Vida e Obra de Marc Chagall

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    Vida e Obra de Marc Chagall (1887-1985)Jos Gustavo Wanderley Ayres

    Pesquisador do Arquivo Histrico Judaico de [email protected]

    Marc Chagall criou seu prprio mundo colorido de mitos e mgica, cheio de

    estranhas criaturas e eventos miraculosos. Ainda assim, sua arte foi essencialmentebaseada em memrias e experincias reais, que ele transmutou no caldeiro de suaimaginao. Um homem quase inteiramente absorvido por seu trabalho e sua vida familiar,destinado a confrontar-se com as mais variadas culturas, a atravessar guerras e revoluese a passar por fugas e exlio. Consequentemente, em qualquer relato sobre Chagall, a arte,a origem judaica e a autobiografia esto intimamente interligadas.

    A pintura de Chagall exprime esses fundamentos. Contm a certeza religiosa deque, apesar das tragdias humanas, a vida e o amor so ddivas de Deus e assim devem serusufrudos. Haver sempre crianas que amaro a pureza, apesar do inferno criado peloshomens, disse o artista, certa vez. E jamais mudou sua perspectiva. Atravs de meio

    sculo de ininterrupta produo, Chagall permaneceu essencialmente um sonhador, lrico,

    mgico e ingnuo, que usa o pincel para materializar a bondade e a inocncia em coresmaravilhosas.Marc Chagall, judeu russo, nasceu em 07 de julho de 1887, em uma famlia pobre

    em Pestkovatik, uma vila na provncia ocidental da Rssia czarista que agoraindependente da Bielo-Rssia. Poucos anos depois, os Shagals mudaram-se para umacidade prxima, Vitebsk, que se tornou um dos principais marcos nos quadros de seu filho.O mais velho dos nove filhos, Moshe Shagal - nome mais tarde transformado para ofrancs Marc Chagall - cresceu na atmosfera fechada de uma comunidade judia da EuropaOriental que ainda era sujeita a perseguies e ferozes exploses de violncia oficial ouvelada.

    O cotidiano flua simples no gueto judaico. O pai, judeu ortodoxo, tinha uma banca

    de venda de arenques no mercado. O trabalho alternava-se com a leitura diria dos livrossagrados e a frequncia assdua sinagoga. Em casa, a intimidade era doce, calma,

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    desprovida de sofisticao, mas profundamente espiritual. A famlia atribua significadossimblicos tanto ao trabalho quanto diverso. Completava o ambiente familiar um avexcntrico que se isolava no sto para tocar seu violino em sossego. As velas acesas e amesa posta s sextas-feiras saudavam o Shabat.

    Inevitavelmente, para a poca, o fato de Chagall ser judeu tornou-se uma das

    principais ameaas sua vida e sua arte. Ele teve que superar a oposio da famlia suaescolha de sua carreira, porque violava o preceito bblico acerca da pintura de imagens; e, afim de estudar na capital, So Petersburgo, ele teve de contornar as regulamentaesczaristas que confinavam os judeus aos limites do gueto.

    medida que o jovem Marc cresceu e seu talento desabrochou, a cidade de Vitebsktornou-se demasiado pequena para seu aprendizado artstico. Era preciso partir, mas paraonde? Para So Petersburgo, certamente. L, graas a um subsdio mensal de dez rublos,Chagall pde estudar na Academia de Belas Artes de So Petersburgo, iniciando-se em

    pintura em 1908. De So Petersburgo, seguiu para Paris no fim do vero de 1910. Oimpacto foi imenso e Chagall preconizou: Aqui nasci pela segunda vez. Suas ruas, seus

    mercados so as academias de minha alma de pintor. Vivo imerso num banho colorido,

    encontrei aquela luz - aquela liberdade que no vi em parte alguma. Tudo me agrada.Foi em Paris que manteve contato com grandes nomes da vanguarda cultural da

    poca atravs dos movimentos como o cubismo, modernismo e flauvismo, respectivamentecom Blaise Cendrars, Max Jacob, Guillaume Apollinaire, Robert Delaunay, Modigliani eLa Fresnay. Ele participou da Salon des Indpendants e Salon dAutomne, em 1912.

    Marc Chagall trabalhou intensamente para integrar seu mundo de fantasias nalinguagem moderna. Sua primeira exposio foi realizada em 1914 na galeria Der Sturm,em Berlim, um dos principais pontos do movimento modernista. A introduo do catlogo,muito adequadamente, foi escrita pelo amigo poeta e grande crtico Apollinaire AndrBreton e financiada por Robert Delaunay. Na exposio se destacaram as obras Eu e aaldeia e O soldado bebe (imagens 1 e 2) pela fantasia e cores que utilizava,caracterstica do surrealismo, onde Chagall uniu poesia e artes plsticas.

    Imagem 1O soldado bebe (1912) Imagem 2Eu e a aldeia (1912)

    Dos movimentos que participara aproveitou alguns elementos, sem nunca perder a

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    sua individualidade. O estilo romntico e simblico de Chagall deixou uma rica obrapictrica sobre a tradio judaica, mstica e sonhadora, que o impulsionava infncia, aomundo inconsciente e ao mundo dos seus sonhos e vivncias religiosas judaicas ( imagem3).

    O ponto em comum entre Chagall e o surrealismo a exaltao do sonho, do

    inconsciente, do ilgico. Aqui, de nada valem as leis do mundo fsico, no h maisbarreiras entre os diversos reinos da natureza e as diferentes fases do tempo. Como nopensamento mgico, as coisas que normalmente so alheias entre si tornam-se interligadas.O presente no s o agora, tambm a lembrana do passado. A verdade subjetiva.

    Por isso, a arte de Chagall representa a autobiografia ntima do pintor. Quando o artistachegou Paris, j trazia consigo essa perspectiva potica e ilgica do inconsciente e daintuio, radicalmente oposta reflexo racional. Vitebsk, mais do que Paris, responde

    pelas inclinaes mais profundas que dirigiram sua expresso rumo ao fantstico. Assimcomo os poetas criaram a licena potica, Chagall criou a licena pictrica com seusquadros - algo que o pblico, uma vez vencida a relutncia inicial, passa a aclamar.

    Esta a sua revoluo: substituir a ilustrao do mundo percebido pelos sentidos,

    ou seja, o mundo normal, real, objetivo, pela ilustrao da presena do irreal que existenesse mundo. Chagall nos mostra at que ponto o elemento mgico permeia os dados maisconcretos de nossa vivncia diria. Da, tambm, o desaparecimento dos limites entre oontem e o hoje. O tempo pertence ao objetivo. Em nosso subconsciente, em nossasdimenses mais interiores, passado e presente coexistem e se fundem. Acerca disso, tem-seum rico acervo, repleto de fantasia, imagens de seres vivos e seres espirituais, como osanjos (imagem 4).

    Imagem 3 - Shabat (1909)

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    Imagem 4Ado sendo expulso do paraso (1912)

    Nesses anos de formao, seus quadros evocam a infncia, o amor, a paisagemrussa e o calor da intimidade na casa paterna. Um de seus primeiros quadros, Minha noivacom luvas pretas, o retrato de Bela Rosenfeld, que Chagall conheceu em 1909. Esteretrato, cronologicamente o primeiro e o mais clebre dos muitos trabalhos que lhededicou, admirvel pela expresso. A obra chega a ser desconcertante pela

    espiritualidade que emana da jovem, pela misteriosa vibrao dos tons - um branco deesmalte, vigoroso no contraste com o fundo e as luvas pretas (imagem 5).

    Imagem 5Minha noiva de luvas pretas (1909)

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    Entre 1911 e 1912, vivendo em Ruche, um aglomerado de modestos estdios emMontparnasse (onde tambm habitavam, entre outros, Hger, Modigliani e Soutine),Chagall alcana rapidamente sua maturidade potica e estilstica de modo que os quadrosdesse perodo documentam uma precoce plenitude sensual, agressivo e paradoxalmentelrico, esplendidamente evocativo e mgico, eufrico e feliz no auto-retrato cubista Com

    sete dedos, Chagall domina todos os elementos de sua riqussima viso, em que a alegriapredomina sobre a tristeza, a pureza sobre a tragdia (imagem 6).

    Imagem 6 - Auto retrato com sete dedos (1912)

    Quando explodiu a guerra em 1914, Chagall voltou Rssia, Vitebsk, em 1915,onde casa-se com Bella. Esse encontro foi importante para o desenvolvimento da sua obraartstica. Um novo tema aflora: o amor. Irrompendo a revoluo socialista em 1917, foinomeado comissrio de belas-artes, tornando-se diretor de Vitebsk Art School. Porm,logo deixou a academia por divergncias de opinio com Kazimir Malevich, tornando-sediretor do Teatro de Estado Judeu em Moscou, em 1919, onde pintou murais para a sala e ofoyer. Depois de realizar alguns trabalhos em Moscou, voltou Paris em 1923, ondeconheceu Ambroise Vollard.

    Sua primeira retrospectiva aconteceu em 1924 na Galerie Barbazanges-Hodebert,Paris. Durante a dcada de 1930, ele viajou para Palestina, Sria, Holanda, Espanha,

    Polnia e Itlia. Considerado o maior pintor judeu do sculo XX, aceitou a encomendapara ilustrar a Bblia, a convite do Marchand francs Ambroise Vollard. Porm pelo fato deainda no dominar a tcnica totalmente, no foi escolhido para continuar a obra. Essailustrao, no entanto, foi um dos pontos altos de sua carreira, pois executou 96 gravuras

    para a edio de Almas mortas de Gogol, s publicada em 1949.A partir de 1933 o clima de guerra e de perseguio aos judeus repercutiu em sua

    pintura, onde os elementos dramticos, sociais e religiosos passaram a tomar vulto. Nele,retrata-se a perseguio sofrida atravs do uso de cores escuras nas diversas obras e o temada solido dos judeus na cidade (imagem 7 e 8). Seu belo trabalho reagiu brutaldiscriminao dos judeus e ao Holocausto, pintando novas imagens de Cristo morto ecrucificado, como metforas do sofrimento, que transparece ainda mais no quadrocrucificao branca de 1938 onde mostra seu temor pelos acontecimentos do mundo.

    (imagem 9).

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    Imagem 7Solido (1933)

    Imagem 8Rabino (1933)

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    Imagem 9 - Cruscificao Branca (1938)

    Na ocasio que pintou a crucificao branca Chagall fazia analogia ao natal com

    neve, Kristallnacht (pogroms antissemitas promovidos pelo III Reich), sinagoga, Tor

    e aldeia em chamas, da mesma forma que a escada que permitia Cristo descer da Cruz.Outras casas aldes esto viradas, esvaziadas de seus pertences; em frente sinagoga, oincendirio; no canto inferior direito mes fogem com seus filhos, protegendo-os. O Cristocrucificado na sua tela no tem sentido catlico ou cristo, de Deus, mas a sofrimento a sersuportado pelos judeus. Obras como xodo(1966) faziam analogia a essa perseguiosofrida, onde sua linguagem se constitua com sentido no restrito ao individual, ondeexprimia o sussurro possvel de seu povo (ver imagem 10).

    Imagem 10O xodo (1966)

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    Em 1941, como judeu vivendo numa Paris ocupada pelos nazistas, fugiu para osEstados Unidos com sua famlia, onde em 1944 morreu sua esposa Bela Chagall,causando-lhe grande depresso. O Museu de Arte Moderna de Nova York , deu-lhe umaretrospectiva em 1646. A Queda de um anjo, iniciada em 1923 e terminada em 1947realiza a sntese da trajetria artstica do pintor acerca da queda do Terceiro Reich. Este,

    representado no anjo vermelho que cai, no sem antes mutilar a menorah, signo de Israel.A nica vela que restou das sete, permaneceu acesa, indicando a resistncia judaica, temaque continuar integrando os trabalhos posteriores do artista.

    Imagem 11A queda de um anjo

    Voltou para a Frana em 1948 se estabelecendo em Riviera, expondo em Amsterd,Paris e Londres. Da em diante viajava pelo mundo para executar encomendas importantesde obras pblicas.

    Durante o ano de 1951, ele visitou Israel; e no ano seguinte, Grcia e Itlia. Duranteos anos de 1960 continuou a viajar sendo financiado por grandes instituies. Entre elasestavam o Vitral do Hospital de Jerusalm Hadassah (1930), da Catedral de Santo Estevo(1960), o teto da pera de Paris (1964) e vitrais da catedral Fraumunter, Zurich, Sua(1970) (ver imagem 11, 12, 13, 14), uma janela para o prdio das Naes Unidas, em

    Nova York (1964), murais para o Metropolitan Opera House, de Nova York (1967) ejanelas da Catedral de Metz, na Frana (1968).

    Imagem 11- Hospital Hadassah de Jerusalm(1931) Imagem 12 - Catedral de Santo Estevo (1960)

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    Imagem 13Teto da pera de Paris (1964) Imagem 14vitrais da catedral Fraumunter,

    Zurich, Frana (1970)

    Entre as suas mais importantes obras referem-se criao das 12 janelas dasinagoga do Hospital hadassah-Hebrew University Medical Center (ver imagem 15-26),em Jerusalm, em 1960, instalado em 1964. As janelas de Chagall so bem conhecidas porsuas cores vibrantes e sua beleza deslumbrante. Sua primeira incurso no trabalho vitraisfoi em 1960 quando ele iniciou uma srie de 12 janelas para a sinagoga na Hadassah-Hebraico Medical Center, em Jerusalm. As doze vidraas levaram dois anos para serconcludo. Sua inspirao foi tirada da Bblia, mais especificamente, a bno de Jac deseus 12 filhos e bno de Moiss uma das 12 tribos. Cada janela de tirar o flego consistede uma cor dominante e uma citao de cada bno.

    Na Frana e nos Estados Unidos, alm de vitrais, realizou mosaicos, cermicas,murais e projetos de tapearia. Em 1973 foi inaugurado em Nice o Museu da MensagemBblica de Marc Chagall. Em 1977 o governo francs agraciou-o com a gr-cruz da Legiode Honra.

    Reconhecido como um dos maiores pintores do Sculo 20, Marc Chagall no seinteressou por debates literrios; bastaram-lhe a pintura. A preocupao de Chagal era

    pintar quadros onde elementos literrios e polmicos que eram postos margem, alm deuma infinidade de referncias bblicas. Sua reputao internacional foi estabelecida apsuma retrospectiva de sua obra no Museu de Arte Moderna de Nova York. O resto da longavida foi devotado a uma criatividade superabundante. Proflico, Marc Chagall morreu emSaint Paul de Vence (sul da Frana) em 28 de maro de 1985 aos 97 anos. Marc Chagall

    foi, sem dvida, um gnio artstico que se envolveu em quase todas as artes, a partir deimpresses de arte, para tapearias, ilustraes de livros, cermicas, pinturas, cenrios e,mais tarde em sua carreira, janelas de vitrais.

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    Imagem 15 - Vitral da sinagoga no hospital

    Hadassahtribo de Jos (1964)

    Imagem 16 - Vitral da sinagoga no hospital

    Hadassahtribo de Rben (1964)

    Imagem 17 - Vitral da sinagoga no hospitalHadassahtribo de Issacar (1964)

    Imagem 18 - Vitral da sinagoga no hospitalHadassahtribo de Levi (1964)

    Imagem 19 - Vitral da sinagoga no hospitalHadassahtribo de Simeo (1964)

    Imagem 20 - Vitral da sinagoga no hospitalHadassahtribo de Zebulom (1964)

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    Imagem 21 - Vitral da sinagoga no hospitalHadassahtribo de Aser (1964) Imagem 22Vitral da sinagoga do hospitalHadassahtribo de Naftali (1964)

    Imagem 23 - Vitral da sinagoga no hospitalHadassahtribo de Jud (1964)

    Imagem 24 - Vitral da sinagoga no hospitalHadassahtribo de Benjamin (1964)

    Imagem 25 - Vitral da sinagoga no hospitalHadassahtribo de Dan (1964)

    Imagem 26- Vitral da sinagoga no hospitalHadassahtribo de Gad (1964)

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    FONTES CONSULTADAS

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    VIZ, disponvel em:http://viz.cwrl.utexas.edu/content/marc-chagalls-exodus-another-visit-harry-ransom-centers-king-james-bible-exhibition,acessado em 02/04/2013.

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