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O A MELHOR INFORMAÇÃO DA ACTUALIDADE NACIONAL, MUNDIAL E DESPORTIVA 12 de Novembro de 2011 - Nº 3 Revista em-linha das comunidades portuguesas MÁX 13ºC MIN 3ºC DOMINGO MÁX 15ºC MIN 9ºC SEGUNDA FEIRA MÁX 14ºC MIN 7ºC TERÇA FEIRA MÁX 5ºC MIN 3ºC QUARTA FEIRA MÁX 6ºC MIN 1ºC QUINTA FEIRA Semanal Português

Revista O Semanal Portugues #3

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Foi lançada a 3ª edição (12 de Novembro) a revista, O Semanal Português. Como tema em destaque são noticias, vidas, lazer, desporto, viagem e muito mais. Totalement gratuito.

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  • OA melhor informAo dA ActuAlidAde nAcionAl, mundiAl e desportivA

    12 de novembro de 2011 - n 3

    revista em-linha dascomunidades portuguesas

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    QUINTAFEIRASemanal

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    le journal hebdomadaire portugais

    diteurMarie MoreiradirectriceNatrcia RodriguesAdministrAteurMarie MoreirardActeur-en-chefAnthony NunesinfogrAphisteMario Ribeiro

    OSemanal Portugus

    HebdomadaireFond le 29-10-2011Tl.: (514) 299-1593

    Courriel.: [email protected]

    Distribution gratuite. Tous droits rservs. Toute reproduction to-tale ou partielle est strictement interdite sans notre autorisation crite. Les auteurs darticles, photos et illustrations pren-nent la responsabilit de leurs crits.

    governo quer menosquatro feriadosMenos quatro feriados

    dois civis e dois religiosos a proposta do Governo para o prximo ano.

    Resta saber como reagem os parceiros sociais e a Igreja a esta proposta anunciada pelo ministro da Economia. No

    podemos ter tantos feriados e tantas pontes, disse lvaro Santos Pereira no Parlamen-to.

    Durante a discusso do Oramento do Estado para 2012, o ministro disse ainda que as empresas de trans-

    portes iriam falncia e mil-hares para o desemprego sem a reforma em curso. Sabem quanto custaria a cada portu-gus a eliminao da dvida das empresas de transportes?Cada portugus que trabalha

    e que j paga os seus impos-tos teria de reembolsar cerca de 3.360 euros para o paga-mento desta dvida, disse. Entretanto, o primeiro-minis-tro garantiu que Portugal no vai pedir um novo programa de ajuda externa. Por mais ajustamentos tcnicos que se faam, Portugal no pede um novo programa de ajuda, no est a pedir mais dinheiro, no est a pedir mais tempo, disse Passos Coelho. P

    Alemanha negadiviso do euroA chanceler alem garan-

    tiu que quer estabilizar a Zona Euro na forma actu-al, desmentindo notcias de uma diviso de pases da moeda nica e criao de umncleo duro.S temos um objectivo,

    estabilizar a Zona Euro na forma actual, o que pos-svel, se houver esforos suficientes nas reformas, afirmou Angela Merkel. Antes dela, o seu porta-voz, Michael Meister, disse que uma Zona Euro mais pequena seriamortal.A agncia Reuters noti-

    ciou citando uma fonte da Unio Europeia, que Ber-

    lim e Paris estavam a pen-sar reduzir a moeda nica a um ncleo forte.

    O desmentido foi ime-diato.A chefe do governo

    alemo disse ainda que a Itlia (o maior problema da Zona Euro) tem de recuperar a credibilidade e que importante um-rpido esclarecimento da questo da direco polti-ca em Roma.Mario Monti, antigo

    comissrio europeu e figu-ra respeitada a nvel inter-nacional apontado como o mais provvel primeiro-ministro num eventual governo tcnico.

    BANCOS MAISSEGUROS?

    A banca nacional pode necessitar de capitais do Estado, com even-tual nacionalizao a prazo, o que suscita a questo da segurana dos depsitos. Bancos mais capitalizados con-ferem mais segurana. No parece haver, na Zona Euro, abertura po-ltica a que os clientes possam perder depsi-tos, sob pena de uma corrida aos bancos que os responsveis euro-peus tudo faro para evitar. Existe um fundo de garantia que preten-de proteger 100.000 por titular/conta e que mesmo que no tenha capacidade para um desmoronar do siste-ma, pode servir de bi-tola a um auxlio aos depositantes num pro-blema desse tipo.Mais do que a proprie-dade ou o capital dos bancos, poder ser-mais relevante o mon-tante por conta/banco.

    FILIPE GARCIA

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    So ms notcias para os portu-gueses. Abastecer o depsito vai ficar mais caro a partir de se-gunda-feira. O comportamento dos mercados antecipa uma sub-ida dos preos da gasolina e do gasleo em Portugal na prxima semana.Os preos praticados pelas gas-

    olineiras tm como base a cota-o mdia da gasolina e do gas-leo nos mercados internacionais. E tendo em conta que, segundo dados da Bloomberg, nas duas ltimas semanas ambos subi-ram 4,85% e 0,92%, respectiva-mente, antecipa-se um aumento dos preos dos combustveis j a partir de segunda-feira.Contactada pelo Econmico,

    fonte dos Mosqueteiros (que controla os supermercados Eco-march e Intermarch) disse

    que a tendncia desta semana para uma subida de todos os combustveis. O preo do gas-leo poder aumentar em mdia mais de um cntimo e o da gaso-lina dever subir prximo de um cntimo por litro. Outras fontes do sector sondadas pelo Econmico apontaram para o mesmo sentido de subida dos preos. O preo de referncia do litro

    de gasolina em Portugal ac-tualmente de 1,564 euros en-quanto o do gasleo vale 1,444 euros. As cotaes podem no en-tanto variar nos postos de abas-tecimento, j que o preo fixado na rede tem ainda em conta o nvel de concorrncia, da oferta e da procura em cada mercado e o nvel de custos fixos de cada posto.

    Combustveis ficam mais caros na prxima semana

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    italianos nas ruas espera da demisso

    de BerlusconiPor Redaco

    O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, apresenta a

    renncia ao ainda este sbado. De acordo com comunicado da presidncia da Repblica, seria s 19.30 horas.Berlusconi prometeu apresen-tar a demisso ao presidente

    da Repblica, Giorgio Napoli-tano, aps a adopo pelo Par-lamento das medidas de ajuste exigidas pela Unio Europeia (UE) para superar a crise, o que j aconteceu na Cmara italiana.Milhares de pessoas concen-traram-se em Roma frente ao Parlamento e ao Palcio Qui-rinale, sede da presidncia. Al-gumas levaram cartazes com os dizeres Grazie Giorgio, dedicado ao presidente Gior-gio Napolitano, ou Finalmen-te!, em relao renncia de Berlusconi.

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    nacionalidade: norte-americanadata de nascimento: 24 de junho de 1980Profisso: Actriz

    As 100 mulheresmais bonitas de 2011

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    crnicAA europa derivaPara vencer a crise, o

    principal, na UE, contro-lar os mercados, impondo-lhes regras ticas, obede-cendo aos estados e no ao contrrio.

    A Unio Europeia (UE) est completamente desorien-tada e, com os mercados em crise de confiana, a descer e a subir, no tem qualquer estratgia para o futuro. Os que aparentemente man-dam - a chanceler Merkel e o senhor Sarkozy - levaram uma colossal bofetada sim-blica do primeiro-ministro Papandreou, quando este se props consultar o Povo grego. Ficaram completa-mente desorientados, como alis os mercados, os polti-cos europeus e os prprios protagonistas mundiais do G20, que se reuniram dois dias depois.

    Como foi isso possvel? Porque uma simples ideia poltica, lanada oportuna-mente por um poltico, em desespero de causa, descon-trolou os mercados e con-sequentemente os polticos que a eles obedecem. Donde se conclui que, para vencer a crise, o principal, na Un-io Europeia, controlar os mercados, impondo-lhes re-

    gras ticas estritas, de modo a obedecerem aos estados ditos soberanos e no ao contrrio, como tem vindo a suceder nos ltimos anos, para nossa desgraa.

    Ora isso que os polticos - e os dirigentes europeus - quase todos conservadores e muito ligados alta finana, teimam em no querer per-ceber. Mas a crise europeia e global, pela fora das circun-stncias, vai faz-los entend-er, porque o neoliberalismo, como ideologia, falhou em absoluto, como h duas d-cadas entrou em colapso a ideologia comunista e o seu universo. A Europa do euro sem um Governo financeiro e econmico e depois polti-co e um Banco Central ca-paz de fabricar euros, como os americanos dlares, no vencer a crise.

    Tem-se tornado, assim, ab-solutamente evidente que a UE, se no definir uma es-tratgia para manter os mer-cados, sob regras estritas - acabando com os parasos fiscais, as empresas de rat-ing e a chamada economia virtual - entrar rapidamente em decadncia. O fracasso total e humilhante da ltima reunio do G20, em Cannes,

    que Sarkozy pensava ser, para ele prprio, um grande sucesso poltico, foi, pelo contrrio, a demonstrao disso mesmo. Ora enquanto os estados aceitarem estar dependentes dos mercados e da especulao, tudo correr mal, como se viu. Por isso urgente que se mude de paradigma e que se substi-tuam as prprias instituies europeias, no sentido fed-eral de modo a terem fora prpria.No creio que Grcia v

    sucumbir, apesar da crise financeira, econmica, e agora poltica, em que est mergulhada.

    um Povo sbio, com uma histria nica, inventor da Democracia, que merece a solidariedade europeia, dado que os bancos especulativos alemes e europeus so to ou mais responsveis do que o Povo grego, pelo desastre financeiro em que se encon-tra. Mas agora a UE tem out-ra bomba de grande potncia prestes a explodir: a Itlia, terceira economia da zona euro e oitava mundial. um caso muito mais srio!

    Senhores responsveis polticos europeus, ateno, se a Unio no muda o mod-

    elo de desenvolvimento, acabando com a tirania dos mercados, estes vo con-tinuar com as suas especula-es e, atrs da Itlia, viro a Espanha, a Blgica, a Es-lovquia e, seguramente, a Frana... Nem com esta ameaa - e o desprezo dos responsveis do G20 - abrem os olhos?Portugal est a viver mo-

    mentos difceis. A chanceler Merkel disse que os pases vtimas dos mercados vo - cito - levar dez anos para se recompor.

    V-se que no pensa no sofrimento alheio nem isso lhe interessa.

    Os povos, tarde ou cedo, quando oprimidos, revoltam-se e acontece que frequent-emente fazem milagres.

    o que a histria nos en-sina, como foi o caso com a Alemanha de Leste e a sua unidade com o Ocidente. Se o momento chegar, como espero, as troikas, necessari-amente, tornar-se-o muito mais flexveis... Se no, com a economia paralisada e o desemprego a subir, para que serviriam os sacrifcios que nos impem?

    Mrio Soares

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    opiNioo vivo e puro amor de que sou feitoNem sequer aprendi a

    tomar conta de mim. De-senho vogais e consoantes e demoro sculos a achar as letras certas. O que ser morrer, morrer mesmo? O meu primo j sabe mas no me vai contar. Um dia aprenderei sozinho. Vi o meu pai, apenas perfil, na cama do hospital. Apenas perfil, garanto. O meu paiO meu primo morreu com

    uma coragem exemplar. Fui igreja numa tarde de muito calor e muito sol. Bebi uma gua num cafezito e desci para a capela. Algumas r-vores grandes. Outro defunto na capela ao lado. Eu no pensava em nada, nem sequer nele. Vazio apenas, como antes de comear um livro. Desce-se uma dzia de de-graus e encontram-se caixes, algumas flores, algumas pes-soas sentadas, outras a fuma-rem entrada. A mim tudo me pareceu esquisito. Caras conhecidas, caras desconhe-cidas. At que ponto conheo as caras conhecidas? Descon-versei um bocado, com a boca a falar sozinha porque eu em silncio. Cada vez emito me-nos sons, se calhar aprox-imo-me do fim das pilhas: qualquer dia imobilizo-me a meio de um passo, a meio de um gesto, numa rua qualquer ou numa passadeira de pees, com os automveis a buzina-rem. Suponho que algum h-de sair de um dos automveis e colocar-me na berma do passeio. Ento fico para ali, igual moblia quebrada que a camioneta da Cmara levar noite. Para onde? Sujeitos de luvas a entornarem-me no

    lixo. O meu primo dizia que gostava de mim. Passei anos a escrever no atelier dele. Ia numa frase e ele a fazer-me festas no pescoo- bom t-lo aquisem que eu entendesse o

    motivo dado que no tinha es-pao para conversas e levava o tempo s voltas com os pa-pis. Invernos frios como o caneco, de manta nos joelhos. Punha-me um aquecedor per-to, que tresandava a gs. E um candeeiro que, volta no volta, pifava. Em certas ocasies, de to cansado, adormecia sobre as pginas. Quase a dormir as palavras saam melhor. O fogo, o candeeiro e um con-tentor a jeito, a fim de rasgar l para dentro os pargrafos inteis e as resenhas de jornal que me trazia quando a edi-tora publicava um trabalho. Acontecia-me, acontece-me passar um olho vago numa ou noutra. Ainda no aprenderam a ler-me: tentam abrir a porta com a chave que trazem no bolso, pequenina, estreita. E surpreende-me que no vejam que basta empurrar a maan-eta com um dedo. O sorriso da mulher do meu primo, to corajosa quanto ele. Nenhum vento. Regressar a casa es-magado pelo excesso de luz. A urna fechada, com um pano em cima. Uma folha para as assinaturas. Assinei na folha o nome de quem j no pode assinar sozinho, mas pode as-sinar com os meus dedos. To-quei no peito de um homem que mora junto ao atelier. Grande, de uma inocncia de criana, cheio de bondade. Ao espalmar-lhe a palma na cam-isola espalmou a dele sobre a

    minha. No apenas cheio de bondade: puro de corao. Disse que toquei no peito de um homem que mora perto do atelier. To homem que no tem medo de ser mulher. Eu c me entendo. E, depois, vim para casa fazer isto. Na mesa do costume, na qual aguardo o prximo livro. Comeo dia 28 de novembro. Uma data completamente arbitrria a fim de obrigar-me a comear. Espreito roda, tudo o que h neste apartamento foi o meu primo que escolheu: no tenho tempo, nem pacincia, nem gosto, no fao a menor ideia de como se ocupam es-paos. No fao a menor ideia de quase nada, sou burro. No estou a brincar, a srio. Nem sequer aprendi a tomar conta de mim. Desenho vogais e consoantes e demoro sculos a achar as letras certas. O que ser morrer, morrer mesmo? O meu primo j sabe mas no me vai contar. Um dia apren-derei sozinho. Vi o meu pai, apenas perfil, na cama do hos-pital. Apenas perfil, garanto. O meu pai. E a minha cabea, de repente, cheia. Sentimen-tos, imagens, perguntas que diluam os sentimentos e as imagens, um turbilho de per-guntas. No quarto da clnica um dos meus irmos comeou a chorar. To esquisito tudo, to estranho. E mais pergun-tas, mais perguntas sempre. O que seria de mim se no escrevesse, povoado pelos meus ces negros? Agora, e at comear o livro, no ces-sam de rondar-me: sinto-lhes a respirao, o cheiro, a baba. Sinto-os roarem-me. Vejo-lhes as rbitas amarelas, os

    dentes. Os corpos grandes, grossos. Trotam-me em tor-no, avanam, recuam, no me mordem ainda. Estiveram na minha cama de hospital, esto aqui agora. Tensos, espera. Sei perfeitamente o que querem. Uma caixa com o meu primo, na capela mor-turia, as rvores, o cafezito onde bebi uma gua. O dono reconheceu-me- O senhor o Tal e Tal?e o Tal e Tal com o perfil do

    pai na ideia, a lembrana dele a subir as escadas duas a duas. Depois fui para Inglaterra encontrar-me com George Steiner. Tem o piano que per-tenceu a Darwin e uma data de tabuleiros de xadrez.- uma honra muito grande

    receb-lo insistia ele, enquan-to os meus ces negros fareja-vam os cantos. Falmos sobre a culpa, sobre a importncia da capacidade de perdoar.- O que voc escreve est

    cheio de perdo, como em Tchecov mas no lhe respon-di que no me perdoo a mim, enquanto na minha memria ecoava um verso de Cames.E o vivo e puro amor de

    que sou feito e toda a glosa a Aristteles no final do soneto, acerca da matria e da forma. Que forma tem o meu primo hoje, que nunca, penso eu, an-dou a cirandar em Aristteles? A quarenta metros do cafezito morou um amigo do Tal e Tal e eu com saudades dele. Cla-ro que me recordava das r-vores mas pareciam-me mais pequenas nessa poca. Poisa nem que seja um dedo no meu ombro, p, tem pacin-cia. Estou to necessitado de um dedo no ombro.

    Antnio Lobo Antunes

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    diABetes

    doenA crnicA cArActerizAdA pelo Aumento dos nveis de AcAr

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    o que a diabetes

    doenA crnicA cArActerizAdA pelo Aumento dos nveis de AcAr

    A diabetes uma doena crnica caracterizada pelo aumento dos nveis de acar (glucose) no sangue. quantidade de glucose no sangue, chama-se glicemia. Ao aumento da glicemia, chama-se: hiperglicemia. A Diabetes uma situao muito frequente na nossa so-

    ciedade e a sua frequncia aumenta muito com a idade, atingindo os 2 sexos. Em Portugal, calcula-se que exis-tam entre 400 a 500 mil pessoas com Diabetes.

    As causas da diabetes

    A diabetes uma doena que resulta de uma deficiente ca-pacidade de utilizao pelo nosso organismo da nossa prin-cipal fonte de energia a glucose. Muitos dos alimentos que ingerimos so transformados em glucose no nosso aparelho digestivo. Ela resulta da digesto e transformao dos ami-dos e dos acares da nossa alimentao. Depois de absor-vida, entra na circulao sangunea e est disponvel para as clulas a utilizarem.

    Para que a glucose possa ser utilizada como fonte de ener-gia, necessria a insulina. A hiperglicemia (acar elevado no sangue) que existe na

    Diabetes, deve-se em alguns casos insuficiente produo, noutros insuficiente aco da insulina e, frequentemente, combinao destes dois factores. Se a glucose no for utilizada, acumula-se no sangue (hip-

    erglicemia) sendo depois, expelida pela urina. A insulina produzida nas clulas dos ilhus de Langer-

    hans do pncreas. O pncreas um rgo que est junto ao estmago e fabrica muitas substncias, entre elas a insulina. A insulina fundamental para a vida. A sua falta ou a insu-ficincia da sua aco leva a alteraes muito importantes no aproveitamento dos acares, das gorduras e das prote-nas que so a base de toda a nossa alimentao e constituem as fontes de energia do nosso organismo. Existem vrios tipos de Diabetes mas, de longe, a mais fre-

    quente (90% dos casos) a chamada Diabetes Tipo 2. O que a diabetes de tipo 2A Diabetes Tipo 2 tambm conhecida como Diabetes No-

    Insulino Dependente, ocorre em indivduos que herdaram uma tendncia para a Diabetes (tm, frequentemente, um familiar prximo com a doena: pais, tios, ou avs) e que, devido a hbitos de vida e de alimentao errados e por vezes ao stress, vm a sofrer de Diabetes quando adultos. Quase sempre tm peso excessivo e em alguns casos so mesmo obesos, sobretudo tm barriga. Fazem pouco ex-

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    erccio fsico e consomem calorias em doces e/ou gorduras em excesso, para aquilo que o organismo gasta na activi-dade fsica. Tm, com frequncia, a tenso arterial elevada (hipertenso arterial) e por vezes gorduras (colesterol ou triglicridos) a mais no sangue (hiperlipidemia). Na diabetes tipo 2 o pncreas capaz de produzir insulina.

    Contudo, a alimentao incorrecta e a vida sedentria, com pouco ou nenhum exerccio fsico, tornam o organismo re-

    sistente aco da insulina (insulinorresistncia), obrigando o pncreas a trabalhar mais (e mais), at que a insulina que produz deixa de ser suficiente. Nessa altura surge a Diabe-tes. O excesso de peso e a obesidade esto intimamente rela-

    cionados com a diabetes. A reduo do peso contribui, nes-tas situaes, de uma forma muito sensvel para o controlo da glicemia. Mesmo uma pequena diminuio do peso tem

    reflexos benficos na glicemia. As pessoas com diabetes tipo 2 tm frequentemente insu-

    linorresistncia. O excesso de gordura, sobretudo abdomi-nal, contribui para esta insulinorresistncia e, consequent-emente, para o aumento da glicemia. O que a diabetes de tipo 1A Diabetes Tipo 1, tambm conhecida como Diabetes Insu-

    lino-Dependente mais rara (a sua forma juvenil no chega

    a 10% do total) e atinge na maioria das vezes crianas ou jo-vens, podendo tambm aparecer em adultos e at em idosos. Na Diabetes do Tipo 1, as clulas do pncreas deixam de produzir insulina pois existe uma destruio macia destas clulas produtoras de insulina. As causas da diabetes tipo 1 no so, ainda, plenamente conhecidas. Contudo, sabe-se que o prprio sistema de defesa do organismo (sistema imunitrio) da pessoa com Diabetes, que ataca e destri as

    diABetessade

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    suas clulas b. Estas pessoas com Diabetes necessitam de teraputica com

    insulina para toda a vida porque o pncreas deixa de a poder fabricar. A causa desta Diabetes do tipo 1 , pois, a falta de insulina e no est directamente relacionada com hbitos de vida ou de alimentao errados, ao contrrio do que acon-tece na diabetes Tipo 2.

    A diabetes que aparece na gravidez:

    Diabetes gestacionalExiste, ainda, a Diabetes que ocorre durante a gravidez:

    a Diabetes Gestacional. Esta forma de diabetes surge em grvidas que no tinham Diabetes antes da gravidez e, ha-

    diABetesbitualmente, desaparece quando esta termina. Contudo, quase metade destas grvidas com Diabetes viro

    a ser, mais tarde, pessoas com Diabetes do tipo 2 se no forem tomadas medidas de preveno. A Diabetes Gestacional ocorre em cerca de 1 em cada 20

    grvidas e, se no for detectada atravs de anlises e a hip-erglicemia corrigida com dieta e, por vezes com insulina, a

    gravidez pode complicar-se para a me e para a criana. So vulgares os bebs com mais de 4 Kg nascena e a necessi-dade de cesariana na altura do parto. Podem, por exemplo ocorrer abortos espontneos. Outros tipos de diabetesExistem outros tipos de diabetes que no tipo 1 ou 2. Por

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    diABetesexemplo a diabetes tipo MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young) que afecta adultos jovens mas tambm ado-lescentes e crianas. Apresentam-se com caractersticas de diabetes tipo 2 e so causadas por uma mutao gentica que leva a uma alterao da tolerncia glucose. So situa-es muito raras. Outras causas de diabetesH outras causas bastante mais raras de Diabetes como

    por exemplo, doenas do pncreas como alguns tumores e a pancreatite provocada pelo lcool. Os sintomas

    Quando a glicemia muito elevada, podem existir sin-tomas tpicos.

    Sintomas tpicosUrinar em grande quantidade e mais vezes - POLIRIASede constante e intensa - POLIDPSIAFome constante e difcil de saciar - POLIFAGIASensao de boca seca - XEROSTOMIAFadigaComicho no corpo (sobretudo ao nvel dos orgo genitais)Viso turva

    Sintomas na criana e no jovemQuase sempre na criana e nos jovens a diabetes do tipo

    1 e aparece de maneira sbita e os sintomas so muito nti-dos. Sintomas na criana e jovensUrinar muito (por vezes, pode voltar a urinar na cama)Ter muita sedeEmagrecer rapidamenteGrande fadiga com dores muscularesComer muito sem nada aproveitarDores de cabea, nuseas e vmitos

    Quaisquer dos outros sintomas j atrs referidos podem tambm estar presentes. Perante estes sintomas, o diagnstico de Diabetes deve ser

    rpido, seguido do incio do tratamento com insulina pois, se o no fizer, a pessoa com Diabetes entra em Coma Diab-tico e corre perigo de vida.

    Sintomas do adultoA grande maioria dos adultos com Diabetes aps os 35

    anos so do tipo 2. No adulto habitual a Diabetes no dar

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    diABetessintomas no seu incio e, por isso, pode passar desperce-bida durante anos. O sin-tomas s aparecem quando a glicemia est muito elevada e, habitualmente, de modo mais lento que na criana ou jovem. Contudo, o acar elevado

    vai provocando os seus es-tragos mesmo sem se dar por isso. E essa a razo pela qual, s vezes, j po-dem existir complicaes (nos olhos, por exemplo) quando se descobre a dia-betes. Uma pessoa pode ter uma

    Diabetes, impropriamente chamada, ligeira, a qual s descoberta ao realizar uma anlise de sangue ou ao apresentar alguns dos sintomas pouco marcados j referidos e que levam sus-peita do diagnstico. Quem est em risco de se tornar uma pessoa com

    DiabetesA Diabetes tem vindo a au-

    mentar assustadoramente. uma doena em expanso nos pases em desenvol-vimento que atinge cada vez mais pessoas e cada vez mais em idades mais jovens. Sabe-se, contudo, que tm mais probabilidade de virem a ser pessoas com Diabetes. Factores de RiscoAs pessoas que tm fa-miliares prximos com DiabetesOs obesos ou todos os que se deixam engordar, sobretudo na barrigaQuem tem a tenso arte-

    rial alta ou nveis eleva-dos no sangue de coles-terolAs mulheres que tiver-

    am diabetes na gravidez ou filhos com peso na-scena igual ou superior a 4Kgs

    Os doentes com doenas do pncreas ou doenas end-crinas

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    Bolo dechocolate tucano

    receitAsGastroNomia

    INGREDIENTES:200g de manteiga sem sal200g de acar180g de farinha (ou menos, se preferir mais hmido)8 ovos200g de chocolate de culinria

    Para a cobertura:100g de chocolate de culinria para derreter + 50g para ralar1 colher (sopa) de manteiga30ml de leite

    PREPARAO:Aquecer o forno a 150C. Separam-se as gemas das claras. s gemas junta-se o acar e mexe-se. Depois batem-se as claras em caste-lo. Num tacho, derrete-se o chocolate com a manteiga. Junta-se esta mistura s gemas e depois envolvem-se as claras em castelo.Por fim, deita-se a farinha ao preparado e mexe-se muito bem. Leva-se ao ao forno, numa forma untada com manteiga, durante 45 minutos, no tabuleiro de baixo do forno.Para a cobertura, derrete-se o chocolate com a mantei-ga e leite. Cobre-se o bolo com o chocolate derretido e a raspa de chocolate.

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    GastroNomia

    receitAsfrango estufado com cenouras,

    ervilhas e cogumelos

    INGREDIENTES:1 cebola grandinhaFrango100 gr. de ervilhas2 cenouras2 colheres (sopa) de polpa de tomate1 colher (sopa) de colorau1 copo de vinho branco1 lata de cogumelosSal e pimentaAzeite

    PREPARAO:Coloque um tacho ao lume com o azeite. Acrescente a cebola previamente bem picada e deixe cozinhar at esta ficar douradinha. Adicione o frango partido aos pedaos, a polpa de tomate, o colorau, sal, pimenta e o vinho branco. Deixe cozinhar durante alguns minutos.Junte dois copos de gua, as ervilhas e as cenouras, misture bem e deixe cozer.Acrescente os cogumelos, verifique os temperos e deixe cozinhar at o frango estar cozido e o molho cremoso.Retire e sirva de imediato, acompanhado de arroz branco.

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    O Semanal Portugus

    lendAs de

    portugAlVariedade

    lenda do pastor da corrente de ouroH muitos anos, havia, na vila alentejana de Benavila,

    dois castelos ocupados por fidalgos rivais: de um lado, um espanhol poderoso chamado Gonzalez Butrn; do outro D. Pedro de Miranda. Para evitar distrbios, es-tas duas famlias evitavam-se, esperando, muito embora, cada uma que a outra abandonasse aquela terra. Nesse sentido, D. Pedro fez saber a Gonzalez Butrn que de-veria ser ele a partir porque ocupava terra portuguesa. Este conselho caiu, obviamente, mal entre os Butrn, o que levou o espanhol a engendrar uma vingana.

    D. Pedro tinha uma filha de doze anos, a bela Madalena, admirada por quantos viviam perto dela. Contudo, a jovem no podia sair dos seus domnios devido s tais rivalida-des. Assim, numa tarde solarenga, Madalena espreitava o campo atravs das frestas das janelas do ptio. Parecia es-perar algum, pois vigiava o interior e o exterior da casa. A donzela amava em silncio Jos, um pastor de quinze anos, endinheirado, mas sem pergaminhos aristocrticos. Todas as tardes, ao regressar com o rebanho, ele vinha falar sua amada. Nesse dia, Jos vinha apressado. Madalena foi sorrateiramente ao seu encontro saber o que se passava. O pastor vinha avisar o seu pai que Gonzalez Butrn lhe pre-parara uma cilada junto ponte. Madalena pediu-lhe, ento, que corresse at ao campo onde estava o pai e lhe desse tal notcia, mas que no se deixasse apanhar e, sobretudo, que no revelasse o amor que os unia. Jos assim fez. A uns 200 metros da ponte, encontrou D. Pedro de Miranda que, sur-preendido, lhe perguntou:- O que queres de mim?Jos no perdeu tempo.- Senhor, venho avisar-vos que perto da ponte est prepara-

    da uma emboscada contra vs.D. Pedro percebeu logo que Butrn estava por detrs de

    tudo. Imediatamente mandou um dos criados que o acom-panhava verificar se o pastor falava verdade, mas antes per-guntou-lhe porque o avisara. Atrapalhado, Jos respondeu que era portugus e que D. Pedro estava em perigo. Quando o criado voltou, confirmou a cilada. Agradecido, D. Pedro tirou uma corrente de ouro que trazia ao peito e deu-a ao pastor, dizendo:- Vai! Hei-de compensar-te melhor!Jos retorquiu que tinha o seu gado e a sua casa, apenas

    queria a simpatia do pai de Madalena. O fidalgo, contudo, insistiu:- Se algum dia precisares de mim, basta que me mostres

    essa corrente de ouro.Entretanto, trs anos passaram. O senhor de Butrn vendeu

    os terrenos em Benavila a um sobrinho de D. Pedro que voltara da guerra contra os infiis. Logo, o fidalgo portugus pensou casar a filha com ele. Porm, Madalena amava Jos. O nico que sabia deste amor era o seu confessor e, como esta chorava noite e dia, conseguiu que o bispo no autor-izasse o casamento, invocando o parentesco prximo entre ela e o primo. D. Pedro no ficou satisfeito e fez novo pe-dido. Porm, o sobrinho, um homem de poucos escrpulos, engendrou outro meio de obter a licena.Numa noite de Inverno de muita chuva e vento, quando

    Madalena se despedira dele para se ir deitar, algum lhe co-municou que o primo lhe rondava o quarto. A jovem logo se fechou chave. No mesmo instante, comeou a ouvir uma cano conhecida: a msica preferida de Jos. Madalena correu janela. No varandim estava o seu amado. Vinha preveni-la que o primo tinha arranjado uma chave do quarto dela e que a todo o momento iria entrar para a comprometer a casar-se com ele. A nica soluo era Madalena fugir para um convento e de l contar tudo ao pai.Madalena hesitou, mas ao ouvir os passos do primo, ex-

    clamou:- Vamos descer! Prefiro ficar no convento para sempre a ser

    esposa dum homem que detesto!Entretanto, o primo entrou no quarto, chamou pela jovem.

    Como no obtivesse resposta e visse a janela aberta, correu para ali. Vendo uma corda pendurada e o par de apaixonados que descia apressadamente, ficou cheio de cimes; num acto de desespero, pegou na espada que trazia e cortou a corta dum s golpe. Ouviu-se, ento, um grito horrvel. Madalena e Jos tinham cado e encontrado a morte na queda. Os ces comearam a ladrar, acordando toda a gente. O assassino, ao fugir, esbarrou ainda com D. Pedro que subia a escada. Exclamou que tinha impedido uma fuga; depois, saiu e desapareceu. O pai de Madalena correu para o quarto da filha. Abeirando-se da janela, viu os dois corpos abraados sem vida no fosso do castelo. Gritou aos criados que lhos trouxessem. Viu, ento, ao peito de Jos a corrente de ouro to sua conhecida. Levou as mos ao rosto e assim ficou chuva e ao vento at que o obrigaram a regressar a casa.Dias depois, no local onde os dois amantes tinham mor-

    rido, D. Pedro mandou erguer uma cruz com a seguinte in-scrio:Jos e Madalena. Rezem um padre-nosso por suas al-

    mas.

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    Variedade

    A idade do ferroNeste perodo, em que se forma o substracto tnico da Penn-

    sula, enquadram-se dois processos de enorme importncia para o desenvolvimento peninsular: a colonizao grega e a poca da influncia cartaginesa. o perodo em que a Pennsula Ibrica vai jogar um importante papel nos interesses das grandes potn-cias mediterrnicas, principalmente pela sua riqueza em metais. A metalurgia do ferro, nascida no Prximo Oriente nos sculos XIV-XIII a.C., s se desenvolveu verdadeiramente na Pennsu-la depois de 900 a.C., com a invaso dos povos indo-europeus (celtas) e as colonizaes dos povos mediterrnicos (fencios e gregos). Esta dupla origem reflecte-se no prprio territrio por-tugus, pois, no sul, a Idade do Ferro tem predominantemente influncias mediterrnicas e, no norte, sofre a influncia dos in-vasores indo-europeus. Estes movimentos migratrios teriam procedido, os mais antigos, do norte de frica, e, os seguintes, da Europa de Leste. O territrio portugus serviu de ponto de encontro de povos de vrias origens que aqui acabaram por se misturar. Trata-se de um perodo em que a Pennsula Ibrica foi sendo influenciada progressivamente pelo mundo mediter-rnico - primeiro, pelos fencios, gregos e cartagineses e, fi-nalmente, pelos romanos, ainda que essa forte influncia seja marcada por fortes tenses com as populaes de origem con-tinental. Entre as vrias culturas da Idade do Ferro peninsular, podemos destacar a que se estende entre os rios Vouga e Douro at ao Cantbrico, abrangendo o Norte de Portugal, a Galiza e as Astrias - a cultura castreja. A populao vivia em castros ou citnias (em Portugal, so clebres os de Briteiros e Sanfins), em que as casas eram, na maioria, de planta redonda e telhado cnico. Os celtas conheciam j o uso do ferro e praticavam a agricultura e a pastorcia. A sua chegada fez aumentar a popu-lao na zona central da Pennsula, que at ento era pouco po-voada. Foi durante este perodo que apareceu um novo tipo de povoamento: os castros, povoaes de casas de pedra cobertas de colmo e situadas em locais altos. Os celtas apresentavam so-bre os outros povos grandes vantagens, pois o ferro era, no s mais abundante que o estanho e cobre, como mais duradouro. Os novos instrumentos permitiam um melhor trabalho da terra, o que fazia aumentar as colheitas e, ao mesmo tempo, melhorar as condies de vida, o que levou a um aumento demogrfico. Os monumentos de maior interesse deste perodo so as con-strues funerrias onde se incineravam os corpos. Predomi-nam tambm esculturas rudemente executadas de guerreiros e animais, que reflectem uma cultura rude e arcaica. A melhor criao artstica destes povos foi a ourivesaria, que se vinha desenvolvendo desde a Idade do Bronze e era favorecida pela riqueza da pennsula em ouro e prata.

    A herana muulmanaEm relao ao territrio portugus propriamente dito,

    a ocupao muulmana identifica-se com um perodo de grandes transformaes no quadro geopoltico, so-cioeconmico e cultural. Apesar de o actual territrio portugus estar longe dos grandes centros urbanos do poder muulmano, estes deixaram-nos muitos vest-gios culturais e materiais. Embora estes se encontrem tambm no norte e centro de Portugal, no Alentejo e Algarve que se recolhem mais informaes, em cidades como vora, Beja, Elvas, Alccer do Sal, Serpa, Mrtola, Moura ou Silves. Em Alccer do Sal, so ainda visveis as muralhas de taipa; em Serpa e Moura, foram encontra-dos conjuntos de cermica muulmana; e, em Mrtola, a actual igreja matriz foi uma mesquita almada, da qual ainda so visveis muitos dos elementos primitivos. No mbito da vida quotidiana, herdmos dos muulmanos os fundamentos das tcnicas agrrias e de construo, os princpios de pesos e medidas, a numerao, vocbulos ligados s actividades que desenvolviam e toponmia, e aspectos ligados organizao administrativa e militar.

    A Idade do BronzeApesar de continuar a haver grande desconhecimento

    sobre a Idade do Bronze no territrio portugus, j hoje possvel, segundo alguns autores, ensaiar algumas concluses. Um dos factos a apontar a existncia, neste perodo, de uma tradio de contactos martimos entre as populaes do litoral peninsular e as da Bretanha e Ilhas Britnicas. Para alm desta troca de influncias, no h dvida de que neste perodo h movimentaes de popu-laes centro-europeias na direco do ocidente (Penn-sula Ibrica). Tambm no sul da pennsula se alargam as ligaes comerciais com o Mediterrneo, principalmente entre o reino de Tartessos e fencios e gregos. Tero sido estes navegadores que, em busca de estanho, trouxeram Pennsula o conhecimento do bronze. Os tipos de pov-oamento da Idade do Bronze continuam a ser os mesmos do perodo anterior. J a cermica, por exemplo, perde a riqueza de decorao, e as sepulturas so normalmente individuais, com variado esplio de armas e objectos de adorno de cobre e de bronze. A investigao recente veio permitir a identificao de povoados pertencentes ao perodo de Bronze Final, embora com caractersticas diferentes de regio para regio e que certamente tm a ver com a expanso e a direco das rotas comerciais, que fez variar o tipo de povoaes, as sepulturas, a estrutura social e a arte.

    histriA de

    portugAl

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    destinoscarabas

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    caminhando para as BahamasViaGem

    As Bahamas ou Baamas so um pas do Caribe, situado entre o oceano Atlntico, a nordeste, e o mar das Carabas, a sudoeste. Os territrios mais prximos so a colnia britnica de Turks e Caicos, a sueste, os Estados Unidos, a noroeste, Cuba, a sudoeste, e o Haiti, a sudeste. Sua capital Nassau.Convenientemente localizadas a menos de 100 milhas da

    costa da Flrida, com um timo clima - com mdia de pouco mais de 32 grau - e com um um mar cristalino de guas azuis

    turquesa e praias de areia branca perolada, as ilhas das Ba-hamas so uma dos principais destinos tursticos mundiais.HistriaO arquiplago de Bahamas (nome derivado do espanhol

    bajamar, mar baixa), foi habitado por ndios arauaques antes da chegada de Cristvo Colombo, em 1492. Ocupa-das por ingleses desde o sculo XVI, as Bahamas serviram de refgio a piratas. A lavoura de algodo entra em declnio com o fim da escravido, em 1834. Aps a II Guerra Mun-dial, cresce o turismo no pas.Lynden Pindling, do Partido Liberal Progressista (PLP),

    de maioria negra, torna-se primeiro-ministro em 1967, de-pois das primeiras eleies legislativas no pas. Em 1973, as Baamas conquistam a independncia. Nas eleies de 1992, o Movimento Nacional Livre (FNM) obtm maioria. Pin-dling, denunciado por corrupo, substitudo por Hubert Alexander Ingraham na chefia de governo. A vitria do FNM nas eleies de 1997 atribuda aos resultados econmicos

    positivos, e ao envolvimento do PLP em escndalos finan-ceiros. A passagem do furaco Floyd pelo pas, em 1998 provoca srios danos e prejudica o turismo.

    GeografiaA maior ilha das Bahamas a ilha de Andros, no ocidente

    do arquiplago. A ilha de New Providence, a leste de An-dros, onde se localiza a capital, Nassau, e onde mora cerca de dois teros de toda a populao do pas. Outras ilhas im-

    portantes so a Grande Bahama no norte e Ingua a sul.A maior parte das ilhas formaes de coral so rela-

    tivamente planas, com algumas colinas baixas e arredonda-das, a mais alta das quais o monte Alvernia, na ilha Cat, com 63 m de altitude. O clima local tropical, moderado pelas guas quentes da corrente do Golfo, com furaces e tempestades tropicais frequentes entre Maio e Outubro.A lngua oficial o ingls, mas a maioria da populao fala

    o crioulo baamiano, de origem inglesa

    PolticaAs Bahamas so um pas independente, mas continuam sob

    a tutela poltica da coroa britnica, e fazem parte da Com-monwealth of Nations. As polticas e tradies jurdicas so similares s do Reino Unido.A Rainha Elizabeth II comanda o estado, representada por

    governadores-gerais. O primeiro-ministro o comandante do governo e lder do partido com mais assentos no parla-

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    caminhando para as Bahamasmento. O atual governador-geral Arthur Dion Hanna e o atual primeiro-ministro Hubert Alexander Ingraham. Os senadores so nomeados. O poder executivo exercido pelo

    gabinete. O poder legislativo investido por dois membros do parlamento.

    SubdivisesAs Bahamas ou Baamas esto divididas em 31 distritos:1. Distrito Acklins Ilha Acklins Crooked Island / Long

    Cay2. Distrito Berry Islands Ilha Bimini / Berry Islands3. Distrito Bimini Ilha Bimini / Berry Islands4. Distrito Black Point Ilha Exuma / Ragged Island5. Distrito Cat Island Ilha Cat Island6. Distrito Central Abaco Ilha Abaco7. Distrito Central Andros Ilha Andros8. Distrito Central Eleuthera Ilha Eleuthera 9. Distrito City of Freeport Ilha Grand Bahama10. Distrito Crooked Island Ilha Acklins Crooked Island

    / Long Cay11. Distrito East Grand Bahama Ilha Grand Bahama12. Distrito Exuma Ilha Exuma / Ragged Island13. Distrito Grand Cay Ilha Abaco14. Distrito Harbour Island Ilha Eleuthera15. Distrito Hope Town Ilha Abaco16. Distrito Inagua Ilha Inagua17. Distrito Long Island Ilha Long Island

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    18. Distrito Mangrove Cay Ilha Andros19. Distrito Mayaguana Ilha Mayaguana20. Distrito Moores Island Ilha Abaco21. Distrito New Providence Ilha New Providence22. Distrito North Abaco Ilha Abaco23. Distrito North Andros Ilha Eleuthera24. Distrito Ragged Island Ilha Exuma / Ragged Island25. Distrito Rum Cay Ilha San Salvador26. Distrito San Salvador Ilha San Salvador27. Distrito South Abaco Ilha Abaco28. Distrito South Andros Ilha Andros29. Distrito South Eleuthera Ilha Eleuthera30. Distrito Spanish Wells Ilha Eleuthera31. Distrito West Grand Bahama Ilha Grand Bahama

    caminhando para as BahamasEconomiaNas Bahamas o turismo e a indstria pesqueira so ex-

    tremamente relevantes para a economia havendo minerais como sal, e aragonita em seu territrio.A produo agrcola destina-se ao consumo local (milho,

    trigo, frutas) e exportao (cana-de-acar, bananas, al-godo, sisal e verduras). A explorao florestal abastece de madeira a construo. A pesca de vrios tipos de peixes importante receita para algumas ilhas. A indstria pouco desenvolvida. A produo de cimento, sal, rum e outras be-bidas se complementa com o refino de petrleo. O turismo a principal fonte de renda: por sua beleza, timo clima, intercmbio facilitado, e outros.

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    estAdos unidos

    comuNidades

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    neW jersey

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    ironBound

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    comuNidades

    novA iorque

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    foi em vo, pois a me natureza no nos escutou. Apesar da tempe-ratura no nos ser favorvel, tudo se passou de maneira admirvel.Esta organizao muito slida

    e bastante experiente e o resultado foi a altura desse savoir faire.Houve prmios para alguns, para

    outros no tiveram tanta sorte. Pes-soalmente, tive a tentao de de-sistir da minha reportagem, pois o frio, chuva e vento, no so o meu prato favorito, mas como um even-to de uma grande importncia para a comunidade, meti mos obra.

    No dia 15 de Setembro, no Club de Golf Mtropolitain-Anjou, a Fundao Santiago organizou o nono torneio anual de Golfo para

    angariar fundos para que esta orga-nizao, possa como j vem feito nos ltimos nove anos, ajudar as famlias mais pobres a passar as Festas de fim de Ano de uma ma-

    neira mais humana e respeituosa. Um grande grupo de amadores e simpatizantes deste desporto esti-veram presentes.O nico que faltou a este encon-

    tro foi o Sol e o seu calor de Vero. Chuvas tempestuosas tem vindo a notar-se ultimamente, causando inundaes em vrios sectores da Provincia. A esperana de ver uma mudana favorvel para este dia

    A mercearia La Vieille Europe e o restaurante Douro e o futuro novo restaurante Boca Ibrica, es-tavam presentes para ajudar os jo-gadores a se refrescar um pouco e provar certos petiscos tradicionais, que tambm podero saborear nos seus lugares comerciais.

    Alguns disseram-me que o res-taurante Douro propriedade pro-priedade do Sr. Marcelino Alves proporcionou a todos quantos a pararam, um excelente servio e a comida de excelente qualidade.

    Podemos dizer o mesmo da parte da Boca Ibrica que fez a sua pri-meira apresentao neste evento. Para o jantar a sala estava cheia de portugueses, italianos, franceses e simpatizantes desta linda causa,

    montreAl

    comuNidades

    Torneio de golfo Organizadopela fundao santiago

    Sylvio Martins

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    onde o doutor Manuel Cardoso presidiu de forma admirvel falan-do da fundao e agradecendo a to-dos que ajudaram atravs dos anos e, especialmente aos benvolos,

    que sobreviveram a temperatura deste dia, que no foi fcil.Tive a oportunidade de encontrar

    o muito conhecido Jacques Lgar acompagnado pelos seus filhos e o seu neto. Novas caras tal como a Daph Hbert Chatelin e Cline

    Proulx do Alfred Dallaire | Memo-ria estiveram presente nesta justa causa. Tambm havia muitas outras personagens tal como o Presidente da Junta de Freguesia de Anjou Luis Miranda que fez um discurso

    durante o jantar para ajudar esta fundao, bastante importante para a comunidade em Montreal e mui-tos outros que fizeram deste jantar um grande sucesso.

    Notamos que esta fundao li-derada por portugueses e onde po-demos notar que os benvolos so principalmente portugueses, refe-ridos pelo prprio doutor Manuel Cardoso, assim como pela doutora

    Marguerite Cardoso, Conceio Rosrio e o centro CLSC St-Louis du Parc. Graas a Lus Miranda, Presidente da Junta de Freguesia de Anjou, sua equipa e a uma lista impressionante de voluntrios da nossa comunidade, o trabalho de vrios meses do Dr. Cardoso e da sua equipa, pde ser realizado e assim dar esperana e felicidade a vrias famlias pelo Natal e fim do ano.

    Para mais informaes, podem ir ao site web www.fondation-santiago.com.

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    motores 24

    motorismo (auto)

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    motorismo (auto)

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    vidAs

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    OSemanal PortugusVidas actiVas

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    Vidas actiVas

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    Vidas actiVas

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    passatempos

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    O Semanal PortugusCrepsculolazer

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    OSemanal PortugusTwilight lazer

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    cinmA

    lazer

    A criao de crepsculoRecebi uma tonelada de

    perguntas sobre como criei a histria de Crepsculo e como consegui public-la. Pode ser que eu acabe com minha pgina de FAQ,

    mas aqui est a histria completa:(Advertncia 1: existem

    referncias a vrias passa-gens de Crepsculo no que se segue; se no quiser es-tragar o suspense, pare de ler... agora. Advertncia 2:

    Como pode ter imaginado pelo tamanho de meu livro, eu no consigo contar uma histria curta... Isso vai levar algum tempo. Agora esto avisados.)

    A Redao: Sei exatamen-te a data em que comecei a escrever Crepsculo, por-que tambm foi o primeiro dia das aulas de natao de meus filhos. Ento posso dizer sem dvida nenhu-ma que tudo comeou em

    2 de junho de 2003. At essa altura, eu no tinha escrito nada alm de al-guns captulos (de outras histrias) que nunca levei adiante, e absolutamente

    nada desde o nascimento de meu primeiro filho, seis anos antes.Eu acordei (naquele 2 de

    junho) de um sonho mui-to ntido. Em meu sonho, duas pessoas tinham uma conversa intensa numa

    campina no bosque. Uma das pessoas era uma meni-na comum. A outra era in-crivelmente bonita, faisca-va e era um vampiro. Eles discutiam as dificuldades

    inerentes aos fatos de que: A) eles estavam apaixona-dos um pelo outro; e B) o vampiro sentia-se particu-larmente atrado pelo chei-ro do sangue da menina e tinha dificuldades para se conter e no mat-la ime-

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    diatamente. (Para o que essencialmente uma trans-crio de meu sonho, veja por favor o Captulo 13 do livro: Confisses).Embora eu tivesse milhes

    de coisas para fazer (isto , preparar o caf-da-manh para as crianas famintas, vestir e trocar suas fraldas, encontrar os trajes de ba-nho que ningum jamais colocava no lugar certo etc.), continuei na cama, pensando no sonho. Fiquei to intrigada com a hist-ria do casal sem nome que odiei a idia de me esque-cer daquilo; era o tipo de sonho que lhe d vontade de ligar para uma amiga e encher a pacincia dela com uma descrio deta-lhada. (Alm disso, o vam-piro era to tremendamen-te bonito que eu no queria perder a imagem mental.) De m vontade, por fim me levantei e resolvi o que era imediato, depois adiei tudo o que podia e me sentei ao computador para escre-ver - algo que eu no fazia havia tanto tempo que me perguntei por que estava me dando aquele trabalho. Mas eu no queria perder o sonho, ento digitei o mximo do que lembrava, chamando os personagens de ele e ela.Desse ponto em diante,

    no se passou um dia sem que eu no escrevesse al-guma coisa. Nos dias ruins, s digitava uma ou duas pginas; nos dias bons, terminava um captulo e, mais tarde, outros. Escre-via principalmente noi-te, depois que as crianas estavam dormindo, para

    poder me concentrar por mais de cinco minutos sem ser interrompida. Come-cei pela cena na campina e escrevi dali para o final. Depois voltei ao incio e escrevi at que as peas se encaixassem. Cheguei ao fio que os unia no final de agosto, trs meses de-pois.Levei algum tempo para

    batizar a dupla annima. Para meu vampiro (por quem eu me apaixonei des-de o primeiro dia) decidi usar um nome que anti-gamente era considerado romntico, mas tinha per-dido popularidade havia dcadas. O Sr. Rochester, de Charlotte Brnte, e o Sr. Ferrars, de Jane Aus-ten, foram os personagens que me levaram a lhe dar o nome de Edward. Ex-perimentei seu formato e descobri que combinava. Minha protagonista foi mais complicada. Nenhum nome que lhe dava parecia correto. Depois de passar muito tempo com ela, eu a amava como a uma filha e nenhum nome era bom. Por fim, inspirada por esse amor, dei-lhe o nome que estava poupando para mi-nha filha, que nunca veio e era improvvel que, aque-la altura, aparecesse: Isa-bella. Ufa! Edward e Bella foram batizados. Para os demais personagens, fiz muita pesquisa em antigos registros de recenseamen-to, procurando por nomes populares na poca em que eles nasceram. Algu-mas trivialidades: Rosalie originalmente era Carol e Jasper era, no comeo,

    Ronald. Gosto muito mais dos nomes novos, mas de vez em quando te-nho um lapso e digito Ca-rol ou Ron por acaso. Isso confunde as pessoas que lem meus originais.

    Para a ambientao, sa-bia que precisava de um lugar ridiculamente chu-voso. Recorri ao Google, como fao quando preciso pesquisar, e procurei pelo lugar com o maior ndice pluviomtrico dos Esta-dos Unidos. Por acaso era a Pennsula de Olympic, no estado de Washington.

    Consegui mapas da regio e os examinei, procurando por algo pequeno, fora de mo, cercado pela flores-ta... E l estava, bem onde eu queria, uma cidade-zinha chamada Forks. Eu mesma no poderia ter escolhido um nome mais perfeito. Fiz uma busca por imagens da regio no Google e, se o nome j no tivesse me agradado, as lindas fotos teriam conse-guido isso. (Imagens como a da Floresta Hoh - a uma

    curta viagem de Forks. Ver tambm forksweb.com. Ao procurar Forks, encontrei a Reserva La Push, lar da tribo quileute. A histria dos quileutes fascinante e alguns membros fict-cios da tribo rapidamente tornaram-se essenciais ao livro.Em todo esse tempo, Bella

    e Edward eram, bem lite-ralmente, vozes em minha cabea. Eles simplesmente no calavam a boca. Eu ficava acordada at tarde, ao mximo que podia, ten-tando colocar no compu-tador tudo que havia em

    minha mente e depois me arrastava, exausta, para a cama (meu beb ainda no estava dormindo a noi-te toda) e acabava come-ando outra conversa em minha cabea. Eu odiaria perder tudo por esqueci-mento, ento me levantava e voltava ao computador. Por fim, levei uma caneta e um caderno para minha mesa de cabeceira para tomar notas, assim pode-ria dormir um pouco. Era sempre um desafio empol-

    lazer

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    gante, de manh, tentar decifrar os garranchos que tinha feito no escuro.

    Durante o dia tambm no conseguia me afastar do computador. Quando estava presa nas aulas de natao, sob um sol de 46 graus em Phoenix, eu bola-va a trama e voltava para

    casa com tanta coisa nova que no conseguia digitar com rapidez suficiente. Era nosso tpico vero no Arizona, quente, ensola-rado, quente, ensolarado e quente, mas, quando penso naquelas trs meses, lembro-me da chuva e de coisas verdes e frias, como se eu realmente tivesse passado o vero na floresta de Olympic.Quando terminei o cor-

    po do romance, comecei a escrever eplogos... muitos eplogos. Isso enfim me deu a dica de que eu no esta-va pronta para abandonar meus personagens, e come-cei a escrever uma seqn-cia. Enquanto isso, conti-nuei a editar Crepsculo de uma forma totalmente

    obsessivo-compulsiva.

    Minha irm mais velha, Emily, era a nica que sabia realmente o que eu andava aprontando. Em junho, comecei a lhe man-dar os captulos medida que os conclua, e ela logo se transformou em minha torcida. Ela sempre me

    procurava para saber se eu tinha alguma coisa nova. Foi Emily quem sugeriu, depois que terminei, que eu devia tentar publicar-Crepsculo. Eu estava to pasma com o fato de real-mente ter terminado um livro inteirinho que decidi investigar.A Publicao: Para no

    dizer coisa pior, eu era ingnua a respeito da pu-blicao de um livro. Pen-sei que funcionasse assim: voc imprimia uma cpia do romance, embrulhava em papel pardo e mandava a uma editora. R, r, r, essa boa. Comecei pelo Google (naturalmente) e comecei tambm a desco-brir que no era assim que se fazia. (Os filmes mentem

    para ns! Por qu?! Uma observao: voc no vai gostar da nova verso de Steve Martin de Doze de-mais quando souber como o cenrio editorial que est no filme insanamente im-provvel). Ficava tremen-damente intimidade com todo o esquema de solici-taes por carta, agentes literrios, acordos simul-tneos ou de exclusividade, sinopses etc., e aquela altu-ra eu quase desisti. Certa-mente o que me fez conti-nuar no foi a f em meu fabuloso talento; acho que era s porque amava tanto meus personagens, e eles eram to reais para mim, que eu queria que outras pessoas os conhecessem tambm.Submeti os originais ao

    WritersMarket.com e compilei uma lista de pe-quenas editoras que acei-tavam originais no solici-tados e algumas agncias literrias. Foi por volta dessa poca que minha irm mais nova, Heidi, falou no website de Janet Evanovich. Em sua seo de perguntas e respos-tas para escritores, Janet E. mencionava a Writers House, entre outras, como o que havia de melhor no mundo das agncias liter-rias. A Writers House foi para minha lista como a mais desejvel e tambm a menos provvel.Mandei umas quinze soli-

    citaes (e ainda sinto um aperto no estmago quan-do passo pela caixa de cor-reio onde coloquei minhas cartas - foi apavorante pos-t-las). Preciso dizer, para

    que fique registrado, que minhas solicitaes eram verdadeiramente chatas e no culpo ningum que me mandou uma carta de re-jeio (recebi umas sete ou oito delas. Ainda as tenho tambm). A nica rejeio que realmente magoou veio de um pequeno agente que s leu o primeiro captu-lo antes de me massacrar. A rejeio mais maldosa chegou depois que a Little, Brown me selecionou para um contrato de trs livros, ento no me incomodou em nada. Tenho que admi-tir que pensei em devolver uma cpia dessa recusa grampeada reportagem sobre meu contrato na Publishers Weekly, mas fui superior a isso.

    Minha guinada veio na forma de uma assistente da Writers House chamada Genevieve. S muito mais tarde que fui descobrir a sorte que tive; por acaso, Gen no sabia que 130 mil palavras correspondem a um monte de palavras. Se ela soubesse que 130 mil palavras equivaliam a 500 pginas, provavelmente no teria pedido para ver. Mas ela no sabia (pode me imaginar enxugando o suor da testa) e pediu mes-mo os trs primeiros cap-tulos. Fiquei emocionada por obter uma resposta positiva, mas tambm um pouco preocupada, porque sentia que o incio do livro no era a parte mais forte. Mandei pelo correio aque-les trs captulos e recebi uma carta algumas sema-nas depois (minhas mos

    cinmAOSemanal Portugus

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    estavam to fracas de medo que mal conseguia abri-la,). Era uma carta muito gentil. Ela sublinha-ra duas vezes caneta a parte em que digitou como havia gostado dos trs pri-meiros captulos (eu ain-da tenho a carta, claro) e me pedia os originais completos. Foi nesse exato momento que percebi que podia realmente ver Cre-psculo impresso, e foi um dos momentos mais felizes de toda minha vida. Eu gritei muito.Mais ou menos um ms

    depois de ter mandado os originais, recebi um tele-fonema de Jodi Reamer, uma agente literria muito sincera, que queria repre-sentar meu livro. Tentei realmente parecer profis-sional e adulta durante a conversa, mas no tenho certeza de t-la engana-do. Outra vez minha sorte era enorme (e eu no cos-tumo ter sorte - nunca na minha vida ganhei nada, nem mesmo consigo pegar um peixe quando estou no barco) porque Jodi uma superagente. Eu no podia ter terminado em melho-res mos. Ela parte ad-vogada, parte ninja (ago-ra est se dedicando para obter a faixa preta, e no estou brincando), uma edi-tora de texto maravilhosa e uma grande amiga.Jodi e eu trabalhamos por

    duas semanas para colocar Crepsculo em forma an-tes de mandar s editoras. A primeira coisa em que trabalhamos foi o ttulo, que no incio eraForks (e eu ainda tinha uma que-

    dinha pelo nome). Depois, aparamos algumas ares-tas e Jodi mandou o livro a nove editoras diferentes. Isso acabou com minha ca-pacidade de dormir, mas por sorte eu no fiquei em suspense por muito tempo.

    Megan Tinley, da Megan Tinley Books, da Little, Brown and Company, leu Crepsculoenquanto atra-vessava o pas de avio e devolveu a Jodi um dia de-pois do fim de semana de Ao de Graas com um contrato de direitos au-torais to imenso que eu sinceramente pensei que Jodi estivesse me fazendo de boba - em especial pela parte em que ela rejeitava a oferta da agente e propu-

    nha mais. Ao final do dia, o resultado foi terminar ten-tando processar a infor-mao de que no s meu livro seria publicado por uma das maiores editoras de livros para jovens adul-tos do pas, mas tambm que eles iam me pagar por

    isso. Por um bom tempo, fiquei convencida de que era uma pegadinha muito cruel, mas eu no podia imaginar quem chegaria a tal ponto: pregar uma pea em uma dona-de-casa to insignificante como eu.E foi assim, ao longo de

    seis meses, que Crepsculo foi sonhado, escrito e acei-to para publicao.As coisas ainda esto uma

    loucura, com o contra-to para o cinema e toda a ateno pr-publicao que Crepsculo continua a receber. Embora de vez em quando eu fique impacien-te, estou feliz porque tive os ltimos dois anos para tentar me entender com

    essa situao. Estou mui-to ansiosa para finalmente ver Crepsculo nas prate-leiras, e tambm bastante assustada. No geral, foi um verda-

    deiro trabalho de amor, amor por Edward e Bella e por todos os outros ami-gos imaginrios, e estou emocionada porque ago-ra outras pessoas podero conhec-los.

    [Reproduzido de StephenieMeyer.com]

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    Benfica: Jesus levaseis juniores SuaJorge Jesus incluiu seis

    juniores na convocatria para o particular que o Benfica vai disputar com o Galatasaray, em Genebra. Bruno Varela, Paulo Teles,

    Eliseu, Caf, Ivan Cava-leiro e Miguel Herlein compensam a ausncia de vrios jogadores do plan-tel principal que esto ao servio das seleces.

    O prprio Bruno Varela estava ao servio da se-leco portuguesa de sub-21, mas foi dispensado do jogo na Albnia, e integra a comitiva benfiquista que viaja nesta sexta-feira para a Sua. Matic e Enzo Prez ficam de fora devido a leso, e Aimar por uma questo de gesto de es-foro.

    O particular com o Gal-atasaray est marcado para as 19h30 deste sba-do, no Estdio La Praille.

    Lista de convocados:Guarda-redes: Artur Mo-

    raes, Bruno Varela;Defesas: Capdevila,

    Jardel, Miguel Vtor, Ga-ray, Lus Martins e Emer-son;Mdios: Paulo Teles, Javi

    Garca, Ruben Pinto, Da-vid Simo, Eliseu, Caf e Nolito;Avanados: Ivan Cava-

    leiro, Rodrigo Mora, Miguel Herlein e Saviola.

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    TAA DA LIGA: CAjUDA RECUPERA OBRADOvIC NOS CONvOCADOS PARA O jOGO

    U. Leiria: quatro mudanas para o Santa ClaraManuel Cajuda operou

    quatro alteraes na lista de convocados da U. Leiria para o encontro deste domingo, na Marinha Grande, frente ao Santa Clara.Em relao ao jogo em

    Alvalade, saram da lista de eleitos Oblak e Andr Almeida, ao servio das respectivas seleces, en-

    quanto Ivo Pinto est cas-tigado e Hugo Alcntara lesionado. Regressam aos convocados Luiz Carlos, Erichot, Lo e Obradovic, que repete a convocatria do jogo da primeira-mo (3-1), nos Aores. Curiosa-mente, o srvio, que che-gou a treiar parte com Caixinha, ainda no foi chamado para a Liga.

    O argentino Shaffer, que perdeu espao com a ch-egada de Cajuda, continua afastado das primeiras es-colhas, enquanto Robinho e Rben Brgido so, en-tretanto, os jogadores que se encontram a recuperar de leses. Marco Soares tambm ainda est pro-cura de melhorar os ndi-ces fsicos.

    Lista de convocados:Guarda-redes: Gottardi e

    Luiz Carlos;Defesas: Erichot, Diego

    Gacho, Edson, Obradovic, Maikon e Patrick;Mdios: Marcos Paulo,

    Manuel Curto, Cac, Elvis e Terroso;Avanados: Lus Leal, J,

    Lo, Djaniny, Jorge Chula e Bruno Moraes.

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    Faltou um golo ao relanamento de uma verdadeira equipa

    Bsnia 0-0 Portugal

    Portugal fez mais do que sair com vida do inferno de Zenica. O em-pate com a Bsnia (0-0), que adia a deciso do play-off para o jogo da Luz, acabou por ser um objectivo mnimo, bem alcanado. Mas fica a sensao de que no seria impos-svel, bem pelo contrrio, traduzir no marcador uma superioridade que ficou bem patente, em especial na primeira parte. Um golo fora te-ria sido o prmio mais justo para uma equipa que se reencontrou.Num relvado imprprio para

    um jogo com esta importncia, e cujo estado foi agravado pela rega, a duas horas do jogo, Por-tugal deu prioridade solidez e a consistncia, opo traduzida na titularidade de Miguel Veloso a meio-campo. Jogando a trinco, o mdio do Gnova libertou Raul

    Meireles e Moutinho para terrenos mais adiantados, ajudando a equi-pa portuguesa a ganhar capacidade de presso. Na prtica, a Bsnia no existiu em termos ofensivos durante toda a primeira parte, e as oportunidades de golo, escassas, foram todas portuguesas.Pepe foi o maior smbolo de uma

    equipa solidria e compacta, no s pela forma como ganhou todos os duelos a Dzeko, mas tambm pela inteligncia com que, recor-rendo sistematicamente s bolas longas, obrigou a Bsnia a recuar as linhas. Ronaldo, muito marca-do, encarava as dificuldades com atitude de capito, e logo aos 18 minutos arrancou um amarelo a Salihovic, que o deixa fora da se-gunda mo.Sem que Patrcio tivesse de fazer

    uma defesa, o intervalo chegava com Portugal a dominar, em todos os aspectos. Curiosamente, foi na fase em que a Bsnia, mais agres-siva no recomeo, j tinha equili-brado as operaes que surgiram as melhores ocasies para Portu-gal. Na primeira, Ronaldo, isolado

    por um magnfico passe de Nani, rematou ao lado, ficando a quei-xar-se de um tufo de relva que lhe desviou a bola no momento exacto. Na segunda, Postiga, meia-volta, atirou um palmo ao lado do poste, na sequncia de um dos muitos li-vres conquistados pela Seleco.O jogo teve uma terceira etapa,

    que coincidiu com a entrada de Ibisevic. A Bsnia passou a jogar num 4x4x2 claro, e Dzeko ganhou companhia para inquietar mais os centrais portugueses. Pepe, imenso ao longo dos 90 minutos, e Bruno Alves, quase to bem, iam che-gando para as encomendas, mas

    uma falha de Joo Pereira na su-bida para o fora-de-jogo, permitiu a Ibisevic aparecer na cara de Rui Patrcio. Desta vez, a relva ajudou, e o remate saiu por cima, evitando uma injustia flagrante no marca-dor.Alertada por esta ameaa, a Se-

    leco portuguesa, que j tinha Hugo Almeida e Micael em cam-po, acabou novamente por cima, ganhando cantos, e silenciando os adeptos bsnios. S faltou mesmo o tal golo fora para os sorrisos se-rem mais rasgados. Mas esta noite, em Zenica, Portugal voltou a ser uma equipa slida e madura.

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    itAliAnALUGAR EQUIPA J V E D GM GS PONTOS1 Lazio 10 6 3 1 16 8 212 Udinese 10 6 3 1 13 4 213 Milan 10 6 2 2 23 14 204 Juventus 9 5 4 0 15 7 195 Palermo 10 5 1 4 14 12 166 Roma 10 4 2 4 13 11 147 Npoles 9 4 2 3 13 7 148 Catania 10 3 5 2 12 16 149 Cagliari 10 3 4 3 9 10 1310 Siena 10 3 4 3 12 8 1311 Chievo Verona 10 3 3 4 8 11 1212 Gnova 9 3 3 3 13 12 1213 Parma 10 4 0 6 12 18 1214 Fiorentina 10 3 3 4 10 9 1215 Atalanta 10 5 3 2 13 12 1216 Bolonha 10 3 1 6 9 16 1017 Inter 9 2 2 5 11 16 818 Lecce 10 2 2 6 8 16 819 Novara 10 1 4 5 12 19 720 Cesena 10 0 3 7 3 13 3

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    clAssificAo CINCO ANOS DE PRISO PARA MOGGILuciano Moggi, ex-dirigente

    da Juventus, foi irradiado do futebol italiano. O tribunal de justia desportiva da federao ditou que o antigo director-desportivo da vecchia signora no pode ter qualquer cargo na modalidade, depois de ter sido condenado pelo escndalo de corrupo, que ficou conheci-do por Calciopoli. Entretanto, Luciano Moggi j reagiu e disse, via telefone, ao progra-ma Chiambretti Night, que se devia ter vergonha pela deciso. O tribunal desportivo divulgou o parecer depois de, a 31 de Maro, o presidente da federao ter consultado o rgo sobre a posio de Mog-gi, uma vez que o caso remetia para legislao anterior e pos-terior a 2007.

    Antonio Cassano tem lugar garantido no Campeonato da Europa de 2012. Mesmo que no seja para jogar. A promessa deixada por Ce-sare Prandelli, seleccionador italiano, que sente a falta do jogador do Milan, que recu-pera de um AVC.J estive com ele, mas en-

    vio-lhe um abrao. Ele faz falta aqui. Sem ele o ambi-ente diferente. Encontrei-o sereno e motivado. Disse-lhe que teve sorte, dada a situa-o. Se tivesse acontecido h dez anos seria diferente, comeou por dizer o tcnico, em conferncia de imprensa. Teve dar pequenos passos,

    cassano no euro, mesmo que no jogueagora. Brinquei com ele, dizendo-lhe que talvez fosse

    ao Europeu com a mulher e o filho. Seria bom t-lo tam-

    bm como jogador, mas se tal no for possvel algum

    que pode dar um grande contributo para o esprito. O

    Cassano sente esta equipa de maneira especial.Prandelli tambm no con-

    ta com Giuseppe Rossi para os particulares com Polnia e Uruguai, mas nem assim convocou Antonio di Natale, melhor marcador na Serie A nas ltimas duas pocas, e lder da tabela deste ano. um jogador extraordinrio, mas tem 33 anos e eu devo prosseguir com o trabalho de renovao. Se em Maro/Abril tiver 24 ou 25 golos vamos t-lo em considera-o, explicou o selecciona-dor.

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    espAnhALUGAR EQUIPA J V E D GM GS PONTOS1 Real Madrid 11 9 1 1 39 7 282 Barcelona 11 7 4 0 34 6 253 Valncia 11 7 3 1 17 9 244 Levante 11 7 2 2 17 9 235 Sevilha 11 4 6 1 11 8 186 Mlaga 11 5 2 4 12 14 177 Espanhol 11 5 1 5 9 13 168 Rayo Vallecano 11 4 3 4 14 13 159 Osasuna 11 3 5 3 14 24 1410 At. Bilbao 11 3 5 3 17 14 1411 At. Madrid 11 3 4 4 14 14 1312 Btis 11 4 1 6 10 15 1313 Villarreal 11 2 5 4 9 17 1114 Getafe 11 2 4 5 12 17 1015 Maiorca 11 2 4 5 8 16 1016 Saragoa 11 2 4 5 12 22 1017 Gijn 11 2 3 6 10 16 918 Granada 11 2 3 6 4 12 919 Racing Santander 11 1 6 4 7 15 920 Real Sociedad 11 2 2 7 9 18 8

    ligA

    clAssificAo

    casillas o homem do diaIker Casillas vai atingir as 126 internacio-

    nalizaes pela seleco de Espanha e o homem o dia na imprensa do pas vizinho. O guarda-redes do Real Madrid atingir no amigvel frente a Inglaterra a marca do mti-co Zubizarreta. A Marca destaca um elogio de Xavi: Quando tudo parece perdido, o Iker salva-te.No As a ideia a mesma. O peridico escreve

    que Casillas jogar em Wembley emocio-nado pelo momento que atravessa. O jornal tem na parte superior da primeira pgina um elogio de Jos Mourinho a Benzema: Agora sim, um jogador do Real Madrid.O catalo Mundo Deportivo opta por uma

    diferente abordagem, como habitual. Wem-bley azulgrana destaca o jornal, com a ima-gem de oito jogadores ligados ao Barcelona no relvado do majestoso estdio onde jogaro Inglaterra e Espanha.

    RICARDO COSTA FICA QUATRO SEMANAS FORARicardo Costa, a actuar no

    Valncia, vai estar afastado dos relvados por um perodo estimado de quatro semanas, depois de sofrer uma rotura fibrilar de meio centmetro.Segundo fontes do clube

    ch, o defesa foi esta sex-ta-feira submetido a exames mdicos e foi confirmada a microrrotura no bceps femo-ral da perna esquerda. Dentro de 10 a 15 dias a leso ser reavaliada, mas a paragem de um ms praticamente certa. Afastado dos relvados, o cen-tral no enfrentar os portu-gueses na recepo ao Real Madrid, no dia 19, para a liga espanhola, e na deslocao a Inglaterra para o Chelsea-Va-lencia da Liga dos Campees, a 6 de Dezembro.

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    inglAterrAligA

    LUGAR EQUIPA J V E D GM GS PONTOS1 Manchester City 11 10 1 0 39 10 312 Manchester United 11 8 2 1 27 12 263 Newcastle 11 7 4 0 17 8 254 Chelsea 11 7 1 3 24 15 225 Tottenham 10 7 1 2 21 15 226 Arsenal 11 6 1 4 23 21 197 Liverpool 11 5 4 2 14 10 198 Aston Villa 11 3 6 2 16 15 159 Norwich 11 3 4 4 16 17 1310 Swansea 11 3 4 4 12 15 1311 QPR 11 3 3 5 10 20 1212 Stoke City 11 3 3 5 8 19 1213 Wolverhampton 11 3 2 6 12 18 1114 West Bromwich 11 3 2 6 9 16 1115 Everton 10 3 1 6 11 15 1016 Sunderland 11 2 4 5 14 13 1017 Fulham 11 2 4 5 14 15 1018 Bolton 11 3 0 8 18 27 919 Blackburn Rovers 11 1 3 7 13 24 620 Wigan 11 1 2 8 7 20 5

    clAssificAo

    Villas-Boas: Nunca poderiater uma postura de ditadorAndr Villas-Boas est em

    destaque na 50 edio da re-vista The Technician, publica-o oficial da UEFA dirigida a treinadores, desde Maro de 1997. O treinador portu-gus do Chelsea explicou, em entrevista, a ascenso da car-reira, reconhecendo algumas lacunas que, todavia, no o impedem de se manter fiel a si mesmo.Por causa da minha idade

    e por no ter feito carreira como jogador, nunca poderia ter uma postura de ditador, defendeu Villas-Boas, que,

    apesar de privilegiar o dilogo saudvel no receia entrar em conflito: Se tiver de desagra-dar a uma ou duas pessoas, ento que assim seja. No excerto divulgado pelo site da UEFA, nesta sexta-feira, An-

    dr Villas-Boas admitiu ainda que o caminho para o topo fica facilitado com a qualidade da equipa: Quanto mais acesso se tiver a jogadores de topo, mais provvel que tenhamos uma carreira de sucesso.

    SELECES: CLUBES PODEM SER RECOM-PENSADOSA comisso da Cultura

    do Parlamento Europeu aprovou, esta quinta-feira, a proposta de recompen-sar os clubes profissionais pela cedncia de jogadores s seleces nacionais. O acesso e a actividade dos agentes de jogadores tam-bm ser regulado, de acordo com as concluses da reunio. Os eurodepu-tados querem criar uma espcie de aplice de se-guro para que os clubes profissionais, obrigados a dispensar jogadores para competir pelas respectivas seleces, sejam compen-sados. Outra das iniciati-vas aprovadas foi a regu-lamentao do acesso profisso de empresrio de jogadores e a melhoria da sua actividade, exigindo-lhes qualificao oficial e residncia fiscal num pas da UE. Os agentes devero ainda descrever os despor-tistas que representam num documento europeu, a fim de evitar conflito de interesses. Foi aceite ainda a ideia de que as comisses angariadas pelas transfer-ncias dos jogadores de-vem ser ganhas ao longo do contrato do atleta e no de imediato.As medidas agora aprova-

    das pela Comisso da Cul-tura, Educao e Desporto do Parlamento Europeu iro a votos no Parlamento j em Dezembro.

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    frAnALUGAR EQUIPA J V E D GM GS PONTOS1 PSG 13 9 3 1 26 11 302 Montpellier 13 8 3 2 28 16 273 Lille 13 6 6 1 22 13 244 Lyon 13 7 2 4 21 15 235 Rennes 13 6 4 3 22 16 226 Toulouse 13 6 4 3 13 12 227 Lorient 13 5 5 3 15 12 208 Marselha 13 4 6 3 17 14 189 Caen 13 5 3 5 20 19 1810 St. Etienne 13 4 5 4 12 16 1711 Sochaux 13 4 5 4 20 25 1712 Auxerre 13 3 6 4 19 18 1513 Evian TG 13 2 7 4 15 18 1314 Bordus 13 2 7 4 15 19 1315 Brest 13 1 9 3 13 14 1216 Valenciennes 13 2 5 6 13 14 1117 Nice 13 2 5 6 12 14 1118 Nancy 13 2 5 6 10 16 1119 Dijon 13 3 2 8 13 28 1120 Ajaccio 13 1 4 8 10 26 7

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    clAssificAo

    PSG empata com BordusO lder da Ligue 1 no aproveitou

    os empates de Montpellier e Lille, quando se pensava que podia sorrir e escapar ainda mais na tabela. O PSG deslocou-se a Bordus, mas o melhor que conseguiu foi um empate com os Girondinos.Sissoko marcou logo aos nove minu-

    tos, de cabea. Os parisienses entra-ram a vencer, mas a festa durou pouco tempo. O Bordus reagiu quase de imediato, Tremoulinas cruzou para a rea do PSG e Gouffran fez o empate, aos 13 minutos.O resultado no sofreu alteraes nos

    restantes 77 minutos (mais descontos) e assim o PSG soma mais um ponto, que o mesmo que dizer que, em Frana, fica tudo na mesma na frente.

    SUB-21 FRANCESES VENCEM SEM MANGALA

    A seleco de sub-21 fran-cesa bateu a Romnia por uns expressivos 3-0, em jogo do Grupo 9 de apuramento para o Europeu de 2013. Eliaquim Mangala, defesa do F.C. Porto, lesionou-se na coxa direita, pelo que no foi opo.Cabella (36m), Lacazette

    (71m) e Corchia (78m) mar-caram os tentos da seleco francesa, que soma e segue - tem quatro vitrias em qua-tro jogos.A Frana ir receber a Es-

    lvaquia na prxima segun-da, na primeira final do Grupo 9. Os eslovacos cont-abilizam trs vitrias em ig-ual nmero de jogos.

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