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Sábado 10 | Outubro | 2015 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 873 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais PUBLICIDADE SOCIEDADE PÁGINA 2 RENÚNCIA DE VEREADORA LEVA A MEXIDAS NA CÂMARA DE ALCÁCER Ana Isabel Chaves, renunciou por motivos fa- miliares e já foi substituída por Nuno Pestana. A saída da autarca, que era vice-presidente do município, vai obrigar o presidente Vítor Proença a mexer na estrutura da sua equipa. Manuel Vítor, que tem o pelouro da educação, deverá passar a número dois. SOCIEDADE PÁGINA 2 MONTIJO E PALMELA JUNTAM-SE A GRÂNDOLA NA BOLSA DE TERRAS Até há pouco tempo apenas o município de Grândola contribuia, a nível nacional, para a Bolsa de Terras, criada pelo ministério da Agricultura para potenciar o desenvolvimento do mundo rural. O Semmais sabe que Montijo e Palmela juntaram-se ao grupo. Os três concelhos já valem mais de 300 hectares. NEGÓCIOS PÁGINA 10 BLUEBIZ DA AICEP GLOBAL PARQUES JÁ FAZ PARTE DA ENA O parque empresarial, situado em Setúbal, aderiu à Agência de Energia e Ambiente da Arrábida (ENA) e promete dar corpo «a boas práticas ambientais». Os responsáveis da Agência falam em «parceria de excelência», que vai permitir um novo patamar de desen- volvimento. A Câmara de Setúbal aplaude. A CASA DO PEIXE RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167 SAIBA QUEM SÃO OS DEZOITO DEPUTADOS ELEITOS PELO CÍRCULO ELEITORAL DE SETÚBAL Francisco Lopes, da CDU, com 59 anos de idade, é o mais velho. A ‘rookie’ desta equipa é Joana Mortágua, do BE. Alguns são repetentes. O Semmais foi saber que compromissos mais concretos estes assumem com o eleitorado da região que os elegeu.

Semmais 10 outubro 2015

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Edição do Semmais de 10 de Outubro

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  • Sbado 10 | Outubro | 2015

    Diretor Raul TavaresSemanrio | Edio 873 | 9 srie

    Regio de SetbalDistribudo com o Expresso

    Venda interditasemmais

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    SOCIEDADE PGINA 2RENNCIA DE VEREADORA LEVA A MEXIDAS NA CMARA DE ALCCER Ana Isabel Chaves, renunciou por motivos fa-miliares e j foi substituda por Nuno Pestana. A sada da autarca, que era vice-presidente do municpio, vai obrigar o presidente Vtor Proena a mexer na estrutura da sua equipa. Manuel Vtor, que tem o pelouro da educao, dever passar a nmero dois.

    SOCIEDADE PGINA 2MONTIJO E PALMELA JUNTAM-SE A GRNDOLA NA BOLSA DE TERRASAt h pouco tempo apenas o municpio de Grndola contribuia, a nvel nacional, para a Bolsa de Terras, criada pelo ministrio da Agricultura para potenciar o desenvolvimento do mundo rural. O Semmais sabe que Montijo e Palmela juntaram-se ao grupo. Os trs concelhos j valem mais de 300 hectares.

    NEGCIOS PGINA 10BLUEBIZ DA AICEP GLOBAL PARQUES J FAZ PARTE DA ENAO parque empresarial, situado em Setbal, aderiu Agncia de Energia e Ambiente da Arrbida (ENA) e promete dar corpo a boas prticas ambientais. Os responsveis da Agncia falam em parceria de excelncia, que vai permitir um novo patamar de desen-volvimento. A Cmara de Setbal aplaude.

    A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETBAL PORTUGAL

    RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

    SAIBA QUEM SO OS DEZOITO DEPUTADOS ELEITOS PELO CRCULO ELEITORAL DE SETBALFrancisco Lopes, da CDU, com 59 anos de idade, o mais velho. A rookie desta equipa Joana Mortgua, do BE. Alguns so repetentes. O Semmais foi saber que compromissos mais concretos estes assumem com o eleitorado da regio que os elegeu.

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    At h uns meses, apenas o concelho de Grndola, no distrito, tinha concorrido para a to falada Bolsa de Terras, um dos instrumentos que visam amplificar o mundo rural. Agora juntaram-se Montijo e Palmela.

    A renncia da vice--presidente da Cmara de Alccer obrigou a mexidas no executivo. Para o seu lugar, j tomou posse Nuno Pestana. Mas o vice de Vtor Proena dever ser Manuel Vtor, que tem o pelouro da Educao.

    OS TRS CONCELHOS J INSCREVEM MAIS DE 300 HECTARES NO PROJETO LIDERADO POR NUNO RUSSO

    Grndola, Montijo e Palmela cedem terrenos Bolsa de Terras

    NUNO PESTANA VAI SUBSTITUIR VEREADORA QUE RENUNCIOU E MANUEL VTOR DEVER SER O NOVO VICE-PRESIDENTE DA AUTARQUIA

    Renncia de Ana Chaves obriga a mexidas na Cmara de Alccer do Sal

    TEXTO RITA MATOSFOTOS SM

    O QUE A BOLSA DE TERRAS?Trata-se de um projeto do Ministrio da Agricultura e do Mar, que tem como viso potenciar o mximo aproveitamento e utilizao do territrio rural portu-gus, facilitando o acesso terra e o encontro entre a procura e a oferta de terras, atravs da disponibiliza-o de informao sobre terras disponveis, promo-vendo o seu uso e gesto eficiente, potenciando a sua explorao e rentabilizao. Desta forma, h uma maior dinamizao do mercado fundirio rstico e do mundo rural.A Bolsa de Terras tem como objetivo permanente identificar, disponibilizar e divulgar terras, com vista a promover a sua mobilizao e a utilizao para fins produtivos. intuito deste projeto incentivar a insta-lao de jovens agricultores bem como a fixao das populaes, combatendo o abandono das terras e a desertificao do territrio rural.A Bolsa de terras aplica-se a prdios rsticos e mistos, com aptido agrcola, florestal e silvopastoril, do do-mnio privado do Estado, das autarquias locais e de quaisquer outras entidades pblicas ou pertencentes a entidades privadas, bem como de proprietrios par-ticulares, aplicando-se ainda aos baldios, nos termos previstos na Lei dos Baldios, e ainda s terras sem dono conhecido e sem utilizao agrcola, florestal ou silvo pastoril, regulados por lei prpria.

    Grndola j no o nico concelho do distrito de Se-tbal com terrenos na Bol-sa de Terras. Palmela e Montijo contribuem para este projeto do Ministrio da Agricultura e do Mar disponibilizando uma rea total de 308,5 hectares. Nestes ltimos meses, no dis-trito de Setbal, foram cedidas duas terras rsticas, atravs da Bolsa de terras. Um terreno flores-tal com cerca de 300ha no conce-lho do Montijo, resultante do con-curso de terras do Estado, e um outro terreno privado, de aptido agrcola de sequeiro com cerca de 8,5ha no concelho de Palmela. Em implementao h pou-co mais de dois anos, o bolsa de terras, projeto que se pretende que seja de mdio/longo prazo, apresenta j resultados e inicia-tivas, no curto prazo, que se

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    consideram interessantes e rele-vantes, que geram visibilidade e notoriedade ao projeto, e do a garantia do seu sucesso futuro, afirma Nuno Russo, coordena-dor deste projeto da responsabi-lidade do Ministrio da Agricul-tura e do Mar. A nvel nacional, at 31 de agosto deste ano contabiliza-se um total de mais de 14.600ha, a que correspondem 416 prdios rsticos e mistos, dos quais fo-ram j cedidos mais de 3.550ha e 80 prdios, o que representa quase cerca de 25 por cento das terras (em rea) disponibiliza-das j foram transacionadas via Bolsa de terras. Importante ser sublinhar que do total das terras transacionadas, 54 por cento foram cedidas por privados, 70 por cento das quais cedidas pela forma de venda. Dentro destes resultados, sa-lienta Nuno Russo, surgem os resultantes do 1 Concurso de

    O vereador Manuel Vtor, que tutela o pelouro da educao, dever ser o novo vice-presidente da Cmara de Alccer do Sal, na sequncia das alteraes provocadas pela renncia de mandato da verea-dora Ana Isabel Chaves, por mo-tivos familiares e pessoais, que assumia essa funo de substi-tuio do presidente da autar-quia, Vtor Proena. A nomeao de Manuel Vtor, como segundo da hierarquia poltica da autarquia, dever ocorrer segunda-feira, numa al-

    Terras do Estado, que promoveu a cedncia de 19 terras e uma rea de 589,29ha e a adjudica-o e contratao de contratos de arrendamento com 15 novos arrendatrios, de um total de 161 candidaturas apresentadas para a totalidade de terras a concurso.

    A ideia captar terras, investimento e riqueza

    Em franco crescimento e com resultados significativos, a es-tratgia de dinamizao da Bol-sa de Terras passa pelo reforo do seu conhecimento e poten-cial junto dos principais agentes e entidades, dentro e fora do se-tor agroflorestal, com o objetivo de reforar a sua interveno, participao e envolvimento, no sentido de se aumentar o nvel de adeso e motivao para a captao de terras, mas tambm de captao de investimento e de criao de riqueza.

    A Bolsa de Terras lana o apelo a todos os proprietrios e as entidades privadas, que no tenham condies, possibilida-des ou capacidades para traba-lhar e utilizar as terras, que con-fiem neste projeto para as disponibilizar, de forma volun-tria, promovendo o seu uso por terceiros, constituindo uma forma de rentabilizao das ter-ras e beneficiando de um rendi-mento extra.

    Os interessados devem ainda ter conhecimento de que at Maio de 2016, todas as terras que forem disponibilizadas na Bolsa de terras esto isentas de pagamento de taxa de custos de gesto e tero ainda benefcios fiscais associados em particular a reduo em 75% dos emolumentos devidos pela re-alizao de atos de registo de fac-tos relativos a prdio rustico ou misto a disponibilizar, ou disponi-bilizado na Bolsa de terras.

    tura em que Vtor Proena vai proceder a uma redistribuio de pelouros. Para o lugar Ana Isabel Cha-ves tomou j posse, quinta-feira, Nuno Pestana, que at 2013 de-sempenhou funes de secretrio do Gabinete de Apoio Vereao.

    Sair com sentimento de dever cumprido

    Recorde-se que Ana Isabel Cha-ves justificou a sua renncia de-vido a questes da vida pessoal. O meu papel de me exige de

    mim uma maior dedicao, dis-se a ex-autarca na sesso ordi-nria do executivo, em que anunciou a sua sada. Ana Chaves, manifestou ain-da tristeza por ter que decidir abandonar a atividade autrqui-ca, mas afirmou-se consciente do dever cumprido, uma vez que, sublinhou, assumi da for-ma mais empenhada e compe-tente possvel os compromissos para com a populao, os traba-lhadores do municpio e projeto poltico do partido e da coliga-o pelos quais concorri.

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    As vtimas so maioritariamente do sexo masculino, de nacionalidade portuguesa e, quase na sua totalidade, cidados na idade ativa, dizem as fontes policiais ao Semmais.

    NMEROS DA REGIO LIDERAM A NVEL NACIONAL A PAR DE FARO, PORTO E AVEIRO

    16 idosos burlados no distrito em apenas seis meses

    Fomos o distrito que cometeu mais crimes contra animais

    Cabo Espichel o melhor documentrio do mundo

    TEXTO ROBERTO DORESFOTOS SM ALERTAR PARA BURLAS COM TEATRO

    Recorde-se que este vero a Polcia de Segurana P-blica do Barreiro, em parceria com o Clube de Teatro da Escola Secundria de Santo Andr, exibiu a pea de teatro Burles Solta, Trabalhos Dobrados.Trata-te de uma pea de teatro que teve como pbli-co-alvo a populao idosa e cujo objetivo consistiu em focar vrios casos de fraude de que os idosos so muitas vezes vtimas a fim de os alertar, de modo ldi-co e preventivo, para o reconhecimento de situaes semelhantes e formas adequadas de agir.

    A GNR registou nos primei-ros seis meses do ano 16 burlas contra idosos no distrito de Setbal, tratando-se de um crime que est a ser um dos temas da Operao Idosos em Segurana, que j comeou na regio. O distrito surge assim entre as regies com mais ocor-rncias, ao lado de Faro, Porto e Aveiro Segundo o major Marco Cruz, os suspeitos identificados so maioritariamente do sexo masculino, de nacionalidade portuguesa e, quase na sua tota-lidade, cidados na idade ativa, avanou ao Semmais o respon-svel pelas Relaes Pblicas da GNR, alertando que quando es-to perante as vtimas, os bur-les apresentam-se sempre com boa aparncia e com uma con-

    Setbal o distrito do pas que registou o maior n-mero de crimes cometidos contra animais de companhia, segundo revela a GNR atravs do Servio de Proteo da Natu-reza e do Ambiente (SEPNA). Cumprido que est o primeiro ano da entrada em vigor da nova legislao que criminaliza os maus tratos e o abandono de animais, a regio surge com um total de 17 crimes, sendo 12 por maus tratos e cinco por abandono. Desde 1 de Outubro de 2014 que os militares da GNR instau-raram na pennsula uma mdia de um contraordenao diria, superando as 350 durante o ano. Julho, que coincidiu com incio do perodo de frias foi um dos meses com maior nmero de queixas, mas foi em janeiro de

    versa extremamente convincen-te e cativante. Alis, em muitos casos, fa-zem-se passar por funcionrios de instituies confiveis (Segu-rana Social, Bancos, CTT, EDP, por mdicos), a fim de darem credibilidade personagem por si criada e enganarem as pessoas. Quando atuam distncia, os burles apresentam-se como pessoas credveis que represen-tam instituies conhecidas para levarem a cabo os seus in-tentos de obteno de dados para desvio de dinheiros, ou apresentam-se como vendedo-res de produtos em pginas co-nhecidas na internet, insiste a mesma fonte. Os tipos de burlas mais fre-quentes tentam convencer as vtimas de que os euros vo aca-bar, conto do vigrio, anncios de compra e venda, frias em ca-sas fictcias, engano nos trocos,

    fraude bancria, emprstimos de dinheiro), entrega de docu-mentos ou benza do ouro.

    Idosos envergonhados acabam por no denunciar

    Para tentar combater o fenme-no os militares da GNR regres-saram ao terreno para alertar os idosos para este crime e apelar sua denncia. Alguns idosos por vergonha, devido ao tipo de burla que so alvo, acabam por no fazer a denncia e por isso consideramos que os dados po-dem no ser reais, avana o major Paulo Poiares. A Opera-o Idosos em Segurana, que decorrer durante o ms de ou-tubro, tambm pretende alertar para as questes de violncia e dos maus tratos fsicos e psico-lgicos. Vamos apelar denncia deste crime, criando tambm

    conscincia na populao para esta situao, adiantou Paulo Poiares, sublinhando que mui-tas destas situaes so vividas em silncio pelos idosos. Em 2013, segundo o Relatrio Anual de Segurana Interna, 8% do total das participaes pelo crime de violncia domstica re-

    feriam-se a idosos. Estima-se que muitas destas vtimas no falam, no contactam, nem apre-sentam queixa junto da foras de segurana, segundo a GNR, que acrescenta que os laos familia-res, a dependncia e o medo de represlias so as razes do si-lncio destas vtimas.

    2015 que houve mais registos, seguindo-se maio. A maioria das multas foi levantada por falta de chip de identificao, vacinao e condies higieno-sanitrias.

    Lei criminaliza casos graves at pena de priso

    Recorde-se que a lei que crimi-naliza os maus-tratos contra animais refere que quem, sem motivo legtimo, infligir dor, so-frimento ou quaisquer outros maus tratos fsicos a um animal de companhia punido com pena de priso at um ano ou com pena de multa at 120 dias. A nova legislao deixa ainda claro que quem efetuar tais atos, e dos quais resultar a morte do animal, a privao de importan-te rgo ou membro ou a afeta-

    o grave e permanente da sua capacidade de locomoo, o mesmo ser punido com pena de priso at dois anos ou com pena de multa at 240 dias. Em relao aos animais de companhia, a lei determina que, quem, tendo o dever de guar-dar, vigiar ou assistir animal de companhia, o abandonar, pondo desse modo em perigo a sua ali-mentao e a prestao de cui-dados que lhe so devidos, pu-nido com pena de priso at seis meses ou com pena de multa at 60 dias. A GNR refere ainda que os ci-dados podem denunciar situa-es que possam violar a lei atravs da linha SOS Ambiente e Territrio (808200520), que est disponvel 24 horas e tem uma cobertura nacional.

    O filme Cabo Espichel Em Terras de Um Mundo Perdido, de Carlos Sar-gedas, alcanou, no passado dia 2 de Outubro, em Karlovi Vary, outro grande prmio internacio-nal. Trata-se do principal e maior prmio na categoria de Documentrio, atribudo na 48 edio do Tourfilm na Rep-blica Checa, um dos mais anti-gos e prestigiados festivais do Mundo. Depois de ter sido distingui-do, no passado ms de Setembro,

    como melhor realizador no 7 SI-LAFEST. Festival Internacional, decorrido na Srvia, pela realiza-o deste mesmo filme-docu-mentrio, Carlos Sargedas volta a receber mais um prestigiante prmio mundial. Um prazer e um orgulho, afirma o realizador, natural de Sesimbra. Fotgrafo, realizador e pro-dutor, Carlos Sargedas tambm Diretor do Finisterra Arrbida Film Festival (em Sesimbra, Por-tugal) e Presidente da Arrbida Film Commisison (Portugal).

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    DIRETOR DO SERVIO DE OFTALMOLOGIA DO C.H.S. GALARDOADO EM CONGRESSO INTERNACIONAL

    David Martins distinguido com o prmio Leone DOro

    No primeiro e nem ser o ltimo. O especialista, que j foi diretor do Hospital de So Bernardo, um dos mais reconhecidos da sua especialidade nos fruns internacionais.

    Semana do Mar foi xito e volta em 2016 com mais atividades

    A segunda Semana do Mar, que decorreu em Setbal, entre 20 e 27 de Setembro, numa organizao da APSS, mu-nicpio sadino, Aporvela e Mari-nha Portuguesa, apresenta ba-lano muito positivo. Os promotores garantem que a ini-ciativa foi um sucesso e que para regressar para o ano. O evento incluiu um jantar, re-gado com vinhos da regio, para convidados e entidades oficiais, a bordo do navio-escola sagres, bem como seminrios, visita a navios, batismos de mar, regata de cruzei-ros, festival da ostra, exposio so-bre tradies da pesca e circuito do pescado, conversas sobre artes de pesca e veleiros ao luar. A presidente do municpio, Do-res Meira, realou que a Semana do Mar decorreu muito bem, relem-brando que o evento arrancou h um ano atrs com o Dia do Mar. Este ano est melhor ainda me-lhor organizado e prova que a ci-dade est a conviver mais com o rio e a apostar na requalificao da zona ribeirinha. As coisas correm muito bem quando se junta parcei-ros que trabalham com o tema do mar, acrescentando que os mi-lhares de pessoas, populao e alu-nos das escolas, ficaram maravi-lhados com o navio-escola Sagres, a caravela Santa Cruz e o Creoula. J Vtor Caldeirinha, presidente da APSS, afirmou que se conse-

    guiu mostrar a importncia do mar s pessoas, em especial s crianas das escolas, sublinhando que a iniciativa vai ser uma realidade em 2016, com mais atividades e mais parceiros. A requalificao da zona ribeirinha tem sido uma aposta da APSS, tudo para atrair turistas e criar oportunidades. Por sua vez, o Almirante Macieira Fragoso, disse que a Marinha Por-tuguesa estar sempre presente junto de todos aqueles que defen-dem o nosso mar, a identidade de Portugal, e porque Setbal sempre foi um porto que acolheu muito bem a Marinha.

    Marinha Portuguesa abraa vinhos da regio

    Henrique Soares, presidente da CVRPS, orgulha-se de a Marinha Portuguesa apostar nos vinhos da regio, atravs de uma parce-ria que promove os nctares afa-mados a bordo do navio-escola Sagres. uma parceria de longa data e que se intensificou h cin-co anos, quando participmos muito ativamente na comemo-rao dos 50 anos do navio-es-cola Sagres e dos 75 anos do na-vio Creoula. Nessa altura produzimos vinhos, hoje com outras colheitas, que ostentam o rtulo da Sagres e que perten-cem Sivipa, Malotojo e JMF, relembra o responsvel.

    David Martins, reconheci-do mdico oftalmologis-ta, diretor do Servio de Oftalmologia do Centro Hospi-talar de Setbal foi galardoado com o prmio Leone dOro - Best of Show, no Congresso em Veneza, Itlia. O especialista em oftalmologia foi distinguido pela sua prestao no encontro organizado pela Eu-ropean Vitreo Retinal Society, com o tema Mistakes and mishaps in medical and surgical retina. David Martins apresentou onze trabalhos relacionados com a retina e outras doenas dos olhos, realizados com a cola-borao de outros mdicos do servio hospitalar que lidera. No congresso internacional o oftalmologista defendeu o co-nhecimento como paixo no es-tudar e perceber a maneira como prevenir e resolver complica-es que possam ocorrer duran-te a cirurgia oftalmolgica, para bem dos doentes. O Congresso, que j vai na sua 15. Edio, contou com 352 apresentaes cientficas, de 29

    Pases, que deram a conhecer os seus trabalhos perante os 600 Congressistas Especialistas em Oftalmologia, oriundos de 60 pases.

    Em Veneza com dois membros da sua equipa

    De salientar, e tal como subli-nhou, o mdico David Martins, a apresentao dos trabalhos que defendeu, so referentes a avanos na rea da Cirurgia Vi-treorretiniana.Em Veneza, David Martins fez--se acompanhar por dois mem-bros da sua equipa de Oftalmo-logia, o Dr. Pedro Neves, que tambm apresentou trabalhos no Congresso, e a Dra. Margari-da Santos. Ao receber a distino, David Martins, afirmou: com humilda-de que me orgulho deste reconhe-cimento Internacional, por toda a paixo e entusiasmo que tenho de-dicado atividade oftalmolgica e ao aprofundamento cientfico que me tem permitido evoluir em con-junto com os meus colegas.

    Nesta magna reunio, o de-safio principal foi a troca de ex-perincias no sentido de permitir realizar o melhor, no Estado da Arte Oftalmolgica, para que perante um imprevisto, durante uma cirurgia ocular, saibamos resolv-lo com sucesso e em be-nefcio do nosso doente, frisou o reconhecido especialista em oftalmologia.

    CMARA DE SETBAL SADA CLNICOEntretanto, na ltima reu-nio pblica da Cmara de Setbal, foram aprovadas duas saudaes ao mdico David Martins. A CDU ende-rea especial saudao aos clnicos por se destacar, uma vez mais, alm-frontei-ras, o nome de Setbal e da excelncia dos seus mdi-cos. E o PS congratulou-se tambm pelo reconheci-mento internacional do me-dico da regio.

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    TEXTO ROBERTO DORESFOTOS SM

    ESTUDO DO MINISTRIO DA EDUCAO ATRIBUI TAXA DE SUCESSO QUE NO ULTRAPASSA OS 34 POR CENTO

    Maioria dos alunos da regio reprova no 3. ciclo

    S Beja e Portalegre registam ndices mais preocupantes que a regio. A maioria dos alunos do distrito teve pelo menos negativa a um dos exames nacionais do 9. ano e exibe uma taxa de insucesso de 34 por cento. Os dados so do Ministrio da Educao.

    O distrito de Setbal est en-tre as trs regies mais pro-blemticos do pas no que diz respeito reprovao de alu-nos durante o 3. ciclo, apenas atrs de Beja e Portalegre. A maio-

    ria dos estudantes teve, pelo me-nos, negativa a um dos dois exa-mes nacionais do 9. ano, segundo dados do Ministrio da Educao. O distrito exibe uma taxa de su-cesso de apenas 34 por cento. Quer isto dizer que a maioria dos alunos da regio reprova, segundo os dados que constam do portal Infoescolas. Uma rea-

    lidade que ainda transversal ao pas, sendo que de um total de 94130 alunos que, no ano letivo 2014/2015, realizaram os exa-mes do 9. ano, apenas 39610 conseguiram chegar ao secun-drio sem ficarem retidos no 7. ou no 8. anos e com notas posi-tivas nas provas finais de Portu-gus e Matemtica.

    Atravs do Infoescolas possvel perceber o que se passa em cada um das escolas pbli-cas e privadas que oferecem este nvel de ensino no distrito. No portal, lanado pelo Ministrio da Educao e Cincia em 2015, j era possvel saber o que se passava com os alunos ao longo do ensino secundrio e superior, mas agora o mesmo Infoescolas passou tambm a disponibilizar informao sobre os alunos do 2. e do 3. ciclos. O primeiro grupo seguido foi o que realizou os exames nacionais do 6. ano em 2012, data da sua estreia, e que entrou no 7 ano em 2012/2013.

    Estudo compara trs anos an-tes das provas finais

    Os servios de estatstica do Mi-nistrio criaram um novo crit-rio que permite saber se o traba-lho desenvolvido pelas escolas est a ter bons resultados, uma vez que compara a percentagem de sucesso dos alunos desses es-tabelecimentos com a percenta-gem que expectvel, tendo em conta a mdia nacional de estu-dantes com resultados acadmi-cos semelhantes.

    Ou seja, compara os alunos que, trs anos antes, nas provas finais do 2. ciclo, demonstra-ram um nvel escolar semelhan-te ao dos alunos daquele estabe-lecimento. tambm possvel saber o que se passa a nvel con-celhio e distrital. No entanto, os dados dizem respeito apenas s escolas de Portugal Continental. Segundo o Infoescolas, Coimbra o nico concelho onde mais de metade dos alunos (51 por cento) conseguiu con-cluir o 9. ano com um percurso de sucesso escolar no 3. ciclo. Seguem-se Guarda e Viana do Castelo, onde 47 por cento dos alunos concluram o 9. ano com sucesso, e Braga com 46 por cento. Nenhum concelho do distrito integra a lista dos me-lhores do pas. Os dados apre-sentam ainda indicadores de-mogrficos sobre os alunos da escola, tendo em conta os estu-dantes por ano curricular mas tambm por idade e sexo. Alm da taxa de reteno e de abandono escolar, ainda possvel acompanhar o desem-penho escolar dos alunos tendo em conta as notas quando ter-minaram o 6. ano e os resulta-dos do 9..

  • 6 | SEMMAIS | SBADO | 10 DE OUTUBRO | 2015

    A certificao do espanhol como segunda lngua uma das grandes apostas e prioridades do Colgio S. Filipe, instituio do ensino privado de referncia na regio de Setbal. A agncia Comboio das Palavras esteve conversa com Ricardo Contumlias, professor de espanhol do Colgio S. Filipe, que nos falou da importncia da aprendizagem deste idioma.

    SOCIEDADERICARDO CONTUMLIAS, DO COLGIO S. FILIPE, EM SETBAL, EXPLICA A APOSTA NO ENSINO DE ESPANHOL CERTIFICADO

    A importncia do Espanhol mede-se pelo facto de ser lngua oficial em 23 pases

    ENTREVISTA COMBOIO DAS PALAVRASFOTOS SM

    Comboio das Palavras Ricardo Contumlias qual a importncia do espanhol para a formao das futuras geraes?

    Como professor de espa-nhol no ensino regular e no mbito de formao de adultos sou, vrias vezes, confrontado essa pergun-ta. Sendo espanhol e tendo um conhecimento intrn-seco da dimenso, ritmo de expanso e poder eco-nmico que a mesma sig-nifica , por vezes, difcil, para mim, entender o por-qu da questo. No entan-to, e sabendo que devo a todos os que me abordam neste sentido, uma expli-

    cao isenta de nacionalis-mos ou sentimentalismos, procuro sempre dar a res-posta mais objetiva e isen-ta que me possvel. Anali-sando o contexto em que nos encontramos, Portu-gal, existem vrias razes para a importncia do do-mnio da lngua espanhola.

    E quais so essas razes?

    Embora vivamos um per-odo de crise econmica, ao qual Espanha no tem passado inclume, a impo-tncia do espanhol no mercado portugus no s no reduziu como, pelo contrrio, sofreu um acrscimo significativo. Seno, vejamos: na inces-sante busca das empresas em otimizar e reduzir os

    seus custos, muitas delas, deixaram de olhar quer para Portugal, quer para Espanha como mercados isolados e divididos, mas antes como uma s entida-de: o to falado mercado Ibrico. Muitas destas em-presas, em especial multi-nacionais, encerraram as suas representaes em Portugal passando a gerir este mercado partir de ci-dades como Madrid ou Barcelona, criando no mercado portugus uma maior necessidade de co-municao com o pas vi-zinho, por forma a manter o fluxo de bens e servios. Quando analisamos a balana econmica portu-guesa, rapidamente enten-demos que Espanha um parceiro estratgico para

    Portugal e, neste sentido, aprender espanhol fun-damental.

    O espanhol , atualmente, um idioma falado em todo o mundo?

    Segundo um estudo reali-zado em 2013, e que inclu-sivamente serviu de inspi-rao a uma campanha divulgativa da Embaixada de Espanha em Portugal, o domnio do portugus e do espanhol permite comuni-car com 700 milhes de pessoas. Se pretendermos ser mais abrangentes nesta sucinta anlise, podemos referir que o espanhol lngua oficial em 23 pases, o que se traduz (segundo nmeros de 2014) em 470 milhes de pessoas que,

    somados ao nmero de es-tudantes da lngua a nvel global, se traduz em algo mais de 548 milhes de pessoas. Tendo em conta que muitos destes pases so economias emergen-tes, o potencial evidente. Poderia, facilmente, conti-nuar a debitar nmeros, percentagens e estudos re-alizados

    Mas prefere continuar a utilizar as palavras para destacar a importncia da lngua espanhola?

    Passarei a concluir certo de que farei esboar um sorriso nos leitores. La-mentavelmente o portu-nhol no , nem pode ser levado a srio como forma de comunicao com

    nuestros hermanos. Alm do mais, sobrada-mente conhecida a pouca aptido que os mesmos tm para as lnguas, mes-mo uma to prxima como o portugus. O espanhol ,sem qualquer sombra de dvidas, uma ferramenta de vital importncia no nosso contexto Ibrico e neste mundo cada vez mais globalizado. Deixo-vos um pequeno exemplo do to famoso portunhol e das infind-veis situaes confrange-doras ou cmicas em que nos pode colocar: Portu-nhol - Hoje acord tarde e ando apresado. O espa-nhol entender - Hoje cheguei a um acordo tarde e ando preso. No te en-tiendo.... Claro...

    Jovem designer setubalense apresenta coleo inspirada numa alforreca

    TEXTO RITA MATOSFOTOS SM

    Benedita Formosinho, natural de Setbal, uma das grandes re-velaes da Moda Sado 2015 na vertente de jovens criadores. Esta a primeira vez que a jovem setubalen-se, prestes a terminar a li-cenciatura em design de moda, participa num con-curso de moda, um desafio que considera importante para o futuro. Achei que era a altura de comear a ganhar mais experincia, mais conheci-mentos e formao. Eu j conheo a Moda Sado h algum tempo, e agora com esta vertente de jovens criadores e logo na minha cidade, achei que era bas-tante interessante. Mostrei os meus desenhos orga-nizao que escolheu uma

    das colees que fiz na fa-culdade. S tive de apre-sentar mais alguns con-juntos para completar a coleo, conta. Ao todo, Benedita For-mosinho ir apresentar entre 12 a 14 peas criadas a partir de uma inspirao algo estranha, mas que promete surpreender o pblico e os peritos de moda. A inspirao surgiu de uma alforreca, pelas formas, pela fluidez da es-pcie. Encontrei uma al-forreca na praia, comecei a associar umas coisas s outras e achei que seria bastante interessante criar uma coleo. Acabei por me virar mais para as guas vivas, que so aque-las mais coloridas e vene-nosas, com formas muito interessantes. Fiz alguma pesquisa acerca da espcie e tirei partido disso para

    fazer os conjuntos. Acabei tambm por criar um pa-dro, um estampado. Acho que ficou muito bonito. Embora sempre tivesse gostado de desenhar, Be-nedita Formosinho nunca pensou vir a ser criadora de moda. Com alguma mo-dstia, a jovem criadora, at afirma, que achava que no tinha muito jeito. Mas, a proximidade com a av costureira fez-lhe desper-tar o gosto pelas linhas e agulhas. s vezes quando estava com a minha av acabava por fazer algumas coisas por brincadeira. No secundrio, Benedita seguiu a rea das artes e j no 12 ano consolidou o gostou pelo design de moda. Um dos meus ltimos tra-balhos no 12 ano era de tema livre e eu quis abordar a parte da moda. Fiz um projeto, criei um vestido e

    confecionei-o, apesar de no ter muitas bases de cos-tura. Gostei bastante de fa-zer esse projeto e depois comecei a tentar saber um pouco mais acerca dessa rea. Falei com antigos alu-nos da minha universidade que seguiram a rea da moda e comecei a dese-nhar mais para adquirir mais experiencia. Quanto participao na Moda Sado, Benedita est convicta de que a mesma trar mais-valias para o futuro. Vai ser mui-to bom. Agora j tenho a noo do que construir uma coleo. Acho que vai ser bom para o meu curr-culo, porque quando ter-minar o curso quero ir es-tagiar para um designer de moda de referncia em Portugal. E, penso que esta experincia vai ajudar-me a conseguir bons estgios.

    Como qualquer cria-dor, tambm Benedita tem um grande sonho: criar a sua prpria marca. At l, a jovem quer trabalhar com os melhores profissionais da rea, e ganhar cada vez mais experincia. Todo queremos ter a nossa mar-

    ca individual. Sei que complicado, e s com mui-to trabalho que conse-guimos destacar-nos, por-que este mundo da moda um pouco competitivo. Mas, para j, quero traba-lhar para outros criadores e entrar neste mundo.

  • SEMMAIS | SBADO | 10 DE OUTUBRO | 2015 | 7

    GRNDOLA VIDA DE JOS AFONSO PARA REVER

    A exposio Jos Afonso, Andarilho, Poeta e Cantor, est patente ao pblico nos antigos Paos do Concelho, na Praa D. Jorge, e pro-porciona aos visitantes uma viagem pelas di-versas dimenses da vida e obra de Jos Afon-so, aliando os estmulos visuais e auditivos vertente pedaggica e cvica associada perma-nentemente a Jos Afonso.

    A mostra foi construda em 1994, com o apoio da Lisboa 94 Capital Europeia da Cultura, sendo comissariada por Rogrio Ribeiro e produzida pela Associao Jos Afonso.De acordo com Rogrio Ribeiro, esta exposio foi elaborada a partir e com os materiais e imagens que Jos Afonso dispersamente, e desta vez ainda no reunidos como o deseja-mos, deixou como sementes um pouco por todo o lado.

    ALMADA UNIVERSIDADE SNIOR INAUGURA NOVAS INSTALAES O municpio inaugura, este sbado, s 15 horas, as novas instalaes da Univer-sidade Snior de Almada, na rua Serpa Pinto, no antigo espao da Sociedade Co-operativa Almadense, que foi adquirido e requalificado pelo municpio.O novo espao existem salas de aula e de ensino/ensaio individualizado da msica, sala de tecnologias de informao e co-municao, centro de recursos, auditrio, arquivo, cmara escura, ginsio e cafetaria.Nascida em 2005, a USALMA teve, no ano letivo de 2014/2015, 130 turmas, mil alunos e cem docentes.

    MOITA FESTA DA MARIONETA PASSA PELO CONCELHOA Festa da Marioneta, da Artemrede, passa pelo concelho de 10 de Outubro a 21 de No-vembro, com a realizao de espetculos de teatro, dana e msica para todas as idades. Ao todo, sero cinco espetculos e uma exposi-o. O espetculo Descobridores, para bebs e crianas at aos 5 anos, vai abrir a passagem da festa pelo concelho, este sbado, no Frum

    Jos Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira.A Festa da Marioneta promete oferecer propostas artsticas diversas e de qualidade para todos os pblicos, numa mostra que rene mltiplas abordagens da arte da ma-rioneta e do teatro de objetos e formas animadas.

    BARREIRO MSICA EXPLORATRIA ANIMA CIDADE 21 concertos, um workshop e uma origi-nal sesso de yoga preenchem o progra-ma da 12. edio do OUT.FEST - Festival Internacional de Msica Exploratria do Barreiro, promovido pela OUT.RA -Asso-ciao Cultural, com o apoio do municpio e que culmina este domingo.Novos palcos da cidade abrem-se para a edio deste ano, com destaque para o Museu Industrial da Baa do Tejo e sede da ADAO - Associao Para o Desenvolvi-mento das Artes e Ofcios. O jazz de Mata-na Roberts, saxofonista norte-americana assina um dos mais aclamados lbuns de 2015, Coin Coin Chapter Three, terceiro volume de doze lanamentos planeados para contar a histria da luta da comuni-dade afro-americana nos ltimos sculos.

    ALCCER DO SAL MUNICPIO EM DEFESA DA FILEIRA DO PINHO necessrio atuao, convergncia de vontades e unio entre a fileira da Pinha/ Pi-nho, apelou o edil Vtor Proena, aps a assinatura do protocolo rubricado esta se-mana entre o municpio e seis entidades, tendo em vista a constituio de um grupo de trabalho para avaliao, em termos nacionais, da perda de produo e de rendimento do pinho e identificao dos principais agentes causadores, bem como a apresentao de proposta de medidas de supresso da realidade atual.O autarca lembrou todos os passos dados pela autarquia com os representantes da fileira, que levou criao do Centro de Competncias do Pinheiro Manso e do Pinho, vrias reunies com o Governo e, agora, a assinatura do protocolo para que sejam to-madas medidas de controlo do sugador das pinhas.

    SINES MUNICPIO REDUZ TAXA DE IMI PARA FAMLIAS COM DEPENDENTES

    A Assembleia Municipal acaba de aprovar a reduo da taxa de IMI para agregados familiares com dependentes, a aplicar em 2016. As redues da taxa sero de 5 por cento para agregados com um dependen-te; 10 por cento para agregados com dois dependentes; e 15 por cento para agrega-dos com trs ou mais dependentes.As taxas base de IMI a cobrar em Sines em 2016 sero de 0,8 por cento para prdios rsticos e de 0,36 por cento para prdios urbanos avaliados nos termos do CIMI. Mantm-se o regime especial de IMI para os prdios da ZIL II.

    SESIMBRA NOVO CENTRO DE SADE J TEM LOCALIZAO

    O novo Centro de Sade vai ser instala-do na rua Anbal Esmeriz. Este espao receber os servios administrativos e o atendimento ao pblico. As unidades de cuidados continuados e recursos de assis-tncia partilhada, sero deslocados para o antigo dispensrio, na rua Amlia Frade, que receber obras de reabilitao e am-pliao para o efeito.A proposta foi apresentada pela CMS e aceite pelo presidente da ARSLVT, que j se deslocou a Sesimbra para conhecer os espaos.

    SETBAL PROTEO CIVIL FAZ SIMULACRO NAS ESCOLAS Um exerccio que testa os procedimen-tos de evacuao nas escolas do con-celho, em caso de ocorrncia de sismo, realiza-se dia 13. Todas as escolas do pr-escolar e dos trs ciclos do bsi-co realizam, s 9h30 e s 15 horas, em simultneo, o exerccio, coordenado pela Proteo Civil e Bombeiros, que tem como meta medir a capacidade de resposta da comunidade escolar perante uma catstrofe.O vereador Andr Martins acompanha a atividade na EB1/JI da Azeda, s 15 horas, desenvolvida no mbito desta iniciativa que testa os planos de segurana escolar e procura aferir a dinmica interna como resposta a uma situao de desastre.

    ALCOCHETE MUNICPIO D AULAS DE INFORMTICAA biblioteca de Alcochete d incio, no dia 14, a mais duas formaes em tecnologias de informao e comunicao nas freguesias de Samouco e Alcochete.Esta formao, que vai para a sua 43. edio, tem contribudo para o aumento de ci-dados com competncias bsicas em informtica no Concelho.Esto agendadas outras sesses na Junta de Freguesia de Samouco a 16, 21, 23, 28 e 30 de outubro e nos dias 4, 6, 11, 13, 18 e 20 de novembro, de quarta e sexta-feira, das 10h30 s 12h30. A formao termina a 20 de novembro.A formao na biblioteca de Alcochete tem lugar a 27 e a 30 de outubro e a 3, 6, 10, 13, 17, 20, 24 e 27 de novembro, de tera e sexta-feira, das 15h s 17h. A formao termina a 4 de dezembro.

    SANTIAGO DO CACM HOSPITAL DO LITORAL J TEM CONSULTAS DE PSIQUIATRIA O Hospital do Litoral Alentejano, desde o dia 5, j tem consultas de psiquiatria. Trs mdicos psiquiatras do Centro Hospitalar Psiquitrico de Lisboa, vo dar consultas da especialidade no HLA, s segundas e teras-feiras, e no Centro de Sade de Odemira, s teras-feiras. lvaro Beijinha, o edil, marcou presena na cerimnia e congratulou-se com esta nova valncia. uma resposta para o Hospital, que serve todo o Alentejo Litoral. A questo da sade mental algo que nos preocupa h muito tempo. Os cinco presidentes de cmara reuniram, h ano e meio, com o ministro da Sade, altura em que lhe colo-cmos vrios problemas, e em que a ques-to da sade mental e da psiquiatria foram apresentadas como prioridades.

    PALMELA FINS DE SEMANA GAS-TRONMICOS COM PRATOS TPICOSEst a decorrer em Palmela, at dia 18, mais uma edio dos Fins de Semana Gas-tronmicos, que envolve 17 restaurantes. O evento celebra o prato mais tradicional da gastronomia local, que o Coelho Moda de Palmela. Em verso clssica ou com recurso inovao e criatividade, o coelho, presena importante na gastro-nomia de Palmela ao longo dos sculos, est em destaque nas ementas propostas, sempre acompanhado dos vinhos locais e de sobremesas tentadoras.Este evento tem vindo a registar um au-mento de estabelecimentos participantes.

    MONTIJO EDIL NUNO CANTA PEDE ESCLARECIMENTOS SOBRE AEROPORTO O edil Nuno Canta, informou na reunio de cmara de 30 de setembro ter enviado um ofcio de resposta Secretaria de Es-

    tado das Infraestruturas, Transportes e Comunicaes, a propsito do Memorando de Entendimento sobre o Desenvolvimento de um Plano de Expanso Alternativo da Ca-pacidade do Aeroporto de Lisboa, enviado por esta entidade ao municpio.Nuno Canta revelou que o municpio no pode avanar para a assinatura do memo-rando porque exige uma maior clarificao relativa s infraestruturas necessrias utilizao da Base Area n. 6 como aeroporto civil, as quais constam de um caderno reivindicativo apresentado junto da ANA Aeroportos.

    SEIXAL SESSES DE DDIVA DE SANGUE AT FINAL DO ANO

    A Associao de Dadores Benvolos de Sangue do Concelho do Seixal vai realizar vrias sesses de ddiva de sangue at ao final do ano. As sesses do ms de outu-bro decorrem nos dias 18 e 25, no Clube Recreativo da Cruz de Pau e no auditrio da Junta de Freguesia de Corroios, respe-tivamente. Nas ddivas, que se realizam sempre no perodo da manh, aos domingos, entre as 9 e as 13 horas, podem participar pes-soas saudveis entre os 18 e os 65 anos, que so acompanhadas por tcnicos do Instituto Portugus do Sangue.A iniciativa apoiada pela CMS, juntas de freguesia, coletividades e instituies, que colaboram com a cedncia dos seus espaos para a realizao destas aes.

    LOCAL

  • 8 | SEMMAIS | SBADO | 10 DE OUTUBRO | 2015

    POLITICA

    SETBAL18 DEPUTADOS

    POPULAO851 232INSCRITOS726 049VOTANTES423 500

    ALCCER DO SALALCOCHETEALMADABARREIROGRNDOLAMOITAMONTIJOPALMELASANT. DO CACMSEIXALSESIMBRASETBALSINES

    PAF

    15,7226,6724,7615,7518,5915,1227,8423,7022,8423,1425,8524,7719,60

    PS

    41,3233,0635,8635,8036,1732,2234,0732,2732,5134,0932,0134,1533,47

    CDU

    26,4617,2516,3225,6426,6527,5613,4117,3221,6417,8515,5615,6819,14

    BE

    8,7214,4212,2612,239,1913,5013,0914,5112,6413,3414,1713,8315,94

    LIVRE

    0,641,161,071,050,730,841,101,060,821,000,971,001,53

    PDR

    0,510,710,930,800,571,161,171,220,850,931,270,980,97

    PSPPD/PSDPCP-PEVCDS-PPBEABSTENOBRANCOSNULOS

    26,9025,1919,6012,137,08

    293 00610 8665 688

    55421

    CABEAS DE LISTA FAZEM BALANO DOS RESULTADOS DAS ELEIES LEGISLATIVAS NO DISTRITO

    Do orgulho socialista conseguida mobilizao dos bloquistas

    Ana Catarina Mendes diz que os resultados no distrito conferem enorme responsabilidade, Maria Lus Albuquerque e Joana Mortgua, garantem que deputados vo defender regio. J Francisco Lopes diz que a luta continua.

    TEXTO ANTNIO LUSFOTOS SM

    Ana Catarina Mendes, que liderou a lista do PS, orgulha-se de o PS ter vencido em todos os concelhos do distrito, o que nos confere uma enorme responsabilidade com o que se props na campanha eleitoral.

    A presidente da Fede-rao Distrital de Setbal do PS, que faz um balano muito positivo dos re-sultados eleitorais do dia 4, relembra que estes re-sultados provam que a populao est farta da governao PSD/PP, que nos ltimos quatro anos fragilizou tudo e todos. E conclui: O PS tudo far

    para combater o desem-pego, reanimar as peque-nas e mdias empresas e repor os apoios sociais. Maria Lus Albuquer-que, cabea de lista da coli-gao Portugal Frente, considera que o resultado alcanado pela coligao de direita sublinha a con-fiana renovada pelos portugueses no trabalho

    realizado pelo Governo PSD/PP, garantindo que os deputados eleitos continu-aro a defender a regio e as suas populaes na As-sembleia da Repblica. Maria Lus Albuquerque no esquece que Setbal guindou-a poltica e que, por isso, est grata, relem-brando que a campanha do PSD/PP na regio cen-

    trou-se nos problemas da sade e da segurana. Para Francisco Lopes, cabea de lista da CDU, os resultados das eleies le-gislativas representam mais um avano nacional da CDU, ao atingir o me-lhor resultado desde 1999 e uma afirmao da sua forte expresso regional, o que contribuiu para uma das maiores derrotas eleitorais de sempre do PSD e CDS-PP. E relembra que a CDU fez uma cam-panha centrada nos pro-blemas dos trabalhadores e da populao, de presta-o de contas e apresenta-o de solues para uma vida melhor, assente no contacto direto e no escla-recimento, com grandes iniciativas de mobilizao popular, que se projeta para alm da campanha.

    Numas eleies em que estava em causa mais um mandato, devido ao aumento do n-mero de eleitores, num total de 18, o PS ganhou em toda a linha, pintando o mapa do distrito de rosa, obtendo 34,31 por cento da conta-gem final, e aumento o n-mero de 145.302 votos, mais 30.944 que os registados nas eleies de 2011. Com este score eleitoral, os so-

    J Joana Mortgua, a lder bloquista, considera que a votao muito ex-pressiva no seu partido sinal de que houve mobi-lizao da esquerda no distrito contra o voto til no PS e a austeridade do PSD/PP. Segundo Joana Mortgua, o BE tudo far para mudar a vida das pessoas, sublinhando que o partido combater no Parlamento todas as polticas de austeridade. A lder orgulha-se de o BE ter subido a votao em todos os concelhos do dis-trito e conclui que os de-putados do partido que representa tm todas as condies para impor e pressionar, com as suas propostas, o Governo de direita, para que haja cres-cimento e desenvolvimen-to em Portugal.

    PARTIDOSPSPAFPCP-PEVBEPANPCTP/MRPPABSTENOBRANCOSNULOS

    VOTOS145 30295 65979 60655 276

    8 1678 721

    302 5497 2616 183

    %34,3122,5918,8013,051,931,59

    41,671,711,46

    MAND.754200

    ELEIES LEGISLATIVAS 2015

    EVOLUO DOS PARTIDOS QUE ELEGERAM DEPUTADOS

    VOTOS POR CONCELHO %

    ELEIES LEGISLATIVAS 2011

    %70605040302010075 8376 8579 8780 91 95 02 0999 05 11 15

    PSD PS CDS CDU BE PSD+CDS

    PS GANHOU 7 MANDATOS, PF 5, CDU 4, BLOCO DE ESQUERDA 2

    Socialistas ganharam em todos os concelhos e vestiram mapa do distrito de rosa

    cialistas conseguiram sete mandatos, mais dois que nas legislativas anteriores. O PS ganhou tambm em todos os concelhos da regio, sendo que o seu melhor resultado, em per-centagem, foi obtido em Alccer do Sal, com 41,31%, e o mais curto em Sesim-bra, com 32,1% Tambm o Bloco de Es-querda ganhou votos, 25.656 em relao s anteriores le-

    gislativas, conseguindo au-mentar o nmero de man-datos para dois, um dos objetivos dos bloquistas. A CDU, por seu turno, perdeu pouco mais de 3.000 votos, mas segurou os quatros mandatos con-quistados em 2011. Os maiores perdedores no distrito, foram os vence-dores da noite a nvel nacional. PSD/CDS-PP juntos perde-ram na regio 60.866, per-

    dendo, desta feita, dois man-datos em relao s eleies anteriores, em que, sozinhos, PSD conseguiu cinco man-datos e CDS-PP dois. Recorde-se que a abs-teno no distrito foi me-nor, com 41,14 pontos per-centuais, enquanto que em 2011 tinha sido de 59,17 por cento. Votaram nas ante-riores legislativas 421.387 eleitores e em 2015, 423.500 eleitores.

    34,3%22,6%18,8%13%

  • SEMMAIS | SBADO | 10 DE OUTUBRO | 2015 | 9

    POLITICA

    Francisco Lopes, da CDU, com 59 anos de idade, o mais velho. A rookie desta equipa Joana Mortgua, do BE. Alguns so repetentes. O Semmais foi saber que compromissos mais concretos estes assumem com o eleitorado da regio que os elegeu.

    PSAna Catarina Mendes42 anos, Advogada

    Quero inverter o ciclo de estagnao do distrito e repor os apoios sociais, combater o desemprego e reanimar as pequenas e mdias empresas.

    CDUFrancisco Lopes59 anos, eletricista

    Promover as potencialidades do distrito. Exigir o aumento do salrio mnimo nacional para 600 euros no incio de 2016

    CDUPaula Santos34 anos, deputada

    Exigir do Governo a cons-truo do Hospital no Seixal e do Hospital Montijo / Alcochete. Propor, mais uma vez, o fim das taxas moderadoras na Sade

    CDUHelosa Apolnia46 anos, jurista

    Valorizar fatores para potenciar o desenvolvimento na regio, como a conserva-o da natureza, da biodiversidade e a produo regional sustentvel

    CDUBruno Dias38 anos, deputado

    Exigir do Governo o fim das parcerias pblico privadas do comboio da Ponte e do Metro Sul Tejo para garantir a descida de preos e qualidade do servio

    BEJoana Mortgua29 anos, estudante

    Vou bater-me por mais sade pbica e pela recuperao de rendimentos das famlias e das empresas.

    BESandra Cunha42 anos, sociloga e professora universitria:

    Vou defender os direitos individuais de cada pessoa e as minorias, bem como lutar por melhores infraestruturas na rea da educao

    PSIns de Saint-Maurice Almeida 47 anos, atriz e realizadora

    Aposto na rea martima, agrcola e urbana, bem como na preservao do extraordinrio patrimnio monumental e industrial

    PSEduardo Cabrita54 anos, Jurista / Inspetor de Finanas

    Setbal como motor de desenvolvimento do Pas e lutar pela dignidade do trabalho e pela igualdade de oportunidades

    PAF (PSD/CDS-PP)Maria Lus Albuquerque 48 anos, economista

    Temos de continuar a investir nas IPSS e fazer apostas para ajudar os mais carenciados e em particular os mais idosos

    PAF (PSD/CDS-PP)Bruno Vitorino44 anos, empresrio

    Continuar a trabalhar em proximidade com a populao, com as empresas, as IPSS e coletividades para melhorar o distrito e ajudar a resolver os seus problemas

    PAF (PSD/CDS-PP)Nuno Magalhes43 anos, jurista

    Trabalhar a recuperao econmica e dos rendimen-tos dos cidados, dotar as PMEs de melhor competiti-vidade fiscal, criar emprego e crescer a exportao

    PAF (PSD/CDS-PP)Maria das Mercs Borges58 anos, tcnica superior da funo pblica

    Aposto no combate s desigualdades sociais, atravs da criao de mais emprego em todo o distrito

    PAF (PSD/CDS-PP)Pedro do Ramos41 anos, advogado

    Acompanhar os problemas das pessoas e das instituies, em nome da identidade prpria da regio, que tem grande potencial para crescer e afirmar-se a nvel nacional

    PSEurdice Pereira42 anos, sociloga

    Solues que dignifiquem o distrito e sejam solidrias com os meus concidados

    PSPaulo Pereira55 anos, professor catedrtico

    Preservao e valorizao do patrimnio ambiental e cultural da regio e sua fruio por residentes e visitantes

    PSCatarina Marcelino44 anos, antroploga

    Polticas pblicas de combate pobreza e excluso social, de defesa do setor social, da sade e da economia para a criao de emprego

    PSRicardo Flix41 anos, economista

    Setbal porta Atlntica da Europa, um distrito de futuro com emprego estvel, sade e educao pblicas.

    SAIBA QUEM SO OS DEZOITO DEPUTADOS ELEITOS PELO CRCULO ELEITORAL DE SETBAL

    Eles foram mandatados para serem as vozes do povo da regio

  • 10 | SEMMAIS | SBADO | 10 DE OUTUBRO | 2015

    NEGOCIOS

    Tornar o parque empresarial BlueBiz mais eficiente, atravs de boas prticas ambientais, eficincia energtica, reduo dos consumos de energia e proteo do meio ambiente so as metas da adeso da aicep Global Parques ENA.

    PARQUE EMPRESARIAL DA BLUEBIZ ADERE AGNCIA DE ANERGIA E AMBIENTE DA ARRBIDA (ENA)

    Aicep Global Parques adere s boas prticas ambientais para fortalecer competitividade do tecido empresarial

    Adega de Peges ganha prmio do Melhor Vinho portugus na China

    1 Festival dos Sabores atraiu centenas

    TEXTO ANTNIO LUSFOTOS SM

    TEXTO ANTNIO LUSFOTOS SM

    A aicep Global Parques ade-riu, na passada quinta-feira, Agncia de Energia e Am-biente da Arrbida (ENA), que abrande os municpios de Setbal, Palmela e Sesimbra. A cerimnia teve lugar no centro de negcios do parque empresarial BlueBiz, em Vale da Rosa, e foi apadrinhada pela presidente do municpio de Setbal , Dores Meira. Francisco Palma, presidente da aicep Global Parques, realou

    que esta parceria permite criar competitividade s empresas do nosso parque, atravs da efi-cincia energtica, que se reflete nos custos e margem de neg-cio das empresas e na prote-o do ambiente. Jorge Valrio, diretor tcnico da aicep Global Parques, mos-trou-se satisfeito com esta ade-so, sublinhando que a aicep Global Parques tem vindo a do-tar os seus parques de infraes-truturas que garantem boas prticas ambientais, eficincia energtica, reduo de consu-

    mos de energia eltrica e prote-o ambiental. E conclui que este passo torna as empresas mais competitivas e contri-buem para o desenvolvimento econmico. Por sua vez, Manuel Pisco, presidente da ENA, no tem d-vidas de que estamos perante uma parceria de excelncia, que contribui para o desenvolvi-mento da regio. As agncias de energia so fundamentais para o sucesso das empresas, uma vez que promovem a eficincia ener-gtica, vinca.

    Edil de Setbal fala em excelente parceria

    Orlando Paraba, diretor tcnico da ENA, explicou que esta entida-de, criada em 2004, tem promovi-do aes de sensibilizao para a eficincia energtica e sensibili-zao ambiental. Estamos a contribuir para o desenvolvimen-to sustentvel e devemos ser ra-cionais nos meios energticos, sublinhou, acrescentando que a ENA d formao ao nvel da cer-tificao energtica, trabalha com as escolas, promove eventos so-

    bre energia e sustentabilidade e auditorias energticas junto dos grandes industriais. J Dores Meira, considera que esta parceria excelente e frutu-osa para as duas entidades sig-natrias e, tambm, para Setbal, que passa a ter uma boa prote-o do ambiente e uma boa sustentabilidade ambiental. E recordou que o municpio tem desenvolvido com a ENA v-rios projetos, realando a reco-lha de leos usados e a poupana de energia nos edifcios pblicos. O municpio sadino aposta em boas prticas ambientais e na re-qualificao dos espaos urba-nos e verdes, e em breve vamos a Bruxelas assinar o Pacto de Au-tarcas, para a adoo de polticas amigas do ambiente. A aicep Global Parques espe-cialista em gesto de parques e em localizao empresarial. O seu ob-jetivo garantir condies de cap-tao e acompanhamento na ins-talao de projetos de investimento nacional e estrangeiro. A aicep Global Parques tem sob gesto direta trs solues de loca-lizao empresarial distintas que conseguem acolher projetos de to-dos os tipos e dimenses, nomea-damente a Zils Global Parques em Sines, o BlueBiz Global Parques em Setbal e o Albiz Global Parques em Albarraque, Sintra.

    O vinho Adega de Peges Syrah 2012 foi distinguido com o trofu de Melhor Vi-nho portugus no China Wine and Spirits Awards Best Value 2015, de entre centenas de outros vinhos portugueses e milhares de todo o mundo. Alm desta honrosa distin-o, de destacar que a Adega de Peges foi distinguida com 5 du-plas medalhas de ouro com os vinhos Adega de Peges Touriga Nacional tinto 2012, Adega de Peges Moscatel de Setbal, Adega de Peges Alicante Bous-chet tinto 2010, Rovisco Pais Reserva tinto 2011, Adega de Peges Cabernet Sauvignon tinto 2012. Alm destas, mais duas medalhas de ouro, trs de prata e duas de bronze. Jaime Quendera, o enlogo da empresa, mostra-se orgulho-so com tal distino, sublinhan-do que tal sucesso se deve qualidade dos nossos produtos e nossa excelente regio vinco-

    la, acrescentando que a Vindi-ma deste ano perspetiva-se mui-to boa, devendo ser mesmo a melhor Vindima dos ltimos 10/15 anos. Este Syrah 2012 ideal para acompanhar com carnes e quei-jos. um nctar incorporado, maduro, intenso, timo para acompanhar com pratos fortes e intensos, bem como com quei-jos, refere Jaime Quendera. de referir que a Pennsula de Setbal j o ano passado ha-via ganho este trofu com o vi-

    nho Touriga Nacional da Casa Ermelinda Freitas, o que reala fortemente a qualidade dos vi-nhos da nossa regio. Este ano, a Adega de Peges j havia sido distinguida com 5 medalhas de ouro e trs meda-lhas de prata no famoso concur-so Prodexpo, na Rssia. de destacar tambm que o passado ano de 2014 foi o melhor de sempre para a Adega de Pe-ges, com um total de 147 pr-mios, nomeadamente 46 de ouro, 55 de prata e 46 de bronze.

    Centenas de pessoas marca-ram presena, no passado fim-de-semana, no 1 Festi-val dos Sabores, na Quinta do Anjo, Palmela. O evento gastronmico decorreu na sede da Sociedade de Instruo Musical (SIM), respon-svel pela organizao do evento em parceria com a Associao de festas de Quinta do Anjo. A anga-riao de fundos para as festivida-des da freguesia foi o principal ob-jetivo da promoo do certame que, segundo Susana Vale, mem-bro da direo da SIM, foi dinami-zado tambm com o propsito de proporcionar a todos os partici-pantes um fim-de-semana de mui-ta alegria e convvio.

    Durante os dois, o pblico presente teve a oportunidade de apreciar e de saborear as igua-rias tpicas da regio, como a orelha de porco, o gro com ba-calhau, a feijoada, os pipis, o pi-ca-pau, as tradicionais bifanas e a doaria conventual. Petiscos que s poderiam ser servidos acompanhados dos vinhos da regio de Palmela. Segundo Susana Vale, a grande afluncia do pblico su-perou as expectativas iniciais. Correu muito bem. Melhor do que estvamos espera. Este foi o primeiro mas j contamos realizar o segundo festival para o ano.

  • SEMMAIS | SBADO | 10 DE OUTUBRO | 2015 | 11

    PUBLIREPORTAGEM

    Em actividade h quase trs anos, a iClinics, em Setbal, continua a trabalhar diariamente para garantir a melhor prestao de cuidados aos utentes. A oferta de servios nicos, a elevada qualidade dos tratamentos e os profissionais de sade de excelncia so elementos mpares que conferem o selo de qualidade a esta clnica inovadora e sofisticada, cuja dinmica assenta no progressivo crescimento do trabalho que desenvolve.

    EM SETBAL H UMA CLNICA QUE CRUZA A MEDICINA CONVENCIONAL COM AS TERAPIAS COMPLEMENTARES

    iClinicsMedicina Integrada ao seu dispor

    Formados em fisiote-rapia, e com mais de doze anos de experi-ncia profissional, Eurico Gonalves e David Morais, sempre sentiram a neces-

    sidade de procurar outras reas de saber, como a os-teopatia, a acupuntura e outras terapias alternati-vas, com registada efecti-vidade clnica, que pudes-

    sem trazer uma mais-valia ao paciente. No final de 2012, estes especialistas abriram as portas da iCli-nics, em Setbal, uma cl-nica que conjuga a medi-

    cina convencional com a medicina complementar. Queramos melhores resultados, mais perma-nentes, e com um tempo de cura mais reduzido. O paciente merece a melhor oferta em termos de trata-mento com recurso a v-rias especialidades ou te-rapias, sem a possibilidade de aumentar os custos, afirma David Morais, acrescentando que a tare-fa no fcil mas poss-vel e continua a ser con-cretizada com sucesso. Recorremos aos melho-res profissionais que con-jugam vrias reas de sa-ber, o que nos permite no aumentar os custos para o paciente. E, temos conse-guido.

    Servios integrados e de excelncia

    Com estes moldes de fun-cionamento, h poucas clnicas no pas, e na re-gio de Setbal a iClinics mesmo a nica. Nesta clnica o pacien-te tem disposio um conjunto de servios que contempla vrias especia-lidades mdicas conven-cionais integradas com diversas terapias alterna-tivas, ou melhor, comple-mentares. A iClinics faz o cruzamento de uma con-sulta de vrias especiali-dades mdicas com a fi-sioterapia, a osteopatia, acupunctura, homeopatia e haloterapia, todas elas orientadas por profissio-nais especializados, em mais do que uma rea, que comunicam entre si. Afirmando ser este um factor diferenciador da

    iClinics, Eurico Gonalves aponta como exemplo a rea da reabilitao neu-rolgica. Em Setbal a maior parte desse trata-mento feito de forma compartimentada, ou seja, h o neurologista que medica e encaminha para fisioterapia. Ns aqui, alm da consulta de neu-rologia, temos tambm um tratamento conjunto de fisioterapia e de terapia da fala e terapias comple-mentares, sublinha o es-pecialista. Sempre em contnua evoluo, a iClinics vai agora iniciar uma consul-ta multidisciplinar de reu-matologia atravs da qual os pacientes tero acesso a um tratamento comple-mentar de fisioterapia, os-teopatia e acupunctura. Actualmente, uma das grandes apostas da iCli-nics, prende-se com sa-de da mulher, rea que est a ser fortemente di-namizada atravs de uma oferta nica e multidisci-plinar, tal como explica o fisioterapeuta Eurico Gonalves. Alm da ofer-ta mais convencional, como os exerccios para a mulher, pr e ps parto, o pilates, e a consulta de gi-necologia /obstetrcia, te-mos tambm a consulta de psicologia com um es-pecialista na rea na dis-funo sexual, nutrio e a reabilitao do perneo e incontinncia urinria. Na rea do bem-estar, a iClinics apresenta uma oferta muito acima da mdia em termos de qua-lidade e a preos muito competitivos, com vrios tipos de massagem, das tradicionais s teraputi-cas. Muito embora a fisio-terapia integrada seja considerada a rea pri-mordial, a iClinics oferece uma grande diversidade de especialidade mdicas conduzidas por profissio-nais de sade bem qualifi-cados e conceituados.

    A aposta na vertente teraputica da Haloterapia

    Alm de toda esta oferta j referenciada, a iClinics destaca-se das demais cl-nicas da regio, e integra um restrito leque em todo o pas, por disponibilizar o servio de haloterapia, com uma vertente verda-deiramente teraputica. A

    haloterapia uma forma de aerossol salino em at-mosfera seca. Est dire-cionada, especialmente, para as patologias respi-ratrias e dermatolgicas. Conhecidos os benefcios das propriedades do sal no alvio, e tratamento de alergias, problemas respi-ratrios e de pele, na halo-terapia transpe-se para uma sala o ambiente de uma gruta de sal, de uma forma no invasiva, em que um adulto ou criana podem realizar o trata-mento de aerossol sem mscara, explica Eurico Gonalves. Em Setbal somos os nicos com a vertente te-raputica da Haloterapia, com uma consulta supor-tada por profissionais de sade, sublinha o espe-cialista. Quanto aos resultados, no poderiam ser mais positivos, principalmente nas crianas. H uma di-minuio de toma de me-dicao, diminuio de recorrncia de episdios agudos e, com o tempo, j temos uma srie de mdi-cos na regio que acabam por recomendar esta tera-pia.

    Um carto iClinics como presente de Natal

    A pensar na sade e no bem-estar da populao e, por forma, a facilitar o acesso da mesma aos tra-tamentos na clnica, a iCli-nics resolveu criar um carto que apresenta al-gumas regalias para quem no tem a possibilidade de pagar, por exemplo, um seguro de sade. Este carto para a famlia. Ns damos um plano at quatro elementos da fam-lia com um preo bastante convidativo e oferecemos, anualmente, a cada mem-bro, uma avaliao por parte da equipa mdica dentria e um check up de acupuntura Ryodoraku (avaliao dos nveis de energia/funcionamento corporal). Esse carto ga-rante ainda o acesso prati-camente a todos os nossos servios com descontos significativos, esclarece David Morais. O produto vai ser lan-ado no Natal como uma prenda no s nossa para o cliente mas tambm po-der ser de me para filho, de av para neto.

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  • 12 | SEMMAIS | SBADO | 10 DE OUTUBRO | 2015

    CULTURA

    A pea A Cadeira, um espetculo de clown, desenvolvido pela atriz Anabela Mira e o en-cenador Hugo Gama, sobe ao palco do espao multiu-sos da Fortaleza, este do-mingo, s 16 horas. Em cena uma mulher depara-se com uma cadei-ra. Atrada e seduzida por ela, ocupa-a e apodera-se

    VisionEnsemble dos palcos de Setbal para a Euroviso

    A Repblica das Bananas marca o regresso aos palcos de Rita Ribeiro e Anabela

    Sesimbra acolhe A Cadeira

    TEXTO ANTNIO LUSFOTOS NUNO DE ALBUQUERQUE

    So seis jovens msi-cos de Setbal, com idades compreendi-das entre os 18 e os 20

    anos, que estudam msica e veterinria fora da re-gio. Os ex-colegas de conservatrio juntaram--se e estrearam o seu pro-jeto musical VisionEn-semble, este ms, no

    Eurovision Live Concert, na Casa da Cultura, a con-vite da organizao da-quele evento. Estamos a falar de Gonalo Fernandes (1. violino), Rita Nunes (2.

    F ilipe La Feria, o mes-tre da revista es-treou, dia 30, no Po-liteama, A Repblica das Bananas, que marca os regressos de Rita Ribeiro e Anabela aos palcos. Jos Raposo, Paula de S e Ricardo Soler e Ri-cardo Castro completam o elenco deste espetcu-lo, com magnfico corpo de baile, que promete muita gargalhada e boa disposio.

    violino), Catarina Do-mingues (viola darco), Marco madeira (violon-celo), Diogo Fernandes (saxofone) e Sara Xime-nes (piano), que ainda no tm local prprio para ensaiar. A minha casa j foi palco de en-saios do grupo, sublinha Gonalo Fernandes. Sem apoios financei-ros de nenhuma entida-de, os VisionEnsemble l vo contando com a aju-da dos prprios encarre-gados de educao, fa-miliares e amigos dos seis msicos. Um dos grandes sonhos deste novo projeto musical sa-dino passa por tocar ao vivo no palco da Eurovi-so, mas, enquanto a ambio no concreti-

    zada, os VisionEnsemble pretendem chegar o mais longe possvel e que falem bem dos nos-sos concertos. O lema deste agrupa-mento trabalhar ardu-amente para atingir o sucesso. Queremos ser bons profissionais, exce-lentes msicos, aventu-reiros em novos projetos mas, sem tirar os ps do cho. Temos na mente novos projetos mas no posso ainda falar sobre eles, revela o msico violinista. Por enquanto, Gon-alo Fernandes que pre-para todos os arranjos das melodias que so to-cadas em palco, mas, no futuro, o msico deixa a antever que algum vai

    Esta nova revista, semelhana das anterio-res, aposta numa crtica mordaz e divertida ao Portugal dos nossos dias, onde so passados em revista os aconteci-mentos do ano, as figu-ras polticas e pblicas mais engraadas e con-troversas. Numa ode aos tempos modernos, revisitando lu-gares como a cadeia de vora ou o Solar dos Pre-

    suntos, La Fria faz uma crtica mordaz ao Gover-no, ao futebol, sem esque-cer o povo portugus: os bananas. Este um espetculo cheio de surpresas e boa disposio que, ao longo de mais de duas horas, prende o pblico com um humor muito prprio. Ao longo do mesmo so relembrados vrios nomes da representao e cultura portuguesa j de-

    saparecidos, como o caso de Raul Solnado. La Fria deixou uma mensagem a todos os portugueses, alertando para o facto de muitos atores estarem a abando-nar as suas carreiras e at o pas. Deixem de ser pi-rosos e vamos apostar nos bons atores que te-mos por c, pediu o en-cenador. Os preos situ-am-se entre os 10 e os 30 euros.

    do objeto como territrio seu. A partir daqui, desen-volve-se uma trama em que o pblico levado pelo jogo da comdia, revelando-nos paralelamente como se transforma esta mulher em relao ao seu prprio po-der pessoal. O espetculo conta a histria dum imp-rio doutrinado pela Demo-cracia. Entrada livre.

    passar a escrever origi-nais para o grupo, tendo em conta uma proposta que lhes chegou s mos. Gonalo Fernandes no tem dvidas de que o feedback do pblico no Eurovision Live Concert, em Setbal, foi muito bom. Foi muito motiva-dor o pblico ter-nos aceite muito bem. Isso far com que sejamos mais exigentes, no futuro, tanto nos ensaios como nas atuaes. Os Visio-nEnsemble interpretam na festa da euroviso os temas Waterloo, dos ABBA, Rise Like a Phoe-nix, de Conchita Wurst, e La Traviata: Brindisi, de Verdi, tendo sido bastante aplaudidos pelo pblico.

  • SEMMAIS | SBADO | 10 DE OUTUBRO | 2015 | 13

    CULTURA

    SETBAL10SBADO21H30A PAIXO DE TRS HOSPEDEIRAS Frum Municipal Lusa Todi

    Boeing Boeing a comdia que conta a histria da paixo de trs hospedeiras, de companhias de avia-o diferentes, pelo mesmo homem. No elenco esto os atores Joo Didelet, Lus Esparteiro, Sofia Ribei-ro, Melnia Gomes, Elsa Galvo e Brbara Norton de Matos. A encenao de Cludio Hochman.

    MONTIJO10SBADO21HCANTAR COM AMIGOSCinema-Teatro Joaquim dAlmeida

    O grupo coral do Montijo apresenta Cantar com Amigos III, um espectculo que conta com a partici-pao de Vnia Fernandes, Lus Sousa, Escola de Ar-tes Sinfonias & Eventos, Batucando, EKVT, Rancho Folclrico Juventude Atalaiense, United Dance Crew, Grupo Geraes da Escola de Msica Arteso do Som e Duendes do Umbigo.

    SINES10SBADO22HANDR BAPTISTA CELEBRA 10 ANOS DE CARREIRACentro de Artes

    O fadista, que cresceu e se estreou em Sines, celebra 10 anos de carreira. Considerada uma das vozes promissoras do fado do sculo XXI, pisou impor-tantes palcos no pas e no estrangeiro. Tem dois CDs editados e j ganhou o Prmio Revelao da Fundao Amlia Rodrigues.

    SEIXAL11DOMINGO16HANIMATEATRO ESTREIA O LAGO DOS CISNESCinema S. Vicente A Animateatro estreia a pea infantil O Lago dos Cisnes. do bailado composto por Pyotr Ilyich Tchaikovsky, que nos chegam as mais vivas mem-rias deste conto, na unio entre a msica e ballet que se mesclam antigas lendas russas.

    PALMELA16SEXTA19H30JAVIER PAXARIO JAZZ Teatro S. Joo

    Javier Paxario considerado um dos melhores saxofonistas de Espanha e um dos artistas mais completos da msica de fuso. O seu percurso musical vai do jazz ao folk, da msica avant-garde ao rock progressivo, tendo colaborado com grandes artistas de projetos musicais nacionais (espanhis) e internacionais, e tambm com o mundo do cinema, da televiso, da dana ou do teatro.

    AGENDA

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    CONVITES PARA A REVISTA S PAGODE s pagode, a revista popular de Bruno Frazo, est de volta aos palcos da regio. j dia 17, nos Sadinos, s 21h30. Esta revista conta com uma stira poltica, religiosa e social relacionada com a atualidade. De destacar a homenagem singela a Paula Costa, antiga vereadora do municpio, pelo seu empenho nas marchas popula-res, e aos atores lvaro Flix, Fernando Guerreiro e Carlos Csar. Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores. Basta ligar 96 943 10 85.

    Comdia Imprio Amoroso sobe ao palco de Palmela para divertir o pblico

    O Bando j estreou Absteno em Vale dos Barris

    Filipe Blanquet apresenta coleo Mutant

    O Teatro Estranhamen-te Louco e Absurdo (TELA), companhia de teatro de amadores, sede-ada em guas de Moura, sobe ao palco do teatro S. Joo, em Palmela, este sba-do, s 21h30, com a comdia

    O teatro O Bando es-treou, na passada quinta-feira noite, o novo espetculo Absten-o, no espao sede, em Vale dos Barris, Palmela, com o apoio do municpio. Com base no texto O Cru-zeiro, de Abel Neves, e com dramaturgia e encenao de Joo Brites, Absteno acompanha o dia-a-dia de uma famlia que atravessa uma tragdia aparente e uma maior ameaa oculta que os circunda uma me castigada pela vida, que fez um voto de silncio, coexiste com a austera atitude do pai,

    poderoso na dependncia que a cegueira lhe impe, sob os quais sobrevivem dois irmos que partilham o mesmo olhar apaixonado por uma figura feminina que magnetiza toda a famlia. Com msica de Jorge Salgueiro e figurinos e ade-reos de Clara Bento, Abs-teno conta com as inter-pretaes de Guilherme Noronha, Joo Neca, Julia-na Pinho, Raul Atalaia, Rita Brito e Sara de Castro. Em setembro, O Bando e o municpio promove-ram uma comunidade de leitores, na biblioteca da

    O estilista Filipe Blan-quet apresenta, este sbado, s 21h30, na escola de hotelaria de Setbal, a nova coleo de roupa Mutant, confecio-nada a partir de penas, me-tais e acar, que se inspira no pensamento do homem ao longo da vida. Manequins femininas desfilam 36 peas, entre lin-

    gerie, macaces, vestidos e capas, elaboradas pelo se-tubalense, cujas produes de moda se caracterizam pelo uso de acar, a que agora se juntam penas, o elemento central, e metais. A coleo a divulgar no desfile transmite as ideias de Filipe Blanquet sobre a metamorfose que o indiv-duo atravessa durante a

    Imprio Amoroso, no m-bito da itinerncia em curso pelo concelho. O drama que se abate sobre uma famlia bem--sucedida, de Sintra, apresentado ao pblico em Imprio Amoroso, com

    vila, que permitiu acompa-nhar o processo criativo da obra, debater o texto e par-ticipar nos ensaios.

    A pea estar em cena at dia 25, de quinta a s-bado, s 21 horas, e domin-go s 17 horas.

    boa-disposio e um to-que de escrnio, pondo a nu um conjunto de trai-es e mentiras. Com texto e encenao de Marco Bilimria, conta com as interpretaes de Ana Carlos, Ana Monteiro,

    Clara Santos, Diogo Roque, Marco Bilimria e Solange Agostinho. Para maiores de 12 anos, o espetculo tem entradas no valor de 2,5 euros, numa organizao do TELA com o apoio do municpio local.

    vida, em termos pessoais e profissionais. As criaes em acar, imagem de marca de Filipe Blanquet, so utilizadas nesta coleo em peas de lingerie, encarando a pas-sagem pelo imaginrio e pela fantasia. Os metalizados, elabo-rados, entre outros mate-riais, com latas de refrige-

    rantes, recriam a fase da concretizao dos sonhos, da materializao. As pe-nas simbolizam a espiritu-alidade. O desfile, de entrada li-vre, organizado em par-ceria, entre outros, com o Turismo de Portugal e o municpio, que produz o evento juntamente com Jos Manuel Santos.

  • 14 | SEMMAIS | SBADO | 10 DE OUTUBRO | 2015

    OPINIAO

    Diretor Raul Tavares | Redao: Anabela Ventura, Antnio Lus, Bernardo Loureno, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigo, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenao | Direo de arte e design de comunicao DDLX www.ddlx.pt | Servios Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuio Jos Ricardo e Carlos Lio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concesso Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redao: Largo Jos Joaquim Cabecinha n8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraa) 2910-564 Setbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impresso: Empresa Grfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceio, 50 Moralena 2715-029 Pro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (mdia semanal). Distribuio: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depsito Legal; 123227/98se

    mmais

    Menge Trois?

    A responsabilidade do PS

    EDITO

    RIAL

    Raul TavaresDiretor

    A situao poltica est num impasse e os resultados eleitorais previam esta nuvem acizentada, merc da vitria da coligao de direita sem maioria absolu-ta e, do lado oposto, uma margem de esquerda que capitalizou o protesto contra a austeridade.No h dvidas de que a coligao venceu as eleies, mesmo tendo perdido cerca de 700 mil votos em relao s Legislativas de 2011, e o PS o grande perdedor, embora tenha obtido mais votos e mandatos que nas mesmas eleies.A tradio poltica portu-guesa a de deixar gover-nar quem obteve mais votos e, numa primeira instncia, sobretudo devido s diferenas e divises esquerda, os socialistas deveriam tudo fazer para que a coligao governasse mediante condies prvias. Em primeiro lugar, dando corpo ao meia-culpa que fez durante a campa-nha eleitoral, em que, fazendo jus das melhorias da situao da pas, prome-teu aligeirar os cortes e a austeridade; em segundo, manifestando-se disponvel para acertos com o PS, em questes centrais: rendi-mento das famlias, estado social e polticas macro--econmicas.Mas h outra hiptese que, pelos vistos, est a entrar em cena. No menos legtima, olhando os resultados eleitorais. Uma maioria de esquerda, caso a CDU e o BE esqueam as suas linhas vermelhas que tanto fraturam entendimentos neste espectro partidrio.A Europa est pejada deste tipo de solues, incluindo governos chefiados por segundas e terceiras foras polticas.Qualquer destas solues deve ter em conta sobretudo a estabilidade poltica. esse o caminho e a urgncia.

    Impasses para uma situao nova

    O Povo decidiu, est decidido.Ser mesmo assim? Poder ser. Mas o namoro (assdio mesmo) descarado que a esquerda mais radical est a fazer a um desorientado PS poder-nos- levar a uma resposta negativa.Como? Basta que o ultra-de-sorientado Antnio Costa, continue a portar-se como os nossos GPSs, quando por algum motivo no sabem o que fazer e estejam constante-mente em busca de uma rota nova.Vejamos se compreendi bem. Depois de na campanha eleitoral Antnio Costa ter afirmado, alto e bom som, que no viabilizaria Oramentos de Estado de Governos de Direita, o mesmo dizer que no valia sequer eles tomarem posse, aps a noite eleitoral, em choque, presumo, ganhou

    algum tino e, comportou-se como algum responsvel e admitiu respeitar a vontade do Povo e, mais relevante, no faria coligaes negativas. Pareceu-me mesmo a frase mais inteligente e sensata que Antnio Costa proferiu nos ltimos meses.Acontece que estamos a falar de Antnio Costa e o que hoje verdade, amanh pode no o ser e, na mesma semana, em reunio com a equipe da CDU (ou seria do PCP?) vem afirmar que h pontos de convergncia interessantes e vo trabalhar em conjunto, seja l o que isso quer dizer.Escrevo esta crnica e ainda no reuniu, nem com o Bloco de Esquerda, com uma eufri-ca Catarina Martins que descaradamente lhe prope casamento. Casamento ou uma aventura de momento, desde que isso sirva os

    Nas recentes eleies legislativas o PS ficou aqum do que os militantes esperavam. agora necessrio analisarem--se as razes, externas e internas, pelas quais isso ocorreu.A poltica a arte mais comple-xa da vida e deve ser elevada por quem ou se prope ser dirigente partidrio a qualquer nvel. Quer isto dizer, que a anlise do que ocorreu deve centrar-se nas razes politicas que estiveram nas suas causas e no na responsabilizao ad hominem, com vista ao reforo dos alicerces do PS, partido indispensvel democracia , porm, necessrio ter-se presente que a coligao de direita perdeu quase setecentos mil votos e com esse facto a maioria absoluta. A sua margem de manobra passou a estar muito mais limitada e, como bvio, ter de alterar a forma e o contedo da poltica que prosseguiu.O PS ficou a escassos trs mandatos de ser o partido com maior representao parlamen-tar e vai ser determinante para o futuro. A maioria do parla-mento passou a ter uma representao maioritria esquerda.

    interesses que lhe esto subjacentes.Veremos se este casamento a trs, completamente atpico e com o nico objectivo de desa-lojar o PSD tem um encanto suficiente para demover Costa da rota certa e enveredar por este canto da sereia, ou se, uma vez na vida, ser coeren-te, coloca o sentido de estado acima dos seus interesses e dos seus aclitos e viabiliza um Governo maioritariamente votado pelo Povo.Ele tem a obrigao de saber que, se no o fizer, mandar para o lixo os sacrifcios dos

    Portugueses nos ltimos 4 (quatro) anos. Pior, obrigar a novos sacrifcios e a um olhar muito desconfiado por parte dos nossos parceiros Europeus e credores internacionais que, recorde-se, ainda so nossos credores, porque ns ainda no pagmos toda a dvida que um Governo socialista nos obrigou a contrair.Devo deixar aqui um aviso a Pedro Passos Coelho, segundo a Segundo a lenda, o nico jeito de derrotar uma sereia ao cantar seria cantar melhor do que ela.Quem te avisa teu amigo .

    Estas questes no so menores e apresentam enormes virtuali-dades para o futuro do PS e com ele para Portugal e para os portugueses, se o PS souber responder-lhe como se espera. que, sem maioria absoluta, a coligao est condicionada pelo PS que no deixar de dialogar com todos os partidos com assento parlamentar.No duvido que o PS aprendeu com os erros da campanha e, por isso, tem hoje maior experincia para encarar os dias que a vm, com fora redobra-da contra a poltica da coligao que nos governou at agora. No que respeita ao distrito de Setbal, a lista candidata do PS, de que fui, com muita honra, mandatrio, teve um excelente resultado. justo, por isso, saudar os eleitores que deram confiana aos candidatos que a lder da federao, Ana Catarina Mendes, e a direo do partido apresentaram e naturalmente aos militantes e s estruturas do partido que foram inexcedveis durante a campanha.A vitria que o PS obteve em todos os treze concelhos ser honrada pelos eleitos. O distrito de Setbal foi mesmo o nico dos outros trs grandes distri-tos, ou seja, Lisboa, Porto e Braga, onde foi o partido mais

    votado. Isto no naturalmente obra do acaso.A coligao de direita sofreu no distrito uma pesada derrota, perdendo dois mandatos. Por outro lado, a CDU, que durante a campanha eleitoral ergueu o PS como seu principal advers-rio, diminuiu de facto o nmero de eleitores embora mantivesse quatro mandatos.Decididamente no compensou CDU colocar o PS como seu adversrio principal, como toda a gente viu e ouviu. Oxal isso sirva de lio para que o dilogo to necessrio esquer-da, que reclama com uma mo mas que na campanha negou com a outra. A recente reunio da Comisso poltica nacional do PS deliberou a estratgia a seguir e nela incluiu, como no podia deixar de suceder, o dilogo com as foras sua esquerda mas tambm com a direita, sem qualquer quebra de princpios do programa que apresentou ao eleitorado.

    O crescimento natural, porque esperado, do BE no distrito conduziu por isso a que em algumas freguesias obtivesse mais votos que a CDU, passan-do esta a quinta fora com representao parlamentar. Regista-se uma absteno ainda elevada e um voto de protesto significativo em partidos que no tiveram qualquer represen-tao parlamentar.No mais e como sempre, o PS seguir responsavelmente o seu caminho com os olhos postos no interesse nacional, nos portugueses e em Portugal. Que disso no haja duvidas nem iluses. Aps as eleies presidenciais ocorrero eleies internas para as federaes, para Secretrio--geral e para os delegados ao Congresso Ordinrio. E tambm neste domnio os militantes assumir-se-o com a serenidade que deve ter um partido estruturante da democracia portuguesa.

    UM CAF E DOIS DEDOS DE CONVERSA

    PAULO EDSON CUNHA VEREADOR PSD CMARA DO SEIXAL

    POLTICA MESMO

    VITOR RAMALHOADVOGADO

  • SEMMAIS | SBADO | 10 DE OUTUBRO | 2015 | 15

    OPINIAO

    Pennsula de Paz por Baas assim em todo o Mundo

    As ferramentas

    As eleies e o sndroma de Estocolmo

    Partamos das notcias dando conta da iniciativa que o Conselho Portugus para a Paz e Cooperao (CPPC) e o Municpio do Seixal levaram a cabo a 21 de Setembro, assinalando precisamente o Dia Internacional da Paz, na qual foi tema incontornvel a evocao por parte de Joaquim Santos, Presidente da Cmara, dos 65 anos decorridos aps a assina-tura do Apelo de Estocolmo contra as armas nucleares, mola real para o lanamento do Movimento ZLAN - Zonas Livres de Armas Ncleares -, cuja actualidade gritante, assim como a do 40 anivers-rio da Acta de Helsnquia. Animada ao longo da Baa do Seixal pelo grupo de percusso Toca a Rufar, a aco culminou

    com uma sesso na Quinta da Fidalga dirigida por Maria Jos Cantarinha e na qual outra interveno de fundo coube ainda a Gustavo Carneiro, sendo ambos membros da Direco do CPPC.Mas vinha de seguida: Tal como aconteceu a 27 de Agosto na Praa do Bocage, em Setbal, o momento foi de igual oportuni-dade para a recolha de assinatu-ras repudiando o anunciado Exerccio NATO Tridente Juncture a realizar em Portugal, Espanha e Itlia entre 3 de Outubro e o incio de Novembro de 2015, envolvendo mais de 40 pases e 25 mil efectivos, tendo sido atribudo ao Porto de Setbal e a Troia (entre Santa Margarida e Beja) a funo de plataforma logstica de entrada de viaturas e de outros equipa-

    mentos e meios militares.O documento-base, subscrito j por dezenas de organizaes, associaos, movimentos de opinio pblica e instituies, pugna pelo cumprimento da Constituio da Repblica que defende a dissoluo dos blocos poltico-militares e o estabelecimento de um sistema de segurana colectiva, com vista criao de uma nova ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justia nas relaes entre os povos. Ou no fosse a OTAN de Salazar a ferramenta de guerra contra os povos da Jugoslvia, em 1999, do Afeganisto, em 2001, da Lbia, em 2011, da desestabiliza-o da Ucrnia, da instrumenta-lizao da Europa na implemen-tao da estratgia agressiva

    Nos prximos quatro meses apresentamos quatro criaes da CTA e acolhemos 14 espectculos. A galeria do TMJB apresenta duas exposies e, com o incio do ano lectivo, vamos projectando o trabalho conjunto, com professores de Almada e do Seixal, que nos levar s escolas para conversar com os alunos sobre aquilo que faremos at ao final do ano lectivo.Lus Miguel Cintra fala-nos do Hamlet que estremos no ltimo Festival como um conflito entre duas geraes: de um lado, os que esto instalados no poder, e que se deixaram corromper; do outro, os seus filhos, cuja tragdia, segundo Cintra, consiste em no perce-berem que a mudana no seria

    dos Estados Unidos, atravs da manuteno de armas nucleares em vrios pases europeus, ou da criao do chamado escudo anti-mssil.No houvesse entretanto eleies em Portugal que estranharamos? A falta de ordens de Cavaco Silva para que Passos Coelho se aplicasse na formao de um governo susceptvel de na Assembleia da Repblica emergir do arco fundeado no Euro, na Unio Europeia e na NATO, na

    submisso.O desenrolar do Exerccio NATO, em particular uma maior percepo do que trar Baa do Sado, no deixar de conti-nuar a concitar a opinio pblica para o protesto. A luta pela soberania nacional, o desenvolvimento econmico e os direitos e bem-estar dos cidados consagra-se na luta pela paz, e no h bandeiras de Picasso saindo das nossas Baas - voltando ao ttulo que no deem para o Mundo.

    reconstruir a sociedade podre que os pais no conseguiram construir, mas sim construir uma outra sociedade. Aparen-temente, embora se revolte com justeza contra o que vai mal no reino da Dinamarca, ao jovem prncipe no foram dadas as ferramentas, os instrumentos de pensamento, para resolver o seu problema existencial resta-lhe o desfecho trgico.No texto de A tragdia optimista, que estreamos em Dezembro, a dada altura, na discusso entre o anarquista Aleksei e a Comiss-ria bolchevique, o marinheiro dispara o seguinte: Continua-mos aferrados ao que nosso: a minha trouxa, as minhas pegas, a minha Maria. O meu, est a ver?, que l nisso somos iguaizinhos aos animais. Querer

    Findando o ato eleitoral, eis que surgem os ataques de vencidos a vencedores, dos derrotados aos vitoriosos, da ideologia de esquerda ao ideal de direita, da esquerda esquerda. Assistimos na ultima semana s vrias justificaes e aos argumentos apresentados de uns e de outros, numa tentativa desenfreada de justificar as escolhas do povo portugus. v-los nas redes socias, em autnticos manifes-tos dissertativos e persuasivos, carregados de ideais perfeitos em declarao pblica de princpios e intenes de como a esquerda poderia ter feito e no fez. Questionando e encontrando razes para a escolha do povo soberano. Esse

    mudar os homens como marrar contra uma parede. Trazemos esse fado dentro de ns.Ao citar estes dois textos no estou a procurar que eles comunguem nos temas. Mas estou, isso sim, a sublinhar que nos inscrevemos na pesquisa de um teatro de ideias: no caso de Hamlet, a tragdia de viver num mundo em cujas regras no podemos rever-nos, pois os valores nos quais fomos educados esto em total contra-dio com o presente; no caso de A tragdia optimista, a negao da tragdia (como o oxmoro do ttulo anuncia) atravs da inscrio das nossas vidas num objectivo comum. E no resisto a recuperar uma frase de Natacha Michel a

    POLITICA E CULTURA

    VALDEMAR SANTOS MILITANTE DO PCP

    BOCA DE CENA

    RODRIGO FRANCISCODIRETOR DA CTA

    mesmo povo que ia dando sinais de permanecer num estado de estivao, adormeci-do pelos atos e decises politicas dos ltimos tempos desenvolveu um sentimento de lealdade para com o sequestra-dor, apesar das vrias situao de perigo em que se encontra-va: O aumento dos impostos, o corte nos ordenados e refor-mas, o xodo dos nossos jovens quadros para fora do pas, o desemprego, a ameaa premen-te da rotura do sistema de segurana social, a decadncia do Estado Social entre outros, parecem no ter sido motivos mais que suficiente para que o povo portugus fosse capaz de romper com a politica domi-nante. O eleitorado foi chama-

    do a decidir e decidiu. As sondagens, com ou sem rigor, l io dado sinais de que o desvio padro no tinha assim tanta disperso em relao mdia. O escrutnio dos rgos de comunicao social que em muitos dos casos, suspenderem por mais de um ms, a nobre misso de informar em prol de atos de propaganda, tambm podero estar na origem desse desfecho. No entanto, o povo receoso da mudana compor-tou-se como qualquer outra vitima, terminando por se identificar e at mesmo por gostar daqueles que o seques-traram ou maltrataram, num gesto desesperado de preserva-o pessoal, numa clara estratgia de sobrevivncia. Os

    portugueses apesar de conhe-cerem o estado a que as coisas chegaram, preferiram ficar nas mesmas amarras. Dispersaram as suas vontades, os seus votos, no encontrando alternativa nem fazendo a mudana esquerda que e apesar de alguns bons resultados, no foi una permitindo que a direita concretiza-se. Agora cabe esquerda amparar o povo, protegendo-o da identificao afetiva e emocional que o

    propsito da encenao que, em 1998, Bernard Sobel realizou deste texto: J houve um tempo no qual, para alm da religio, se acreditou na vida eterna.Teimamos, ao contrrio da tendncia cada vez mais dominante, em montar textos que convidem reflexo, em vez do entretenimento, porque aqueles que nos visitam o pblico, as pessoas para quem trabalhamos nos do inequ-vocos sinais de que essa a direco que preferem. E no

    posso disfarar o prazer que senti quando recebi a notcia de que este ano o pblico do Festival de Almada votara, como Espectculo de Honra, num monlogo da Joana Craveiro com a generosa durao de quatro horas e meia. Quer-me parecer que quem est disposto a ouvir uma actriz falar durante tanto tempo sobre o 25 de Abril de 1974 no atura as experin-cias de entretm que vo brilhando nalguns palcos portugueses. Por a vamos.

    mesmo desenvolveu para com o governo. Cabe esquerda, conservar-se em estado de alerta e transmitir confiana ao povo, para que o mesmo no a veja como um inimigo mas sim como um libertador. Na Nao Valente, paira o sndro-ma de Estocolmo (patologia desenvolvida por pessoas que so vtimas de sequestro, em que a vtima desenvolve sentimentos de lealdade para com o sequestra-dor).

    CIDADANIAS

    ELISABETE CAVALEIROCOORDENADORA PEDAGGICA

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