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Tudo ao mesmo tempo O grupo Da Garagem traz a inquietude de artistas multimídias, que se destacam cada vez mais com trabalhos no exterior PEU MELLO GOLDEN RETRIEVER Dóceis, bonitos e inteligentes: uma raça muito especial TÁ NAS PISTAS Julio Serrano no comando das noites cariocas VERÃO SEM FIM Os eventos no Rio, de janeiro a janeiro #1 junho de 2011

Revista Bizu

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Rio de Janeiro

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Tudo ao mesmo tempoO grupo Da Garagem traz a inquietude de artistas multimídias, que se destacam cada vez mais com trabalhos no exterior

Peu Mello

GOLDEN RETRIEVER

Dóceis, bonitos e inteligentes: uma raça muito especial

TÁ NAS PISTAS

Julio Serrano no comando das noites cariocas

VERÃO SEM FIM

Os eventos no Rio, de janeiro a janeiro

#1

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E sta é a primeira edição

da revista Bizu, destinada a todo

carioca de nascimento e de coração.

Nesse espaço, vamos compartilhar

quinzenalmente um conteúdo

especialmente selecionado, abordando

comportamentos, esporte, moda,

cultura, gastronomia e o estilo carioca

tão amado e copiado.

Nossa praia é trazer para o leitor um

conteúdo variado, irreverente como o

Rio de Janeiro.

A matéria de capa traz a Cara do Rio

através do grupo de artistas multimídia

Da Garagem, comandada por Peu

Mello e revelando as mil faces da arte

carioca e as oportunidades no exterior

de mostrar esse trabalho.

Teremos também uma matéria

especial de esporte, inaugurada com

a trajetória do surfe de Erik de Souza,

filho do surfista Rico.

Aproveitem a leitura.

Detalhes da Cidade Maravilhosa estampam o

orgulho de ser carioca_6

Criativo compulsivo,

o artista multimídia

Peu Mello escreve

sua história no

cenário carioca_18

O lixo jogado no mar

um dia volta.

Pra todo mundo _30

ExpEdiEntE

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Golden Retriever: Uma raça de ouro_24

Música, Cinema, Teatro, Exposição_32

Jardim Botânico: Um paraíso verde

repleto de belezas naturais_38

A falta de tempo nos hábitos alimentares_15

O jeito carioca de se vestir_28

Arriscar-se é impreciso. Viver também. _42

Rio: de janeiro a janeiro, eventos o ano inteiro_40

Almofadas: sempre tem

uma ideal que combina

com aquele cantinho

preferido_22

Almofadas:

sempre tem

uma ideal que

combina com

aquele cantinho

preferido_22

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6

ENCANTOS DO RIO DE JANEIRO…Detalhes da Cidade Maravilhosa estampam o orgulho de ser carioca

LATA PORTA-CD

MM Presentes – R$ 46,00

LiVRO TAPETES DE PEDRA

D’estante Livraria – R$ 120,00

ADESiVO PARA NETBOOk

Dekalk Rio – R$ 59,00

ALMOfADA PALiTO EU AMO O RiO

Tendinha - R$ 39,90.

kiT PAPELARiA CALçADãO

Papel&Cia – R$ 63,00

PRATO COPACABANA

Silas Monteiro – R$ 25,00

BOLSA CRiSTO REDENTOR

Casa de Arte da Rocinha - R$ 75,00

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7

PiNGENTE AçO

Argenta –

R$ 68,00

SANDáLiA

iPANEMA ENVOLVENTE

Feet Shoes – R$ 23,00

ChAVEiRO

EM PORCELANA

Ponto Rio – R$ 19,00

PORTA-RETRATO

Copa-loka – R$ 27,00

BOLSA PãO DE AçúCAR

GM Rio – R$ 149,00

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P aixão pelo esporte é o que move a vida de muitas pessoas, como foi o caso de Ricardo Ramos, ou Bocão, como é mais conhecido. Ligado ao surfe des-de pequeno, o garoto que cresceu na

comunidade da Rocinha enfrentou muitos obs-táculos em busca de seus sonhos.

Frenquentador da praia de São Conrado desde os anos 80, não se acostumava com os muitos meninos de rua que pediam sua pran-cha emprestada. Isso chamava a sua atenção numa época em que poucos tinham uma prancha na comunidade.

Bocão foi testemunha das consequências da falta de oportunidade para alguns amigos que se perderem na vida, brotando uma vontade de fazer algo que pudesse mudar esse cenário. Das pranchas quebradas e deixadas pelos surfistas nas areias praias nasceu a oficina de re-forma e conserto no porão da sua casa.

A vontade de fazer acontecer sempre fez parte do espírito desse surfista, que com apenas 16 anos, para aproximar esses jovens da comunidade do esporte, já organizava campeonatos, onde os troféus eram as pranchas que ele reformava.

Referência para essas crianças, ele sempre traba-lhou para desenvolver o sur-

fe. “É um esporte caro, prin-cipalmente para ser mantido em uma comunidade como a

Rocinha. Se a gente não encon-tra alternativas para manter

e propagar o surfe, vai chegar uma hora que o projeto vai per-der a força, deixando de ajudar

muitas crianças”, diz.Na busca para mostrar um am-

biente saudável para as crianças da comunidade, sabia que para muitas delas seria um refúgio, ou um novo caminho. Começou a dar aulas de surfe, montou uma escolinha e se preparou fazendo cursos de especialização para instruto-res, em primeiro socorros e salvamento aquático. Muitas vezes trabalhava apenas para pagar os cursos.

Com tantas dificuldades, não foram poucas as vezes em que se viu sem saída para tocar seus objetivos, mas sempre conseguiu achar uma solução, com muita fé. “En-frento todas as dificuldades para manter este projeto. Até por conta da minha própria história de vida”, conta.

legenda legenda Personalidades como Ton Curren e Jack Johnson entraram na c

SurfeA O N D A D O B E M

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ESCOLA DE VIDAA Rocinha Surf Escola é um projeto de incentivo às

crianças da comunidade da Rocinha criado por Bocão. A sede, no complexo esportivo da comunidade, não foi uma conquista fácil. Dos locais improvisados às novas instalações teve que contar nesse caminho com a ajuda de amigos, surfistas, empresas e da Prefeitura.

Hoje o projeto é ponto fundamental da vida de 42 jo-vens entre 8 e 18 anos, que têm a oportunidade de sonhar com um futuro melhor. As atividades desenvol-vidas não se resumem ao surfe. Passeios, edu-cação ambiental, trata-mento dentário e aulas de inglês são algumas das ati-vidades do espaço, muitas com o apoio dos voluntários que Bocão convoca. O atendimento não é restrito ape-nas às crianças inscritas no projeto, mas tem lugar para qualquer uma que possua alguma necessidade.

No início ajudava crianças de rua, sem ocupação. A única exigência era que saíssem das ruas. Todos eram encaminhados para a escola e recebiam assistência. “Eu acabava exercendo o papel de um pai para eles. Tomava os problemas deles para mim e buscava soluções”.

Personalidades como Ton Curren e Jack Johnson en-traram na causa e fizeram suas contribuições. O conta-to com esses atletas e artistas é transformador para as

crianças, tanto como servindo de exemplo como com o bem-vindo apoio financeiro e da doação de equipamen-tos. [Veja box na página seguinte]

A esperança de um futuro melhor para as crianças as-sistidas pelo projeto é o que move Bocão, que conquistou o respeito dos surfistas brasileiros e mundiais por sua iniciativa. E mais importante, tem a confiança dos mo-radores da comunidade, podendo assim trabalhar com tranquilidade no local.

“A Rocinha Escola de Surfe é mais do que uma escola em que se aprende o esporte. É um projeto que está sal-vado vidas”, diz Bocão. O objetivo principal é manter es-ses meninos ocupados com atividades saudáveis, longe das ruas. A discipli-na do esporte con-tribui para isso. Hoje esses jovens crescem com mais oportunidades.

Os alunos do projeto também têm muito para ensinar. O mais enri-quecedor é o desenvolvimento da convivência com as pessoas, por mais diferentes que elas possam parecer. “A gente nunca sabe que dificuldades motivam determi-nadas atitudes. Temos que nos afastar do julgamento e trabalhar soluções. Ver o sorriso no rosto de cada um já faz todas as dificuldades valerem a pena”.

legenda legenda Personalidades como Ton Curren e Jack Johnson entraram na c

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SurfeD

urante o Circuito Mundial de Surfe no Rio de Janeiro, que aconteceu entre os dias 11 e

20 de maio, seis crianças do projeto Rocinha Surfe Escola tiveram a opor-tunidade de conhecer bem de perto os bastidores da mega estrutura do Billabong Rio Pro, montada na praia da Barra da Tijuca.

O Brasil voltou a fazer parte do calendário do ASP World Tour de-pois de quase 10 anos sem etapas no país, um esforço dos ex-surfistas Teco Padaratz e Alexandre Fontes, da Prefeito e da Rio tour.

O circuito contou com a presen-ça das maiores lendas do esporte da atualidade, como o decacam-peão mundial Kelly Slater.

As crianças foram acompanha-das pelo organizador do evento, Teco Padaratz, que abriu as portas para a nova geração de surfistas na final, enquanto o brasileiro Adriano de Souza “Mineirinho” se consa-grava campeão da etapa carioca e se tornando o primeiro brasileiro a ocupar a primeira posição do ranking mundial.

A NOVA GERAÇÃO

A emoção no rosto de cada criança deixava claro o sonho de um futuro melhor, e as mudanças de perspectivas de vida geradas em cada uma delas. Olhares atentos a cada detalhe, fazer parte disso mostrou a importância do projeto na comunidade.

“Eu me inspiro nos aéreos do Mineirinho. Quero um dia ser como ele”, disse Anderson Silva, vibrante com tudo que acontecia a sua volta.

Durante a visita pela sala dos

locutores, a banca dos juízes, a sala de inteligência do evento, os trabalhos da imprensa nacional e internacional, fisioterapia, restau-rante e o espaço reservado para os atletas profissionais, Padaratz par-tilhou suas experiências: “Lembro de quando eu ainda era um garoto começando a surfar. Tinha dificul-dade de dizer que era surfista. Hoje o surfe salva pessoas, constrói pes-soas, cria futuro e é o caminho para muita gente” disse.

As lições que o surfe proporcio-naram vão ficar para toda a vida. E Bocão, o grande incentivador des-ses jovens, ensina muito mais: “A melhor escola que existe no mun-do é a vida”.

legenda legenda Personalidades como Ton Curren e Jack Johnson entraram na c

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Campeã olímpica em Pequim no

salto em distância, Maurren Maggi não teve a mesma sorte no GP de Atletismo de Belém. No dia 30 de maio a brasileira não se encontrou na prova e ficou com a medalha de bronze ao cravar a marca de 6,61m. A vencedora foi a americana Brianna Glenn, com 6,74m. A também brasileira Keila Costa levou a prata, com 6,62m. Mesmo com o terceiro lugar no pódio, Maurren deixou o local da prova satisfeita. Sorridente, disse que está se sentindo muito bem e forte e que a qualquer momento pode fazer um grande salto e obter uma excelente marca. ”Esperava muito que fosse aqui, mas, infelizmente, não deu, já estou focada na próxima competição”, comple-tou a saltadora, em entrevista.

Nem fácil, nem difícil. Esta é a visão dos jogadores bra-sileiros sobre o Grupo A da Liga Mundial, em que a

seleção nacional enfrentará Porto Rico, Polônia e Estados Unidos, atual campeão olímpico, entre 6 e 27 de junho. Como o país europeu será a sede da fase final da compe-tição e já está classificado, serão três, ao invés de duas, as equipes da chave garantidas na sequência do torneio. Marlon foi um dos jogadores que comemorou o cami-nho teoricamente mais simples para a próxima fase. Para o levantador, o grupo poderá se preparar melhor para os confrontos decisivos. “Acho que é uma cha-ve legal, mas também não é fácil. Basta ganhar um jogo de ida e um de volta da mesma equipe, com ela ficando atrás das outras duas”,.avaliou o jogador. O Brasil esteve presente nas últimas dez decisões da Liga Mundial, e conquistou oito títulos neste período.

NOS JOGOS DE VERÃO NA ÁUSTRIA

JOGADORES APROVAM CHAVE DO BRASIL NA FASE DE GRUPOS DA LIGA MUNDIAL

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Nem só de futebol vive uma copa do mundo. Menos conhecida, a Copa do Mundo de Vôlei de Praia é

um evento esperado por todos os amantes do espor-te. O torneio, realizado a cada dois anos, tem premia-ção e pontuação quase que triplicada compara-do com as outras etapas no circuito mundial . O evento ocorre entre 13 e 19 de junho, em Roma, na Itália, e terá quatro times brasileiros em am-bos os nipes. São eles: Thiago|Harley, Alison|Emanuel, Benjamin|Bruno Schmidt e Ricardo|Marcio no masculi-no, e Larissa|Juliana, Maria|Talita, Maria Clara|Carolina e Vivian|Taiana no feminino.

A pontuação vale vaga na Olimpíada e as duplas vêm demonstrando muita dedicação, como o caso do Thia-go e Harley, dupla que treina na Barra da Tijuca. Juntos

O Flamengo será um dos representantes do troféu Brasil feminino de polo aquático, que acontecerá entre 9 e 12

de junho. O time rubro negro é o atual campeão da com-petição e conta com uma equipe bem “família”. O técnico do time, Antônio Canetti, tem a sua disposição 3 excelentes jogadoras que são suas filhas: Manuela (goleira), Cecília e Marina Canetti. As meninas garantem que o pai é um ex-celente treinador, mas que cobra demais delas dentro da piscina: “Em casa ele é bem mais tranquilo”, diz Cecília, ata-cante também pela Seleção Brasileira de Polo Aquático.

Surfando desde os 6 anos, foi descoberto na Rocinha Surfe Esco-la, depois que Bocão, à

frente do projeto, identificou seu talento sobre as ondas logo nas primeiras manobras, passando a ser seu instrutor.

Desde então vem partici-pando e vencendo campeona-tos. Mister M também foi tam-bém um dos personagens do documentário Surfing Favela, produção argentina sobre o cotidiano de jo-

ATLETA BIZU

vens surfistas em comunidades cariocas. Aos 18 anos, hoje é Embaixador da Nike e repre-

senta o surfe na comunidade da Rocinha, onde mora com os avós, seus maiores incentivadores.

Com o surfe aprendeu muitas lições de vida: “O surfe me ensinou a ter disciplina, responsabilida-de e a ser uma pessoa mais solidária. Conheço o meu papel de atleta e procuro ser um bom exem-plo para as futuras gerações”.

O sonho do menino de ser um grande surfista está se realizando, com muita dedicação aos trei-nos diários em São Conrado, enquanto espera pe-las famosas e perfeitas ondas da Indonésia.

COPA DO MUNDO DE VÔLEi DE PRAiA

TROFÉU BRASIL FEMININO DE POLO AQUÁTICO

Carlos Belo, o Mister M

desde o início desse ano, eles trabalham duro para evoluir rapidamente no circuito a tempo da classi-ficação. A dupla considera que um bom resultado na Copa seria um divisor de águas em suas carreiras. “Treinamos todos os dias pensando em fazer o me-lhor. Ir bem nesse torneio significa estar mais perto

de uma classificação, mas preferimos pensar em um dia após o outro”, afirma Thiago demonstrando muito com-prometimento com os treinos.

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Falta de tempo e correria do dia a dia são os principais motivos para recorrer ao fast food como pri-meira opção na hora da fome. Por comodidade ou pelo pala-

dar saboroso, essa não é a alternativa mais adequada. Manter uma alimentação equilibrada é fundamental para a saúde e aprender a comer corretamente é o primeiro passo para ganhar mais disposição e, de que-bra, conseguir chegar ao seu peso ideal.

Evitar as tentações dos hambúrgueres, pi-zzas, batas fritas e refrigerantes não é tarefa fácil. Mas conhecer o efeito desses alimentos no nosso or-ganismo pode ajudar nessa missão.

Gorduras saturadas e trans presentes nesse tipo de comida fornecem sabor e saciedade momentânea. São os principais vilões do nosso corpo, gerando o cansaço e indisposição. A elevada quantidade de açúcar e sal é o outro elemento principal que contribui para problemas de saúde.

As consequências da ingestão diária desses alimen-tos não são boas, como explica a nutricionista Daniel-le Toledo: “Além da obesidade, o excesso de consumo pode causar problemas cardíacos, cardiovasculares, diabetes e câncer. Hoje sabemos que o câncer está di-retamente ligado à qualidade alimentar”.

O mix de frutas

secas com nozes,

damascos, passas,

amêndoas, castanhas,

pistaches é indicado

por Danielle, pois

“contém uma

quantidade boa de

energia, sacia a

fome, tem gordura

boa, com uma

qualidade nutritiva

ótima e é fácil de ser

transportado”.

Uma troca inteligente

fáCiL DE PREPARAR E DE LEVAR

Dica da nutricionista

O Ideal é que uma dieta equilibrada tenha 60% de carboidrato, 15 % de proteína e 25% de gordura boa, en-contrada em queijos brancos, carnes magras e casta-nhas. Fibras, vitaminas e minerais presentes em frutas, legumes e verduras complementam o cardápio com nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo.

A saída para combinar a boa alimentação com a fal-ta de tempo pode ser bem simples. Sanduíches prepa-rados com pão integral, queijo, peito de peru e tomate é uma boa opção, com bom valor nutricional e fácil de ser transportado.

Frutas secas e castanhas são alternativas para se ter em mãos na hora do lanche, não estragam com facilida-de, e podem ficar fora da geladeira mesmo com o calor.

A quantidade e o tipo de alimento que se deve ser consumido é uma equação individual. O nutricionista tem como principal função saber adequar uma dieta saudável com a rotina e a necessidade de cada um.

Não adianta saber todas as regras do que faz bem ou mal sem colocar isso em prática no dia a dia, da ma-neira correta. O objetivo da nutrição sempre é a saúde. Emagrecer é um bônus, onde o verdadeiro ganho é a melhora da qualidade de vida.

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Se tem uma g a s t r o n o -mia com a cara do Rio, ela vem da

cozinha do Gula Gula. Há quase três décadas, sabor e bem-estar dão o tom bossa-nova de uma culinária que alia simplicidade e sofisti-cação em seus pratos.

O ambiente marcante, descon-traído e confortável é temperado com um atendimento primoroso, conferindo intimidade em cada de-talhe: no som, nas gérberas e velas à mesa, tudo sugere ter sito cuidado-samente pensado para que o cliente se sinta em casa, eis mais uma das marcas registradas do restaurante, que tem hoje 12 lojas na Zona Sul, Barra e Centro.

Com a quali-dade no DNA, o Gula Gula tem de volta Nanda de Lamare ao comando da cozinha, neta de Fer-nando de Lamare, um de seus fun-dadores. Após temporada em São Paulo, onde atuou no Buddha Bar, restaurante franqueado de Paris e

GULA GULA

em uma consultoria gastronômica ao lado da chef Lelena César, Nanda reassumiu em janeiro deste ano o posto de chef-executiva da rede.

Quinta geração de chefs da fa-mília, Nanda quer agora “resgatar as origens e trazer mais novidades gastronômicas”.

No colorido dos pratos, o Gula Gula mantém suas tradicionais e

saudáveis saladas, saborosos grelhados e a indispensável quiche – em especial, a de da-masco com queijo brie [foto] –, desenhando um cardápio leve e de personalidade com

deliciosos molhos e acompanha-mentos em pratos quentes e doces.LAçOS DE FAmíLIA

Reunir amigos em um ambien-te agradável e comer uma boa

comida, foi com estes conceitos que, em 1984, Fernando de Lamare e alguns companheiros se uniram para criar a pri-meira loja no Leblon.

A história do Gula Gula se confunde com a história da família. “Amo o Rio e o Gula Gula. É como se eu esti-vesse voltando pra casa,

para dar continuidade ao trabalho da família”, diz Nanda. ExpErImEntE!

A casa traz ainda pratos novos a cada mudança de estação no cardápio Ex-perimente!, apresentan-do opções elaboradas e s p e c i a l -mente para a época, com entrada, sa-lada, sandu-íche, sobremesa e um drinque, em todos os endereços da rede, exceto na loja Centro.

Gula Gula ipanema: Henrique Dumont, 57www.gulagula.com.br

Um pecado originalmente carioca

“Amo o Rio e o Gula Gula. É como se eu estivesse voltando pra casa, para dar continuidade ao trabalho da família” [Nanda de Lamare]

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O jeito discreto e sereno do designer Peu Mello [29] pode até, num primeiro momento, esconder toda a sua inquie-tação do artista multimídia que é. Mas, na medida em que ele vai falando sobre suas criações e projetos, logo vai ga-

nhando a mesma liberdade com que cria suas obras.Peu é formado em Desenho Industrial pela PUC-

-RJ, onde ganhou prêmios de destaque, como uma peça desenvolvida para o Museu da Cadeira do Es-paço Cultural Maurice Valansi, em Botafogo e o de-sign de uma mochila para a marca Wöllner. Do curso Exhibition Design no Istituto Europeo di Design Bar-celona, trouxe toda a ma-gia e colorido que inspi-ram os conceitos que leva para suas instalações.

Ainda na faculdade, foi um dos fundadores do grupo Dagaragem, em 2003, um estúdio

Criativo compulsivo, o artista multimídia Peu Mello escreve sua história no cenário carioca

de criação mantido no Jardim Botânico por quatro anos, como o nome sugere, em uma garagem. Com amigos como os artistas Vicente Tigre (Conceito), Juarez Escosteguy (Motions Grafics), Leonardo Uzai (Artes Plásticas), Bianca Nabuzo (Fashion) e Kayhan Osmen (Vídeo), divide até hoje suas criações e fazem

planos para organizar exposições coletivas semestrais.

Na mesma medida de seu potencial cria-tivo, Peu demonstra uma simplicidade fora

do comum. Como artista multimídia, sua única necessidade é produzir, usando sua sen-sibilidade para se comunicar através de um

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LiVRE PARA CRiAR

O

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mosaico de ideias, dirigindo a criação de várias fon-tes para estabelecer uma unidade a todo o processo.

As técnicas e materiais são variados, ele não se prende a padrões. O que importa mesmo são os resultados: “as obras que mais percebo emoção do público são as instalações, pela capacidade de invo-car diferentes experiências sensoriais. O público se envolve diretamente com a obra e se emociona pelos cinco sentidos”, conta.

Uma referência é o novaiorquino Basquiat . “É um artista que veio das ruas e construiu a sua crônica através de uma arte que ganhou o status de galeria”. Por outro lado, lhe parece difícil a tarefa de desvin-cular a arte urbana desses artistas mesmo depois de conquistar reconhecimen-to: “eles acabam tendo uma ne-cessidade de pin-tar nas ruas”, com-pleta Peu.

Outras influências vêm de artistas como o cario-ca Ernesto Neto e o espanhol Antonio Tàpies, além da bem-vinda troca de ideias com os amigos e com-panheiros de instalação Antonio Bokel e Alexandre Cavalcanti, parceria que rendeu uma grande sacada para a criação coletiva Int3rvenção, a criação de um grande outdoor instalado na Galeria Jaime Portas Vilasecas, no Leblon.

Int3rvenção con-tou com a partici-pação direta do pú-blico sobre a obra. Durante o processo criativo, Peu, Anto-nio e Alexandre pas-saram três dias pro-duzindo desenhos livres que decidiram colar sobre um grande mural. Inicialmente essa seria apenas a peça de divulgação, mas, ao disponibilizar molduras

de diversos tamanhos e valores, o visitante passou a selecionar o pedacinho que queria adquirir no mural. O resultado, claro, foi um grande sucesso.

19

PARA CRiAR

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TUDO AO MESMO TEMPOSob o signo da inquietude, Peu encontra no surfe

os momentos sagrados para refletir e buscar a ener-gia e o equilíbrio necessários para continuar execu-tar seus trabalhos. Avesso à competições, a tentativa de se profissionalizar no esporte, que pratica desde os 6 anos, nunca foi uma prioridade. Mas surfar é preciso. Fazer arte também.

Desse envolvimento com o surfe surgiu o convite para participar do Nike Posto 6 entre dezembro de 2010 e ja-neiro de 2011, desenvolvendo o conceito para um dos cô-modos da casa que sediou o evento. Peu também foi o

responsável por uma instalação no Mundial de Basquete em Nova York que aconteceu no ano passado, uma festa de boas-vindas dedicada ao time brasileiro no campeonato, realização também da Nike, que reuniu vários artistas brasileiros, como o cantor Marcelo D2.

E como se já não fosse o bastante, Peu também abre espaço para o envolvimento com a música, de-dicando todas as terças-feiras para receber os ami-gos em casa. É dia de se expressar tirando som de sua bateria ou ainda de uma cadeira-instrumento, mobiliário criado por Peu, com design que facilmen-te pode confundir com uma de suas obras de arte.

Com a descontração marcada pelo improviso, os encontros musicais têm levadas de muito groovin’, rock, reaggae e o que mais pintar. Peu Mello encon-tra apoio da música também em seu trabalho, inse-rindo efeitos sonoros em suas instalações ou como ferramenta de inspiração durante a criação, varia-ções de bom gosto como Zero 7, Fela Kuti, Tortoise, Gil, Caetano, Miles Davis e Herbie Hancock, Nação Zumbi e Pedro Bernardes.

legenda geral aleatóriaos momentos sagrados para refletir e buscar a energia e o equilíbrio necessár

Duas ou tres palavras

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INSPIRAçãOA pluralidade do artista se deve muito à sua ca-

pacidade de prestar atenção a tudo: “a inspiração pode vir de muitos lugares, só é preciso estar aten-to a tudo que está a sua volta (olho), pois, quando menos se espera, qualquer coisa pode acabar ofe-recendo inspiração”, diz Peu.

Exemplo disso foram as Instalações Caça-Pala-

vra para o Grupo Sal na

ambientação da marato-

na do prêmio Multishow 2010

e Doce Ventre, projeções de ima-

gens e poemas sobre um vestido,

trabalhando a rela-ção intensa do de-

sejo de doce de uma gestante durante a gravidez. Com recursos de projeções, ele ainda conta em

seu portifólio um capítulo dedicado à produção de cenografias como o trabalho desenvolvido para o Rio Moda Hype 2010 em parceria com Antonio Bokel

e montagens para convenções para Animale, com imagens sobre fardos de feno divulgando provas da hípica.

O mais recente trabalho recebeu a curadoria de Antonio Bokel no Espaço Atemporal, que fica na rua do Senado, 338, no Centro do Rio, onde Peu expôs uma série de telas com técnica de serigrafia.

Duas ou tres palavras

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ALMOFADAS Românticas, tradicionais, temáticas: sempre tem uma ideal que combina com aquele cantinho preferido

PATChwORk

Country Sunshine –

R$ 39,90

hOLLywOOD

Show de Casa –

R$ 39,90

TRiCOLOR

Do Tempo da Vovó – R$ 39,90

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Casa de Arte da Rocinha - R$ 45,00

fLOR ORGANzA

Flor de Casa – R$ 39,90

fAVO DE MEL

Conforto & Cia – R$ 39,90

COLMEiA

Casa de Arte da Rocinha - R$ 45,00

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Docilidade, beleza e inteligência, são qualidades que fazem do Golden Retriever um cão muito especial, conquistando cada vez mais admiradores. Sua inteligência ocupa o 4º lugar dentre as 133 raças já analisadas. O Golden é capaz de assimilar de maneira bem rápida tudo o que seu dono deseja dele. Obediente, pode executar uma série de tarefas para as quais foi desenvolvido, como caçar e levar a presa. O Golden se destaca em competições

com obstáculos, como Manu, da atriz e apresentadora Fiorella Matheis, que já participou de vários torneios e foi vencedora.

O temperamento afetuoso contribui bastante para aumentar a sua popularidade, que cada vez mais cresce, hoje é a raça número 1 dos EUA, considerado o “cachorro da família americana”.

Um ponto forte na personalidade da raça é sua capacidade de adapta-ção. Kleber Farah, proprietário do Golden Sunshi-ne, referência em criação da raça no Brasil e que já exportou suas crias para todos os continentes, mantém 70 cães,

GOLDEN RETRIEVER

Uma raça de ouro

destacando campeões como o premiadíssimo Hummer. Kleber conta que a raça se ambienta com muita facilidade no campo, em casas ou apartamentos. “O Golden não necessita de instala-ções muito específicas, a não ser em relação ao piso, que não deve ser liso demais, já que se trata de uma raça de crescimento rápido e sujeita a problemas articulares, especialmente a displasia coxo--femoral”.

O perfil dos donos também é muito variado, podendo o Gol-den ser companhia para crianças e idosos sem oferecer nenhum risco. Um cão sempre feliz, não excede nos latidos, é pacien-te, amoroso praticamente um eterno filhote, pronto para nos encher de boas lambidas como agradecimento pela atenção.

“Sem dúvida, o Golden Retriver é uma raça muito especial. São amigos, carinhosos e inteligentes e muito sensitivos. A Manu é grande companheira e faz a alegria da casa! Apesar do tamanho, parece um bichinho de pelúcia!!!” [F iore l la Matheis]

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O publicitário Pedro Mello, dono de Radar e Wolff se diz um apaixo-nado pela raça. “Wolff é um com-panheiro para todas as horas, em qualquer lugar”, conta Pedro que já teve cinco cães, todos com pro-cedência do Golden Sunshine, e se diz muito feliz com a raça.

Nas atividades físicas, a raça se demonstra muito bem dis-posta. Após um dia de exercícios o Golden fica muito tranquilo e dorme como um anjo, para sur-presa de seus donos. A prática periódicas de exercícios é um

“Wolff é um companheiro e tanto. Está sempre por perto e é muito carinhoso e brin-calhão. Nossa família sempre criou Golden Retriever e achamos que é a raça ideal, uma tradição que vem sendo passada de geração para geração.” [Keber Farah]

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PARTiCiPEMande a foto do seu melhor amigo e a sua história com ele para [email protected]

complemento para que o Gol-den seja uma animal feliz e te-nha qualidade de vida.

Kleber tem alguns relatos de seus clientes muito interessan-tes sobre o Day Care, um dia inteiro no Golden Sunshine de-

“Wolff é um companheiro e tanto. Está sempre por perto e é muito carinhoso e brin-calhão. Nossa família sempre criou Golden Retriever e achamos que é a raça ideal, uma tradição que vem sendo passada de geração para geração.” [Pedro Mello]

dicado à pratica de atividades ao ar livre e na piscina para exercí-cios e socialização dos animais. “Muitos donos contam que quando vai se aproximando a hora do carro do Golden Sunshi-ne ir pegar os cães para o Day Care eles começam a ficar agi-tados e de plantão na porta. Ao abrir a porta do carro eles prati-camente se jogam para dentro

de tão felizes”, conta Kleber que mantém também um sistema de creche e o canil Golden Baby Sunshine, onde nascem as crias e ficam até o quarto mês, cuida-do especial para manter a saúde dos filhotes.

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CORES FORTES E VIBRANTES…O jeito carioca de se vestir

VESTiDO

ESTAMPA

NATURAL

Bernadete –

R$ 129,00

BOLSA

BORDADA

LunaLuna –

R$ 69,00

GUARDA-ChUVA ARCO-ÍRiS

Rio Fino – R$ 45,00

ShORT COLORiDO

Maria Menina – R$ 49,00

VESTiDO

ALCiNhA

Linced –

R$ 99,00

CARTEiRA ESTRELA

Bia Acessórios - R$ 55,00

ANEL VERãO PRATA COM

RESiNA

Pitty Rabelo – R$ 79,00

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ALL STAR SqUARE

Pé Ligeiro – R$ 119,00

ALL STAR LiSTRADO

Pé Confort – R$ 135,00

BRiNCO

MARROCOS

Uma Pedrida

Joias –

R$ 39,00

PULSEiRA LiSTRADA

Biju Mania – R$ 29,00

LENçO EM SEDA

Camila

Galante –

preço sob

consulta

BLUSA PASSARiNhO

Passarada – R$ 45,00

JEANS COLORiDOS

Conphortball –

R$ 79,00

BERMUDA

EM TACTEL

Parafina – R$ 79,00

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Dono dos cartões postais mais bonitos e reco-nhecidos do mundo, o litoral do Rio de Janeiro abriga em suas praias um lugar perfeito para diversão a céu aberto. A cada verão,

a cidade capital do sol recebe cariocas e turistas de todas as partes do mundo em suas areias que, só no último verão, deixam para trás quase 10 mil tone-ladas de lixo, poluição e ameaça ao meio ambiente.

Uma preocupação já antiga para preservar ocea-nos, ondas e praias, fez nascer, em 1984, a Surfrider Foun-dation, organização sem fins lucrativos criada por um

grupo de surfistas de Malibu, na Califór-nia. Hoje já são mais de 70 mil membros distribuídos por 90 países.

Para reforçar suas ações, a Surfrider Foun-

dation Brasil desenvolveu a campanha Devolução. Concebida pela Agência Script, o objetivo é conscientizar e alertar sobre as consequências dos de-tritos deixados nas praias cariocas.

Membros e voluntários da organiza-ção recolheram garrafas e copos plásticos, embalagens de papel e latinhas deixados por banhistas nas praias. O que seria lixo virou material da simpática campanha de conscientização sobre o problema.

Foram usadas 10 mil caixas de papelão reciclado para acomodar todo o lixo coletado. A partir de um mailing de surfshopings e Ongs especializadas, a Surfrider remeteu as caixas para a casa de pessoas que gostam de praia e de surfe.

A mensagem “O lixo jogado no mar um dia volta. Pra todo mundo. Ajude-nos a preservar mares e oceanos”, foi

O desafio é: pensar nas consequências

uma forma inteligente e criativa de desenvolver o conceito dos impactos causados ao planeta e em toda a sociedade, até mes-mo para quem nunca jo-gou lixo na praia, que um dia poderá sofrer as conse-quências.

A distribuição também foi feita em alguns bares do Rio. A reação das pes-soas ao abrir as caixas foi registrada em um filme. Do Youtube para o mundo inteiro, a campanha teve

grande repercussão em sites e blogs ligados à causa.O resultado rendeu o convite para expor o trabalho

durante o 58º Festival Internacional de Criatividade do Cannes Lions, em junho de 2011, na ACT – Advertising Community Together, exposição com objetivo de divul-gar as campanhas publicitárias mais cria-tivas e eficazes voltadas para ações sociais e do meio ambiente.

DEu OnDADurante o circuito carioca do Billabong Rio Pro, reali-

zado em maio deste ano na Barra da Tijuca, a Surfrider Foundation Brasil participou com um posto de coleta se-letiva e triagem do lixo produzido durante o evento.

Esta também foi uma oportunidade para que gran-des nomes do mundo surfe pudessem participar da campanha.

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S eria mais um daqueles típicos casos de quem chega ao Rio a passeio, se apaixona pelo estilo carioca e fica para sempre. Não fosse ter trazido na bagagem muito talento e um som de primeira, é o que vem destacando o músico gaúcho Julio Serrano nos pal-cos mais badalados da cidade.

Julio, de 31 anos e formado em direito, nasceu em Soledade, cidade a 200 km de Porto Alegre e chegou ao Rio em 2007, depois de dez anos levando seu trabalho para os públicos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Os primeiros contatos com a música vieram por influência de seu pai, nos dedilhados de Vinícius e Tom, Chico, Caetano e Benjor. Na

casa sempre aberta para encontros musicais, cresceu a base de sons va-riados. Do funk eletrizante de James Brown ao bom jazz de Miles Davis, referências de primeira não faltaram.

Nas pistas radicais de Skate – es-porte que praticou até os 18 anos e quase se tornou uma profissão –, Julio conheceu um som marcan-te e de atitude, como o de House of Pain, Beastie Boys, Cypress Hill, NWA, Alkaholics, Public Enemy e Racionais. A black music virou uma

paixão que o conduziu facilmente às pistas que vem encan-tando com sua música.

À frente do projeto Vitrola Acústica, Julio apresenta ver-sões conhecidas do público, imprimindo seu toque muito especial para atribuir uma sonoridade simples, mas, ao mesmo tempo, sofisticada. Mas são suas composições que vêm chamando atenção pela mistura inusitada e bem equilibrada.

Atualmente, Julio Serrano se dedica ao trabalho solo, está finalizando seu primeiro CD. Com todas as faixas de suas autoria e previsão de lançamento para setembro deste ano, a masterização será feita no estúdio Abbey Road, em Londres, o mesmo que produziu vários sucessos dos Beatles. Júlio também se prepara para uma turnê de 90 dias pela Europa.

O DONO DAS PISTAS

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“Vejo na Black Music uma maneira inteligente de trabalhar a minha ca-pacidade criativa com a música, pelas diferentes formas de diálogo que posso ter com os meus públicos.”

Contatos para shows e eventos7830-7057 – Cacau Porto7861-0652www.myspace.com/julioserranomusica@serranojulio (twitter)Julio Serrano (Facebook)[email protected]

Nas 14 faixas de seu CD de lançamento, Júlio articula mui-to bem elementos da Soul Music, R&B, Rap, Reggae, Ragga-ton, Bossa Nova, Funk e MPB, com batidas eletrônicas e leva-da acústica que demonstram sensibilidade e criatividade do artista. “Longe de qualquer estereotipo, não sou rapper. Sou músico e me sirvo bastante disso. Tento não ficar preso a um único universo musical. Mas vejo na Black Music uma manei-

ra inteligente de trabalhar a minha capacidade criativa com a música, pelas diferentes formas de diálogo que

posso ter com os meus públicos, ora rimando, ora cantando, mas sempre transmitindo uma

ideia homogênea”, diz Julio.Enquanto o CD de Julio ainda está

no forno, seu som pode ser conferido na festa Lua Nareia, do Club Praia, na Lagoa, onde é residente e se apresen-ta todos os domingos, a partir das 21h. Vale também uma visita à BandPage de Julio Serrano no Facebook para co-nhecer uma prévia de seis faixas – O EP – Julio Serrano – Primeiro Tempo tem combinações marcantes das músicas Linha de Frente, Amor Vaga-bundo, Carta Branca, Primeiro Tem-po, Além da Nova Ordem e o som que promete pegar de vez, Dona da Pista.

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AFRO MEMÓRiA + pREtinHOSidAdE – MOMBAÇA [Biscoito Fino]Vale conferir as 13 faixas com par-cerias de peso como Mart’nália, Maria Hime, Lokua Kanza e João Carlos Coutinho.

URBAn REnEWAL – tRiBUtE tO pHiL COLLinS [WEA]É uma homenagem ao pop astro in-glês. Traz 15 faixas com releituras de vários artistas, com batidas bem origi-nais da Black Soul Music. Imperdível.

SOM DO BOM

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A casa Santo Scenário recebe o músico brasileiro márcio tubino reside na Alemanha há vários anos e agora está de volta ao Bra-sil lançando seu novo CD Artet.para as apresentações no país criou uma formação composta pelo pianista rafael Vernet, o percussionista marco Lobo e o baixista ronaldo Saggiorato. Esse mês o grupo vai se apresentar no Santo Scenarium, que fica na rua do Lavradio, 36, Centro.

ShOw MARCiO TUBiNO

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Título original: (Todo Mundo Tem Problemas Sexuais) / Lançamento: 2011

(Brasil) / Direção: Domingos Oliveira / Atores: Pedro Cardoso, Cláudia Abreu,

Priscilla Rozembaum, Orã Figueiredo / Duração: 80 min / Gênero: Comédia

SINOPSE1ª história: uma mulher descobre no bolso de seu parceiro um compri-mido de Viagra, o que faz com que duvide da validade de seu amor. 2ª história: um casal durante anos tem um casamento convencional, até que, devido a uma circunstância inesperada, não consegue mais viver sem que tenham outros parceiros sexuais.

3ª história: um casal se conhece pela in-ternet e, durante 3 meses, tem tórridos encontros sexuais, sempre no escuro. Até que um dia um deles abre a porta da geladeira, permitindo que a luz os ilumine.

4ª história: um farmacêutico deseja se-duzir sua colega de trabalho, mas sem perder sua amizade.

5ª história: um homem descobre, mesmo amando uma mulher, que sente desejo por outros homens.

TODO MUNDO TEM PROBLEMAS SEXUAIS

A comédia do irlandês Sheri-dan retrata ambientes de

intrigas da burguesia londrina no fim do século XVIII. Inspirado na compilação de traições e fofocas para derrubar a reputação de per-sonalidades da época. Primeira montagem no Brasil, a peça tem tradução, adaptação e direção de Miguel Falabella. No elenco Ney Latorraca, Maria Padilha, Bruno Garcia, Jacqueline Laurence e grande elenco. A temporada ca-rioca está em cartaz no Espaço Tom Jobim, Jardim Botânico Sex-ta e Sábado às 21h e domingo às 19h. Ingressos R$ 80 (inteira) / R$ 40 (meia) até final de junho.

A ESCOLA DO ESCÂNDALO

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Do jeito que o Rei mandou é um projeto de curadoria de Pedro Agilson que apresenta o designer, fotógrafo e arquiteto

Nilton de Moraes Filho que durante dez anos percorreu as ruas durante o carnaval em busca de personagens e situações inusi-tadas que mostrassem o espírito da mais famosa festa brasileira. A amostra com os relatos de Nilton de Moraes Filho está exposta no Oi Futuro, Flamengo dos dias 12 de abril até 3 de junho e pode ser vista de terça a domingo das 11h às 20 h. A entrada é franca e a

classificação livre

A autobiografia assinada com o jorna-lista Claudio Tognolli, o músico Lo-

bão reafirma sua saga repleta de loucu-ra, banditismo (no sentido figurado, de transgressão, ou literal, de disparar tiros contra a polícia ao lado de traficantes). Do garoto criado sob todas as condições ne-cessárias para se tornar “um bundão” (nas palavras dele mesmo) ao atual “pregador do evangelho da irresponsabilidade” (como já definiu Tognolli), o personagem emerge do livro mesmo sem abrir mão da acidez, da

crueza em rela-tos que beiram o chocante e da dureza nas críti-cas a si próprio e a colegas.

LOBãO: 50 ANOS A MiL

EXPOFOTO

O evento promete reunir milhares de pessoas no Rio de Janeiro para conferir o melhor da cultura carioca. O evento reunirá

shows, peças teatrais e exposições que prometem cativar o público du-rante todos os dias de apresentações. O projeto surgiu para promover expressões culturais que acontece na cidade e a população não conhe-ce. O evento vai ocorrer entre 21 e 23 de maio. Confira a programação completa no Facebook da Revista Bizu.

VIRADÃO CARIOCA 2011

[Nova Fronteira.| 600 páginas | R$ 69 | Livraria Travessa Leblon]

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Criado em 13 de junho de 1808 pelo Prín-cipe Regente D. João, o Jardim Botânico tinha o objetivo de aclimatar as especia-rias vindas das Índias Orientais. A vocação do lugar de servir de abrigo para mudas

de plantas também era espaço para visitação e lazer. Um dos recantos preferidos do músico Tom Jobim, era de seu costume trabalhar ideias de algumas composições durante longas e solitárias caminhadas pelas vias de pal-meiras e no orquidário. Em homenagem ao visitante ilus-tre, o teatro do Jardim Botânico leva o nome de compositor.

O local conta com a Pousada do Pesquisador, espaço que desde 2001 recebe pesquisadores,

técnicos e estudantes de outros estados ou países que chegam ao

Rio em pesquisa, estudo, para congressos, palestras ou eventos. O imóvel tem capacidade para hospedar sete pessoas, foi totalmente reformado para atender à deman-da de muitos pesquisadores que, a exemplo de outros países, hospedam-se nas próprias instituições visitadas. A antiga fábrica de pólvora mantém a arquitetura que atualmente é o prédio Solar da Imperatriz, tem sua ori-gem associada ao mais antigo engenho de açúcar do Rio de Janeiro, o Engenho Nossa Senhora da Conceição da Lagoa, construído em 1575, a mando do Rei de Portugal. Em 1973, o nome Solar da Imperatriz foi oficial-mente reconhecido, quando o Instituto do Patri-mônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) tom-bou a área para acréscimo ao Jardim Botânico. Em dezembro de 1998, começaram as obras de restauro do Solar, uma parceria da CEF − Caixa Econômica Federal e do MMA − Ministério do Meio Ambiente, com o objeti-vo de ali instalar a Escola Nacional de Botânica Tropical. Em 2001, o Solar é inaugurado e acrescenta à sua His-

tória o título de Escola Nacional de Botânica Tropical - a primeira no gênero, na América Latina.

Depois dos passeios pelos jardins temá-ticos o visitante pode ainda tomar

um delicioso café ou chá no Café Botânica, que tem em seu car-

dápio bolos, doces e biscoitos para um fim de programa

adorável em família.

Rua Jardim Botânico, 1008Visitas de segunda a domingo das 8 às 17 h. ingressos R$ 5, individual / gratuidade para crianças até 6 anos e maiores de 60. Estacionamento: carro passeio R$ 5 / R$ 9 vans e R$ 3 moto.

JARDiM BOTâNiCO

Um paraíso verde repleto de belezas naturais

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Ipanema vai sediar a 13ª edição do Rei e Rainha da Praia Embratel. A disputa pela premiação do evento

será acirrada e reunirá os principais nomes do esporte de areia.

As duplas femininas, pelo menos, o destino da majestade já foi anteci-pado na etapa de Fortaleza, no mês passado. No Rio só não está definido quem será a dona da coroa: Larissa ou Juliana.

No lado masculino, um verdadei-ro duelo de gerações colocara fren-te à frente os parceiros Emanuel e Alison. Um é o maior vencedor da história do vôlei de praia, dono de um ouro olímpico e de nove títulos mundiais. O outro é apontado como um dos principais nomes da cha-mada “nova geração” do esporte no país.

VERÃO SEM FIM

O Verão Sem Fim é uma sé-rie de eventos realizados com apoio da Prefeitura

do Rio de Janeiro e RIOTUR que conecta todos os elementos da cultura de praia. Diferentes atra-ções vão apresentar arte e cultu-ra, bem-estar, ações de sustenta-bilidade, festas e muito esporte. A abertura das atrações teve início em maio com a 3ª etapa do ASP World Tour, campeonato mundial de surfe, que retornou ao Rio após dez anos, reunindo a elite do surfe mundial na Barra da Tijuca.

REI E RAINHA DA PRAIA

A arena do Rei e Rainha da Praia será montada em frente à Rua Paul Redfern, Ipanema

REI E RAINHA DA PRAIA

RIO: DE jANEIRO A jANEIRO, EVENTOS O ANO INTEIRO

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Ao longo da vida, a única certeza, além da morte, é a mudança. Mudamos to-dos os dias.

Amanhã, por exemplo, já teremos acumulado a experiência de tudo que

vivemos hoje. E o ciclo não termina. Segue assim até o dia de nossa morte.

Contudo, a despeito disso, mudar não é fácil. Mu-dar de emprego, de parceiro, de cidade, de país, mu-dar a cor do cabelo. Qualquer mudança envolve uma análise prévia e, na maior parte das vezes, de-morada. Pessoas que tomam decisões de mudança de forma rápida chamamos impulsivas. As que nunca mudam nada chamamos de acomodadas. Então, qual é o ponto de equilíbrio? Talvez melhor fosse perguntar: há um ponto de equilíbrio?

O que nos impede de viven-ciar a mudança de forma plena é o medo. E, na maior parte das vezes, não é o medo do que vai ser, mas o medo do que seria. Vivemos sempre tentando adivinhar “o que teria sido se...” e, no momento em que se decide pela mudança, viramos adivinhos! Tentamos prever o futuro. Queremos ficar no passado. E o presente fun-ciona apenas como zona de conforto.

Há quem diga que o medo é necessário, pois dosa nossas ações, evitando atos impensados. Há quem diga que o medo é o contrário da fé. E, aqui, não falo da fé em Deus, ou algo do gênero, mas da fé em si mesmo.

Arriscar-se é impreciso. Viver também. Só co-nheceremos o resultado após trilharmos o cami-nho. E só conheceremos o caminho após decidir trilhá-lo. É o cachorro correndo atrás do rabo. Um círculo sem fim.

Arriscar-se é sair da zona de conforto. Não é per-der o medo, mas é se permitir ser como a criança curiosa, que quer descobrir o mundo. Sabe que pode se machucar, que pode ouvir nãos ao longo do cami-nho, mas ainda assim, quer tentar, quer ver o que é.

Pode-se dizer que arriscar é manter-se criança curiosa. E, sim, vamos perdendo essa capacidade ao longo da vida; ao longo dos muitos tombos e per-das. Mas, ainda assim, arriscar é preciso. É a chance de mudar o caminho que não está bom, ou de me-lhorar o que já é bacana.

Arriscar é não paralisar diante do novo. É sentir aquele frio na barriga, como

quando a gente vai à es-cola pela primeira vez,

e encontra muitas crianças, tão as-

sustadas como nós. É ter as mãos suando como no pri-meiro encontro.

Arriscar, aci-ma de tudo, é so-

nhar, é querer ser dono do próprio des-

tino. Talvez a mudança não seja para melhor. Tal-

vez seja necessário recomeçar.Entretanto, uma coisa é certa: qualquer escolha

que você faça é a escolha certa. Simplesmente por ter sido feita por você. Essa é sempre a melhor esco-lha que poderia ter sido feita.

Nunca saberemos o que poderia ser. Podemos, apenas, passo a passo, construir o que será. Se a mudança é inerente à vida, abra o peito, dê um sor-riso, e esteja alerta ao que vier.

E, lembre-se: é possível mudar a qualquer tempo.

Rafryde Pimentel é psicanalista, professora de yoga e dirige o Instituto Shakti Om. Contato: [email protected]

Arrisca-se Rafryde Pimentel

“Arriscar é se permitir ser como a criança curiosa, que quer descobrir o mundo”.

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