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A REVISTA DAS PESSOAS E EMPRESAS QUE MARCAM PORTUGAL | MARCA PORTUGAL

Revista Marca Portugal

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#1 | novembro'12. Publicação gratuita distribuida com o Jornal Público. Não pode ser vendida separadamente.

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Durante os dourados anos da minha ado-lescência, os verões tinham rituais impossí-veis de esquecer. Com a roupa bem engo-mada, lá íamos os 4, no velhinho charmoso Datsun 1200, pelos caminhos de Portugal. Era a segunda metade da década de 1980 e o jo-vem casal cultivava a criatividade das duas filhas entre visitas a castelos, e a terriolas per-didas, num Portugal tão belo quanto austero. Sem relógios, sem amarras, não foram raras as vezes que acabamos a dormir em casas particulares, casas de amigos que tínhamos conhecido nessa tarde num jardim, à porta de uma igreja, num cemitério que nós, as miú-das, teimávamos em querer visitar.

Nesse tempo, em que termos pouco não me-lindrava em nada a nossa felicidade, a minha mãe costumava dizer: “há sempre um Portu-gal desconhecido”.

Passaram vinte anos. À boa maneira portu-guesa, viajei pelo mundo, conheci continen-tes, culturas e gentes tão diferentes… E de-pois, absolutamente iguais.

Hoje, estou na Marca Portugal: desafio do tamanho da ambição dos exploradores de outros tempos. E hoje, recupero a frase da minha mãe dita nas amendoeiras em flor em Trás os Montes. Ou terá sido junto as batatas-doces de Aljezur? Não, tenho a certeza que foi enquanto nos deliciamos com os pasteis de Chaves.

EDITORIAL

Há sempre um Portugal desconhecido. Um Portugal que é inovador e criativo, positivo e empreendedor. Um Portugal que acredita na qualidade e é nela que aposta para se distin-guir nos mercados globais cada vez mais exi-gentes.

Afinal, ser português é ter uma capacidade única, é ter um espírito vencedor que fez de nós um povo que se sabe superar a todo o momento.E é com este ADN que nasce a revista Marca Portugal: porque acreditamos nos portu-gueses, acreditamos nas empresas nacionais e estamos certos que o seu sucesso contribui para o desenvolvimento do país.Esta é, por excelência, a publicação através da qual mostramos o que Portugal tem de mel-hor. Porque sabemos que a partilha de con-hecimento também significa oportunidades de negócio, somos ativadores de marca. Da sua marca.

Seja bem vindo à Marca Portugal, por um país melhor que a partir de agora lhe damos a conhecer!

Mariana Couto[Editora]

| EDITORIAL | 03

-

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Ser português é ser capaz de ser igual a com quem

se está. Se temos uma virtude e capacidade, é essa.

Temos uma costela de todas as carcaças que há no

mundo. Se não formos isso, não somos nada.

MIGUEL EsTEvEs CARDOsO

Os portugueses sempre adoraram o concreto,

entendem o abstrato, mas procuram traduzir

imediatamente em concreto.

AGOsTInhO sILvA

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O povo português é, essencialmente, cosmopolita.

Nunca um verdadeiro português foi português: foi

sempre tudo.

FERnAnDO PEssOA

Cada vez gosto mais de ser português e cada vez

tenho mais orgulho no meu país. É-me insuportável

ouvir dizer «somos um país pequeno e periférico».

Para mim Portugal é central e muito grande.

AnTónIO LObO AnTUnEs

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DIRETOR

JORGE FIGUEIREDO ([email protected])

EDITORA

MARIANA COUTO ([email protected])

REDAÇÃO

ALEXANDRINA SILVA ([email protected]),

MARTA CRUZ ([email protected])

FOTOGRAFIA & VÍDEO

DIGITAL FRAME ([email protected])

DESIGN GRÁFICO & PAGINAÇÃO

SANDRA MARIA TEIXEIRA

COORDENADORES DE COMUNICAÇÃO

JANAÍNA AGUIAR ([email protected])

JORGE VENTURA ([email protected])

COLABORAÇÃO

JOANA RODRIGUES

JORGE CORREIA

ADMINISTRAÇÃO, EDIÇÃO, PUBLICIDADE E REDAÇÃO

ÓVULO – COMUNICAÇÃO E IMAGEM

R. DAS COLETIVIDADES, 54 – 5º V.N. GAIA

Delegação Norte

+351. 227 835 850

Delegação Sul

+ 351. 965 452 977

Geral: [email protected]

Redação: [email protected]

Publicidade: [email protected]

Emprego: [email protected]

DISTRIBUIÇÃO COM O JORNAL PÚBLICO

#01SOLIDARIEDADE

08 > Swatch Caçula, Uma casa para o mundo

OPINIÃO10 > Manuel Agrellos

Presidente da Federação Portuguesa de Golfe

31> Francisco Maria Balsemão, Presidente ANJE

34 > Opinião VIP

ENTREVISTA12 > AEP, “Compro o que é nosso”

14 > Grupo Trofa Saúde, Saúde e Bem Estar

16 > Tiago Monteiro, Cheio de Honda

21 > CVA, Vinhos do Algarve

22 > Chef Ricardo Costa, Estrela do Norte

28 > Daniel Bessa, Presidente da COTEC

32 > Frederico Costa, Turismo de Portugal

TECNOLOGIA

17 > QR Code

REPORTAGEM22 > Gorila, Máquina do Tempo

33 > Flores Comestíveis

08 | FIChA TÉCnICA > ÍnDICE > REvIsTA MARCA PORTUGAL |

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#01SOLIDARIEDADE

08 > Swatch Caçula, Uma casa para o mundo

OPINIÃO10 > Manuel Agrellos

Presidente da Federação Portuguesa de Golfe

31> Francisco Maria Balsemão, Presidente ANJE

34 > Opinião VIP

ENTREVISTA12 > AEP, “Compro o que é nosso”

14 > Grupo Trofa Saúde, Saúde e Bem Estar

16 > Tiago Monteiro, Cheio de Honda

21 > CVA, Vinhos do Algarve

22 > Chef Ricardo Costa, Estrela do Norte

28 > Daniel Bessa, Presidente da COTEC

32 > Frederico Costa, Turismo de Portugal

TECNOLOGIA

17 > QR Code

REPORTAGEM22 > Gorila, Máquina do Tempo

33 > Flores Comestíveis

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08 | sWATCh CAÇULA > UMA CAsA PARA O MUnDO > sOLIDARIEDADE |

SWATCH CAÇULAUMA CAsA PARA O MUnDO

UMA CAsA, UMA FAMÍLIAHá dias para tudo - é bem verdade -, mas poucos são tão importantes quando o 15 de Maio: o Dia In-ternacional da Família.Esta foi a data em que inaugurou, no Parque da Bela Vista em Lisboa, o Centro de Acolhimento Temporário para Crianças Refugiadas uma par-ceria da Swatch - Tempus Internacional, Ministé-rio da Administração Interna (MAI)/Serviço de Es-trangeiros e Fronteiras (SEF), Câmara Municipal de Lisboa (CML), SIC Esperança, BPI, Fundação Luís Figo (FLF) e a JCDecaux.

UM LAR PARA RECEbEREsta casa nasce para apoiar as crianças refugiadas até aos 18 anos que chegam ao nosso país pelas mais variadas razões: desde conflitos aperseguições, passando por situações de catástro-fes ambientais.Tal e qual a nossa casa, as crianças têm acolhe-dores quartos triplos, sala de estar e de refeições, recinto de jogos e jardim e até uma biblioteca.

EsPERAnÇA PARA O FUTUROO objetivo é garantir um espaço idêntico ao de uma tradicional estrutura familiar que permite a global integração na sociedade portuguesa.

Anthony Salvi, é o vice presidente da área de ven-das da Swatch e explicou a participação da marca neste projeto “que traduz a preocupação da marca em transmitir um sentimento de esperança num futuro melhor, particularmente a crianças despro-tegidas”. Uma mensagem corporizada pela Swatch, para quem “Joy of Life”, ou a Alegria de Viver, faz parte do ADN da marca.

Uma “casa para o mundo” foi, de resto, o quinto

Projeto de Responsabilidade Social Swatch, em Por-

tugal. É, portanto, com muito orgulho que os por-

tugueses, de todas as idades, se passeiam com o

Swatch Caçula no pulso e ao ver as horas: têm mais

razões para sorrir, porque sabem que contribuíram

de forma determinante para o futuro melhor de inú-

meras crianças.

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AQUASHOW PARK HOTELsPLAshEs DE ALEGRIA!

COMUnICAÇõEshttp://hotel.aquashowparkhotel.com/sE vIER DE CARRODO nORTE... 1. Entre na auto estrada A2 em direção ao Algarve2. No final da A2 siga pela A22 (Via do Infante) em direção a Faro 3. Deixe a A22 na saída para Quarteira 4. Siga em direção a Quarteira pela E.N. 396 e o Hotel encontra-se do seu lado direito junto ao Parque Aquático Aquashow DE EsPAnhA... 1. Entre na A22 (Via do Infante) em direção a QuarteiraDE ALbUFEIRA... 2. Deixe a A22 na saída para Quarteira 3. Siga em direção a Quarteira pela E.N. 396 e o Hotel encontra-se do seu lado direito junto ao Parque Aquático Aquashow sE vIER DE COMbOIO... A 4km do Hotel encontra-se a Estação de Loulé, apanhe um táxi ou outro meio de transporte para o Hotel. sE vIER DE AUTOCARRO... Venha num autocarro que pare na Estação de Autocarros de Quarteira e depois apanhe um autocarro que faz a ligação Quarteira-Loulé e sai na saída do Semino-Aquashow. sE vIER DE AvIÃO... 1. Ao aterrar no Aeroporto Internacional de Faro, siga pela A22 (Via do Infante) em direção a Albufeira 2. Deixe a A22 na saída para Quarteira 3. Siga em direção a Quarteira pela E.N. 396 e o Hotel encontra-se do seu lado direito junto ao Parque Aquático Aquashow.

O Aquashow Park Hotel, de 4 estrelas, é o primei-ro e único hotel integrado num parque aquático e temático com caraterísticas únicas. Situado no coração do Algarve, em Quarteira, a 5 minutos da Marina de Vilamoura e a 20 minutos do Aeroporto Internacional de Faro, o Aquashow Park Hotel dispõe de 148 quartos distribuídos por quatro pisos, dos quais três são adaptados para pessoas com mobilidade condicionada. Climatizados, com design único e inovador, deco-rados e equipados para lhe proporcionar o conforto necessário para umas férias de descanso, mas também de muita diversão. Venha conhecer-nos e faça parte desta família! Porque as crianças são o mais importante para nós, criamos um espaço de diversão dedicado exclusi-vamente a elas - o Aquakids Club. Ao dispor estão inúmeras atividades onde prevalece a diversão e sempre em segurança. Se aprecia o melhor da gastronomia portuguesa e internacional renda-se ao restaurante “Charme”, no qual, certamente, vai degustar pratos maravilhosos. O convite estende-se também aos cocktails que pode experimentar no Lóbi Bar “Requinte” ou no bar da piscina “Sensação”. Se preferir pode optar por um gelado junto à piscina enquanto aprecia o magnífico pôr do sol. Presenteamos os nossos hóspedes, com todo o

profissionalismo e simpatia. Com um staff especializado, estamos empenhados em fornecer todos os serviços de que possa neces-sitar, garantindo que suas férias sejam livres de stress, tal e qual as planeou. Se procura aventuras divertidas durante a sua estadia visite e desfrute do nosso Parque gratuitamente.

Sorrisos nos lábios, corpos molhados, disputas para perceber quem desliza mais depressa, escor-regas fechados, abertos e atrações que o levam além fronteiras… Depois de tantos splashes de alegria, sem ter de ir para as confusões do trânsito, fique no Aquashow Park Hotel. Absorva todo o bem estar do nosso complexo e aproveite a última gota do sol enquanto se refresca na nossa piscina. Marque as suas férias de sonho connosco, pois aqui tornamos os sonhos: realidade.

| TURIsMO E LAZER < AQUAshOW PARK hOTEL | 09

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10 | MAnUEL AGRELLOs > PREsIDEnTE DA FEDERAÇÃO PORTUGUEsA DE GOLFE > ARTIGO DE OPInIÃO |

GOLFEA EXCELÊnCIA DE UM PRODUTO TURÍsTICO

ALIADA À PRÁTICA DEsPORTIvA

Portugal tem no golfe um produto de excelência capaz de promover o desenvolvimento sustentado de diversos setores da economia, diretamente e in-diretamente ligados à indústria do Turismo.

O exemplo da Região do Algarve, destino de golfe de referência internacional, que recentemente ga-nhou a distinção de Melhor Destino de Golfe Eu-ropeu 2012, nos World Travel Awards, revela o su-cesso da aposta num produto de qualidade elevada. Este sucesso assenta em vários fatores – excelente clima, estabilidade política e social, acessibilidades, qualidade dos campos de golfe, atendimento e gas-tronomia, fatores que têm sido determinantes para a garantia da qualidade do produto final.

A região do Algarve, em 2003, apresentava um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 2,2 milhões de euros por campo de golfe, o que significa que cada campo de golfe contribuiu para a formação do produto re-gional em 0,07%. Em termos de impacto social, o golfe possui também um peso significativo. Ao nível regional o golfe representava, em 2003, cerca de 6% do volume de emprego gerado no setor do turismo.

Contudo, após o ano de 2008, com a crise económi-ca solidamente instalada na região do Euro, a forte dependência do mercado europeu e o incremento da oferta em destinos de golfe emergentes locali-zados na bacia do Mediterrâneo, somos forçados a equacionar alternativas possíveis e sustentáveis para garantir a competitividade de um dos nossos principais produtos turísticos.

A análise lógica e pragmática dos últimos anos leva-nos a concluir que todos os cenários de investimen-to planeados e desenhados com base nos mercados europeus típicos, e nos modelos de gestão tradicio-nais, deverão ser revistos e re equacionados.

A tendência dominante de que um campo de golfe com um desenho semelhante aos campos de alta competição é um modelo de negócio de sucesso é uma das grandes falácias dos últimos anos. Esta abordagem não só encarece a construção e manu-tenção do campo de golfe como também afasta o jogador comum, sobretudo o jogador local/nacio-nal, que utiliza o golfe como atividade de lazer, limitando assim a oportunidade de incrementar as receitas.

Uma análise mais aprofundada desta indústria revela-nos que o produto golfe possui vários mer-cados que não somente o tradicional mercado do turismo internacional de golfe. O dinamizar de equi-pamentos desportivos de qualidade, mas planeados de forma sustentável, que promovam a prática desportiva a custos acessíveis, com o objetivo de captar novos segmentos de mercado de forma a aligeirar a concentração da quota de mercado nos países habituais, deverá revelar-se uma aposta credível e pró ativa para a manutenção de Portugal como um destino de referência mundial.

Manuel AgrellosPresidente da Federação Portuguesa de Golfe

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Estabilidade e segurança são palavras essenciais para definir o trabalho rigoroso do Entreposto Logística. Aqui a exigência do cli-ente é sempre bem vinda.

“Praticamos a flexibilidade e adaptabilidade às ne-cessidades dos clientes. As nossas propostas de serviços são para serem discutidas e apreciadas em conjunto com os potenciais clientes, com eles desenhando as soluções mais adequadas às suas reais e efetivas necessidades”, as palavras são de Miguel Félix António, o Gestor Executivo do Entre-posto Logística e explicam a forma como a empresa marca a diferença no mercado nacional.Sempre com os clientes em mente e apostando numa relação de confiança, fomos compreender os objetivos fundamentais do Entreposto Logística num mercado cada vez mais concorrencial. “A em-presa presta serviços de logística de viaturas e faz a logística integrada dos mais variados produtos.

Relativamente à área das viaturas, elas são receci-onadas, parqueadas nas instalações da empresa e posteriormente, na nave de preparação, é efetuado um conjunto de operações prévias à distribuição aos concessionários, gestoras de frotas ou clientes ins-titucionais. Ou seja, nas instalações do Entreposto Logística as viaturas são armazenadas e alvo de ações de inspeção e embelezamento antes de en-trega ao cliente final”, afirmou Miguel Félix António, acrescentado “o nosso objetivo fundamental é fa-cilitarmos a vida das empresas, assegurando-lhes a respetiva operação logística em condições muito vantajosas”.

http://www.entrepostologistica.pt

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CÁ SE FAZEMCÁ SE PAGAM!

12 | AEP > "COMPRO O QUE É nOssO" > EnTREvIsTA |

A ideia nasceu há 5 anos, numa iniciativa da Associação Empre-sarial de Portugal. Primeiro até se pode ter estranhado, mas já se entranhou nos hábitos de consumo nacionais. Com mais de 900 empresas aderentes, o “Compro é o que nosso” tem contribuído para o apaixonamento dos portugueses pela produção feita no nos-so país. Paulo Nunes de Almeida, presidente da AEP, não tem dúvi-das: “consumindo produtos nacionais, estamos a contribuir para o aumento do PIB e assim também se aumenta a riqueza nacional”.

Marca Portugal: Acredita que na hora da compra, os portugueses já escolhem, efetivamente, o que é português?_ Paulo Nunes de Almeida: Um outro dia, numa ses-são em Lisboa, onde estavam cerca de 200 pessoas e onde tive oportunidade de intervir precisamente para falar do “Compro o que é nosso” perguntei se há 5 anos atrás havia a preocupação com a origem do produto, e se hoje essa preocupação existe. Ou seja, quando começou a nossa iniciativa, de facto, as pessoas não se preocupavam com a origem do produto. E, muitas vezes, quando o faziam era para preferir o que era importado, até porque havia um certo estigma em relação à produção nacional. Hoje, não é assim. Naturalmente que o preço conti-nua a determinar decisões, mas também a origem o que é um sinal de alegria, que nos faz sentir bem com o trabalho que desenvolvemos. Hoje, a origem do produto, depois do preço, e a par com a marca é uma variável que os consumidores têm em conta.

O logótipo “Compro o que é nosso” representa um símbolo de confiança para os consumidores…_Na verdade, não certificamos a qualidade dos produtos, para isso há outros instrumentos à dis-posição das marcas. No nosso caso quem certifica a qualidade do produto é o consumidor. O que nós certificamos é que aquele produto tem acrescenta-do mais de 50% de valor nacional. E porquê? Porque para sermos competitivos numa determinada ca-deia de valor, por vezes, temos de importar algum tipo de sub produtos para que o resultado final seja atrativo. No entanto, o nosso logótipo garante que os produtos são comercializados por empresas cuja sede é em Portugal e cuja marca está regis-tada no nosso país. A partir daqui o consumidor

opta, ou seja, para que o consumidor compre não basta usar o nosso logótipo: é preciso que a marca mereça que o consumidor volte a comprar. O con-sumidor não compra português se não gostar do produto. O que temos dito aos empresários desde o primeiro dia é: se querem que os portugueses com-prem o vosso produto, têm de ter qualidade e têm de ser competitivos. Para isso contem com a AEP que, enquanto organização multi setorial, tem um conjunto de projetos em paralelo com o “Compro o que é nosso” que podem ajudar. São processos relacionados com a qualidade, com a dimensão das empresas, processos de formação profissional, processos na área da internacionalização, ou até a

nível da eficiência energética. No que diz respeito à competitividade, há uma série fatores em que pudemos ajudar. Usamos muitas vezes o exemplo da seleção: estamos ao lado dos nossos jogadores, mas é preciso que eles joguem bem. Aqui a seleção são os produtos, se não forem bons os portugueses não vão estar com eles; quando são bons os portu-gueses apoiam.

De facto, nos últimos anos os portugueses “apren-deram” a apreciar a produção nacional…_ Os portugueses têm elevado a auto estima e valo-rizam, cada vez mais, o produto nacional. E fazem-no porque comparam a qualidade do produto na-

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| EnTREvIsTA < "COMPRO O QUE É nOssO" < AEP | 13

cional com a do importado. Também começamos a perceber que muitos produtos nacionais vingam lá fora, então porque não vingam internamente? De-pois, porque provando, os consumidores aprovam. Reforça-se a tal auto estima, mesmo porque numa altura como esta não há ninguém que não tenha na família, ou no círculo de amigos, situações de desemprego devido ao encerramento de empresas. Obviamente que consumindo produtos nacionais, os portugueses estão a contribuir para o aumento do PIB e assim também se aumenta a riqueza na-cional, o bem estar dos portugueses e o emprego. As pessoas estão sensíveis a isto, só desta forma podemos defender o emprego e contribuir para um país mais próspero.

O “Compro é que nosso” é realmente uma mais valia, quantas empresas já estão dentro deste tecido?_ Estamos a atingir as 900, o que representa um crescimento acima das nossas expetativas. No en-tanto, estamos a falar de vários milhares de mar-cas, e de um valor de exportação superior aos 15 mil milhões de euros, e aos 100 mil postos de trabalho. Portanto, temos aqui um universo de empresas que cobre, praticamente, todo o país e com diferentes

dimensões. Temos as grandes empresas, mas ig-ualmente as mais pequenas porque todos já per-ceberam que se trata de um projeto de marketing coletivo. Cada empresa que adere ajuda a aumen-tar a visibilidade dos produtos, e não só através das próprias ações da AEP. Outro dos grandes passos que conseguimos dar prende-se com a recetividade da grande distribuição. Muitas das cadeias em Por-tugal já utilizam o logótipo “Compro o que é nosso” nas suas marcas brancas. Sabemos que hoje o peso destas marcas tem vindo a aumentar e para nós a utilização do logótipo é uma vitória porque garante uma grande divulgação.

Neste tecido qual é o produto de excelência?_ No “Compro o que é nosso”, o setor que detém o maior número de adesões é o da alimentação. Quando arrancamos com o projeto, verificamos que os portugueses são ainda mais sensíveis ao con-sumo de produtos nacionais nesta área. Mas todos os outros setores estão representados: do vestuário ao calçado, passando pelo mobiliário, pela ilumina-ção, pelos têxteis lar… Há também muitas empresas de serviços que ade-riram pois perceberam que esta é uma forma de valorizarem a sua oferta.

A aposta das empresas portuguesas tem efetiva-mente de ser na qualidade?_ Hoje a qualidade é um factor incontornável. O que é interessante é que esta ligação das empresas ao mercado interno, através do “Compro o que é nos-so”, cria uma plataforma de alavancagem para os mercados externos. Neste caso a AEP pode agir en-quanto associação empresarial que presta serviços às empresas na área da internacionalização. Temos um programa bastante ousado que, recentemente, nos levou ao Peru e à Colômbia, mercados onde a nossa quota de penetração é ainda pequena e onde vale a pena fazer um esforço. Sentimos que as empresas quer nos acompanham olham, de facto, para a questão da qualidade, para o serviço ao consumidor, para a competividade como algo de fundamental para vencer. Direi que em termos de alimentação a qualidade nacional é praticamente imbatível. A nossa gastronomia e os vinhos são em-blemáticos não só para os portugueses, mas nos restantes mercados. Mas Portugal é também refer-ência a nível mundial noutros setores como o do pa-pel e da celulose, ou mesmo no setor da cortiça. Há um conjunto de setores onde sabemos fazer bem, setores que os consumidores apreciam e que nos distinguem nos mercados.

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14 | GRUPO TROFA sAÚDE> sAÚDE E bEM EsTAR > EnTREvIsTA |

TROFA SAÚDE“A MEDICInA É A ARTE DE sAbER OUvIR”

Marca Portugal: A confiança, o estabelecer de relações de confiança entre Hospital e comunidade é uma das premissas base da Trofa Saúde… _Dr. Artur Osório: Sim, a saúde privada pres-supõe uma liberdade: a do doente escolher, o que não acontece com a saúde pública. Esta liberdade outorga-nos, não só relações de confiança, como grandes responsabilidades. Temos de atender os pacientes da melhor maneira, e temos de reforçar esta relação. Cada paciente que atendemos bem, irá trazer-nos outros e é desta forma que cresc-emos.

Efetivamente há vantagens em recorrer a um ser-viço privado de saúde. _Quando falamos em privado, pressupomos uma relação muito mais direta entre os profissionais e o doente. Também partimos de um princípio muito importante: o da livre escolha do doente. Quando o doente escolhe não o faz por palpite, informa-se, tem conhecimento, sabe que assim é. E depois, te-mos algo que nos distingue: a política de proximi-dade. Os doentes querem que as suas instituições de saúde não sejam distantes. Querem que os cui-dados se desloquem junto deles e não o contrário. Esta é também uma das grandes diferenças entre privado e público.

O Sistema Nacional de Saúde carece de altera-ções? _O sistema português é feito de ambiguidades. É um sistema que está bloqueado por complexos ideológicos e hoje, na Europa e no mundo, as ideo-logias já não presidem à organização de sistemas de saúde. Na Europa, é um dado adquirido que to-das as pessoas, em princípio, devem ter direito à saúde. Agora a forma como este acesso se obtém acontece através de quem faz melhor e mais bara-to. Não é necessário que o estado, como pretende, seja o detentor de todos os meios de produção na saúde. O estado ainda considera o setor privado um

setor complementar e não um setor pleno de dire-ito e concorrencial. O cidadão deve poder escolher quem o trata, e quem o trata melhor e mais barato. Se houver livre escolha, e concorrência – ainda que gerida –, certamente que o cidadão vai ter acesso à saúde de uma forma efetiva e mais barata. O setor público tem de alterar muito a metodologia, ser mais eficiente e concorrencial com o privado.

Como está a saúde dos portugueses? _Durante anos houve grandes conquistas, no campo da saúde, a favor da população portuguesa. Deu-se a volta aos valores da mortalidade infantil, e a outros indicadores, o que nos colocou a meio da tabela da OCDE. Tudo aconteceu à custa de se gastar muito dinheiro… E nem sempre foi bem gasto. Não temos riqueza para continuar a investir da forma como es-tamos a fazer. Para manter níveis de qualidade é necessário começar a racionalizar os mecanismos de controlo e de concorrência para fazer melhor e, sobretudo, mais barato. O que é feito sem concor-rência é feito mais caro porque se geram necessi-dades que complicam o processo. O estado tem de começar a avaliar esta questão, porque se não o fizer entrará em falências. Seria o pior que pode acontecer! O setor privado está cá para trabalhar de uma forma totalmente honesta e capaz.

Numa altura em que as famílias estão a reduzir o consumo, é importante relembrar que o que se gasta em saúde um investimento..._Por isso mesmo é que, nos nossos hospitais, não notamos uma quebra da procura. Sim, as pessoas racionalizam… Talvez gastem menos nas áreas da saúde como a estética, mas no que são os cuida-dos essenciais há investimento. O direito à saúde é uma aposta na segurança e uma necessidade. De resto, prevenir é outra uma forma de investimento, detetar um cancro precocemente é cura-lo, é uma vantagem que também se nota nos gastos humanos inerentes a enfrentar um problema de saúde.

Gastar dinheiro em cuidados de saúde é um investimento numa maior qualidade de vida. A ideia é confirmada pelo Dr. Artur Osório, administrador do Grupo Trofa Saúde. “Um médico nunca deve dizer ao doente isso não é nada”, acrescenta, enquanto avalia o Sistema Nacional de Saúde.

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| EnTREvIsTA < sAÚDE E bEM EsTAR < GRUPO TROFA sAÚDE | 15

bINome: Dr. Artur Osório Data de nascimento: 3 de setembro de 1944 Passatempos: música, concertos, jardinagem e agricultura. Música: The Beatles e The Doors

E estamos doentes… Estamos lá por casa, no sofá a ver o Dr. House… Qual é a percentagem de ver-dade em que podemos acreditar? _Trata-se de uma teatralização da realidade, em circunstâncias dramáticas muito ampliadas. O Dr.House é o homem dos diagnósticos brilhantes, certo? (risos) Claro que tudo isso é muito ro-manceado. Numa equipa há sempre um médico estudioso, o homem que não se relaciona tão bem com os doentes, mas que é aquele que nas reuniões manda uns bons palpites porque lê muito. O médico que tem esta capacidade pode auxiliar aqueles que andam mais no terreno. O Dr. House representa esse homem de opinião, bem preparado, decisivo e decidido. Na verdade, a maioria das doenças que tratamos são banais, no entanto, o bom médico

é sempre o que se coloca ao lado do doente. Um médico nunca deve dizer ao doente “isso não é nada”, porque muitas vezes está a errar. Até prova em contrário, o doente tem sempre razão. Na mi-nha vida, já encontrei colegas que erraram diagnós-ticos porque desvalorizaram o que o doente dizia. É importante que nos coloquemos do outro lado, na circunstância do doente. O médico tem de ser muito atento, sensível e estudioso… E, sim, pode ter na equipa um Dr. House que lhe dê palpites perante situações mais esquisitas. De facto, hoje, um médi-co tem mesmo de se colocar ao lado do doente para ser melhor profissional. Às vezes, em pormenores, está o segredo do diagnóstico. Por isto é que a me-dicina não pode ser feita por computador, é uma arte. E é essencialmente a arte do saber ouvir.

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16 | TIAGO MOnTEIRO > ChEIO DE hOnDA! > EnTREvIsTA |

TIAGO MONTEIROChEIO DE hOnDA!É portuense e até já correu na Fórmula 1. Aos 36 anos, Tiago Monteiro, acelerou rumo a um novo desafio e está ao volante de um Honda Civic 5P no campeonato do mundo de WTCC. E para um experiente piloto... Qual será o extra obrigatório num carro de sonho?

Marca Portugal: Assinou pela Honda, este é um objetivo concretizado?_Tiago Monteiro: O meu objetivo mantém-se desde que entrei no WTCC, ser Campeão do Mundo. E por isso voltar a entrar numa equipa oficial foi um passo importante.

Como o próprio Tiago já disse, a Honda não entra em competição para “fazer número”… Pressão ou desafio?_Nem uma nem outra, é um objetivo ser bem sucedido e para isso é preciso trabalho e empenho.

Apaixona-o mais a velocidade ou a competição?_Ambas fazem parte de um todo para mim.

Tiago Vagaroso da Costa Monteiro… Não deixa de ser um nome curioso para um piloto! Consegue ser um condutor calmo no dia a dia?_É a ironia do destino (risos). Mas sim, sou bastante calmo no dia a dia porque a estrada não é uma pista de competição. Nos circuitos sim, ando nos limites.

E para terminar… Qual é o extra obrigatório num carro de sonho?_DVD’s para as crianças. (risos)

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QR CODEUma das tecnologias que mais se popularizou este ano, e da qual somos fãs, são os QR Codes.QR… Quê? Respire fundo!

O QR Code é um novo código de barras em 2D. O conceito nasceu no Japão, em 1994, e foi desenvolvido para a indústria automóvel com objetivo de ajudar a catalogar as peças dos carros na linha de produção.

A diferença básica entre o código de barras tradicional e o QR Code é que o primeiro é representado por uma série de faixas escuras e claras, acompanhadas de numeração. O QR Code, por outro lado, é composto por uma série de códigos decodificados numa imagem quadrada e representa uma grande de armazenamento de dados.

Para ter acesso aos conteúdos codificados no QR Code, o utilizador deve dispor de um telemóvel com câ-mara e descarregar a aplicação que permite ler o código. Ao apontar o telefone ao código, a conversão é imediata e terá assim acesso aos conteúdos.

EXPERIMENTE!!!

| TECnOLOGIA < QR CODE | 17

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18 | MPD > ECOnOMIZAR COM O AR COMPRIMIDO |

MPDECOnOMIZAR COM O AR COMPRIMIDO

Os carros movidos a ar comprimido são, ainda, uma realidade distante, mas o recurso a esta solução já faz parte do dia a dia no nosso país. Muito graças ao trabalho da MPD, os empresários portugueses já perceberam as mais valias do ar comprimido: quando se fala em economia e fiabilidade. Estive-mos em Albergaria, onde o também empresário António Marques apresentou a MPD. Sabe o que é o ar comprimido? Começamos exata-mente por responder a essa questão.

MP: Quando falamos de ar comprimido…_António Marques: Estamos a falar de todas as empresas! Da mais minuciosa (aquela que faz as pequeninas peças dos relógios) até, por exemplo, à indústria têxtil, as empresas trabalham com equipa-mentos de ar comprimido. O que os compressores fazem é aproveitar a energia do ar e comprimi-lo de forma que, depois, o possamos transformar em produto energético. Nos dias de hoje 99% das em-presas não trabalham sem ar comprimido, pois to-das as máquinas o usam.

Uma necessidade que ditou o nascimento da MPD…_A MPD nasceu em 2007. Como muitas empresas, nasceu do intuito de criar soluções no setor do ar comprimido, mas nasceu, também, com o objetivo

de dar algo diferente aos clientes. No nosso caso, a distinção faz-se a nível da manutenção, pois o know how que detemos permite-nos apoiar os clientes num todo. Nunca descuramos a apresentação e a venda de novos equipamentos o que nos faz ter uma postura ativa no mercado (e é uma mais valia). Até hoje nunca tivemos um departamento comercial: os nossos clientes são os nossos melhores com-erciais.

De resto, há palavras que definirem a MPD e que são basilares na empresa_Exatamente: eficiência energética, otimização de custos e fiabilidade são algumas delas.É com felicidade que digo que, até à data, nenhum dos nossos clientes nos trocou, isto tem apenas um significado: fazemos um trabalho que é eficaz sendo que esta é mais uma palavra e meta de todos os dias.

Há várias vantagens em optar pelas soluções de ar comprimido._Dou um exemplo. Há pouco fizemos um estudo para uma empresa têxtil que permitiu economizar cerca de 9 mil euros de energia, anualmente. Como reage a empresa? Está vendido o equipamento! Em tem-pos mais distantes, quando apresentávamos estas hipóteses aos empresários nacionais apenas havia

preocupação em saber o custo dos equipamentos. Hoje não. Hoje, os empresários querem perceber onde é que estes sistemas se tornam mais fiáveis e rentáveis e para que esta relação de confiança se desenvolvesse também foi precisa uma grande aposta nossa. Depois, outra das vantagens é uma manutenção muito escassa. Voltamos, portanto, à fiabilidade. E os equipamentos são isentos de óleo, logo o ar é totalmente respirável, embora também tenhamos soluções mais económicas.

Especificando, quais são as máquinas e produtos apresentados pela MPD?_Compressores e tratamento de ar comprimido; sistemas de distribuição de ar comprimido; gera-dores de azoto e oxigénio; e também a automação e eletrónica: a aposta mais recente. Cada vez mais, os compressores são baseados na eletrónica e por isso acreditamos na formação técnica de quadros experientes. Foi uma aposta ganha e que promete continuar em crescimento. São peças de muito des-gaste e queremos estar cá para prever os proble-mas dos clientes e dar respostas atempadamente. No entanto, vamos também expandir a nossa oferta aos compressores de grande caudal. Recordo que a MPD trabalha sempre com soluções chave na mão e, nesta área, será também a nossa aposta.

MPD

CORREsPOnDÊnCIA

Zona Industrial 9001 - Lote 101

3850 – 184 Albergaria a Velha

COnTATOs

Tel: 234 645 346

Fax: 234 647 307

COMUnICAÇõEs

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| EQUIPAMEnTOs ALIMEnTAREs E hOTELEIROs < GRUPO MAFIROL | 19

VISÃO E DINAMISMO

CORREsPOnDÊnCIAMafirol - Indústria de Refrigeração, SARua Alto do Vale do Grou, nº 956, 3750-872 Borralha, ÁguedaCOnTATOsTel: 234 610 400 Fax: 234 610 401COMUnICAÇõEs@:. www.mafirol.pt

Criada em 1965, em Águeda, a Mafirol – Indústria de Equipamentos, SA foi a primeira unidade fabril do grupo, hoje, líder nacional na área de estante-ria metálica. Com uma oferta bastante diversifica-da, que engloba mesas de saída, aramados, mobil-iário em inox e um vasto conjunto de expositores para fins diversos, a Mafirol desenvolve soluções personalizadas dirigidas tanto à distribuição ali-mentar como ao retalho especializado de sectores tão exigentes e diversos como os têxteis, calçado, papelaria, bricolage, multimédia, parafarmácias e muitos outros.

DA MERCERIA DE bAIRRO AO hIPERMERCADOA Mafirol desenvolve soluções versáteis preparadas para responder aos mais diversos requisitos dimen-sionais e conceptuais, tanto da pequena mercearia como do mais sofisticado hipermercado. Detentores da marca própria Mafirol, o grupo afir-ma-se através dela pelo profissionalismo, empe-nho, dinamismo, responsabilidade social e ambien-tal. O desenvolvimento da atividade assenta numa Política de Qualidade encarada simultaneamente como filosofia e prática de gestão para atingir a ex-celência.

RIGOR E vALOREsO grupo Mafirol afirma-se com um perfil de gestão dinâmica. Preconiza uma atitude de antecipação constante face às expectativas e necessidades do mercado. Transforma a inovação e a qualidade em princípios orientadores da atuação quotidiana. O grupo Mafirol é uma organização ambiciosa, que quer crescer, conquistar novos mercados, desen-volver novos e melhores produtos, mas sem jamais abdicar de valores ou esquecer as preocupações éticas, sociais e ambientais.

O grupo Mafirol dedica-se ao desenvolvimento, produ-ção, comercialização, instalação e serviço pós venda de equipamentos para exposição e venda dos mais diversos artigos na distribuição alimentar e hotelaria.

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VINHOS DO ALGARVE

Os vinhos portugueses estão, literalmente, nas bocas do mundo e ameal-ham cada vez mais prémios e distinções. Carlos Gracias da Comissão Vitivinícola do Algarve deu-nos a conhecer séculos de tradição e, tam-bém, as novas apostas dos produtores do sul.

Marca Portugal: Qual é a função da Comissão Viti-vinícola do Algarve? _Carlos Gracias: A CVA – Comissão Vitivinícola do Algarve -, tem como principais atribuições o con-trolo, a certificação e a promoção dos produtos vínicos produzidos na Região Vitivinícola do Algarve, garantindo a sua genuinidade, qualidade e rastrea-bilidade. É uma associação de caráter interprofissional, cons tituída por representantes dos interesses profis-sionais da produção e do comércio dos produtos vitivinícolas, com direito a Denominação de Origem Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGPAlgarve). A CVA tem ainda competências no acompanhamento, fiscalização e controlo do sector na região. No que concerne à promoção dos produtos certifi-cados, tem-se privilegiado a participação em ações junto dos consumidores, contatos com jornalistas e especialistas do setor e com a imprensa espe-cializada. Contamos ainda com a página na Inter-net (www.vinhosdoalgarve.pt) e no Facebook, ca-nais privilegiados de comunicação com os agentes económicos, consumidores e público em geral.

O cultivo da vinha é secular no Algarve, o que dis-tingue os vinhos do sul dos restantes produtos na-cionais? _É incerta a data exata em que a mítica bebida do Mediterrâneo – o vinho – teria chegado ao Algarve. Foram, porém, os Fenícios ou os Gregos que, a partir do século VIII a.C., permitiram os primeiros contactos da região com o vinho, uma bebida cara e de consumo muito restrito. A generalização do con-sumo e cultivo da vinha na região algarvia ocorrerá

nos séculos seguintes, com a chegada das legiões romanas. Existem ainda relatos da saída de uvas da região do Algarve para outras áreas do país, no início da dé-cada de 1880, aquando do ataque da “filoxera”, pois o Algarve era a única zona indemne à doença. Sem entrar em controvérsias ou bairrismos, diria que os “Vinhos do Algarve” aliam a sua localização única, de influência Mediterrânea e Atlântica, conferindo características especiais, determinadas essencial-mente pelo “Terroir” e competência do vitivinicul-tor e enólogo, podendo designar-se por vinhos de autor. Penso ainda que a estratégia da região deverá ser definida de acordo com os seus próprios objetivos e não em função do estado de desenvolvimento e tipo de produções das outras regiões.

Apreciar um bom vinho faz parte de ser português…

_Complementaria dizendo que “ap\reciar um bom vinho é cultura”. O consumo de vinho à refeição no seio das famílias portuguesas estava enraizado desde há anos, infelizmente, nos últimos anos, es-tes hábitos têm-se perdido, essencialmente pela alteração do seu modo de vida. É praticamente unânime, entre a comunidade cien-tífica, o reconhecimento dos efeitos benéficos do

consumo moderado de vinho. Nesta linha todo o sector dever-se-ia envolver na valorização da ima-gem do vinho associando-o à gastronomia e cul-tura local. É frequente nas suas viagens de lazer e profissionais as pessoas procurarem degustar os produtos locais, diria mais, que este ato deveria torna-se um imperativo. Assim, sendo o Algarve um destino turístico por excelência, seria aceitável que os nossos produtos pudessem ser adquiridos e estivessem disponíveis de uma forma general-izada a todos os consumidores. É esta a mensagem que tem de ser passada a todos os intervenientes, desde as entidades oficiais, passando pelos comer-ciantes até à restauração, esta com uma responsa-bilidade acrescida. Este tipo de atitude contribuiria com certeza para a sustentabilidade económica da região e das suas empresas, assim como para um melhor conhecimento e divulgação da cultura re-gional podendo mesmo funcionar como cartão-de-visita da própria região.

LOCALIZAÇÃO ÚnICA, sAbOR A COnDIZER

| EnTREvIsTA < vInhOs DO ALGARvE < CvA | 21

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22 | ChEF RICARDO COsTA> EsTRELA DO nORTE > EnTREvIsTA |

Marca Portugal: Chef, abrimos as hostilidades com a questão já mil vezes colocada... Têm os homens uma especial sensibilidade para a cozinha (esse território-pelas-mulheres dominado)?_Ricardo Costa: A sensibilidade para a gastrono-mia não se define pelo género, mas pelo trabalho e talento de cada um, seja homem ou mulher. No The Yeatman, conto com o apoio de dois subchefes, um homem e uma mulher, por isso para mim essa questão está bastante equilibrada.

O Chef já referiu que a sua cozinha está em evolução constante e sorve várias influências… Nesta altura mais complicada do ponto de vista macro económi-co impõe-se a frugalidade ou… pelo outro lado: é a altura perfeita para a “fantasia”?_No The Yeatman, pelo nível elevado de exigência e de qualidade, o nosso trabalho não é tão influencia-do pela questão económica, mas pela permanente vontade de melhorar o serviço ao cliente. A nossa cozinha evolui com base na experiência da equipa, na introdução de novas técnicas, no feedback dos nossos clientes. Estes sim são os critérios que ori-entam a nossa forma de trabalhar.

CHEF RICARDO COSTAEsTRELA DO nORTERicardo Costa é um português com duas estrelas Michelin ao peito. A primeira foi-lhe entregue em 2009 (quando estava na Casa da Calçada em Amarante). Este ano, recebeu outra distinção en-quanto Chef executivo do The Yeatman. Conhecido pela constante inovação que imprime às ementas, Ricardo Costa não dispensa o tradicional Leitão da Bairrada, enquanto destaca o peixe e os mariscos nacionais.O que conhecemos como típica cozinha portuguesa tem verdadeiramente uma essência lusa, ou é toda ela uma fusão de sabores recolhida pela diversi-dade de povos e culturas que se cruzaram nos nos-sos caminhos?_Existe realmente uma cozinha típica portugue-sa muito variada e diversificada de norte a sul do país, com diferenças culturais. A minha cozinha pretende refletir a tradição da gastronomia nacio-nal, reinventando-a através de novas técnicas e da minha visão pessoal, sempre sem deturpar a sua essência.

A distinção da Michelin mudou a sua carreira…_Naturalmente que ser distinguido com uma Es-trela Michelin, por duas vezes num curto espaço de tempo, é um enorme prestígio para mim e para a minha equipa. Trata-se de um reconhecimento in-ternacional muito importante para a profissão e que tem um grande impacto na carreira de um Chef.No entanto, o nosso objetivo é trabalhar sempre para o melhor nível de serviço ao cliente. A Estrela Michelin é uma consequência desse tra-balho diário.

O processo de criação, para o Chef é, de um prato é… (Doloroso? Saboroso? Um desafio?)_É sempre um desafio. Procurar descobrir as me-lhores combinações, surpreender, reinventar pra-tos dando-lhes uma nova abordagem. O processo criativo de um prato envolve muita investigação, ex-periências, tentativas algumas mais acertadas que outras, enfim, implica sairmos da zona de conforto e procurarmos criar e recriar coisas novas, que sur-preendam os clientes e enriqueçam a experiência.

Agora que se multiplicam os programas de cu-linária e a mediatização do Chef não para de au-mentar…. Há um em cada português?_Não, a palavra Chef tem um significado diferente e uma responsabilidade maior, mas acredito que cada vez mais, as pessoas vêm na gastronomia uma experiência. Seja a experiência de jantarem fora e experimentarem uma cozinha diferente, seja cozi-nharem em casa, para a família e os amigos. Por outro lado, assistimos também a um impor-tante crescimento na formação em restauração e hotelaria, que tem permitido uma nova geração com

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muito talento e formação adequada, o que está a ter um impacto muito positivo no setor gastronómico em Portugal.

(novamente pelas perguntas mil vezes feitas) Chef, qual é o seu prato favorito?_Gosto de experiências gastronómicas diferentes, como menus de degustação com vinhos. E gosto de pratos típicos da minha região, Aveiro, como a Cal-deirada de Enguias ou Leitão da Bairrada.

Nós somos a Revista Marca Portugal… Qual é o in-grediente português indispensável numa cozinha nacional que se preze?_A mais valia da gastronomia portuguesa é a sua variedade e qualidade de ingredientes, de onde se destaca o azeite, os enchidos, vegetais, sal, entre outros. Mas, na minha cozinha, considero que os peixes e mariscos são os principais ingredientes. Portugal é um dos países com melhor peixe e mariscos e que melhor os sabe cozinhar.

| EnTREvIsTA < EsTRELA DO nORTE < ChEF RICARDO COsTA | 23

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24 | RInUMA > MObILIÁRIO COM PERsOnALIDADE |

RINUMAMObILIÁRIO COM PERsOnALIDADEExemplo de sucesso motivador, a Rinuma surgiu da vontade de Joaquim Silva que decidiu criar o seu próprio emprego. O verão de 1989 viu nascer a empresa especialista em soluções chave na mão e se distinguem pela exclusividade. Venha conhecer esta marca portuguesa: garantimos que a sua casa agradece!

Marca Portugal: Quando nasceu a Rinuma e com que objetivos?_Joaquim Ricardo Silva: A Rinuma nasceu no verão de 1989 num espaço muito pequeno com apenas três pessoas. O objetivo original foi criar o meu próprio emprego. E percebi que havia um espaço que, à época, me parecia mal preenchido. Eu vinha do Canadá onde trabalhava, nesta área, e verifiquei que as propostas de mobiliário de cozinha moder-no vinham de fora. Assim, pensamos em começar um negócio aqui. O nosso caminho não foi fácil. O crédito às micro empresas na época (como agora, de resto) não era fácil e era caro. Crescemos de for-ma vagarosa e, agora sim, tratamos de decorações completas, como se designam: “chave na mão”.

Por trás dos vossos serviços de idealização de es-paços está também implícita a exclusividade, isto é, cada cliente é um caso…_Sim, exatamente. Existe a preocupação constante de cada cliente ser único o que obriga a que cada trabalho se identifique o mais possível com a per-sonalidade das pessoas que em nós confiam.

Entre o clássico e o moderno, a Rinuma distingue--se também pelo apoio técnico que é especiali-zado._O nosso trabalho é mais profícuo (em particu-lar nas cozinhas) quando temos oportunidade de

RInUMA

CORREsPOnDÊnCIA

Rua João Baptista Teixeira da Mota, 27

Tuías - 4630-288 - Marco de Canavezes

COnTATOs

Tel: 255 531 994

Fax: 255 531 997

COMUnICAÇõEs

@:. www.rimuna-moveis.pt

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acompanhar uma obra a partir de uma fase mais embrionária. Desse modo, podemos evitar que se-jam cometidos erros primários na localização de li-gações de águas, esgotos, pontos de luz e condições para boa extração de cheiros.

A Rinuma optou por fundir os seus espaços, numa clara mais valia para o cliente que pretende con-hecer várias opções…_A nossa presença física em termos de exposição está, agora, concentrada num grande espaço con-struído de raiz para o efeito em Marco de Canaveses (à EN 210) em vez dos dois espaços que dispún-hamos. Aqui temos dez cozinhas expostas, vários tipos de mobiliário de quarto, sala de estar e de jantar e todo o tipo de material de decoração, como papel de parede carpetes ou telas.

Portugal destaca-se no mobiliário, quais são as mais valias do produto nacional?_Penso que o mobiliário português se destaca por ter atingido níveis de qualidade muito altos a preços muito competitivos. No futuro próximo (sem ser adivinho) penso que as tendências passarão pelos milamines e afins. Por um lado devido a evolução económica da Europa, e por outro devido à, cada vez mais, alta qualidade dos mesmos. As nossas me-tas? São simples: tentar acompanhar as tendências e sobreviver.

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1736 PAsTILhAs PRODUZIDAs POR MInUTO Em 2012, e na mesma fábrica de Mem Martins, são produzidas 2,5 milhões de pastilhas elásticas por dia.As Gorila representam 50% do negócio da Lusiteca, e ao lado dos caramelos Penha, dos caramelos de fruta Circo e dos rebuçados Mouro foram alvo de uma mudança de imagem que relançou a marca no mercado nacional após 10 anos de ausência.O objetivo desta aposta na imagem e na comunica-ção – que acontece pela primeira vez na história da Lusiteca –é duplicar o volume de negócios: para 20 milhões de euros até 2016.

26 | GORILA > MÁQUInA DO TEMPO > REPORTAGEM |

GORILAMÁQUInA DO TEMPO

A história da marca portuguesa Lusiteca começou a escrever-se em 1968, com o negócio do embala-mento de produtos alimentares. Pimentão, pimenta, canela, açúcar e outros produtos eram empacota-dos na unidade fabril, em Mem Martins. Depressa, no entanto, o incremento do consumo ditou mu-danças e na década de 1980 a marca dedicou-se à confeitaria.Primeiro, vieram os populares rebuçados de tostão que não tardaram a dar lugar a drops com recheio, sortidos, de chocolate, de mel e caramelos de fru-tos secos (com as marcas Mouro e Penha). Depois, foi só continuar a mascar: em 1975, com as pas-tilhas Gorila, em 1981, com as Super Gorila, e, em 1988, com os rebuçados Circo.

Depois de provar, é impossível esquecer o sabor das pastilhas Gorila. Os mais velhos, com certeza, viveram momentos únicos que incluem as pastilhas made in Portugal. Final e felizmente os mais novos também podem viver as mesmas aventuras com o regresso, em força, da marca. Laranja e menta, e outros sabores para descobrir ou para recordar.

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| GORILA > MÁQUInA DO TEMPO > REPORTAGEM | 27

MARCAs LUsITECAGorila, Penha, Circo e Mouro

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CORREsPOnDÊnCIARua das Vagens 56Apartado 18, 2726-920 Mem Martins - Sintra - Portugal

COMUnICAÇõ[email protected]://www.facebook.com/Pastilhas.gorila

Na verdade, com esta aposta, não é só a Lusiteca que fica a ganhar. É que a maior parte da matéria prima utilizada nos diversos fabricos dos produtos que saem da fábrica de Mem Martins é também de origem nacional. Usando as pastilhas elásticas Gorila como exemplo, apenas a gome-base é im-portada. Assim, 75% das Gorila são elaboradas com produtos nacionais ou comprados a empresas por-tuguesas.

GORILA vInTAGEEmbora a marca tenha feito um lifting à imagem de todos os seus produtos, é inegável que a grande aposta foi nas pastilhas Gorila. O Formato Vintage é já um sucesso nacional, não se limitando a re conquistar os fanáticos da marca, mas também chegando aos novos públicos.“A Gorila Vintage tem o sabor clássico de menta de sempre mas agora mais intenso e duradouro, tem a coleção de cromos dos aviões - a mais famosa de sempre da Gorila - e uma embalagem preta, ele-gante e gourmet. A Gorila Vintage vem reafirmar a personalidade da marca: é um doce, quer ver todos à sua volta felizes e bem-dispostos porque acredi-ta que a vida é para ser vivida com alegria. É uma máquina do tempo: masca-se uma Gorila e tem-se 14 anos outra vez”, conclui a Lusiteca.

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28 | DAnIEL bEssA > COTEC > EnTREvIsTA |

DANIEL BESSA“MUITAs InICIATIvAs, POUCAs ACAbATIvAs”

Produtividade e inovação são conceitos distintos?

_Daniel Bessa: Produtividade é valor por hora de trabalho, por dia de trabalho. Chegados aqui, e se estivermos de acordo, a inovação só faz sentido se acabar em mais valor. Enquanto isto não aconte-cer trata-se apenas de esforços, de boas intenções, de coisas que podemos fazer de uma forma muito empenhada, mas em que – temos de reconhecer -há algum tipo de falhanço. Porque a inovação, no fim, tem de trazer mais valor. Muitas vezes os por-tugueses são caraterizados por um povo de muitas iniciativas e poucas acabativas. Aqui, na COTEC, somos obcecados com as acabativas, com os re-sultados, e a inovação é um dos caminhos para o aumento da produtividade. Não é o único, mas é um dos mais importantes nos dias de hoje. Nas circun-stâncias mundiais, em que há uma concorrência enorme de países com mão de obra muito barata e com custos muito baixos, se não formos capazes de inovar não conseguimos vender nada. Isto vale para Portugal, mas também para a União Europeia: já existe uma consciência muito clara de que a única forma de manter a competitividade, e dar emprego e rendimento às pessoas, é inovar. A inovação é, deste ponto de vista, instrumental, mas é talvez o instrumento mais poderoso de que dispomos e a que nos poderemos agarrar.

De resto, falamos em inovação, mas também em rigor e em eficácia… _Sim. Entramos quase que numa trilogia, o que eu chamaria valores eternos de uma gestão com re-sultados. É evidente que uma inovação que se leve a cabo sem rigor e sem sentido de eficácia acabará por não proporcionar os resultados dos quais pre-cisamos. Voltamos àquela coisa diletante, digamos, de termos muitas iniciativas, mas que no final não chegam onde têm de chegar.

Estamos efetivamente a fazer um ajuste devido ao momento difícil ou estamos a aprender a viver de acordo com as nossas possibilidades? _Na minha opinião, o nível de vida dos portugueses não era sustentável. Isto pode ser muito criticado, ouço logo que há muitos portugueses que vivem mal. A questão é que os 10 milhões de portugueses em casa, nas empresas, nos clubes de futebol, nas igrejas… Realmente tinham um nível de consumo para o qual não produziam. Portanto, endividaram-se até ao pescoço e agora não têm crédito e estão, realmente, a regressar a um nível de vida mais baixo. Custa muito, mas que é o único que podem-os sustentar enquanto não produzirmos mais. Há enormes mudanças a acontecer: está a gastar-se menos dinheiro e já há muito que nos convencemos que dentro das fronteiras vai ser muito difícil con-seguir vender o que quer que seja. O mercado in-

terno está muito retraído. E depois, há o mercado mundial, onde estão 7 mil milhões de seres huma-nos alguns com imenso poder de compra como os europeus, americanos ou japoneses e outros que não tendo tanto poder de compra são aos milhões como os brasileiros, os chineses ou indianos. Os portugueses sabem que a única forma de fazer crescer as empresas, para termos mais emprego e vivermos melhor, é exportar (e está a correr bem!).

No entanto, Portugal não é propriamente um país barato… _Portugal terá muita dificuldade em vender o que quer que seja como argumento o preço. Portan-to, temos de apresentar outros argumentos que são sobretudo a qualidade ou a diferenciação dos

produtos. Esta diferenciação é mais ampla do que qualidade. A razão pela qual me deve comprar é porque tenho aqui umas coisas que são melhores. E sendo melhores, não posso vender pelo preço mais baixo, mas talvez possa vender por um bom preço se comparado com os preços dos outros, que também têm coisas boas. Ser melhor não significa que se seja sempre o melhor em tudo, mas o que podemos dizer é “eu tenho aqui uns sapatos que são tão bons como os italianos – e isto é verdade -, são dos melhores sapatos do mundo. Não são mais baratos que os chineses, mas não é com isso que me quero comparar. Estou aqui a vender-lhe uns sapatos que são dos melhores do mundo, e mais baratos”. Isto sim. E quem diz sapatos, diz outras coisas.

Doutorado em Economia, Daniel Bessa é, desde 2009, diretor geral da COTEC Portugal - Associação Empresarial para a Inovação. Ex-minis-tro da Economia, Indústria, Comércio e Turismo no governo de António Guterres é, também, especialista em macroeconomia. Em entrevista à Marca Portugal o Professor reforçou conceitos que podem permitir ao nosso país alavancar-se nos mercados globais.

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| EnTREvIsTA < COTEC < DAnIEL bEssA | 29

Existe uma estratégia que os empresários portu-gueses devam definitivamente adotar para relan-çar a economia nos mercados globais? _Isso traz-nos quase à “Marca Portugal”. Temos um défice de imagem! Têm sido feitos muitos esforços para tentar melhorar esta situação… A questão cer-ta não é o que é que a “Marca Portugal” pode fazer pelos seus produtos, é o que é que os seus produ-tos podem fazer pela “Marca Portugal”. A “Marca Portugal” tem de se construir a partir dos produ-tos. Quando formos capazes de ir mundo adiante apresentar produtos bons os mercados começam a ligar o nome de Portugal à qualidade. Por exem-plo, o vinho. Portugal teve um campeão de vendas a nível mundial, o Mateus Rosé, mas hoje há imensos vi-nhos portugueses que são reconhecidos. Estes vinhos valorizam, Portugal e o facto de aparecerem nos tops dos rankings melhora a nossa imagem. O que não funciona é contratar uns consultores e ten-tar criar uma imagem nacional muito boa e, depois, os produtos não prestam. Temos hesitado nestas duas vias, investe-se tudo na questão da comuni-cação e até agora ainda não deu grande resultado porque os compradores não são estúpidos. Esta questão tem de ser resolvida devagar essencial-mente melhorando a qualidade dos produtos.

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ANJE

| ARTIGO DE OPInIÃO < FRAnCIsCO MARIA bALsEMÃO < PREsIDEnTE DA AnJE | 31

O GOODWILL DO PORTUGAL FAshIOn

um desfazer de preconceitos, mas sobretudo de uma maior aposta do tecido produtivo em fatores competitivos como a inovação, o capital humano, a diferenciação de produtos e a criação de marcas. Entre os setores que consubstanciaram esta aposta esteve, justamente, a Fileira Moda. Penalizada pela liberalização global do mercado, a Fileira Moda soube, ainda assim, reestruturar-se e está hoje melhor apetrechada para competir inter-nacionalmente. As marcas portuguesas de têxtil, vestuário, calçado e ourivesaria apresentam quer uma notória qualidade de produção, quer um de-sign cuidado e consentâneo com as tendências da moda. O Portugal Fashion (PF) contribuiu para esta mu-dança de paradigma da Fileira Moda e ainda para a sua recente internacionalização, ao organizar desfiles e showrooms em grandes passerelles mundiais. Com o apoio do projeto da ANJE, a moda portuguesa ganhou dimensão internacional e assu-miu-se como um dos emblemas do país no exterior. Neste sentido, a moda é um dos componentes da marca Portugal. Mas também o PF se tornou uma marca de suces-so e com reputação internacional. O seu goodwill extravasa, até, a moda tout court, na medida em que o projeto se insere na cultura contemporânea enquanto promotor de estilos de vida, padrões de comportamento e tendências estéticas. Por tudo isto, o PF é hoje uma referência de vanguardismo, criatividade e sofisticação do nosso país perante o exterior. Francisco Maria BalsemãoPresidente da ANJE Associação Nacional de Jovens Empresários

Durante muito tempo, a etiqueta “made in Portu-gal” retirou valor aos produtos/serviços nacio-nais, mercê de alguns preconceitos não apenas económicos mas também sociológicos e culturais em relação ao país. Consequentemente, a nossa competitividade foi prejudicada por uma perceção da marca Portugal desfasada da realidade. Com o desenvolvimento do país a partir da década de 90, Portugal passou finalmente a estar asso-ciado a uma ideia de modernidade, cosmopolitismo e inovação. Ideia essa que resultou não apenas de

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enquanto destino turístico está tão ligada à forma-ção, à qualificação e às Escolas do Turismo de Por-tugal. Porque é aqui que se percebe a importância de fazer com que o turista se sinta bem-vindo, que se sinta em casa. Recordo apenas que as 12 Esco-las de Hotelaria e Turismo, por nós geridas, for-mam a cada ano que passa mais de 3200 alunos, sem contar com as centenas de profissionais que aqui fazem a sua formação contínua. Um exemplo é o Welcome by Taxi, que possibilitou a mais de 200 taxistas receberem formação na área do acolhi-mento e da língua inglesa. Mas nós estamos sem-pre a inovar e a acompanhar as necessidades do mercado. Acabamos de celebrar um protocolo com o MNE que permitiu a cinco alunos das Escolas do Turismo de Portugal assumir o lugar de Chef em cinco embaixadas de Portugal em todo o mundo, onde vão poder usar a excelência dos seus conheci-mentos para promover a gastronomia portuguesa junto dos mais altos dignitários internacionais, aju-dando a construir uma imagem de modernidade e sofisticação.

TURISMO DEPORTUGAL

32 | FREDERICO COsTA > AQUI sInTA-sE EM CAsA! > EnTREvIsTA |

Podemos estar na praia de manhã, almoçar num restaurante de ele-vada qualidade, perto de um campo de golfe ou de uma marina. Mas, entretanto, decidimos fazer observação de aves num parque natural... Frederico Costa, presidente do Turismo de Portugal explica assim, facilmente, as várias opções que um turista encontra no nosso país. Mas há muito mais a descobrir…

_Turismo de saúde, turismo de natureza, turismo de aventura, turismo rural… Portugal é fonte ines-gotável de possibilidades?Frederico Costa: Portugal é um dos destinos turísti-cos com maior diversidade ao nível da oferta turísti-ca num espaço bastante concentrado. E essa é uma grande mais valia nacional, um fator que nos dife-rencia da nossa concorrência mais direta. Olhamos para uma região e ficamos surpreendidos com a di-versidade de produtos turísticos, muito difícil de en-contrar nos destinos concorrentes. Podemos estar numa bela praia de manhã, almoçar ao lado num restaurante de elevada qualidade, perto de um golfe ou de uma marina, mas decidimos fazer observação de aves num parque natural que fica também muito perto. Portugal é um país com uma grande varie-dade e complementaridade de produtos turísticos. Mas nós, no Turismo de Portugal, queremos ir mais além e explorar mais profundamente as potenciali-dades que o destino nos oferece._Numa altura em que temos (Portugal) de nos afir-mar pela diferença… Faz sentido apostar no tur-ismo como a marca nacional capaz de relançar a economia?

Eu diria que, mais do que fazer sentido, é um impe-rativo. O Turismo tem sido assumido pelo Governo como um setor vital para o relançamento da eco-nomia. Nesse sentido, o PENT – Plano Estratégico Nacional do Turismo para o período 2013-2015, um instrumento estratégico de crescimento destinado a todos os agentes do Turismo, públicos ou privados será lançado brevemente. Além de ser reconhecido como um dos melhores destinos do mundo, o Turis-mo tem um grande potencial de crescimento. Esse é também um dos objetivos do PENT. O Turismo é um setor que não só contribui para o crescimento económico – 43% das exportações de serviços e 14% das exportações totais -, para a criação de em-prego e para a modernização da economia, como é aquele onde Portugal tem uma vocação afirmada durante décadas. _ Para se tornar, definitivamente, um destino de relevo mundial precisamos de alargar ou de mel-horar a qualidade dos serviços?A nossa aposta Formação em Turismo é perma-nente. Porque um turismo mais qualificado pos-sibilita um melhor serviço e torna Portugal mais competitivo. É por isso que a nossa competitividade

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ERvAs FInAs > FLOREs bIOLóGICAs COMEsTÍvEIs > REPORTAGEM | 33

ERVAS FINASsEGREDOs QUE sE COMEM!Chegar à Ervas Finas é um género de aventura por um Portugal de exce-lência que apetece (com)provar. Alfaces, ervas e flores comestíveis coabitam num reino de harmonia e de alquimia da cor, do cheiro e das sensações que, adivinhamos, deliciam os palatos mais exigentes.Graça Soares é a mente por trás desta ideia: veste uma t-shirt verde onde se lê que as flores são a melhor coisa do mundo. Assenta perfeita-mente, mas está já gasta. É que dos tempos em que brincava no jardim com a avó até aos dias de hoje, a empresária nunca deixou de investir nesta forma única de estar na vida.

PAIXÃO EM FLôR“Comecei por construir um horto, na quinta dos meus avós, onde ia plantando e semeando as mais variadas ervas, plantas, legumes ou flores”. Quem o diz é Graça Soares, ciente que os momentos que viveu numa infância recheada de sabores inusitados trilharam o caminho de sucesso da Ervas Finas.O projeto nasceu em janeiro de 2006, em ambiente rural, numa aldeia próxima de Vila Real: a Fonteita.Ervas Finas foi o nome escolhido para este “jardim comestível” cultivado em modo biológico, feito de ervas aromáticas, de flores comestíveis, de le-gumes bebé e da micro flora autóctone portuguesa, mas também de outras espécies do mundo inteiro, que aqui encontraram a paixão e conhecimento necessários ao seu cultivo. Esta miríade de aromas, cores, formas e texturas permite aos profissionais de cozinha a recreação - à mesa - de um verdadeiro e ecológico jardim dos sentidos.Urtigas, baldroegas, dentes de leão, alfaces das mais variadas cores e texturas, tomates bebé, ce-nourinhas, cebolinhas, alecrins, alfazemas e oré-gãos, amores-perfeitos, groselhas negras, man-jericões púrpura ou physalis rivalizam na frescura, qualidade e na capacidade de inovar.Caraterísticas de uma produção feita com tamanho profissionalismo que não passou despercebida aos mais luxuosos restaurantes e hotéis do país.Caso para dizer que a Ervas Finas está na boca do mundo. De um mundo de saberes e de sabores rec-heados, também, de prestígio. No limite da capaci-dade de produção, e com a qualidade irrepreensível que lhe é reconhecida, Graça Soares tem uma lista de clientes que inclui o restaurante DOC, o Flor do Sal, a Casa da Calçada, o Aquapura ou hotéis como o Sheraton, o Tiara ou o Pestana.

UM JARDIM QUE É UMA sALADAO sorriso de satisfação da empresária deixa claro o orgulho que tem neste projeto, sobretudo quando se fala na salada jardim.Graça Soares criou o prato com o Chef Alexandre da Escola de Hotelaria de Lamego: a salada, que remete exatamente para a biodiversidade que en-contramos na Ervas Finas, é elaborada com cerca de 20 referências, entre variados tipos de alfaces, ervas e flores comestíveis.

Mas não ficamos por aqui. O interesse gastronómi-co que se vai gerando em torno da Ervas Finas é cada vez maior, e por isso são já 56 as referências de ervas, 30 as de flores comestíveis e cerca de 10 as de legumes bebé. A maior parte das sementes foram importadas, mas a empresária frisa, igual-mente, a importância da recolha na flora selvagem e espontânea da região.

WORKshOPs E PEDAGOGIAGraça Soares, que se levanta de madrugada e re-gressa a casa muito depois do sol se pôr, poderia dar-se como satisfeita com tanto sucesso. Afinal, não tem mãos a medir para as encomendas e os produtos da Ervas Finas são mais do que recomen-dados. Mas a empresária não volta as costas a um bom de-safio e por isso o projeto continua a crescer assente no desenvolvimento da componente pedagógica: o ensaio de práticas e as workshops fazem parte da ampliação da Ervas Finas. Os acessos “ao lugar” também precisam de uma re-

visão “da matéria dada”, mas nem este handicap faz

com que a empresária desista de continuar a pro-

duzir as mais finas ervas que Portugal pode provar..

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OPINIÃO VIPO QUE sE DIZ sObRE PORTUGAL...

IDEIA LUMINOSA!Foi passando de rede social, em rede social e é uma ideia que a Marca Portugal também promete concretizar:Neste Natal vamos comprar os presentes a pequenas empresas... à amiga que faz bijuteria e até tem uma página na internet, aos artesãos da nossa região, à vizinha que faz compotas caseiras, à loja de bairro, ao pasteleiro que faz aqueles doces únicos, ou no pequeno comércio tradicional… Juntos recuperamos a economia e garantimos um melhor futuro a todos!

“O meu Portugal inspira-me com sensações, atrib-utos, testemunhos do que foi, é, e ideias do que poderá vir a ser.Esta Nação outrora gloriosa, hoje ferida na marca liberdade deixa-me diariamente a pensar na razão pela qual devemos continuar a ter orgulho de ser portugueses e continuar a promover o que somos.Desde o mais nobre, ao mais caricato…”Miguel BelloVocalista dos Lullabye

“Esta marca-nos mesmo e diferencia-nos no con-texto da música dos povos do sul da Europa: o Canto e a Moda Alentejana.Tem um valor patrimonial único no Mundo, e quan-do a exponho em trocas culturais de amizade com gente de outros Povos, ela sempre surpreende pela riqueza melódica, e intenção do texto.Levo-a sempre comigo como elemento de identi-dade e encantamento de um povo tímido, afirma-tivo, rico em costumes e alguma melancolia: o povo português”.VitorinoCantautor

“Muitas vezes achamos que não. Mas estamos en-ganados. Portugal marca.Marca pela qualidade, pela inovação e pela au-tenticidade dos produtos. Até na comunicação das marcas sabemos dar cartas. Somos capazes de fazer bem e de deixar marca no consumidor. Portu-gueses, e não só, são capazes de reconhecer o ver-dadeiro valor de uma marca portuguesa.”Diana Bouça-NovaApresentadora de Televisão

“Mesmo havendo perdido a hegemonia espaço-territorial que tínhamos conquistado há alguns 500 anos atrás (em que debatíamos potências com outro país - esse todo, mesmo aqui ao lado), há algo que fica saneado e que nos é inato - a nossa cultura. Faça-se o que se fizer, diga-se o que se disser; é esse o pilar de sustentação da alma lusitana e o que de melhor temos para nos orgulhar e sobretudo preservar, e não me refiro só e apenas ao Fado... Eu canto, escrevo e exalto a língua de Camões, inde-pendentemente de assolado por uma qualquer cri-se ou estado de espírito que teime em me possuir”.ToZé SantosHomem dos 7 Instrumentos

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