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0 BEATRIZ REISER TRAMONTIN CAMILA DA ROSA CARDOSO GUSTAVO CREPALDI FORMANSKI PRISCILA VIANNA DAMIANI SISTEMA DE GESTÃO

Projeto Gestão da Qualidade

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Projeto 3º Fase do Curso Técnico em Administração/SATC

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Page 1: Projeto Gestão da Qualidade

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BEATRIZ REISER TRAMONTINCAMILA DA ROSA CARDOSO

GUSTAVO CREPALDI FORMANSKIPRISCILA VIANNA DAMIANI

SISTEMA DE GESTÃO

CRICIÚMA-2011

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BEATRIZ REISERTRAMONTINCAMILA DA ROSA CARDOSO

GUSTAVO CREPALDI FORMANSKIPRISCILA VIANNA DAMIANI

SISTEMA DE GESTÃO

Trabalho apresentado a todas as disciplinas, por solicitação dos professores da terceira fase do curso técnico de administração.

CRICIÚMA-2011

Page 3: Projeto Gestão da Qualidade

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................5

1.1 TEMA...................................................................................................................................5

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA.............................................................................................6

1.3 PROBLEMA.......................................................................................................................6

1.4 JUSTIFICATIVA...............................................................................................................6

1.5 OBJETIVOS........................................................................................................................6

1.5.1 Objetivo geral...................................................................................................................6

1.5.2 Objetivos específicos........................................................................................................7

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................8

2.1 ISO (Organização Internacional de Normalização)........................................................8

2.2 PROGRAMA 5S.................................................................................................................8

2.2.1 Senso de utilização ou descarte (Seiri)...........................................................................9

2.2.2 Senso de ordenação (Seiton)..........................................................................................10

2.2.3 Senso de limpeza (Seisou)..............................................................................................10

2.2.4 Senso de higiene (Seiketsu)............................................................................................10

2.2.5 Senso de autodisciplina (Shitsuke)................................................................................11

2.3 AUDITORIAS DA QUALIDADE...................................................................................11

2.4 AÇÕES CORRETIVAS E PREVENTIVAS..................................................................13

2.4.1 Ações corretivas.............................................................................................................13

2.4.2 Ações preventivas...........................................................................................................14

2.5 CALIBRAÇÃO.................................................................................................................14

2.6 CÍRCULOS DE CONTROLE DA QUALIDADE.........................................................16

2.7 MÉTODO E ANÁLISE PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE PROCESSO.....16

2.8 FERRAMENTAS DA QUALIDADE.............................................................................18

2.8.1 Folha de verificação.......................................................................................................18

2.8.2 Diagrama de Pareto.......................................................................................................19

2.8.3 Diagramas de causa e efeito..........................................................................................19

Page 4: Projeto Gestão da Qualidade

3

2.8.4 Histograma.....................................................................................................................20

2.8.5 Diagrama de dispersão..................................................................................................20

2.8.6 Gráficos de controles.....................................................................................................21

2.8.7 Fluxograma.....................................................................................................................21

2.8.8 Brainstorming................................................................................................................22

2.8.9 5W2H..............................................................................................................................22

2.9 CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO............................................................23

2.10 CUSTO DA NÃO QUALIDADE...................................................................................23

2.11 DOCUMENTAÇÃO DA QUALIDADE.........................................................................24

2.12 MELHORIA CONTÍNUA.............................................................................................25

2.12.1 Ciclo PDCA...................................................................................................................25

2.13 OHSAS 18001..................................................................................................................27

2.14 MEIO AMBIENTE (ISO 14001)...................................................................................30

2.14.1 Desenvolvimento sustentável.......................................................................................30

2.14.2 Gestão ambiental..........................................................................................................31

2.15 QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES..................................................................31

2.16 PESQUISA E SATISFAÇÃO DO CLIENTE..............................................................32

2.17 OBJETIVOS E METAS DA QUALIDADE.................................................................33

3 METODOLOGIA DA PESQUISA....................................................................................34

3.1 POPULAÇÃO...................................................................................................................34

3.2 AMOSTRA........................................................................................................................34

3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS................................................................34

3.4 PROCESSO DE COLETA DE DADOS.........................................................................34

4 CONCLUSÃO......................................................................................................................35

REFERÊNCIAS......................................................................................................................36

APÊNDICE..............................................................................................................................38

APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO.......................................................................................39

Page 5: Projeto Gestão da Qualidade

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

CCQ – Círculos de Controle da Qualidade

CEP – Controle Estatístico do Processo

INMETRO – Instituto de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

ISO – International Organization for Standardization (Organização Internacional de

Normalização)

MASP- Método e Análise para a Solução de Problemas

OHSAS - Occupational Health and Safety Assessment Services (Serviços de Avaliação de

Saúde e Segurança Ocupacional)

PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PDCA – Plan, Do, Check e Act. (Planejar, Executar, Verificar e Atuar)

PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

SIG – Sistema Integrado de Gestão

SSO – Segurança e Saúde Ocupacional

TPM - Manutenção Produtiva Total

VVC – Valor Verdadeiro Convencional

Page 6: Projeto Gestão da Qualidade

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1 INTRODUÇÃO

Com a abertura do mercado em todo o mundo, as organizações sabem que não

basta serem melhores em sua região, mas que precisam ser de classe mundial e preparadas

para concorrerem em qualquer parte do mundo.

Esta conscientização alavanca a competitividade, reduzindo custos, melhorando a

qualidade e focando os clientes que estão cada vez mais exigentes.

A gestão da qualidade é uma ferramenta gerencial que desempenha um papel

muito importante nas organizações, pois as auxiliam nesta busca incessante pela melhoria de

seus produtos ou serviços.

Concorrer com o mercado mundial exige um trabalho interno sério, pesquisa dos

concorrentes e uma união entre patrões e empregados na luta por um lugar no mundo

empresarial.

Dessa maneira, os programas de Melhoria da Qualidade implantados pelas

empresas a partir dos anos de 1970 contribuíram para a expressiva redução do índice de

defeito dos produtos e serviços. As empresas exigem cada vez mais profissionais qualificados

para promover a melhoria contínua da qualidade.

O presente trabalho tem por finalidade mostrar o quanto é importante ter

qualidade na empresa, trazendo vantagens para a mesma, e identificar se as empresas da

região de Criciúma estão em busca de melhoria contínua da qualidade.

Posteriormente, serão apresentadas doze perguntas a respeito do tema sugerido

“Sistema de Gestão”, que serão aplicadas no segundo bimestre em uma empresa química da

região de Criciúma. A pesquisa tem por finalidade avaliar se a qualidade nas empresas faz a

diferença na sua administração.

Tal trabalho contribui para o aprendizado dos alunos da 3ª fase do curso técnico

de administração, facilitando o entendimento em relacionar as teorias aprendidas em sala de

aula e a realidade do cotidiano.

1.1 TEMA

A importância do sistema de gestão da qualidade para a satisfação dos clientes.

Page 7: Projeto Gestão da Qualidade

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1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Um dos maiores problemas que as empresas têm hoje, sem pelo menos

perceberem, é a satisfação dos clientes. O prejuízo que isto traz para elas é imensurável e

muitas vezes imperceptível, levando a grande maioria dos empresários a crer que as causas

são econômicas ou financeiras, mas na verdade são consequências do atendimento ao cliente.

As ferramentas de gestão da qualidade podem ser aplicadas para a melhoria e

aperfeiçoamento do atendimento aos clientes.

O sistema de gestão da qualidade assegura a qualidade de produtos e serviços

fornecidos aos clientes.

Através da pesquisa bibliográfica e aplicação da pesquisa de campo, os alunos da

3ª fase do Curso Técnico em Administração da SATC irão desenvolver atividades

multidisciplinares para identificar a importância do sistema de gestão da qualidade para a

satisfação dos clientes.

Este estudo contribuirá para a formação e capacitação dos educando do Curso

Técnico em Administração da SATC.

1.3 PROBLEMA

De que forma a implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade influência

na qualidade dos produtos e serviços das organizações e qual a sua importância para a

satisfação dos clientes?

1.4 JUSTIFICATIVA

O presente projeto de competência justifica-se por ser uma ferramenta de

avaliação dos conhecimentos, habilidades e atitudes adquiridas pelos educandos da terceira

fase no processo de ensino-aprendizagem do curso técnico de Administração.

1.5 OBJETIVOS

1.5.1 Objetivo geral

Identificar a importância da implementação do sistema da qualidade para a

satisfação dos clientes nas empresas da região de Criciúma.

Page 8: Projeto Gestão da Qualidade

7

1.5.2 Objetivos específicos

Conhecer teoricamente as ferramentas de Gestão da Qualidade

Selecionar as empresas da região para aplicação de entrevista;

Elaborar uma pesquisa de campo;

Aplicar pesquisa de campo junto às empresas selecionadas;

Correlacionar os dados obtidos entre a teoria e a prática.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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8

A seguir será apresentada a fundamentação teórica referenciando autores

especializados da Gestão da Qualidade, evidenciando as áreas da mesma de acordo dos

requisitos da norma ISO 9001, 14001 e OHSAS 18001.

2.1 ISO (Organização Internacional de Normalização)

De acordo com Vieira Filho (2007), a gestão da qualidade evoluiu ao longo do

século XX passando por quatro estágios marcantes: a inspeção do produto, o controle do

processo, os sistemas de garantia da qualidade e gestão da qualidade total.

A gestão da qualidade total e os sistemas de gestão da qualidade da série ISO

9000 são resultados importantes dessa evolução, que tem sido largamente adotada por

inúmeras organizações no Brasil e no exterior, como parte da estratégia das empresas para

ganhar ou aumentar a competitividade.

O sistema da qualidade estabelecido pela ISO se destina as empresas interessadas

em implementar um sistema de gestão da qualidade, seja por exigência de um ou mais

clientes, para demonstrar a sua capacidade de atender aos requisitos dos clientes de forma

sistemática ou, simplesmente, porque a empresa pretende melhorar a sua eficiência e eficácia

no atendimento de seus clientes. (VIEIRA FILHO, 2007, p. 14).

2.2 PROGRAMA 5S

Segundo Rebello (2006), o programa da qualidade total chamado 5S’s, teve início

no Japão na década de 1950, após a Segunda Guerra Mundial, com o intuito de reorganizar o

país porque estava em uma crise competitiva. A utilização do programa 5s foi um dos fatores

que ajudou na recuperação das empresas japonesas e na implantação da qualidade total no

país. O resultado foi tão eficaz que é considerado até hoje como um instrumento de gestão da

qualidade.

O objetivo desse programa é mudar as atitudes das pessoas e os ambientes das

empresas, proporcionando melhor qualidade de vida aos funcionários, redução de custos e

desperdícios e aumento da produtividade das empresas.

A maior dificuldade da implantação efetiva de um programa de qualidade é a mudança cultural das pessoas que compõe a organização, em todos os níveis hierárquicos. Barreira imposta que foi caracterizada como paradigma a ser rompido com o tempo e com a persistência. (REBELLO, 2006, p. 78).

Page 10: Projeto Gestão da Qualidade

9

Implantar um programa de qualidade permanente é visto como uma dificuldade,

pois as pessoas nem sempre estão adeptas a mudanças, e essa é uma barreira que com o tempo

e a persistência será rompida.

O programa 5S não garante a qualidade da empresa, é apenas uma ferramenta que

se une à razão da qualidade e que auxilia na criação de condições necessárias para a

implantação de projetos de melhoria contínua. (VIEIRA FILHO, 2007, p. 27).

2.2.1 Senso de utilização ou descarte (Seiri)

Segundo Vieira Filho (2007) esse senso compõe-se em separar e retirar tudo

aquilo que é desnecessário ao local de trabalho e que dificilmente se utiliza. Para identificar

esses pontos são necessárias algumas questões como:

1. Se é usado toda hora;

2. Se é usado todo dia;

3. Se é usado toda semana;

4. Se não há uma frequência de uso;

5. Se for desnecessário.

Essas questões requerem providencias como, manter o material sempre ao

alcance, deixar os materiais próximos ao local de execução, guardar o material em algum

depósito, e certificar se o material realmente não interessa a nenhum setor, antes de ser

descartado.

Segundo Vieira Filho (2007, p. 26) “evite guardar coisas desnecessárias, pois

ocupam o espaço daquelas realmente úteis”.

Os benefícios desses sensos são muitos, e entre eles podem ser citados, liberação

de espaço, redução de tempo de procura do material, isso diminui o cansaço físico e mental,

pois o funcionário encontrará rapidamente o material desejado.

2.2.2 Senso de ordenação (Seiton)

Page 11: Projeto Gestão da Qualidade

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Segundo Vieira Filho (2007), esse senso consiste em colocar cada material em seu

devido lugar de modo que possa ser utilizado rapidamente e a qualquer momento. Ele se

resume em ordenar os materiais, o primeiro material que entra é o primeiro que deverá sair,

padronizar as nomenclaturas de tudo, para evitar que objetos tenham nomes iguais, usar

etiquetas e/ou rótulos padronizados, com cores e símbolos que facilitam a visualização e

identificação e a reposição de objetos e documentos em seus locais específicos.

Os benefícios desse senso são rapidez e facilidade em encontrar materiais e

objetos, controle sobre o que cada funcionário precisa ter para desempenhar o seu trabalho,

evita compra de materiais desnecessários e entre outros.

2.2.3 Senso de limpeza (Seisou)

Segundo Vieira Filho (2007), o sentido desse senso é retirar a sujeira do ambiente

de trabalho, mas essa sujeira não se limita em retirar pó e lixo, é necessário que cada

funcionário após usar um material ou equipamento deixe-o nas melhores condições de uso. É

necessário também jogar todo lixo em seu local apropriado.

Segundo Vieira Filho (2007, p. 31): “local limpo não é o que mais se varre e sim o

que menos precisa ser limpo”.

Os benefícios do senso de limpeza são ambiente de trabalho mais limpo e

agradável, maior controle sobre a conservação dos materiais e eliminação de desperdícios.

2.2.4 Senso de higiene (Seiketsu)

Segundo Vieira Filho (2007), esse senso refere-se às condições físicas e mentais

adequadas à boa saúde. Para praticar, é necessário cuidar da saúde e higiene pessoal, e é

importante se manter saudável, pois, auxilia a pessoa a conviver socialmente no seu trabalho,

e também, porque o local de trabalho reflete a personalidade de quem ali está.

Para manter-se saudável, não apenas de corpo, mas da mente também, é

importante respeitar a opinião dos colegas, participar sempre das atividades, evitar conflitos,

fofocas e brincadeiras de mau gosto, pois assim as pessoas serão bem vista na empresa.

Os seus benefícios são equilíbrio mental e físico, melhoria da imagem da empresa,

da satisfação e motivação dos funcionários, e melhoria do ambiente de trabalho.

2.2.5 Senso de autodisciplina (Shitsuke)

Page 12: Projeto Gestão da Qualidade

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Segundo Vieira Filho (2007), esse senso refere-se à manutenção de todos os

outros implantados, e prega a melhoria contínua, se está bom pode ficar melhor ainda.

Ele visa tornar rotina o que se foi aplicado anteriormente, assim todos se adaptam

as regras criadas para seu próprio bem-estar e bom funcionamento da organização. O

benefício desse senso é funcionários e empregados motivados.

O 5S é um programa tanto para os empregados quanto para a empresa, pois

proporciona a ambos uma maior qualidade e oportunidade de crescimento. A metodologia

pode ser aplicada as organizações de qualquer tamanho ou segmento.

2.3 AUDITORIAS DA QUALIDADE

As auditorias da qualidade são seções planejadas e documentadas, nas quais é

avaliada a eficácia do sistema da qualidade por meio de evidências objetivas e identificação

de não conformidades.

[...] pode-se dividir a atividade de auditoria em verificação da conformidade da documentação da organização à norma (auditoria de adequação) e verificação, por meio de evidência, da efetiva implementação dos procedimentos que compõem o sistema da qualidade de uma empresa (auditoria de conformidade). (LEUSIN, et. al., 2008, p.71).

As auditorias são ainda classificadas em auditoria de primeira parte (auditoria

interna), auditoria de segunda parte (cliente-fornecedor) e auditoria de terceira parte (auditoria

externa, feita por um organismo independente).

As auditorias de terceira parte são realizadas por meio de órgãos independentes,

que verificam a eficácia do sistema de gestão da qualidade da empresa, com isso atuando na

certificação da mesma.

Entre os vários organismos credenciados pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), para a realização de auditorias e certificação de empresas, destaca-se a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). (LEUSIN, et. al., 2008, p.72).

As auditorias de segunda parte são empregadas, principalmente, quando as

empresas fornecedoras ainda não estão certificadas. Ou seja, trata-se da avaliação ou

qualificação de fornecedores.

Page 13: Projeto Gestão da Qualidade

12

As auditorias de primeira parte são feitas como uma forma de auto-avaliação da

gestão da qualidade pela organização.

De modo geral, as auditorias internas visam avaliar a manutenção do sistema da qualidade, ou seja, se não há degradação no atendimento aos requisitos normativos, agindo também como uma forma de prevenção para as auditorias externas ou de terceira parte. (CARPINETTI; GEROLAMO; MIGUEL, 2010, p. 90).

As áreas de atuação onde são executados os processos mais importantes dentro da

organização devem ser realizadas auditorias com maior frequência. Assim como, os processos

onde foram encontradas não conformidades também podem ser reavaliados em menor espaço

de tempo.

Os critérios da auditoria, finalidade, frequência e métodos devem ser definidos. A

ISO 9001 recomenda que as auditorias internas sejam feitas intercaladas às auditorias externas

e com frequência mínima de duas vezes por ano. No ato da execução das auditorias deve-se

começar pela análise dos documentos usados para gestão da qualidade das áreas envolvidas.

Em seguida, os responsáveis pelas áreas auditadas devem ser questionados a fim verificar o

cumprimento dos requisitos da ISO 9001.

Os auditores devem ser treinados nos procedimentos de auditoria e também

devem ter conhecimento sobre os requisitos da ISO 9001.

Mesmo sem dispor de auditores natos, é sempre possível preparar auditores aceitáveis. É recomendável que a empresa pré-selecione os seus candidatos, tanto quanto possível aproveitando aquelas pessoas que tem perfil razoavelmente alinhado com o requerido e que se interessam genuinamente pela organização. (MARANHÃO, 2006, p. 115).

A seleção dos auditores e a execução das auditorias devem assegurar objetividade

e imparcialidade do processo de auditoria, assim como, os auditores não devem auditar o seu

próprio trabalho.

A ISO 9001 exige que sejam documentados todas as responsabilidades e os

requisitos para planejamento e execução de auditorias e relatados os resultados e manutenção

de registros.

Por fim, a equipe de auditoria deve gerar um relatório de auditoria e a administração responsável pela área auditada deve assegurar que as ações para eliminar não conformidades e suas causas sejam tomadas nos devidos prazos, sem atrasos injustificados. (CARPINETTI; GEROLAMO; MIGUEL, 2010, p. 90).

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As auditorias internas são, indiscutivelmente, o melhor instrumento de avaliação

de desempenho do Sistema de Gestão da Qualidade. Elas têm por objetivos principais avaliar

a conformidade e o grau de implementação, bem como promover oportunidades de melhorias.

Com isso, somente boas auditorias geram resultados desejados.

2.4 AÇÕES CORRETIVAS E PREVENTIVAS

No dia a dia de uma organização, nos deparamos com várias anomalias ou não-

conformidades, as quais deverão ser eliminadas na medida em que são detectadas. De acordo

com Vieira Filho (2007), é muito importante uma política de ações corretivas e preventivas

dentro de uma organização, pois é corrigindo as não conformidades existentes e eliminando as

não conformidades potenciais que a mesma melhorá continuamente seu Sistema de Gestão,

como será apresentado a seguir.

2.4.1 Ações corretivas

Deve ser verificado se há necessidade de ação corretiva, fazendo-se um plano de

ação e verificando a eficácia da ação tomada.

Nada de soluções imediatas sem analisar as causas fundamentais. As decisões, sem um estudo mais abrangente, normalmente, não causam um efeito duradouro, ou seja, eliminar e erradicar as causas fundamentais de modo que as mesmas nunca mais ocorram. (VIEIRA FILHO, 2007, p. 107).

Podem ser utilizadas ferramentas da qualidade em que há um problema, suas

causas, onde é feito um plano de ação, executada a ação e analisado a eficácia das ações.

Outra forma é utilizar os mesmos princípios das ferramentas da qualidade e utilizar também,

um formulário específico para tratar as não-conformidades.

Segundo Carpinetti, Miguel e Gerolamo (2010), as ações corretivas têm por

objetivo principal eliminar as causas que geram não conformidades, de modo a evitar ou

minimizar repetição do problema. As não conformidades podem ser de produto ou de

processo, incluindo processos produtivos e administrativos. Uma não conformidade de

processo refere-se às operações executadas em desacordo com o previsto para aquela

atividade, sejam atividades produtivas ou administrativas.

Page 15: Projeto Gestão da Qualidade

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2.4.2 Ações preventivas

De acordo com a ISO 9001, elas têm por objetivo eliminar as causas de não

conformidades potenciais, de forma a evitar sua ocorrência. Segundo Vieira Filho (2007, p.

112) “a tendência é que na medida em que a organização utiliza, em profusão, o tratamento

das não conformidades, surjam oportunidades para que se previna ao invés de corrigir,

evitando que ocorra a não conformidade”. Assim como na ação corretiva, também na

preventiva podem-se utilizar as ferramentas da qualidade ou emitir um relatório de ação

preventiva.

2.5 CALIBRAÇÃO

A calibração permite assegurar que os desvios entre os valores indicados por um

aparelho de medida ou um sistema de medida, ou os valores representados por uma medida

materializada e os valores conhecidos correspondentes de uma grandeza medida são inferiores

aos erros máximos tolerados.

Theisen (2000), diz que quando a calibração é classificada como padrão permite

através da rastreabilidade validar o erro sistemático por acaso encontrado e assim corrigi-lo,

possibilitando um aprimoramento da exatidão do mesmo. A correção do erro sistemático é

realizada via incremento do valor da correção necessária nas leituras feitas pelo padrão.

Os instrumentos definidos como de processo ou de campo são todos aqueles que

são calibrados pelos padrões e não existe correção de erros sistemáticos porque não seria

operacional nem aplicável a utilização de tabelas de correção no campo. Quando classificado

como instrumento do processo é preciso fixar um critério de decisões para o resultado da

calibração:

Se o desvio entre VVC, que é determinado por um sistema padrão e o valor indicado pelo instrumento é inferior ao erro máximo tolerado, o instrumento é aceito;

Se o desvio entre VVC e o valor indicado pelo instrumento é superior ao erro máximo tolerado, o instrumento é rejeitado. Então se opta por uma decisão de ajustagem, reparação, reforma ou desclassificação do instrumento. (THEISEN, 2000, p. 156.)

Existem empresas que utilizam a calibração somente para obter um certificado,

assim sendo uma atitude limitada em relação ao processo metrológico, que verá a calibração

Page 16: Projeto Gestão da Qualidade

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apenas como um elevado custo e não como uma oportunidade de aperfeiçoamento da

qualidade.

Para Theisen (2000), as empresas que entendem a calibração periódica como uma

função da qualidade e a visualizam como uma oportunidade de aprimoramento da qualidade,

o desdobramento desta mentalidade refletirá em:

Redução dos limites das especificações: produtos mais uniformes representam uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes;

Prevenção de defeitos: com o constante monitoramento dos instrumentos que controlam e comandam o processo, obtém-se uma consequente redução de perdas pela pronta detecção de desvios no processo produtivo, evitando assim o desperdício e os rejeitos;

Compatibilidade das medições: as calibrações referenciadas a centros metrológicos rastreados aos padrões internacionais asseguram que as referências utilizadas para as medições resultam no atendimento dos requisitos de desempenho quando os mesmos são verificados por terceiros no momento da inspeção de recebimento conforme cláusula contratual. (THEISEN, 2000, p. 155).

No processo de calibração as operações de calibração são todas fundamentadas na

comparação com um padrão e não incluem nenhuma intervenção sobre o meio de medida em

observação que não sejam aquelas das operações preliminares. Aqui segue um roteiro para

definir os equipamentos de medição que devem ser controlados e que servirão de base da

hierarquia metrológica da empresa:

Figura 1: Roteiro para definição dos equipamentos de medição.

Identificação das variáveis que afetam a qualidade

Identificação dos equipamentos de medição que controlam essas variáveis

Definir as tolerâncias para as variáveis

Verificar se as características dos equipamentos são compatíveis com as tolerâncias especificadas para as variáveis

Organizar a estrutura metrológica interna para controlar os equipamentos

Fonte: THEISEN, Álvaro Medeiros de Farias. Fundamentos da metrologia industrial. (2000 p. 159).

Page 17: Projeto Gestão da Qualidade

16

2.6 CÍRCULOS DE CONTROLE DA QUALIDADE

Círculos de Controle de Qualidade (CCQ) é, de acordo com Chaves (2003), um

programa que estimula a participação, a motivação e a melhoria contínua dos processos.

Logo, para se implantar um processo participativo em qualquer organização, é necessário

harmonizar os sistemas que formam esta organização, ou seja, não pode haver conflitos entre

os seus diversos sistemas.

Círculo de Controle da Qualidade é um grupo voluntário de trabalhadores que

receberam treinamento para a solução de problemas relacionados ao trabalho. De acordo com

Chaves (2003), o programa tem como objetivo:

Propiciar o crescimento das pessoas, estimulando a máxima utilização do seu

potencial;

Contribuir para o fortalecimento da organização e desenvolvimento da sociedade.

O crescimento se dá de forma organizada, no qual os grupos se estruturam,

elegem um líder e definem compromissos conjuntos. No CCQ cada um chega de um jeito e

não se pode escolher o participante e nem tentar moldá-lo. O mais hábil vai ajudando a

potencializar os menos hábeis e o resultado final deve ser de harmonia.

O grupo deve respeitar a natureza humana, para que o individuo não seja

condenado à alienação e depressão. Sendo que o trabalho conjunto e a convivência vão

proporcionar um grande aprendizado, fazendo com que aos poucos a pessoa expanda sua

capacidade de ver, sentir, ouvir, propor, interagir, implantar e tirar lições do trabalho.

2.7 MÉTODO E ANÁLISE PARA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE PROCESSO

MASP (Métodos de Análise e Solução de Problemas) é um processo dinâmico na

busca de soluções para uma determinada situação, como:

Priorização do problema;

Divisão do problema em partes que possam ser analisáveis;

Verificações das situações que necessitam de atenção.

Page 18: Projeto Gestão da Qualidade

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O objetivo é aumentar a probabilidade de resolver uma situação onde tenha

surgido um problema. Segundo Cunha (2001), a solução do problema é um processo que

segue uma sequência lógica, começando pela identificação do problema, continuando pela

análise e terminando com a tomada de decisão:

Identificação do problema: conforme Tomelin (2004), para solucionar um problema

é necessário definir claramente o mesmo e reconhecer sua importância, como: escolher

o problema, levantar informações do mesmo, criar um histograma mostrando as perdas

atuais e ganhos viáveis (por exemplo), e por fim fazer análise de Pareto.

Observação: visa investigar as características específicas do problema com uma

visão ampla e sob vários pontos de vista, como: descobrir as características através de

uma coleta de dados, coletarem opiniões e utilizar o gráfico de Pareto, fazer um

cronograma para referencia e definir uma meta a ser atingida.

Análise: tem como foco descobrir as causas fundamentais, como: definir as causas

utilizando o Brainstorming (por exemplo), escolher as causas mais prováveis, fazer

uma verificação e por fim transformar a causa em um novo problema.

Plano de ação: tem a finalidade de conceber um plano para bloquear as causas

fundamentais, como: elaborar uma estratégia (plano) de ação, e determinar a meta a

ser atingida.

Ação: tem o objetivo de bloquear as causas fundamentais, como: divulgar o plano a

todos os envolvidos, apresentar claramente as tarefas e principalmente a razão delas,

certificar-se de que todos entenderam/concordaram com a mesma e por fim executar a

ação.

Verificação: visa verificar o bloqueio, como: comparar os resultados, fazer uma

listagem dos efeitos, verificarem a continuidade ou não do problema e analisar se o

bloqueio foi efetivo.

Padronização: tem como foco prevenir o reaparecimento do problema, como:

estabelecer um novo procedimento operacional, fazer uma comunicação de modo a

Page 19: Projeto Gestão da Qualidade

18

evitar possíveis confusões, efetuar treinamento e por fim fazer um acompanhamento

periódico da utilização padrão.

Conclusão: tem a intenção de rever todo o processo de solução do problema para

trabalho futuro, como: relacionar os problemas recentes e também os resultados acima

do esperado, reavaliar os itens pendentes e refletir sobre as próprias atividades da

solução de problemas.

2.8 FERRAMENTAS DA QUALIDADE

Segundo Tomelin (2004), ferramenta da qualidade pode ser definida como uma

sequência de procedimentos lógicos, apoiada em fatos e dados, que tem como objetivo

determinar a causa fundamental de um problema para eliminá-la, solucionando

definitivamente o problema. Cada ferramenta tem sua própria utilização, sendo que não existe

uma receita adequada para saber qual a ferramenta que será usada em cada fase. Isto vai

depender do problema envolvido, das informações obtidas, dos dados históricos disponíveis, e

do conhecimento do processo.

2.8.1 Folha de verificação

Tromelin (2004), diz que folha de verificação são formulários nos quais os dados

coletados são preenchido de forma fácil e sintetizado. Registram os dados dos itens a serem

verificados, permitindo uma rápida percepção da realidade e uma imediata interpretação da

situação. De acordo com o quadro abaixo:

Figura 2 – Folha de verificação

Fonte: Tomelin (2004)

2.8.2 Diagrama de Pareto

Page 20: Projeto Gestão da Qualidade

19

De acordo com Roth (2004), o diagrama de Pareto é um gráfico que apresenta os

itens e a classe na ordem dos números de ocorrências, apresentando a soma total acumulada.

É representado por barras dispostas em ordem decrescente, com a causa principal vista do

lado esquerdo do diagrama, e as causas menores são mostradas em ordem decrescente ao lado

direito. Cada barra representa uma causa exibindo a relevante causa com a contribuição de

cada uma em relação ao total, conforme demonstra o gráfico a seguir:

Figura 3 – Diagrama de Pareto

Fonte: Roth (2004).

2.8.3 Diagramas de causa e efeito

Segundo Tomelin (2004), o diagrama de causa e efeito é uma representação

gráfica que permite a organização das informações possibilitando a identificação das possíveis

causas de um determinado problema. Também chamado de diagrama de espinha de peixe,

mostra-nos as causas principais de uma ação, as quais dirigem para as subcausas, levando ao

resultado final.

Usa-se diagrama de causa e efeito necessita identificar todas as causas possíveis

de um problema para saber quais as causas que estão provocando o mesmo.

Figura 4 – Diagrama de Causa e Efeito

Page 21: Projeto Gestão da Qualidade

20

Fonte: Tomelin (2004)

2.8.4 Histograma

São gráficos de barras que mostram a variação sobre uma faixa específica,

possibilitando conhecer as características de um processo ou um lote de produto permitindo

uma visão geral de um conjunto de dados. (TOMELIN, 2004).

Figura 5 - Histograma

Fonte: Tomelin (2004)

2.8.5 Diagrama de dispersão

Segundo Cunha (2001) diagrama de dispersão é a etapa seguinte do diagrama de

causa e efeito, pois verifica se há uma possível relação entre as causas, isto é, nos mostra se

existe uma relação, e em que intensidade. Usa-se para visualizar a intensidade do

relacionamento entre as duas variáveis, e comparar a relação entre os dois efeitos ou para

Page 22: Projeto Gestão da Qualidade

21

verificar se as duas variáveis estão relacionadas, ou se há uma possível relação de causa e

efeito.

Figura 6 – Diagrama de disperção

Fonte: Cunha (2001)

2.8.6 Gráficos de controle

Segundo Cunha (2001), os gráficos de controle são gráficos que servem para

examinar se o processo está ou não sob controle, usando métodos estatísticos para observar as

mudanças dentro do processo, baseado em dados de amostragem. Usa-se um gráfico de

controle para verificar se o processo está dentro dos limites pré-estabelecidos ou para

controlar a variabilidade do processo, ou grau de não conformidade.

2.8.7 Fluxograma

É uma forma ilustrativa do fluxo das operações de um processo. Souza (2001),

afirma que o fluxograma é uma ferramenta fundamental, tanto para o planejamento

(elaboração do processo) como para o aperfeiçoamento (análise, critica e alterações) do

processo. É basicamente formado por três módulos, segundo Souza (2001):

Início (entrada): assunto a ser considerada no planejamento; Processo: consiste na determinação e interligação dos módulos que

englobam o assunto; Fim (saída): fim do processo, onde não existem mais ações a ser

considerada.

Page 23: Projeto Gestão da Qualidade

22

Figura 7 - Fluxograma

Fonte: Souza (2001).

2.8.8 Brainstorming

É um grupo de pessoas na qual um tema é exposto e que através de livre

associação de pensamento começam surgir idéias associadas a este tema. O objetivo é obter o

maior número possível de sugestões, para fazer posteriormente uma análise.

Segundo Roth (2004) é comum usar Brainstorming para solucionar um problema,

desenvolver um novo produto e outras inúmeras aplicações, pois é uma técnica bastante

flexível.

2.8.9 5W2H

Segundo Souza (2001), 5W2H é um documento que identifica as ações e as

responsabilidades de quem irá executar, por meio de um questionamento, capaz de orientar as

diversas ações que deverão ser realizadas.

O 5W2H deve ser estruturado para permitir uma rápida identificação dos

elementos necessários à implantação do projeto. Os elementos podem ser descritos, de acordo

com Souza (2001), como:

Page 24: Projeto Gestão da Qualidade

23

WHAT - O que será feito (etapas)

HOW - Como deverá ser realizada cada tarefa/etapa (método)

WHY - Por que deve ser executada a tarefa (justificativa)

WHERE - Onde cada etapa será executada (local)

WHEN - Quando cada uma das tarefas deverá ser executada (tempo)

WHO - Quem realizará as tarefas (responsabilidade)

HOW MUCH – Quanto custará fazer (custo)

2.9 CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO

Segundo Roth (2004), o Controle Estatístico do Processo (CEP) é um conjunto de

ferramentas, que permite o alcance de um processo seguro, eficiente e rápido. Eficiente por

trabalhar com base na matemática aplicada, seguro pela sua aplicação no dia a dia das

atividades industriais e rápido por trabalhar com pequenas amostras representando toda

população.

Com o CEP é possível aproveitar melhor os equipamentos e máquinas, a mão de

obra e os demais recursos, o que permite desenvolver competentemente a ação gerencial para

aperfeiçoar a qualidade e produtividade. (ROTH, 2004, p. 152).

2.10 CUSTO DA NÃO QUALIDADE

O produto deve chegar até o consumidor, atendendo a um padrão de qualidade

estabelecido pela a organização. A ocorrência de um defeito no produto, seja qual for sua

natureza, prejudica a perfeita utilização do produto e compromete a sua qualidade. Por isso, é

necessário haver uma qualidade de conformação que invista em ações de correção, sobretudo,

de prevenção de defeitos.

A qualidade de conformação, assim, pode ser definida como a medida de fidelidade com que o produto fabricado atende as especificações do projeto. Essa fidelidade reflete a natureza, a intensidade, a forma, a frequência e a gravidade de alterações ocorridas durante a produção. (PALADINI, 2000, p. 84).

A falta de adequação ao uso acarreta prejuízos para o cliente e para a organização

e gera os custos da não-qualidade, outra idéia importante dentro do moderno enfoque da

qualidade na administração. Os custos da não-qualidade também se agrupam em duas

categorias: custos internos e custos externos dos defeitos. Aumentar a adequação ao uso

Page 25: Projeto Gestão da Qualidade

24

significa reduzir ou eliminar esses custos, o que implica maior eficiência dos recursos

produtivos. É por isso que "mais qualidade custa menos".

Maranhão (2006, p. 78, 79), cita os principais custos dos defeitos que são

identificados antes de os produtos e serviços serem expedidos para o cliente, os quais são:

Matérias primas e produtos refugados; Produtos que precisam ser retrabalhados; Modificações nos processos produtivos; Perda de receita; Tempo de espera dos equipamentos parados para correções; Pressa e tensão para entrega dos produtos corrigidos ou consertados.

Além disso, o autor também cita os custos dos defeitos que ocorrem depois que o

produto ou serviço chagam ao cliente:

Cumprimento das garantias oferecidas ao cliente; Perda de encomendas; Processamento de devoluções; Custos de processos nos organismos de defesa do consumidor; Comprometimento da imagem; Perda de clientes e de mercado.

2.11 DOCUMENTAÇÃO DA QUALIDADE

Para que o sistema da qualidade funcione dentro de uma empresa, é necessário

que os procedimentos, normas e especificações sejam documentadas e todos os resultados

sejam registrados. Entende-se por documento do Sistema de Gestão da Qualidade os

procedimentos operacionais, as instruções de trabalho, os manuais para normas de assistência

ao cliente, os padrões de qualidade, as folhas de processo e os formulários.

A documentação é vista como conjunto de documentos, ex: especificação,

registros, formulários, bem como qualquer ferramenta na qual as informações estão contidas.

Este pode ser papel, disco de computador, fotografias, amostras padrão ou uma combinação

destes, já o conteúdo é a informação contida dentro deste suporte. (CARPINETTI, 2007).

A documentação do sistema de qualidade está dividida em quatro etapas, que são:

Manual da qualidade;

Os procedimentos;

As instruções operacionais;

Registros da qualidade.

Page 26: Projeto Gestão da Qualidade

25

A primeira etapa da documentação é manual da qualidade, que aborda a política, a

missão, os objetivos e o porquê da qualidade. Tem como finalidade descrever o sistema de

gestão da qualidade e servir como referência para manutenção em todos os setores da

organização.

Já a segunda etapa refere-se aos documentos administrativos, que contém

informações do que fazer, quando fazer, onde fazer, e quem irá fazer cada atividade dentro da

empresa.

A terceira etapa refere-se às instruções operacionais, documento que irá instruir os

operadores de como a operação deve ser executado.

E a quarta etapa menciona os registros da qualidade, um documento usado para

registrar os dados, confirmando se as operações e os produtos estão de acordo com as

especificações.

Portanto, de acordo com Cunha (2001 p. 56) “a documentação do sistema de

gestão da qualidade consiste no registro das informações de forma a monitorar cada etapa

produtiva, mostrando a qualidade desejável do produto”. Sendo que é através dos documentos

que a qualidade torna-se visível a todos dentro da empresa

2.12 MELHORIA CONTÍNUA

O processo de melhoria contínua é a continuidade da melhoria eficaz do sistema

de gestão da qualidade na organização. Para Capinetti; Gerolamo; Miguel (2010, p. 94): “[...]

esse requisito implica melhorar continuamente o sistema de gestão da qualidade para com isso

melhorar, de forma também contínua, a eficácia dos resultados e a eficiência da organização.”

2.12.1 Ciclo PDCA

O ciclo PDCA é um método gerencial para promoção da melhoria contínua e

reflete, em suas quatro fases, a base da filosofia do melhoramento contínuo. Segundo Junior

(2008 p. 92): “é preciso que esse método gerencial seja dominado por todos na organização, já

que promove o tratamento adequado de problemas, a padronização da melhoria contínua e o

desenvolvimento de oportunidades”. Segundo Vieira Filho (2007), o PDCA possui quatro

etapas, dentre elas:

Page 27: Projeto Gestão da Qualidade

26

P: do verbo to plan ou planejar. Nessa etapa, são definidas as metas que se deseja

atingir. Segundo Vieira Filho (2007, p. 24):

Essas metas devem ser cuidadosamente definidas e algumas informações são extremamente importantes, como conhecer as tendências de mercado, saber o que o cliente deseja, conhecer os fornecedores, verificar se há necessidades de investimentos, situação política do país e do mundo e outras.

D: do verbo to do ou executar. Deve-se treinar todos os envolvidos em procedimentos

que têm como base as metas estabelecidas, realiza-se atividades e colhem-se dados.

C: do verbo to check ou verificar. Esta é uma etapa puramente gerencial, que verifica

se o que foi executado está de acordo com as metas estabelecidas. Segundo Filho

(2007), nessa etapa são analisados os dados obtidos na etapa anterior e comparados

com o planejado.

A: do verbo to act ou atuar. Nessa etapa, a atuação é corretiva, ou seja, caso a

operação realizada não esteja de acordo com o planejado, deve-se atuar corretivamente

com planos de ação para correção de rumo visando atingir a meta estabelecida.

Figura 8- Ciclo PDCA

Fonte: Gestão da Qualidade Total, Geraldo Filho (2007).

Page 28: Projeto Gestão da Qualidade

27

A melhoria contínua é feita a partir do momento em que as metas estabelecidas

são atingidas. Neste caso, deve-se voltar ao Planejar e revisar as metas já atingidas traçando

novos desafios, novos procedimentos etc. Segundo Junior (2008, p. 94):

Girar o ciclo PDCA significa obter previsibilidade nos processos e aumento da competitividade organizacional. A previsibilidade acontece pela obediência aos padrões, pois, quando a melhoria é bem-sucedida, adota-se o método planejado, padronizando-o, caso contrário, volta-se ao padrão anterior e recomeça-se a girar o PDCA.

A previsibilidade traz segurança para a organização que sabe o que, como e

quanto irá vender e lucrar. Porém, ao mesmo tempo, ela corre o risco de estagnar enquanto

seus concorrentes procuram melhorar. Assim, o melhor é estabilizar a organização nas metas

iniciais e logo que entrar na rotina, girar o PDCA, replanejar novas metas e reiniciar o

processo.

2.13 OHSAS 18001

A norma OHSAS 18001 estabelece um processo de SSO (Assessoria em

Segurança & Saúde Ocupacional) para apresentar maior segurança para os funcionários, de

modo a eliminar ou reduzir os riscos para os mesmos e para outras partes que pertencem à

organização e que estão sujeitos a riscos realizando suas atividades.

A OHSAS 18001 não estabelece requisitos absolutos de desempenho de SSO, de

modo a fornecer apenas o contexto geral para a melhoria contínua no processo de gestão,

aplicando-se a organizações de qualquer parte, complexidade, no cumprimento dos requisitos

legais e outros de SSO, mantendo e melhorando continuamente o seu sistema de gestão.

Os benefícios potenciais decorrentes da implantação de um SGSSO (Gestão da

Segurança e Saúde Ocupacional), tendo como condição normativa a OHSAS 18001 são, de

acordo com Seiffert (2008):

Assegurar aos clientes o comprometimento com a gestão de SSO;

Manter boas relações com trabalhadores e sindicato;

Fortalecer a imagem da empresa junto aos seus clientes diretos ou indiretos;

Melhoria da imagem publica da empresa;

Reduzir acidentes que impliquem em responsabilidade civil (incapacitação ou morte);

Page 29: Projeto Gestão da Qualidade

28

Maior motivação dos funcionários;

Maior produtividade relacionada a baixa taxa de absenteísmo;

Maior facilidade de acesso de financiamentos;

Possibilidade de obtenção de seguros patrimoniais a custos mais reduzidos;

Incorporação de forma sistematizada à cultura da organização do Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional (PCMSO), regulamentados pelo Ministério do Trabalho;

Melhorar as relações entre a organização e os órgãos públicos de fiscalização

trabalhista;

Implantar um processo sistematizado de analise de riscos e avaliação de perigos

relacionados a incidentes e acidentes de saúde segurança ocupacional e ambientais;

Permitir compartilhar experiências sobre prevenção de riscos trabalhistas sobre uma

base normativa comum.

Um dos principais fatores que influencia o administrador a buscar mecanismos

sistematizados de controle é a atuação dos órgãos normativos e fiscalizadores, nas esferas

municipais, estaduais e federais. A proteção a saúde e segurança no trabalho são imperativas,

assim como aqueles órgãos determinam, sobre pena de multas e sanções.

Paladini (2008), afirma que as questões referentes à saúde e segurança no trabalho

são vistas de forma diferente da maioria dos outros processos relacionados aos negócios da

empresa pelos seguintes motivos: são associados a regulamentos legais, podendo resultar em

sanções financeiras caso as normas não sejam cumpridas e, simultaneamente, são

consideradas como uma operação “extra” que não agrega valor ao produto da empresa.

Conforme Seiffert (2008), a OHSAS 18001 é um sistema focado no

gerenciamento dos riscos relacionados a situações de emergência, e tem como vantagens da

implantação do SIG (Sistema Integrado de Gestão) o diferencial competitivo, a melhoria

organizacional, e a redução de riscos. Na fase de implantação da norma OHSAS 18001 estão

associados quatro subsistemas que requerem a elaboração de um procedimento sistêmico

documentado: treinamento, conscientização e competência; consulta e comunicação; controle

de documentos e dados; e preparação e atendimento a emergências.

Para Paladini (2008) o envolvimento da mão de obra relacionado à gestão da

qualidade pode gerar estratégias significativas, atribuindo responsabilidades que se pode

relacionar a OHSAS 18001, pois por meio da TPM (Manutenção Produtiva Total) os

Page 30: Projeto Gestão da Qualidade

29

colaboradores são envolvidos no processo de manutenção, assim passam a se tornar

responsáveis pelos equipamentos e dispositivos que utilizam, de forma a maximizar a

eficiência do equipamento, garantindo as melhores condições possíveis de utilização. Tendo

como regras:

Inserir a manutenção no planejamento da produção;

Fixar pessoas ou setores responsáveis pela execução da manutenção;

Dessa maneira, associamos a TPM a norma OHSAS 18001 de modo que a TPM

serve de referência para a OHSAS 18001 na Gestão da Qualidade, atribuindo

responsabilidades às pessoas, e com isso garantindo seu apoio e seu envolvimento na

produção com segurança e qualidade no produto.

Para que a norma OHSAS 18001 seja implantada ocorre uma avaliação de riscos

que consiste em ser uma das principais atividades do setor de segurança do trabalho, e a

indicação das medidas mais adequadas para prevenção também faz parte da avaliação. O

processo de avaliação de risco geralmente segue as seguintes etapas:

Figura 9 – Etapas do processo de avaliação de risco.

Classificar as atividades de trabalho

Identificar os perigos

Determinar o risco

Decidir se o risco é aceitável

Preparar o plano de ação para controle de risco

Revisar se o plano de ação é adequado

Fonte: Modificado de Fundacentro (2005)

Segundo Berkenbrock e Bassani (2010) esse fluxo pode ser usado como exemplo,

porém, cada organização pode criar seu próprio método de avaliação, elaborando critérios

Page 31: Projeto Gestão da Qualidade

30

com base em acidentes anteriores, na análise das não conformidades, nos resultados de

auditorias, na comunicação dos colaboradores, no layout das instalações, nos dados técnicos,

nos inventários de materias perigosos, principalmente produtos químicos.

2.14 MEIO AMBIENTE (ISO 14001)

Os avanços ocorridos na área ambiental quanto aos instrumentos técnicos,

políticos e legais para a construção da estrutura de uma política ambiental, são evidentes.

Sendo que nos últimos anos, houve um aumento quantitativo no que se refere à consolidação

de práticas que tratam a questão ambiental.

Isto é confirmado por Souza (2001), ao dizer que as estratégias de marketing

ecológico, adotadas pela maioria das empresas, visam à melhoria de imagem tanto da empresa

quanto de seus produtos.

A primeira dúvida que surge quanto à questão ambiental do ponto de vista

empresarial é sobre o aspecto econômico. Qualquer providência que venha a ser tomada a

idéia é de que aumentam as despesas e o consequentemente os custos do processo produtivo.

Sendo que a inclusão da proteção ambiental entre os objetivos da organização

moderna amplia todo o conceito de administração. Fazendo com que empresários introduzam

em suas empresas programas de reciclagem, medidas para poupar energia e outras inovações

ecológicas.

2.14.1 Desenvolvimento sustentável

Em 1992, na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento no Rio de Janeiro, reconheceu-se à importância de assumir a idéia de

sustentabilidade em qualquer programa ou atividade de desenvolvimento.

Nesse aspecto as empresas têm um papel extremamente importante. Através de

uma prática empresarial sustentável, provoca-se mudança de valores e de orientação em seus

sistemas operacionais, engajando assim à idéia de desenvolvimento sustentável e preservação

do meio ambiente.

Novaes (2002), diz que nos últimos dois séculos têm vivido sob a idéia da

liberdade, da igualdade e da fraternidade. À medida que caminhamos para o século XXI,

precisamos tomar como inspiração os quatros valores da liberdade, da igualdade, da

fraternidade e da sustentabilidade.

Page 32: Projeto Gestão da Qualidade

31

2.14.2 Gestão ambiental

Gestão ambiental é um aspecto funcional da gestão de uma empresa, que

desenvolve e implanta as políticas e estratégias ambientais. Diversas organizações

empresariais estão cada vez mais preocupadas em atingir e demonstrar um desempenho mais

satisfatório em relação ao meio ambiente. Neste sentido, a gestão ambiental tem se

configurado como uma das mais importantes atividades relacionadas com qualquer

empreendimento.

Para Meyer (2000, p. 58), a gestão ambiental é apresentada da seguinte forma:

Objeto de manter o meio ambiente saudável (à medida do possível), para atender as necessidades humanas atuais, sem comprometer o atendimento das necessidades das gerações futuras.

Meio de atuar sobre as modificações causadas no meio ambiente pelo uso e/ou descarte dos bens e detritos gerados pelas atividades humanas, a partir de um plano de ação técnica e econômica, com prioridades perfeitamente definidas.

Instrumentos de monitoramentos, controles, taxações, imposições, subsídios, divulgação, obras e ações mitigadoras, além de treinamento e conscientização.

Base de atuação de diagnósticos (cenários) ambientais da área de desempenho, a partir de estudos e pesquisas dirigidos em busca de soluções para os problemas que forem detectados.

2.15 QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES

Robles (2003), diz que os fornecedores são importantes para o processo do

sistema JIT (Just in Time) assim como os clientes e os funcionários. Fornecedores são um dos

meios possíveis para que a empresa mantenha seu capital de giro e o fluxo de caixa positivo.

Tendo uma boa relação entre a empresa e o fornecedor, pode-se negociar a parcela e a compra

da matéria-prima, e ainda negociar seu pagamento, assim ajudando substancialmente a

empresa, de modo que possibilita que a mesma estenda o processo de melhoria contínua,

assim conseguindo aumentar seus ganhos por meio da maior participação do fornecedor nesse

processo.

Robles (2003) afirma que quanto maior o Custo da Qualidade, dependendo do

posicionamento no mercado, maior será o repasse de suas ineficiências, via preço dos insumos

fornecidos.

Page 33: Projeto Gestão da Qualidade

32

Fornecedores são um meio importante que leva a empresa a ter qualidade nos seus

produtos, é necessário não somente buscar o melhor preço, mais o melhor preço com

qualidade.

2.16 PESQUISA E SATISFAÇÃO DO CLIENTE

O cliente é uma das essências das empresas, pois, sem ele a empresa não progride.

Ao longo do curso, através dos embasamentos teóricos, projetos e trabalhos, verificamos

como se faz para conquistar e manter clientes. E um dos fatores que unifica a conquista e o

fato de mantê-los é o bom atendimento, que é um dos assuntos envolvidos neste projeto.

Segundo Gerson (2003), o atendimento a clientes envolve todas as atividades da

empresa e seus funcionários, para a satisfação deles, pois, estão muito exigentes, e desejam

sempre produtos com qualidade e um bom atendimento.

Segundo Gerson (2003, p. 40): “Um atendimento deficiente a clientes é muito

caro. Um bom atendimento a clientes não tem preço, e você pode tê-lo em sua empresa”.

Primeiramente, a empresa precisa reconhecer que o bom atendimento é tanto uma ferramenta

de administração quanto de marketing, no marketing motiva os clientes a fazerem bons

comentários sobre seus serviços e negócios a outros compradores, e na parte administrativa, o

resultado será maior produtividade e maiores lucros, pois todos estarão trabalhando com o

mesmo objetivo que é o bom atendimento.

Para ter uma boa qualidade no atendimento é necessário agregar alguns serviços,

como, garantia no produto, isso possibilita o cliente a ter uma segurança, promoções ou

brindes, que de acordo com Gerson (2003, p. 45): “Isso cria para as pessoas a percepção de

que estão obtendo mais, por seu dinheiro’’. E um serviço de atendimento com chamadas

gratuitas, para os clientes apresentarem suas opiniões, reclamações e pedir informações sobre

a empresa.

Com isso os clientes se tornaram parceiros estratégicos, pois, passarão para outras

pessoas como é bom negociar com a sua empresa, e com isso o seu negocio crescerá.

2.17 OBJETIVOS E METAS DA QUALIDADE

Page 34: Projeto Gestão da Qualidade

33

Segundo Paladini (2000), não existe conceito concreto sobre qualidade, pois ela

trabalha com referências que mudam ao longo do tempo, e de forma acentuada. Entre esses

conceitos não se pode defini-la de qualquer modo, acreditando que as pessoas acreditaram ser

aquele o verdadeiro significado, pois quando se fala em qualidade todos tentam definir por

algo bem feito, pois esse termo é conhecido em nosso dia a dia.

Segundo Paladini (2000, p. 16):

Não se pode dizer que o fato de o termo qualidade ser de uso comum seja ruim. Na verdade, isso pode decorrer de profundo esforço feito em passado recente para popularizar o termo. A questão é que os conceitos usados para definir qualidade nem sempre são corretos; ou melhor, com freqüência são incorretos... E isto, sim é um problema, porque não se pode ‘’redefinir’’ intuitivamente um termo que todo mundo já conhece; nem restringir seu uso a situações específicas, se ele for de domínio publico.

O problema em definir qualidade, não esta nos equívocos cometidos, mas sim nos

reflexos críticos desses equívocos no processo de gestão. Entre o pessoal que atua na gestão

da qualidade, os equívocos que são cometidos na definição da qualidade refletem o que se

pensa popularmente, e para os consumidores, o conceito da qualidade significa valores

associados aos produtos e/ou serviços, e é correto considerar a qualidade como um conjunto

de atributos ou elementos que compõe o produto ou o serviço.

Deming foi um dos responsáveis pelo movimento da qualidade no Japão. Segundo

Mota (2008), as idéias de Deming nortearam o conhecimento a respeito da qualidade. Entre

essas idéias, a principal é a frequência de propósitos, que serve como um agente libertador do

poder de motivação, criando em todos os funcionários satisfação, orgulho e felicidade no

trabalho e no aprendizado. Deming descreveu 14 pontos para o caminho certo da gestão da

qualidade, e deve sempre ser aperfeiçoado, e entre esses pontos ele descreve que é necessário

eliminar as barreiras que impedem a realização de um bom trabalho.

Por fim, a qualidade é definida de acordo com as exigências e as necessidades do

consumidor.

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Page 35: Projeto Gestão da Qualidade

34

Primeiramente preparou-se a fundamentação teórica do trabalho, que consistiu em

levantar os conceitos teóricos disponíveis em livros e sites especializados. Após esta etapa

concluída iniciou-se a elaboração do questionário, o qual será feita a aplicação em uma

empresa da região de Criciúma. Quanto á forma de abordagem será realizado a pesquisa de

forma qualitativa.

3.1 POPULAÇÃO

A população de nossa entrevista serão as empresas da região de Criciúma.

3.2 AMOSTRA

A amostra da nossa pesquisa será uma empresa química situada em Criciúma.

3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

O instrumento de coleta de dados será um questionário composto por doze

perguntas abertas e qualitativas, as quais serão aplicadas por meio de uma entrevista.

3.4 PROCESSO DE COLETA DE DADOS

A aplicação do questionário será feita no segundo bimestre.

4 CONCLUSÃO

Page 36: Projeto Gestão da Qualidade

35

A qualidade na organização é um importante diferencial. O domínio e controle do

processo de produção da organização, a eficácia na utilização dos recursos humanos,

materiais e financeiros, e o alcance dos objetivos, são os resultados esperados com a

implantação da Qualidade, resultados que garantem a satisfação dos clientes e a melhoria

contínua da empresa.

Planejar a qualidade significa tomar decisões gerenciais antes que as máquinas

parem por defeitos, antes que montes de refugo sejam gerados, antes que os fornecedores

deixem a empresa sem abastecimento, antes que os consumidores reclamem, antes que os

custos disparem.

Planejar a qualidade significa também escolher a melhor forma de fazer as coisas,

selecionar os recursos mais adequados para cada ação, envolver a mão de obra mais

qualificada. Significa, principalmente, definir a melhor maneira de adequar os produtos ao uso

que deles se espera, significa estruturar serviços fundamentais a serem agregados ao modelo

de atuação, significa determinar melhores estratégias de competitividade. E significa ainda,

selecionar, com calma e convicção, a melhor forma de atender ao mercado.

Há ainda quem pense que qualiadade é o esforço para obter “zero defeito” e isso

não depende de planejamento mas de ações sequenciais, em direção à eliminação de defeitos.

Ocorre, contudo, que zero defeito não é um percentual como outro qualquer. Tampouco é uma

meta. Na verdade, ele decorre de um conjunto de ações que não têm como ser desenvolvidas

de forma intuitiva. Além do mais, produtos sem defeitos não são sinônimo de produtos de

qualidade. Zero defeito em termos de produção é uma coisa, em termos de relação com o

mercado é outra.

REFERÊNCIAS

Page 37: Projeto Gestão da Qualidade

36

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Page 39: Projeto Gestão da Qualidade

38

APÊNDICE

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO

Page 40: Projeto Gestão da Qualidade

39

PROGRAMA 5S

1) Como a empresa motiva seus funcionários a praticar o programa de limpeza e organização,

fazendo com que traga uma melhora no aspecto de vida dos seus funcionários?

OBJETIVOS E METAS DA QUALIDADE

2) Na empresa o que dificulta a gestão da qualidade são barreiras que impedem a realização

de um bom trabalho, como a empresa elimina essas barreiras?

AUDITORIA DA QUALIDADE

3) Como e com qual frequência a organização realiza auditorias internas? Que medidas a

mesma adota para corrigir as não conformidades encontradas? E como funcionam as ações de

prevenção dentro do sistema de gestão?

CUSTO DA NÃO QUALIDADE

4) De que forma é realizado o monitoramento das falhas de produção e quais são as ações

tomadas pela organização quando o produto não corresponde com a qualidade planejada?

FERRAMENTAS DA QUALIDADE

5) De que forma a empresa soluciona problemas relacionado à qualidade de seus produtos?

Utiliza alguma ferramenta para solucionar a qualidade da mesma? Quais os benefícios essas

ferramentas trazem?

DOCUMENTAÇÃO DA QUALIDADE

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6) A empresa utiliza alguma ferramenta para a organização dos documentos quanto às

especificidades dos produtos e/ou serviços? Se sim que benefícios a mesma encontrou com a

utilização da referente ferramenta? Caso não, de que outro modo a empresa emprega para esse

controle da documentação?

QUALIFICAÇÃO DOS FORNECEDORES

7) Quais os fatores que influenciam na escolha de fornecedores? Quais os reflexos na

qualidade dos seus produtos?

CALIBRAÇÃO

8) A empresa observa o processo de calibração apenas como uma necessidade determinada

pela norma ISO 9001 ou observa como uma ferramenta importante para o processo de

controle e gestão?

SATISFAÇÃO DO CLIENTE

9) Quando a empresa é informada, através de serviços de atendimento ao cliente, sobre

reclamações, que ações ela toma para não ocorrer mais essas reclamações?

MELHORIA CONTÍNUA

10) Quais ferramentas a organização utiliza para promover a melhoria contínua da qualidade e

que ações são tomadas para que os colaboradores se sentam motivados para estas ações?

Existe resistência às mudanças? Como estas resistências são vencidas?

MEIO AMBIENTE

Page 42: Projeto Gestão da Qualidade

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11) De que forma funciona o sistema de gestão ambiental? Existe preocupação com a

sustentabilidade do negócio? Como isso acontece?

OHSAS 18001

12) De que forma a organização gerencia seu sistema de gestão de saúde e segurança no

trabalho? Como a organização motiva seus colaboradores a seguir esse sistema?