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PUBLICIDADE A CASA DO PEIXE RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167 SOCIEDADE PÁGINA 3 DISTRITO NO TOPO DOS MAUS-TRATOS E ABANDONO DE ANIMAIS As queixas de maus-tratos e abandono de animais no distrito não param de aumentar. O ano passado as autoridades policiais registaram 672 denúncias, das quais foram processadas 454 contra-ordenações. Destas apenas 95 chegaram a tribunal e houve uma condenação. SUINICULTORES DA REGIÃO À BEIRA DO COLAPSO É um alerta sério e vem da cúpula dos produtores de suinicultores, liderados pelo montijense Vítor Menino. O dirigente afirma que a produção está a perder 30 euros por animal e os produtores estão a definhar. Pedem apoios e ao ministro Capoulas Santos que interceda junta do União Europeia para que ponha fim ao embargo russo à carne de porco oriunda da Europa. NEGÓCIOS PÁGINA 13 NEGÓCIOS PÁGINA 12 REGIÃO AUMENTOU TRANSAÇÕES POR ATM COM MENOS 52 MILHÕES O ano passado os consumidores do distrito fizeram nas 850 caixas ATM existentes na região 73 milhões de operações bancárias, que resulta- ram num movimento de 4.449 milhões de euros. Apesar de ter havido mais movimentos, o volu- me de transações baixou 52 milhões de euros. POLÍTICA PÁGINA 10 MINISTRO EDUARDO CABRITA ABRE DIÁLOGO EM REUNIÃO COM AMRS Os autarcas da região de Setúbal reuniram esta semana com o ministro-adjunto Eduardo Cabri- ta, que é também natural do distrito. Apresen- taram um extenso caderno de encargos sobre investimentos públicos. O ministro ouviu e ficou a porta aberta para o dialogo. Sexta-Feira 6 | Fevereiro | 2016 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 888 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais

Semmais 06 fevereiro 2016

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Edição do Semmais de 6 de Fevereiro

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A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

SOCIEDADE PÁGINA 3DISTRITO NO TOPO DOS MAUS-TRATOS E ABANDONO DE ANIMAIS As queixas de maus-tratos e abandono de animais no distrito não param de aumentar. O ano passado as autoridades policiais registaram 672 denúncias, das quais foram processadas 454 contra-ordenações. Destas apenas 95 chegaram a tribunal e houve uma condenação.

SUINICULTORESDA REGIÃO À BEIRA DOCOLAPSOÉ um alerta sério e vem da cúpula dos produtores de suinicultores, liderados pelo montijense Vítor Menino. O dirigente afirma que a produção está a perder 30 euros por animal e os produtores estão a definhar. Pedem apoios e ao ministro Capoulas Santos que interceda junta do União Europeia para que ponha fim ao embargo russo à carne de porco oriunda da Europa.   

NEGÓCIOS PÁGINA 13

NEGÓCIOS PÁGINA 12REGIÃO AUMENTOU TRANSAÇÕES POR ATM COM MENOS 52 MILHÕESO ano passado os consumidores do distrito fizeram nas 850 caixas ATM existentes na região 73 milhões de operações bancárias, que resulta-ram num movimento de 4.449 milhões de euros. Apesar de ter havido mais movimentos, o volu-me de transações baixou 52 milhões de euros.

POLÍTICA PÁGINA 10MINISTRO EDUARDO CABRITA ABRE DIÁLOGO EM REUNIÃO COM AMRS Os autarcas da região de Setúbal reuniram esta semana com o ministro-adjunto Eduardo Cabri-ta, que é também natural do distrito. Apresen-taram um extenso caderno de encargos sobre investimentos públicos. O ministro ouviu e ficou a porta aberta para o dialogo.

Sexta-Feira 6 | Fevereiro | 2016

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 888 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmais

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A SEMANADORES MEIRA ASSUME

PRESIDÊNCIA DO CLUBE DAS MAIS BELAS BAÍAS DO MUNDO

A PRESIDÊNCIA DO CLUBE DAS MAIS BELAS BAÍAS DO MUNDO JÁ

PERTENCE A SETÚBAL. «É COM IMENSA ALEGRIA E INDISFARÇÁVEL ENTUSIASMO QUE TENHO A HONRA

DE ASSUMIR, EM NOME DA BAÍA DE SETÚBAL, A PRESIDÊNCIA DESTE

CLUBE», SALIENTOU A AUTARCA NA TOMADA DE POSSE, NAS FILIPINAS.

A EDIL SUBLINHOU QUE A RESPONSABILIDADE CONFIADA A

SETÚBAL É «ASSUMIDA COM EMPENHO E DETERMINAÇÃO, MAS,

PRINCIPALMENTE, COM UM SENTIDO DE MISSÃO». E VINCOU

QUE O CLUBE «CELEBRA A UNIÃO ENTRE OS POVOS DA TERRA,

ARTICULANDO DE FORMA MUITO FUNCIONAL E HARMONIOSA AS

DIFERENÇAS».

A obra arrancará no lado sul da vila de Pi-nhal Novo em breve e

o seu custo será financiado por fundos comunitários. Foi a vereadora Adília Can-deias, vice-presidente da autarquia, que revelou na última reunião pública de Câmara que a obra do par-que de estacionamento que atualmente está em terra batida vai deixar de o ser e será construído naquele es-paço um novo parque de estacionamento. A obra que é da res-ponsabilidade da REFER e assumida pela mesma, nunca foi concretizada, o espaço foi arranjado com pequenos arranjos de de-trito de alcatrão e ali foi formado o parque de esta-cionamento do lado sul da estação da REFER em Pi-nhal Novo.

As promessas da RE-FER, empresa pública, nunca passaram das in-tenções e agora é chegada a vez do município palme-lense assumir a 100 por cento a totalização da obra que tanto era ‘recla-mada’ pelos pinhalnoven-ses e pela Associação de Reformados. A autarca palmelense revelou na passada quar-ta-feira que a Câmara Mu-nicipal de Palmela deitou mãos à obras e apresentou uma candidatura a fundos

A PSP deteve, dia 3, pe-las 16 horas, na Ar-rentela, um homem

de 41 anos, por agressão a agente policial, que se esta-va numa ação de investiga-ção, no combate ao consu-mo e tráfico de droga. A PSP deteve ainda, também naquele conce-lho, no dia 3, uma jovem com 17 anos, por sobre a mesma pender mandado de detenção do Tribunal

Espaço devolvido aos pinhalnovenses

PSP detém vários indivíduos no Seixal por agressão e assalto a automóvel

comunitários com o intui-to de dar uma nova cara ao local e mais comunidade a quem utiliza o espaço para deixar as suas viaturas para apanhar o comboio. O novo espaço pinhal-novense irá ter um custo superior a 158 mil euros e tem como objetivo con-templar um parque de es-tacionamento com capaci-dade para 74 lugares, dois estacionamentos para pes-soas com mobilidade re-duzida e outros dois para uma praça de táxi.

Um homem ficou de-salojado e um bom-beiro ficou ferido na

quarta-feira, 3 de janeiro, na sequência de um incên-dio numa habitação, na Rua Batalha do Viso, em Setúbal. O alerta foi dado às 17h50, tendo as chamas de-flagrado na cozinha do pri-meiro direito do número 119. As causas do incêndio ainda estão por apurar.

No local estiveram 13 ope-racionais com quatro via-turas dos Bombeiros Sa-

Incêndio em Setúbal deixa homem desalojado e bombeiro ferido

Repintura das réplicas para reformulação da imagem dos golfinhos

patentes na Doca dos Pes-cadores é o objetivo de mais uma edição do concurso “Golfinho Parade”, promo-vido pelo município sadino. As réplicas de roazes-corvi-neiros expostas na zona ri-beirinha de Setúbal são re-novadas ao longo do primeiro semestre do ano, numa iniciativa em que po-dem participar alunos dos jardins-de-infância e das escolas do 1.º, 2.º e 3.º ciclos e secundárias do concelho, a título individual ou em equipa, com um professor como representante legal. Os vencedores do con-curso serão anunciados no dia 15 de Abril, depois de os trabalhos serem avaliados por um júri constituído por

Golfinhos na Doca dos Pescadores vão ser reformulados por alunos

elementos da ESSE/IPS e da Faculdade de Belas-Ar-tes de Lisboa e um crítico de arte de reconhecido mérito, além de um repre-sentante da autarquia. “Os projectos eleitos no Golfinho Parade 2016 são executados entre 26 de Abril e 29 de Maio, com a autarquia a fornecer os ma-teriais necessários, en-quanto a colocação das ré-plicas renovadas é feita de

30 de Maio a 8 de Junho, data a partir da qual o pú-blico pode apreciar as no-vas obras”, revela o municí-pio. Os golfinhos, com um comprimento aproximado de 2,5 metros e envergadu-ra à escala, exibem “três po-sições distintas acima da li-nha de água, quando estão a emergir, quando descre-vem o arco central e quan-do mergulham”. Inscrições até 31 de Março.

padores de Setúbal, a Proteção Civil Municipal, a PSP e o INEM.

para condução a institui-ção para cumprimento da medida de ‘acolhimento residencial até à maiori-dade’. No dia 4, foi detido na Amora, pelas 1h10, no de-correr de uma ação de prevenção, um homem com 26 anos, por ao ser intercetado ter dissimula-do no interior do veículo que conduzia um spray de gás pimenta.

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SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

O distrito de Setúbal registou 672 queixas apresentadas na

GNR, em 2015, por maus tratos a animais de com-panhia, sendo a segunda a região do país com mais casos, apenas atrás de Lis-boa (928). Além de 454 contraordenações, a re-gião apresenta ainda 95 crimes que chegaram a tribunal. 60 por maus tra-tos e 35 por abandono de animais de companhia, passando a ser o distrito onde mais casos chega-ram à justiça. Porém, só houve uma condenação na península. Os dados são revela-dos pela própria GNR, que esta semana apresentou o balanço da atividade do ano passado no âmbito da fiscalização de maus tra-tos a animais de compa-nhia, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA). O SEPNA não sabe ex-plicar a que se deve o eleva-do número de crimes no distrito de Setúbal, mas ad-mite a possibilidade da ori-gem estar no facto de ser-mos uma região mais urbana, com «predominân-cia de alojamento urbano, e, por isso, há também maior atenção por parte

NO ANO PASSADO, FORAM REGISTADAS 672 QUEIXAS À GNR, MAS HOUVE APENAS UMA CONDENAÇÃO

Somos o distrito onde há mais queixas em tribunais por maus tratos a animaisDas queixas apresentadas à GNR foram consumadas 454 contra-ordenações e, destas, 95 chegaram mesmo à barra do tribunal, 60 por maus tratos e 35 por abandono. As autoridades policiais falam de casos macabros.

dos vizinhos», segundo equaciona o major Vaz Al-ves, responsável do SEPNA, ressalvando que o facto de haver mais denúncias não quer dizer, forçosamente, que haja mais violência contra animais.

Sujeito às intempéries e à violência

Contudo, como o Sem-mais avançou na última edição, a verdade é que em 2015 apenas uma pes-soa foi condenada pelo crime de maus tratos con-tra um animal na região. Um morador do Seixal que prendeu o seu cão no quintal durante dois me-ses com uma corrente que não media mais de um

metro, obrigando-o a su-portar as intempéries, sem lhe ter providenciado abrigo, segundo descreve a Procuradoria-Geral da República. «Terá desferido um nú-mero não concretamente apurado de pontapés que atingiram o canídeo em várias partes do corpo», justifica a sentença, tendo o homem sido condenado a uma multa, decretada pelo juiz, de 400 euros. Mas como se explica que apenas um caso tenha chegado à barra de tribu-nal? O major Vaz Alves avança que a lei é recente, pelo que ainda existem dú-vidas. No total do país, ape-nas foram levadas a cabo 1395 investigações decor-

rentes de quase quatro mil denúncias, das quais 655 foram validadas como cri-mes contra os animais pelo Ministério Público, mas apenas três deram origem a condenações. «É frequente que os ci-dadãos que apresentam denúncias o façam acredi-tando que estão a denunciar crimes, porque não estão totalmente in-formados da tipificação do crime, quando geral-mente são contraordena-ções», explica Vaz Alves, alertando que «o que mui-tas vezes se denuncia como crime, à chegada dos operacionais do SEP-NA, verifica-se serem más condições higieno-sanitá-rias ou falta de chip».

O QUE DIZ A LEI QUE CRIMINALIZA OS MAUS-TRATOS?Recorde-se que a lei que criminaliza os maus-tratos contra animais refere que «quem, sem motivo legítimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus tratos físicos a um animal de companhia é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias». A nova legislação dei-xa ainda claro que quem efetuar tais atos, e dos quais «resultar a morte do animal, a privação de importante órgão ou membro ou a afetação grave e permanente da sua capa-cidade de locomoção», o mesmo será «puni-do com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias». Em relação aos animais de companhia, a lei determina que, «quem, tendo o dever de guardar, vigiar ou assistir animal de companhia, o abandonar, pondo desse modo em perigo a sua alimenta-ção e a prestação de cuidados que lhe são de-vidos, é punido com pena de prisão até seis meses ou com pena de multa até 60 dias». A GNR refere ainda que os cidadãos podem denunciar situações que possam violar a lei através da linha “SOS Ambiente e Territó-rio” (808200520), que está disponível 24 ho-ras e tem uma cobertura nacional.

O presidente da Enti-dade Regional de Turismo, Ceia da

Silva, acredita que a ges-tão dos fundos comunitá-rios vai acelerar agora com o novo governo, após

um período de «algum impasse». «Num país com difi-culdades orçamentais tre-mendas e com tanta falta de dinheiro, não se enten-de porque é que o pacote

financeiro ao nosso dispor para ser aproveitado em favor do desenvolvimento não entra em funciona-mento mais rapidamen-te», lamentou o responsá-vel ao Semmais. Ceia da Silva, confir-mou que «parece haver vontade deste governo em acelerar», sendo que os primeiros concursos, segundo sublinhou, de-vem abrir ainda durante este mês, mas os fundos só deverão ser efetivados no final do ano. «Depois da abertura dos concur-sos, há 60 dias para os preparar e depois outros

Ceia da Silva alerta para necessidade de acelerar fundos comunitários

90 para a tutela analisar os processos, resumindo teremos os fundos estru-turais lá para o final do ano. E já temos três anos em atraso», rematou o lí-der do turismo do Alente-jo. Por outro lado, diz Ceia da Silva, estes atra-sos refletem-se na gestão empresarial e na tomada de decisão, porque «os empresários aguardam indicações mais preci-sas». Recorde-se que o ano passado foram investidos pelos privados no setor turístico do Alentejo 94 milhões de euros.

A Escola Técnica Pro-fissional da Moita, através da presta-

ção dos seus alunos de Restauração, vertente Restaurante-Bar, e dos alunos de Organização de Eventos, apoiou o Encon-tro Temático do Grace, realizado recentemente no Museu da Carris, em Lisboa. Foi preparada uma mesa de apoio para o ‘coffe--break’ que foi servido à di-reção e, posteriormente, um welcome drink aos convi-dados. Uma mesa decorada com flores frescas e suaves de tom branco, comple-mentando um excelente jogo de loiças clássicas, composta por bolos regio-nais da zona de Alcochete, a tradicional Fogaça de Alco-

chete, uns Coquinhos e a saborosa bolacha Grace, servido com sumo de laran-ja de Setúbal e pelos mara-vilhosos licores de Mel e Li-mão, Pêra e Laranja Amarga, elaborados pelos alunos de sala, juntamente com as be-bidas quentes. «Foi o ponto alto do serviço, onde os elo-gios à prestação dos alunos foram maravilhosos», refe-riu fonte da escola. Os alunos do Curso Técnico de Organização de Eventos apoiaram o evento no âmbito na sua área de intervenção, colaborando no encaminhamento dos convidados. «Foi um traba-lho em equipa desenvolvi-do com os colegas de Res-tauração que resultou muito bem», vincou a mes-ma fonte.

Encontro Grace apoiado pela escola profissional da Moita

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SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

Ainda não é desta que o mais famoso parque aquático da margem sul

do Tejo vai regressar. A página do Facebook Reconstrução do

Onda Parque, que garantia falar em nome de um investidor por-tuguês, admitia há um ano que os escorregas poderiam voltar a funcionar, recuperando a ani-mação que todos os dias atraía milhares nas décadas de 1980 e 90, mas até aos dias de hoje o

Depois o aci-dente que deu a machadada final na atividade do parque aquático, um grupo de pes-soal pretenderam revitalizá-lo e che-gou mesmo a ha-ver um investidor interessado em fazer regressar os escorregas e afina. Mas a degradação continua.

DESÂNIMO ASSOLA OS ‘AMIGOS’ DO PARQUE AQUÁTICO MAIS FAMOSO DA MARGEM SUL QUE LANÇARAM HÁ MEIA DUZIA DE ANOS PÁGINA NO FACEBOOK

Onda Parque sem esperança no futuro continua votado ao abandono

processo manteve-se estagna-do e não têm surgido investido-res interessados em comprar o terreno na Costa de Caparica, pertencentes à empresa Cons-truções Norte-Sul, detida pelo empresário Libório Temporão. Ao longo dos últimos tem-

pos um grupo de voluntários, movidos pelas saudades do ve-lho Onda Parque ainda tenta-rem mobilizar interessados, mas os últimos meses têm avo-lumado o desânimo, confir-mando o que a câmara de Al-mada tinha avançado: “não

entrou qualquer pedido formal nos serviços do município so-bre esse projeto em concreto".

Cenário desolador em 20 anos de abandono

Enquanto isso, e apesar dos voluntários terem procurado fazer alguma limpeza do que sobre do parque, o cenário é desolador. 20 anos volvidos sobre o encerramento do par-que aquático a degradação continua a avançar na imensa área ainda ocupada pelo que resta de escorregas, tobogans, piscinas e balneários. Uma mistura de destruição com graffitis por todo o lado, como se de uma aldeia fantasma se tratasse, paredes-meias com o IC20. A criação de um parque te-mático chegou a perfilar-se como a alternativa mais viável para aquele terreno, onde não existe nenhuma vedação, pelo que qualquer um ali pode entrar. Basta seguir pela estrada secun-dária paralela ao IC 20.

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TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

As escolas de samba e os grupos de axé desfilam em Sesimbra, atraindo milha-

res de visitantes à vila, este do-mingo e terça-feira, às 14 horas. Realizado por seis escolas de samba e dois grupos de axé, com cerca de 1 300 elementos, o cor-tejo percorre a av.ª 25 de Abril, rua da Fortaleza e av.ª dos Náu-fragos, com muita cor, música e animação. Esta segunda-feira, às 15 ho-ras, realiza-se o cortejo dos pa-lhaços, que junta todos os anos cerca de 4 mil mascarados de todas as idades. Em Sesimbra ainda está viva a tradição das Cegadas. O costu-me da zona rural, com mais de 100 anos, está de volta às fregue-sias do Castelo e de Santiago. A cegada de Alfarim intitula-se “O Padeiro Atrevido”, e a do Zambu-jal apresenta “Justiça Divina”.

Alfarim continua a dar conti-nuidade às Cavalhadas, onde um grupo de homens, a cavalo, de bicicleta ou de mota, demonstra a sua perícia, recriando hábitos medievais. As Cavalhadas são um costume típico das zonas ru-rais e no concelho têm acompa-nhado várias gerações. No dia 9, às 15 horas, no Lar-go das Forças Armadas, em Alfa-rim, um grupo de participantes, vai testar o seu jeito de cavaleiro. A tradição, que junta todos os anos uma grande assistência, promete voltar a animar a aldeia na terça-feira de Carnaval. O Enterro do Bacalhau sai à rua na noite de quarta-feira, num cortejo onde o humor está sempre presente. Nas coletivi-dades há bailes de mascarados. 90 anos de Carnaval de Sines

O Carnaval de Sines assinala 90 anos. Alguns dos pontos fortes desta edição são as homenagens

Corsos carnavalescos, desfiles de escolas de samba e de palhaços, cegadas, bailes de mascarados e de palhaços constam no programa dos principais festejos carnavalescos da região que ocorrem em Sesimbra, Sines, Moita e Palmela.

SESIMBRA, SINES, MOITA E PALMELA MARCAM PONTOS NO CARNAVAL DA REGIÃO, NOS RESTANTES CONCELHOS PONTIFICAM CORSOS ESCOLARES

As Mecas de sempre com os foliões à espreita

aos Descobrimentos e a Vasco da Gama nos desfiles carnava-lescos a realizar na Av.ª Hum-berto Delgado, o regresso dos bailes ao pavilhão dos Despor-tos e o fogo-de-artifício. Este domingo, o corso na Av.ª começa às 15 horas, com chega-da dos reis, discurso real, Parada dos Descobrimentos e recriação histórica de homenagem a Vas-co da Gama. Os desfiles contam com a participação de grupos de samba, grupos foliões, carros alegóricos, carros foliões, gru-pos musicais, acrobatas, gigan-tones e cabeçudos. Neste dia, ainda a destacar mais uma rota dos bares foliões (às 19h00), um espetáculo pirotécnico na Ala-meda da Paz (às 22h00) e a Festa dos Palhaços no Pavilhão dos Desportos (às 22h30). Na segunda-feira, o desfile na Av.ª Humberto Delgado, às 21 horas, inclui parada luminosa. Às 23 horas, há espetáculo piro-musical e, às 00h30, os foliões

organizam um Baile Trapalhão no pavilhão dos Desportos. No dia 9, há novo desfile na Av.ª Humberto Delgado, a partir das 15 horas. A não perder tam-bém, às 00h30, no pavilhão dos Desportos, o Baile das Rainhas, com homenagem às rainhas do Carnaval, entrega de prémios aos participantes do Carnaval e baile com a banda Pack7. Dia 10 tem lugar o Enterro do Entrudo, no Largo Poeta Boca-ge, a partir das 22 horas, e um espetáculo pirotécnico, no Cas-telo de Sines, à meia-noite.

Corsos em Alhos Vedros e Pinhal Novo

O corso de Alhos Vedros, no concelho da Moita, sai à rua este domingo e terça-feira, às 15 ho-ras. Este ano, o corso organizado pela Sociedade Filarmónica Re-creio e União Alhosvedrense, “A Velhinha”, intitula-se “A Velhi-nha é invadida pelas Quatro Es-

tações do Ano”. Assim, quatro carros alegóricos, cada um com sua estação do ano, vão desfilar, acompanhados por cerca de 350 participantes de todas as idades. De destacar que os fatos, carros alegóricos, coreografias e tudo o que envolve este corso é criado e construído por voluntários “amigos d’A Velhinha”, o que lhe dá um brilho mais especial. A entrada é livre. E no Pinhal Novo, os Amigos de Baco promovem o corso no dia 9, pelas 15 horas, e no dia 10, realizam o tradicional Enterro do Bacalhau, às 21h30, no coreto do jardim José Maria dos Santos. Em Palmela, os “Loureiros”, nos dias 6 e 8, realizam um baile animado pela banda “Baile a Bai-le”, e dia 7, com desfile, matiné e concurso infantil de mascarados. A Humanitária promove, nos dias 6 e 8, bailes de Carnaval com a Orquestra da Vila, Jorge Nice, concurso de máscaras e escola de samba, entre outras surpresas.

SOCIEDADE

A estratégia de relançamen-to turístico de Alcácer do Sal está a consolidar-se

com um grande incremento de visitas, deslocações e estadias. O presidente da Câmara de Alcá-cer do Sal, Vitor Proença, disse ao Semmais tratar-se de «um projeto já imparável», tendo em conta o crescimento registado nos dois últimos anos.É o caso do alojamento hote-leiro, das visitas à cripta arque-ológica, um dos monumentos mais importantes do concelho, com vinte séculos de história e a oferta do cinema digital. «Es-tamos num onda positiva e isso deve-se ao trabalho de promo-ção empreendido pelo municí-

pio, para além dos investimen-tos que temos feito para gerar oferta e melhorar serviços», refere Vitor Proença. E acres-centa: «Hoje temos um conce-lho muito mais convidativo».Em termos objetivos, a Pousa-da D. Afonso II, registou nos últimos três anos um crescente aumento do número de dormi-das. Em 2014, dormiram na Pousada 13.053 visitantes, nú-mero que subiu 33,8% em 2015, ano em que se registaram 14.142 dormidas. De acordo com dados da Pestana Pousa-das de Portugal, a Pousada D. Afonso II, passou a ser a se-gunda mais procurada em todo o Alentejo.

Pousada bate recordes de estadias e cripta em alta

Por seu turno, a Cripta Arqueoló-gica do Castelo de Alcácer regis-tou durante o ano de 2015 um au-mento considerável do número de visitantes. O espaço museoló-gico, localizado no subsolo do castelo e do antigo Convento de Aracaelli, foi visitado durante o ano passado por quase 7 mil pes-soas, tendo havido um aumento considerável em relação a 2014, ano em que 5.868 pessoas visita-ram o mesmo. Os meses de verão,

entre junho e setembro, foram aqueles em que a Cripta registou mais visitantes, tanto nacionais como estrangeiros.Na vertente cultural, as sessões de cinema do Auditório Muni-cipal registaram um incremen-to de 35% do número de espe-tadores. Em 2014, registaram-se 5.430entradas que se desloca-ram a este espaço para ver as últimas novidades cinemato-gráficas, número que aumen-tou significativamente no final de 2015, em que se registaram 7.349 espetadores.

PRESIDENTE DA CÂMARA DIZ QUE A PROMOÇÃO ESTÁ A RESULTAR E O CONCELHO MAIS CONVIDATIVO

Câmara de Alcácer diz que concelho atrai cada vez mais visitantes

Os números falam por si, diz Vitor Proença, o edil de Alcácer, que está confiante de que o movimento turístico vai torna-se imparável. As dormidas na Pousada D. Afonso II e as visitas à Cripta Arqueológica são os maiores trunfos.

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LOCALLOCAL

ALMADAMUNICÍPIO QUER DISTINGUIR JOVENS TALENTOS O município vai lançar o 7.º Concurso Jovens Talentos. A fase de candidaturas é entre 2 de fevereiro e 2 de março. O concurso Jovens Talentos “Almada, Cidade Educadora” destina-se a jovens dos 12 aos 35 anos, estudantes, residen-tes ou que desenvolvam atividade relevante no concelho.“Almada, Cidade Educadora”, “Almada, terra do conhe-cimento”, “Almada, terra das artes e da criatividade”, “Almada, terra do empreendedorismo”, “Almada, terra do bem-estar e do desporto” e “Almada, terra solidária e das oportunidades”, são as seis categorias do concurso.Nesta edição, há um novo prémio, o Jovem Promessa, que poderá premiar uma candidatura, do conjunto dos candida-tos, quando se reconhece evidências de talento promissor.O motociclista almadense Miguel Oliveira, vice-cam-peão do mundo de Moto3 – Mundial de Velocidade, é, em 2016, o embaixador deste concurso.As candidaturas podem ser entregues por iniciativa própria ou por entidades locais, que podem candidatar jovens individualmente ou em grupo. Serão atribuídos prémios no valor de 300, 600 e 1 200 euros.

GRÂNDOLAPORCO, SOPAS E AÇORDAS PARA PROVAR Catorze restaurantes participam até 9 de Fevereiro na 7.ª edição das Semanas Gastronómicas promovidas pelo município. Mista de Porco do Montado com Migas de Espargos, Per-nil no Forno com Carqueja e Enchidos, Lombinho de Por-co Assado no Forno em Crosta de Pistachio com Batata e Grelos Salteados, Açorda de Espinafres com Toucinho, Açorda de Poejos com Bacalhau, Açorda de Fraca, Sopa de Cação, Sopa do Cozido ou Sopa de Feijão com Chou-riço são alguns dos 60 pratos diferentes para apreciar nesta Semana Gastronómica do Porco, Sopas e Açordas.Esta iniciativa de promoção gastronómica tem como objetivo dar a conhecer e a saborear os produtos mais característicos da Dieta Mediterrânica considerada pela UNESCO Património Imaterial da Humanidade e que se distingue pela presença regular das sopas, cozidos e guisados, pão, frutos e produtos hortícolas, frutos secos, utilização de ervas aromáticas como condimento e con-sumo de azeite como principal gordura.Por todo o Alentejo abunda esta diversidade de produ-tos absolutamente única, a que acrescentamos o por-co, a caça e o borrego.

BARREIROMUNICÍPIO PROMOVE CICLO DE CONFERÊNCIAS MENSAIS A Câmara Municipal do Barreiro arrancou, no dia 4 de fevereiro, pelas 14h30, na Biblioteca Municipal do Bar-reiro, com um Ciclo de Conferências mensais, nas pri-meiras quintas-feiras do mês, com o tema “ISoP – Inovar em Serviços Públicos”. “Gerir as comunicações para melhor responder às pesso-as, tendências e inovação” foi o título desta primeira sessão que contou com diversos convidados, entre os quais Xavier Rodríguez-Martín, presidente executivo da DSTelecom.As próximas sessões, agendadas para 3 de março e 7 de abril, têm como título, respetivamente, “Gerir a relação com o munícipe: processos, procedimentos e sistemas de informação” e “Cidades inteligentes / smart cities - presente e futuro”.Com este ciclo de conferências a CMB pretende colocar na agenda, de forma regular, o debate, a partilha de ideias e reflexões, experiências e tendências, as melhores práticas no setor das Tecnologias da Comunicação e Informação adaptadas à realidade pública, particularmente municipal, procurando envolver vários atores do setor em múltiplos temas e conteúdos, sempre com o pensamento focado no serviço às populações, sublinhando a disseminação da in-formação e conhecimento relevante sobre o que há, o que pode haver e as mais-valias que podem as TIC protagoni-zar na melhoria dos serviços prestados às pessoas.

ALCÁCER DO SAL CONCELHO ATRAI CADA VEZ MAIS VISITANTESAlcácer tem atraído nos dois últimos anos mais turis-tas, particularmente no alojamento hoteleiro, na cripta arqueológica e na oferta do cinema digital. Tudo devido ao trabalho de promoção empreendido pelo município.A pousada D. Afonso II registou nos últimos três anos um crescente aumento do número de dormidas. Em 2014, dormiram ali 13 053 visitantes, número que subiu 33,8 por cento em 2015, ano em que se registaram 14 142 dormidas. A pousada D. Afonso II passou a ser a segunda mais procurada em todo o Alentejo.A Cripta Arqueológica registou em 2015 um aumento con-siderável do número de visitantes. O espaço museológico, localizado no subsolo do castelo e do antigo Convento de Aracoelli, foi visitado em 2015 por quase 7 mil pessoas, ten-do havido um aumento considerável em relação a 2014, ano em que 5 868 pessoas visitaram o mesmo. O cinema no auditório registou um incremento de 35 por cento de espetadores. Em 2014, registaram-se 5 430 en-tradas de pessoas que se deslocaram a este espaço para ver cinema, número que aumentou significativamente no final de 2015, em que se registaram 7 349 espetadores.

MONTIJOMUNICÍPIO ABRE CANDIDATURAS PARA A SEMANA DA JUVENTUDEA Semana da Juventude 2016 está a arrancar. Até ao dia 4 de março, o gabinete da Juventude do município está a aceitar candidaturas para a Semana da Juventude que irá decorrer de 9 a 15 de maio. Os jovens devem apresentar a sua candidatura para fazer parte da semana da Juventude com as suas ideias. Podem apresentar a sua candidatura nas mais diferentes áreas, nomeadamente desporto, dança, exposições, torneios, workshops, seminários, um sem fim de hipóteses a explo-rar, basta terem ideias.Podem candidatar-se associações de estudantes; associa-ções e estruturas juvenis; grupos informais de jovens, sem personalidade jurídica, que se reúnam para realizar ativi-dades pontuais (os grupos informais de jovens deverão ser constituídos por um mínimo de 3 pessoas e a média de idades do grupo não deverá ultrapassar os 30 anos); jo-vens com atividade individual (artistas, criativos), com idades compreendidas entre os 14 e os 30 anos.A Semana da Juventude é promovida pela Câmara, através do gabinete da Juventude, com o objetivo de apoiar e estimular a participação e a intervenção dos jovens munícipes no concelho.

ALCOCHETE ESCOLA SECUNDÁRIA PARTICIPA NO AMARSUL ECO SOUND A Secundária de Alcochete está a participar na iniciativa Amarsul Eco Sound, em competição com as escolas se-cundárias, localizadas nos municípios da área de inter-venção da Amarsul.O evento é um concurso que tem como objetivo premiar a escola e os alunos que recolherem a maior quantidade de resíduos, per capita, com mil euros em material didático para a escola, e um concerto exclusivo de uma banda ou artista nacional para os alunos da escola vencedora.Com esta ação a Amarsul pretende criar hábitos de reci-clagem na população escolar e dar sequência aos objeti-vos definidos no âmbito do PERSU 2020 – Plano Estraté-gico para os Resíduos Urbanos, no sentido do aumento da recolha seletiva, por via de uma maior separação de reci-cláveis, desviando-os da deposição em aterro.Com início a 1 de novembro de 2015 e fim a 30 de abril de 2016, o concurso pretende aliciar, durante este ano letivo, os alunos para as vantagens da reciclagem.Nos meses de novembro e dezembro a Secundária de Alco-chete ficou posicionada no 4.º e 6.º lugares, respetivamente.

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LOCALLOCAL

SANTIAGO DO CACÉM2.º FESTIVAL DA ENGUIA DE ST.º ANDRÉ REFORÇA DIMENSÃO NACIONALO 2.º Festival da Enguia da Lagoa de St.º André, organiza-do pelo município, que decorreu entre 22 e 31 de janeiro, voltou a superar as melhores expectativas e contou com a presença de milhares de pessoas, oriundas de vários pon-tos do país, que esgotaram os restaurantes aderentes e não quiseram perder a oportunidade de degustar uma iguaria que cada vez mais reúne consenso na sua qualidade.Durante dez dias, os restaurantes aderentes registaram uma afluência superior ao ano passado e disponibilizaram vários pratos confecionados com uma das mais tradicio-nais maravilhas gastronómicas locais, num acréscimo de três estabelecimentos em relação à 1.ª edição do festival. À semelhança do ano anterior, os visitantes foram surpreen-didos por apontamentos de animação cultural, que foram o complemento ideal para a degustação das iguarias.Álvaro Beijinha faz um balanço «muito positivo». «Os restaurantes estiveram sempre bem compostos, em particular nos fins de semana. Neste último, o tempo ajudou e estiveram todos cheios». O sucesso do even-to, explica o edil, «é o resultado de um conjunto de esforços, não só da própria organização, mas dos res-taurantes em particular, que tiveram um papel deter-minante ao associarem-se a esta iniciativa. Será, certa-mente, para continuar nos próximos anos».

SESIMBRA ESPAÇO INTERPRETATIVO DA LAGOA PEQUENA VISITÁVEL CINCO DIAS POR SEMANAO edil Augusto Pólvora e o diretor da SPEA, Luís Costa celebraram, no dia 2, Dia Mundial das Zonas Húmidas, na Lagoa Pequena, um protocolo de colaboração que per-mitirá manter aberto ao público o Espaço Interpretativo da Lagoa Pequena, cinco dias por semana, já a partir de março. Até agora o espaço abria apenas aos sábados.«Esta parceria é muito positiva para a Lagoa Pequena, na medida em que constitui uma nova oportunidade para a promoção deste local, que é uma mais-valia em termos de espaço natural, e é um recurso turístico que temos para oferecer», sublinhou o autarca.Pólvora disse ainda que até ao verão devem estar imple-mentadas no espaço as novas infraestruturas que vão melhorar o acolhimento aos visitantes.Luís Costa referiu que «com a presença permanente de uma bióloga, e um novo horário, o EILP terá mais condi-ções para se dar a conhecer». O diretor da SPEA agradeceu depois à Câmara e ao ICNF o trabalho desenvolvido na ges-tão e preservação dos valores naturais da Lagoa Pequena.O acontecimento contou ainda com a presença de João Fa-rinha, diretor do ICNF, e terminou com uma visita aos per-cursos e observatórios de aves do Espaço Interpretativo.

MOITAPRÉMIO DE POESIA JOAQUIM PESSOA DESCOBRE NOVOS TALENTOSO Prémio de Poesia Joaquim Pessoa surge de uma par-ceria entre a Câmara Municipal da Moita e a Editora Edi-ções Esgotadas, no âmbito das comemorações dos 40 anos de atividade literária do poeta, e destina-se a galar-doar, bienalmente, uma obra de poesia escrita em língua portuguesa (inédita). A apresentação pública do Prémio de Poesia Joaquim Pessoa realizou-se no passado dia 17 de dezembro de 2015, no Fórum Cultural José Manuel Fi-gueiredo, na Baixa da Banheira.O prazo para entrega das obras a concurso decorrerá entre 19 de fevereiro e 18 março, sendo divulgado o ven-cedor a 2 de junho. O valor do prémio é de 5 mil euros. A obra vencedora será também publicada pela Editora Edições Esgotadas.Joaquim Pessoa é poeta, artista plástico e publicitário, figura associada aos concelhos da Moita e do Barreiro, reconhecida a nível nacional.

SEIXALBIBLIOTECA PROMOVE DIA DA INTERNET MAIS SEGURAA biblioteca do Seixal promove no dia 11, três ações de sensibilização e informação sobre uma utilização mais segura da Internet. A participação é gratuita.A iniciativa assinala o Dia da Internet Mais Segura, que se celebra a 9 de fevereiro com o tema “Faz a tua parte, por uma internet melhor”, uma data que promove uma utilização mais segura e responsável das tecnologias de informação e comunicação, especialmente entre crian-ças e jovens de todo o mundo. Duas das ações são dirigidas a alunos de escolas do concelho, em horário escolar. A outra é dirigida a pais, encarregados de educação, professores, técnicos de biblioteca e público em geral, e decorre a partir das 18h30 horas, na biblioteca local. Os interessados podem inscrever-se através do telefone 210 976 100 ou do email [email protected] ações são dinamizadas pelo Centro Internet Segura – IPS/ESE, que integra as redes Insafe e Inhope, presentes em todos os países da União Europeia para uma ação concertada e coordenada a nível europeu contra os con-teúdos nocivos e maliciosos, formando os cidadãos para uma utilização crítica da Internet.

PALMELAPROSSEGUE AMPLIAÇÃO DA REDE DE SANEAMENTO NA CARREGUEIRAO município tem em curso a ampliação da rede doméstica nas ruas da Liberdade e 1.º de Maio e na Travessa de S. Domingos, na zona da Carregueira, Pinhal Novo. Trata-se de um prolongamento de cerca de 400 metros, que inclui a ligação ao emissário da Águas de Lisboa e Vale do Tejo. A obra compreende, também, a construção de ramais do-miciliários que irão dotar de saneamento mais de duas dezenas de famílias.Na mesma área, tinha já sido concluída, no final de 2015, a ampliação da rede doméstica na rua 25 de Abril, num prolongamento de cerca de 200 metros e 15 ra-mais domiciliários.Estas obras integram uma empreitada mais vasta, no va-lor de 86 mil euros, que contempla várias obras de pro-longamento e remodelação da rede, em todo o concelho.Entretanto, está a decorrer a remodelação da rede de águas de abastecimento na EN 5, à entrada de Águas de Moura. São substituídos 70 metros de condutas e execução de vários nós de ligação, que pretendem re-solver definitivamente um problema que vinha origi-nando roturas frequentes.

SINES NATAÇÃO DO LITORAL ALENTEJANO COM BOAS PRESTAÇÕESO Clube de Natação do Litoral Alentejano (CNLA) alcan-çou, no passado dia 23, em Extremoz, uma das suas mais belas vitórias coletivas, ao sagrar-se campeão inter-regio-nal de clubes. O CNLA afirmou-se não só como o clube mais forte do Alentejo, como também da área que com-preende o distrito de Santarém e a zona do Interior Centro.Foram 13 os obreiros deste feito: Ana Sofia Sousa, Carolina Guedes, Íris Rola, Melissa Lopes, Nicoleta Lascu, Susana Mateus (femininos), Hugo Correia, Jaime Costa, Mauro Costa, Nélson Malheiros, Rodrigo Costa, André Bôto e Rui Santos (masculinos).A prestação do CNLA teve como base a regularidade dos seus atletas ao longo do dia, abrilhantada por 11 vitórias em provas, vencendo categoricamente o campeonato com um total de 502 pontos, superiorizando-se por 20 pontos ao Aminata, de Évora, e ao Clube de Natação de Rio Maior, por 57 pontos.Participaram 20 clubes, em representação das Associa-ções de Natação do Alentejo, Santarém e Interior Centro.

SETÚBAL SETÚBAL RECONHECIDA COMO “DESTINO GASTRONÓMICO DO ANO”Setúbal foi reconhecida como “Destino Gastronómico do Ano” pela Wine – A Essência do Vinho, revista que atribuiu a distinção na gala “Os Melhores do Ano”, realizada a 29 de janeiro, no Porto.A publicação especializada em vinhos, gastronomia e eno-turismo selecionou Setúbal como o melhor destino gas-tronómico de 2015 pela vitalidade do setor da restauração local, pela qualidade dos produtos de rio e de mar e pela paisagem, num critério para o qual também contou o en-quadramento com a Serra da Arrábida.A aposta em festivais gastronómicos, o reconhecimen-to da qualidade do Mercado do Livramento e a cada vez maior captação de visitantes foram outros critérios que contaram para a atribuição do galardão.O prémio, entregue ao município, na cerimónia realizada no Crowne Plaza Porto Hotel, teve como nomeados Setú-bal, Évora, Loulé e Peniche.No total, a cerimónia “Os Melhores do Ano” atribuiu 13 dis-tinções em diferentes áreas de interesse, como “Vinho do Ano”, “Personalidade do Ano na Gastronomia”, “Restauran-te Gastronómico do Ano” e “Produto Artesanal do Ano”.

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CULTURA

TEXTO ANTÓNIO LUISIMAGEM SM

João do Nascimento aca-ba de lançar o seu livro de poesia intitulado “Um

rio onde apoiar os braços”, com o apoio da editora Edi-ta-me, sedeada no Porto, e a chancela da Insubmisso Ru-mor. A obra, com sala cheia, foi apresentada no dia 30 de janeiro no espaço FNAC do Colombo, em Lisboa. Segundo o autor, trata--se de «um livro de poesia, pelo que apresenta conteú-dos variados e diversos am-bientes. É uma viagem que é feita do estar e do deambu-lar, onde o leitor é convidado a demorar-se nos momen-

tos essenciais, na essência da vida e nos objetos resi-dentes e construtores de ce-nários. É uma obra voltada para fora, para o todo, sem dividir os mundos íntimos e pessoais, entre o que é im-portante e o que não é». Cada poema teve «o seu tempo de construção, pelo que o livro foi nascendo, naturalmente, ao longo de cerca de um ano», acres-centando que é uma obra que teve a vida como inspi-ração. «É claramente inspi-rado pela vida, pelas pesso-as, pela realidade e pela forma como essa realidade é interpretada por diferen-tes consciências». Além de “Um rio onde

apoiar os braços”, João do Nascimento editou outros três livros, nomeadamente o romance “Escrever en-quanto todos dormem”, lançado pela Portugália Editora, em janeiro de 2009; a biografia do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, “Do agreste ao pla-nalto”, lançado pela Edito-rial Notícias, em julho de 2003; e o livro de poesia “Duas pegadas de água na chuva”, lançado pela Quasi Edições, em abril de 2001. Com o preço de capa de doze euros na FNAC, a obra tem 105 páginas e vai estar disponível, em breve, nou-tras superfícies comerciais da região e do País.

JOÃO DO NASCIMENTO LANÇA LIVRO DE POESIA INSPIRADO NA VIDA QUOTIDIANA

Uma viagem feitado estar e do deambular

O terceiro livro do jornalista João do Nascimento já está disponível nas FNAC s. O autor diz que estamos perante uma obra voltada para fora, para o todo, sem dividir os mundos íntimos e pessoais, entre o que é importante e o que não é.

O Teatro Extremo, de Almada, estreou, ontem, sexta-feira, a

peça “Mythos”, no Teatro--Estúdio António Assun-ção, onde ficará em cena até dia 27, às sextas e sá-bados, às 21h30, e aos do-mingos, às 16 horas. “Mythos” é um espetá-culo de inspiração clow-nesca para público a partir dos 6 anos, interpretado por Bibi Gomes, Fernando Jorge Lopes e Rui Cerveira. Trata-se de uma criação original, com direção artís-tica de Joseph Collard, clo-wn belga co-fundador da companhia Les Funambu-les, que integra o elenco do espetáculo “Ovo” do Cirque du Soleil. O ponto de partida para esta peça é uma con-ferência sobre a Mitologia,

que leva os personagens de “Mythos” a fazer uma “viagem” em tom de co-média, em demanda da curiosidade e da imagina-ção universal, glosando os mitos universais e urba-nos para expor a condição humana na nossa socie-dade contemporânea. No café-teatro deste sá-

Teatro Extremo estreia peça baseada em conferência sobre mitologia

O auditório municipal de Pinhal Novo é pal-co, este sábado, às

20h30, da apresentação do livro de Hélder Tadeu de Al-meida, “Na Fronteira de Ti-mor”. O livro será apresen-tado por José António Cabrita e a iniciativa conta-rá, também, com a projeção de imagens de Timor e com uma atuação pelo Grupo Coral da Sociedade Filar-mónica União Agrícola, de Pinhal Novo, que cantará na língua Tétum. Natural do Algoz e re-sidente em Pinhal Novo, Hélder Tadeu de Almeida nasceu em 1942 e concluiu

o curso de sargentos mili-cianos em 1965, tendo sido colocado no Batalhão de Sapadores de Cami-nhos-de-Ferro, no centro de instrução do Entronca-mento. Entre 1967 e 1969, já casado e com uma filha, foi mobilizado para Timor,

Hélder Tadeu de Almeida apresenta livro no auditório de Pinhal Novo

bado, dia 6, às 23h30, logo após a apresentação de “Mythos”, os Mendigos e Ladrões estreiam o seu tra-balho em formato acústico. A exposição de artes plásticas de Teresa Inácio, um pouco disto e daquilo “como coisa real por den-tro”, continua patente ao público até 28 Fevereiro.

chefiando equipas de as-sistência na fronteira com a Indonésia. Neste livro, descreve o choque e a ex-periência do contacto com uma cultura distante e com um território isolado e desconhecido, onde «a Natureza era rainha».

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CULTURA

SETÚBAL06SÁBADO21H30 RECITAL HISTÓRICO REGRESSA AO PALCOFORUM LUÍSA TODI

Dois dos maiores artistas internacionais portu-gueses de sempre, Elisabete Matos e Artur Pizarro, repetem no Forum um recital histórico que teve lugar no Teatro Nacional de S. Carlos a 21 de No-vembro de 2015. São interpretadas obras de Hec-tor Berlioz, Gioachino Rossini, Enrique Granados e Manuel de Falla.

BARREIRO06SÁBADO21H30ARTEVIVA REGRESSA COM COMÉDIA TEATRO MUNICIPAL DO BARREIRO

«Já lhe disse que quero reservar um quarto no Hotel da Bela Vista!!». E você, já reservou? Não percam tempo, “Hotel da Bela Vista”, às sextas e sábados, às 21h30. Boa estadia e divirta-se nesta divertida comédia de Odon von Horváth.

PALMELA30SÁBADO21H30MUSICAL HIP HOP EM ESTREIACENTRO CULTURAL DE POCEIRÃO A Associação Cultura e Desporto de Poceirão apre-senta, em estreia, no Centro Cultural de Poceirão, o musical hip hop “Luz”. O espetáculo, levado à cena pelo projeto R’Dancers e apoiado pelo município de Palmela, conjuga dança e representação e destina-se a público de todas as idades.

PALMELA06SÁBADO21HMEMÓRIAS PARTILHADAS DE MONTEMURO TEATRO O BANDO, VALE DE BARRIS As “Memórias Partilhadas”, do Teatro Regional da Serra de Montemuro, peça estreada no Teatro Nacional D. Maria, em 2015, constrói-se a partir de uma carteira, um lápis e uma almofada. Três atores e três autores (Abel Neves, Peter Cann e Therese Collins) prometem histórias que podem “destravar o mundo”, com música e muito humor à mistura.

ALMADA06SÁBADO22HHISTÓRIA DE UMA MULHER ENIGMÁTICATEATRO MUNICIPAL DE ALMADA

Na origem de “Pour Dolorès” está o rosto de uma mulher silenciosa, enigmática e marcante, que emana de uma máscara antiga de cartão pintado em tons mate, com traços toscos, cabelos negros, lábios vermelhos e olhar oblíquo. Esse encontro fortuito, ocorrido numa feira de velharias, suscitou em Josef Nadj saber quem era Dolorès.

MOITA06SÁBADO15H30E17HTEATRO PARA BEBÉSFÓRUM CULTURAL JOSÉ MANUEL FIGUEIREDO, BAIXA DA BANHEIRA

“A Preto e Branco, Um Risco Amarelo” é o nome da peça que o Teatro do Biombo vai apresentar a bebés dos 6 aos 36 meses. É explorada a perceção e visão do bebé que começa por ver imagens em contraste, a preto e branco, e, aos poucos, no seu desenvolvi-mento, vai distinguindo as tonalidades, criando a sua relação com o surgimento da cor.

CONVITES DUPLOS PARA O ARTEVIVA Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para o espetáculo “Hotel da Bela Vista” às sextas e sába-dos, às 21h30, que acabou de estrear no teatro municipal do Barreiro, sob a batuta do ArteViva. Para se habilitarem aos papelinhos mágicos, os nossos leitores terão de ligar para o 918 047 918 ou o 969 43 1 0 85 e manifestarem interesse em assistir a estas produções de qualidade.

AGENDA

Arranca este sábado, às 21h30, na Capricho Setubalense, o 8.º

Concurso de Fado de Setú-bal. A segunda semifinal de-corre no dia 13. A gala final está agendada para dia 20. A prova conta com par-ticipantes dos 18 aos 44 anos e oriundos de diferen-tes pontos do país, selecio-nados em audições realiza-das a 30 e 31 de janeiro. O concurso inclui, de Setúbal, os concorrentes Ana Rita Caleiro, Fátima Pereira e Hugo Nogueira. Carla Marono, Leonor Du-

arte e Susana Silva vêm do concelho do Seixal. Os res-tantes participantes são Carlos Fernandes, de San-tarém, Maria João Madei-ra, de Torres Vedras, Susa-na D’Ayres, de Odivelas, e Tiago Quental, de Coimbra. Em cada semifinal são apurados três fadistas para a gala final. Cada concor-rente interpreta, pelo me-nos, dois temas em cada atuação, acompanhados por Custódio Magalhães (guitarra portuguesa), e Ví-tor Pereira, (viola de fado). O vencedor recebe 500

euros e um convite para atuar na Feira de Sant’Iago 2016, enquanto o 2.º e o 3.º classificados ganham 250 e 125 euros, respetivamente. O concurso conta tam-bém com o Prémio do Pú-

Setúbal escolhe os melhores fadistas

O cantor setubalense Clemente está a festejar os seus 45

anos de carreira. As co-memorações iniciaram--se no passado dia 30 de janeiro, ao final de tarde, no Hotel do Parque Bom Jesus de Braga, onde re-cebeu algumas condeco-rações e, depois, no jan-tar da 7.ª edição do Jantar de Reis, na gala de apoio à candidatura do Bom Je-sus a Património da Hu-manidade, Clemente foi condecorado por D. Du-

arte Pio de Bragança e pelo Príncipe Davit Bra-gationi M. Batonishvili, da Casa Real da Geórgia. Para o cantor, esta dis-tinção de Braga representa «o reconhecimento por im-portantes instituições e indi-vidualidades do meu traba-lho dentro e fora de Portugal, divulgando essencialmente a língua portuguesa». De salientar que no dis-curso que D. Duarte Nuno de Bragança foi feita refe-rência à sua carreira inter-nacional junto da diáspora

portuguesa e não só, o que arrancou fortes aplausos das cerca de 500 pessoas presentes no evento. Perante tanta distinção a nível nacional e interna-cional, questionámos Cle-mente se não acha injusto não ter sido ainda alvo de homenagens em Setúbal. «A melhor distinção que posso receber dos setuba-lenses é o aplauso e a pre-sença nos meus concertos em Setúbal». Apurámos que foi cria-do um movimento, consti-

Clemente condecorado por D. Duarte Pio e pelo príncipe da Geórgia

blico, no valor de 125 euros e direito de participação na Feira de Sant’Iago, e o Prémio Melhor Fadista do Concelho, igualmente com acesso a atuar no certame. A entrada custa 5 euros.

tuído por pessoas de vários quadrantes da nossa socie-dade, que pretendem que Clemente seja condecora-do pela Presidência da Re-pública.

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POLÍTICA

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

David Gomes, presi-dente do CDS-PP Al-mada, veio esta terça-

-feira exigir do governo do Partido Socialista, a inscri-ção de uma verba no Orça-mento de Estado para a construção do novo quar-tel da GNR na Caparica - Almada. Para o mesmo, os esfor-ços já iniciados no governo PSD/CDS-PP para que o novo quartel daquela força de segurança seja uma rea-lidade, não devem ter sido em vão, devendo o governo do PS suportado pelos res-tantes partidos de esquer-da, dar continuidade a essa preocupação e providen-ciar todos os esforços para que a GNR possa ver com a máxima urgência melhora-das as condições para a prestação da sua missão junto das populações. Em visita anteriormen-te realizada ao posto da Trafaria pelo deputado

municipal António Pedro Maco, o mesmo pôde cons-tatar que as condições em que os militares da guarda trabalham no velho posto não são dignas nem apro-priadas para o pleno exer-cício dos militares incluin-do mesmo as condições das camaratas, que colo-cam em risco a sua saúde tal a degradação do seu es-tado. David Gomes entende desta forma, que «é tempo de dar resolução a um pro-blema que beneficiará não

Populares de Almada exigem inscrição em OE do novo quartel da GNR da Caparica

só a qualidade do serviço prestado pela GNR às po-pulações como também trará mais segurança e mais serenidade a uma lo-calidade já identificada pe-las forças de segurança como uma das mais pro-blemáticas do distrito de Setúbal». E conclui: «O Governo do PS terá agora a oportu-nidade e num clima econo-micamente mais favorável deixado pelo anterior go-verno, de resolver a ques-tão pendente e urgente».

A Associação de Muni-cípios da Região de Setúbal reuniu-se

com o ministro-adjunto de

MINISTRO-ADJUNTO, EDUARDO CABRITA, OUVIU CADERNO REIVINDICATIVO, E PROMETEU ESTUDAR DOSSIERS

AMRS reuniu-se com Governo para discutir investimentos na região

Portugal, Eduardo Cabrita, no dia 3, para falar de in-vestimentos relevantes para a região de Setúbal. Diz a AMRS que “os municípios da região fo-ram pioneiros de um projeto regional de de-

senvolvimento no Plano Estratégico para o De-senvolvimento da Penín-sula de Setúbal, desde os anos 2000, assumindo a responsabilidade de se constituírem como pro-motores desse desenvol-

Os dirigentes da AMRS reuniram esta semana com o ministro Eduardo Cabrita sobre alguns dos mais importantes investi-mentos públicos para a região. Não se esperavam grandes conclusões. Mas ficou aberta o porta do diálogo.

vimento, com a criação de mais e melhor empre-go e no aumento da pro-dução de riqueza”. A localização estraté-gica da Península de Se-túbal foi também discu-tida, como um papel

estratégico para o de-senvolvimento nacional contudo, “esse contribu-to não é compatível com os constrangimentos provocados por hesita-ções e oscilações nas de-cisões da Administração Central”. Na região, a existência de uma estratégia clara e definida é fundamental para vários investimentos nacionais. Como é o caso do novo aeroporto de Lis-boa no Campo de Tiro de Alcochete e a concretiza-ção de investimentos em matéria de mobilidade in-tra-regional, entre outros.

Investimentos para futuro da Península

Para os municípios da região, estes investi-mentos são elementos

determinantes para o de-senvolvimento do país e a superação de dificul-dades e constrangimen-tos da economia social. Segundo a AMRS, ao longo das últimas déca-das, constatou-se um desinvestimento na re-gião e um aprofunda-mento de assimetrias no seio da Área Metropoli-tana de Lisboa por polí-ticas governamentais. Perante estas medi-das, os municípios de Se-túbal consideram neces-sário que o Governo proceda a uma inversão da política praticada por anteriores Governos e re-afirmam o seu empenho, a sua disponibilidade e o seu interesse para que esta região sirva de “ala-vanca para o desenvolvi-mento de Portugal”.

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DESPORTO

Este é o tiro de partida para esta grande corrida que nos liga a todos pelo des-

porto», sublinhou a edil Dores Meira, para depois afirmar que a cidade está preparada para «um ano inteiro e intenso de desporto popular, de desporto em grandes competições, de desporto pelo prazer da parti-cipação». Para conquistar o reconheci-mento feito a Setúbal pela ACES Europe – Associação das Capitais e Cidades Europeias do Despor-to, juntamente com outras 18 ci-dades europeias, foi necessário «muito trabalho», revelou. «Ago-ra é necessário muito mais, para que tenhamos nas ruas milhares de pessoas a praticar desporto». O programa oficial tem já mais de duas centenas de ações confirmadas, incluindo a FINA Swim Marathon Olympic Games Qualification Tournament 2016, a 11 e 12 de junho, a partir do par-que de Albarquel, prova de nata-ção em águas abertas, única em Portugal, de qualificação para os Jogos Olímpicos do Rio de Ja-neiro, no Brasil, em 2016.

FORAM DEZ HORAS DE ACTIVIDADES DESPORTIVAS QUE DECORRERAM EM VÁRIOS PONTOS DO CONCELHO, E A IDEIA É CONTAGIAR ATÉ AO FINAL DO ANO

Setúbal Cidade Europeia do Desporto abriu com muito desporto e festa nas Manteigadas

Históricos Fabril e Barreirense disputam Taça Cidade do Barreiro em jogo solidário

O regresso a Setúbal, mais de 40 anos depois, de uma etapa da Volta a Portugal em Bicicleta, é outro dos eventos assegurados no âmbito do programa despor-tivo. A realização de dois torneios internacionais de golfe, assim como o Campeonato da Europa de Biatle & Triatle, a Alegro Meia Maratona de Setúbal e o Dura Trail Internacional de Setúbal são outros eventos de relevo no calendário desportivo a decorrer entre janeiro e dezembro.

O secretário de Estado todo Desporto, João Menezes, teceu elogios ao património natural de excelência do território setuba-lense para a dinamização des-portiva. «Da serra à baía, a práti-ca do desporto é bastante atrativa, com Setúbal a oferecer condições únicas para as mais variadas modalidades».

«Programa reúne todas as condições para ser um êxito»

Setúbal Cidade Europeia do Desporto 2016 arrancou no dia 30 com dez horas consecutivas de atividades desportivas e a cerimónia de abertura no pavilhão das Manteigadas, com a presença de 1 700 pessoas. Secretário de Estado do Desporto diz que o programa sadino tem todas as condições para ser um êxito.

Os históricos do futebol português GD Fabril (ex--CUF) e FC Barreirense

vão disputar a 3.ª edição da Taça Cidade do Barreiro, este sábado, pelas 15h00, no estádio Alfredo da Silva, cuja receita, tal como nos anos anteriores, terá fins solidários. Bruno Pai-xão será o árbitro da partida. Os ingressos, no valor de “duas bolas”, encontram-se disponí-veis no posto de Turismo do Barreiro, auditório Augusto Cabrita e, no dia do encontro, na bilheteira do GD Fabril. No passado da 1, o evento foi apresentado na sala de sessões dos Paços do Concelho, com as presenças de Fernando Oliveira, presidente do V. Setúbal, José Augusto, bicampeão europeu e antiga glória do FC Barreirense, António Fernandes e José Paulo Rodrigues, presidentes do GD Fabril e FC Barreirense, Sousa Marques, presidente da Associa-ção de Futebol de Setúbal (AFS), Bruno Paixão, em representação do Núcleo de Confraternização

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

de Árbitros de Futebol do Bar-reiro, Carlos Humberto, edil lo-cal, e Elisabete Ferreira, presi-dente da CERCIMB – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas da Moita e Barreiro, instituição para a qual reverterá a receita do jogo. Os presidentes dos clubes, António Fernandes e José Paulo Rodrigues, sublinharam o cariz solidário do jogo. Falaram em “festa” e, ao mesmo tempo, ma-nifestaram a vontade de vencer. Fernando Oliveira, que jogou na CUF de 1964 a 1973, sendo treinador em 1974/75 e, ainda, dirigente do clube fabril, apesar de estar em Setúbal, disse ser «um indefetível da cidade do Barreiro». O atual líder do clube sadino aventou a criação de um triangular, incluindo o V. Setú-bal. José Augusto representou o FC Barreirense dos 14 aos 21 anos, rumando para as “águias” em 1959/60. «Estou as reviver, hoje, aqui, aquilo que foi um passado significativo da minha

vida», afirmou o bicampeão eu-ropeu, recordando “dérbis” de outros tempos, entre as suas muitas memórias.

«O futebol profissional está a precisar de bons exemplos»

O árbitro da partida, Bruno Pai-xão, desejou que ambos os clu-bes deem «uma imagem do que é o futebol, que é disputar o jogo pelo jogo, com muito respeito, com muito fair-play. «O futebol profissional está a precisar de bons exemplos», disse. A presidente da CERCIMB fa-lou das várias valências da insti-tuição e da “filosofia de inclusão” em que assenta o funcionamen-to. Elisabete Ferreira sublinhou o desejo de continuar a trabalhar em parceria e concluiu: «Porque a diferença todos nós a temos – uns mais, outros menos. Acima de tudo somos pessoas e depois temos a diferença». «O primeiro grande objetivo desta Taça, deste jogo, desta ini-ciativa, é, de facto, a solidarieda-

Já o presidente da representa-ção portuguesa da ACES Europe, Nuno Santos, adiantou que o programa sadino «tem todas as condições para ser um êxito», reforçou que a «forte aposta do município neste projeto vai con-ferir uma maior visibilidade à cidade», na área desportiva e a vertente turística. Além do desporto, com eventos em equipamentos urba-nos, no rio Sado e na Arrábida, o estatuto alcançado este ano in-tegra um vasto conjunto de ati-vidades nas vertentes do lazer e da formação, assim como na cultura, como ciclos de cinema e exposições. Antes do desfile dos 57 clu-bes, associações e coletividades que fazem mexer Setúbal Cidade Europeia do Desporto 2016, a cerimónia destacou atletas, diri-gentes e técnicos desportivos setubalenses, nas mais variadas modalidades, que assumem o papel de embaixadores do des-porto sadino. A festa, apresenta-da por Bárbara Guimarães, ter-minou com um concerto dos Deolinda. Fernando Tomé e Hélio Sou-sa, antigas glórias do VFC, Mário Narciso, selecionar nacional de

futebol de praia e campeão do mundo em 2015, a par dos atle-tas olímpicos Edi Maia, no atle-tismo, e Tiago Venâncio, na na-tação, são apenas alguns dos nomes destacados. “A Câmara, para aqui chegar, assumiu, nos últimos anos, um papel decisivo na criação de condições que permitem à gene-ralidade dos cidadãos o acesso a formas qualificadas de despor-to» e cuja base assenta no movi-mento associativo, vincou Dores Meira. A esta estratégia municipal, reforçou a edil, acresce a aposta «no aumento dos níveis de par-ticipação e frequência nas ativi-dades desportivas com seguran-ça e enquadramento técnico de qualidade, apoiados por uma rede de equipamentos de exce-lência». Este título constitui, também, um «forte pretexto para apostar no reforço de iniciativas e dar continuidade à aposta na pro-moção da saúde pela prática da atividade física e desportiva», destacou a autarca, que apontou as potencialidades naturais do concelho para a prática despor-tiva formal e informal.

de», salientou Sousa Marques, presidente da AFS. É «poder co-locar o futebol, ao serviço de quem precisa, de quem necessita e de quem, para além do muito trabalho que faz, precisa destes incentivos, destes impulsos», dis-se, concretizando: «O futebol tem que demonstrar à sociedade aquilo que é: que é uma modali-dade, que é uma atividade que se predispõe a colaborar com aque-les que do futebol precisam». Com esta iniciativa quer-se «homenagear o futebol, o fute-bol do Barreiro, os futebolistas do Barreiro, os futebolistas do passado mas, também, os fute-bolistas do presente, os clubes,

que continuam a fomentar o desporto com tanto sacrifício», reconheceu o edil da CMB, re-cordando os muitos praticantes no concelho e homenageando quem se envolve na prática da atividade física, «particularmen-te àqueles que dinamizam a ati-vidade desportiva, às vezes com tanta carolice e com tanto esfor-ço e, às vezes até, com sacrifício das suas próprias atividades profissionais, da sua vida fami-liar e da sua própria família». Esta iniciativa, além de «festa do desporto é, também, a festa da solidariedade, amizade, coo-peração», afirmou Carlos Hum-berto.

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NEGÓCIOS

ENTREVISTA ROBERTO DORESIMAGEM SM

Casa do Peixe proporciona aniversários diferentes

Porto de Setúbal reforça carga por via ferroviária

Em 2015 os habitantes do dis-trito de Setúbal levantaram mais dinheiro nas caixas

Multibanco, mas pagaram me-nos compras com cartão relati-vamente ao ano anterior. Segun-

do as estatísticas reveladas pela SIBS, nas 850 caixas ATM que existem na região foram realiza-das quase 73 milhões de opera-ções que resultaram na transa-ção de 4.449 milhões de euros, quando em 2014 o montante as-cendia aos 4.500 milhões, o que traduz uma queda de 52 milhões de euros. Apenas Lisboa segue a

O restaurante Casa do Peixe, localizado na Rua General Gomes Freire, 138, em Se-

túbal, está a oferecer o bolo de aniversário, da pastelaria Casta-nha Dourada, que é de «muita qualidade», a quem desejar cele-brar ali o seu aniversário.Além do delicioso bolo de ani-versário, a Casa do Peixe tem a gentileza, ainda, de oferecer a re-feição ao aniversariante. «Basta juntar dez ou mais amigos ou familiares, escolher connosco uma ementa entre os 12 e os 15 euros, por cabeça, e nós oferecemos o bolo de aniversá-rio», explica Luís Cruz, o gerente da casa. Esta promoção decorre du-rante todo o ano de 2016 e é váli-da para os almoços e para os jan-tares. «Neste novo ano queremos avançar com novas ideias, numa altura em que este País vai andar para a frente, nós também vamos andar para a frente com o País e vamos propor aos nossos ami-gos clientes um aniversário dife-rente», acrescenta Luís Cruz.

O ANO PASSADO FORAM FEITAS NO DISTRITO 73 MILHÕES DE OPERAÇÕES NOS 850 MULTIBANCOS INSTALADOS NA REGIÃO

Região gastou menos em ATM mas fez mais pagamentos automáticos

Apesar de ter havido mais operações nas 850 caixas ATM que existem na região, dos 73 milhões de operações resultaram 4.449 milhões de transações bancárias, uma queda de 52 milhões em relação ao período homólogo de 2014.

tendência de Setúbal, enquanto nos restantes distritos do país se regista um aumento do consu-mo. Porém, as compras com re-curso a terminais de pagamento automático aumentaram signifi-cativamente. Os dados da SIBS, que gere as Caixas Automáticos da Rede Multibanco, mostram que em

2015 foram realizadas 34,173 mi-lhões de levantamentos em ATM´s do distrito num total de 2.107 milhões de euros, represen-tando uma média próxima dos 60 euros por operação, o que im-plicou um aumento de consumo face ao ano anterior (2.088 mi-lhões), embora em 2014 tivessem sido realizados mais levanta-mentos (34,485 milhões). O terceiro trimestre do ano, que coincide com o período de férias, foi o que registou mais transações (9,069 milhões), para um total de 1.205 milhões de eu-ros (menos 95 milhões do que o período homólogo de 2014), en-quanto os últimos três meses do ano exibem o segundo maior re-gisto (1.129 milhões, mais sete milhões que no ano anterior). Abril, maio e junho chegaram aos 1.108 milhões de euros, ten-do sido recaído a maior conten-ção sobre o primeiro trimestre (mil milhões).

Região tem 20603 máquinas de pagamento automático

Já no que diz respeito a com-pras com recurso a terminais de

pagamento automático, os 20603 equipamentos que a re-gião detinha no final de dezem-bro de 2015 registavam 82,750 milhões de operações para um valor total 2.831 milhões de eu-ros, traduzindo – aqui sim – um aumento de 192 milhões de eu-ros face a 2014, o que, segundo Natália Nunes, do Gabinete de Apoio ao Sobre-Endividado, da Deco, acaba por ser «surpreen-dente». Para a mesma responsável, estes valores significam que «as famílias estão a regressar aos hábitos de consumo de pré-cri-se», o que poderá ser atribuído a uma melhor saúde financeira do agregado familiar, apesar das estimativas da Comissão Euro-peia, divulgadas na última se-mana, sobre a confiança dos consumidores portugueses, mostrarem um recuou de 0,6% neste indicador na zona euro. De resto, esta tendência já havia sido sentida em Portugal. O últi-mo trimestre de 2015 foi de des-cida neste indicador para os portugueses, em comparação com o período homólogo do ano anterior.

O lema da Casa do Peixe, se-gundo Luís Cruz, é «continuar a atender o cliente com simpatia, qualidade e promoções, com menus a 10 euros e sempre a apostar na cozinha tradicional, no peixe da nossa costa, das so-pas de várias regiões, e tudo o mais que queiram fazer connos-co. «Estamos sempre disponíveis para receber e ouvir as opiniões dos nossos amigos clientes», vin-ca. Luís Cruz. No âmbito do galardão “Setú-bal, Cidade Europeia do Despor-

O porto de Setúbal reforçou o incremento do movi-mento de carga por via

ferroviária, em 2015, foram pro-cessados 630 comboios nos ter-minais, contra 547, em 2014, em tonelagem foram atingidas 168 mil toneladas, comparadas com 140 mil, em 2014. Foram aumen-tos de 15 por cento no número de comboios e 20 por cento na tonelagem da carga movimenta-da por ferrovia. Das toneladas movimenta-das por comboio, em 2015, des-taca-se a quota de 57 por cento referente aos que provêm do hinterland espanhol, concreta-mente da zona da Extremadura, zona geográfica em que o Porto

to”, a Casa do Peixe tenciona ten-tar patrocinar alguns eventos desportivos. E durante o Campe-onato Europeu de Futebol de 2016, em França, irá proporcio-nar aos seus clientes «tardes ani-madas com matraquilhos, jogos de tabuleiro, antes e depois dos jogos em que a seleção portu-guesa está envolvida. E vamos fazer preços dos menus muito em conta para que as pessoas possam recuperar da crise dos últimos 4 anos e sorrir para o fu-turo».

de Setúbal apresenta significati-vas vantagens competitivas para as indústrias exportadoras de produtos agroalimentares. Com a consolidação do mo-vimento de cargas por ferrovia quer para Portugal, quer para Espanha, constata-se o alarga-mento do hinterland e o reforço da importância do Porto de Se-túbal como gateway de entrada e saída de carga Ibérica de shortsea, mas também, a perti-nência do investimento na fer-rovia para duplicar o número de comboios na zona central do porto. É um investimento que está a ser estudado pelo Porto de Setúbal e a IP – Infraestrutu-ras de Portugal.

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NEGOCIOS

Porto de Setúbal reforça carga por via ferroviária

ENTREVISTA ROBERTO DORESIMAGEM SM

Vítor Menino, produtor de porcos radicado no Monti-jo que assume a presidên-

cia da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS), garante que o setor está à «beira do colapso», numa altu-ra em que a produção já está a perder 30 euros por cada animal que chega ao mercado. O diri-gente diz que chegou a hora do

Governo atuar e reclama medi-das de reestruturação do crédito a curto prazo e a isenção da Taxa Social Única (TSU). A reivindicação foi anun-ciada ao Sem Mais após um plenário que juntou vários produtores, do qual resultou ainda a sugestão de outras me-didas que «poderão vir a salvar a suinicultura» nacional. Como é o caso da reestruturação do crédito a curto prazo, de modo a que os suinicultores possam

beneficiar de um período de dez anos para o seu pagamento com dois anos de carência. O caderno reivindicativo deverá ter sido ontem entregue ao ministro da Agricultura, Capoulas Santos, onde está ainda incluído um pedido no sentido do governante pressio-nar a Comissão Europeia para que inicie rapidamente reuniões técni-cas com as autoridades russas, de forma a pôr fim ao embargo russo à carne de porco europeia. Também a exigência da «assinatura urgente»

OS PRODUTORES, SEGUNDO A FEDERAÇÃO PORTUGUESA DAS ASSOCIAÇÕES DE SUINICULTORES, DIZEM QUE O SETOR ESTÁ A PERDER 30 EUROS POR CADA ANIMAL

Crise dos porcos afeta muito a região do Montijo e deixa produtores à beira do colapso

O presidente da Federação Portuguesa das Associações de Suinicultores, Vitor Menino, afirma que o setor está «à beira do colapso» e reclama medidas de reestruturação do crédito e isenção da Taxa Social Única.

do contrato de exportação da carne de porco portuguesa para a China e para a Coreia do Sul consta da lista.

Falta de escoamento obriga a vendas a saldo

O setor debate-se há algum tempo com a falta de escoamen-to perante a concorrência que chega do exterior e que já obriga a vender abaixo do preço de custo, o que tem provocado per-das de 40% do rendimento. Às perdas, devido ao excesso de produção de outros países euro-peus (caso da Espanha), junta-se o embargo da Rússia, país im-portador da carne nacional. «Um porco com 80 quilos –

o peso mais rentável para ven-da no mercado, já que acima deste peso desvaloriza - deve-ria andar pelos 120 euros, mas hoje não vai além dos 90. Esta-mos a perder 30 euros por ani-mal, o que é incomportável», alerta o presidente da FPAS, admitindo que se Portugal é deficitário na produção da car-ne de porco, produzindo 50% das necessidades, e não se con-segue escoar o produto, «algo de estranho se passa, até por-que a bolsa espanhola está dez cêntimos mais cara do que a nossa», alerta Vítor Menino, denunciando casos de produ-tores que já não estão a conse-guir alimentar os animais.

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OPINIAO

LETRAS EM PAPEL QUADRICULADO

MARGARIDA NIETOESTUDANTE

À PARTE

LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS

Raul TavaresDiretorED

ITORIA

L

Recentemente ouvimos pela voz do novo secretário de estado da educação, a

preocupação em incluir na escola portuguesa, os diferentes saberes dos vários intervenientes no processo educativo. Confesso que com muito agrado, ouvi um responsável pela política educati-va portuguesa, a considerar as ciências sociais e as famílias, como amigos e aliados na busca da escola ideal. Aliás, se fizermos uma breve análise sobre a evolução das políticas de educa-ção na escola pública portuguesa, desde o 25 de abril até aos dia de hoje, facilmente percebemos que as mesmas condicionam ou impulsionam o processo partici-pativo dos pais na escola. Pode-mos verificar que as famílias continuam a ser atores muito ausentes das decisões no domínio educativo, onde a escola raramen-te permite aos pais a sua partici-pação e, quando o faz, restringe essa participação a aspetos lúdicos, recreativos ou a tarefas da esfera familiar. Facilmente

também percebemos que os avan-ços e recuos em matéria de participação parental foram e são, efetuados segundo a vontade política. Veja-se as sucessivas alterações ao calendário de exames nacionais ou a regulação que retirou aos pais – encarrega-dos de educação, o direito de assento nos conselhos pedagógi-cos. Mas será a voz dos pais importante na escola? Como poderá ser efetuada essa partici-pação? Podemos capacitar encarregados de educação e envolvê-los no processo educati-vo? Se por um lado, não existe tradição na participação por parte do povo português, por outro lado, há uma ideia generalizada de que a entrada dos pais na escola é uma invasão ao trabalho do professor. De fato a participação dos encarregados de educação só é possível através do associativis-mo parental, isto é ,das Associa-ções de Pais e apesar de os pais terem assento no conselho geral da escola, essa participação é

minoritária e por vezes, mera-mente decorativa. Importa pois ouvir, integrar e dar voz aos Pais versus Encarregados de Educa-ção, para que os mesmos sejam atores efetivos e não apenas simbólicos no processo educativo dos seus educandos. O sucesso das políticas publicas educativas, o sucesso dos nossos filhos, estará provavelmente na partilha de saberes de todos os intervenientes da comunidade educativa, assim como na interdisciplinaridade das várias áreas. Vários são os estudo que já o demostraram. Projetos realizados em escolas considera-das modelo, como são algumas das localizadas no norte da europa, comprovaram que quando há participação e envolvimento parental existe

melhor sucesso escolar, menor violência escolar e mais condições de trabalho para os professores. Uma escola forte, eficaz e com bom desempenho escolar é aquela que é verdadeiramente democrática, onde todos têm voz e sabem que são ouvidos. Se as politicas educativas portuguesas e os seus decisores, tiverem a capacidade de agregar saberes, se tiverem a humildade de ouvir, se tiverem a nobreza de incluir, então, estarão criadas as condi-ções para a alavanca social e económica do povo português. Então estarão criadas as oportu-nidades para atingir a qualidade e o sucesso escolar, naquela que é a escola publica e democrática , naquela que é a escola de todos para todos!

Trata-se, muito simplesmen-te, da Arte Suprema: encontrar a forma de

evoluir e renovar sem destruir; transformar em vez de trucidar. Evolução em vez de revolução, porque a revolução, regra geral, acaba por conduzir-nos a um ponto não muito diferente do ponto de partida – e pelo meio ficam ruínas e cadáveres. O equilíbrio dinâmico há-de ser capaz de gerir conflitos, de mudar, de transmutar, até; o indivíduo e a sociedade. Há um equilíbrio dinâmico para todos nós, um para cada indivíduo, um para cada povo, por isso dificilmente haverá duas soluções políticas, económi-cas, etc., completamente iguais(…).” De O Jardim das Delícias, de João Aguiar.Esta passagem surge enquanto reflexão do protagonista face ao caos que o rodeia. O romance

imaginava, aliás, um extremar de posições semelhante àquele que nos tem conduzido aos trágicos acontecimentos dos últimos anos. Num momento de lucidez, parece a João Carlos que tudo poderia ser mais fácil se nos esforçásse-mos por descobrir este equilíbrio. É verdade que é praticamente impossível conciliar, de forma justa e equitativa, o interesse de todos e de cada um. Mas o que tem acontecido é que, muitas vezes, parece que deixámos sequer de tentar.Politicamente, o equilíbrio dinâmico poder-se-ia traduzir numa verdadeira discussão democrática, por oposição a uma tendência para se tomar decisões contrárias apenas por se estar na bancada que assume a oposição. O debate ideológico deveria servir para se chegar-se a algum lado, em conjunto. Perde-se, deste

modo, o sentido de interesse coletivo – seja à escala local, nacional ou até internacional – por mais evidentes que pareçam as soluções para a sua defesa aos olhos de quem não faz parte de nenhum grupo de interesse. O gesto quotidiano faz parte do nosso comportamento político. Não é por alguém pertencer a determinado partido, ou defender determinada ideologia, que o seu comportamento está de acordo com aquilo que diz.Tal como João Aguiar antecipa-va no seu romance, o atual estado de coisas é insustentável.

Dizia Eduardo Galeano, outro escritor, que este mundo está prenhe de outros pequenos mundos, e que temos de os ajudar a nascer. Pela parte que me toca – tanto a nível individu-al como em representação desta nova Companha – quero fazer parte da mudança para um novo mundo. E se para o fazer nascer for preciso fazermos política – para além da política que inevitavelmente fizermos através da arte e da cultura – contem connosco. Só não contem connosco para que fique tudo na mesma.

O equilíbrio dinâmico

Os Timbres do Lar

CIDADANIAS

ELISABETE CAVALEIROCOORDENADORA PEDAGÓGICA

A casa transforma-se em lar assim que se cozinha o primeiro bolo – inspiram-

-se moléculas balsâmicas e meigas, moléculas crocantes e confortáveis, moléculas carame-lizadas e apaziguadoras. O forno aquece a cozinha e oferece um ambiente feliz, espalhando magia caseira, chamando as crianças e os mais velhos, todos movidos pelo mesmo encanto. A avó retira finalmente o bolo do forno – é de iogurte, simples e apetitoso. O leite está servido em canecas e o chá preto preenche as chávenas

brancas, ao gosto de cada um. O bolo está na mesa e a faca que o trespassa desliza suavemente desde a superfície tostada, passando pela massa húmida e fofa, alcançando, então, o prato. O vapor de água liberta-se e o odor mágico invade as narinas de todos – o bolo é de iogurte, mas cheira a amor e carinho, cheira a família e consolo, cheira a abraços e a gratidão. Todos pegam no garfo e saboreiam o lanche – sabe a canela e a raspa de limão. Vão bebendo leite e discutindo a vida, vão bebendo chá e planeando o

futuro. As crianças repetem e os mais velhos seguem-lhes o exemplo, deixando a dieta de lado, pensando que à família não se restringe o convívio, as gargalhadas e a amizade que aquele bolo traz consigo. Nesta tarde de domingo, o lanche dura até à hora do jantar – o tempo desvanece-se por entre cada dentada, por entre cada palavra, por entre cada olhar. Não faz mal, o jantar pode esperar, há coisas mais impor-tantes. E mesmo sabendo que amanhã todos vão acordar cedo, ninguém se levanta,

ninguém se apressa, ninguém olha para o relógio. É às nove e meia que decidem terminar o lanche – as crianças são incentivadas a vestir os seus casacos, as senhoras agarram as suas malas e os senhores come-çam a distribuir apertos de mão.

A voz dos pais

Até que se ouve: - Mas onde é que pensam que vão sem comer o meu caldo verde? – a avó preparou o jantar. Despem-se casacos, pousam--se malas, retraem-se apertos de mão e regressam todos para a mesa de jantar.

O orçamento de Estado para 2016 e as duras negociações com

Bruxelas implicam riscos e ruturas. António Costa, prometeu fazê-las e está a cumprir.Os novos impostos, sobre os combustíveis, a banca e o tabaco - acrescidos de uma mais leve redução da taxa de IVA sobre a restauração -, constituem uma opção política, para quem, como o atual governo e os partidos de esquerda que o suportam, prometeu aos portugueses repor direitos e parte dos rendimentos sonegados por quatro anos de despotismo austeritário. Pelo que se tem dito, nesta guerra que a direita e muitos comentadores têm flamejado na opinião pública, a opção contrária seria avançar com os 600 milhões de cortes na área social e muito mais por aí, tendo em conta o deficit das contas públicas com que este governo teve que se confrontar.Mas há razões de sobra para aplaudir a arrecadação destes aumentos, nomeadamente os que dizem respeito aos combustíveis e banca. Nos últimos quatro anos, os portugueses em função da crise, abasteceram menos gasolina e gasóleo nas suas viaturas. E isso é bom! Se continuar assim é bom até para uma diminuição das importa-ções. E os aumentos sobre a banca, mesmo com custos residuais para os consumido-res, é uma questão de justiça e de ética, porque têm sido os contribuintes a alavancar os desmandos de gestão e outros crimes financeiros conhecidos.É preciso dar tempo e espaço para provar se é ou não possível infligir uma derrota ao atual comando europeu.

Um orçamentode rutura

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