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www.registo.com.pt SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 16 de Dezembro de 2010 | ed. 133 |0.50 euros PUB Prémio jovens investigadores Moradores descontentes Depois da Taça, volta a II Divisão Portas nas conferências AlemTejo Mora Évora Juventude Évora 16 23 24 Assembleia Municipal vai ratificar saída das Águas do Centro Alentejo Grandioso concerto de Natal na Sé de Évora este domingo PS aprova “Declaração de Évora” para “promover a regionalização” Na sessão de amanhã, em Évora Amanhã, sexta-feira, reúne-se a Asembleia Municipal de Évora. Entre os vários pontos da ordem de trabalhos ressalta a votação da proposta de revogação da concessão de fornecimento de água à empresa Águas do Centro Alentejo. Dada a composição da Assembleia Municipal, onde há uma larga maioria de eleitos do PS e da CDU (partidos que na Câmara votaram a favor da proposta) esta decisão deverá ser favorável ao fim do contrato, pelo que a partir de 1 de Janeiro - segundo refere a proposta do Executivo - o fornecimento de água e a recolha de efluentes domésticos voltará a ser da responsabilidade da autarquia em todo o concelho. Por esclarecer está ainda a forma como se pocessará esta transição de serviços e ainda como se vai resolver o proble- mas das dívidas da Câmara às AdCA que a empresa diz ser de 6 milhões de euros, mas que a Câmara contesta. No Alentejo os presépios de rua começam a fazer parte da “tradição”. Depois de Monsaraz, é agora Borba que aposta em decorar o seu Centro Histórico com algumas dezenas de figuras da autoria de um artista local. Para ver até ao dia 6 de Janeiro. Em vésperas de Na- tal fomos ao mercado e só ouvimos falar de crise. “Isto está mau,” queixam-se feirantes e fregueses. Mas a lógica consumista impõe-se e para as prendinhas da praxe ainda se vai gas- tando o pouco que há. 5,7 e 8 16 9 15 19 11 Reportagem Depois da exposição de escultura hiper-realista Évora: mercado em tempo de crise Os monstros de Witkin na Galeria Two Heads Chicken - Entrevista com o vice-presidente da Câmara Municipal de Évora, Manuel Melgão. - Extratos da ata da última reunião pública da autarquia. 3

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SEMANÁRIO Director Nuno Pitti Ferreira | 16 de Dezembro de 2010 | ed. 133 |0.50 euros

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Prémio jovensinvestigadores

Moradoresdescontentes

Depois da Taça,volta a II Divisão

Portas nas conferênciasAlemTejo

MoraÉvora Juventude Évora

16 23 24

Assembleia Municipal vai ratificarsaída das Águas do Centro Alentejo

Grandioso concerto de Natal na Sé de Évora este domingo

PS aprova “Declaração de Évora”para “promover a regionalização”

Na sessão de amanhã, em Évora

Amanhã, sexta-feira, reúne-se a Asembleia Municipal de Évora. Entre os vários pontos da ordem de trabalhos ressalta a votação da proposta de revogação da concessão de fornecimento de água à empresa Águas do Centro Alentejo. Dada a composição da Assembleia Municipal, onde há uma larga maioria de eleitos

do PS e da CDU (partidos que na Câmara votaram a favor da proposta) esta decisão deverá ser favorável ao fim do contrato, pelo que a partir de 1 de Janeiro - segundo refere a proposta do Executivo - o fornecimento de água e a recolha de efluentes domésticos voltará a ser da responsabilidade da autarquia em

todo o concelho.Por esclarecer está ainda a forma como se pocessará esta transição de serviços e ainda como se vai resolver o proble-mas das dívidas da Câmara às AdCA que a empresa diz ser de 6 milhões de euros, mas que a Câmara contesta.

No Alentejo os presépios de rua começam a fazer parte da “tradição”. Depois de Monsaraz, é agora Borba que aposta em decorar o seu Centro Histórico com algumas dezenas de figuras da autoria de um artista local. Para ver até ao dia 6 de Janeiro.

Em vésperas de Na-tal fomos ao mercado e só ouvimos falar de crise. “Isto está mau,” queixam-se feirantes e fregueses. Mas a lógica consumista impõe-se e para as prendinhas da praxe ainda se vai gas-tando o pouco que há.

5,7 e 8

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15 1911

Reportagem

Depois da exposição de escultura hiper-realista

Évora: mercado em tempo de crise

Os monstros de Witkin na Galeria

Two Heads Chicken

- Entrevista com o vice-presidente da Câmara Municipal de Évora, Manuel Melgão. - Extratos da ata da última reunião pública da autarquia.

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2 16 Dezembro ‘10

A abrir

Efeméride

No âmbito da celebração da primeira Década das Nações Unidas para a Erradicação da Po-breza (1997-2006), a 22 de Dezembro de 2005 a Assembleia Geral das Nações Unidas, decidiu proclamar 20 de Dezembro de cada ano Dia Internacional da Solidariedade Humana (re-solução 60/209). Nessa oportunidade, recor-dou que na Declaração do Milénio, os Chefes de Estado e de Governo, entre outras coisas, consideraram que a solidariedade era um dos valores fundamentais e universais em que se deveriam basear as relações entre os povos no século XXI.

O caso do açúcar desaparecido

Neste jornal alguns textos são escritos segundo o Novo Acordo Ortográfico e outros não. Durante algum tempo esta situação irá manter-se e as duas formas de escrita vão coexistir. Tudo faremos, no entanto, para que no mais curto espaço de tempo se tenda para uma harmonização das formas de escrever no Registo, respeitando as regras do Novo Acordo

Um dos temas centrais desta edição do REGISTO volta a ser a água em Évora. Depois da deci-são tomada há uma semana, e de que demos conta no último nú-mero deste semanário o assunto vai voltar a ser debatido ama-nhã pela Assembleia Municipal. Dada a relação de forças neste órgão espera-se a ratificação da proposta aprovada pela Câmara e que levará já mo próximo dia 1 de Janeiro a autarquia a assu-mir o controlo na distribuição de água e no tratamento de esgotos em todo o concelho. As dúvidas que existem ainda são muitas: como se vai processar esta trans-ferência; que meios técnicos e fi-nanceiras vão ser precisos; o que vai acontecer às AdCA depois de mais este abandono? Nesta edição tentámos perceber o que se vai passar e ouvimos o vice-presidente da Câmara de Évora, bem como o presidente da Câ-mara Municipal de Reguengos de Monsaraz, que é vogal na ad-ministração da empresa Águas do Centro Alentejo. Revelamos também alguns excertos das to-madas de posição dos diversos vereadores durante a sessão de Câmara da passada semana, que estão exaradas em acta.

Nesta edição do REGISTO fomos em reportagem ao Mercado de Évora, que costuma estar a “abar-rotar” de clientes nesta altura do

Natal, mas todos se queixam do negócio. Fala-se da crise, das pes-soas que passam e não compram. É um discurso generalizado num momento em que se anunciam mais aumentos de preços e que vão começar a vigorar os cortes salariais.

Mas de Natal, com ou sem crise, se fala muito neste jornal, so-bretudo, ao nível das festas, dos concertos, dos espectáculos. Por todo o Alentejo, dezenas de ini-ciativas assinalam esta quadra, em que merece destaque o gran-de concerto que a Fundação Eu-génio de Almeida vai organizar este domingo na Sé de Évora.

Um outro olhar vai para a expo-sição de fotografia que a Galeria Two Head Chicken, em Évora, abriu ao público. Uma exposi-ção de nível internacional tra-zida a Évora por uma entidade que, ainda há alguns meses, foi a responsável pela mostra de es-cultura hiper-realista que tantos visitantes conseguiu atrair. Por último, uma referência ao Juventude. Depois da derrota frente ao Porto, do passado fim de semana, a equipa regressa aos jogos do campeonato da 2ª Divi-são. À hora do fecho desta edição, o Juventude estava a jogar com o Reguengos de Monsaraz, num derby distrital sempre de interes-se renovado.

Crónica Editorial

20 Dezembro Dia Internacional da Solidariedade Humana

www.egoisthedonism.wordpress.comPedro Henriques Cartoonista

40 graus à Wikileaks - SlowlyleaksJá lá dizia o adágio popular que “em terra de cegos...”. Pois aqui em Évora é mais ou menos assim. Logo que chega alguém e se põe a fazer perguntas e a publicar notícias incómodas, pregam-lhe logo com um rótulo na testa. Contaram ao 40 graus que aqui os vizinhos do REGISTO são vistos assim como que os pontas de lança (defesas centrais, também serve) de uma coligação que está aí fortemente empenhada em derrubar o PS da Câmara de Évora e que junta o PSD e a CDU, a dita ADU que tantas vezes no Alente-jo se tem coligado.Os vizinhos do REGISTO falam disso e far-tam-se de rir, tal como há meses aqui no 40 graus nos fartámos de rir com a “central de informação” que o presidente da Câma-ra de Évora dizia estar montada na cidade para denegrir o seu (dele) trabalho e o da autarquia.No outro dia encontrámo-nos com os vizi-

nhos aqui do REGISTO. Estávamos já fartos de tanto rir quando alguém se lembrou de uma anedota. “Será que não haverá nenhu-ma notícia sobre a Câmara de Évora no Wi-kileaks?”. “E então sobre a EMBRAER, não haverá nada?”, lançou outro.Para rematar a história houve que dissesse que como aqui o tempo anda mais devagar, se calhar temos de esperar. “Pelo Slowlyle-aks”.

Afinal o Movimento Pijaminha era falso!...A Internet, como espaço de solidariedade, é importante, mas é também um local onde fluem noticias que nunca existiram e opi-niões que nunca foram dadas. Há dias aqui no REGISTO houve quem abrisse um mail oriundo do Gabinete de Comunicação e Relações Públicas de uma Câmara do Alen-tejo onde era solicitada a máxima divulga-ção para uma mensagem de solidariedade na qual se referia que eram “necessários (principalmente) pijamas para as crianças que estão no IPO a fazer tratamentos de quimioterapia. São necessários (principal-mente) pijamas Após os tratamentos, os pijamas ficam muito sujos e gastam-se ra-

pidamente. Esta ideia surgiu há dois anos e hoje já é chamada *Movimento Pijaminha* pelo sucesso que têm tido os esforços con-seguidos”. No REGISTO houve quem tivesse ficado sen-sibilizado, mas, pouco tempo depois, um novo mail da mesma Câmara Municipal re-feria que o tal “Movimento Pijaminha” afi-nal era falso e fora mesmo objecto de um desmentido oficial, através de comunicado, pelo Instituto Português de Oncologia, que, sensatamente, aconselhava a todos os que querem mostrar a sua solidariedade, “no futuro, por uma questão de precaução, seja confirmado sempre junto da Instituição quaisquer campanhas realizadas em nome do IPO”.Os 40 graus reafirmam esta necessidade de confirmação, tal é o volume de emails “de solidariedade” que todas as semanas rece-bem. E que, regra geral, são um embuste. E uma autêntica fraude.

Pita Ameixa: de corda ao pescoço?O PS de Évora está apostado em colocar a regionalização de novo no discurso político. Mais. Quer que Évora se assuma claramente

como “capital da regionalização”.Já em campanha para a presidência da Fed-eração de Évora, Capoulas Santos prom-etera fazer do tema um dos seus principais cavalos de batalha, o que tem cumprido.No último sábado cá juntou os presidentes de cinco federações distritais do PS que sub-screveram a “Declaração de Évora”, nome pomposo dado ao documento em que con-sideram a regionalização como “um dos in-strumentos principais para superar a crise”.O 40 graus esteve lá, contou as presenças e não lhe passou desapercebida a ausência de... Beja, pois claro. Já se sabe que Ca-poulas Santos anda falando alto e em bom som da regionalização, o que também deve agradar à Federação de Beja. Andar a meter Évora na frente da carroça... aí é que Pita Ameixa não alinha de certeza.E com o andar da carroça, às tantas ainda vamos voltar a ver no Parlamento os depu-tados do PS Beja de corda ao pescoço, tal como Agostinho Moleiro e Gavino Paixão quando estes se “enforcaram” na Assem-bleia da República na altura da aprovação do referendo da regionalização sem con-templar o Baixo Alentejo.

Carlos Júlio

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Cidade

Um grupo de moradores do Chafariz d’El Rei, junto à Somefe, utilizador das passagens de nível rodoviária e pedonal sem guarda da linha que fu-turamente ligará Sines a Elvas, está descontente com a proposta apre-sentada para a futura passagem de peões e outra de veículos. Um abai-xo assinado dirigido à Câmara de Évora e à REFER está na rua.

José Manuel Noites, fundador da Somefe, morador na zona, en-cabeça este protesto contra as al-terações que estão a ser feitas nas passagens de nível na linha de comboio contígua às habitações do bairro, futura ligação Sines/Évora/Elvas. “Foi-nos cortado um caminho rural e quebrada a continuidade para a rede viária da cidade e as alternativas que estão a ser criadas são completa-mente estúpidas e irracionais”.Os moradores entendem haver soluções mais simples para re-solver quer a passagem rodoviá-ria, quer a passagem pedonal. “A solução rodoviária podia ser resol-vida por um caminho muito mais

fácil”, enquanto que a passagem pedonal “não necessitava daquela megaestrutura”, diz José Manuel Noites referindo-se ao projeto de passagem pedonal superior cons-truída com materiais metálicos e inclui dois elevadores.Além de considerarem que os

materiais não são adequados, também é contestada a localiza-ção da passagem pedonal. “Não se justifica fazer as pessoas des-locarem-se dezenas de metros a mais e além disso no verão deve ser um calor infernal e à noite é complicado com a segurança”.

Quanto à localização os mora-dores preferiam que a passagem ficasse mais próxima da casa da guarda ali existente.

Soluções mais baratas

José Manuel Noites assegura ter

propostas e soluções “muito mais baratas” que além de evitarem “um longo caminho e encargo” evita também que os moradores da zona sejam obrigados “a confli-tuar” com o trânsito dos morado-res do bairro de São José da Ponte.Os moradores do Chafariz d’El Rei junto à Somefe querem conhecer “urgentemente os arranjos exte-riores, quer na zona urbana, quer na zona rural confinantes com a passagem de nível” e dizem que “insistentemente” têm pedido à Câmara de Évora para que lhes seja mostrada a solução final, já que a “autarquia deve certamen-te conhecer a solução final, não acredito que a REFER não tenha dado conhecimento à autarquia do ordenamento dos espaços contíguos à ferrovia”.Até agora José Noites assegura que até agora não obtiveram qualquer resposta da autarquia, pelo que a solução encontra-da em reunião de moradores é avançar com um abaixo-assina-do que pretendem entregar ao presidente da Câmara de Évora e ao presidente do Conselho de Administração da REFER. w

Obras na linha do comboio geram insatisfação no Chafariz d’El Rei

Moradores descontentes lançam abaixo-assinado

Câmara Municipal de Évora aderiu ao Simplex Autárquico, contabilizando-se, neste momento, mais de uma centena as edilidades que estão juntas neste processo de modernização administrativa. Tal como o Programa Simplex (admi-nistração pública central), a versão autárquica tem também presentes os três grandes objectivos dos pro-gramas de simplificação legislativa e administrativa: facilitar a vida aos cidadãos, diminuir os custos de contexto que sobrecarregam as actividades económicas e moder-nizar a administração.Na presente edição, o município de Évora aderiu a cinco medidas: uma intersectorial (depende da colaboração entre a administração central e local) e quatro munici-pais (exclusivas de um município ou de uma freguesia).A medida intersectorial é a Rede Comum do Conhecimento que visa promover o espaço colabora-tivo da Rede Simplex Autárquico, reconhecendo e distinguindo todos os membros que se destaca-rem pela sua participação activa, enquanto as medidas municipais são: recibo de vencimento elec-trónico, inquéritos de satisfação internos, Balcão Único de Atendi-mento e o Projecto Obramais.Para a Câmara Municipal de Évora esta adesão ao programa constitui um meio privilegiado de reforçar o compromisso do Município, com a dinâmica da modernização e simplificação administrativa, pau-tado por um sentido de responsa-bilidade, mas também de desafio.

Évora adere ao Simplex Autárquico

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EDITALLUÍS MANUEL CAPOULAS SANTOS, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ÉVORA: ------------------------------------------------------------------------------------------------

Faz saber, nos termos do n.º 1 do art.º 49 da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, que convoca uma reunião ordinária da Assembleia Municipal de Évora para o dia 17 de Dezembro de 2010, às 21,00 horas, a levar a efeito no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com a seguinte

ORDEM DO DIA:

1. Informação do Presidente da CME acerca da actividade do Município, bem como da situação financeira do mesmo;

2. Deliberação sobre as propostas da CME relativas às Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2011;

3. Deliberação acerca do Mapa de Pessoal da Câmara Municipal de Évora para o ano de 2011, proposto pela mesma;

4. Deliberação sobre a proposta da CME para a concessão da distribuição de TV por cabo;

5. Deliberação acerca da correcção dum erro material do n.º 3 do art.º 25º do Regulamento do Plano Director Municipal (PDM) e respectiva planta complementar de ordenamento, proposta pela CME;

6. Deliberação sobre a cessação da concessão existente a favor da Águas do Centro Alentejo, SA., proposta pela CME;

7. Tomada de conhecimento do relatório de revisão semestral às demonstrações financeiras do Município de Évora.

Évora, 07 de Dezembro de 2010

O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Luís Manuel Capoulas Santos

Site: www.evora.net/ameE-mail: [email protected]

A Câmara Municipal de Évora, em nota de im-prensa, “convida a população” a participar no concurso “Árvores de Natal Recicladas”, pro-movido pela autarquia, que decorre entre os dias 20 de Dezembro de 2010 e 6 de Janeiro de 2011. O processo de eleição do melhor trabalho será realizado entre os dias 20 de Dezembro e 5 de Janeiro de 2011 pelos visitantes da exposição através de boletim de voto, no Espaço Muni-cipal da Juventude, situado na Rua do Meni-no Jesus, onde estarão patentes os trabalhos a concurso. Será sorteado no dia 6 de Janeiro entre todas as pessoas que votaram para a eleição do melhor trabalho um telemóvel Samsung E2550, oferta da TMN. A entrega dos prémios e o sorteio te-rão lugar no dia 6 de Janeiro no Espaço Jovem Municipal, Rua do Menino Jesus. Todos os prémios para os participantes no concurso das árvores são oferta da TMN. Irão estar patentes no referido concurso 43 árvores, provenientes de nove jardins-de-infância e escolas do concelho, designadamente: Jardim-de-Infância do Bairro de Santo António; EB 2,3 de Stª Clara; EBI/JI da Malagueira; JI e EB1 da Vendinha; EB 2,3 André de Resende; EB1 de São Sebastião da Giesteira; EB1 de São Mamede; Centro de Actividade Infantil de Évora; e EB 2,3 Conde Vilalva.Estão envolvidas neste projecto 770 crianças (dos jar-dins de infância e escolas do 1ºciclo), 514 jovens (2º e 3º ciclos) e 39 professores e educadores. A inauguração da exposição/concurso terá lugar amanhã, dia 17 de Dezembro, pelas 16 horas, sendo precedida de uma intervenção proferida pela Vereadora do Pelouro, Cláudia Sousa Pereira. w

Árvores de Natal Recicladas

Câmara de Évora promove concurso

Paulo Nobre

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Moradores dizem-se prejudicados com as novas passagens de nível na linha Sines-Elvas.

Luís Pardal

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4 16 Dezembro ‘10

Opinião

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CARLOS SEzõESGestor/Consultor

O Portugal Positivo vencerá a pesada herança?

Nos tempos de crise em que estamos sub-mersos, a expressão “Portugal Positivo” poderá parecer uma heresia ou uma diva-gação lunática. Mas não, caro(a) leitor(a), é apenas a descrição justa e apropriada para determinadas realidades que, se fo-rem promovidas, acarinhadas e multiplica-das, poderão ser a chave do nosso futuro enquanto estado-nação.Todos conhecemos o nosso retrato mais ne-gro (e verdadeiro…e actual!): um país com défices de educação e literacia tremendos (pois, não estou eufórico com os resulta-dos do PISA, considero-os apenas um bom indicador), com uma justiça indescritível

em termos de ineficiência e morosidade, um sistema de saúde com um custo insus-tentável que tarda em reorganizar-se para os níveis de serviço pretendidos, com uma economia pouco competitiva e produtiva, com enormes “custos de contexto” que não atraem o investimento estrangeiro, uma administração pública que todos os “simplexes” do mundo não conseguem reformar, um território desordenado e um património urbano altamente degradado e finanças com um endividamento externo brutal, que poderá comprometer o futuro das próximas gerações…Enfim…já che-ga!Mas temos um outro Portugal que passa ao lado deste cenário e, apesar de tudo, mos-tra as nossas competências, capacidades de inovação, de empreendedorismo e de obter resultados no exigente patamar da econo-mia global. Exemplos? Aqui vão, de forma não estruturada…. Para começar, ressalvar aquilo que nos foi dado, sem termos qualquer trabalho.

Temos um país abençoado pela geografia física (o clima, as paisagens naturais, a extensa costa marítima) e pela geografia humana (história e respectivo património, gastronomia e hospitalidade). Conheço vários gestores internacionais que se radi-caram em Portugal, encantados por estes nossos “factores de atracção”.Depois, no esforço dos últimos 35 anos, construímos condições para os nossos muitos casos de sucesso. Temos empresas conceituadas a nível mundial, muitas ape-nas de dimensão média, como a YDreams (tecnologia interactiva), a Critical Softwa-re (soluções de informática que asseguram o suporte a sistemas críticos), a Euronavy (tintas e revestimentos), Renova (papel doméstico) ou a Bial (farmacêutica). Te-mos produtos de qualidade que se afir-mam nível global como o vinho, a cortiça o calçado até software de gestão. Temos estratégias emergentes e já bem sucedidas na área das energias (renováveis) e nas so-luções de mobilidade eléctrica. Temos o

Talento português a triunfar em exigentes palcos como a diplomacia (Barroso, Gu-terres), o desporto (Ronaldo, Mourinho) ou a alta finança (Borges, Horta Osório). No caso concreto dos recursos humanos, e passando para além destas celebridades, milhares de jovens profissionais, extrema-mente capazes e qualificados, triunfam por esse mundo fora, em Barcelona, Londres ou Nova Iorque. A pesada herança, de que todos os gover-nos se queixam quando chegam ao poder é estrutural e uma entropia real ao sucesso do país – a incapacidade de o Estado e a Sociedade se prepararem para os desafios deste século XXI. Mas, neste ponto, não irei gastar mais latim…todos os diagnós-ticos já foram feitos! Ou alteramos este “quadro geral” no prazo de 8-10 anos, ou não haverá muito mais a fazer. O “Portugal Positivo” mudar-se-á de armas e bagagens para bem longe e ficaremos apenas um país de sol, praia, resorts e empregados de mesa.

SóNIA RAMOS FERROJurista e Deputada Municipal

Globalização e Estados-nação

Por estes dias, os Ministros das Finanças da UE reunidos em Bruxelas, procuram soluções para acalmar os mercados finan-ceiros, nervosos com a solidez do Euro, que atraiu, pelas piores razões, a atenção internacional. Esta crise financeira repor-ta-nos para a actualidade e pertinência dos Estados-nação, enquanto organização ter-ritorial e da sua eficácia na resolução dos problemas globais.A propósito da temática ambiental, Viria-to Soromenho-Marques explora o concei-

to de património comum da humanidade, evidenciando o contraste e a assimetria existente entre a propensão globalizante da questão ambiental e o “mundo das sobera-nias,” necessariamente dividido e partilha-do pelos Estados-nação, impotentes para, de per se, tomarem medidas concretas na prossecução da defesa ambiental, dado que o carácter transfronteiriço inviabiliza qual-quer medida isolada.Por isso, o conceito de justiça e de direito, que assume agora uma nova acepção, face às responsabilidades diluídas dos agentes e sujeitos e aos interesses difusos de numa sociedade global, deverá descolar-se de uma perspectiva tradicionalmente institu-cionalizada e jurisdicional, para ser consi-derada em qualquer decisão tomada pelo aparelho político, quer a nível nacional quer a nível internacional. A nova e cres-cente consciencialização do carácter glo-bal dos problemas lança as bases para uma

“reorientação das instituições e políticas no sentido de um sistema socioeconómico responsável do ponto de vista ambiental.”Este mesmo raciocínio (abrangência da globalização versus limitação do Estado-nação¬¬¬) pode ser aplicado, por analo-gia, à crise financeira que vivemos e aos desafios que hoje se colocam à União Europeia na procura de instrumentos jurí-dico-políticos, suficientemente eficazes e democráticos, adaptados a uma economia transnacionalizada, que saiba conciliar os vários interesses em jogo, equilibrando as disparidades, aplanando os interesses contraditórios dos Estados, de forma a tor-nar exequíveis, em tempo útil, as decisões tomadas pelos órgãos competentes. No entanto, tal objectivo encontra um sólido obstáculo no profundo antagonismo exis-tente entre o modo de organização territo-rial actual, da maior parte dos Estados e a nova concepção da vida, proposta pelo

modelo global, que questiona o Estado na-ção característico dos países ocidentais. Sabemos hoje que o fenómeno da globa-lização fez inquinar inevitavelmente esse modelo, brasonado pela soberania, para dar lugar a uma nova comunidade global, em que progressivamente o Estado perde poderes e enfrenta o problema da sua pró-pria legitimação.Boaventura de Sousa Santos propõe o princípio das soberanias recíprocas e de-mocraticamente permeáveis, como forma de ultrapassar as soberanias absolutas e as hierarquias que entre elas a história se encarregou de desenhar. Um princípio que reconstrua a soberania como noção aber-ta e recíproca e o conceito de Estado, que se impõe seja reestruturado, “pela re-sig-nificação da democracia e da cidadania”, face às necessidades actuais e conjuntura mundial. O futuro forçar-nos-á a esta dis-cussão.

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Em entrevista ao REGISTO o vereador Manuel Melgão, vice-presidente da autarquia, garan-te que a ministra do Ambiente, as Águas de Portugal – principal acionista da Águas do Centro Alentejo – e as restantes autar-quias desde junho conhecem a posição da Câmara de Évora.Manuel Melgão afirma que o afastamento da autarquia nada tem a ver com a falta de qualida-de da água para abandonar o sis-tema multimunicipal e assegura que o município tem condições para assegurar o fornecimento de água à cidade a partir de 1 de janeiro.

Como é que a Câmara de Évora ten-ciona conduzir o processo de saída das Águas do Centro Alentejo?O processo foi levado à reunião de Câmara e pela explicação que foi dada e que foi acolhida, tem a ver exatamente com o facto do sistema multimunicipal criado em 2003, ao qual Évora aderiu, abranger no início seis municí-pios, mas que se previa que ga-nharia escala a todo o distrito e se tornaria mais sustentável. Foi nesse pressuposto que a Câmara de Évora entrou nas Águas do Centro Alentejo, porque achá-mos que era útil e importante já que só assim foi possível o inves-timento de muitos milhões para criar infraestruturas de qualida-de desde as ETAR’s, às estações de tratamento de água, de esgoto, ou as adutoras novas.

Com tantas vantagens, porque sai a Câmara de Évora?Esta autarquia é um contribuin-te largamente maioritário repre-sentando cerca de 60 por cento dos consumidores, mas pelo fac-to de o sistema não ter evoluído para a abrangência de mais mu-

nicípios a faturação à Câmara de Évora está a tornar-se incompor-tável. Isso está a fazer com que a autarquia, financeiramente, não suporte mais esta situação. Por-tanto, agora, depois de tomada a decisão pela Câmara, esperamos pela ratificação da Assembleia Municipal.

As Águas do Centro Alentejo, o Mi-nistério do Ambiente e quem mais de direito, já têm conhecimento da decisão da Câmara de Évora?Este é um processo que vem de trás. Não estamos a sair comple-tamente de surpresa. Em junho deste ano numa reunião que o senhor presidente da Câmara de Évora teve com a senhora minis-tra do Ambiente, com o presiden-te das Águas do Centro Alentejo e com o presidente das Águas de Portugal, na presença de outros

autarcas, foi dado conhecimento à senhora ministra da asfixia fi-nanceira que a Câmara de Évora atravessava. Foi comunicado o descontentamento da autarquia e dito que se não fossem encon-tradas soluções adequadas, não restaria outra alternativa à Câ-mara senão sair. Dissemos isto em junho à senhora ministra e reafirmámos em outubro em car-ta escrita dizendo que não tendo havido resposta, nem havendo resposta, a partir de 1 de janeiro de 2011 nós teríamos forçosa-mente de sair do sistema depois de pormos o assunto à conside-ração dos órgãos autárquicos. De maneira que não é nenhuma surpresa esta tomada de decisão.

Seis milhões: dívida contestada

Neste momento qual é a dívida da

Câmara às Águas do Centro Alen-tejo?O passivo neste momento anda na ordem dos seis milhões de euros.

Esta saída não implica também o pagamento de uma compensação à empresa?Isso é matéria que está a ser alvo de avaliação e possivelmente será alvo de muita discussão e de muita conversação acerca da maneira como o processo ter-minará. Este será um processo que correrá o seu tempo e neste momento não tenho condições para dizer o que vai acontecer. Depende da vontade das partes.

Será mais uma questão jurídica que política?Naturalmente que terá, se ca-lhar, de cair mais no foro jurídico que político. A decisão política está tomada com o desejo de sair face à não alteração daquilo que considerávamos uma solução adequada. Quanto às questões legais e processuais, terão de ser os técnicos e os juristas a definir e analisar como serão essas situ-ações acauteladas.

Isso não será impeditivo para a saí-da da autarquia das Águas do Cen-tro Alentejo na data anunciada? Da nossa parte está fixada a data de 1 de janeiro. Agora, natural-mente que sair não quer dizer que a situação processual pos-sa terminar exatamente a 1 de janeiro. Poderá haver matérias de negociação do ponto de vista de investimentos ou de outras situações. Do ponto de vista processual concreto não se pode dizer que tenha hora marcada, que hoje à meia noite termina e amanhã começa. O desejo de sair é concreto, o passo está dado,

aguarda-se a validação da As-sembleia Municipal.

Não seria mais desejável dirimir a questão antes uma saída unilateral?Esta não é propriamente uma saída unilateral. Há questões de relacionamento entre as Águas do Centro Alentejo e a Câmara Municipal que eu também não posso estar aqui a explicar. Há di-vergências até quanto aos valo-res apurados da dívida. Nós não reconhecemos a dívida como as Águas do Centro Alentejo nos apresentam e isso até já está a ser alvo de litígio, portanto esta não é uma situação que se tivesse criado ontem. Tem-se arrastado, nós temos vindo a fazer sentir junto de quem de direito que é uma situação que não nos agra-da, é insustentável e que desse ponto de vista não nos resta ou-tra alternativa senão a saída.

A data para a saída é 31 de dezem-bro sendo avançado o dia 1 de ja-neiro para a transferência para a autarquia retomar o processo de captação e distribuição da água. Tecnicamente é possível essa trans-ferência em 15 dias?Tecnicamente, do ponto de vis-ta da capacidade dos serviços, é possível. Há uma avaliação fei-ta pelos serviços para refazer as equipas que ainda existem qua-lificadas na Câmara Municipal. Nós aderimos ao sistema multi-municipal, mas a maior parte dos funcionários permaneceram na autarquia e os serviços concluí-ram que rapidamente será possí-vel refazer as equipas. Já estamos a trabalhar nisso para que tudo esteja pronto a 1 de janeiro. Os aspetos práticos da transferência serão colocados imediatamente a seguir à decisão da Assembleia Municipal. w

Câmara de Évora explica decisão de abandono da Águas do Centro Alentejo

Alto preço da água e divergências no valor da dívida às AdCA

O aumento do preço da água é o motivo principal para o abandono do sistema multimunicipal de abastecimento público de água anun-ciado pela Câmara de Évora . A falta de crescimento da empresa Águas do Centro Alentejo torna a fatura insustentável para o município.

Mas há mais. A autarquia eborense tem dúvidas quanto à dívida de seis milhões de euros reclamada pela empresa das águas.

Paulo Nobre

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Melgão diz que CME tem condições para iniciar distribuição em janeiro.

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6 16 Dezembro ‘10

Opinião

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JOãO BILOUPresidente da SOIR Joaquim António D’ Aguiar

A crise não pode ser manta para cobrir tudo

No passado dia 8 comemoraram-se 110 anos da data em que, um grupo de jovens operários músicos fundaram, num quarto de um deles na Freiria de Cima, a Socie-dade Operária de Instrução e Recreio Joa-quim António D’Aguiar.Nessa altura, e a partir das últimas déca-das do século dezanove, a maioria do povo português vivia com grandes dificuldades. Os operários, os agricultores, os trabalha-dores rurais e os outros trabalhadores da cidade e do campo, estavam cada vez mais pobres, e os ricos cada vez mais ricos. A situação provocava grande agitação e mal-estar. Os sucessivos governos da mo-narquia liberal, mostravam-se incapazes de melhorar as condições de vida da popu-lação e, para garantir os privilégios dos po-derosos, abrasavam o povo com impostos. O descontentamento da população era naturalmente grande!

Em resposta a este amargo estado de coi-sas, na madrugada de 4 de Outubro de

1910, iniciou-se em Lisboa, a partir de pequenos grupos de conspiradores - mem-bros do exército e da marinha, oficiais e sargentos, alguns dirigentes civis e grande número de populares armados - a Revolu-ção Republicana de 1910, a primeira gran-de revolução portuguesa do século XX.Com a implantação da Republica, associa-ções de cultura como a Joaquim António d’Aguiar, e outras associações desportivas e de solidariedade social, foram então fun-dadas e passaram, com a sua actividade meritória, a servir Évora e a Região.Com o regime repressivo do chamado es-tado novo, uma vez mais, o povo portu-guês enfrenta a crise e o agravamento das suas condições de vida a favor do enrique-cimento dos mais ricos. Ao mesmo tempo o regime enceta um pro-cesso de domesticação das associações po-pulares de cultura e desporto, promovendo a folclorização da sua actividade e levando à extinção muitas associações socioculturais. O concelho e a região ficavam assim ain-da mais pobres!

Com a madrugada libertadora do 25 de Abril de 1974, de novo o povo se levanta em armas para repor a liberdade e a espe-rança de melhores condições de vida para a população. E de novo, à semelhança com o período da 1.ª Republica, a população cria associações populares de cultura e despor-

to, de moradores, de solidariedade social, cooperativas de habitação, de produção e consumo. Uma vez mais o povo organiza-se em torno da defesa dos seus direitos e contra a crise que, em detrimento dos seus direitos de cidadania, durante cerca de cin-quenta anos, lhe tinha sido imposta.

Dezembro é um mês pródigo em aniversá-rios de associações de cultura e desporto na cidade de Évora. Gostaria de referir a acção de duas associações que comemora-ram recentemente os seus aniversários, nos quais participei: o grupo Desportivo Dia-na e a Associação Cultural do Imaginário, duas associações que desenvolvem uma importante actividade desportiva e cultu-ral. Em ambas assistimos ao importante papel que exercem junto da população e, em particular, dos jovens. Assistimos igualmente ao reconhecimento de jovens atletas que, apesar de treinarem sem con-dições, obtiveram óptimos resultados em competição, ou ainda jovens músicos que, apesar de todas as dificuldades com que o Imaginário se debate, são músicos exímios que desenvolvem um trabalho relevante.Num momento em que enfrentamos uma outra crise, e mais uma vez as classes tra-balhadoras e empreendedoras são sacrifi-cadas em benefício dos mais poderosos, de novo o movimento associativo se confron-ta com a acção daqueles que demagogica-

mente dizem reconhecer a sua importância mas que, a pretexto de que as associações devem procurar outras fontes de financia-mento, as empurram para o definhamento. A crise não pode ser manta para cobrir tudo! A oferta cultural no nosso concelho volta de novo a estar em causa dado que as asso-ciações contribuem para a sua quantidade e qualidade, de uma forma determinante. Os poderes públicos apregoando, alto e em bom som, que o que conta é a pro-dutividade e o lucro, esquecem que o in-vestimento feito na acção sócio cultural e desportiva das associações, é altamente lucrativo, reduzindo o risco de comporta-mentos desviantes, reduz o investimento muito mais elevado que será depois ne-cessário fazer pela reinserção social e no combate à toxicodependência. É preciso inverter este estado de coisas! O movimento associativo tem que demons-trar aos poderes públicos que não se deixa instrumentalizar nem precisa de esmolas, mas sim de apoio para a actividade que, ao longo dos tempos, ano após ano, vem de-senvolvendo pelo progresso e qualidade de vida da população do Concelho e da Re-gião. Esse apoio, de acordo com a Cons-tituição da República, é um direito!

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Destaque

O presidente da Câmara Municipal de Reguengos es-pera que a Câ-mara de Évora tenha “moti-

vos fortes” para abandonar a em-presa Águas do Centro Alentejo, responsável pela gestão do Sis-tema Multimunicipal de Abasteci-mento de Água e de Saneamento do Centro Alentejo, para capta-ção, tratamento e distribuição de água em “alta” para consumo hu-mano, e para recolha, tratamento e rejeição de efluentes domésti-cos dos municípios de Alandroal, Borba, Évora, Mourão, Redondo e Reguengos de Monsaraz.

José Calixto, que é também o representante dos municípios na administração da Águas do Centro Alentejo, não admite que esta saída, “a confirmar-se”, venha a implicar um novo au-mento dos preços a cobrar aos municípios.“Quando foi aprovado o docu-mento orientador da empresa para este ano eu como repre-sentante dos municípios votei contra e fiz declaração de voto, portanto estou à vontade para afirmar que não admito nova atualização dos preços”, afirma o autarca de Reguengos consi-derando que atualmente são

já bastante elevados e muito mais altos no interior que no litoral do país. “Como se calcu-la, é muito mais caro distribuir água pelas várias freguesias rurais que num prédio grande em Lisboa”.Para resolver este problema, José Calixto entende que deve um sistema de per-equação como existe na energia elétri-ca, no fundo uma repartição de custos para que o preço da água distribuída não seja mais cara em zonas já de si deprimidas. “Para que isto aconteça terá de haver uma intervenção do Estado através de uma lei ema-nada da Assembleia da Repú-blica”, afirma o autarca.Apreensivo com a decisão to-mada pela autarquia eborense, José Calixto espera que “haja bom senso de ambas as partes” e que seja ainda possível nego-ciar antes da saída definitiva de Évora da Águas do Centro Alentejo.Para o autarca de Reguengos crê que o problema da distri-buição de água no interior A saída de Évora, que represen-ta cerca de 60 por cento das re-ceitas, deixa a empresa Águas do Centro Alentejo com proble-mas de viabilidade e para pros-seguir a atividade a solução po-derá passar pela união a outra ou outras empresas que no alto e baixo Alentejo se ocupam do sistema multimunicipal das águas e saneamento. w

Presidente da Câmara de Reguengos na expectativa

Calixto espera que negociação trave saída da CME

A empresa não se pronuncia sobre a intenção da Câmara de Évora de abandonar o sistema de abastecimento intermunicipal. Refuta as acusações de falta de qualidade da água de consumo público.

A empresa Águas do Centro Alentejo “desmente categorica-mente o conteúdo das notícias que põem em dúvida a qualida-de do serviço que presta, e asse-gura à população de Évora que a água fornecida pela empresa cumpre os valores paramétri-cos de qualidade fixados para a água de consumo humano”.A empresa ainda não se pro-nunciou acerca da intenção da autarquia de Évora em abando-nar o sistema intermunicipal, mas em comunicado enviado às redações apressou-se a refutar as acusações feitas pelos verea-dores da CDU sobre a qualidade da água. Na altura, o vereador Eduardo Luciano - baseando-se num relatório interno da autar-quia, da responsabilidade da Divisão de Águas e Saneamen-to (que o REGISTO divulgou há uma semana) -, tinha afirmado que, em causa, estava não só a qualidade, mas também a po-tabilidade da água fornecida a algumas freguesias rurais.Segundo a empresa, a “água fornecida pela Águas do Centro Alentejo é monitorizada, não só diariamente em Laborató-rio interno de processo, como também de acordo com a regu-laridade estipulada pelo D.L.

306/2007 de 27 de agosto, no âmbito do Programa de Contro-lo da Qualidade da Água (PCQA) aprovado anualmente pela En-tidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos”.A empresa garante ter efetuado em 2009 quase mil e quinhen-tas análises tendo registado “um nível de cumprimento dos valores paramétricos de 99,86%” de acordo com os dados reporta-dos pela Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos no Relatório Anual do Setor de Águas e Resíduos em Portugal.Também o vereador Manuel Melgão descarta a questão e as-segura que a decisão da Câmara de Évora nada tem a ver com a falta de qualidade ou mesmo potabilidade da água, como diz o próprio relatório interno citado pelo vereador da CDU Eduardo Luciano. Para o vice-presidente da autarquia esse relatório apenas reflete a posi-ção da técnica que o assina. “É evidente que o relatório é dos serviços, é o relato quanto ao andamento, à maneira como, ao longo destes anos, evoluíram

as capacidades de resposta das Águas do Centro Alentejo, com todo um calendário de inves-timento, construção de infra-estruturas. Nesse relatório são referidas pela técnica algumas situações que, do ponto de vista dela, lhe parecem poderem ter ocorrido algumas anomalias in-dividualmente, aqui ou ali”. “Do meu ponto de vista – reforça Manuel Melgão - a qualidade da água não está em causa. Trata-se da opinião de algumas pessoas e que a meu ver também não tra-duz ali uma afirmação de que haverá falta de qualidade da for-ma como alguns querem caval-gar e fazer passar a ideia”.Ouvido pelo REGISTO, o presi-dente da Câmara de Reguen-gos, José Calixto, que é também representante dos autarcas na administração da Águas do Cen-tro Alentejo, recusa admitir ha-ver falta de qualidade na água distribuída pela empresa. “As análises periódicas nunca reve-laram nada”, assegura Calixto, pelo que “do meu lado afasto completamente essa matéria”, sublinha o autarca. w

Águas do Centro Alentejo refutam acusações de falta de qualidade da água

“Análises comprovam qualidade da água”

“O Sistema de Águas e Saneamento do Centro Alentejo tem a sua viabili-dade e a sua utilidade posta em causa, independentemente do que Ministra do Ambiente venha a decidir sobre o assunto. A cessação da concessão por parte do Município de Estremoz e de Évora e a não adesão de Portel e Vila Viçosa arrasa um sistema que, dadas as premissas em que se baseia, o PCP sempre afirmou ser inviável”, afirma a Direcção Regional de Évora do PCP.

Em comunicado, os comunistas referem que “tal como o PCP

afirmou desde o início, o pro-cesso de privatização da água e do saneamento através do sis-tema multimunicipal apenas satisfaz interesses económicos privados, prejudicando popula-ções, as autarquias e o interesse de preservação da água como bem público. Depois de em 2004 ter avançado com o processo de privatização, a posição da gestão PS de Évora agora assumida con-firma que a privatização servia apenas os interesses do negócio da empresa Águas do Centro Alentejo, tendo sido frustradas

todas as expectativas criadas e promessas feitas às populações, nomeadamente a da garantia de qualidade da água fornecida”.A DOREV do PCP “reafirma o seu empenho e determinação na luta pela defesa de abastecimento de água pública para consumo hu-mano, apela às populações envol-vidas por este sistema que lutem contra a usurpação do serviço público”e revela que “ o PCP atra-vés do seu Grupo Parlamentar e do Deputado João Oliveira vai de imediato questionar o Ministério do Ambiente” sobre este assunto. w

Depois do anúncio da saída de Évora

PCP diz que AdCA têm “viabilidade posta em causa”

Paulo Nobre

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Redação

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P.N.

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8 16 Dezembro ‘10

Destaque

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São os votos da Freguesia da Malagueira

JUNTA DE FREGUESIA DA HORTA DAS FIGUEIRASConcelho de Évora

Meus Amigos:

A época de Natal está chegar!...Os sonhos, a magia, as prendas e o mundo das guloseimas preenchem a vossa imaginação.- Quantos dias faltam para a noite de Natal?As respostas surgirão sempre acompanhadas de surpresas!...Pois bem, enquanto sonhamos com esse dia mágico, deveremos ter sempre presente no nosso coração os que não têm Natal, os que a nosso lado não têm direito a uma prenda e todos aqueles que no mundo são vitimas das injustiças dos homens!...Como vosso Presidente, eu, os eleitos e funcionários desta Freguesia, Desejo-vos um Santo Natal e que o Ano Novo vos traga alegria, esperança e Paz.Votos extensivos à Vossa Família e alargados ás crianças de todo o Mundo!...

CONFERÊNCIAS ALEM TEJOPROGRAMA

14.15 – Abertura Dr. Luís Assis14.30 - O turismo e o interior: perspectivas para o seu desenvolvimento Dr. Telmo Correia15.00 - Debate15.15 - Agricultura no Alentejo: novas perspectivas de financiamento Dr. Luís Valente15.45 - Debate16.00 - Segurança: necessidades das forças policiais no interior, sua reorganização Dr. Nuno Magalhães16.30 – Debate16.45 - Saúde e cuidados paliativos: uma necessidade numa população envelhecida Dra. Isabel Galriça Neto17.15 - Debate17.30 - O problema do emprego e o desenvolvimento económico no interior: perspec-tivas e formas de resolução Dr. Luís Pedro Mota Soares18.00 - Debate18.15 - Encerramento Dr. Paulo Portas19.30 – Jantar de Natal da Distrital de Évora com a presença do Dr. Paulo Portas

Inscrição: Conferência: Gratuita, mediante contacto prévio para inscrição

para o tlf: 964370614 – 919316103 – mail: [email protected] (entrada mediante inscrição prévia obrigatória e sujeita à capacidade da sala)

Jantar: por pessoa €: 18,00 – jantar buffet Local e Data: Évora, Hotel Évorahotel, 18 Dezembro 2010 Organização: CDS-PP

Destinatários: militantes e simpatizantes

A Assembleia Municipal de Évora deverá amanhã à noite ratificar a saída da Câmara de Évora da empresa Águas do Centro Alentejo. É o passo que falta para o abandono do Sistema Mulimunicipal de abastecimento público de água. A decisão foi aprovada na última

reunião pública da autarquia com os votos a favor do PS e da CDU, registando a abstenção do vereador do PSD, ficando apenas dependente da ratificação dos deputados da Assembleia Municipal. Após a aprovação,

os vereadores da autarquia fizeram declaração de voto, que constam da Ata oficial da reunião pública. Aqui se transcrevem algumas das mais importantes passagens do que foi dito por cada um dos intervenientes.

Proposta apresentada pelo Vice-Presidente da Câmara, Manuel Melgão

“(...) [A] não integração de dois Municí-pios – Estremoz e Portel – no Sistema Multimunicipal de abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais do Centro Alentejo (...) e, deste modo, a alteração anormal das circunstâncias, torna insustentável a manutenção do Município de Évora no mesmo Sistema. (…) [A] não concre-tização da parceria significa que será o Município de Évora que continuará a custear, a grande parte dos custos de exploração e gestão do Sistema(...) me-diante o pagamento de tarifas de valo-res incomportáveis.Esta conjuntura coloca o Município de Évora numa situação financeira de-sastrosa ameaçando seriamente a sua sustentabilidade económico-financei-ra(...)Por tudo isto(...) propõe-se que a Câma-ra Municipal de Évora delibere apro-var a cessação dos respetivos contratos de concessão deixando de integrar o Sistema(...)”.

Declaração de voto de Vereador Eduardo Lu-ciano, CDU

“Seis anos depois dessa deci-são do PS que considerámos errada e que logo dissemos que levaria a uma situação de descalabro financeiro (…) vem o Pre-sidente da Câmara propor a cessação da concessão e o abandono do sistema Mul-timunicipal de abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais do centro Alentejo. (…) [É] na comunicação interna do Departamento de Águas e Sa-neamento para a Divisão de Ambiente e Qualidade que se encontram as mais ponderosas razões para a cessação da con-cessão.(…) Nessa comunicação faz-se uma des-crição cronológica dos problemas que afretaram a qualidade da água e que fo-ram sistematicamente omitidos à popula-ção e à Câmara, durante estes últimos seis anos.(…) A situação é de tal forma grave que pode estar em causa a saúde pública, no-meadamente nas povoações rurais, onde a população andou estes anos a consumir água que não tem garantida a necessária potabilidade.”

Declaração de voto do Vereador António Dieb, PSD

“(...)Lamento ter que dizer que não me parece ser a forma adequada de fazer as coisas.“(...) [Quando] no dia 1 de janeiro, os Servi-ços da Câmara assumirem a responsabili-dade, sem que tenham sequer ponderado onde vão buscar os funcionários que fal-tam, sem que tenham sequer ponderado qual o plano de atualização de competên-cias que têm de fazer, qual o tipo de inves-timento que vai ser necessário, onde vão dispor dos equipamentos técnicos de que não dispõem.(…) Acho que não houve o mínimo de ponderação nem de planeamento ou pre-paração desta deliberação. Há apenas a constatação de que não há dinheiro para pagar.(…) Verifica-se agora, ao contrário do que sempre foi dito ao longo dos tempos, que não é apenas a falta de dinheiro mas tam-bém o mau serviço. (…) Se foi um mau serviço, que justifica rescindir este con-trato, então vamos exigir o ressarcimento disso.”

Declaração de voto do Vice-Presidente Manuel Melgão

“(...)Ao longo dos anos, e sem querer pôr em causa a qualidade míni-ma da água que nos tem sido fornecida, a qualidade do serviço tem sofrido várias falhas e incumprimentos por parte da em-presa, conforme é referido na nota interna produzida pelos nossos serviços.”

Declaração de voto da Vereadora Cláudia Sousa Pereira, PS

“Queria só afirmar, por ter sido referido várias vezes, que nenhum de nós estava aqui no início deste proces-so com a Águas do Centro Alentejo, mas que não estando cá, considero que a de-cisão de entrada da Câmara Municipal de Évora na Águas do Centro Alentejo foi considerada, na altura, a melhor solução para a questão das águas. Tal como agora, passado todo este tempo, e depois de feito o balanço, se pensa ser o momento certo para sair”.

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Sociedade

A “Declaração de Évora” foi o do-cumento “substancial” que saiu deste encontro. Assinado por cinco presidentes de federações distri-tais socialistas,o documento refere que “ a regionalização é um instru-mento fundamental para superar a crise”. Agora os organizadores deste fórum pretendem “alargá-lo a todo o país”. Para isso está já marcado um novo encontro, em Setúbal, para o dia 5 de Fevereiro do próximo ano.

Aos jornalistas, o presidente da Federação de Évora, Capoulas Santos, um dos organizadores deste seminário disse que o en-contro e a “Declaração de Évora” pretendem “recolocar o proble-ma da regionalização na agenda política regional e nacional”.Os subscritores do documento, explicou, propõem-se “estabele-cer uma plataforma de diálogo e de troca de informações per-manente, cujo primeiro objeti-vo é, naturalmente, debater as questões políticas e tendo como prioridade o combate à crise eco-nómica e financeira”. “Entendemos que é possível, com uma administração refor-mada, mais eficaz e próxima dos cidadãos, racionalizar recursos, ser mais eficazes e reduzir despe-sa pública”, argumentou Capou-las Santos.Segundo o líder da Federação Distrital de Évora, que é também vice-presidente da Comissão Po-lítica do PS, este documento em prol da regionalização vai, agora, ser alargado aos 21 presidentes de federação distritais e regio-nais do partido.“Este é o primeiro passo para que a componente regionalista do partido assuma uma posição mais forte no seio” do PS, que lhe permita “liderar e recolocar na agenda este importante tema da regionalização”, frisou.Capoulas Santos disse que os subscritores pretendem que “este movimento transvaze para a sociedade”, assumindo que vai procurar “estabelecer contactos com os demais partidos políticos e com cidadãos e organizações da sociedade”.O objetivo é promover “um deba-te sereno, tranquilo, que permi-ta recolocar o tema na agenda e criar condições para o referendo” e, sobretudo, procurando que “esse referendo tenha condições

de ganhar por larga expressão”.“Estamos convictos de que os problemas da crise económica e financeira, das assimetrias e da interioridade, podem resolver-se com uma administração mais reduzida, mais eficaz, mas refor-mulada. A criação das regiões implicaria, desde logo, uma re-dução drástica do Governo cen-tral”, concluiu Capoulas Santos.

A experiência espanhola

Durante os dois dias em que o se-minário decorreu passaram pelo “Fórum Regionalização e Inte-rioridade” vários intervenientes políticos de “primeira linha” do Partido Socialista, incluindo di-rigentes nacionais, membros do governo, militantes ligados ás regiões autónomas, um repre-

sentante da Extremadura Espa-nhola, que veio dar conta do su-cesso da regionalização no país vizinho.O antigo vice-presidente da Jun-ta da Extremadura espanhola, Ignacio Sánchez Amor, Sánchez Amor falou da experiência es-panhola de criação das comuni-dades autónomas, considerando que a extensão da regionalização

em Espanha foi “um grande su-cesso para o conjunto do país”.Sánchez Amor, atual membro do grupo parlamentar socialista na Assembleia da Extremadura es-panhola, reiterou a importância da ligação, através de TGV, entre as duas capitais ibéricas, através da Extremadura e do Alentejo, dizendo que “o TGV vai pôr Lis-boa ao alcance de muita gente”, lembrando que a ligação ferro-viária de alta velocidade entre Madrid e Sevilha “praticamente acabou com o avião”.O secretário de Estado da Admi-nistração Local, José Junqueiro, que presidiu á sessão de encerra-mento, disse que a regionaliza-ção tem “toda a oportunidade e atualidade”, considerando que “é preciso criar um novo impulso na sociedade portuguesa, que en-volva todos os cidadãos que acre-ditam que regionalizar significa mais progresso, aplicar melhor os nossos recursos, menos despesas e melhores oportunidades para o desenvolvimento”.Intervieram ainda neste semi-nário personalidades como o mi-nistro da Agricultura, António Serrano, o secretário de Estado da Energia e Inovação, Carlos Zorri-nho, a secretária de Estado do Ordenamento do Território, Fer-nanda Carmo e o secretário-geral da JS, Pedro Alves, entre outros. w

Reformar o Estado para vencer a crise

Socialistas retomam regionalização

O PS, enquanto partido do Gover-no, tem estado à altura das respon-sabilidades do momento, agindo com coragem e determinação.Portugal sofre, desde 2008, os efeitos da maior crise económi-ca e financeira que a Europa e o Mundo conheceram nas últi-mas décadas.O momento político que vi-vemos exige uma atitude pró-activa do PS e uma reforçada mobilização, capaz de respon-der à acção concertada da di-reita, cujo único objectivo é a conquista do poder a qualquer preço, e da esquerda radical, sua objectiva aliada.Nestes termos os Presidentes das Federações do PS Algarve, Évora, Portalegre, Porto e Se-túbal, reunidas em Évora a 12 de Dezembro de 2010 delibera-ram:

1. Acordar no estabelecimento de um mecanismo de consul-ta, debate e troca de informa-ções permanente no sentido de harmonizar posições, visando

reforçar a dinâmica a favor das regiões dentro do PS;2. Estabelecer como prioridade da sua acção política o combate à crise financeira e económi-

ca, através nomeadamente de iniciativas políticas visando a reforma do Estado e da sua Ad-ministração do Território, em especial a Regionalização, en-quanto instrumento de desen-volvimento, de racionalização e de aumento de eficácia dos recursos;3. Desenvolver esforços para alargar este espaço de coope-ração reforçada a todas as es-truturas federativas distritais e regionais do PS;4. Agendar o seu próximo en-contro para o dia 5 de Fevereiro de 2011, em Setúbal.

Federação Distrital do Algarve

Federação Distrital de ÉvoraFederação Distrital de PortalegreFederação Distrital do PortoFederação Distrital de Setúbal

Évora, 12 de Dezembro de 2010

Declaração de Évora: o texto

A regionalização esteve em cima de mesa durante o seminário organizado pela JS e pela distrital de Évora do PS, no passado fim-de-semana. Estiveram presentes cerca de uma centena de jovens de todo o país e diversos dirigentes nacionais e regionais do partido. No final foi elaborado um texto, em defesa da regionalização, subscrito pelas federações distritais do PS de Évora,

Portalegre, Porto, Algarve e Setúbal.”.

O secretário de Estado José Junqueiro presidiu à sessão de encerramento do forúm.

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Carlos Júlio/Lusa

O momento da assinatura da “Declaração de Évora”.

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10 16 Dezembro ‘10

Sociedade

“O PSD teme que o actual exe-cutivo municipal não esteja, ele próprio, à altura das suas res-ponsabilidades pelo que, se tal se vier a confirmar, o PSD não deixará de, durante o ano de 2011, assumir a sua responsabi-lidade de exigir ser altura para os eborenses considerarem uma mudança de executivo na Câma-ra de Évora”, refere uma moção aprovada pelos militantes da Secção de Évora do PSD, reuni-dos em Assembleia, no passado dia 9.

Os sociais-democratas conside-ram que “o Partido Socialista conduziu Portugal para uma crise financeira e económica sem precedentes na nossa vida democrática. Os efeitos sociais da crise, que já se fazem sen-tir nos níveis de desemprego nunca antes experimentados em Portugal, serão devasta-dores e tenderão a pressionar os orçamentos das autarquias para que estas respondam às necessidades de emergência que muitas famílias sentirão, o que afectará mais ainda mu-nicípios como Évora, com um desequilíbrio orçamental as-sustador, consequência da de-sastrosa gestão socialista”.Circunscrevendo o seu olhar ao nível concelhio os militan-tes sociais-democratas refer que “como a capacidade orça-mental do município de Évora é cada vez mais limitada, pelo galopante acumular da dívida e diminuição das receitas, será de esperar que as condições de vida dos eborenses se venham a degradar mais intensamente a partir de 2011, decorrente da ausência de obra feita ao lon-go dos 10 anos em que o PS go-vernou a Câmara de Évora em abundância de recursos”.E dão exemplos. “O trânsito na cidade de Évora piorou a cada

dia, sendo hoje verdadeira-mente caótico, o estaciona-mento que acolhe os turistas, visitantes e trabalhadores de outros concelhos ocorre em verdadeiros descampados es-buracados, o Rossio de S. Brás está inundado de água e lama por não ter sido nem requali-ficado, nem melhorado mini-mamente o seu piso, as prome-tidas condições para a prática de desporto resumem-se a uma vedação para propaganda elei-toral, os agentes desportivos e culturais abandonam a activi-dade, por incumprimento do pagamento dos contratos por parte da Câmara, a animação comercial resume-se a mais lojas encerradas em cada mês, a animação cultural do con-celho resume-se ao anúncio do fim definitivo do cinema, o Centro Histórico perde em cada inverno vários edifícios que a UNESCO classificou e desertifica-se por ausência de uma política de repovoamen-to que nunca a Câmara ousou ensaiar, apesar das promessas repetidas em 3 campanhas eleitorais, a sujidade e as águas pluviais acumulam-se pelas

ruas e passeios por onde deve-riam poder circular com agra-do os residentes e turistas.E, por isso, concluem que, “em tempo de crise, exige-se à ges-tão municipal criatividade, imaginação, iniciativa e redo-brado empenho na procura de recursos para construir solu-ções que estejam à altura das exigências de um concelho com a importância de Évora”.

PSD e PCP têm aliançapara derrubar a Câmara

Poucas horas depois, a Secção de Évora do Partido Socialis-ta reagiu a este comunicado, considerando que, com ele, se constata que o PSD “assume aliança com PCP para der-rubar Câmara Municipal de Évora”Segundo os socialistas. “o PS foi confrontado com de-clarações do PSD local onde este ameaça derrubar o exe-cutivo da Câmara Municipal de Évora em 2011. Tal só é pos-sível através de uma aliança com o PCP. Um partido como o PSD, que continua, após as últimas eleições, a ser uma for-ça residual no Concelho (1 ve-

reador em 7 e 5 deputados mu-nicipais em 40), põe assim às claras um eventual acordo se-creto com o PCP, numa alian-ça contra-natura e que resulta no quanto pior melhor”. “Julgávamos que o PSD tinha ganho maturidade nestes úl-timos anos ao ter desistido de um caminho que culminou há uns anos na coligação entre o PCP de Abílio Fernandes e o ex-vereador do PSD Carmelo Aires que lhe serviu de mule-ta, coligação com os resultados desastrosos que se conhecem e já por três vezes recusados pe-los Eborenses. Julgávamos que o PSD tinha ganho maturida-de e sentido de responsabilida-de, querendo afirmar-se como alternativa de poder ao PS. No entanto o PSD local prepara-se para voltar a aliar-se ao PCP e, na impossibilidade de por si ganhar a CME, ajudar a que os comunistas voltem ao poder” afirmam os socialistas neste texto divulgado à comunica-ção social.Ainda segundo este comuni-cado da secção de Évora do PS “não podemos deixar de regis-tar com espanto e apreensão esta mudança no PSD local, coincidente com a eleição de novos dirigentes nos órgãos locais do próprio PSD. Espan-to porque temos contado com a razoabilidade e responsabi-lidade do vereador eleito pelo PSD, o Dr. António Dieb, que tem aprovado e viabilizado as principais propostas do PS na governação da Câmara e contribuído para a estabili-dade política que Évora pre-cisa para ultrapassar todas as dificuldades. Apreensão porque não vemos tanto do PSD como do PCP vontade ou capacidade em propor alter-nativas que combatam efec-tivamente a situação em que a crise mundial colocou todo o País”. w

Évora: gestão autárquica em questão

Troca de “piropos” entre PS e PSD

PS acusa o PSD de ter “uma aliança” com o PCP.

Dois comunicados marcaram a semana em Évora. Depois do anúncio de que a Câmara pretendia sair das Águas do Centro Alentejo, em Assembleia de Militantes, o PSD Évora aprovou uma moção onde se afirma que o PS pode não ter condições para manter a Câmara em 2011. O PS regiu prontamente e , em comunicado da

Secção de Évora, veio acusar o PSD e o PCP de terem uma aliança para derrubar o executivo camarário, onde o PS dispõe de três mandatos, a CDU de outros três, e o PSD de apenas um.

PSD acusa Governo de agravarefeitos da crise no distrito de Évora

Em comunicado, o PSD de Évora “reprova a política do Governo So-cialista, o qual transfere cada vez mais competências para as autar-quias mas não cumpre com elas os seus compromissos financei-ros, antes reduz cada vez mais as transferências que tão necessárias são ao distrito de Évora no auge da crise que o Governo Socialista criou. Mas as Câmaras Municipais geridas pelo PS e pela CDU no dis-trito de Évora são igualmente res-ponsáveis pela calamitosa situa-ção orçamental que vivem hoje e que as estrangula financeiramen-te, limitando a sua capacidade de apoio social aos munícipes, quan-do estes mais dele necessitam”.“O PSD teme que o desprezo do go-verno socialista pelo distrito de Évora e o desequilíbrio financeiro a que o PS e a CDU irresponsavel-mente conduziram as Câmaras Municipais no distrito, agrave nas famílias e nos residentes os efeitos negativos da crise que se prevêem devastadores em 2011”, considera a nova distrital do PSD, recentemente eleita, e presidida por António Costa da Silva. Para os sociais democratas “é ur-gente mudar o rumo desta polí-tica desastrosa por parte do Go-verno Socialista e das câmaras do distrito de Évora, cabendo ao PS e à CDU a assunção de responsabi-lidades pela situação financeira dos municípios, mas também é urgente a tomada de medidas que corrijam a situação a que nos con-duziram”.Conclui o PSD que “a situação a que chegámos é deveras preocu-pante, espelhada nas manobras orçamentais dos Municípios para 2011, procurando corrigir em de-sespero os desequilíbrios finan-ceiros decorrentes dos exercícios anteriores, numa altura em que se esperam dos municípios medi-das bem mais enérgicas de apoio social para responder às crescen-tes necessidades de uma popu-lação cujas condições de vida se degradam com o agravamento da crise económica”.

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Redação

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Redação

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Reportagem

A Federação Portuguesa de Filatelia divulgou, através de circular, os pré-mios de mérito filatélico de literatura respeitantes às publicações de 2009.A Confraria Timbrológica Meridional foi distinguida com:- Prémio “O PHILATELISTA” – Me-lhor PeriódicoAtribuído a “O Timbre”- Prémio “CARLOS TRINCÃO” – Outras ObrasAtribuido ao Boletim e Catálogo da XX Filatélica Luso-Brasileira “Lubra-pex 2009”“É com particular orgulho que a Direcção da Confraria Timbrológica Meridional vê distinguidas duas das suas publicações pela entidade máxima da Filatelia Portuguesa. O Timbre é distinguido pela 2ª vez com o Prémio “O PHILATELISTA” (1991 e 2010), sendo que a Federação Portuguesa de Filatelia premeia assim, mais uma vez, uma das mais importantes publicações filatélicas portuguesas, a qual vem sendo publi-cada desde 1989.Também nos apraz registar que “O Timbre” tem dedicado especial atenção à filatelia alenteja-na e à riquíssima história postal da região do Alentejo”, considera aquela associação em nota de imprensa.

Prémios para a Confraria Timbrológica Meridional

Parece estar na moda. Três furtos de cobre foram registados na última semana, nos concelhos de Estremoz, Borba e Arraiolos, no distrito de Évo-ra, cujo valor atinge cerca de 25 mil euros. Uma fonte do Destacamento Territorial de Estremoz da GNR disse à agência Lusa que no concelho de Borba registou-se um furto de cobre do interior de um posto de transfor-mação elétrica (PT), avaliado em 12 300 euros.No concelho de Estremoz, ocorreu um furto de fio de cobre de linha elétrica da EDP, calculado em 7 500 euros, e na zona de Arraiolos, um furto de 1 500 quilogramas de cobre nas instalações de um empresa de reciclagem, cujo valor atinge 5 mil euros.Já nas últimas duas semanas de novembro, segundo a GNR, quatro postos de transformação elétrica (PT´s) foram furtados nos concelhos de Estremoz e Borba, cujo valor atin-giu mais de 37 mil euros.O móbil do crime foi o aproveita-mento dos componentes de cobre dos PT´s para posterior venda.Segundo um oficial da GNR, os furtos de material elétrico com componen-tes de cobre devem-se ao facto de se tratar de um material que “é muito procurado, tem um valor considerá-vel e fácil de vender”.Nos concelhos de Estremoz e Borba têm ocorrido este ano, com alguma frequência, furtos de material elétri-co com componentes de cobre, nome-adamente em pedreiras de mármore e pavilhões de fábricas desativadas, segundo a GNR, que procede a inves-tigação.

Roubo de cobre em Estremoz, Borba e Arraiolos

Em plena crise, toda a gente se queixa das “contingências orça-mentais”, mas o modelo consu-mista manda mais e o ritual das prendas natalícias continua a im-por a sua lógica.

No dia 14, em Évora, o Rossio de S. Brás acolheu o habitual “mercado da segunda terça-feira” de cada mês”, que era afinal o último antes do Natal. Portanto, era de esperar que a clientela afluísse e se fizessem negócios chorudos.Na verdade, a clientela ainda era numerosa, pelo menos em relação às demais edições, mas havia claramente menos gen-te a abrir os cordões à bolsa. Os fregueses passavam, olhavam, cobiçavam, até perguntavam o preço, mas na hora de comprar retraíam-se. “Está tudo muito caro,” queixa-va-se uma cliente, claramente alguém das redondezas que viera à cidade para o efeito. “Caro?” discordava a tendeira. “Onde é que você não arranja mais barato?”Há crise, pois, e é bastante sensível, não só em termos de clientela, mas sobretudo de ne-gócios. Todos estão de acordo, e não se cansam de o dizer. “Isto está uma miséria,” é o que se ouve por toda a parte.

“Isto está mau”

António Gomes que o diga. Tem 56 anos e vende nas fei-ras há quarenta, 36 dos quais “por conta própria”. Bate quase todos os mercados e feiras da região, sendo que em Évora, Vendas Novas e Reguengos não perde um. Por isso, é com o saber de experiência feito que o diz: “As pessoas estão a comprar cada vez menos.”Apesar de ser o último merca-do antes do Natal, os bons ne-gócios escasseiam. Em relação ao ano passado, Gomes está a vender metade, e acha que a tendência decrescente se vai manter. “Está mau, e vai conti-nuar assim.” No entanto, nem toda a gente vê a questão pelo mesmo pris-ma. Maria Baptista, por exem-

plo, acha que a crise acaba por favorecer os mercados, já que, sendo os preços mais baixos que nas lojas, a freguesia não deixa de afluir.E cita o seu próprio caso. Vive perto do Rossio de S. Brás, mas apesar disso passa anos sem ir ao mercado. No entanto, no dia 14, foi dar uma olhada e acabou por comprar “muitas coisas”. Por tudo isso, entende que os feirantes são menos prejudica-dos que os lojistas, e que isso se deve, antes de mais, aos preços praticados.Maria do Rosário Ferreira tam-bém acha que a crise não terá afectado assim tanto a aflu-ência ao mercado, de que se confessa cliente assídua. Na sua opinião, porém, o que atrai as pessoas não são apenas os

preços mais baixos, mas sobretudo a fra-ca qualidade do co-mércio tradicional. “Depois de ir às lojas, uma pessoa vai ao mercado e encontra lá coisas mais boni-tas, e mais baratas.”

Ritual de oferendas

Adelino Fonseca, director do Departa-mento de Desenvol-vimento Económico da Câmara de Évora,

a entidade responsável pelo mercado, é claro que as “difi-culdades orçamentais”, não deixando de se “repercutir em todos os aspectos”, também ali se fazem sentir.Reconhece que “os mercados têm vindo a registar uma bai-xa”, mas entende que àquele nível o resultado não é dramá-tico.A verdade é que as pessoas, com crise ou sem crise, fazem das tripas coração e, chegado o Natal, gastam o que têm e o que não têm para cumprir a tra-dição das prendas.E Adelino Fernandes conclui: “A nossa cultura leva-nos a cumprir um ritual de oferen-das, em Évora como em qual-quer outro lugar.” Para já, é ver-dade. w

Último mercado antes do Natal

Todos se queixam da crise mas o ritual das prendas mantém-se

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José Pinto de Sá/Luís Pardal

As pessoas passam, perguntam o preço mas compram pouco. Uma constante no mercado da 2ª terça-feira do mês em Évora.

António Gomes

Maria Baptista

Luís Pardal

Luís PardalLuís Pardal

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12 16 Dezembro ‘10

Portugal foi um dos 10 Estados-membros da União Europeia que subscreveram em Bruxelas uma declaração a defender um aumen-to das verbas comunitárias de apoio ao rendimento dos agricul-tores dos países que menos têm beneficiado até agora da Política Agrícola Comum.

O documento constitui uma to-mada de posição face a um outro, subscrito há algumas semanas pela França e Alemanha, que defende a manutenção da atual chave de repartição entre países dos dinheiros da PAC.“Penso que esta declaração pode contribuir para o aprofunda-mento da discussão sobre o obje-tivo central que é o reequilíbrio dos fundos entre os Estados-membros”, disse o ministro da Agricultura, António Serrano, depois de ter assinado a declara-ção conjunta.Portugal, Polónia, Bulgária, Chi-

pre, República Checa, Estónia, Letónia, Lituânia, Roménia, Es-lováquia e Suécia pretendem marcar a sua posição numa al-tura crucial das negociações que vão levar à reforma da Política Agrícola Comum (PAC), a partir de 2013.“A próxima reforma da PAC tem que ser uma reforma real que fará a PAC simples, justa, orien-tada para o mercado, sustentável e defensável”, segundo a declara-ção que a Lusa teve acesso.

Para o ministro da Agricultura, os dois grupos de países têm na maior parte dos casos objetivos comuns, como a simplificação da PAC, aumento da regulação do mercado ou manutenção dos dois pilares atuais (ajudas diretas aos agricultores e desen-volvimento rural), para só citar alguns.“Mas nós queremos garantir cri-térios realmente justos na distri-buição dos fundos entre todos”, defendeu o ministro da Agricul-tura.A declaração agora assinada de-fende o estabelecimento de “um critério objetivo e justo de distri-buição de apoio em envelopes nacionais no âmbito da PAC”.Portugal recebe atualmente 50 por cento das ajudas agrícola como apoio direto ao rendimen-to dos seus agricultores e os res-tantes 50 para o desenvolvimen-to rural, enquanto que no caso da França a distribuição é de 80 e 20, respetivamente. w

Agricultura

Portugal quer maior apoio da União Europeia

ReportagemNegócios

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Redação/Lusa

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Há 16 anos que é assim. Abre-se o vinho novo. Lança-se o convite. Vem gente de todo o país. Em Cabeção todos os anos há festa rija.

A manhã nasce solarenga. O dia está agradável. Em Cabeção a praça junto ao pavilhão gimnodesportivo vai-se enchendo de gente. Rua abaixo desce a tuna de Beja. Chegam os músicos com os instrumentos às costas. Aproxima-se a hora da abertura oficial do vinho de Cabeção. Momento de festa na vila.Este ano vieram 47 produtores, in-cluindo o Grou. “Começámos com meia dúzia de produtores, mas hoje esta festa mostra a sua importância cultural e económica através do nú-mero de produtores que temos aqui”, revela Manuel Inês, presidente da Junta de Freguesia, também produ-tor de vinho, que há 16 anos lançou a ideia de fazer uma festa do vinho novo para “celebrar uma tradição se-

cular aqui na vila”.No pavilhão estão montadas peque-nos stands. Em cada um deles, dois produtores têm em cima de um bal-cão improvisado meia dúzia de garra-fas. Branco. Tinto. Alguns mostram as habilidades com uma ou outra garra-fa mais... espirituosa.Lá fora decorre a cerimónia de aber-tura. A bandeira Portuguesa sobe no mastro. Ao som do Hino Nacional, porque isto do vinho novo vindo da talha quase merece honras de Estado.Enquanto se arruma a cerimónia lá fora, dentro do pavilhão soltam-se as rolhas do vinho saída das talhas de barro, engarrafado de propósito para a festa. Cada garrafa mostra o rótulo da XVI Festa do Vinho Novo de Cabe-ção. Por baixo, marca personalizada, está impresso o nome do produtor.

Vinhos e petiscos

“Este ano o vinho está bom”, afirma

Paulo Rasquete à medida que faz ‘rodar’ o vinho num copo de pé alto. “Pelo cheiro vê-se logo. E esta cor ‘tá a ver?”. Este produtor lá vai adian-tando que já o ano passado o vinho estava bom, “mas este ano ainda está melhor”. Palavra de produtor amador que abraçou esta arte nas horas vagas.António Mendes é talvez dos mais velhos produtores no pavilhão. Pos-sui uma pequena vinha “já velha” que lhe garante “a qualidade do vi-nho”. “Eu também tenho vinha nova, mas, não sei porquê, estas vinhas ve-lhas é que fazem o vinho bom”, diz do alto da sua experiência.Em Cabeção permanecem abertas muitas adegas com as velhas talhas sempre prontas a encher todos os anos. “É uma coisa que esteve quase morta, mas com a reconversão da vi-nha, nos anos 90 e com esta festa que começámos a fazer, a tradição regres-sou em força”, assinala o presidente da Junta Manuel Inês.

À volta do petisco, munidos de um pequeno copo de vidro com o logo da festa comprado por euro e meio, centenas de pessoas vindas de todo o país provam o vinho da talha de Cabeção. Sem esforço encontramos gente de Évora, Arraiolos e de bem mais longe. Lisboa, Carregado, Cal-das da Rainha, Setúbal... O forte odor dos vinhos da terra chegaram longe nestes 16 anos.Perto da uma da tarde, no pavilhão, os petiscos estão praticamente arru-mados. As garrafas vazias. Os produ-tores contentes com a apreciação dos convivas. É tempo de sair para a rua. Apanhar ar e retemperar o estômago. Porque daí a menos de uma hora, co-meça a segunda parte da festa. Numa autêntica romaria pelas ruas da vila, um mar de gente percorre as adegas de Cabeção e prova o vinho saído das talhas.A festa dura dois dias. Um para beber. Outro para recuperar da bebida. w

Cabeção celebra vinho novo

O hino toca quando se abre o vinho em Cabeção

Paulo Nobre

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Votos de um Feliz Natal e um próspero Ano Novo

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Com o Natal à porta, é tempo de reviver as ancestrais tradições mu-sicais da época festiva, escutando os Cantos ao Menino, Reis e Janei-ras interpretados pelas Vozes do Imaginário.

Numa altura em que as ruas da cidade são assoladas pelos fan-tasmagóricos sons de “Jingle Bells” e outras desinteressantes importações anglo-saxónicas, as Vozes do Imaginário em boa hora decidiram participar na di-vulgação do acervo musical na-talício português. A intenção é proporcionar ao público melodias que, cantadas à capela ou acompanhadas de instrumentos tradicionais, de banda ou tuna, podem genui-namente preservar a memória identitária nacional.Assim, o recital “Cantos ao Meni-no, Reis e Janeiras”, pelas Vozes do Imaginário, é o resultado de um percurso pela paisagem so-nora que se estende por quase

todo o espaço cultural e geográ-fico de Portugal. “Vozes do Imaginário” é um projecto musical de um grupo de mulheres que interpretam e divulgam o reportório das po-lifonias femininas da tradição portuguesa.Os “Cantos ao Menino, Reis e Ja-neiras” podem ouvir-se no dia 17 pelas 21h30 na Igreja dos Lóios,

em Évora, no dia 19 pelas 16h00 na Igreja de Misericórdia, em Arraiolos, e no dia 8 de Janeiro pelas 11h00 na Casa de Estremoz. Com este projecto, a Associação Cultural do Imaginário propõe-se divulgar e manter vivos estes singelos cantos que, carregados de humanidade, habitam ainda o imaginário da ancestral tradi-ção das festas do ciclo natalício.

Gigabombos além-fronteiras

A Associação Cultural do Imagi-nário, sedeada na Estrada do Bair-ro de Almeirim, Armazém 4, em Évora, desenvolve um vasto le-que de actividades criativas, com destaque para a música e o teatro. No passado dia 8, através do seu projecto Gigabombos, a associa-ção passou uma vez mais além fronteiras, com o objectivo de divulgar a cultura portuguesa. Tratou-se agora de realizar uma Oficina de Percussões Tradicio-nais na cidade espanhola de Al-burquerque. Nela participaram pessoas de várias faixas etárias que tiveram oportunidade de experimentar diversos sons e rit-mos nos instrumentos disponi-bilizados pela associação.No próximo sábado, dia 18, e também em Albuquerque, terá lugar uma apresentação pública resultante do trabalho realizado nessa oficina, um evento enqua-drado nas festividades natalícias da cidade espanhola. w

Em Évora, Arraiolos e Estremoz

Vozes do Imaginário revivem Cantos ao Menino, Reis e Janeiras

Artes

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José Pinto de Sá

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José Pinto de Sá

No sábado, o Coral de S. Domin-gos e o Grupo Coral “As Escoura-lenses” vão entoar Cantares ao Menino nas ruas de Montemor-o-Novo, dando voz a um Natal tradicional, bem à maneira alen-tejana.

Integrada no Ciclo de Outono 2010, tem lugar este sábado, 18 de Dezembro, a IX edição dos Cantares ao Menino. Esta iniciativa, que tem início às 21h00, no átrio da Câmara Municipal, conta com a par-ticipação do Coral de S. Do-mingos e do Grupo Coral “As Escouralenses”. Para além da música, haverá também poe-sia pelas ruas da cidade. As ruas e largos do Centro Histórico de Montemor-o-Novo, adornados pelas luzes alusivas à época, num cená-rio verdadeiramente natalí-cio, vão ganhar ainda mais vida e alegria, com os Canta-res ao Menino 2010.

Cantares ao Menino nas ruas de Montemor

A encerrar o Ciclo de Outono

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Nestes últimos dias saíram mais uma vez para as ruas de Estugarda (SO da Alemanha) dezenas de milhares de cidadãos num protesto que dura desde 2007 contra “Stuttgart XXI”, o projecto de remodelação do centro da cidade. De um lado, os arquitectos-urbanistas, do outro os cidadãos que recusam a sua transformação. Serão os primeiros irracionais? Ou os segundos insensíveis à Razão? Nem uma, nem outra coisa. Para entender o que ali se joga, recorramos a duas noções cuja confusão nos impediria de compreender estes conflitos: “espaço” dum lado, “território” do outro. “Espaço” é um objecto abstracto, resultado dum sistema de coordenadas. Os “espaços” a que estamos habituados definem-se em três dimensões, por exemplo “largura”, “comprimento”, “altura”. São os objectos característicos que produzem o traço no papel, a projecção de perspectivas… O “território”, ao invés, é sempre um objecto concreto: é uma porção determinada da realidade material que é apropriada por um indivíduo ou um grupo, que dela faz o seu “espaço próprio”.O “espaço” é o domínio dos poderes e o instrumento dos engenheiros, arquitectos, urbanistas: é o que permite estruturar o espaço dos outros. Os espaços dos poderes são (para o cidadão comum) dados a priori, planeados, obrigatórios. Os “territórios” são formas vivas, movediças, próprias às vivências de quem usa, percorre, contem-pla, e os altera de modo não planeado, em função de usos e necessidades concretas: e resistência à transformação tecnocrática. O centro de Estugarda, destruído a 70% pelos bombardeamentos da II guerra mundial e tão recentemente reconstruído, seria já “património”? Assim é: ao apoderar-se da sua cidade, os habitantes investiram o centro como seu território: o mesmo é dizer como seu património. A lição desse exemplo é clara: os cidadãos tiveram acesso a todos os planos e estudaram-nos; foram capazes de organizar-se frente a forças políticas e económicas proporcionais ao investimento previsto (mais de 4,5 mil milhões de euros). Se os tempos mudam, é que os “especia-listas” dos “espaços” têm cada vez mais que contar com aqueles em nome de quem trabalham, mas sem que estes lhes tenham dado nem mandato expresso, nem cheque em branco. Coisas, em suma, bem familiares…

*CIDEHUS - Universidade de Évora e Academia Militar

AntropólogoJosé Rodrigues dos Santos*

Um olhar antropológico

Entre espaço e território: tensão sem fim?

Mais de 30 figuras em tamanho real compõem este ano o Presépio instalado no Centro Histórico de Borba. As figuras encontram-se distribuídas pelas várias artérias, recriando o nascimento do Meni-no Jesus no estábulo, acompanhado pela Virgem Maria e S. José, uma vaca e um jumento, que representam a simplicidade do local onde Jesus nasceu, e os três reis magos provenientes do oriente que, guia-dos por uma estrela, vieram oferecer ouro, incenso e mirra ao recém-nascido.

Para complementar, foram introduzidas figuras representando diversas profissões tradicionais, como a padeira, o ferreiro, o carpinteiro e o pastor, além de várias fi-guras características do povo, como o pes-

cador, a lavadeira, os guardas do Castelo, a tocadora de Lira, o tocador, o guardador de porcos e mais três representações femi-ninas a transportar uma cesta de ovos, a transportar um cântaro, acompanhada por uma criança, e a retirar água de um poço.O presépio tem vindo a receber novas fi-guras de ano para ano, num trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela própria autarquia, através do artista Carlos Baca-lhau, elaboradas com materiais reciclá-veis, tornando-se num motivo de atracção e fomento do comércio tradicional, junta-mente com as iluminações, este ano bem mais reduzidas em virtude das restrições financeiras que afectam todos os municí-pios do país. As figuras podem ser vistas até ao dia 6 de Janeiro. w

Até 6 de Janeiro

Presépio embeleza Centro Histórico de Borba

Um velho homem de negó-cios, avarento, desumano e insensível, que só se preocu-pa com o dinheiro e o lucro, e que detesta o Natal, recebe a visita de três estranhas cria-turas. Durante uma noite o velho avarento vive aventu-ras emocionantes com fan-tasmas que pretendem fazer dele uma melhor pessoa. Será que vão conseguir?

É este o tema de “Cântico de Natal”, um espectáculo ba-seado na obra homónima de Charles Dickens, inter-pretado e ilustrado, simul-tânea e interactivamente, pela actriz Paula Coelho e pela artista plástica Marta Fernandes e Silva.

Classificado para maiores de 4 anos, o espectáculo tem lugar no sábado e domingo, dias 18 e 19, pelas 17h00, no espaço de A Bruxa Tea-tro, nos Antigos Celeiros da EPAC, em Évora. Publicado em 1843, “Cânti-co de Natal” é considerado a mais famosa das nume-rosas obras sobre a quadra natalícia que Dickens es-creveu ao longo da vida, dando origem a um género literário muito popular nos países de cultura anglo-sa-xónica. Charles Dickens (1812-1870) foi o mais célebre dos romancistas ingleses do século XIX. Os seus contos e romances, entre os quais se destaca “David Copper-

field” e “Oliver Twist”, têm gozado de grande popula-ridade, originando vários filmes e séries televisivas de grande êxito. Embora os seus romances não sejam considerados muito realis-tas pelos padrões actuais, Dickens contribuiu em grande parte para a intro-dução da crítica social na literatura de ficção inglesa.Integrado no projecto Con-tos Ilustrados, este espec-táculo é uma produção da associação cultural CEPiA (Centro de Estudos Perfor-mativos i Artísticos). Trata-se de uma criação plástica e multimédia de Marta Fer-nandes e Silva, com dra-maturgia e encenação de Paula Coelho. w

“Cântico de Natal”: este sábado e domingo, em Évora

Uma nova versãode uma história intemporal

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José Pinto de Sá

Paula Coelho interpretando o célebre “Cântico de Natal”, de Charles Dickens.

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16 16 Dezembro ‘10

Artes

A redução da iluminação de igrejas e das muralhas de Monsa-raz é uma das medidas adotadas pela Câmara de Reguengos para diminuir a poluição luminosa no concelho, no âmbito de um proje-to turístico pioneiro em Portugal.Trata-se da primeira Reserva Dark Sky portuguesa, que está a ser implementada em seis concelhos do Alentejo, nas margens da albu-feira de Alqueva, entre os quais o de Reguengos, para captar turistas interessados na observação astro-nómica noturna.

Astros em Reguengos

O Museu de Évora, todas as quin-tas-feiras à noite, com o apoio do Grupo de Voluntários, mantém-se aberto entre as 18 e as 22 horas.Hoje, quinta-feira, 16 de Dezem-bro, pelas 19 horas, os músicos João Diogo Leitão e Carlos David, alunos da Escola de Artes da Uni-versidade de Évora, apresentam um concerto de guitarra.Às 20 horas, o Dr. Joaquim Olivei-ra Caetano (Museu Nacional de Arte Antiga) realiza uma visita guiada à exposição “Primitivos Flamengos. Mestres Flamengos e Luso-flamengos em Évora”.Para animar as conversas, ao cair da noite, serve-se um vinho tinto (Adega da Cartuxa - Fundação Eugénio de Almeida) no pátio do Museu. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por telefone ou através do e-mail [email protected].

PROGRAMA DO CONCERTOMerlin - Stephen DodgsonSonata Eroica – Mauro GiulianiSonata III – Manuel Maria PonceSonata “Omaggio a Boccherini” - Mario Castelnuovo-Tedesco

Museu de Évora: 5ªS À NOITE

No âmbito das Comemorações dos 100 anos de Classificação de Património no Concelho de Avis, o Município convidou o Grupo de Cantares de Ervedal para três concertos que assinalam a quadra festiva.O Concerto de Natal está agenda-do para a Igreja de S. Barnabé, em Ervedal, no dia 26 de Dezembro, a partir das 16h30. O Concerto de Ano Novo realiza-se na Igreja do Convento de S. Bento, em Avis, no dia 2 de Janeiro, pelas 16h00. Finalmente, no dia 9 de Janeiro, às 16h00, a Igreja Matriz de Benavila recebe o Concerto de Reis.Do repertório a apresentar pelo Grupo de Cantares de Ervedal nos três espectáculos constam alguns dos mais belos temas de Natal, que prometem dar vida aos espa-ços históricos eleitos como palco e proporcionar momentos de alegria aos espectadores de todas as idades.

Avis

Concertos de Natal, Ano Novo e Reis

Oitenta cantores e mais de 75 instrumentistas interpretam o grandioso concerto de Natal que a Fundação Eugénio de Almeida promove domingo à tarde na Sé de Évora.

É “inspirada nos valores cristão de amor e entrega ao próximo” que a Fundação Eugénio de Al-meida uma vez mais celebra a quadra natalícia com um gran-dioso concerto na Sé de Évora, a realizar no domingo, dia 19, pe-las 18h00. O programa do concerto será preenchido com obras de gran-de religiosidade, com particular destaque para a Oratória “Le Roi David”, um salmo sinfónico que conta a história bíblica do Rei David, de Arthur Honegger, com-posta em 1921 sobre o libreto do poeta e dramaturgo René Morax. O compositor suíço Arthur Ho-negger (1892-1955) foi o autor de vários oratórios e de uma famo-sa Cantata de Natal. Fez parte do grupo de compositores conside-rado anti-romântico chamado

Les Six (Os Seis).O recital será interpretado pelas 80 vozes dos coros da Escola Su-perior de Música de Lisboa e do Instituto Piaget e pelos cantores líricos Ana Paula Russo, Joana Nascimento e João Cipriano Mar-tins. Os cantores serão acompa-nhados pelos mais de 75 instru-mentistas da Orquestra Sinfónica da Escola Superior de Música de

Lisboa (ESML), com direcção do Maestro Paulo Lourenço. Licenciado em Direcção Coral pela ESML e com um Mestrado nesta área pela University of Cincinnati-College Conserva-tory of Music, Paulo Lourenço é uma figura bem conhecida dos apreciadores de música eboren-ses. Em Junho último, dirigiu um workshop de Direcção Coral

promovido pela Eborae Musica.O espectáculo será narrado por Luísa Cruz, intérprete da teleno-vela “Espírito Indomável” e ven-cedora do Globo de Ouro para a Melhor Actriz de Teatro em 2005. A Fundação Eugénio de Almei-da informa que o programa do concerto encerra com “algumas das mais belas e conhecidas canções de Natal”. w

Fundação Eugénio de Almeida celebra o Natal

Oitenta cantores e 75 instrumentistasem grandioso concerto na Sé de Évora

O Fluviário de Mora, através do seu Núcleo de Investigação (NIFM), encontra-se em período de aceitação de artigos científicos para o galardão Prémio Jovem In-vestigação 2010, com início em Setembro e a decorrer até 31 de De-zembro de 2010.

Anunciado pelo Fluviário de Mora no seu 3ºAniversário, a 21 de Março de 2010, esta iniciati-va única no país, visa distinguir, com um prémio no valor de 500 euros, um aluno de Doutora-mento, Mestrado ou Licencia-tura que, em 2010, tenha publi-cado, como primeiro autor, um artigo relacionado com a con-servação e biodiversidade dos recursos aquáticos continentais (Estuários e Rios). Desta forma, procura-se valorizar e dar des-taque à investigação científica que é feita em Portugal por jo-vens investigadores na temáti-ca da ecologia dos sistemas de água doce e salobra em territó-

rio nacional.O vencedor do concurso, além do prémio monetário e do re-conhecimento científico do seu trabalho, poderá ainda gozar a oportunidade de desenvolver um estágio não remunerado por um período máximo de três me-ses sob a supervisão do Núcleo

de Investigação do Fluviário de Mora.Até ao momento, registam-se já cerca de uma dezena de candi-daturas válidas, número que é muito valorizado pela Comis-são organizadora, quando sobra quase um mês ainda para a sub-missão dos artigos ao Prémio.

As candidaturas deverão ser submetidas até ao dia 31 de Dezembro e poderão ser feitas pelos professores orientadores, co-autores dos artigos ou pelos próprios alunos. Cada candidato só poderá submeter um artigo a concurso.As candidaturas deverão ser di-rigidas ao NIFM através do se-guinte e-mail: [email protected] selecção do artigo vencedor será feita por um painel de ava-liadores escolhido pelo Director e restantes membros da Comis-são Científica do NIFM, com base na contribuição para a conserva-ção e biodiversidade de recursos aquáticos continentais, origina-lidade e qualidade científica.Com mais de 500 peixes de 55 espécies diferentes de todo o mundo em habitats naturais, aquáticos e terrestres, num per-curso entre a nascente e a foz de um rio, o Fluviário de Mora já recebeu, desde Março 2007 mais de 490 mil visitantes. w

Até 31 de Dezembro de 2010.

Fluviário de Mora vai premiar Jovens investigadores

Fluviário: artigos ciêntificos podem ser entregues até ao final do ano.

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Redação

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José Pinto de Sá

Fundação Eugénio de Almeida organiza Concerto de Natal na Sé.

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Os Bonecos de Santo Aleixo pode-rão dispor em breve de um espaço próprio, uma vez concretizado o projecto do Cendrev que visa criar em Évora “um centro europeu da marioneta”.

O Cendrev, que detém os fa-mosos Bonecos de Santo Alei-xo, projecta proporcionar-lhes em breve um local autónomo, criando nesta cidade “um “cen-tro europeu da marioneta”. Fa-lando ao REGISTO, o director do Cendrev, José Russo, avançou que esse centro iria acolher os “setenta e tal bonecos” originais e o retábulo, além dos registos em diversos suportes realizados por Giacometti, por Alexandre Passos e por investigadores da Universidade de Évora.Além de funcionar como “um pólo de trabalho em torno da marioneta,” o espaço, dotado de um auditório, constituiria “um novo centro de animação cultu-ral da cidade”, tudo isso “articu-lado com a Bienal Internacional de Marionetas de Évora (BIME), conforme José Russo sublinha.A existência desse espaço faci-litaria também a formação de

uma “nova família de manipu-ladores,” que a seu tempo assu-miria o trabalho até agora de-senvolvido por Ana Meira, Gil Salgueiro Nave, Isabel Bilou, José Russo e Victor Zambujo.Poderia ainda contribuir para a concretização de uma velha aspiração do Cendrev, nome-adamente a classificação dos Bonecos de Santo Aleixo como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO,

um processo que já deu os seus primeiros passos.

“O passo seguinte”

A criação do centro virá culmi-nar o trabalho de compilação, edição e catalogação dos textos que o Cendrev levou a cabo com a colaboração da Univer-sidade de Évora. “Passado esse primeiro ciclo, é o momento de dar o passo seguinte,” entende

José Russo.Nesse sentido, o Cendrev sub-meteu uma candidatura ao PRODER (Programa de Desen-volvimento Rural) com o apoio das associações Trilho e Monte. A companhia esperava obter financiamentos ainda neste quadro comunitário, que decor-re até 2013, mas tal não foi pos-sível.Em princípio, um projecto só pode ser financiado pelo PRO-DER se for desenvolvido num espaço rural, o que inviabiliza-ria a localização do centro em Évora. No entanto, o Cendrev entende que faz todo o sentido que o equipamento se localize na cidade, onde tem em vista um local no centro histórico. Por isso não desiste, e vai tentar fazer valer os seus argumentos junto da ministra da Cultura.O projecto já recebeu promes-sas de apoios, nomeadamente da Fundação Gulbenkian, e o Cendrev estuda a possibilidade de o candidatar a fundos co-munitários através do FEDER (Fundo Europeu de Desenvol-vimento Regional). “Estamos muito entusiasmados,” diz José Russo. w

“Um centro europeu da marioneta”

Bonecos de Santo Aleixoquerem ter casa própria

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José Pinto de Sá

Como já é tradição, é com o “Auto do Nascimento do Me-nino Jesus” que os Bonecos de Santo Aleixo festejam o Natal, numa série de espectáculos que decorre esta semana no Conven-to dos Remédios.

Este ano, a habitual tempo-rada natalícia dos Bonecos de Santo Aleixo decorre no Con-vento dos Remédios, em Évo-ra, integrada no programa de animação da mostra “Michel Giacometti – 80 anos, 80 ima-gens”. De 14 a 19 de Dezembro, às 18h30, o Cendrev está a apre-sentar o “Auto do Nascimento do Menino Jesus”, que integra os reportórios do “Baile dos Anjinhos”, o “Passo do Barbei-

ro”, as “Saiadas” e a “Tourada”. A exposição sobre Giacometti, o etnomusicólogo francês que, na segunda metade do século XX, deu a conhecer ao mundo os Bonecos de Santo Aleixo,

também acolhe uma pequeno mostra de títeres originais, que geralmente se encontram em depósito no Teatro Garcia de Resende.Referindo que esta série de espectáculos por ocasião do Natal “já entrou nos hábitos do público,” José Russo, direc-tor do Cendrev, revelou que a companhia gostaria de “fazer estes ciclos com mais frequên-cia”, tirando proveito de uma “versatilidade de temas que se pode encaixar no calendário”.Assim, o Cendrev pondera apresentar pela Páscoa o “Auto da Paixão” e “Os Martírios do Senhor”, e pelo S. Martinho o sermão sobre as virtudes do vi-nho, embora não esconda que tem “alguma dificuldade em suportar esses encargos”. w

“Auto do Nascimento do Menino Jesus”

Temporada de Natal decorreno Convento dos Remédios

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José Pinto de Sá

Cendrev quer criar Centro Europeu da Marioneta.

A Loja Social do município de Por-talegre anunciou ter apoiado 180 famílias carenciadas e ajudado 520 pessoas daquele concelho alente-jano, desde que abriu as portas, em outubro de 2009.Os responsáveis da Loja Social explicam que o projeto “conseguiu apoiar 180 famílias e ajudar 520 cidadãos com a entrega de 9 831 bens e produtos alimentares”.Inaugurada há mais de um ano, a Loja Social tem desenvolvido um conjunto de iniciativas para combater a pobreza, através de apoios que assegurem a satisfação das necessidades das famílias.Uma das iniciativas que desenvol-veu nos últimos tempos e que foi alvo de “grande aceitação pela popu-lação” foi a promoção de um Curso de Formação Contínua em Cozinha para pessoas carenciadas.Esta ação, desenvolvida em parceria com a Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre (EHTP), deu aos for-mandos a possibilidade de levarem para as suas casas as refeições confe-cionadas diariamente.Este curso tinha ainda como objeti-vo dotar os formandos de competên-cias e formação na área da cozinha.A Loja Social, coordenada pela Divisão de Assuntos Sociais, Educação, Desporto e Juventude da Câmara de Portalegre, tem também articulado ao longo da sua existência sinergias com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para integrar as famílias no mercado de trabalho.

Portalegre

Loja Social ajuda fa-mílias carenciadas

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18 16 Dezembro ‘10

Lazer

Carta Dominante: 10 de Paus, que signi-fica Sucessos Temporários, Ilusão.Amor: Evite precipitar-se nas decisões que toma. Pense bem para que não se ar-rependa mais tarde.Saúde: Poderá constipar-se. Agasalhe-se bem. Dinheiro: Analise as suas finanças e veja como rentabilizá-las. Número da Sorte: 32Dia mais favorável: Terça-feira

Carta Dominante: O Julgamento, que signi-fica Novo Ciclo de Vida.Amor: Poderá suscitar paixões arrebatadoras, mas pense bem naquilo que realmente quer.Saúde: Cuidado com aquilo que come. Poderá colocar em risco a sua dieta.Dinheiro: Defenda-se de um colega mal in-tencionado, sendo honesto e consciente das suas capacidades.Número da Sorte: 20Dia mais favorável: Quinta-feira

Carta Dominante: Valete de Espadas, que significa Vigilante e Atento.Amor: Procure não ter o seu coração tão fe-chado. Dê a si mesmo a oportunidade para conquistar a felicidade.Saúde: Previna-se contra as constipações. Dinheiro: Reflicta sobre uma proposta pro-fissional que lhe poderá ser feita. Número da Sorte: 61Dia mais favorável: Sexta-feira

Carta Dominante: Ás de Paus, que signifi-ca Energia, Iniciativa.Amor: Mantenha a alegria e o optimismo que o caracterizam. Motivará as pessoas que estão ao seu redor.Saúde: Maior tendência para se sentir so-nolento e sem vigor físico. Dinheiro: Poderão surgir alguns problemas profissionais. Mantenha a calma, de modo a resolver os imprevistos da melhor maneira. Número da Sorte: 23Dia mais favorável: Sexta-feira

Carta Dominante: 7 de Copas, que significa Sonhos Premonitórios.Amor: Procure fazer uma surpresa à sua cara-metade criando um ambiente romântico.Saúde: Procure descansar um pouco mais. Dinheiro: Evite comentar os seus planos profissionais. Guarde as suas intenções a sete chaves.Número da Sorte: 43Dia mais favorável: Quarta-feira

Carta Dominante: Os Enamorados, que significa Escolha.Amor: O amor marcará esta semana. Faça os possíveis para manter essa estabilidade.Saúde: Propensão para uma pequena in-disposição. Se achar necessário consulte o seu médico.Dinheiro: As suas qualidades profissionais serão reconhecidas e poderá ser recompen-sado.Número da Sorte: 6Dia mais favorável: Terça-feira

Carta Dominante: Rei de Espadas, que sig-nifica Poder, Autoridade.Amor: Período favorável ao romance. Pode-rá surgir uma pessoa que se tornará impor-tante na sua vida.Saúde: Cumpra o horário das refeições. Evite estar muitas horas sem comer.Dinheiro: Acautele-se contra possíveis per-das de dinheiro. Previna-se para não sofrer dissabores.Número da Sorte: 64Dia mais favorável: Sábado

Carta Dominante: 3 de Ouros, que signi-fica Poder.Amor: Dedique mais tempo a si mesmo. Planeie um período de descanso a dois.Saúde: A sonolência e a preguiça irão marcar a sua semana. Tente travar essa tendência.Dinheiro: Seja mais compreensivo com os seus colegas de trabalho. Se agir dessa forma conseguirá conquistar um bom ambiente.Número da Sorte: 67Dia mais favorável: Domingo

Carta Dominante: 5 de Espadas, que signi-fica Avareza.Amor: A sua experiência de vida poderá ajudar um amigo a orientar a sua vida. Seja solidário com quem solicitar o seu apoio.Saúde: Procure o seu médico assistente com maior regularidade. Faça análises de rotina.Dinheiro: Seja mais dedicado ao trabalho. Procure não desistir dos seus objectivos.Número da Sorte: 55Dia mais favorável: Segunda-feira

Carta Dominante: 5 de Copas, que signi-fica Derrota.Amor: Semana favorável ao convívio. Con-vide alguns amigos para saírem consigo.Saúde: Poderá sentir-se mais cansado que o habitual. Tome um duche quente e relaxe.Dinheiro: Assente os pés na terra e saiba aquilo com que conta. Pense bem antes de agir.Número da Sorte: 41Dia mais favorável: Segunda-feira

Carta Dominante: 6 de Ouros, que significa Generosidade.Amor: o pessimismo e a falta de confiança não favorecem a realização pessoal.Saúde: Descanse o máximo que puder. Se tiver oportunidade faça sessões de massagem.Dinheiro: Coloque em marcha um projecto muito importante para a sua carreira profis-sional.Número da Sorte: 70Dia mais favorável: Quarta-feira

Carta Dominante: Rei de Copas, que sig-nifica Poder de Concretização, Respeito.Amor: Aproveite os momentos com a fa-mília pois dar-lhe-ão um grande bem-estar emocional. Saúde: Cuide da sua alimentação com maior vigor. Dinheiro: Estará financeiramente estável, por isso, poderá satisfazer um capricho seu.Número da Sorte: 50Dia mais favorável: Quinta-feira

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Artes

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Depois de ter apresentado ao pú-blico eborense uma notável mos-tra de escultura hiper-realista, a Galeria Two Heads Chicken propõe agora uma exposição do fotógrafo norte-americano Joel-Peter Witkin, um dos artistas mais controversos da actualidade.

O trabalho do fotógrafo norte-americano Joel-Peter Witkin, que pode ser visto até Fevereiro na galeria Two Heads Chicken, em Évora, tem sido considerado controverso e chocante, mas é sem dúvida incontornável no panorama artístico contemporâ-neo. A obra de Witkin aborda com frequência temas como a morte e a deficiência, através de com-posições complexas que muitas vezes citam episódios religiosos ou pinturas célebres de uma for-

ma mórbida, fortemente marca-da pela visão do pintor flamengo Jerónimo Bosch (1450-1516).

Witkin nasceu em Nova Iorque em 1939, de pai judeu e mãe ca-tólica, cuja incapacidade para

transcenderem as diferenças religiosas terá marcado a sua existência e influenciado o seu trabalho. Começou por trabalhar como técnico num estúdio fotográfi-co. Depois, cumprindo o serviço militar, foi fotógrafo do Exército, cobrindo a Guerra do Vietname entre 1961 e 1964. De regresso aos Estados Unidos estudou es-cultura, concluindo um mestra-do em Belas Artes.Joel-Peter Witkin afirma que a sua peculiar visão foi determi-nada por um episódio testemu-nhado na infância, um acidente de viação que ocorreu diante da sua casa e no qual uma menina foi decapitada.Alguns dos seus trabalhos, no-meadamente os que envolvem cadáveres, tiveram que ser re-alizados no México, devido a restrições impostas pela legis-

lação norte-americana. Devido à natureza transgressora do seu trabalho, as suas imagens têm causado controvérsia e chocado a opinião pública. A sua técnica, baseada nos da-guerreótipos do século XIX, in-clui a raspagem dos negativos e o uso de corantes, bem como o recurso a métodos de impressão muito personalizados.Esta amostragem do trabalho de Witkin entre 1976 e 2003 é a segunda exposição organizada pela galeria Two Heads Chicken, inaugurada este ano em Évora, no Largo de São Miguel, junto ao Colégio do Espírito Santo. A gale-ria, dedicada à promoção e difu-são das mais recentes tendências da arte figurativa a nível mun-dial, iniciou a sua actividade com uma exposição de escultura hiper-realista que constituiu um grande êxito. w

Na Galeria Two Heads Chicken

Uma descida ao inferno mórbido e fascinante de Witkin

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José Pinto de Sá

“Apolo e Dafne no Jardim das Oliveiras”, por Joel-Peter Witkin.

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20 16 Dezembro ‘10

Roteiro Para divulgar as suas actividades no roteiroEmail [email protected]

Évora

CONSTRóI O TEu PRESENTE DE NATAL22 de Dezembro de 2010 | 10h-12hLocalização: Rua da Corredoura nº8, Évora

Nota: dos 6 aos 12 anos | máximo: 15 crianças

vila viçosa

CAMPEONATO DE SkATE EM 3 JOR-NADAS18 de Dezembro de 2010 | 09H00 | Skate Parque de vila viçosa (Campo da Restauração)

Évora

PROJECçãO DE VíDEO – uM CON-TO DE NATAL20 de Dezembro de 2010 | Cinema de Segunda Coordenação de Rita FelícioLocalização: Praça do Giraldo, 72 | Inf: 266 746 874 | Email: [email protected] | www.she.ptOrganização: Sociedade Harmonia Eborense

Redondo

À TARDE NO MuSEu – MOLDAGEM DE FIGuRAS DE BARRO18 de Dezembro de 2010 | 15h00 | No Museu do vinho | Entradas Gra-tuitas

Actividade concentrada na moldagem de figuras em barro tendo como fina-lidade a construção de um presépio em barro.

Évora

CONCuRSO ÁRVORES DE NATAL RECICLADAS20 de Dezembro de 2010 e 6 de Janeiro de 2011. O concurso “Árvores de Natal Recicladas” , promovido pela Câmara Municipal de Évora | Organização: Câ-mara Municipal de Évora; | Apoio: Eco Escolas | Patrocinadores : TMN

Informações pelos telefones: 266 777100 – Gabinete da JuventudeE-mail: [email protected]

Évora

SONHOS EM PORTuGuÊSAté 23 de Dezembro de 2010 | Das 21h-24h | Sede da SHE | Praça do Gi-raldo, 72 | Évora

Exposição de trabalhos em óleo, acrí-lico e técnicas mistas da pintora, fotó-grafa e designer gráfica Melanie Bund.

Reguengos

AMBIÊNCIAS IIAté 9 de Janeiro de 2011 | Localiza-ção: Casa Monsaraz, na vila medieval de Monsaraz

Na exposição “Ambiências II”, a pintora apresenta 12 quadros em óleo sobre tela que podem ser apreciados e ad-quiridos de quinta-feira a domingo en-tre as 10h e as 12h30 e das 14h às 17h.

Évora

FAz DE CONTA QuE É NATAL18 de Dezembro de 2010 | PIM Teatro10h | Localização: Centro Histórico de Évora | Palhaços Actores: Alexan-dra Espiridião | João Sérgio Palma | Diogo Duro

Évora

FAz DE CONTA QuE É NATALAté 19 de Dezembro de 2010 | 18:30 | Convento dos Remédios – ÉvoraInf: 266 703 112 | Email: [email protected] | www.cendrev.com

Aproveitando a época festiva do Na-tal, os Bonecos de Santo Aleixo apre-sentam o “Auto do Nascimento do Menino Jesus”. Actores/Manipulado-res: Ana Meira, Gil Salgueiro Nave, Isabel Bilou, José Russo e victor zam-bujo | Acompanhamento Musical: Gil Salgueiro Nave.

Redondo

CONCERTO DE NATAL – BANDA FI-LARMóNICA MuNICIPAL REDON-DENSE18 de Dezembro de 2010 | 21h30m | Auditório do Centro Cultural de Re-dondo, pela Sociedade Filarmónica Municipal Redondense. Entradas Gratuitas

Évora

CONCERTO DE NATAL19 de Dezembro de 2010 | 18h | Sé de Évora | Inf: 266 737 144 | Email: [email protected] | www.funda-caoeugeniodealmeida.pt

Inspirada nos valores cristãos de en-trega e comunhão entre os homens, a Fundação Eugénio de Almeida as-sinala o Natal com mais um concerto especial: Coros da Escola Superior de Música de Lisboa | Coro do Instituto Piaget | Orquestra Sinfónica da ESML | Solistas: Ana Pula Russo | soprano: Joana Nascimento | contralto: João Cipriano Martins | tenor narrador: Luisa Cruz | Maestro Paulo Lourenço.

MÚSICA TEATROEXPOSIçãO OuTROS PALCOS

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Desporto

Para os apreciadores mais fun-damentalistas, vinho é tinto, o branco não conta para o cam-peonato. Também no futebol há quem olhe de lado para o futsal, mas a modalidade tem vindo a ganhar espaço e, nas regiões do interior, pode ser uma alternativa ao jogo de onze contra onze que exige mais recursos humanos e financeiros, duas coisas que es-casseiam por estas bandas.

O REGISTO falou com alguns dos dinamizadores do Futsal no distrito de Évora para traçar o retrato possível da modali-dade e todos foram unânimes: está em franco crescimento e desperta cada vez mais inte-resse entre a juventude, rapa-rigas incluídas.

Óscar Tojo, responsável técni-co da Associação de Futebol de Évora (AFE), refere que desde «há três ou quatro anos» a AFE tem vindo a tomar algumas medidas que visam o desen-volvimento da modalidade, nomeadamente, promovendo «cursos de treinadores a pre-ços reduzidos, promovendo as selecções distritais e decidindo pela não obrigatoriedade de policiamento nos jogos».

Os bons resultados da selecção nacional, a transmissão de jo-gos pela televisão e o facto de grandes clubes, como o Benfi-ca e o Sporting terem aderido à prática do futsal, também não são alheios ao ressurgimento em força do velhinho «futebol de salão», mas o conforto pro-porcionado por uma modali-dade «indoor», mais ao gosto das novas gerações, também

é um factor que pode explicar uma maior participação da malta jovem.Clemente Medeiros, treinador do Cabeção, faz parte de uma geração habituada a jogar fu-tebol em pelados, ao frio e à chuva, mas abraçou com en-tusiasmo o lançamento do fut-sal na sua terra. «Por falta de pessoal e de verbas o futebol de 11 acabou há uma dezena de anos», recorda. Numa terra sempre habituada a ver «bola», o futsal apareceu há dois anos pela mão do Sport Cabeção e Benfica e tem sido acarinhado pela população. Em 2010, para além dos sénio-res e dos juniores, também as «meninas» entraram na dança e, por exemplo, no último jogo em casa, tinham mais de duas centenas de espectadores nas bancadas, muito mais do que em alguns campos de futebol de onze…Luís Papança também anda no Futsal há uns anos. Passou pelo Aldeia Velha, na III Divi-

são, e pelo Évora Futsal e, ago-ra, está no Juventude. O técni-co garante que o jogo «ao vivo é mais interessante do que na TV», mas mostra algum desâni-mo com a falta de adeptos no pavilhão.«Nas aldeias e vilas é mais fácil levar as pessoas a ver jo-gos», afirma, adiantando que a oferta de uma cidade contribui para desviar as pessoas que, ainda por cima, são cada vez menos.Acha que o nível do futsal dis-trital ainda não é nada de es-pecial, mas aponta o trabalho na formação como potencia-dor do aumento da qualidade.Nélson Cardoso, treinador da equipa líder do campeonato distrital – Sporting de Viana -, acha que o futuro está na formação, e diz, com orgulho evidente, que este ano conse-guiram ter equipas de todos os escalões: benjamins, infan-tis, iniciados, juvenis, juniores e seniores. Só falta a equipa feminina, mas o assunto não

está esquecido.No entanto, Nélson afina pelo mesmo diapasão que Luís Pa-pança: é necessário que os téc-nicos ad-hoc que estão à frente das várias equipas invistam mais na sua própria formação, de forma elevarem o nível do futsal no distrito.Esta época são onze as equipas a disputar o Campeonato Dis-trital e a campeã subirá à III Divisão Nacional. Nos registos da Associação estão inscritos 153 atletas seniores masculi-nos, mas em todos os escalões são cerca de 500.Em femininos, os nove clubes que disputam a competição – Aliados de Vendas Novas, Almansor, Barbus, Cabeção, Casa do Benfica de Évora, Ju-ventude, Luso Morense, Pavia e Associação Sou Jovem, de Sousel – somam mais de uma centena de praticantes.Em termos de campeonatos, nos infantis e iniciados com-petem seis equipas; nos junio-res são sete e nos juvenis oito. w

Futsal de Évora em franca expansão

Aposta na formação vai dar frutos

A equipa A do Intermarché-Lusitano é uma autêntica máquina de fazer golos: desta vez venceram por um expressivo 18-0 a turma do Santo António Geração Benfica, tendo ultrapassado, à sétima jornada, a cifra de 8º golos marcados.Marcaram pelo lusitano: Felipe Rama-lho 6 golos; Sérgio Rita, 3 golos; Pedro Oliveira, Rui Ratinho e Diogo Oliveira, 2 golos; João Parreira, João Varela e Antó-nio Ferreira, 1 golo.

Futebol de formação

«Matraquilhos» imparáveis

E à décima jornada o Redondense per-deu a invencibilidade. Na deslocação à Herdade da Figueirinha, o ainda líder do campeonato baqueou frente ao Lusi-tano de Évora por dois zero e relançou a luta pelo título.No jogo de domingo o Lusitano entrou a controlar o jogo e ao bater da meia hora inaugurou o marcador. O jogo conti-nuou igual até ao intervalo, com os de Évora a controlarem e os do Redondo a queixarem-se do relvado…Na segunda parte o Redondense correu atrás do prejuízo, e com a expulsão de um jogador do Lusitano, aos 76’, ainda procurou o golo com mais insistência. No entanto, foi o Lusitano que alargou a vantagem, marcando o segundo, aos 80’.Os ânimos exaltaram-se e a partida endureceu. Em consequência mais dois atletas, um de cada equipa, foram para o duche mais cedo – Henrique e Carlitos…Em Monte Trigo, a equipa da casa tam-bém se impôs ao ex-segundo classifica-do, por 3-0. Agora, na frente do campeo-nato, seguem quatro equipas separadas entre elas por apenas 3 pontos (Redon-dense, 25; Lusitano; 24; Escouralense, 23 e Monte Trigo, 22).Outros resultados da jornada: Giesteira, 0 – Sp. Viana, 1; Perolivense, 1 – Portel,0; Calipolense, 0 – Oriolenses, 0; Borbense, 0 – Bencatelense, 1; Santiago Maior, 3 – Canaviais, 1. Na próxima jornada o Lusi-tano vai jogar a Bencatel e o Redonden-se recebe em casa o Santiago Maior, tal como Monte Trigo e Escouralense que jogam, respectivamente, com o Giesteira e o Canaviais.

Distrital de Évora

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Desporto

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O Juventude resistiu 10 minutos no Dragão, mas o onze que Vi-las Boas escalou para defrontar a equipa de Évora, recheado de vedetas internacionais, deu «um sinal de respeito» para com a equi-pa de Miguel Ângelo.

Era notória a diferença entre as duas equipas, mas, apesar disso, o treinador dos alentejanos foi ao Dragão jogar o jogo pelo jogo e, tal como disse no final do en-contro, não estacionou a camio-neta à frente da baliza.Nas declarações à imprensa, Mi-guel Ângelo mostrou-se confor-mado com o resultado – menos pesado do que o conseguido pelo Benfica, por exemplo – e sa-tisfeito por ter «defrontado uma grande equipa que mostrou todo o seu potencial», agradecendo ao treinador do FC Porto o facto de ter permitido aos jogadores do Juventude medir forças com

atletas de topo mundial.A história do jogo, é a histó-ria dos golos: aos 11 minutos, Falcão inaugurou o marcador. Após uma perda de bola a meio campo, James correu pelo corre-dor esquerdo e centrou para o coração da área, onde apareceu o «matador» colombiano a em-purrar a bola para o fundo da baliza do Juventude; o segun-do também vai ficar na história pessoal de Moutinho, já que o ex-capitão do Sporting marcou pela primeira vez ao serviço do Porto; o terceiro, já na segunda parte, foi do «regressado» Álvaro Pereira e, a fechar a contagem, marcou o reforço Walter.No Juventude, deu nas vistas o guarda-redes Tiago que, apesar dos quatro golos sofridos, fez uma mão cheia de boas defesas.Para a história, fica também a formação do Juventude: Tiago Martins, Bruno Gambóias, Tia-go Pires, Paulo Letras, Paulo

Martins (Vítor Martelo, 72’), Cao (Luís Barreiros, 85’), Carlos Mota, Malick Cissé, João Fonseca, Nuno Gaio e Sebastien (André Xavier, 72’). (Suplentes: Nuno Laurentino, Nelson Silva, Luís Barreiros, Carlos Gomes, André Xavier, Vítor Martelo e Viúla).

15 dias espectaculares

Já em Évora, Amadeu Martinho, presidente do Juventude admi-te que pouco havia a fazer, para evitar a eliminação. No entanto, recorda os «15 dias espectacula-res» em que o Juventude e a ci-dade de Évora foram falados em todo o país e, mais importante do que isso, o encaixe financei-ro que esta eliminatória vai pro-porcionar ao clube.O presidente não sabe ao certo qual a verba que o Juventude ar-recadará, já que no que se refere à divisão dos 75 mil euros referen-tes à transmissão televisiva, o Re-gulamento da Taça é omisso.Certo, certo é que o Dragão estava com meia casa, o que dará à vol-ta de 25 mil espectadores: depois das contas feitas, deverá pôr mais umas dezenas de milhares de eu-ros nos cofres do Juventude.«Muito mais do que uma época inteira», a jogar em Évora, reve-la Amadeu Martinho, acrescen-tando que «muitos dos jogos em

casa dão prejuízo», contribuindo para isso, a somar a outras des-pesas, o facto dos clubes terem de pagar uma verba fixa à Fede-ração e à Associação de Futebol de Beja (AFE), quer tenham dois espectadores ou cinco mil». O valor a pagar a estas duas insti-tuições é sempre o mesmo», re-vela Amadeu Martinho. «A AFE diz que aumentou o nú-mero de praticantes de futebol. É falso! Quem aumentou o nú-mero de praticantes no distrito de Évora foram os associados da AFE», os clubes, bem entendido, rectifica o dirigente do Juventu-de, explicando que isso significa ainda mais dinheiro para os or-ganismos dirigentes.E acrescenta que pelo facto das Associações - nomeadamente a de Évora que votou contra à indi-cação do clube a que preside - não terem aprovado a Lei de Bases do Desporto, a Federação Portugue-sa de Futebol perdeu o estatuto de utilidade pública o que impli-ca que o Juventude ainda hoje es-teja à espera de verbas referentes a deslocações que fez às ilhas, em Dezembro de 2009… Ontem, já depois do fecho desta edição, o Juventude acertou o calendário, no Sanches Miranda, num jogo em que os eborenses defrontaram a equipa do Atléti-co de Reguengos. w

Juventude eliminado pelo FC Porto (4-0) da Taça de Portugal

Dez minutos de glória

O União de Montemor que se encontrava em queda há umas jornadas, foi até Moura, impor um empate a duas bolas, ao líder da série a par do Sesimbra. O Estrela de Vendas Novas, também não conseguiu melhor na Cova da Pie-dade (1-1), tal como o Odemirense que empatou (0-0), em casa, com o Sesimbra. Para não fugir à regra, o Aljustrelense – que já conta 7 em-pates – foi ao Barreiro defrontar o Fabril e empatou a zero.Na classificação o Moura e o Sesimbra lideram com 20 pontos, seguidos pelo Vendas Lovas e o Esperança de Lagos; com 18, Messinense, com 17; Odemirense e Aljustrelense, com 16; Fabril, Montemor e Pescadores, com 13, Cova da Piedade, com 10 e, por último, o Beira Mar de Monte Gordo, com zero pontos.Na próxima jornada o União rece-be em Montemor o Aljustrelense; o Odemirense joga no Litoral com os Pescadores; e o Estrela de Vendas Novas vai até Lagos. No entanto, o grande jogo da jornada pões frente a frente, em Moura, os dois lideres da série.

III Divisão – série F

Moura empata, mas segura liderança

Na série A do campeonato de Portalegre, o Gavionenses assu-miu o comando da prova, após ter vencido o Monfortense por 4-0. O antigo líder, o Fronteirense, empatou em casa com o Portus Alacer (2-2) e soma agora 27 pon-tos, tantos como os de Gavião, mas esta equipa tem menos um jogo. O Castelo de Vide foi ganhar a Santo Amaro (0-1) e o Montargilense, a jogar fora «espetou» seis, sem resposta, ao Alpalhoense.Na série B, O Elvas continua sem perder. Desta vez foi a Portalegre defrontar o Estrela e venceu por 0-3. O Campomaiorense também não desiste: nova vitória em casa, frente ao Mosteirense, por 3-1. Outros resultados: Alegrete, 2 – Portalegrense, 0; Sta. Eulália, 4 – Esperança, 1; Arronches, 2 – Degoladense, 1.

Distrital de Portalegre

Gavionenses assume comando

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Aníbal Fernandes

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SEMANÁRIO

Sede Travessa Ana da Silva, n.º6 -7000.674 Évora Tel. 266 751 179 Fax 266 730 847Email [email protected]

ÉvoraQuinta-feira Sábado

Sexta-feira Domingo

Max. 9 Max. 11

Max. 13 Max. 12

Min. -3 Min. 4

Min. -5 Min. 5

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O presidente da Câmara de Ourique, Pe-dro do Carmo, manifestou-se ontem preo-cupado com vários furtos e atos de vanda-lismo ocorridos no concelho nas últimas madrugadas, que estão a ser investiga-dos pela GNR.

“Estamos a encarar isto com muita pre-ocupação. O problema de todos estes crimes é que não há furtos significati-vos. É só para fazer mal, supostamente pelo mesmo grupo”, afirmou o autarca à Agência Lusa.Segundo Pedro do Carmo, esta situa-ção começou “na madrugada da passa-da quinta-feira”, na sede de concelho, quando “foram partidos os vidros de to-dos os automóveis” de uma determina-da marca, “independentemente do mo-delo ser mais antigo ou mais recente”.“Na madrugada de sábado foi assaltada a igreja de Ourique e, na de terça-feira, o grupo suspeito foi a Garvão, onde cau-sou estragos na junta de freguesia, na escola e partiu a caixa de esmolas e pro-vocou prejuízos na igreja”, disse.Já hoje, segundo Pedro do Carmo, a câ-mara recebeu a indicação de que “vá-rias vedações agrícolas apareceram cor-tadas”, em herdades espalhadas pelo concelho.

“GNR está a investigar”

Fonte da GNR garantiu que estes furtos e atos de vandalismo inspiram “preo-cupação”, sobretudo por terem ocorrido “num curto espaço de tempo”, e frisou que a investigação decorre.“A GNR está a exercer esforços, com reforço de meios de investigação e de patrulhamento, no sentido de detetar o quanto antes os suspeitos, se possível em flagrante delito”, asseverou.A fonte policial revelou que, “dadas as características dos furtos e dos ves-tígios”, presume-se que as ocorrências

sejam perpetradas “pelo mesmo grupo de indivíduos”, alegadamente formado por “jovens”.“Mas todas as linhas de investigação estão em aberto”, afirmou, adiantan-do ainda que, esta madrugada, houve “uma tentativa de furto, com recurso a arma de fogo, a uma senhora que ia na rua em Castro Verde”, mas a vítima “co-meçou a gritar e o suspeito fugiu”.O pároco de Ourique, padre José Ma-nuel, afiançou que, da igreja da sede de concelho, os assaltantes “não levaram nada, porque não havia dinheiro nas caixas de esmolas arrombadas”.“Mas, na de Garvão, os prejuízos devem ron-dar os dois mil euros. Arrombaram a porta, o sacrário, a caixa de esmolas e estragaram o lampadário, uma máquina de velas com moedas, que custou 1.350 euros e que era nova. Tínhamo-la colocado na igreja no dia 1 deste mês”, disse.“Estou preocupado, tanto que já comuni-quei às outras paróquias ao meu encargo para que retirem tudo das igrejas”, afiançou.Quanto ao presidente da Associação de Criadores do Porco Alentejano, José Cân-dido, adiantou à Lusa que, em termos agrícolas, “em todas as freguesias do con-celho”, há registo de “roubos de gasóleo, vedações cortadas, portas de vedações arrombadas e máquinas, como tratores, que foram mudados de sítio”. w

Roubos e vandalismo no distrito de Beja

Nem a Igreja de Ourique escapou...

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Redação/Lusa

Pedro do Carmo preocupado com segurança.

Começam este sábado em Évora as Con-ferências AlemTejo, umas jornadas onde o CDS pretende lançar a discussão sobre temas de interesse a todo o sul do país.“Há um traço que une todo o sul e o que nos interessa é debatermos o conjunto do sul país”, diz ao REGISTO Luís Assis, presi-dente da Distrital de Évora do CDS e orga-nizador das conferências.Realizada num hotel da cidade, a confer-ência deste sábado está dividida em vários temas que passam pela segurança, turismo, agricultura, saúde, emprego e o desenvolvi-mento económico no interior.A Distrital de Évora quer que esta con-ferência seja aberta não só aos membros e simpatizantes do CDS. “Queremos que seja um chamamento à sociedade civil para que esta venha debater connosco os problemas que sentem e também criar consciência da força que podem ter, no-meadamente através do voto”, acrescenta Luís Assis.Como oradores convidados estão nomes fortes do aparelho centrista. Telmo Cor-reia, Luís Valente, Nuno Magalhães, Isa-bel Galriça Neto e Pedro Mota Soares. O encerramento será feito pelo líder do par-tido, Paulo Portas, que participa também no jantar de Natal da Distrital de Évora. w

Conferências AlemTejo,sábado, em Évora

CDS discuteo sul todo

Paulo Nobre

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