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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA GESTÃO PÚBLICA Benefícios e Dificuldades de Implantação Por: Silvia Vaisburd Orientador Prof. Marcelo Saldanha Rio de Janeiro Julho/2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO ...burocracia patrimonial. É um Estado dependente porque suas elites não têm suficiente autonomia nacional para formularem uma estratégia

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA

GESTÃO PÚBLICA

Benefícios e Dificuldades de Implantação

Por: Silvia Vaisburd

Orientador

Prof. Marcelo Saldanha

Rio de Janeiro

Julho/2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

GOVERNANÇA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA

GESTÃO PÚBLICA

Benefícios e Dificuldades de Implantação

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão Pública

Por: . Silvia Vaisburd

3

AGRADECIMENTOS

A minha querida família e à equipe da

Superintendência de Governança

Eletrônica e à Secretaria de Estado de

Planejamento e Gestão do Rio de

Janeiro

4

DEDICATÓRIA

À minha pequena e grande família e à

equipe com que eu trabalhei nos últimos

dois anos, pensando, discutindo e

executando governança de TI.

5

RESUMO

Em uma lauda o educando deve resumir o trabalho de forma clara,

objetiva e sucinta. Aportar a situação problema e sua solução. Recomenda-se

produzir o resumo ao término da monografia, isso facilita o processo de

compreensão do trabalho.

O resumo tem por objetivo, situar o leitor sobre o contexto que o mesmo

vai encontrar no corpo do trabalho monográfico. Em uma pesquisa, procura-se

ler o resumo e o sumário para averiguar se o conteúdo é satisfatório para uma

futura leitura, no momento da coleta de dados e aprofundamento ao tema.

Para o processo de orientação, é fundamental para que o mesmo possa saber

o que o educando pretende apresentar no trabalho, sua coerência com o curso

e temática..... O resumo é a descrição do problema e da solução encontrada.

6

METODOLOGIA

Estudo realizado sobre o estado brasileiro, em especial na área federal, a partir

de levantamentos do Tribunal de Constas da União considerando as melhores

práticas de governança de TI baseadas no CobIT (Control Objectives for

Information and related Technology, do ISACA - Information Systems Audit and

Control Association). Baseado na leitura de textos fornecidos em aula,

pesquisa do tema em materiais utilizados no trabalho e pesquisa na internet

em artigos relacionados em sites como da OECD (Organisation for Economic

Co-operation and Development), Tribunal de Contas da União e site da ISACA

(information System Audit and Control Association).

Pesquisa bibliográfica em artigos, livros e estudos do governo brasileiro

na área, baseada nos documentos descritos na bibliografia, entre eles:

• Levantamento de Governança de TI 2010, do TCU

• CobIT 4.1 Guide da ISACA - Information Systems Audit and

Control Association

• Artigos de Bresser Pereira sobre Estado Gerencial

7

8

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10

2 A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL NO BRASIL - HISTÓRICO.... 12

2.1 Reforma do Aparelho do Estado Brasileiro em 1995 ...................................... 12

2.2 Breve visão histórica do Estado no Brasil ........................................................ 12

2.3 Administração Pública Patrimonialista ............................................................ 14

2.4 Administração Pública Burocrática .................................................................. 16

2.5 Administração Pública Gerencial ..................................................................... 16

3 O ESTADO GERENCIAL - O CONCEITO DE GOVERNANÇA ....................... 19

3.1 Governança – Uma visão geral ........................................................................ 19

3.2 Governança Corporativa .................................................................................. 20

3.3 Governança de TI ou Governança Corporativa de TI ...................................... 21

1. Modelos de Governança de TI ............................................................................. 22

2. O Modelo COBIT – Control Objectives for IT .................................................... 23

3.4 Governança de TI na Administração Pública Federal ...................................... 23

3.5 A importantância da Governança de TI na Administração Pública Federal .... 26

3.6 Resultado do Levantamento de Governança do TCU ...................................... 27

3.7 Desafios ............................................................................................................ 28

3.8 Impacto na Governança das Instituições a partir do Levantamento de Governança do TCU ................................................................................................... 30

4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 32

5 ANEXOS ................................................................................................................ 34

6 ANEXO I ................................................................................................................ 35

6.1 VISÃO GERAL HISTÓRICA DO PERÍODO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA NO BRASIL ................................................................ 35

7 ANEXO II ............................................................................................................... 37

7.1 REPORTAGENS ............................................................................................. 37

8 ANEXO III .............................................................................................................. 40

8.1 ENTREVISTA ................................................................................................. 40

9 ANEXO IV ............................................................................................................. 41

9.1 QUESTIONÁRIO ............................................................................................ 41

10 OBRAS CITADAS ................................................................................................. 44

9

10

1 INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, é notória a importância da Tecnologia de Informação

para as instituições para automação e garantia de maior inteligência, agilidade,

eficiência e controle na atividade administrativa

Na Gestão Pública, a TI se destaca como uma ferramenta poderosa

para o provimento de serviços e comunicação com população, alinhado com

através das iniciativas de governo eletrônico. Está iniciativa ganha importância

especial com a visão de administração pública gerencial, buscando eficiência e

eficácia na gestão, introduzida com a reforma do estado brasileiro. A partir da

implantação dos processos baseados na administração pública gerencial, os

conceitos de governança assumem um papel mais relevante na condução das

atividades e análises sobre a administração.

Na linha das visões de governança, a governança de TI melhora

qualidade e traz novos instrumentos de controle para a gestão pública, porém

há dificuldades de implantação em função da administração pública gerencial

ainda não estar madura e consolidada no estado brasileiro, sendo resultado de

um processo recente iniciado em 1995.

Esclarecendo melhor o conceito, a Governança de TI é o conjunto

estruturado de políticas, normas, métodos e procedimentos destinados a

permitir à alta administração e aos executivos o planejamento, a direção e o

controle da utilização atual e futura de tecnologia da informação, de modo a

assegurar, a um nível aceitável de risco, eficiente utilização de recursos, apoio

aos processos da organização e alinhamento estratégico. Desta forma, o maior

benefício da implantação da governança de TI é uma melhor gestão das

instituições.

A Governança de TI está associada à adoção de melhores práticas

como BSC, PMBok, CobiT, ITIL, CMMI, ISO 17.799... Estes modelos, porém,

têm como premissa uma organização gerencial estruturada voltada para

11

objetivos bem definidos. No estado brasileiro, porém, onde o modelo de estado

gerencial ainda não está completamente consolidado, há diversas dificuldades

de implantação destas práticas. Isto foi evidenciado em levantamento

realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2010 indicando baixo

nível de governança de TI na administração pública federal.

O objetivo deste trabalho é dar uma visão deste cenário e avaliar

alguns benefícios e desafios na implantação da Governança de TI na

Administração Pública Brasileira, com foco na área federal.

12

2 A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL NO BRASIL -

HISTÓRICO

2.1 Reforma do Aparelho do Estado Brasileiro em 1995

Partindo-se de uma perspectiva histórica, verificamos que a

administração pública evoluiu através de três modelos básicos: a

administração pública patrimonialista, a burocrática e a gerencial. Essas

três formas se sucedem no tempo, sem que, no entanto, qualquer uma delas

seja inteiramente abandonada.

A Reforma do Aparelho do Estado brasileiro foi concebida a partir da

análise da evolução da Administração Pública ao longo dos tempos, no Brasil e

no mundo, inspirada em grande parte no New Public Management existente no

Reino Unido.

No Brasil, a Reforma do Aparelho do Estado (Estado, 1995) foi

concebida sob a perspectiva de redefinição do papel do Estado assim,

portanto, pressupõe o reconhecimento prévio das modificações observadas em

suas atribuições ao longo do tempo. Vamos percorrer em seguida, as etapas

históricas dos aplicação dos modelos de administração pública.

2.2 Breve visão histórica do Estado no Brasil

As formas históricas do Estado no Brasil (Estado, 1995) estão

naturalmente imbricadas na natureza da sociedade brasileira e, portanto,

expressam, de um lado, as mudanças por que vai passando a sociedade e, de

outro, a maneira pela qual o poder – derivado ou da riqueza, do conhecimento

ou da capacidade de organização – é distribuído nesta sociedade. As formas

do Estado brasileiro, pensadas de acordo com este critério, estão resumidas

no Quadro 1.

13

QUADRO 1 – FORMAS HISTÓRICAS DE ESTADO E DE ADMINISTRAÇÃO (Bresser-Pereira, JUN. 2007)

Formas Históricas de Estado e de Administração CATEGORIA 1821-1930 1930-1985 1990-...

Estado/sociedade Patriarcal-dependente

Nacional-desenvolvimentista Liberal-dependente

Regime político Oligárquico Autoritário Democrático

Classes dirigentes Latifundiários e burocracia patrimonial

Empresários e burocracia pública

Agentes financeiros e rentistas

Administração Patrimonial Burocrática Gerencial

No século XIX, a sociedade é essencialmente “patriarcal” e “mercantil”,

porque é dominada pelo latifúndio agro-exportador e pelos comerciantes

locais, que não incorporam ainda as ideias de progresso técnico e

produtividade, enquanto o Estado conta com a participação importante de uma

burocracia patrimonial. A primeira forma histórica de Estado, o Estado

patriarcal-oligárquico, é patriarcal no plano das relações sociais e econômicas

internas e é mercantil no plano das relações econômicas externas.

Caracteriza-se ainda pela participação na classe dirigente oligárquica de uma

burocracia patrimonial. É um Estado dependente porque suas elites não têm

suficiente autonomia nacional para formularem uma estratégia nacional de

desenvolvimento: limitam-se a copiar idéias e instituições alheias com pouca

adaptação às condições locais. (Bresser-Pereira, JUN. 2007)

A partir dos anos 1930, quando começa a Revolução Industrial

brasileira, a sociedade passa a ser “industrial”, porque, agora, os empresários

industriais tornam-se dominantes, enquanto o Estado torna-se “nacional-

14

desenvolvimentista”, porque está envolvido em uma bem-sucedida estratégia

nacional de desenvolvimento. No Estado nacional-desenvolvimentista,

dominante entre 1930 e 1980, a classe dirigente é caracterizada por uma forte

aliança entre a burguesia industrial e a burocracia pública, e o período é

marcado por um grande desenvolvimento econômico. Além de ser o momento

da Revolução Industrial, é também o da Revolução Nacional: é o único em que

a nação sobrepõe-se à condição de dependência. Seu sentido político maior é

a transição do autoritarismo para a democracia.

2.3 Administração Pública Patrimonialista

O patrimonialismo estava diretamente ligado aos princípios do Estado

Absolutista. O patrimônio do Estado e o do soberano se confundem, a coisa

pública (res publica) é igual aos bens do governante (res principis). O aparelho

do Estado está a serviço do poder do Rei, e os seus auxiliares, servidores,

possuem status de nobreza real. Corrupção e nepotismo são inerentes a esse

tipo de administração. No momento em que o capitalismo e a democracia se

tornam dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se distinguir do

Estado. (Estado, 1995)

Segundo artigo de Daniel Barile (Silveira, 2006), a partir de estudos de

Max Weber, o patrimonialismo “é uma forma de exercício da dominação por

uma autoridade, a qual está legitimada pela roupagem da tradição, cujas

características principais repousam no poder individual do governante que,

amparado por seu aparato administrativo recrutado com base em critérios

unicamente pessoais, exerce o poder político sob um determinado território.” É

um tipo de dominação tradicional, ordenada pelo longo costume atávico, com

raízes na ordem familiar, patriarcal. “No cargo patrimonial é desconhecida a

divisão entre a “esfera privada” e a “oficial”. A administração política é tratada

pelo senhor como assunto puramente pessoal, bem como o patrimônio

adquirido pelo tesouro senhorial em função de emolumentos e tributos não se

15

diferencia dos bens privados do senhor. Por tal razão, o príncipe lida com os

assuntos da corte – públicos segundo a acepção moderna – de forma

eminentemente privada, posto que o patrimônio pessoal do governante e a

coisa pública são amalgamadas em uma esfera apenas, comandadas e

livremente dispostas por ordem da autoridade política. Os interesses pessoais

da autoridade não distinguiam a sua dimensão íntima da administrativa, não

havendo separação entre a seara do indivíduo em relação ao mister público

que ocupava. Sua forma de administração obedecia unicamente o livre-arbítrio,

baseada em “considerações pessoais” como salienta Weber, desde que a

santidade da tradição, vigente desde sempre, não lhe imponha limites muito

rígidos e diretos” (Silveira, 2006).

No mesmo artigo (Silveira, 2006), citando Reinhard Bendix, comenta

que o governante trata toda a administração política como seu assunto pessoal

e o poder político como sua propriedade privada. Os atos dos governantes com

seus servidores e destes com a população são discricionários, ou seja, livres

de regras formais, de acordo com a sua conveniência, a oportunidade e a

forma de sua realização.

O autor também cita que “A maioria de todos os grandes impérios

continentais teve forte caráter patrimonial até o início e mesmo depois dos

tempos modernos” (Silveira, 2006).

Acerca do patrimonialismo, o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do

Estado da Presidência da República de 1995 comenta: “Neste novo momento

histórico, a administração patrimonialista torna-se uma excrescência

inaceitável” (Estado, 1995).

Do ponto de vista administrativo no Brasil, o Estado será patrimonial

até os anos 1930, prevalecendo, então, a confusão intrínseca ou inerente ao

patrimonialismo entre o patrimônio público e o privado. Nos anos 1930 começa

a Reforma Burocrática ou do serviço público. A administração passa a ser

burocrática ou weberiana, preocupada principalmente com a efetividade da

ação pública.

Apesar de todos os esforços, até hoje há inúmeras situações no Brasil

que parecem seguir a lógica patrimonialista do Estado Absolutista medieval.

16

2.4 Administração Pública Burocrática

A Administração Pública Burocrática (Estado, 1995) surge na segunda

metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a

corrupção e o nepotismo patrimonialista. Os princípios orientadores do seu

desenvolvimento são a profissionalização, a idéia de carreira, a hierarquia

funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese, o poder racional legal.

Os controles administrativos visando evitar a corrupção e o nepotismo são

sempre a priori. Parte-se de uma desconfiança prévia dos administradores

públicos e dos cidadãos que a eles dirigem demandas. Por isso, são sempre

necessários controles rígidos dos processos, como, por exemplo, na admissão

de pessoal, nas compras e no atendimento a demandas.

Por outro lado, o controle - a garantia do poder do Estado - transforma-

se na própria razão de ser do funcionário. Em consequência, o Estado volta-se

para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à

sociedade. A qualidade fundamental da administração pública burocrática é a

efetividade no controle dos abusos e seu principal defeito, a ineficiência, a auto

referência, a incapacidade de voltar-se para o serviço aos cidadãos vistos

como clientes. Esse defeito, entretanto, não se revelou determinante na época

do surgimento da administração pública burocrática porque os serviços do

Estado eram muito reduzidos. O Estado limitava-se a manter a ordem e

administrar a justiça, a garantir os contratos e a propriedade.

2.5 Administração Pública Gerencial

Historicamente, a Administração Pública Gerencial surge no mundo

como uma resposta à crise do estado nos anos 80, presente desde os anos

70, que se definia como (Estado, 1995):

17

1. Uma crise fiscal, caracterizada pela crescente perda do crédito por parte do

Estado e pela poupança pública que se torna negativa;

2. O esgotamento da estratégia estatizante de intervenção do estado, surgida

de várias formas:

2.1. O Estado do bem estar social nos países desenvolvidos;

2.2. Substituição de importações no terceiro mundo;

2.3. Estatismo nos países comunistas;

3. A superação da forma de administrar o Estado, isto é, a superação da

administração pública burocrática.

O Estado não consegue atender com eficiência a sobrecarga de

demandas a ele dirigidas, sobretudo na área social (Estado, 1995);

Na medida, que o Estado assumia a responsabilidade pela defesa dos

direitos sociais e crescia em dimensão, foi se percebendo que os custos dessa

defesa podiam ser mais altos que os benefícios do controle. Por isso, neste

século as práticas burocráticas vêm sendo substituídas por um novo tipo de

administração: a administração pública gerencial.

Este modelo de Administração Pública merge na segunda metade do

século XX, como resposta, de um lado, à expansão das funções econômicas e

sociais do Estado e, de outro, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização

da economia mundial, uma vez que ambos deixaram à mostra os problemas

associados à adoção do modelo anterior. A eficiência da administração

pública - a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços,

tendo o cidadão como beneficiário - torna-se então essencial. A reforma do

aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores

da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e pelo

desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações.

A administração pública gerencial constitui um avanço, e até um certo

ponto um rompimento com a administração pública burocrática. Isso não

18

significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a

administração pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva,

embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como a

admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema

estruturado e universal de remuneração, as carreiras, valorização do servidor

(através de motivação profissional, remuneração, razoável segurança no

emprego para criar criatividade, responsabilidade, dignidade, foco no serviço) ,

a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença

fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos

para concentrar-se nos resultados, e não na rigorosa profissionalização da

administração pública, que continua um princípio fundamental.

O objetivo do Plano Diretor seria criar bases modernas e racionais, que

pudessem ultrapassar o passado do estado com perfil patrimonialista,

clientelista, nepotista e posteriormente em um avanço racional-burocrático, que

apesar dos esforços voltados para o estabelecimento de controles dos

processos, não estava voltado para resultados. Desta forma, o estado se

apresentava como uma máquina lenta e ineficiente.

A reforma para um estado com perfil “gerencial” (Estado, 1995) busca

alcançar qualidade e produtividade do serviço público. Os esforços do estado

deixam de estar voltados para a alimentação e manutenção da sua própria

máquina e controles, para se voltar mais diretamente para esforços em prol de

melhoria de serviços para o cidadão.

A reforma do Estado busca a mudança do papel do Estado, que não

deverá mais ser o responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social

através da produção de bens e serviços, para fortalecer-se na função de

promotor e regulador desse desenvolvimento (Estado, 1995). No plano

econômico o estado é essencialmente um instrumento de transferências de

renda, que se torna necessário dada a existência de bens públicos e de

economias externas, que limitam a capacidade de alocação de recursos do

19

mercado. Para realizar essa função redistribuidora ou realocadora, o Estado

coleta impostos e os destina aos objetivos de garantia da ordem interna,

segurança externa, objetivos sociais de maior justiça ou igualdade e objetivos

econômicos de estabilização e desenvolvimento.

3 O ESTADO GERENCIAL - O CONCEITO DE GOVERNANÇA

O que significa governança pública, e quais são seus objetivos ?

Cabe aqui um esclarecimento teórico-conceitual. Nos próximos parágrafos,

vamos abordar como se traduz governança pública, na prática, como isso está

relacionado com questões de Tecnologia da Informação, muitas vezes

vinculadas a modelos de governo eletrônico, como portanto, os conceitos de

governança de TI podem ser importantes para garantir boas práticas de

governança pública. (Navarra, Diego D. and Cornford, Tony,)

3.1 Governança – Uma visão geral

Como o termo “governança” não é de definição simples e pode ainda

não ser bem compreendido na Administração Pública, uma visão geral sobre

esse tema é apresentada a seguir.

Segundo Rhodes (Rhodes, 2000), existem pelo menos sete usos

distintos da palavra governança relevantes para a Administração Pública:

governança corporativa, a nova gestão pública (New Public Management), a

“boa gestão” (conceito utilizado amplamente por agências internacionais e

instituições como o Banco Mundial), interdependência internacional (e a

gestão em multi-níveis), sistemas sócio-cibernéticos, a nova política econômica

e as redes. De acordo com o autor (Rhodes, 2000) os problemas de definição

de governança se tornam crônicos quando definindo este novo processo,

condição ou método de gestão pública.

20

Este é processo é marcado principalmente pelo novo papel do estado,

buscando alcançar eficiência e adotando em suas práticas noções e conceitos

trazidos da iniciativa privada com gestão por resultados, acompanhamento de

performance, proximidade com o “cliente”).

Segundo Kissler e Heidemann, no debate atual sobre a continuidade

da modernização do setor público, a governança tornou-se um conceito-chave,

que todos utilizam sem saber exatamente o que é (Kissler & Heidemann,

2006). Seu significado original continha um entendimento associado ao debate

político-desenvolvimentista, no qual o termo era usado para referir-se a

políticas de desenvolvimento que se orientavam por determinados

pressupostos sobre elementos estruturais como — gestão, responsabilidades,

transparência e legalidade do setor público — considerados necessários ao

desenvolvimento de todas as sociedades (pelo menos de acordo com os

modelos idealizados por organizações internacionais como a Organização das

Nações Unidas [ONU] ou a Organization for European Cooperation and

Development [OECD]).

Neste trabalho, vamos usar o conceito de governança associado a um

novo modelo de gestão introduzido através da Reforma do Estado Brasileiro,

realizado em 1995 e os conceitos de Governança Corporativa utilizados pelo

Tribunal de Contas da União e pelo COBIT 4.1.

3.2 Governança Corporativa

Segundo o Tribunal de Contas da União (Tribunal de Contas da União,

2010), baseado no Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC):

Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas,

monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre

proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle.

21

As boas práticas de Governança Corporativa convertem princípios em

recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar

e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e

contribuindo para sua longevidade.

É o sistema pelo qual as organizações são dirigidas e controladas.

Pode ser entendido como o conjunto de ações e responsabilidades exercidas

pela alta administração da empresa, órgão ou entidade, com o objetivo de

oferecer orientação estratégica e garantir que os objetivos sejam alcançados,

com simultânea gerência de riscos e verificação de que os recursos são

utilizados de forma responsável. 5

Por sua vez, a norma ABNT NBR ISO/IEC 38500:2009 define

governança como “o sistema pelo qual as organizações são dirigidas e

controladas”

3.3 Governança de TI ou Governança Corporativa de TI

A governança de TI é o conjunto estruturado de políticas, normas,

métodos e procedimentos destinados a permitir à alta administração e aos

executivos o planejamento, a direção e o controle da utilização atual e futura

de tecnologia da informação, de modo a assegurar, a um nível aceitável de

risco, eficiente utilização de recursos, apoio aos processos da organização e

alinhamento estratégico. O maior benefício da implantação da governança de

TI é uma melhor gestão das instituições. (IT Governance Institute, 2007)

A necessidade da avaliação do valor de TI, o gerenciamento dos riscos

relacionados à TI e as crescentes necessidades de controle sobre as

informações são agora entendidos como elementos-chave da governança

corporativa. Valor, risco e controle constituem a essência da governança de TI.

A governança de TI é de responsabilidade dos executivos e da alta

direção, consistindo em aspectos de liderança, estrutura organizacional e

processos que garantam que a área de TI da organização suporte e aprimore

os objetivos e as estratégias da organização. É o sistema pelo qual o uso atual

22

e futuro da TI é dirigido e controlado. Significa avaliar e direcionar o uso da TI

para dar suporte à organização e monitorar seu uso para realizar os planos.

Inclui a estratégia e as políticas de uso da TI dentro da organização.

Além disso, a governança de TI integra e institucionaliza boas práticas

para garantir que a área de TI da organização suporte os objetivos de

negócios. A governança de TI habilita a organização a obter todas as

vantagens de sua informação, maximizando os benefícios, capitalizando as

oportunidades e ganhando em poder competitivo

Naturalmente, a definição de governança de TI reflete os conceitos da

governança corporativa, como nos exemplos abaixo:

• (IT Governance Institute, 2007) Valor, risco e controle constituem

a essência da governança de TI. A governança de TI é de

responsabilidade dos executivos e da alta direção, consistindo

em aspectos de liderança, estrutura organizacional e processos

que garantam que a área de TI da organização suporte e

aprimore os objetivos e as estratégias da organização.

• “O sistema pelo qual o uso atual e futuro da TI é dirigido e

controlado.”

Pode-se ver que, em síntese, o objetivo da governança de tecnologia

da informação é garantir que TI agregue valor ao negócio com riscos

aceitáveis e que a responsabilidade por prover uma boa governança de TI

é dos executivos e da alta administração da instituição.

1. Modelos de Governança de TI

Os principais modelos de referência para governança de TI utilizando

as melhores prática são:

• COBIT – Control Objectives for IT – com foco em gestão e auditoria

• IT BSC – Balanced Scorecard para TI – com foco em planejamento e

gestão estratégica

• ITIL – IT Infrastructure Library – com foco em gerenciamento de serviços

23

• CMM(I) – Capability Maturity Model (Integrated) – com foco em

desenvolvimento e aquisição de soluções

Todos os modelos tratam a questão de TI como uma forma de agregar

valor ao negócio , à atividade principal da instituição. O linguajar muitas

vezes é corporativo, mas todos estes modelos estão fortemente vinculados

à iniciativas de governos, sendo Cobit aplicado em diversos casos de

governo como o Parlamento Europeu, Governo de Dubai, o ITIL sendo

criado pelo Departamento de Comércio do Reino Unido, o CMMI

amplamente utilizado como referência pelas aquisições do Departamento

de Defesa Americano

2. O Modelo COBIT – Control Objectives for IT

O Cobit (IT Governance Institute, 2007) considera Governança de TI

principalmente o alinhamento estratégico como o objetivo de agregar valor

ao negócio e a busca do equilíbrio entre risco e retorno dos investimentos

em TI. Sua estrutura conceitual está baseada em elementos como objetivos

de negócio, informações confiáveis, recursos de tecnologia da Informação,

esturados em quatro domínios inter-relacionados, que são:

• Planejamento e organização

• Aquisição e implementação

• Entrega e suporte

• Monitoramento

3.4 Governança de TI na Administração Pública Federal

Existem várias iniciativas de promover melhor governança de TI no

governo federal. Entre as principais, podemos citar:

1. Ministério do Planejamento – Secretaria de Logística de

Tecnologia da Informação(SLTI), criando normas para

aquisições, acompanhamento de nível de serviço dos

24

fornecedores (SLA). A SLTI é responsável pela regulamentação

das compras e contratações e também pelas normas

relacionadas ao uso de Tecnologia da Informação no âmbito da

Administração Pública Federal. Os trabalhos da SLTI têm os

objetivos de ampliar a transparência e o controle social sobre as

ações do Governo Federal.

A SLTI tem, entre suas atribuições, a competência de planejar,

coordenar, supervisionar e orientar, normativamente, as

atividades do Sistema de Administração de Recursos de

Informação e Informática - SISP, propondo políticas e diretrizes

de Tecnologia da Informação, no âmbito da Administração

Pública Federal direta, autárquica e fundacional.

2. Ministério do Planejamento – Secretaria de Logística de

Tecnologia da Informação - O Comitê Executivo do Governo

Eletrônico tem o objetivo de formular políticas, estabelecer

diretrizes, coordenar e articular as ações de implantação do

Governo Eletrônico, voltado para a prestação de serviços e

informações ao cidadão. O Comitê foi criado no âmbito do

Conselho de Governo pelo Decreto de 18 de Outubro de 2000.

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, através da

Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, SLTI,

exerce as atribuições de Secretaria-Executiva e garante o apoio

técnico-administrativo necessário ao funcionamento do Comitê.

3. SEPRO - por meio da arquitetura e-Ping (Padrões de

Interoperabilidade de Governo Eletrônico), a Secretaria de

Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) já tem realizado um

grande esforço para integrar os sistemas do governo federal e

promover sua interação com as demais esferas públicas e a

sociedade. Por meio da integração dos macroprocessos

orçamentário-financeiro e do crédito tributário, o governo federal

25

busca modernizar a máquina administrativa e garantir maior

efetividade às políticas públicas. Para ampliar a convergência

entre os vários órgãos federais, o governo trabalha no

mapeamento e na integração de seus principais

macroprocessos, como o orçamentário-financeiro e o do crédito

tributário, visando otimizar recursos e promover maior

efetividade às políticas públicas. Uma verdadeira transformação

cultural no modelo de governança brasileiro, que requer uma

série de mudanças estruturais na máquina administrativa e,

particularmente, nas atuais soluções de TI. Destas ações

participam os ministérios do Planejamento, da Fazenda e

demais ministérios executores, além dos poderes Legislativo e

Judiciário.

Esta iniciativa visa tratar da readução de atributos e tabelas

redundantes nas diversas etapas da administração. Pois muitas

vezes quando surge a necessidade de obter informações

gerenciais para tomadas de decisões, é comum gastar tempo

excessivo com o cruzamento daqueles dados, o que prejudica a

gestão. Também no macroprocesso orçamentário-financeiro a

Tecnologia da Informação tem papel preponderante.

Atualmente, dois sistemas estruturadores dão suporte a esse

conjunto de ações: o Sistema Integrado de Administração

Financeira (Siafi) e o Sistema de Dados Orçamentários (Sidor).

A integração dos macroprocessos do governo federal passa,

necessariamente, pela renovação dos sistemas estruturadores.

“Hoje, temos uma série de sistemas que são de gerações

diferentes, com grau de obsolescência variado. Muitos deles são

dos anos 80, e a arquitetura legal é dos anos 60”, afirma

Francisco Gaetani, secretário-executivo adjunto do Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) (Planejamento,

2011)

26

4. Transparência – Infraestrutura Nacional de Dados Abertos –

Iniciativa do Ministério do Planejamento com Universidades, Serpro,

CGU e outros órgãos para criar modelo de gestão e marco

normativo para disponibilização das informações de governo.

5. O Tribunal de Contas da União assume um papel normatizador e

educativo na área de Govenança e faz levantamentos constantes

na área de Governança da Administração pública federal no papel

do órgão controlador e auditor difundindo boas práticas de

governança. A sua postura pró-ativa na Administração Pública

Federal baseado no modelo COBIT impõe a adequada governança

de TI e promove práticas para a proteção de informações críticas

contribuindo para que as instituições cumpram sua missão. Este

papel específico na área de Governança de TI é uma iniciativa que

data de 2007 e que é inovador na sugestão da implantação de

práticas de gestão de TI. Diante das dificuldades de auditoria e

controle por parte deste órgão e com a clara visão que as

atividades de governança devem partir de esforços da alta

administração, o TCU considera que “é perfeitamente cabível que

os órgãos de controle externo, em prol do interesse público,

conforme a Constituição Federal, artigo 70, cobrem dos altos

dirigentes a adequada governança dessa área tão crítica para a

obtenção dos resultados institucionais.” (Tribunal de Contas da

União, 2010)

Neste trabalho vamos focar a análise nos estudos do TCU em

2010.

3.5 A importantância da Governança de TI na Administração

Pública Federal

27

A importância da governança de TI no âmbito da administração pública

federal pode ser medida tanto pela estimativa de gastos em TI para 2010, que

é de cerca de R$ 12,5 bilhões, quanto por sua importância estratégica, por ser

amplamente utilizada na condução de políticas públicas suportadas por um

orçamento federal de R$ 1,86 trilhão.

Em 2010 , o TCU publicou acórdão orientando os órgãos da

Administração Pública Federal que (TCU, Secretaria de Fiscalização de

Tecnologia da Informação – Sefti -, 2010) :

“ 9.4.2. desenvolva ações de estímulo à conscientização da alta

administração das unidades da Administração Pública Federal acerca de

conceitos, objetivos, indicadores, ações e estruturas de governança de

tecnologia da informação;

9.4.3. defina e mantenha processo de trabalho permanente e

sustentável de acompanhamento da governança de tecnologia da informação

na Administração Pública Federal, de modo a subsidiar processos de

fiscalização do TCU em TI e processos de planejamento e controle das

unidades jurisdicionadas a esta Corte, com definição, se possível, de

periodicidade regular para realização de levantamentos gerais como o ora

examinado e de mecanismos para coleta de evidências destinadas a aumentar

a confiabilidade das informações colhidas mediante questionários; “

3.6 Resultado do Levantamento de Governança do TCU

O TCU realizou um Levantamento de Governança de TI na

Administração Pública Federal (Tribunal de Contas da União, 2010)através da

Secretaria de Fiscalização e Tecnologia da Informação (Sefti) do Tribunal de

Contas da União (TCU) e encaminhado em junho às instituições respondentes,

dentre elas o Serpro. Este levantamento foi realizado em 2007 e 2010.

Para traçar o perfil de governança de TI 2010, a Sefti recebeu

informações de 265 instituições da administração pública federal, como

ministérios, tribunais federais, agências reguladoras, universidades federais,

fundações, autarquias, secretarias e empresas públicas. Estas responderam a

28

um questionário, com 32 questões (152 subquestões), organizado segundo

critérios do Gespública, programa federal, coordenado pelo Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão, para avaliação e melhoria da qualidade

da gestão pública. Ver no anexo IV ou em (Tribunal de Contas da União,

2010)

De acordo com o relatório, o objetivo do levantamento é subsidiar os

processos de planejamento de ações de controle do TCU, além de fornecer

parâmetros que permitam às instituições avaliadas melhor direcionar esforços

para alavancar a governança de sua TI.

3.7 Desafios

O levantamento indicou o baixo nível de gestão e governança de TI na

administração pública federal. Apenas 5% das organizações pesquisadas

estão em estágio aprimorado, sendo que 38% estão em estágio intermediário e

57% em estágio inicial.

Entretanto, houve uma melhora no número de instituições públicas que

declaram fazer planejamento estratégico institucional e também aumentou o

número de entidades da administração pública federal com carreiras

específicas para a área de TI.

De acordo com Alexandre Vieira Coutinho, responsável pela

Governança de TI dentro da Coordenação Estratégica de Tecnologia do

Serpro (Cetec), a administração pública federal tem como um dos desafios

atuais a elevação do seu grau de governança. "E a governança de tecnologia

da informação é essencial para que se atinja esse objetivo. A premissa mais

importante dela é o alinhamento entre as ações de TI e as diretrizes e objetivos

estratégicos da organização", destaca.

O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) ficou entre as

instituições públicas consideradas em nível aprimorado de Governança de TI,

como o negócio do Serpro se dá na prestação de serviços em tecnologia da

informação e comunicações para o setor público, esses aspectos se mostram

ainda mais contundentes.

29

O diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni, acredita que "atender

à crescente demanda por aumento de qualidade de produtos e processos,

elevar o patamar de segurança da informação, assegurar a continuidade dos

negócios e alcançar um maior equilíbrio nos gastos de TI são objetivos a

serem buscados por meio desta governança".

Com esse intuito, o diretor-presidente já avalia um Modelo de

Governança de TI, baseado no Cobit, desenvolvido pela Cetec. "Assim que

estabelecido, o modelo propiciará o aprimoramento dos processos de TI, de

modo a melhorar o desempenho, a alocação adequada dos recursos e

mitigação dos riscos inerentes, além de compor informações de subsídio às

decisões dos diretores e gerentes da empresa nos assuntos afetos à

tecnologia", informa Alexandre Coutinho.

O COBIT refere-se a um modelo de gestão orientado a processos, no

âmbito da TI, amplamente reconhecido e utilizado no Brasil e no mundo. É

usado pelo TCU como um dos insumos para a realização das auditorias de TI

e para os levantamentos de Governança de TI.

As informações obtidas neste levantamento não deixam margem à

dúvida de que a situação da governança de TI na administração pública federal

ainda se encontra em estado precário. Como a maioria das instituições

respondentes encontrase em estágio inicial do índice iGovTI, estabelecido

neste levantamento, pode-se inferir que a adoção dos conceitos de

governança de TI pela administração pública federal ainda é incipiente. Além

disso, há instituições que gerem recursos orçamentários substanciais e que

não demonstraram boa governança de TI no presente levantamento, o que

sugere maior risco na gestão do dinheiro público.

Segue algumas conclusões do trabalho do TCU:

“Aparentemente, ainda é uma novidade o conceito de que governar a

TI, por se tratar de uma área crítica para o alcance dos objetivos da instituição,

é responsabilidade da alta administração. Essa lacuna demanda ação

específica do TCU, pois a análise dos dados sugere que há correlação entre a

liderança da alta administração na governança de TI em relação às outras

dimensões, especialmente com relação à dimensão “processos de TI”. Assim,

30

como preconizado pelo objetivo de controle do Cobit, a melhor forma para

alcançar boa governança de TI seria atuar fortemente sobre o comportamento

da alta administração.

Na comparação com o levantamento de 2007, é preocupante a falta de

evolução na área de segurança da informação, que continua com índices de

não-conformidade muito altos. Outros indicadores permanecem nos mesmos

níveis acanhados de 2007, entretanto, houve queda no número de instituições

que declararam possuir processo de planejamento da contratação e de gestão

de contratos. Avalia-se que, nesses casos, a redução pode ser resultado da

melhor compreensão, pelos respondentes, dos conceitos abordados nas

questões do levantamento de 2010 em relação ao questionário de 2007.”

(Tribunal de Contas da União, 2010)

3.8 Impacto na Governança das Instituições a partir do

Levantamento de Governança do TCU

Há sinais de iniciativas no sentido de reverter essa realidade na baixa

governança de TI na Administração Pública Federal. Houve evolução

significativa no índice referente a planejamento estratégico institucional, que é

pré-requisito para um planejamento estratégico de TI alinhado com o negócio,

além de ser essencial para a definição de objetivos de desempenho.

Cabe ressaltar também que o número de instituições que declararam

possuir carreira própria de TI praticamente dobrou, alcançando 78%. Uma

melhora sensível nesses dois aspectos estruturantes (planejamento estratégico

institucional e carreira de TI) abre a possibilidade de que haja reflexo positivo

em outros indicadores de governança e gestão de TI no futuro. Porém, de

acordo com a visão do TCU, ainda é cedo para se aferir qualquer tendência.

Em face da situação encontrada, o Tribunal expediu, por meio do

Acórdão nº 2.308/2010-TCU-Plenário, (TCU, Secretaria de Fiscalização de

Tecnologia da Informação – Sefti -, 2010) recomendação para que os órgãos

31

governantes superiores da Administração Pública Federal orientem as

unidades sob sua jurisdição sobre a necessidade de estabelecerem

formalmente:

• objetivos institucionais de TI alinhados às estratégias de negócio,

indicadores para cada objetivo definido, preferencialmente em

termos de benefícios para o negócio da instituição,

• metas para cada indicador definido e mecanismos para que a alta

administração acompanhe o desempenho da TI da instituição.

O Tribunal recomendou também no Acórdão que os órgãos

governantes superiores normatizem a obrigatoriedade de a alta administração

de cada instituição sob sua jurisdição, supervisão ou estrutura estabelecer os

itens acima.

Ainda que haja graves deficiências apontadas neste levantamento, o

Tribunal não repetiu recomendações já definidas no Acórdão nº 1.603/2008-

TCU-Plenário, que são aplicáveis à maioria das não-conformidades

observadas.

É importante que o TCU permaneça no seu papel como indutor do

processo de melhoria da governança de TI no setor público federal. Nesse

sentido, o Tribunal determinou à Sefti que aprimore, defina e mantenha

processo de trabalho permanente, periódico e sustentável de

acompanhamento da governança de TI na ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

FEDERAL, de modo a subsidiar processos de fiscalização em TI e contribuir

com o planejamento e controle dos órgãos e entidades jurisdicionados.

A Sefti do TCU irá também remeter, a cada instituição respondente do

levantamento de 2010, relatório com avaliação individualizada da respectiva

governança de TI e com comparação dos resultados consolidados do

correspondente segmento de atuação. Entre as atribuições das cortes de

contas está a “função educativa”.

32

4 CONCLUSÃO

A partir do levantamento realizado neste trabalho, podemos inferir que

há um esforço sólido do governo federal para implantar práticas de governança

de TI, sendo os esforços de todos os órgãos envolvidos extremamente

relevantes, em particular do Tribunal de Contas da União, que envolve

claramente a alta administração no compromisso de difundir as práticas de

melhor governança na área de automação que provê maior eficiência à

administração, além de ser responsável por um volume considerável de

investimentos.

Os benefícios da implementação das determinações e recomendações

do TCU são a indução de melhorias na estrutura de governança de TI através

dos órgãos governantes superiores e a possibilidade também de indução de

melhorias, em termos de governança e gestão de TI, na organização interna

das instituições participantes do levantamento, a partir da divulgação dos

resultados de cada instituição e dos comparativos com instituições similares.

As atividades internas do TCU serão beneficiadas em seus processos de

planejamento de ações de controle, em função da disponibilidade de

informações importantes sobre a governança de TI das instituições públicas

federais.

Uma grande dificuldade na implantação de governança na área pública

é a dificuldade de fusão das estruturas de governança e dos ciclos político-

parlamentares (Kissler & Heidemann, 2006). O ator político é eleito para um

determinado período e sua legitimidade para atuar na governança pública

circunscreve-se a esse prazo. Os problemas a serem solucionados, no

entanto, vão além do período do mandato. Por isso, torna-se necessário um

amplo consenso entre a maioria parlamentar e a oposição, para assegurar a

continuidade dos trabalhos da rede social e da aliança e para manter unidos os

atores participantes ao longo dos diversos períodos legislativos.

33

Um exemplo hoje marcante dos possíveis benefícios da implantação

de governança e das suas dificuldades é o caso recém noticiado do DNIT (ver

anexo II), onde 150 sistemas distintos evidencias a falta de governança, geram

ineficiência administrativa, geram condições que permitem baixa governança e

eventualmente má gestão de gastos públicos, além de dificultar a atividade de

órgãos de controle como o TCU.

Em função do exposto acima, conclui-se que as iniciativas de

governança e em especial de governança de TI podem contribuir fortemente

para a melhor gestão pública. No Brasil é possível indicar várias iniciativas

relevantes neste sentido, como o do Tribunal de Contas da União. Estas

iniciativas ainda indicam sérias deficiências, mas já permitem vislumbrar um

caminho de amadurecimento da administração pública federal que pode se

disseminar aos estados e municípios brasileiros.

34

5 ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Visão geral histórica do período da Administração Pública Burocrática no Brasil segundo Bresser Pereira (Bresser-Pereira, JUN. 2007) Anexo 2 >> Reportagens Anexo 3 >> Entrevistas Anexo 4 >> Questionários.

35

6 ANEXO I

6.1 VISÃO GERAL HISTÓRICA DO PERÍODO DA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA NO BRASIL

Observando o cenário histórico, o Brasil experimentou a

industrialização e um grande desenvolvimento econômico entre 1930 e 1980.

É o período da estratégia nacional-desenvolvimentista iniciada por Getúlio

Vargas e retomada, depois de uma crise nos anos 1960, pelos militares no

poder. Em todo esse período, a burocracia pública desempenhou papel-chave,

sempre associada à burguesia industrial. Essas duas classes surgem para a

vida política nos anos 1930 e, associadas aos trabalhadores que

desempenham o papel de sócios menores, promovem a Revolução Industrial

brasileira. Nos anos 1960, a radicalização de esquerda e o alarmismo de

direita, provocados principalmente pela Revolução Cubana de 1959, levam a

um golpe militar em que burguesia e militares associam-se aos Estados

Unidos. Não obstante, burguesia e burocracia pública voltam a adotar uma

política econômica nacionalista e desenvolvimentista nos anos seguintes. Nos

anos 1980, porém, a grande crise da dívida externa leva ao rompimento desta

aliança, e, a partir do início dos anos 1990, à rendição ao neoliberalismo vindo

do Norte. Nesse momento, a burocracia pública, desorientada, tratou de

defender seus próprios interesses corporativos. A partir dos anos 1990, porém,

envolve-se na Reforma gerencial do Estado de 1995. O neoliberalismo,

contudo, que tornara-se dominante, perde hegemonia nos anos 2000 devido a

seu fracasso em promover o desenvolvimento econômico. Estes dois fatos, de

um lado, restabelecem novas perspectivas republicanas para a burocracia

pública; de outro, sugerem que uma aliança renovada entre a burocracia

36

pública e a burguesia industrial pode ser novamente possível, de forma que o

país retome o desenvolvimento econômico.

37

7 ANEXO II

7.1 REPORTAGENS

Modelo de gestão do Dnit é caótico, com mais de 150

sistemas e falta de controle

Publicada em 24/07/2011 às 08h15m

Roberto Maltchik ([email protected]) e Fábio Fabrini ([email protected])

BRASÍLIA - Por trás de dirigentes e servidores acusados de corrupção, prospera no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) uma engrenagem azeitada para impedir o controle e engavetar toda e qualquer proposta moralizadora. Consultores terceirizados emitem projetos de engenharia apócrifos e de baixa qualidade, que resultam em obras com múltiplos termos aditivos para ampliar custos e prazos. Há mais de 150 sistemas de informação na sede e nas 23 superintendências regionais, e eles são incompatíveis. A estrutura é coroada com a indicação de apadrinhados para coordenadorias vitais, subordinadas às diretorias ocupadas por partidos: Planejamento, Rodoviária, Ferroviária e Aquaviária.

As falhas estruturais são conhecidas há tempos. O Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU) já cansaram de emitir alertas, mas a adoção de propostas moralizadoras engatinha. Um plano de Gestão e Ética, elaborado pelos funcionários, chegou a ser encaminhado ao diretor-geral afastado Luiz Antonio Pagot. Entre as sugestões, identificar áreas suscetíveis a desvios, nomear comissões de ética nos estados e julgar todos os procedimentos disciplinares abertos, estabelecendo metas e controle como na iniciativa privada. O material chegou às mãos de Pagot em junho de 2010, mas não saiu do gabinete.

No Dnit, órgão técnico com orçamento de R$ 13 bilhões este ano, os cursos de capacitação para gerência de pavimentos e gestão de projetos são substituídos por aulas de qualidade de vida, "entusiasmo" e Língua Brasileira de Sinais (Libras), segundo o plano de capacitação de servidores, aprovado pela diretoria colegiada do órgão.

A multiplicação de termos aditivos em obras bilionárias - usual meio de desvios que deflagrou a crise das últimas semanas - deve-se, em parte, ao fracasso na gestão de projetos. Não há softwares ou escritório de gerenciamento dos estudos que fundamentam as obras. "Não se utilizam ferramentas

38

consagradas, como o método do valor agregado, eficaz no monitoramento de prazos e custos de projeto. Hoje, o Dnit atua de forma compartimentada, havendo desconexão entre seus diferentes setores", pontua um diagnóstico sobre o Dnit elaborado pelo governo e obtido com exclusividade pelo GLOBO.

Especialista em engenharia da Universidade de Brasília (UnB), Dikran Berberian diz que a combinação entre comando político e governança capenga só interessa a quem deseja lucrar com dinheiro público:

- Eles nomeiam um vassalo do capeta para ser um gestor de um pedaço do céu. O diabo é hábil. É astuto e hábil.

Auditorias do TCU sobre a gestão do Dnit mostram que a Diretoria de Planejamento e Pesquisa, responsável pelos projetos, não interage com aquela que deveria ser sua irmã siamesa: a Diretoria Rodoviária, que toca as licitações. Com isso, inúmeros canteiros são instalados a partir de pleitos "alheios", não raro políticos, sem origem nos setores responsáveis pelo planejamento.

Nada menos que 66% dos projetos elaborados entre 2003 e 2008 não tinham provocado licitações para obras em 2009, ficando nas prateleiras. O estoque de estudos engavetados é imenso, mas eles faltam na hora de lançar editais para obras prioritárias, segundo os auditores do TCU.

O engenheiro de uma empreiteira que tem contratos com o Dnit contou que essa é a senha para a multiplicação de preços. O Dnit contrata projetos a toque de caixa e, depois, os empreiteiros ganham com os reajustes provocados pelos "nós" estruturais que aparecem no meio da obra. Exemplos estão espalhados pelo país, como nas obras da Rio-Santos ou da BR-101 Sul, entre Palhoça (SC) e Osório (RS).

- Eles não fiscalizam o canteiro de obras. Indiscutivelmente, esse é o sistema propício para ocorrer falcatruas - disse o consultor de projetos, na condição do anonimato.

Também é imenso o número de investimentos, fruto de pressões políticas, iniciados sem garantia orçamentária. O diretor-geral demissionário do Dnit, Luiz Antonio Pagot, admite que pelo menos cem obras que começaram a partir de emendas de parlamentares ao Orçamento da União estão paradas, pois o governo não autorizou a liberação total do dinheiro.

Deputados, senadores e prefeitos colheram dividendos políticos com a promessa dos empreendimentos, mas a população não desfruta dos benefícios. Exemplos são o Anel Viário de Ji-Paraná (RO), orçado em R$ 28,8 milhões; a construção de ponte sobre o Rio Itajaí-Açu na BR-470, em Santa Catarina (R$ 38,8 milhões); e a implantação de um trecho da BR-070 na cidade goiana de Aragarças (R$ 9 milhões).

Embora projete, em média, R$ 4 bilhões em obras por ano, o Dnit só contrata o equivalente a R$ 1,8 bilhão, aponta o TCU. Mesmo assim, peca ao fiscalizar a execução de seus recursos limitados. Atualmente, faltam 600 engenheiros no

39

quadro para supervisionar o trabalho de empreiteiras. Com isso, resta ao órgão terceirizar essas funções, nem sempre desempenhadas a contento.

A "falta de atenção" que impera no setor de projetos se estende para outro centro nevrálgico na estrutura do órgão: o monitoramento das licitações no âmbito da Diretoria Executiva, ocupada até semana passada por José Henrique Sadok de Sá, o diretor demitido porque direcionava obras para a empreiteira da mulher.

Relatório da Controladoria Geral da União (CGU), elaborado em 2010, afirma que é "praticamente inviável" a análise adequada de 114 licitações - o volume avaliado pelo órgão em 2009. E que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) só faz aumentar a saturação da comissão de licitações.

Desde terça-feira, O GLOBO solicita entrevista com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, para ouvi-lo sobre a gestão do Dnit. Mas o ministério informou que ele não poderia atender. A pasta limitou-se a informar que a reestruturação dos Transportes passa também pela gestão de processos do Dnit.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/07/23/modelo-de-gestao-do-dnit-caotico-com-mais-de-150-sistemas-falta-de-controle-924967166.asp#ixzz1TVuzjSdQ © 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

40

8 ANEXO III

8.1 ENTREVISTA

Governança de TI na Administração Federal preocupa o TCU :: Luiz Queiroz :: Convergência Digital :: 20/09/2010

Relatório do Tribunal de Contas da União, elaborado pela Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação (Sefti) após uma pesquisa feita

com 265 instituições federais, aponta uma piora na situação de governança de TI desde 2007.

Foram consultadas universidades federais, tribunais federais, agências reguladoras, fundações, autarquias, secretarias, departamentos, empresas públicas, sociedades anônimas, ministérios e outros órgãos da Administração Federal Direta. Os nomes dessas instituições são preservados pelo TCU.

Segurança da Informação, por exemplo, teve uma piora nos seus indicadores, conforme já informou o portal Convergência Digital. Mas outros segmentos também são preocupantes para o TCU, conforme revelou em entrevista exclusiva à CDTV, o secretário de Fiscalização de TI do TCU, Claudio Souza Castello Branco.

Ele aponta onde a TI federal continua falhando desde 2007, quando o TCU fez a sua primeira pesquisa para avaliar o cenário de governança neste setor. Assistam:

http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=23770&sid=11 (entrevista em formato de áudio)

41

9 ANEXO IV

9.1 QUESTIONÁRIO

Ajuda da Pesquisa sobre Perfil de Governança de TI 2010 (A íntegra deste documento está em http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/comunidades/tecnologia_informacao/boas_praticas ) Objetivos das Questões

Este documento descreve os objetivos e destaca aspectos relevantes

de cada questão formulada no questionário sobre o Perfil de Governança de TI

2010, além de referenciar a legislação, normas técnicas ou boas práticas que

fundamentam tais proposições.

As questões estão agrupadas conforme os seguintes critérios,

definidos no “Modelo de Excelência em Gestão Pública”: Liderança,

Estratégias e Planos, Cidadãos, Sociedade, Informações e Conhecimento,

Pessoas, Processos. Este documento contém também o embasamento técnico

e legal para estes questionamentos.

1.1 Em relação à estrutura de governança, a Alta Administração da

instituição

1.2 Em relação ao desempenho organizacional na gestão e no uso de

TI, a Alta Administração da instituição

1.3 Em relação ao desenvolvimento interno de gestores de TI, a Alta

Administração da instituição

1.4 Foi realizada alguma auditoria de TI por iniciativa da própria

instituição nos últimos três anos? Em que áreas?

2.1 Em relação ao processo de planejamento estratégico institucional,

marque a opção que melhor descreve a sua instituição: 2.2 Em relação ao

42

processo de planejamento estratégico de TI, marque a opção que melhor

descreve a sua instituição

2.3 Em relação ao PDTI (Plano Diretor de Tecnologia da Informação)

2.4 Em relação ao processo decisório de priorização das ações e

gastos de TI, assinale a opção que melhor descreve sua instituição

3.1 Em relação ao atendimento ao Decreto nº 6.932/2009: 4.1 Em

relação ao atendimento aos interesses da sociedade, a instituição

5.1 Preencha a primeira coluna com as três ações orçamentárias

institucionais finalísticas de maior valor. A seguir, elenque os sistemas de

informação de maior relevância no suporte de cada ação finalística.

6.1 Qual o quantitativo de funções comissionadas voltadas à gestão de

TI?

6.2 Qual o quantitativo de pessoas que compõem a força de trabalho

em TI?

6.3 Em relação ao plano de capacitação de pessoal para gestão TI,

assinale a opção que melhor descreve sua instituição

6.4 Em relação à qualificação do atual principal dirigente responsável

pela gestão de TI na instituição, quais dos elementos abaixo ele possui

7.1 A instituição implementou formalmente (aprovou e publicou) os

processos corporativos de segurança da informação abaixo relacionados?

7.2 A instituição formalizou (aprovou e publicou)

7.3 Em que nível de capacidade/maturidade melhor se enquadra o seu

atual processo de software?

7.4 Em relação ao processo de gerenciamento de projetos:

7.5 Quais os cinco projetos de TI de maior valor orçamentário alocado

em 2010?

7.6 A instituição implementou corporativamente os processos de

gestão de serviços de TI abaixo relacionados?

7.7 Em relação à gestão de nível de serviço de TI:

7.8 Em relação às contratações de serviços de TI:

7.9 Em relação às licitações de TI publicadas em 2009:

43

7.10 Em relação à fase de planejamento da contratação em TI, em

qual das descrições abaixo a instituição se encaixa melhor? 7.11 Em relação à

fase de gestão dos contratos de TI, em qual das descrições abaixo a instituição

se encaixa melhor?

7.12 Em relação aos papéis “gestor de contrato” e “fiscal de contrato”

de serviços de TI:

7.13 Em relação à gestão de contratos de serviços de TI, de quem é a

responsabilidade por:

7.14 Quais fontes de informação sobre preços a instituição utiliza?

7.15 Em relação à orçamentação e à execução da despesa de TI:

44

10 OBRAS CITADAS

Bresser-Pereira Luiz Carlos BUROCRACIA PÚBLICA E CLASSES DIRIGENTES NO BRASIL [Periódico] // REVISTA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA Nº 28. - Curitiba : [s.n.], JUN. 2007. - pp. 9-30. Carvalho Flávia Martins de Notas de Aula - Governo e Administração Pública [Conferência] // Pós Graduação em Gestão Pública. - [s.l.] : A Vez do Mestre, 2010. Estado Câmara da Reforma do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado [Relatório]. - Brasília : Governo Federal, 1995. IT Governance Institute COBIT 4.1 [Online] // IT Governance Institute. - 2007. - www.itgi.org. Kissler Leo e Heidemann Francisco G. Governança púbica: novo modelo regulatório para as relações entre Estado, mercado e sociedade [Artigo] // Rev. Adm. Pública. - Junho de 2006. - 3 : Vol. 40. Navarra, Diego D. and Cornford, Tony, "ICT, Innovation and Public Management: Governance, Models and Alternatives [Artigo]. Planejamento Ministério do www.planejamento.gov.br [Online]. - 2011. República Presidência da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 [Online] // Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. - 1988. - 10 de 12 de 2010. - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm. Rhodes R.A.W. Governance and Public Administration [Seção do Livro] // Debating Governance - Authority , Steering and Democracy / A. do livro Pierre Jon. - Oxford : Oxford University Press, 2000. Silveira Daniel Barile da PATRIMONIALISMO E A FORMAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO: UMA RELEITURA DO PENSAMENTO DE SERGIO BUARQUE DE HOLANDA, RAYMUNDO FAORO E OLIVEIRA VIANNA [Conferência] // CONPEDI - Conselho Nacional de Pós-graduação em Direito. - Manaus : [s.n.], 2006. - pp. 5-6. TCU, Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação – Sefti - ACÓRDÃO Nº 2.308/2010-TCU-Plenário. - Brasília : Tribunal de Contas da União - Governo Federal, 2010. - Ministro Aroldo Cedraz. Tribunal de Contas da União Levantamento de Governança de TI 2010 [Relatório] / Secretaria de Fiscalização da Tecnologia da Informação. - Brasília : Governo Federal, 2010. - Relator Ministro Aroldo Cedraz.