista sim>lesmente a >artir das suas
a;irmaçBes sobre a noção de similitude)
ada a com>reensão tEcnica do termo latino similitudo, seria
com>letamente errVneo atribuir uma >osição re>resentacionalista de
Aquino sobre a base de suas declaraçBes sobre a similitude+ *elo
contrário, estas declaraçBes ;alam claramente em ;a=or de uma =ersão
modi;icada do realismo direto+ *ois o que está imediatamente >resente
ao intelecto, quando a>reende uma es>Ecie de similitude qua (qual a
semel:ança de# E a ;orma de uma coisa F a ;orma mesma que tambEm
E >resente na coisa material+ Na =erdade, E a relação de identidade e
não uma relação de semel:ança que ;az um species ser uma similitude+
A ;unção da species como uma similitude E, >ortanto, sobre al@uma
coisa, >orque a >r>ria ;orma E instanciada em dois lu@ares di;erente)
dentro e ;ora do intelecto+7
*2RP2R, omini\+ Esse%ti0is' %d Dire$t Re0is'( So'e Lte @edie80Pers&e$ti8es# >+117+
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e acordo com *erler a noção de similitude a>licada a species inteli@=el de=e ser
entendida K luz das duas teorias en;atizadas >ela inter>retação do Realismo direto) 1# a
tese da identidade ;ormal e a tese de que a mesma ;orma >ode ser instanciada tanto
na coisa quanto na ;aculdade de con:ecimento do sujeito+ 2m suma, nesta
inter>retação, a noção de similitude E reduzida K noção de identidade e o que,
a>arentemente, >arece justi;icar essa redução E a >ossibilidade da ;orma ser
eli;icada tanto na instHncia intencional do intelecto quanto na instHncia natural da
coisa material+
A noção de re>resentacionalismo, inicialmente >ode @erar uma ambi@uidade em
relação K inter>retação da teoria tomásica do con:ecimento, >ois em lato sensu tanto
a >ers>ecti=a de Tomás quanto a de escartes sobre a relação entre conceito e objeto
>odem ser ditas como re>resentacionalistas, mas em stricto sensu Aquino e escartes
não >odem ser dito re>resentacionalista do mesmo modo+ *or isso, de=e/se
considerar a noção de re>resentacionalismo que será atribuda a Tomás de Aquino e
>orque ela E di;erente do re>resentacionalismo cartesiano+
2m relação K noção de re>resentacionalismo que de=e ser a>licada K
inter>retação dos tero>Be a se@uinte elicação)
*or re>resentacionalismo eu =ou si@ni;icar L+++ qualquer teoria da
co@nição que atribui um >a>el crucial e indis>ensá=el >ara al@um ti>o de
re>resentação mental+ 2 >or re>resentação mental, =ou si@ni;icar
qualquer sinal simblico eresentação mental,
neste =ocabulário, E um smbolo mental re;erindo a al@o mais, al@o eresentacionalismo que de=e ser a>licado ao Aquinate E aquele que considera uma
re>resentação mental F entendida sim>lesmente como um si@no mental com conteGdo
semHntico F como al@o essDncia >ara o >rocesso de atualização do con:ecimento
intelecti=o da coisa+ Neste as>ecto, a species inteli@=el e o conceito são
re>resentaçBes mentais, >ois elas são si@nos dotados de um conteGdo semHntico F isto
E, elas são sobre al@o, ou seja, a species e o conceito são similitudes da coisa F e que
7 5bidem+0 *ANACC5O, Claude+ Aqui%s o% I%te00e$tu0 Re&rese%ttio%# >+7+
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com>reensão da noção de similitudinem se >ode c:e@ar a uma adequada :ermenDutica
da @nosiolo@ia do Aquinate+ *ara isso, tentar/se/á estabelecer o se@uinte) 1# uma
>oss=el de;inição de similitude e em que instHncias da co@nição Tomás se utiliza
deste termo >ara elicar este >rocesso+
2m relação ao >rimeiro >onto, como se a;irmou anteriormente, :á uma ;orte
distinção entre species inteli@=el (species impressa, species qua# e conceito (species
eressa, medium in quo#, no entanto, a species inteli@=el e o conceito se identi;icam
se@undo a razão de similitude, isto E, ambos são ditos como semel:anças da coisa+
Contudo, antes de se estabelecer a ar@umentação justi;icati=a da re;erida identi;icação
E necessário e=idenciar a noção tomista de similitude+ *ara isso, Aquino >ro>Be que o
termo similitude >ode ter ao menos dois sentidos)
L+++ Xma semel:ança entre duas coisas >ode ser entendida em dois
sentidos+ 2m certo sentido, se@undo um acordo em sua >r>ria
natureza e tal similitude não E necessária entre con:ecedor e coisa
con:ecida L+++ O outro sentido que se tem E a semel:ança >or
re>resentação e esta E necessária entre con:ecedor e coisa
con:ecida-+
!á claramente dois ti>os de semel:ança+ A >rimeira, o acordo na natureza, se
encontrar em =árias relaçBes de acordo com os =ários modos em que se >ode dizer que
uma coisa E semel:ante K outra (>or elo, no caso de duas coisas serem ditas
semel:antemente brancas, ou no caso de duas coisas terem semel:antemente um
mesmo ;ormato ou con;i@uração ou atE mesmo, no caso no qual al@o que E aquecido E
semel:ante ao seu >rinc>io de calor, >ois os dois elementos se identi;icam se@undo a
tem>eratura#+ 2m toda relação de semel:ança do >rimeiro modo, isto E, >or um acordo
na natureza :á certa identi;icação de determinadas >ro>riedades entre os dois
elementos que são ditos semel:antes+ 2ntretanto, :á um modo de relação >or
semel:ança que >arece não se enquadrar neste modo natural de similitude, a saber) a
relação do intelecto com a coisa, >ois o intelecto ao ter em si uma similitude da coisa
não se torna a coisa ou não >assa a ter certas >ro>riedades da coisa tal como E nesta
(>or elo, o intelecto, ao conceber a =ermel:idão de objetos não se torna
- De Verit# q+&, a+
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semel:antemente =ermel:o e nem se aquece ao ;ormular uma conce>ção de calor a
>artir de uma coisa aquecida#+ Neste >onto de=e/se su>or outro modo de relação de
similitude >ara dar conta da relação de semel:ança entre intelecto e coisa no ato de
co@nição+ A esta sin@ular relação Tomás diz que E uma similitude por representaç(o, ou
seja, a species inteli@=el ou o conceito são ditos similitudes das coisas enquanto
>ossuem em si uma re>resentação de determinadas >ro>riedades da coisa+
6e cabe K semel:ança >or re>resentação elicar a relação de similitude entre
intelecto, em seu ato, e a coisa, enquanto objeto con:ecido, o que si@ni;ica
>recisamente semel:ança >or re>resentaçãoI *ara res>onder a esta questão, Aquino
a;irma)
L+++ embora na mente não eodem ser similitudes das coisas materiais+ Com e;eito, não E
necessário que a similitude ten:a o modo de ser daquilo do qual ela E
similitude, mas somente que con=en:a na razão, assim como a ;orma
do :omem na estátua de ouro e a ;orma do :omem que tem ser de
carne e osso+'
!á aqui um acrEscimo terico >ara a com>reensão da semel:ança >or re>resentação, a saber, a noção de con=eniDncia na razão+ O autor >ro>Be que na
semel:ança que ocorre entre con:ecedor e con:ecido não E necessária a >artil:a do
modo de ser , ou seja, que o que E dito semel:ante ten:a o mesmo modo de eor elo, no caso de coisas que são ditas
brancas >or semel:ança) ambas tDm a cor branca em sua su>er;cie material+
i;erentemente destes casos, a similitude >or re>resentação ero>riedades daquilo
do qual ele E um semel:ança >or re>resentação+ *or isso, no caso da relação do
intelecto com a coisa enquanto E objeto de con:ecimento, a species inteli@=el ou o
conceito são ditos similitudes >or re>resentação >orque si@ni;icam intencionalmente as
>ro>riedades essenciais da coisa F que E >otencialmente inteli@=el na coisa a
atualmente inteli@=el no intelecto+
e;inida a noção >r>ria de similitude >or re>resentação >ara elicar a relação
' De Verit# q+1', a+, ad+
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do intelecto com a coisa, E de se e=idenciar que Tomás a>lica esta noção tanto K
species inteli@=el quanto ao conceito e, >or isso, E necessário elicitar essas duas
a>licaçBes, ou seja, re=elar as razBes que ;azem com que a species inteli@=el e o
conceito sejam ditos como similitudes re>resentati=as de certas >ro>riedades da coisa
como objeto co@nosc=el+
Pe=ando/se em consideração todo o >rocesso de con:ecimento que se inicia na
sensibilidade F atE a ;ormação da species sens=el >ela ;antasia F e >osteriormente
>assando >elo >rocesso de abstração no qual :á a >rodução de uma species inteli@=el
no intelecto, esta species E uma similitude re>resentati=a >ela >r>ria natureza do
>rocesso abstrati=o+ O inteli@=el em ato, que E e;eito direto do >rocesso de abstração
do uni=ersal a >artir do >articular, E abstrado do ;antasma da ima@inação F que >ossui
em si o inteli@=el somente em >otDncia F que, >or sua =ez, E uma similitude da coisa
>articular+ *or isso, >ode/se dizer que E ima@em da ;antasia, enquanto similitude direta
da coisa sin@ular, >ossibilita a species inteli@=el ser, >or sua =ez, uma similitude da
coisa F mediante a ima@em sensorial+ Nesta razão, Aquino a;irma)
L+++ na rece>ção >ela qual o intelecto >oss=el recol:e a species das
coisas a >artir dos ;antasmas, os ;antasmas ;uncionam (se habent #
como a@entes instrumentais ou secundários, mas o intelecto a@ente,como a@ente >rinci>al e >rimeiro+ 2 da o e;eito da ação E deioss=el se@undo a condição de ambos e não
se@undo somente a condição de um dos dois+ a o intelecto >oss=el
recebe as ;ormas como inteli@=eis em ato, a >artir da ;orça (virtute# do
intelecto a@ente, mas Las recebe como similitude de coisas
determinadas a >artir da co@nição do ;antasma+ 2 assim as ;ormas
inteli@=eis em ato não são >or si eoss=el+1
interessante obser=ar que no >rocesso de abstração no qual :á um e;eito no
intelecto >oss=el, a species inteli@=el, este e;eito tem a >artici>ação de dois a@entes)
um instrumental e outro secundário+ O intelecto a@ente E o a@ente >rinci>al, >ois E ele
que diretamente atualiza o inteli@=el que E somente >otencial na ima@em+ 2ntretanto,
o Aquinate >ro>Be que o a@ente secundário da atualização do inteli@=el no intelecto
>oss=el ea>el determinante no e;eito que E de>ositado1 De Verit# q+1', a+0, ad+.+
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no intelecto >oss=el, a saber) a species inteli@=el E uma similitude de coisas
determinadas a >artir da co@nição do ;antasma+U A razão E que o e;eito sem>re
>reser=a as caractersticas ou condiçBes do seu a@ente, e se se a;irma que a species
inteli@=el tem uma du>la de a@ente, aquela de=e >reser=ar as condiçBes de ambos)
>or >arte do intelecto, a species E um inteli@=el em ato, já >or >arte da ima@em
sensorial, esta mesma species E uma similitude das coisas mediante a similitude da
ima@em sensorial da ;antasia+
*or sua =ez, esta mediação da ima@em sensorial entre o intelecto e a coisa E
elicada >or Tomás se@undo uma analo@ia com os sentidos e seus objetos)
L+++ o nosso intelecto está >ara (comparatur # o ;antasma da maneira
como a =isão está >ara as cores, como E dito no De )nima *** )
certamente não Lno sentido de que o intelecto con:eça o >r>rio
;antasma como a =isão con:ece as cores] mas Lno sentido de que o
intelecto con:ece aquelas coisas das quais se tem o ;antasma+ a, em
>rimeiro lu@ar, a ação do nosso intelecto tende Kquelas coisas que são
a>reendidas >elo ;antasma L+++&
2sta analo@ia com os sentidos e seus objetos >ro>osta >or Aquino >ara elicar a
relação do intelecto com a coisa mediante a ima@em e=idencia dois as>ectos
im>ortantes) 1# o ;antasma >ode ser dito, em certo sentido, como o objeto do intelecto
assim como os sentidos tem como objetos determinadas >ro>riedades sens=eis da
coisa e di;erentemente, o ;antasma E um meio ima@Etico >ara que o intelecto
con:eça a coisa+ O >rimeiro as>ecto encontra a sua razão no ;ato de que qualquer
;aculdade de con:ecimento s >ode er>ria se se con=erter ao
seu objeto+ Neste sentido, se E o ;antasma que >ossibilita ao intelecto ter um species
inteli@=el como uma similitude da coisa e, alEm do mais, considerar em ato esta
species >elo >rocesso de con=ersão K ima@em, o ;antasma >ode ser dito, neste sentido,
como o objeto do intelecto+ 2m relação ao se@undo as>ecto, a ima@em não E em stricto
sensu um objeto como ocorre na relação entre a =isão e a cor, mas E somente uma
species sensorial intermediária que >ossibilita ao intelecto ter re;erDncia K coisa da qual
& De Verit+ q+1', a+- Nen:uma >otDncia >ode con:ecer al@o a não ser se con=ertendo ao seu objeto,
como L>or elo, a =isão s con:ece se con=ertendo K cor+ a, o ;antasma serelaciona ao intelecto >oss=el da mesma maneira que os objetos sens=eis Lserelacionam com os sentidos L+++U De Verit+ q+1', a+&, ad+.+
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ela E uma re>resentação+
*or sua =ez, Tomás tambEm a;irma que o conceito E uma similitude >or re>resentação
da coisa+ 2ntretanto, o que ;az com que o conceito F termo da >rimeira o>eração do
intelecto no qual (in quo# a coisa E inteli@ida seja F como a species inteli@=el F uma
similitude re>resentati=aI No intuito de se res>onder a esta questão de=em/se le=ar
com consideração os elementos constituti=os do conceito+
*ara Aquino, o conceito >ode ser decom>osto em dois elementos constituti=os, a saber)
um conteGdo e uma intenção de uni=ersalidade, como se se@ue em um telicadas) a coisa que se con:ece, e o ato mesmo de se con:ecer+ a
mesma ;orma, quando se diz universal abstraído, con:ece/se tanto a
natureza da coisa, como a abstração ou a uni=ersalidade+ *ois a mesma
natureza, a que acontece ser con:ecida abstrada, ou uni=ersalizada,
não erimeira o>eração do intelecto ele E >roduzido >elo
intelecto a >artir do termo que E >rinc>io da o>eração intelectual, ou seja, a species
inteli@=el+ *or isso, esta species ;ornece o conteGdo do conceito, isto E, este erime
>ro>riedades essenciais da natureza de uma coisa+ 2ntretanto, esta eressão E ;eita
se@undo a intenção de uni=ersalidade) as >ro>riedades quididati=as do conceito são
>ro>riedades uni=ersalizadas >elo >rocesso de abstração+ *or elo, o conceito de
:omemU >ode ser atribudo em >ro>osiçBes a =ários indi=duos, >or elo, 6crates
E :omemU, *latão E :omemU, Aristteles E :omemU+ 2sta a>licação >ro>osicional do
conceito de :omemU a =ários indi=duos s E >oss=el >orque E conceito de :omemU E
eresso no conceito de maneira uni=ersal, ou seja, este conceito contEm um conteGdo
que ;oi abstrado das condiçBes indi=idualizantes a >artir da ima@em sensorial e, assim,
ele considera as >ro>riedades de uma natureza ou ;orma de coisas sem suas condiçBes
sin@ulares e, >or isso, E um conteGdo de >ro>riedades uni=ersalizadas+ 2m suma, E a
L+++ o =erbo concebido na mente re>resenta (representativum# tudo o que secon:ece em ato+U (ST# q+ , a++# No mesmo sentido, Tomás a;irma o se@uinte na Suma
.ontra os /entios) a >ala=ra internamente concebida E al@um ti>o de razão (ratio# ou(similitudo# da coisa inteli@ida+U (!o%t# Ge%t# 54, 11#+7 ST# q+M7, a+&, ad+&+
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inteli@=el em ato do mesmo modo que os sentidos em ato são os sens=eis em ato+
2ntretanto, de=e/se re=elar um >roblema nesta trans>osição da relação que acontece
com os sentidos e os sens=eis >ara o intelecto e o inteli@=el+
Na sensibilidade os sentidos se atualizam mediante o recebimento dos sens=eis
que já são sens=eis em ato, >or isso não >arece :a=er >roblemas em se a;irma uma
identidade entre sentido e sens=el neste >rocesso, >ois) 1# os objetos dos sentidos já
são al@o em ato e recebidos nos sentidos, atualizando/os e não :á uma di;erença
@enErica tanto na natureza dos sentidos quanto na natureza de seu objeto, os sens=eis,
isto E, ambos, ao seu modo, são com>ostos de matErias e, >or isso, os sentidos em ato
>reser=am as caractersticas sin@ulares de seu objeto e, de sua >arte, o objeto >ossui
caractersticas indi=iduais e sin@ulares+ 2m suma, neste Hmbito >arece :a=er uma
identidade no ato entre sentidos e sens=eis+ *orEm, essa identidade no ato >ode ser
trans>osta >ara a relação entre intelecto e inteli@=el, como o Realismo ireto >ro>BeI
neste >onto que se encontra um a>arente >roblema >ara este ti>o de
inter>retação, >ois no se@undo caso, o inteli@=el E somente em ato no intelecto, e nas
coisas ele E somente >otencialmente inteli@=el+ *ortanto, como reclamar uma
identidade da ;orma no ato de intelecção se) 1# o inteli@=el em ato s eelo >rocesso de abstração e a coisa E somente inteli@=el em >otDncia F
em razão da matEria ser >rinc>io tanto de indi=idualização quanto re;ratário K
inteli@ibilidade+ 2ste >roblema da identidade ;ormal no ato se a@ra=a ainda mais se se
considerar que o inteli@=el em ato que E idDntico ao intelecto em ato E, >elo >r>rio ;ato
(ipso facto# de ser inteli@=el em ato, uma species uni=ersal ou conceito uni=ersal+ Com
isso, >arece que a tese da identidade ;ormal no ato s se torna >laus=el se ;or a>licada
somente na relação do ato de intelecção com o seu >roduto, o inteli@=el uni=ersal F
neste Hmbito >ode/se com>reender que :á uma relação de identidade entre o ato de
intelecção e o seu e;eito, o uni=ersal, >ois ambos tDm a mesma natureza @enErica, isto
E, são imateriais+ No entanto, esta solução não E su;iciente >ara o Realismo ireto, >ois
o que E >ro>osto >or esta inter>retação E a relação de identidade no ato entre o
intelecto e a coisa+
*ara su>erar esse im>asse a re;erida inter>retação >ode su>or >or outra tese
;undamental >ara justi;icar a noção de identidade formal entre intelecto e coisa, a saber)
a ;orma ou natureza da coisa >ode ser instanciada de dois modos, uma intencional e
outra material+ Com isto, >oder/se/ia >ro>or que, desconsiderando o modo dee
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intelecto de modo intencional e imaterial são idDnticas, ou mais >recisamente, E a
mesma ;orma F instanciada de dois modos di=ersos+
A tese das >ossibilidades modais da ;orma E al@o que >ode ser encontrado
tero>osta e que, a>arentemente, >arece in=iabilizar a tese da identidade ;ormal com
sendo sustentada >elos dois modos de eeração do intelecto mediante o conceito e a con=ersão ao ;antasma que se inteli@e
em ato um objeto+
2m outros termos, >arece que a ar@umentação do Realismo ireto tem como
;inalidade estritamente justi;icar a identidade ;ormal no ato de intelecção, mas esta
ar@umentação não E a elicati=a deste >rocesso, >orque no ato de inteli@ir, o intelecto,
mediante o conceito, não desconsidera o modo de ero>riedades
inteli@=eis que são conteGdo do conceito com uma intenç(o de universalidade+ 5sto E, o
intelecto, na sua o>eração de intelecção em ato, não deiriedades essDncias,
>ara assim, desconsiderando tambEm o modo de ero>riedades
eor um
>rocesso de consideração da ;orma sem suas instHncias+ 2m suma, o >rocesso de
intelecção em ato não E uma ati=idade de consideração somente da ;orma e
desconsiderando seus modos de eara se a;irma consecuti=amente a
identidade formal +
>or não ser deste modo que o intelecto, na intelecção em ato de um objeto,
mediante o conceito, >recisa se con=erter ao ;antasma, >ois o conceito, >or sua
intenção de uni=ersalidade não >ode ser dito como idDntico K coisa, mas somente uma
similitude indeterminada de objetos, dado que o conceito eressa uni=ersalmente
>ro>riedades quididati=as que nas coisas são sin@ularizadas >ela matEria+ *ortanto, :á
indcios de que não E a noção de identidade formal que elica o modo >elo qual o
intelecto con:ece a ;orma ou natureza da coisa, mas sim a noção de similitude+
A>arentemente, E a noção de similitude que >ossibilita elicar o >rocesso de intelecção
em ato da coisa le=ando em consideração a natureza uni=ersal do conceito e a
dimensão sin@ular da coisa+M C;+ Su&er De %i' II% 1 , .M+
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6inteticamente >odem/se in;erir as se@uintes >ro>osiçBes desta ar@umentação)
2m relação K tese da identidade ;ormal) 1# ela >ode elicar a identidade do
intelecto em ato e do inteli@=el em ato somente na dimensão do intelecto, ou seja, o
intelecto em ato E idDntico K sua eressão, o conceito uni=ersal, >ois ambos
com>artil:am a mesma natureza imaterial] 2m certo sentido, a re;erida tese >ode
elicar, em termo de identidade ;ormal, a relação entre a ;orma intencional do intelecto
e a ;orma natural das coisas, >ois se se desconsidera o modo de erocesso da intelecção em
ato F dado que no con:ecimento intelecti=o não :á um ato de desconsideração dos
modos de ero>riedades essenciais que estão no conceito e na coisa
>ara a identi;icação da ;orma+ # *ortanto, a re;erida tese >ode ser dita como uma teoria
#ustificativa da co@nição intelecti=a de coisas materiais, mas não uma teoria e2plicativa
do modo >elo qual o intelecto sendo imaterial e tendo conteGdos uni=ersais >ode
con:ecer coisas sin@ulares+
2m relação K noção de similitude) 1# somente esta noção >arece ser ca>az de
elicar o >rocesso de intelecção em ato, >ois ao se a;irmar tanto a species inteli@=el
quanto o conceito como similitudes o que se >reser=a E que mesmo que :aja uma
di;erença de modo de ser entre as >ro>riedades inteli@=eis (imaterial e uni=ersal em
razão do >rocesso abstrati=o# e a natureza da coisa (sin@ularizada no indi=duo >ela
matEria assinalada# a species inteli@=el e o conceito >odem ter uma relação de
similitude com a coisa que E objeto de intelecção+ a noção de similitude >ode
elicar) a# a relação de semel:ança que a species inteli@=el tem com a coisa mediante
o >rocesso de abstração e >ela necessidade da ima@em sensorial >ara ;ormação no
intelecto >oss=el da species im>ressa] e b# as relaçBes de similitude que o conceito
>ode ter com as coisas+ *or causa de sua intenção de uni=ersalidade o conceito E uma
similitude indeterminada de objetos, >or isso, >ara que o conceito seja uma similitude
determinada de um objeto, ou seja, >ara que seja um conceito de um objeto em uma
intelecção em ato, E necessária a con=ersão ao ;antasma+
2stabelecida a consideração eositi=o/analtica sobre a teoria do Aquinate da
relação entre o conceito e objeto ;oi e=idenciado que >ara o intelecto ter uma intelecção
em ato da coisa não basta somente a conser=ação de uma species inteli@=el no intelecto
>oss=el a >artir da abstração+ necessário que o intelecto, eresse a coisa mediante o
conceito desta+ 2ntretanto, >ara que esta intelecção em ato aconteça E necessária ao>eração de convertio ad phantasmata na qual o conceito inteli@ido em ato ser torna não
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um conceito que >ode ser a>licados a =ários indi=duos em razão de sua uni=ersalidade,
mas sim um conceito de um objeto, >ossibilitando o acesso do intelecto ao sin@ular e a
;ormação de >ro>osiçBes como 6crates E :omemU+ *ara Aquino, o con:ecimento do
sin@ular nunca E uma o>eração somente da ;aculdade sensorial que a>reende
unicamente as condiçBes sens=eis e acidentais da coisa+ TambEm não E uma o>eração
eois ele s >ode ter diretamente o con:ecimento do uni=ersal, em
razão do >rocesso abstrati=o que desconsidera os >rinc>ios que sin@ularizam as coisas+
*ortanto, >ara que o :omem ten:a o con:ecimento da quididade de uma coisa sin@ular E
necessária a ação tanto dos sentidos quanto a ação do intelecto+ *or >arte dos sentidos
eles ;ornecem a ima@em sensorial da coisa que ser=e tanto >ara o >rocesso de
abstração F que atualiza o inteli@=el no intelecto F quanto >ara o intelecto se re;ira K
coisa mediante a ima@em da do sentido da ima@inação no >rocesso de convertio ad
phantasmata+ *or >arte do intelecto, ele realmente não >ode ter acesso direto ao
sin@ular, mas somente ele >ode con:ecer as >ro>riedades essDncias dos indi=duos+
2ntretanto, mesmo que estas sejam teses aceitas a>arentemente de modo
>ac;ico >elos tomistas :á na >ers>ecti=a contem>orHnea do tomismo as duas =ertentes
inter>retati=as que ;oram introdutoriamente analisas neste arti@o+ O >onto centra de
dG=idas se diz na es>eci;icação da relação entre o conceito e o objeto) se E uma relação
de identidade formal como reclamada >elo Realismo ireto ou seu E uma relação de
similitude como >ro>osta >elo Re>resentacionalismo+
Como se =iu em ar@umentaçBes, a tese da identidade formal am>arada >ela tese
das >ossibilidades modais da ;orma >arece ser uma teoria que #ustifica a relação do
conceito com o objeto ser uma relação de identidade+ No entanto, >ara elicar o
>rocesso desta relação, o Re>resentacionalismo, ao dar conta da noção de similitude
como elemento central de com>reensão do >rocesso de intelecção e não como uma
mera e des>retensiosa ocorrDncia terminol@ica ou al@o que se de=e reduzir K noção de
identidade, >arece elicar, de ;orma mais a>ro>riado, o modo de con:ecimento intelecto
tal como concebido >elo Aquinate+ *ois nesta inter>retação E sal=a@uarda a di;erença
entre conceito (uni=ersal# e a coisa (sin@ular# na intelecção em ato e a relação de
con:ecimento se@undo os moldes da relação de similitude+
2ntretanto, não se a;irma com isso que o Realismo ireto de=e ser condenado
como uma inter>retação in=erossmil da @nosiolo@ia de Tomás, >ois nen:uma
inter>retação E com>letamente im>rocedente e incoerente+ AlEm do mais, o Realismoireto >ossui um si@ni;icati=o nGmero de re;erDncias te
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ade>tos e de;ensores desta =ertente :ermenDutica com =árias e elaboradas
ar@umentaçBes que justi;icam esta >ro>osta+
Re0e89%$i So$i0
O >resente >rojeto E a>resentado como um necessário meio >elo qual os
acadDmicos (>ro;essores e alunos# >ossam desen=ol=er >esquisa e a>ro;undamento
terico das questBes le=antadas acima+ Neste sentido, um @ru>o de estudos será criado
>ara >ossibilitar encontros de orientação, nos quais serão a>resentados indicati=os de
leitura e resolução de questBes+ Os resultados obtidos no desen=ol=imento do >rojeto de
>esquisa serão de im>ortHncia >ara a área de ;iloso;ia e, >or isso, >ara a uni=ersidade
como um todo+ *osteriormente, os mesmos resultados de=erão ser a>resentados nos
e=entos ;ilos;icos >romo=idos >ela área de ;iloso;ia+ *or ;im, a conclusBes obtidas >elos
>artici>antes >oderão ser >ublicadas em >eridicos ou outros meios de >ublicação de
trabal:os cient;icos+
2# O1jeti8os e 'ets sere' 0$%dos
2# O4ETIVOS
a) Objetivo Geral
2ste objeti=o >ode ser dito de acordo com duas =ertentes de in=esti@ação
terica+ 2m >rimeiro lu@ar, estabelecer analiticamente os >rinci>ais elementos da
ar@umentação de Tomás de Aquino, ao lon@o de suas obras, sobre a relação entre o
conceito do intelecto e a coisa enquanto objeto co@nosc=el, dentro de sua teoria @eral
sobre o >rocesso co@niti=o :umano+ 2m se@undo lu@ar, >rocurar or@anizar de ;orma
eositi=a, sistemática e crtica as >rinci>ais inter>retaçBes contem>orHneas sobre a
re;erida relação F o Realismo ireto e o Re>resentacionalismo F e, >or ;im, e=idenciar
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&M
justi;icati=amente a =ersão :ermenDutica mais adequada K teoria do con:ecimento do
Aquinate+
b) Objetivo Específico
*ara alcançar o >rimeiro >onto do objeti=o @eral será ;eita um aborda@em a
todo corpus thomisticum in=esti@ando o sentido das ocorrDncias terminol@icas dos
>rinci>ais termos utilizados na ar@umentação >ara descre=er a relação entre conceito
e intelecto, tais como) identitas, formae, similitudo, repraesentationem, ratio,
conceptus, species, intentio, entre outros+
2m relação ao se@undo >onto, tentar/se/á analisar as mGlti>las ar@umentaçBes
e obras dos >rinci>ais autores contem>orHneos que de;ende a :i>tese do Realismo
ireto quanto dos que >ro>Be o Re>resentacionalismo+ 6obre a >rimeira >ers>ecti=a
>odem/se citar) Ant:on8 ^enn8, *+ eac:, Norman ^retzmann, 2leonore 6tum>,
omini\ *erler, Jacques $aritain, tienne ilson+ *elo lado dos de;ensores da
re>resentação, tem/se) Claude *anaccio, Robert *asnau, P+ 6>ruit+ *osteriormente
será a>resenta as crticas mGtuas que uma inter>retação >ro>Be contra a outra e,
neste sentido, será elaborado um juzo crtico sobre estas ar@umentaçBes, tendo/se
como ;inalidade es>ec;ica a tentati=a de eleição da su;iciente ou mais adequada F se
>oss=el F inter>retação sobre os te, 1-7&+
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&-
(a idEias como re>resentação# ou da ;iloso;ia \antiana (a noção de a priori no
con:ecimento#, tal como >retendia a =ersão do ealismo .rítico%45 o realismo tomista
>oderia >adecer do su>osto >roblema da ;iloso;ia moderna) ceticismo sobre a
>ossibilidade de se ter ou não con:ecimento objeti=os das coisas materiais, dado que
se ;or admitir) 1# como queria escartes, que a idEias E o que E con:ecido
>rimeiramente e mediante esse con:ecimento >oderia se in;erir a realidade objeti=a
do conceito e que o >onto de >artida >ara a =alidação objeti=a dos juzos seja uma
in=esti@ação analtica das condiçBes de >ossibilidade a priori do co@noscente, como
>ro>osto >or ^ant, o con:ecimento >oderia ser reduzido a uma condição meramente
subjeti=a e >erdendo assim, sua abertura e ca>acidade de objeti=idade+
i;erentemente, outros autores >ro>Bem, entretanto, que a noção de representaç(o
>ode ser atribuda a Tomás de Aquino sem que isto @erasse um >roblema cEtico,
in=alidando seu realismo, ou que não ;osse uma inter>retação razoá=el e adequada+
Ou seja, Aquino >ode ser dito, de al@uma maneira, como um terico do
Re>resentacionalismo sem cair no >roblema do ceticismo, >reser=ando seu realismo
@nosiol@ico+ 2 que >ara alEm de uma ontologia do conhecimento, Aquino >ode ser
abordado >or uma =ertente epistemol,gica, estabelecendo/se as condiçBes de
>ossibilidade do con:ecimento :umano+ *ara isso, E de suma im>ortHncia analisar se
a relação entre o conceito E uma relação de identidade formal ou se E uma relação de
similitude+
# @etodo0o+i
$aterialmente a metodolo@ia utilizada se diz)
1# reunião71 e análise dos >rinci>ais teassa@ens que conten:am teses
@nosiol@icas no corpus thomisticum) Opera Maiora (Scriptum super Sententiis,
7' Nesta lin:a inter>retati=o do realismo tomista >ode/se citar Jose>: $arec:al+ C;+ $AR2C!AP, Jose>:+E0 Pu%to de Prtid de 0 @et7/si$# $adrid) 2d+ redos, 1-7-+ tomo+ 4+
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'
Summa contra /entiles, Summa +heologiae#, 6uestiones (De veritate, De potentia,
De anima#, Opuscula philosophica (De ente et essentia, De unitate intellectus#,
.omentaria- *n )ristotelem (Sentencia libri De anima, Sententia libri De sensu et
sensato, Sententia libri Metaph"sicae#, *n 7oethium (Super De +rinitate#+
Reunião e tradução das >rinci>ais obras dos autores que de;endem tanto o
Realismo ireto quanto o Re>resentacionalismo+
"ormalmente, a metodolo@ia será dis>osta na se@uinte ordem) 1# 2osição e
análise dos teosteriormente das >rinci>ais teses dos
intEr>retes contem>orHneos que tratam sobre a relação entre conceito e objeto]
A=aliação crtica das >ro>ostas :ermenDuticas) sua con;ormidade aos teor em ar@umentação, se >oss=el, a =ersão inter>retati=a que mais ou
su;icientemente se adequada K tese de Tomás sobre o conceito e o objeto+
# Re7er?%$is i10io+rH7i$s
AN6CO$2, +] 2AC!, *+ T*ree P*i0oso&*ers Aristot0es6 Aqui%s6 Fre+e# Oor Jose>: ^enn8, O+*+
is>on=el em :tt>)%%ZZZ+jose>:\enn8+jo8eurs+com%Cteon=eis em) >ortu@uDs, in@lDs, ;rancDs, es>an:ol ou italiano+
http://www.josephkenny.joyeurs.com/CDtexts/DeAnima.htmhttp://www.josephkenny.joyeurs.com/CDtexts/QDdePotentia.htmhttp://www.josephkenny.joyeurs.com/CDtexts/QDdePotentia.htmhttp://www.josephkenny.joyeurs.com/CDtexts/DeAnima.htm
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1
+ De Veritte6 q#"# 5n) + Verdde e !o%*e$i'e%to# Tradução de
Puiz Jean Pauand e $ario runo 6>ro=iero+ 6ão *aulo) $artins "ontes, 1--+ >+ 1M/&M1+
+ De Veritte6 q#"# 5n) !uder%os de A%uHrio Fi0os7i$o+ Tradução
de An@el Puiz onzalez, n3 1&+ *am>lona) Xni=ersidade de Na=arra+ is>on=el em)
:tt>)%%ds>ace+una=+es%ds>ace%bitstream%1'1.1%7M0'%1%1&+>d; +
+ O E%te e Ess?%$i# Tradução de Carlos Art:ur R+ do Nascimento+
*etr>olis) 2ditora 4ozes, &''7+
A`X5NO, Tomás de+ O&er O'%i# 5n) USA6 R# 5Ed#:# *am>lona) Xni=ersidade de
Na=arra+ 2ditado eletronicamente >or 2nrique Alarcn+ is>on=el em)
:tt>)%%ZZZ+cor>ust:omisticum+or@%io>era+:tml f+
+ Questio%es Dis&utte de A%i'# Tradução de Jo:n *atric\
RoZan+ 6t+ Pouis Y Pondon) + !erder oo\ Co+, 1--+ 2ditado eletronicamente >or
Jose>: ^enn8 O+*+ is>on=el em)
:tt>)%%ZZZ+jose>:\enn8+jo8eurs+com%Cte
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&
26CART26, RenE+ @edites @et7/si$s# 5n) Os Pe%sdores(MM# Trad+ J+
uinsbur@ e ento *rado Jr+ 6ão *aulo) No=a Cultural, 1-.+
MMMMMMMMMMMMMMMMM+ !rt Gi1ieu76 de " de j%eiro de "J2+ Oeu=res
*:iloso>:iques de escartes (O*#, edição "+ AlquiE, *aris, arnier, 1-., =+ 55, >+ -'7+
O$5N5^, *erler+ Esse%ti0is' %d Dire$t Re0is'( So'e Lte @edie80
Pers&e$ti8es# 5n) To>oi n3 1-, Net:erlands) ^luZer Academic *ublis:er, &'''+ >+ 111/
1&&+
"ARO, CornElio+ Per$e&$io% B Pe%s'ie%to# *am>lona) 2d+ 2XN6A, 1-.M+
"A5TAN5N, *aulo 6Er@io+ Verses d teori do $o%*e$i'e%to de To'Hs de Aqui%o(
os !o%70itos er'e%?uti$os do S+ --/111+
+ E0 i%di8/duo e' To'Hs de Aqui%o# *am>lona) Xni=ersidade
de Na=arra+ &''1+
2AC!, *+ For' %d Eiste%$e# 5n) + God %d Sou0# Pondres) Routled@e Y
^e@an *aul, 1-0-+
5P6ON, tienne+ E0 Re0is'o @etodi$o# $adrid) Rial>, 1-7&+
+ T*e !*isti% P*i0oso&*B o7 St# T*o's Aqui%s# Notre ame) Xni=+
O; Notre ame *ress+ 1-70+
!X$2, a=id+ E%sio So1re o E%te%di'e%to u'%o# 5n) Os Pe%sdores(MMM# Trad+
de Anoar Aie
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+ Aqui%s o% @i%d# Pondon) Routled@e 1--+
+ I%te%to%0itB( Aqui%s %d Citt+e%stei%# 5n) T*o's Aqui%s(
!o%te'&orrB P*i0oso&*i$0 Pers&e$ti8es# 2d+ rian a=ies, NeZ [or\) O+ &/&70+
^5N, *eter+ Ret*i%+ Re&rese%ttio% i% t*e @id0e A+es# 5n) Re&rese%ttio% %d
O1je$ts o7 T*ou+*t i% @edie80 P*i0oso&*B# 2d+ !enri\ Pa@erlund+ urlin@ton) As:@ate
*ress, &''0+
^R2T_$ANN, Norman+ P*i0oso&*B o7 @i%d# 5n) T*e !'drid+e !o'&%io% to
Aqui%s+ 2d+ Norman ^retzmann and 2leonore 6tum>, Cambrid@e) Xni=+ *ress, &''0+ >+
1&M/17-+
+ T*e @et&*Bsi$s o7 !retio%, O+ -'/1'1+
$AR2C!AP, Jose>:+ E0 Pu%to de Prtid de 0 @et7/si$# $adrid) 2d+ redos, 1-7-+
tomo+ 4+
$AR5TA5N, Jacques+ Disti%+uer &our U%ir# L?s De+r
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esclee de rouZer, 1-7-+
Og2N6, Jose>:+ T*o'isti$ Re0is' %d t*e Li%+uisti$ Tur%( Tord @ore Per7e$t
For' o7 Eiste%$e# Notre ame) Xni=ersit8 o; Notre ame *ress, &''+
*ANACC5O, Claude+ Aqui%s o% I%te00e$tu0 Re&rese%ttio%# 5n) A%$ie%t %d
@edie80 T*eories o7 I%te%tio%0itB+ 2d+ omini\ *erler, oston) rill, &''1, >+ 1M7 /&'1+
*A6NAX, Robert+ T*eories o7 !o+%itio% i% t*e Lter @idd0e A+es# Cambrid@e Y NeZ
[or\) Cambrid@e Xni=+ *ress, 1--.+
+ T*o's Aqui%s o% u'% Nture# Cambrid@e) Xni=+ *ress, &''&+
6TX$*, 2leonore+ Aqui%s+ NeZ [or\) Routled@e, &''&+
TON`X2C, J+ L !ritique de 0 !o%%iss%$e# *aris) Pet:ielleuresente >rojeto de tese =isa estabelecer qual a mais adequada inter>retação
tomista contem>orHnea sobre o >roblema da relação entre conceito e objeto em
Tomás de Aquino, le=ando/se em consideração o se@uinte) 1# as >rinci>ais teses do
Aquinate sobre o de=ir @nosiol@ico sens=el e intelectual em sua relação com a
quididade da coisa enquanto sin@ularizada no indi=duo e enquanto uni=ersalizada no
conceito] as análises inter>retati=as do tomista moderno e contem>orHneo sobre a
re;erida questão+
# I'&$tos &re8istos
Atualização da >r>ria noção de universidade, isto E, realização da >esquisa,
reunião de >esquisadores e ensino+ *ara isso, o @ru>o de estudos demonstrar/se/á como
a >rinci>al ;erramenta, tendo/se em =ista a consecução das citadas ;inalidade do
ambiente acadDmico+ AlEm do mais, dado o esco>o do >rojeto E o estudo de um autor
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medie=al, tem/se claramente instaurada na X2"6 um meio de >esquisa >ara o estudo do
>erodo $edie=al F >erodo ;undamental no qual se tDm lançadas as bases da cultural
ocidental+
# Or'e%to det0*do e justi7i$do
O >resente >rojeto será realizado a >artir dos es>aços ;sicos dis>onibilizados >ela
X2"6 na área de ;iloso;ia, >rinci>almente o es>aço utilizado >elo N2"%C!"+ Nesse
serão realizados os encontros com o @ru>o de estudos =inculado ao >rojeto de >esquisa+
A biblioteca da X2"6 será utilizada tambEm com =istas de ;ornecer o material
biblio@rá;ico necessário >ara a >esquisa dos estudantes+
# !ro%o+r' de ee$u.o 7/si$o-7i%%$eiro
ado o su>racitado, o crono@rama de ati=idades >ode se dis>or do se@uinte modo)
"# Re8is.o i10io+rH7i$ ds Fo%tes Pri'Hris( 13+ ao 03+ $Ds]
2# Reu%ies se'%is do Gru&o de Estudo e Pesquis( 13+ ao 03+ $Ds]
# Leitur e Fi$*'e%to d i10io+r7i Pri'Hri( 13+ ao 03+ $Ds]
# Leitur e Fi$*'e%to d i10io+r7i Se$u%dHri( 13+ ao 03+ $Ds]
# E01or.o de teto ser &rese%tdo e' e8e%to %$io%0( .3+ $Ds]
J# A&rese%t.o dos resu0tdos &r$iis d &esquis e' e8e%to %$io%0( M3+ $Ds]
# E01or.o de Arti+o &rese%t%do resu0tdos do Projeto( 1'3+ ao 113+ $Ds]
# Pu10i$.o de Arti+o e' &er/di$o 1e' $o%$eitudo %o QUALIS !APES ou e'
7or'to de $&/tu0o de 0i8ro( 1&3+ $Ds]
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# E01or.o de teto ser &rese%tdo e' e8e%to %$io%0( 173+ $Ds]
"# A&rese%t.o dos resu0tdos &r$iis d &esquis e' e8e%to %$io%0( 103+
$Ds]
""# E01or.o de Arti+o &rese%t%do resu0tdos do Projeto( &'3+ ao &13+ $Ds]
"2# Pu10i$.o de Arti+o e' &er/di$o 1e' $o%$eitudo %o QUALIS !APES ou e'
7or'to de $&/tu0o de 0i8ro( &3+ $Ds]
"# E01or.o de teto ser &rese%tdo e' e8e%to %$io%0( &03+ $Ds]
"# A&rese%t.o dos resu0tdos &r$iis d &esquis e' e8e%to i%ter%$io%0(
&.3+ $Ds]
"# E01or.o de Arti+o &rese%t%do resu0tdos do Projeto( '3+ ao 13+ $Ds]
"J# Pu10i$.o de Arti+o e' &er/di$o 1e' $o%$eitudo %o QUALIS !APES ou e'
7or' de $&/tu0o de 0i8ro( 73+ $Ds]
"# E01or.o do Re0trio Fi%0 d Pesquis( 3+ ao 73+ $Ds]
"# Su1'iss.o do Re0trio Fi%0 o D!F( 03+ $Ds+