Transformação da MPV

“Transformação da planta medicinal em produtos

farmacêuticos e cosméticos: Abordagem

farmacognóstica, fitoquímica"

Laís Flávia Nunes Lemes [email protected]

Transformação da planta medicinal em

produtos farmacêuticos e cosméticos

A transformação de uma planta medicinal a produto

farmacêutico deve visar a preservação da integridade

química e farmacológica do vegetal, garantindo a

constância de sua ação biológica e a segurança de

utilização.



• A produção desses produtos requer necessariamente

estudos prévios relativos a:

– Aspectos botânicos

– Agronômicos

– Químicos

– Farmacológicos

– Toxicológicos

– Desenvolvimento de metodologias analíticas e tecnológicas

Fundamentação científica necessária para diferenciar o produto farmacêutico das plantas

medicinais e das preparações utilizadas na medicina popular.



• Tratamentos preliminares:

O tipo de processamento vai depender da parte da

planta (farmacógeno) e do tipo de metabólito

secundário presente.




• Estabilização: desnaturação proteica das enzimas

celulares

– Agentes desidratantes (EtOH em ebulição)

– Irradiação UV

– Calor úmido

– Calor seco (60-80°C) por curto tempo




• Secagem: impedir reações de hidrólise e de

crescimento microbiano – umidade < 15%.

– Ao ar livre (baixo custo, longo tempo, cuidado)

– Estufa com circulação de ar e sem aquecimento

– Estufa com aquecimento

– Estufa com aquecimento e circulação de ar




• Moagem: redução do tamanho da partícula – aumento

da superfície de contato.

– Seccionamento (tesouras, facas)

– Moinho de facas (material mais frágil folhas, flores...)

– Moinho de martelos (material mais resistente caules,

raízes mais duras) – choques repetitivos

– Moinho de atrito (granulação muito fina pulverização)

Granulometria vai depender da monografia para cada planta medicinal



• Extração: Extrair da planta medicinal ou droga vegetal

componentes de interesse, da forma mais seletiva e completa

possível;

– Levar em consideração o material vegetal, o seu grau de

divisão (granulometria), o meio extrator (solvente),

temperatura, pH, agitação, tempo de extração e a

metodologia.

A escolha do método extrativo e do extrator vai depender da parte da planta

(farmacógeno) e do tipo de metabólito secundário de interesse.



• Extração:

– Maceração (simples, com aquecimento, renovação

do solvente, agitação)

– Infusão

– Decocção

– Percolação

– Extração em Soxhlet

– Extração com refluxo

Planta ou Farmacógeno Tratamentos Preliminares

Extração Concentração

Sem modificação

Diluição

Incorporação a uma matriz

Extratos

(totais ou parciais)

Extratos

concentrado

Secagem

Extratos ou

produtos secos

Adjuvantes

Formas

farmacêuticas

líquidas

Formas

farmacêuticas

semi-sólidas

Formas

farmacêuticas

sólidas

Transformação da planta medicinal em produtos

farmacêuticos e cosméticos: Alecrim e Carqueja

• Abordagem farmacognóstica,

• Abordagem fitoquímica,

• Abordagem farmacológica.

“Transformação da planta medicinal O óleo volátil de alecrim é

obtido por arraste à vapor d’água das sumidades floridas. Também

pode ser utilizado para Carqueja.

Presença de óleos essenciais Planta fresca

Farmacógeno

grosseiramente

rasurado

Extração por arraste à vapor

Clevenger

Extração líquido-líquido

H2O:DCM Concentração

(Rotoevaporação)

Identificação por CCD (Rf)

Análise Fitoquímica

• Pode ser realizada diretamente sobre o tecido do

material vegetal

• Maioria da vezes primeiro faz um processo extrativo

em solvente adequado para depois caracterizar o

extrato.

• Reações químicas que resultam no desenvolvimento

de coloração, ou precipitados caracaterísticos

• Identificação de Flavonóides na Carqueja e no Alecrim

• Reação de Shinoda, presença do extrato em tubo de ensaio,

fragmentos de magnésio e ácido clorídrico concentrado O

teste é considerado positivo para flavonóides se a solução final

apresentar coloração variando do róseo ao vermelho.

• Reação com cloreto férrico, na presença do extrato em tubo de

ensaio, adicionar cloreto férrico. O teste é considerado positivo

para flavonóides se ocorrer formação de precipitados escuros.

Abordagem fitoquímica

• Identificação de Saponinas:

• Colocar o extrato na presença de água destilada e agitar

vigorosamente por aproximadamente quinze segundos, colocar

em repouso em seguida por quinze minutos. Após repouso,

verificar a existência de espuma e adicionarar algumas gotas de

ácido clorídrico diluído.

• O teste é considerado positivo para saponinas se for observada

espuma persistente não inferior a 1,0 cm, após repouso de 15

minutos, a qual não é eliminada pela adição de ácido.


• Identificação de taninos

• Na presença do extrato adicionar gotas de solução de ácido

clorídrico a 10% e gotas de solução aquosa de gelatina. O teste

é considerado positivo para taninos se for observada

precipitação após adição da solução de gelatina.


Controle de Qualidade

• A utilização de produtos naturais de origem vegetal implica no controle de

qualidade farmacobotânico e em ensaios de pureza que compõem as

especificações técnicas da espécie.

• Envolve várias etapas, desde a obtenção da droga vegetal e processo de

produção até a análise do produto final a qualidade deve ser assegurada

em todas etapas

Planta Farmacógeno Derivados

Fresca

Seca

Inteira

Parte

Fresco

Seco

Íntegro

Seccionado, moído ou

rasurado

Sucos, exudatos, etc.

Extratos totais

Extratos parciais

Extratos líquidos

Extratos fluídos

Tinturas

Extratos concentrados

Extratos semi-sólidos

Extratos secos

Produtos secos

Documents

Transformação da MPV