UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: MÍDIA E CONHECIMENTO
INSTRUMENTANDO A CONDUÇÃO DA
APRENDIZAGEM DE PNEUMÁTICA BÁSICA
- PROPOSTA DE UM LIVRO ELETRÔNICO -
PAULO HUMBERTO FERRAZZA
FLORIANÓPOLIS, maio de 2001.
i.exe
Paulo Humberto Ferrazza
INSTRUMENTANDO A CONDUÇÃO DA
APRENDIZAGEM DE PNEUMÁTICA BÁSICA
- PROPOSTA DE UM LIVRO ELETRÔNICO -
Dissertação apresentada no Curso de Pós-
Graduação em Engenharia de Produção. Área
de Concentração: Mídia e Conhecimento, da
Universidade Federal de Santa Catarina –
UFSC, como requisito parcial para obtenção
do título de Mestre em Engenharia de
Produção.
Orientador: Profa. Dra. SILVANA BERNARDES ROSA
Florianópolis, maio de 2001.
ii
INSTRUMENTANDO A CONDUÇÃO DA
APRENDIZAGEM DE PNEUMÁTICA BÁSICA
- PROPOSTA DE UM LIVRO ELETRÔNICO -
PAULO HUMBERTO FERRAZZA
Esta Dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título
de Mestre em Engenharia de Produção (Área de Concentração: Mídia e
Conhecimento) e aprovada em sua forma final pelo Programa de Pós-
Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de
Santa Catarina.
Florianópolis, 11 de maio de 2001
Prof. Ricardo Miranda Barcia, Ph.D.
Coordenador do Curso
Banca Examinadora:
Profa. Silvana Bernardes Rosa, Dra.
Orientadora
Profa. Vânia Ribas Ulbricht, Dra.
Membro
Prof. Luciano Scandelari, Dr.
Membro
iii
Aos meus pais sempre presentes no
coração e cuja vida dedicaram aos sete
filhos:
- a ele, presente-ausente a eterna
saudade pela lição de vida que nos
transmitiu.
- a ela, o carinho presente das
lembranças passadas na dedicação
do ainda hoje.
A meu filho Alexandre, o sol a iluminar
todos os dias da minha vida.
Aos meus irmãos, Ataíde e Emerson,
as minhas cunhadas Cecilia e Clarisse
e as minhas sobrinhas e sobrinhos,
pelo apoio dado nos momentos difíceis
por que passei.
iv
AGRADECIMENTOS
À Profa. Dra. SILVANA BERNARDES ROSA, que, além de orientadora,
mostrou-se amiga atenciosa, por sua paciência, tranqüilidade e disponibilidade
para as minhas consultas, e que, com a sua capacidade e conhecimentos
transmitidos, empenhou-se de maneira generosa e irrestrita para a elaboração
desta dissertação.
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de
Produção/Laboratório de Ensino a Distância, da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), especialmente ao Dr. FERNANDO O. GAUTHIER, Dr.FRANCISCO A. P. FIALHO, Dra. SILVANA BERNARDES ROSA, Msc. MÁRCIOVIEIRA DE SOUZA e Msc. ROSÂNGELA RODRIGUES, pelos conhecimentos
transmitidos, desafios propostos e incentivos sugeridos.
Aos colegas do Curso de Mestrado em Engenharia de Produção do
CEFET-PR, com quem tive a oportunidade de conviver, sonhar, aprender e
enriquecer, quer intelectual ou afetivamente, e que comigo partilharam desta
viagem, da qual não voltei do mesmo jeito que parti.
Aos funcionários do Laboratório de Mídia - LAMID do Centro Federal de
Educação Tecnológica do Paraná - CEFET-PR, em especial à Rosamélia
Parizzotto, João Mansano e Maria Inês Pinheiro, pelo apoio na confecção do
software.
A todos aqueles que contribuíram, direta ou indiretamente, seja com uma
palavra amiga, seja com um gesto de apoio, atenção ou intenção, para poder
chegar a bom termo deste trabalho.
v
SUMÁRIO
Lista de Figuras.......................................................................................................ix
Resumo...................................................................................................................xi
Abstract...................................................................................................................xii
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................01
1.1 Origem do trabalho......................................................................................01
1.2 Justificativa e relevância do trabalho.........................................................02
1.3 Objetivos......................................................................................................03
1.3.1 Objetivo Geral...................................................................................03
1.3.2 Objetivos Específicos........................................................................04
1.4 Limitações do trabalho................................................................................04
1.5 Estrutura do Trabalho.................................................................................05
2 CONTEÚDOS EXISTENTES...........................................................................06
2.1 Auto-Aprendizagem.....................................................................................06
2.1.1 A Teoria de Ausubel para o Ensino da Disciplina de Pneumática....10
2.2 O Computador Assistindo ao Ensino...........................................................12
2.3 Conhecimento Através dos Audiovisuais....................................................14
2.4 Recursos Didáticos......................................................................................15
2.4.1 CD-ROM..........………......................................................................19
2.5 Estrutura para Elaboração do Software......................................................20
2.6 Softwares de Autoria...................................................................................23
2.6.1 Os Softwares Familiares...................................................................24
2.6.2 Os Softwares para Autoria de Multimídia.........................................24
2.6.2.1 Funcionamento dos Softwares de Autoria.............................26
2.6.2.2 Principais Softwares de Autoria.............................................27
2.6.3 Ferramentas Elementares................................................................29
2.7 Comentários Finais......................................................................................29
vi
3 ANÁLISE DO CONTEXTO EDUCACIONAL...................................................30
3.1 A realidade da Escola................................................................................30
3.2 Análise das Necessidades........................................................................31
3.3 Estrutura Atual da Disciplina.....................................................................33
3.4 Recursos Disponíveis...............................................................................38
3.4.1 Software Simufluid.....................................................................….39
3.4.2 Curso de Pneumática da Festo Didactic........................................41
3.4.3 Curso de Pneumática da Parker Hanniffin Training.......................43
3.4.4 Livros..............................................................................................44
3.4.5 Livro Eletrônico...............................................................................45
4 MODELO DE APLICAÇÃO.............................................................................47
4.1 Estrutura do Livro......................................................................................47
4.2 Tratamento da Informação........................................................................48
4.3 Técnicas Empregadas...............................................................................48
4.3.1 Como Fazer....................................................................................49
4.3.1.1 Estrutura de navegação do livro..................................49
4.3.2 Onde Fazer.....................................................................................51
4.3.3 Para Quem Fazer...........................................................................51
4.4 Telas do Software.....................................................................................52
4.4.1 Índice..............................................................................................53
4.4.2 Tela de Busca................................................................................54
4.4.3 Tela de Glossário...........................................................................55
4.4.4 Tela de Conteúdo..........................................................................56
4.4.5 Tela de Avaliação..........................................................................57
4.4.6 Tela Aprenda Mais........................................................................59
vii
5 APLICAÇÃO E VALIDAÇÃO......................................................................61
5.1 Realização...............................................................................................61
5.2 Limitações...............................................................................................62
5.3 Metodologia da Validação.......................................................................63
5.3.1..Avaliadores.......................................................................................64
5.4 Descrição do Experimento.....................................................................64
5.5 Análise dos Resultados......................................................................65
5.5.1 Teste de Navegabilidade...................................................................66
5.5.2 Avaliação dos Critérios Ergonômicos..............................................66
5.5.2.1 Condução...............................................................................67
5.5.2.2 Carga de Trabalho.................................................................72
5.5.2.3 Controle Explícito...................................................................75
5.5.2.4 Adaptabilidade........................................................................77
5.5.2.5 Gestão de Erros.....................................................................78
5.5.2.6 Consistência...........................................................................81
5.5.2.7 Significado dos Códigos e Denominações.............................82
5.5.2.8 Compatibilidade......................................................................83
5.5.3 Avaliação Pedagógica....................................................................84
5.5.3.1 Documentação.......................................................................85
5.5.3.2 Conteúdo do Programa.........................................................86
5.5.3.3 Aspectos Pedagógicos..........................................................87
5.5.3.4 Operação do Programa.........................................................88
5.5.3.5 Resultados dos Alunos.........................................................89
6 CONCLUSÃO...................................................................................................90
6.1 Considerações Finais..................................................................................91
6.2 Recomendações de trabalhos futuros.........................................................93
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................94
viii
8 ANEXOS...........................................................................................................99
8.1 Comentários dos Avaliadores......................................................................100
8.2 Ficha de Avaliação.......................................................................................110
8.3 Definições dos Critérios Ergonômicos.........................................................114
ix
Lista de Figuras
Figura 1: Seqüência da construção de um circuito................................................07
Figura 2: Representação da aprendizagem segundo Ausubel..............................10
Figura 3: Representação do fluxo de informação e aprendizagem do Livro Eletrônico ..11
Figura 4: Classificação de Edgar Dale...................................................................17
Figura 5: Classificação brasileira dos recursos audiovisuais adaptada ................18
Figura 6: Representação de um sistema de organização composta.....................21
Figura 7: Seqüência de ícones do Authorware .....................................................25
Figura 8: Válvula reguladora de fluxo unidirecional ..............................................39
Figura 9: Topologia de circuitos.............................................................................40
Figura 10: Estrutura de navegação........................................................................50
Figura 11: Tela de índice.......................................................................................53
Figura 12: Tela de busca.......................................................................................54
Figura 13: Tela de glossário...................................................................................55
Figura 14: Tela de conteúdo...................... ...........................................................56
Figura 15: Tela de avaliação 1...............................................................................57
Figura 16: Tela de avaliação 2...............................................................................58
Figura 17: Tela do aprenda mais...........................................................................59
Figura 18: Esquema do posicionamento da filmadora...........................................65
Figura 19: Gráfico de presteza...............................................................................67
Figura 20: Página do Livro Eletrônico....................................................................68
Figura 21: Gráfico de distribuição por localização.................................................69
Figura 22: Gráfico de distinção por formato...........................................................70
Figura 23: Gráfico de feedback imediato...............................................................71
Figura 24: Gráfico de legibilidade..........................................................................71
Figura 25: Gráfico de concisão..............................................................................73
Figura 26: Gráfico de ações mínimas....................................................................74
Figura 27: Gráfico da densidade informacional.....................................................74
Figura 28: Gráfico das ações explícitas do usuário...............................................75
Figura 29: Gráfico do controle do usuário..............................................................76
x
Figura 30: Gráfico de flexibilidade..........................................................................77
Figura 31: Gráfico da experiência do usuário........................................................78
Figura 32: Gráfico da proteção contra erros..........................................................79
Figura 33: Gráfico de mensagens de erros............................................................80
Figura 34: Gráfico da correção dos erros..............................................................81
Figura 35: Gráfico de consistência.........................................................................82
Figura 36: Gráfico de significado dos códigos e denominações............................82
Figura 37: Gráfico da compatibilidade...................................................................83
Figura 38: Gráfico representativo da documentação.............................................85
Figura 39: Gráfico representativo do conteúdo do programa................................86
Figura 40: Gráfico representativo dos aspectos pedagógicos...............................87
Figura 41: Gráfico representativo da operação do programa................................88
xi
RESUMO
A Automação Pneumática é um ramo da automação industrial dos mais
utilizados atualmente na indústria. À medida que cresce a industrialização de
determinados estados, cresce a procura por mais especialistas nessa área. A
facilidade com que a Pneumática se integra à informática e à eletrônica faz novos
equipamentos surgirem com muita freqüência.
O objetivo desse trabalho é avaliar um Livro Eletrônico elaborado nesta
dissertação que venha auxiliar os professores no desenvolvimento dos conteúdos
básicos da disciplina de Automação no Curso de Tecnologia em Mecatrônica, ou
em disciplinas similares. Além disso, facilita aos alunos a assimilação desses
conteúdos, bem como possibilita ministrar os conteúdos mais avançados, ainda
que na mesma disciplina, em virtude do tempo exíguo decorrente da
característica dos cursos de Tecnologia.
O conteúdo no Livro Eletrônico foi pesquisado em livros, sites, catálogos e
normas, e em função da seqüência de execução de um circuito, objetivando a
consolidação do conhecimento ao final do mesmo e buscando com isso os
princípios da aprendizagem explicada por AUSUBEL.
A avaliação final, feita por professores da disciplina, confirmou a validade
do livro como auxiliar no processo de ensino da disciplina de Automação
Pneumática, possibilitando ao professor, mesmo com um tempo pequeno,
abranger outros conteúdos na disciplina.
xii
ABSTRACT
Nowadays, one of the most used branches of the industrial automation is
the Pneumatic Automation.
The growing industrialization of some states leads to a increasing search
for more specialists in this area.
The easiness Pneumatic has to integrate with eletronics and computer
science makes that new equipment be frequently build with this technology.
The objective of this work is to evaluate a software elaborated by the
author that comes to aid professors in the development of Automation Discipline
basic contents, in the Technology in Mecatronic Course. Furthermore it facilitates
the assimilation of those contents by the students, as well as suplying the most
advanced contents, although in the same discipline, by virtue of time shortage due
to the Tecnology courses characteristics.
The content in the software was researched in books, sites, catalogs and
norms, and in function of a circuit execution sequence, aiming at the consolidation
of the knowledge at the end of it, following the learning principles explained by
AUSUBEL.
The final evaluation done by the discipline professors, confirmed the
software validity to help the teaching process of Pneumatic Automation Discipline,
allowing teacher, to embrace more of the discipline contents in a shorter time.
1 INTRODUÇÃO
1.1 Origem do trabalho
A crise dos anos 70 levou as empresas nacionais à busca da
racionalização da mão-de-obra, à procura de alternativas para o desenvolvimento
de novos produtos e à elevação da produtividade com o aumento da produção e
redução de custos operacionais. Em função disso é que, nesta década de 70,
foram implantados no Brasil os primeiros sistemas de Automação Pneumática.
A partir de então é que a utilização do nome Automação dentro da
indústria veio e vem sendo empregada, levando as escolas a se empenharem
mais na busca do treinamento qualificado para utilização dessa técnica, que, por
ser recente, coloca as indústrias nacionais em nível de igualdade com as
internacionais, tornando-as competitivas por sua alta tecnologia e pela qualidade
de produção.
Com isso muitos sistemas automatizados, sistemas abertos, surgiram e
surgem em permanente evolução, valendo-se muito das experiências que vem do
“chão” de fábricas. Pode-se, pois, dizer que a Automação, ao mesmo tempo que
libera o trabalhador produtivo das tarefas mais repetitivas e perigosas, exige-lhe
um novo tipo de tarefa: solucionar problemas de Automação, seja ela de ordem
mecânica, elétrica ou eletrônica.
Diante desta realidade, o autor da pesquisa se propôs a elaborar um
sistema de ensino de Automação possibilitando uma ferramenta para que o
professor possa passar aos discentes as informações necessárias num curto
espaço de tempo devido a exigüidade de tempo.
2
1.2 Justificativa e relevância da pesquisa
Como foi exposto acima, por se tratar de um campo inovador, onde, ainda,
há muito a pesquisar e a realizar, este trabalho se propôs a estudar e relatar as
atividades de desenvolvimento de um software (Livro Eletrônico) com conteúdos
de Pneumática Básica, sugerindo alterações para melhorar sua performance se
for o caso, com intuito de auxiliar professores e estudantes do curso de Tecnologia
que buscam informações para seu melhor embasamento na disciplina específica.
Este sistema como documento digital, além de poupar espaço nas
prateleiras, ser muito mais leve que uma pilha de papéis, e de ser ecologicamente
mais correto, é de significativa importância para utilização nas escolas,
viabilizando aos alunos um processo de aprendizagem e de recuperação de
conteúdos perdidos, pois concentra vantagens, tais como o aluno poder conduzir
sua auto-aprendizagem, poder estudar em casa com auxílio de um computador e
visualizar, além de palavras escritas, fotos, filmes e animações em geral, bem
como procura rápida de palavras e ligação direta com a Internet. A riqueza deste
documento digital está na facilidade de manipulação e no uso das hiperligações,
anotações, índices e marcadores, entre outros recursos.
O desenvolvimento deste software representa uma atividade do
Laboratório de Sistemas Integrado de Manufatura - LABSIM, cujos professores
têm grande dificuldade de ministrar a disciplina em função do pouco tempo que os
cursos de Tecnologia dispõem, tendo em vista a grande quantidade de conteúdo a
ser ensinada e a limitação de carga horária imposta pela grade curricular.
Além disso, a grande parte das bibliografias da disciplina de Pneumática
Básica versa sobre temas diversos, assim como: Produção de Ar Comprimido,
Cálculo de Redes, Seleção de Cilindros, Válvulas e Álgebra dentre outros,
sobrecarregando alguns, como Álgebra, Cálculo de Redes, Cilindros e Válvulas, e
abordando superficialmente outros, como Designação de Simbologias, Construção
de Circuitos, Tipos de Cilindros e Válvulas. Ainda, outras bibliografias
pertencentes a fabricantes têm, além do objetivo de ensino, um grande cunho de
3
propaganda, válido para as empresas; porém não deva ser objeto do processo de
ensino-aprendizagem do Laboratório de Sistemas Integrado de Manufatura –
LABSIM.
Pretende-se, então, por meio deste Livro Eletrônico de Pneumática
Básica, propor uma estrutura de matéria que possibilite ao professor mais
flexibilidade para ministrar os conteúdos da disciplina e aos alunos um
conhecimento prévio, fazendo com que consigam acompanhar os conteúdos da
disciplina de Automação.
Enfim, busca-se com este trabalho, uma primeira aproximação a este
software, envolvendo a análise de softwares existentes próximos a esta realidade,
pesquisa de conteúdos recomendados para inserção no Livro, projeto de
Storyboard, implementação e validação junto ao público alvo.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
Descrever, desenvolver e avaliar um software contendo conteúdos de
Pneumática Básica, envolvendo Produção e Preparação de Ar Comprimido,
Cilindros, Válvulas e Circuitos Básicos, objetivando auxiliar os estudantes dos
cursos de Tecnologia na compreensão da base da disciplina de Automação,
proporcionando-lhes uma visão global da técnica de Automação Pneumática, e
integrando o uso da Tecnologia no processo de aprendizagem.
1.3.2 Objetivos Específicos
Para atingir o objetivo geral desta dissertação, procurar-se-á alcançar os
seguintes objetivos específicos:
4
• Selecionar e analisar os conteúdos necessários para a compreensão do
processo de aprendizagem, partindo de um software de Pneumática
Básica, elaborado pelo autor desta dissertação;
• Avaliar a eficácia deste software junto a um segmento da comunidade
acadêmica inserida na disciplina de Automação;
• Contribuir para o desenvolvimento da eficiência e eficácia da disciplina
de Automação.
1.4 Limitações do trabalho
Este trabalho, no seu desenvolvimento, encontrou algumas barreiras que
dificultaram sua realização, contudo não chegaram a prejudicá-lo conforme
será possível perceber adiante.:
a) Os conteúdos de Pneumática não são cumulativos. À medida que a
Tecnologia avança e se criam novos elementos, esses se somam aos conteúdos
básicos. Diferentemente ocorre, por exemplo, ao se aprender o Word:
aprendendo-se o Word 97, conseqüentemente conhecer-se-á o Word 95. No caso
da Pneumática, porém, caso não se souber o que é uma válvula básica, a
experiência prática tem demonstrado que não se poderá estudar válvula
proporcional, pois aquele conhecimento é pré-requisito deste outro, ou seja, o
conhecimento do segundo conteúdo não prescinde do conhecimento do conteúdo
anterior.
Este pré-requisito representa pois, uma limitação no processo ensino
aprendizagem, bem como outros a seguir expostos.
b) Uma das limitações que pode dificultar a aplicação deste Livro
Eletrônico estaria no caso de alunos não disporem de equipamentos eletrônicos,
dificultando a aprendizagem.
5
c) Além disso a avaliação poderia ter sido mais abrangente pois, ao
concluir o Livro Eletrônico, havia terminado o período letivo, não dispondo o
elemento humano na quantidade desejada para a validação do software.
d) Ainda, convém ressaltar a dificuldade de obter subsídios para a
pesquisa de conteúdos que auxiliassem a executar o referido Livro Eletrônico,
tendo em vista existência de pouca bibliografia no campo.
e) Enfim não se dispunha de pessoal detentor de conhecimento
necessário em software de autoria que auxiliasse a construção de referido livro.
Apesar da limitações acima, foi possível superá-las, levando a bom termo
a sua proposta de trabalho.
1.5 Estrutura do Trabalho
O trabalho será estruturado em seis capítulos e apresentado na
seqüência:
No primeiro capítulo, na introdução, além das considerações iniciais, estão
inseridos os objetivos geral e específicos e a estrutura da dissertação.
No capítulo 2, será apresentada a revisão bibliográfica, englobando
evolução tecnológica da comunicação, estrutura para elaboração de um software,
conhecimento através dos audiovisuais, formas atuais de audiovisuais,
desenvolvimento de novas tecnologias no Brasil, softwares tutoriais.
No capítulo 3, serão apresentadas as características das disciplinas de
Automação, suas necessidades, objetivos, as ferramentas utilizadas na atualidade
e as vantagens da utilização de meios no processo ensino-aprendizagem.
No capítulo 4, será apresentado o modelo de resolução proposto.
No capítulo 5, será a aplicação e validação do modelo proposto,
apresentando onde o modelo foi aplicado e os resultados finais.
O capítulo 6, será dedicado às conclusões e recomendações para
realização de futuros estudos sobre a temática explorada no presente trabalho.
2 CONTEÚDOS EXISTENTES
Para realizar este trabalho, buscaram-se fontes que tratassem da
construção do conhecimento e de softwares educacionais, bem como de
softwares tutoriais, que viabilizassem a construção dos mesmos, sabendo-se que
pouca literatura há a respeito de softwares educacionais e tutoriais.
Foram estudados a construção do conhecimento, a auto-aprendizagem, o
conhecimento através de audiovisual, recursos didáticos, e a elaboração de
software.
2.1 Auto-Aprendizagem
“A aprendizagem supõe pelo menos dois componentes interligados: o
primeiro é o esforço reconstrutivo pessoal do aluno; e o segundo é uma ambiência
humana favorável, onde se destaca o papel maiêutico do professor” (DEMO, 1999,
p. 167).A auto-aprendizagem de adultos, segundo BELLONI (1999), “constitui umtema relativamente novo no campo da educação. Embora de modos variadossegundo países e regiões, as teorias construtivistas, interacionistas e aspedagógicas ativas exerceram grande influência sobre as teorias e práticaspedagógicas na educação infantil. Esta influência, porém, é bem menospresente no ensino superior, e, mesmo no secundário, onde os modelostradicionais e/ou behavioristas são ainda fortemente predominantes. Istosignifica que os processos de aprendizagem do estudante adulto são aindapouco conhecidos...”
Segundo AUSUBEL (1980), existem dois tipos de aprendizagem: a
significativa e a mecânica.
Na aprendizagem significativa, as aquisições de conhecimento se dão
através do relacionamento entre uma nova informação e um conhecimento já
armazenado (conceitos subsunçores), na estrutura cognitiva do indivíduo; as
7
informações introduzidas podem ser relacionadas com conhecimentos que já se
encontram armazenados e facilitar a aprendizagem.
Assim sendo, aprendizagem é a organização e a interação do material na
estrutura cognitiva, sendo o fator mais importante da aprendizagem o que o
educando já conhece. Esses conhecimentos prévios, também chamados por
AUSUBEL de conceitos subsunçores, servem de base para novas aquisições.Segundo MOREIRA (1982, p. 4), “Para Ausubel aprendizagem significaorganização e integração do material na estrutura cognitiva. Como outrosteóricos do cognitivismo, Ausubel se baseia na premissa de que existe umaestrutura na qual a organização e a integração se processam. É a estruturacognitiva, entendida como conteúdo total de idéias de um certo indivíduo esua organização; ou conteúdo e organização de suas idéias em uma áreaparticular de conhecimentos”.
Essa premissa de que existe uma estrutura na qual a organização e a
integração se processam, assemelha-se à estrutura de circuitos pneumáticos,
onde todo e qualquer circuito tem uma seqüência a ser observada, e que é
apresentada no Livro como Topologia de Circuito, como se vê na figura 1.
Fig. 1 – Seqüência da construção de um circuito.
8
Em qualquer circuito, a sua construção exige um pensamento lógico,
sendo vários os métodos possíveis de execução desses circuitos, dependendo
única e exclusivamente da complexidade do mesmo.
Todo circuito necessita de um atuador, também chamado de elemento de
trabalho ou cilindro, ou seja, o que irá executar o trabalho final (fazer força). Para
que esse elemento execute uma força, deverá ser informado se essa força será
para a direita ou para a esquerda, para frente ou para trás e de forma lenta ou
rápida. O “informante” será o elemento de comando juntamente com seu auxiliar
de comando. Quando o atuador deverá avançar? Essa resposta somente poderá
ser dada pelo elemento de sinal, que, ao enviá-lo, autoriza a execução do
trabalho. O atuador, o elemento de comando, o elemento de sinal, o elemento de
energia e os seus auxiliares são, se comparados à teoria de Ausubel, os conceitos
subsunçores pneumáticos, pois elementos agregados a eles é que irão formar
novos circuitos.
A aprendizagem mecânica é aquela em que a aprendizagem de novas
informações se dá sem o relacionamento com os subsunçores. Nesse caso, a
armazenagem na estrutura cognitiva ocorre de maneira aleatória, não havendo
interligação entre uma informação armazenada e uma nova.
“Na verdade Ausubel não estabelece a distinção entre aprendizagem
significativa e mecânica como sendo uma dicotomia, e sim um continuum.” Da
mesma forma, essa distinção não deve ser confundida com o que há entre
aprendizagem por descoberta e aprendizagem por recepção (MOREIRA, 1982,
p.9).
Na aprendizagem receptiva, tudo aquilo que será aprendido já é
apresentado ao indivíduo na forma final, exigindo-se do mesmo somente
aprender.
“Sob essa circunstância se exige do aluno simplesmente compreender o
assunto e incorporá-lo à sua estrutura cognitiva, de modo que fique disponível ou
para reprodução, ou para ser relacionado a uma nova informação, ou para solução
de problema em alguma ocasião futura” (AUSUBEL, 1980, p. 98).
9
Na aprendizagem por descoberta, grande parte daquilo que será
aprendido pelo indivíduo, será descoberto e pesquisado pelo mesmo, e, segundo
AUSUBEL, ela somente será significativa se os novos conceitos se juntarem aos
conceitos subsunçores já existentes e se armazenarem na estrutura cognitiva.“ P a r a f i n s d e a n á l i s e , o s a r g u m e n t o s p s i c o l o g i c a m e n t e eeducacionalmente indefensáveis apresentados em apoio da aprendizagempela descoberta podem convenientemente ser considerados sob as dozerubricas seguintes:1- todo o verdadeiro conhecimento é autodescoberto;2- o significado é um produto exclusivo de uma descoberta criativa e nãoverbal;3- a consciência subverbal é a chave da transferência;4- o método da descoberta é o principal método para a transmissão doconteúdo da matéria;5- a capacidade de resolver problemas é o objetivo primário da educação;6- o treino na ‘heurística da descoberta’ é mais importante do que otreinamento na matéria escolar;7- cada criança deveria ser um pensador criativo e crítico;8- o ensino expositório é “autoritário”;9- a descoberta organiza eficientemente a aprendizagem para uso posterior;10- a descoberta é um gerador singular da motivação e da autoconfiança;11- a descoberta é uma fonte primordial da motivação intrínseca; e12- a descoberta assegura “conservação da memória.
Cada uma destas pseudobases lógicas, para o uso da aprendizagempela descoberta, é sujeita a um exame minucioso, chegando-se à conclusãode que são inválidas tanto lógica como pedagogicamente.
Os poucos estudos de pesquisa, que apóiam a superioridade daaprendizagem pela descoberta, tendem a ser metodologicamente deficientes,em grande parte não controlados com respeito às variáveis significativas ouinaplicáveis à aprendizagem real na sala de aula” (AUSUBEL, 1980, p. 434).
10
Fig. 2 – Representação da aprendizagem segundo Ausubel.
2.1.1 A Teoria de Ausubel para o Ensino da Disciplina de Pneumática
Normalmente todos os cursos de Pneumática, desde os mais básicos aos
mais avançados, são ministrados na seqüência: Princípios Físicos do Ar
Comprimido, Produção e Preparação do Ar Comprimido, Elementos de Trabalho,
Válvulas e Circuitação. Essa seqüência aborda os quatro principais elementos de
circuitos pneumáticos básicos separadamente, unindo-os no tópico final, que trata
da união dos elementos, ou seja, a circuitação.
AUSUBEL defende que, para cursos com duração mais demorada, como
cursos de um semestre apenas, organizadores devem ser elaborados, passando
de conceitos mais gerais, mais inclusivos a serem aprendidos, a conceitos mais
específicos, referenciando, ocasionalmente, esses principais conceitos.
O Livro Eletrônico procurou representar inicialmente de forma mais
inclusiva para depois buscar maior detalhamento, conforme figura 3.
11
Fig. 3 - Representação do fluxo de informação e aprendizagem do Livro Eletrônico.
A disciplina começa com a introdução sobre Automação, os objetivos da
Automação Pneumática, bem como as vantagens e desvantagens com relação a
outros sistemas, passando a explicações rápidas pelas teorias do Ar Comprimido,
em princípio já estudadas, Teorias de Pressão, Temperatura, Compressibilidade,
Volume, Força, Regime de Fluxo, etc. Na segunda unidade, iniciando basicamente
o conteúdo da disciplina, sendo agora mais específica, estuda-se, de maneira
geral, a Produção e Preparação do Ar Comprimido, enfatizando os principais Tipos
de Compressores, as Redes de Distribuição de Ar Comprimido e a Unidade de
Conservação. De acordo com o princípio da diferenciação progressiva, são
estudados, na terceira unidade, que é mais específica do que a anterior por se
tratar de elementos físicos inerentes à disciplina de Automação, os Cilindros que
são uma espécie de organizador para todos os circuitos de automação. Procura-
se nessa unidade, dar uma visão geral da utilidade dos cilindros, bem como seus
tipos, e os mais utilizados nas indústrias, finalizando, então, com uma relação de
simbologia normalizada de cilindros. Os alunos irão, dentro das indústrias,
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTOS DA FÍSICA
PRODUÇÃO E PREPARAÇÃODO AR COMPRIMIDO
UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
ELEMENTOS DE TRABALHO
CILINDROS DEDUPLA AÇÃO
VÁLVULAS
CIRCUITAÇÃO
VAZÃOVOLUMECOMPRESSIBILIDADEPRESSÃOUNIDADESFLUXOARFORÇATEMPERATURA
COMPRESSORESREDES DE
DISTRIBUIÇÃO
CILINDROS DESIMPLES AÇÃO
CILINDROSGIRATÓRIOS
DIRECIONAIS FLUXO BLOQUEIO PRESSÃO ESPECIAIS
12
trabalhar com simbologias ao analisar plantas/projetos para, somente após essas
análises, depararem com os elementos físicos. A quarta unidade não é muito
diferente da terceira, pois o objetivo é dar uma visão geral do que são e para que
servem as Válvulas e seus principais tipos, finalizando, também, com uma relação
de simbologias. Finalmente, a quinta e última unidade é uma breve discussão
sobre como devem ser elaborados os Circuitos Pneumáticos, mantendo analogia
entre as unidades descritas anteriormente (Ar Comprimido, Cilindros, Válvulas),
finalizando com a elaboração de um circuito, em que são representados todos os
componentes de um projeto com a elaboração de outros onze pequenos circuitos,
objetivando com isso a fixação e a sua aprendizagem receptiva.
2.2 O Computador Assistindo o Ensino
Os alunos normalmente pensam associando elementos. Quando um
conteúdo é apresentado, eles tendem a fazer, pelo menos mentalmente, a
comparação com conhecimentos já adquiridos. As apresentações do Livro
Eletrônico são multimídia, ou seja, faz com que os alunos construam links entre o
apresentado e o já conhecido, controlando e escolhendo, assim, o que desejam
conhecer do conteúdo no momento.
CABRERA (1995 p. 48) diz que “... os sistemas educacionais não podem
perpetuar-se em seus modelos e métodos de ensino convencionais e, a
formação e o uso da tecnologia deve estar presente na grade curricular básica, a
fim de preparar as novas gerações. O computador no ensino pode assumir tantas
e diversas facetas que podemos afirmar que é o recurso didático mais versátil do
momento e que é capaz de aglutinar e integrar qualquer tipo de comunicação. O
computador nos ambientes educacionais pode ser uma poderosa ferramenta
para a gestão do centro de ensino e do grupo bem como a orientação do aluno.
Pode ainda ser uma ferramenta de ensino-aprendizagem, tanto para adquirir
conhecimentos concretos, assim como meio de trabalho para a pesquisa e
desenvolvimento do corpo discente”.
13
Ao mesmo tempo em que o próprio aluno determina seu ritmo, ele
aumenta a retenção do conhecimento, tendo motivação e prazer em aprender,
melhorando sua produtividade e diferenciando-se dos demais, pois tem acesso ao
conteúdo, no momento em que desejar; os computadores permitem a interação
entre o aluno e os softwares, sendo muitas vezes flexíveis, ajudando no controle
da apresentação por parte do aluno.
A velocidade de surgimento e aprimoramento de novas tecnologias
obrigam os profissionais da educação e as escolas a melhorar seus currículos e,
conseqüente, o aprimoramento no conteúdo das disciplinas para o ensino de
novos conteúdos. Esses conteúdos aprimorados, muitas vezes, necessitam de
conhecimento prévio de conteúdos básicos, como exemplo pode-se usar, como
âncora, o ensino de Usinagem por Torno com Controle Numérico
Computadorizado (CNC); se o aluno não conhece Usinagem em Torno Comum,
não terá condições de aprender CNC. A mesma situação ocorre com outras
tecnologias. Em Pneumática repete-se a situação: não se pode ensinar
Pneumática Proporcional sem que haja conhecimento de Pneumática Básica.
Não podendo, por vários motivos aumentar o tempo de duração dos
cursos e nem das disciplinas, deve-se buscar maneiras criativas de ensinar com
qualidade e produtividade, sendo um desses meios o ensino através de
computadores; AUSUBEL (1980 p. 293/294) reforça dizendo que “A Educação
Auxiliada por Computadores (CAE) mostra-se promissora onde o aluno
desempenha um papel proeminente da determinação do ritmo do novo
aprendizado”.
O computador deve ser um auxiliar do professor dentro e fora da sala de
aula, pois pode viabilizar melhor qualidade do ensino.
14
2.3 Conhecimento Através dos Audiovisuais
Pestalozzi, fundador da escola onde Einstein estudou, em 1801, já dizia
que a visualização deve preceder todas as formas de educação (BERNSTEIN,
2000).
Em um grupo de espectadores, os audiovisuais levam a platéia à
participação não apenas individual, mas também coletiva. Estudos realizados por
GIACOMANTONIO (1991, p.36-41) revelam que, perante os audiovisuais, a
platéia exerce uma capacidade crítica e participação na discussão bem maior do
que diante da mesma imagem reproduzida no papel. Defende ainda que “o
espectador do audiovisual tem involuntariamente a sensação de poder conservar
o anonimato e isso o livra de muitas inibições e condicionamentos da vida,
levando o indivíduo a intuição e a descoberta”.
“É neste contexto que enquanto conceptores de software educativo é
necessário partir para um entendimento do computador, com todas as suas novas
potencialidades, como sendo um parceiro que providencia oportunidades de
aprendizagem” (MORGADO 2000, p. 1).
Nesse contexto, os audiovisuais apresentam-se não apenas como obras
para o lazer, mas tornam-se poderosas ferramentas para fomentar um novo
modelo de ensino, que a sociedade demanda. Ou seja, o mundo vislumbra a
generalizada tendência do ensino através de audiovisuais, utilizando um
equipamento que otimize esses recursos e que esteja acessível à escola, bem
como à população.“As tecnologias de comunicação não mudam necessariamente a relaçãopedagógica. As tecnologias de comunicação não substituem o professor, masmodificam algumas das suas funções. A tarefa de passar informações podeser deixada aos bancos de dados, livros, vídeos, programas em CD. Oprofessor se transforma agora no estimulador da curiosidade do aluno porquerer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante. Numsegundo momento, coordena o processo de apresentação dos resultadospelos alunos. Depois, questiona alguns dos dados apresentados,contextualiza os resultados, e os adapta à realidade dos alunos, questionandoos dados apresentados. Transforma informação em conhecimento econhecimento em saber, em vida, em sabedoria o conhecimento com ética”(MORAN 1995).
15
2.4 Recursos Didáticos
De acordo com KARLING (1991, p. 244), são recursos de ensino os
recursos humanos e materiais que o professor utiliza para auxiliar e facilitar a
aprendizagem. São também chamados de recursos didáticos os meios auxiliares,
meios didáticos, material didático, recursos audiovisuais, multimeios ou material
instrucional.
LIBÂNEO (1991, p. 173) denomina de meios de ensino aos recursos
materiais utilizados pelo professor e pelos alunos para a organização e condução
metódica do processo de ensino-aprendizagem.Segundo FERRETTI et alii (1998, p. 95 a 105), “o espetacular uso daengenharia reversa feito por países como Coréia, Taiwan, além do próprioJapão, que lhes permitiu ir até os estágios finais na absorção de tecnologiasimportadas, seria impensável num contexto com mão-de-obra poucoescolarizada. O sucesso desses países, em particular nas indústrias queconstituem a base do novo paradigma tecnológico, deve muito aos pesadosinvestimentos feitos na melhora e universalização da educação secundária ena ampliação da educação superior, em particular sua ênfase na engenharia eoutras áreas de ciência aplicada”.
Uma das características centrais da atual mudança estrutural das
economias industrializadas é a aceleração do progresso técnico; isto é, a
intensificação do crescimento da taxa de acumulação de conhecimento científico e
tecnológico e de sua correspondente participação na geração de crescimento e
riqueza.
A baixa prioridade atribuída historicamente à capacitação tecnológica no
Brasil aliada aos efeitos da crise sobre o investimento que retardaram o processo
de modernização e a difusão de novas tecnologias, somente amenizada com a
abertura das importações promovida pelo governo Collor a partir de 1990, são os
determinantes mais diretos da relativa permanência de processos de trabalho
convencionais.
A larga utilização da expressão “revolução tecnológica” revela o lado mais
conhecido do problema que é a rapidez na geração e difusão de novos
conhecimentos gerados pelas novas tecnologias, necessitando a criação de novos
16
meios de ensino que venham facilitar os métodos e técnicas de ensino, gerando,
assim, melhor comunicação e disseminação de conhecimentos a serem
transmitidos.Devido a essa “revolução tecnológica” os conteúdos tornaram-se maisdinâmicos, fugindo daquele aspecto de antigamente em que o professor tinhaseu “caderno ensebado” com os conteúdos de muitos anos atrás e quelecionava ao aluno ano após ano. “Os métodos e técnicas de ensino não sãorepetições mecânicas, como peças de manuais contendo normas eprocedimentos. São instrumentos que devem expressar comportamentos faceàs aplicações técnicas, à compreensão do ambiente tecnológico como umtodo. Os conteúdos não serão apreendidos visando exclusivamente amanipulação do fazer, mas a compreensão da tecnologia como um todo e desuas tendências...” (BASTOS, 1997, p. 27).
Para AUSUBEL (1980, p. 293), “Embora os professores desempenhem
um papel importante, e sob muitos aspectos decisivo na orientação da
aprendizagem, os problemas associados à educação antes e durante o
treinamento dos professores são enormes. Dessa forma, acreditamos que um dos
caminhos mais promissores para se melhorar o aprendizado escolar seja através
da melhoria dos materiais de ensino”.
“Uma das primeiras tentativas de incorporar os recursos audiovisuais à
didática renovada e utilizá-los dentro do contexto dos métodos ativos foi feita por
Célestin Freinet. Esse educador sugeria que o cinema, através da projeção de
filmes, fosse usado de forma ativa na educação, veiculando idéias e suscitando
discussões e debates. Propôs a utilização da imprensa na escola, para editar
material escrito pelos próprios alunos...” (HAIDT, 1999, p. 229).
Mas foi a partir da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente após a
metade do século XX, que se disseminou a expressão recursos audiovisuais.
Segundo HAIDT (1999), “Os recursos podem ser classificados de variadas
formas, de acordo com o critério adotado”. Dale (apud Haidt, 1999), apresenta os
recursos didáticos ordenados em uma escala, conforme figura abaixo.
17
Símboloverbal
Símbolovisual
Disco, rádio,fotografia
Televisão
Exposição
Excursão
Demonstração
Dramatização
ExperiênciaSimulada
ExperiênciaDireta
Mais Abstratos
Mais Concretos
Fig. 4 – Classificação de Edgar Dale.
No entanto, segundo HAIDT (1999), a classificação mais difundida é a
apresentada pelo professor Nélio Parra, que divide os materiais audiovisuais em
três categorias:
- recursos visuais, que apelam apenas para a visão;
- recursos auditivos, que se dirigem somente à audição; e
- recursos audiovisuais propriamente ditos, que reúnem os estilos visuais
e auditivos.
18
Fig. 5 – Classificação brasileira dos recursos audiovisuais adaptada.
Para AUSUBEL (1980, p. 293), “Recursos educacionais, tais como
modelos, slides, filmes e televisão, podem ser úteis quando servem para elucidar
conceitos ou princípios ao aumentar a série de exemplos, ou quando alguma
habilidade ou desempenho que envolva movimento deva ser demonstrada”. No
Livro Eletrônico proposto neste trabalho apresenta-se no item final, em que o
aluno tem dificuldade em assimilar a movimentação do ar comprimido dentro dos
elementos, uma simulação em que são colocados elementos ou símbolos em
movimentação, dando uma real visualização de como acontece na prática.
Recursos Visuais Recursos Auditivos
Elementos ou códigos- Códigos digitais escritos- Códigos analógicos - cônicos - esquemáticos - abstratos emocionais
Materiais ou veículos
Quadro de gizFlanelógrafoImantógrafo
QuadrosCartazesGravurasModelosMuseus
EspécimesDiafilmes
Filmes
FotografiasAlgum seriadoMural didáticoExposiçãoGráficosDiagramasMapasObjetosDiapositivosTransparênciasCDROM
Elementos ou códigos- Códigos digitais orais- Códigos analógicos orais
Materiais ou veículos
Rádio
CDROM
FitasMagnéticas
Recursos Audiovisuais
Diapositivo e diafilmes com somCinema sonoroTelevisãoVideocasseteComputador
19
2.4.1 O CD-ROM
Este recurso possui a capacidade de armazenamento de mais de 600
megabytes, algo em torno de 500.000 páginas de texto. Com essa capacidade,
um CD-ROM pode conter uma quantidade enorme de dados, podendo ser
utilizado para diversos fins, entre os quais o de serem utilizados pelas escolas
para um aperfeiçoamento da pesquisa, ou como uma nova ferramenta para a
educação.
Para BOSAK e SLOMAN (1995), “Multimídia é qualquer aplicativo que
emprega mais de um meio para a exibição de informações”.
Prefere-se, contudo, a definição dada por CÔRTES (1997, p.1), que
define, em seu livro Conhecendo e Trabalhando com o TOOLBOOK, “Multimídia é
a apresentação organizada de sons, imagens, vídeos, textos e animações”,
podendo-se ainda complementar que é “transmitida por meio de computador e
interagindo com o usuário, objetivando uma comunicação eficiente e eficaz”.
Além dos outros meios de comunicação, o termo multimídia está agregado
aos computadores, pois apresentam condições de associar sons, imagens,
vídeos, animações e textos, podendo ainda proporcionar a interação
homem/máquina, mas também pode ser utilizado em situações mais simples,
como por exemplo os televisores que também podem apresentar a interação das
diversas mídias, e em documentos criados em um editor de texto. A maioria dos
aplicativos são baseados em texto, com situações de multimídia incorporados.
O CD-ROM não é necessário para aplicações multimídia em computador,
mas sua capacidade impressionante de armazenamento o torna indispensável
quando se necessita armazenar aplicativos que fazem uso de uma grande
quantidade de dados.
20
2.5 Estrutura para Elaboração de Software
Foram vistas até este momento algumas possibilidades de audiovisuais
que devem ser considerados na criação de material para apoio à aprendizagem. A
seguir, serão vistos alguns aspectos sobre a criação de software para conduzir o
processo de aprendizagem.
Um livro eletrônico mesmo não sendo precisamente um software de
criação, mas sim um software de informação, tem a necessidade de, muito além
de somente transferir conteúdo de um livro normal o que o tornaria uma
aglomeração inútil de dados, conter animações, vídeos, sons e ferramentas de
busca para facilitar a pesquisa e a recuperação de dados.
Para que isso ocorra, faz-se necessário, no planejamento inicial que
envolve a pesquisa das necessidades, buscar determinados conceitos como: o
que fazer, como fazer, onde fazer e para quem fazer.
Para isso, ao imaginar uma estrutura a fim de elaborar um software para
ensino, busca-se a proposta de VAUGHAN (1994), que segue um modelo
composto de cinco fases:
1 - processamento da idéia,
2 - planejamento,
3 - produção,
4 - teste, e
5 - distribuição.
Segundo o autor, na primeira fase, o Processamento da idéia, envolve a
análise do problema e do público alvo, gerando a necessidade da produção de
uma ferramenta, de suas prioridades, dos recursos necessários e disponíveis, ou
seja as condições de viabilização do projeto. Busca-se, então, no processamento
da idéia, o que fazer e para quem fazer.
A segunda fase, o Planejamento, é a elaboração do plano, buscando a
melhor estrutura de movimentação do projeto, estimando tempo necessário para
21
fazer os elementos, a quem se destinam, os conteúdos, a forma de apresentação,
a escrita, a música, o vídeo, etc. Essa fase, que mais precisamente é a
preparação do Storyboard, tem como principal característica a de se analisar o
como fazer.
As estruturas fundamentais de organização, segundo VAUGHAN (1994),
classificam-se em: Linear, Hierárquica, Não Linear e Composta.
Um livro em CD-ROM permite, em função da necessidade e da
possibilidade da interatividade, trabalhar prioritariamente nas estruturas Não
Linear e Composta.
No Livro Eletrônico para o ensino de Pneumática Básica, a estrutura
usada é a Composta, que permite a movimentação interna livre, indo do índice
para qualquer página, tendo algumas vezes que se movimentar também
linearmente. Por exemplo, quando o usuário quer informações sobre qualquer item
de válvulas, ele não necessitará passar pelas páginas que antecedem esse item.
Fig. 6 – Representação de um sistema de organização composta.
Antes da terceira fase, que é a Produção, ou seja, a execução das tarefas
planejadas para um produto final, necessita-se pesquisar quais os softwares de
autoria que melhor irão auxiliar na confecção do projeto.
22
A quarta fase, o Teste, é a avaliação do produto final, buscando uma
comprovação de resultados desejados no processamento da idéia e no
aperfeiçoamento do produto final.
A quinta fase, a Distribuição, é quando o produto busca a revenda com
lucros; nela deve-se estudar uma embalagem para o produto e a campanha de
distribuição do mesmo ao usuário final, embora não seja esse o objetivo final
deste trabalho.
Há que considerar, também, alguns elementos básicos na elaboração do
Livro Eletrônico, que são: layout, cores, fontes, sons e imagens.
A multimídia na educação oferece novo estímulo para os professores
ajudarem a fixar a aprendizagem, que é a curiosidade.
O desenvolvimento de software educacional deve ser concebido segundo
um conjunto de propriedades a serem satisfeitas, sendo que essas possam
garantir as necessidades dos usuários. Para isso aconteça, deve-se levar em
consideração entre outras características a portabilidade do software (ROCHA e
CAMPOS, 1993).
Em um software educacional é comum o uso de textos, alguns extensos e
outros menos. Para isso, devem ser organizados em determinada seqüência,
acompanhando costumes de leitura e tornando-os agradáveis, fáceis de aprender,
ou seja, para o Brasil, deve ser colocado sempre da esquerda para a direita e de
cima para baixo.
A utilização de cores, antes de embelezar um software, deve objetivar
sobretudo a transmissão do conhecimento. Qualquer elemento colorido chama
mais a atenção do que elemento em preto e branco, podendo isso ser
comprovado, quando se liga duas televisões ao mesmo tempo, uma preto e
branco e outra colorida; a atenção é atraída para a televisão colorida. “A memória
para informações coloridas parece ser superior do que para informações em preto
e branco” (PARIZZOTTO, 1997, p. 29).
As fontes, como as cores, também ajudam na transmissão e assimilação
de conhecimento. Levando-se em consideração que esses softwares são lidos por
grande número de usuários, as fontes a serem utilizadas devem ser as mais
23
comumente empregadas em textos formais. Para isso tem-se utilizado as fontes
Arial e Times New Roman. “Variando o tamanho e o peso de uma fonte, um texto
é visto como sendo mais ou menos importante e percebe-se a ordem em que ele
deve ser lido”. (PARIZZOTTO, 1997).
Da mesma forma a combinação de sons e imagens bem elaborados
prendem a atenção do aluno; para isso deve-se implementar em qualquer
software, tanto educacional quanto comercial, imagens bem definidas e impressas
e, se possível, com uma combinação de sons que levem o estudante a “interagir”
com o ambiente, pois para LINDSTROM (1995), “... é só quando a música, os
efeitos e a narração são adicionados que a produção ganha vida”.
2.6 Softwares de Autoria.
Tempos atrás para se produzir um software multimídia eram necessárias
pessoas que soubessem programação. Atualmente a geração de software de
autoria (authoring software) dispensa esses programadores na criação de títulos
multimídia, levando pessoas, que não sabem programar, a produzir títulos
multimídia sofisticados.
Segundo VAUGHAN (1994), as ferramentas para autoria são programas
que fornecem a estrutura necessária para organizar, editar e reproduzir sons,
apresentar filmes, textos, fotos, e mover-se para frente e para trás apenas
clicando botões. Dividem-se principalmente em:
- ferramentas familiares;
- ferramentas de autoria de multimídia; e
- ferramentas elementares.
24
2.6.1 Os Softwares Familiares
São processadores de texto, planilhas eletrônicas e ferramentas de
apresentação, tais como Word, Wordperfect, Excel, Lotus, Power Point, e outros.
Os processadores de texto são ferramentas que possibilitam produzir
documentos que podem ser impressos ou ainda enviados via correio eletrônico e
armazenados em disquetes. Em casos como as versões mais recentes do Word,
permitem criar e importar textos em cores, bem como sons, fotos, etc.
As planilhas eletrônicas tornaram-se importantes no gerenciamento de
bancos de dados, organizando os dados através de colunas e linhas, fazendo
cálculos baseados em fórmulas definidas pelos usuários.
Segundo LINDSTRON, (1995), as ferramentas de apresentação são
utilizadas para criar apresentações utilizando transparências, podendo ser
adicionados sons, imagens, vídeos e, nas ferramentas mais atuais, aceitando gifs
animados.
2.6.2 Os Softwares para Autoria de Multimídia
Fornecem um ambiente integrado para a combinação de conteúdo e das
funções de produção, além de fornecer um método ou uma linguagem estruturada
às entradas do usuário. Essas ferramentas permitem:
- produção de vídeos;
- animações;
- apresentações;
- aplicativos em quiosques interativos;
- treinamento interativo; e
- simulações, protótipos e visualizações técnicas.
25
As ferramentas de autoria, segundo VAUGHAN (1994) e PERRY (1994),
costumam ser classificadas em:
- ferramentas baseadas em páginas ou fichas.
- ferramentas baseadas em ícones ou dirigidas por eventos, e
- ferramentas baseadas no tempo e em apresentações.
a) Ferramentas baseadas em páginas ou fichas: são aquelas em que os
elementos são organizados como páginas de um livro ou uma pilha de fichas.
Essas ferramentas são mais utilizadas quando o conteúdo pode ser visualizado
individualmente.
b) Ferramentas baseadas em ícones ou dirigidas por eventos: são
estruturas baseadas em ícones, particularmente úteis para estruturas
complicadas, pois simplificam a organização do projeto e sua movimentação. Um
software que trabalha com este tipo de estrutura é o conhecido Authorware que
será utilizado neste trabalho. Com ele pode-se construir um sistema multimídia
reunindo ícones em uma linha de fluxo. Ela organiza os ícones e determina a
seqüência em que eles serão executados (VAUGHAN, 1994).
Fig. 7 –Seqüência de ícones do Authorware.
26
c) Ferramentas baseadas no tempo e em apresentações: são estruturas
em que os elementos e eventos são organizados sobre uma linha de tempo,
empregadas em produções semelhantes a um filme.
2.6.2.1 Funcionamento dos Softwares de Autoria
Os programas de autoria podem criar animações, textos e gráficos
internamente; contudo os projetistas adotam variedades de ferramentas externas,
que são dedicadas a fins específicos, para produzir e organizar sons, filmes,
textos, vídeos, etc.. Conseqüentemente, as ferramentas de autoria são capazes
de importar muitos tipos de formatos de arquivos.Para LINDSTROM (1995, p. 77), “Existem centenas de programas de softwareprojetados para criar, editar e gerenciar mídia. Em todas as categorias, sãoencontrados produtos para amadores, profissionais e todos os que estejam nomeio do caminho. Muitos programas também possuem funções sobrepostas.Por exemplo, alguns dos pacotes de integração e autoria de mídia contêmgráficos, som e até ferramentas de criação e edição de vídeo”.
Uma vez tendo adicionado todos os arquivos no programa, pode-se
designar as diferentes relações de interatividade, para a execução do referido
programa.Ainda para LINDSTROM (1995, p. 85), “Uma apresentação não rodará em umsoftware de autoria diferente...” “Para a execução de uma apresentação, amaioria dos programas oferece versões de software só de reprodução com oprograma principal. Com estes utilitários ‘run-time’ (programas executáveis)pode-se equipar um sistema de execução para rodar a apresentação sem terde carregar o programa de autoria inteiro dentro do sistema”.
Ao executar o programa, o mesmo verifica as relações definidas na
interface de autoria e converte esses comandos para códigos binários, entendidos
pelo computador. O programa é, então, enviado para a CPU da máquina, que
emite ordens para o sistema reproduzir os arquivos e operar periféricos externos.
27
2.6.2.2 Principais Softwares de Autoria
Segundo LINDSTROM (1995), muitos críticos insistem em afirmar que
software de autoria é aquele que tem grande capacidade de programação e
planejamento. Mas, atualmente, as ferramentas básicas que se limitavam a criar
slides e construir gráficos, já oferecem interatividade, integração de mídia e
capacidade de controle de movimentos suficientes para promovê-los ao status de
ferramentas de autoria ou pelo menos a ferramentas juniores de autoria.
Dentre os softwares de autoria merecem breve comentário o Visual Basic
for Windows, o Toolbook, o Macromedia Director e o Authorware.
a) O VISUAL BASIC FOR WINDOWS é uma linguagem de programação
desenvolvido pela Microsoft para seu programa operacional Windows.
Normalmente é utilizado para organizar apresentações de elementos de
multimídia, sendo uma ferramenta baseada em fichas.
b) O TOOLBOOK, destinado para as plataformas baseadas no Windows,
é uma das mais difundidas ferramentas para autoria de projetos, sendo sua
metáfora baseada em páginas.
Esta ferramenta oferece uma interface gráfica e um ambiente de
programação orientado para execução de objetos e de livros, e conta com
ferramentas específicas, incorporadas para autoria de aplicações.
A principal vantagem deste programa é que sua programação é poderosa
e versátil. A programação OpenScript é muito semelhante ao Visual Basic que
executa tarefas interativas e de movimentação, além de definir como os objetos se
comportam.
Segundo VAUGHAN, (1994), o ToolBook possui dois níveis de trabalho:
Reader (leitor) e Author (autor). No nível leitor, o livro é executado como tal. No
modo autor, tem-se a possibilidade de criar novos livros, criar e modificar objetos
em páginas e escrever os programas.
28
c) O MACROMEDIA DIRECTOR é um software originalmente concebido
para ambiente Macintosh da Apple. Segundo publicações especializadas da
REVISTA PC WORLD, (abril/97, p. 38-42) e VAUGHAN (1994), o Director é ou
está entre as melhores ferramentas de autoria disponível no mercado, trabalhando
com uma metáfora baseada em filme. As aplicações são construídas como se
fosse o palco onde o produtor pode colocar qualquer elemento da multimídia a
qualquer tempo.
Sua linguagem de programação é a Lingo que, entre outras vantagens,
apresenta uma série de aplicativos em JAVA, a linguagem especialmente
projetada pela SUN Microsystems para a Internet. Isto dota o Director como sendo
o único programa de autoria que permite o desenvolvimento de projetos híbridos,
sendo que é permitido criar projetos tão grandes e complexos quanto seu meio de
armazenamento permitir.
d) O AUTHORWARE possibilita criar sofisticados aplicativos sem
programação.
É útil como ferramenta de desenho, pois, através de seu fluxograma,
permite que se mude seqüências, adicione e reestruture interações, simplesmente
posicionando ícones. Colocando esses ícones em uma linha de fluxo, é possível
rapidamente dar seqüência a eventos e atividades, incluindo decisões e interações
com o usuário.
Este programa possui um conjunto completo de ferramentas para
incorporação e edição de elementos de multimídia criados em outros softwares,
sendo possível combinar fonte, estilos, tamanho, modos, cores e desenhar objetos
gráficos em seus textos. Importa arquivos nos formatos PICT, DIB, TIFF, EPSF,
metarquivos do Windows e mapas de bits, fornece seu próprio editor de som, o
SoundWave, e suporta formatos AIFF, SND, PCM, formas de onda do Windows e
MIDI (VAUGHAN, 1994).
29
2.6.3 Ferramentas Elementares
São aquelas ferramentas que possibilitam a criação e edição de objetos
que não são possíveis ou não são viáveis em uma ferramenta de autoria, tais
como ferramentas de edição de som, vídeo, imagens, animações e textos. Deve-
se utilizar as ferramentas mais adequadas ao seu talento e necessidade, e que se
adaptem ao orçamento.
2.7 Comentários Finais
Esta pesquisa leva a perceber que há uma grande preocupação com o
uso do computador e do software educacional em sala de aula.
Estudos buscam a melhor forma de aprendizagem para o ensino a
distância, bem como o ensino auxiliado pelo computador e tutoriado pelo
professor.
É importante salientar que o software, por mais preparado, desenvolvido e
mesmo tendo ferramentas que possibilitem a interatividade, sempre necessita de
ajuda do professor. E que para ter sucesso na construção desses softwares, deve-
se ter muito cuidado na construção dos mesmos, no que tange ao planejamento e
à produção.
Por aquilo que se pôde analisar, a mídia interativa contribui para o ensino
de tecnologia, tornando-se um novo meio de melhoria do processo de condução
da aprendizagem.
3 ANÁLISE DO CONTEXTO EDUCACIONAL
3.1 A Realidade da Escola
Na maioria das escolas, os alunos não têm oportunidades para
desenvolver experimentações e comprovar, na prática, os assuntos estudados na
teoria; isso é lamentável pois, com toda certeza, é uma das melhores maneiras de
fixar o aprendizado.
Sabe-se que o número de escolas dotadas de bons laboratórios é muito
reduzido e as que existem estão longe de possibilitar uma abordagem de
aplicação prática efetiva.
MORAN (1995, p.24) afirma isso, dizendo “Com o aperfeiçoamento da
realidade virtual, simularemos todas as situações possíveis, exacerbaremos a
nossa relação com os sentidos, com a intuição”.
Nas aulas teóricas existem tantas derivações matemáticas e fórmulas que,
antes de atingir a metade do curso, o aluno já se sente cansado e desmotivado
por não ter idéia de como ele pode aplicar, na prática, a teoria aprendida em sala
de aula. E ainda, as salas de aula contam normalmente com grande número de
alunos dificultando ainda mais as aulas práticas de laboratórios, pois normalmente
não existem equipamentos suficientes, obrigando a divisão de turmas e mesmo
assim não atendendo a todos os alunos.“Para atualizar-me profissionalmente posso acessar cursos a distância viacomputador e receber materiais escritos e audiovisuais pelo WWW (telagráfica da Internet, que pode captar e transmitir imagens, sons e textos).Estamos começando a utilizar a videoconferência na rede, que possibilita avárias pessoas, em lugares bem diferentes, ver-se, comunicar-se, trabalharjuntas, trocar informações, aprender e ensinar”. (MORAN, 1995).
É sabido que as escolas públicas, de maneira geral, passam por
problemas financeiros e não conseguem atualizar seu parque de máquinas e,
além disso, por problemas burocráticos, as máquinas, ao chegarem aos seus
31
usuários finais, já estão obsoletas, pois a cada instante novos produtos, quer
sejam de hardware ou de software, estão no mercado.
Tem-se vivenciado no dia-a-dia, que apesar de tantas dificuldades, com o
apoio de alguns poucos empresários, a incorporação e integração de novas
tecnologias na educação têm muito contribuído para a aprendizagem.
Com isso sobretudo o computador passou a desempenhar papel
fundamental, pois pode possibilitar o uso de softwares para a melhoria do ensino;
contudo depara-se, ainda, com dificuldades para poder dispor de bons materiais
audiovisuais, embora a produção nesse campo, ultimamente, tenha-se expandido.
Daí sentir-se a necessidade de desenvolver mais este produto multimídia que,
além de auto-instruir o aluno, também auxiliará a dinamizar a disciplina de
Automação.
3.2 Análise das Necessidades
Com o mundo globalizado, onde a concorrência vem de qualquer lugar, a
educação passa a ser cada vez mais importante. Não é mais possível terminar
uma faculdade e achar que jamais necessitará estudar ou que o trabalho é
suficiente para mantê-lo em dia com o seu conhecimento.
Assim como as leis são cuidadosamente elaboradas e reelaboradas para
atender os interesses da nação, nada justifica seu desconhecimento após sua
publicação.
Entretanto, salvo raras exceções, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDBE), que norteia a educação nacional, parece ser desconhecida daqueles que
labutam neste setor.
Em época de mudanças, como a que atualmente se vive, uma nova LDBE
a de nº 9394, entrou em vigor há pouco tempo, gerando múltiplas interpretações e
adaptações em todos os segmentos da educação nacional. É a partir do ritmo, que
32
se imprime a essas interpretações e adaptações, que se terá a fisionomia do
Brasil, em futuro próximo.
Uma vez aprovada e posta em vigor esta Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, e regulamentada, ela obrigou a legislação educacional, vigente até
então, a passar por atualizações, e conseqüente criação de novas modalidades de
ensino, como o Ensino a Distância, a Educação de Jovens e Adultos e a
Educação Profissional.
O Decreto nº 2.208, de 17 de abril de 1997, define que o Nível
Tecnológico da Educação Profissional corresponde a cursos de nível superior na
área tecnológica, destinados a egressos do Ensino Médio e Técnico. Desse modo
os Cursos de Tecnologia são cursos de nível Superior.
Em decorrência dessa nova lei, o CEFET-PR também viu-se na
contingência de implantar Cursos Superiores. Sua criação, dentro da estruturação
das novas tecnologias, foi feita visando ao atendimento das necessidades do
mercado de trabalho.“Os Cursos de Tecnologia devem ter o tempo adequado para a formação emnível de graduação e não consistirem apenas num encurtamento da formaçãosuperior ou, pior, numa formação superior mais ‘rasa’. Não é uma forma determinar mais rápido sua formação. Não é uma simples aceleração daformação. É uma modalidade de ensino de graduação diferenciada e quedeve ter sua identidade própria” (ROMANO, 2000, p. 5).
Logo a necessidade de elaboração de um Livro Eletrônico para o ensino
de Pneumática Básica, destinado aos alunos do Curso de Tecnologia, deu-se em
função:
- dos alunos oriundos do Ensino Médio não terem formação técnica
básica;
- de ser uma área em que poucas pessoas detêm conhecimento;
- da necessidade de melhor otimização da disciplina e aproveitamento dos
alunos de Automação;
- do protocolo de Integração Educacional para Prosseguimento de
Estudos de Pós-Graduação nas Universidades dos Países Membros do
Mercosul, promulgado pelo Decreto nº 3.196, de 5 de outubro de 1999, e
que considera títulos de graduação aqueles obtidos nos cursos com
33
duração mínima de duas mil e setecentas horas cursadas, fazendo com
que, diferentemente dos cursos de Engenharia, os cursos de Tecnologia
tenham duração menor; e é por isso que em determinados cursos e
disciplinas o tempo é insuficiente para ministrar todo o conteúdo exigido
a uma boa formação.
A proposta desse Livro é, pois, levar os professores das disciplinas de
Automação no Curso de Tecnologia a se aprofundarem mais nos conteúdos da
matéria, visto que o conteúdo básico deverá ser suprido, em parte, pelo Livro
Eletrônico. Para ROSA (1998 p. 106), “ Na relação do mestre com o instrumento
podem ser criadas diversas situações, de ação, de reconhecimento ou de
ilustração”.
O professor deve incentivar estimulando e ativando o interesse do
educando, orientando-o para aprender, ajudando-o a construir seu próprio
conhecimento.
Para ROSA (1998, p. 106), “A tarefa do mestre, em uma ação didática, é
de criar situações de forma a gerar no aluno a necessidade de aquisição de um
conhecimento.” Esse mestre, ainda segundo o mesmo autor, assume o papel de
gerenciador do processo de ensino, intermediado nesse caso específico pelo
Software.
3.3 Estrutura Atual da Disciplina
Quando se observa o conteúdo do ementário de disciplinas voltadas ao
ensino da Automação, tanto a nível de Tecnologia quanto a nível de Engenharia,
dentro do CEFET-PR, verifica-se que praticamente não há diferença entre os
conteúdos ministrados no antigo curso técnico e os de nível superior, como pode
ser constatado no quadro abaixo entre Tecnologia Mecânica e Técnico em
Mecânica.
34
a) TECNOLOGIA MECÂNICA - Ensino Superior*Ementário Conteúdo
PNEUMÁTICA1- Conceitos físicos aplicados à
pneumática.
2- Componentes pneumáticos.
3- Sistemas pneumáticos
convencionais.
4- Sistemas eletropneumáticos
convencionais.
1.1 Conceitos físicos de força, pressão, área,
volume, energia.
1.2 Perda de carga.
1.3 Volume de carga diluído no ar.
1.4 Dimensionamento de redes de ar
comprimido.
2.1 Simbologia dos componentes pneumáticos
segundo as normas DIN, ISO e ABNT –
interpretação de símbolos.
2.2 Correlação entre símbolos e construção
mecânica dos componentes.
3.1 Topologia de circuitos.
3.2 Implementação.
3.3 Consideração de projeto.
4.1 Topologia.
4.2 Implementação.
* Fonte plano de ensino do Curso de Tecnologia Mecânica
35
4- Análise e síntese de circuitos
com atuação pneumática.
5- Mecanização pneumática.
HIDRÁULICA6- Componentes físicos
aplicados à hidráulica.
7- Componentes hidráulicos
convencionais.
8- Análise e síntese de circuitos
com atuação hidráulicos.
9- Mecanização hidráulica.
4.3 Montagem de painéis e outras
considerações construtivas.
5.1 Método intuitivo.
5.2 Diagrama Trajeto-Passo.
5.3 Métodos sistemáticos.
5.4 Análise e simulação de sistemas
pneumáticos.
6.1 Considerações sobre o projeto de máquinas
pneumáticas.
6.2 Aplicações industriais (vácuo, baixa pressão,
etc.).
6.3 Sistemas de posicionamento e de parada
intermediária com atuadores pneumáticos.
7.1 Viscosidade.
7.2 Pressão, vazão e perda de carga.
7.3 Compressibilidade de fluidos.
8.1 Características dos componentes e ação
sistêmica.
8.2 Topologia de circuitos.
8.3 Implementação.
9.1 Lógica de acionamento.
9.2 Sistemas proporcionais e servocomandados.
9.3 Elementos lógicos.
9.4 Considerações sobre potência.
9.5 Aquecimento do sistema.
9.6 Tecnologias avançadas.
10.1 Considerações sobre o projeto de
máquinas hidráulicas com atuação hidráulica.
10.2 Aplicações industriais especiais.
36
10- Componentes hidráulicos.
11- Sistemas eletro-hidráulicos
convencionais.
10.3 Interpretação de sistemas.
11.1 Simbologia dos componentes hidráulicos
segundo as normas ISO, DIN e ABNT.
11.2 Normas norte-americanas sobre correlação
entre símbolos e construção dos componentes.
12.1 Topologia.
12.2 Implementação.
12.3 Montagem.
b) TÉCNICO EM MECÂNICA – Ensino de 2.º Grau
Ementário Conteúdo
1- Características de aplicação do ar
comprimido e aspectos de execução
de redes de ar comprimido.
2- Finalidade, funcionamento e
simbologia dos cilindros
pneumáticos.
1.1 Relacionar características da
aplicação do ar comprimido, explicando
os cuidados a serem tomados na
instalação de uma rede de distribuição.
2.1 Descrever a finalidade,
funcionamento e simbologia dos
cilindros pneumáticos, calculando as
forças de acionamento.
2.2 Determinar o comprimento da haste
e o consumo de ar dos cilindros
pneumáticos.
* Fonte plano de ensino do Curso Técnico em Mecânica.
37
3- Finalidade, funcionamento e
simbologia das válvulas pneumáticas
e elétricas.
4- Elaborar e simular circuitação
pneumática e eletropneumática
intuitiva.
5- Elaborar e simular circuitação
pneumática e eletropneumática pelo
método cascata e passo-a-passo.
6- Elaborar e simular circuitação
eletropneumática, aplicando
condições marginais.
3.1 Descrever a finalidade,
funcionamento e simbologia da unidade
de manutenção, válvulas pneumáticas e
elétricas.
4.1 Analisar e elaborar circuitação
pneumática e eletropneumática intuitiva
de média pressão.
4.2 Analisar e elaborar, circuitação
pneumática e eletropneumática intuitiva
de baixa pressão.
5.1 Analisar e elaborar circuitação
pneumática e eletropneumática pelo
método cascata.
5.2 Analisar e elaborar circuitação
pneumática e eletropneumática pelo
método passo-a-passo.
6.1 Executar circuitação, utilizando o
método das condições marginais.
Consegue-se observar nas disciplinas dos dois cursos, na parte voltada à
Pneumática, que os conteúdos pouco se diferenciam, embora o desnível de
estudo, pois um é técnico de segundo grau e o outro de terceiro grau.
Na educação, fazendo-se analogia com uma estrutura empresarial,
também tem-se hierarquias de conteúdos. Pode-se, por exemplo, constatar isso
no ensino de Matemática, em que, no primeiro grau ou atual ensino básico, são
ensinados cálculos básicos e equações de primeiro grau, enquanto no ensino
médio tem-se o ensino de equações de segundo grau e início de derivadas e
integrais, aprofundando-se mais ainda esses dois últimos itens quando o aluno
passa ao terceiro grau.
38
Para ROMANO (2000), sendo a inovação a visão do curso, estruturou-se
um novo modelo educacional, visto que ficou evidente a formação diferenciada
exigida pela mudança nos cenários tecnológico e profissional.
Na Pneumática também deve haver hierarquia, pois não é possível
executar projetos com válvulas proporcionais se não forem conhecidas as válvulas
básicas.
Ainda, segundo ROMANO (2000), a inovação, parceira da tecnologia,
significa a introdução de produtos ou serviços novos, modificados no mercado ou
apropriados comercialmente. Por isso, a inovação abrange conceitos e práticas
econômicas, o que a diferencia da simples invenção ou descoberta. Desse modo,
a inovação pode incluir práticas gerenciais e estratégias de aprendizagem
tecnológica; compreende também o saber-fazer de forma organizada, diversificada
e complexa, bem como admite o esforço contínuo de aprendizagem que extrapola
o simples uso de bens e serviços.
3.4 Recursos Disponíveis
A análise dos cursos e softwares oferecidos nessa área foi feita levando-
se em consideração o conteúdo ministrado pelos mesmos e o interesse da
disciplina do Curso de Tecnologia. Sabe-se antecipadamente que esses livros,
CD-ROM, e sites existentes, não foram feitos exclusivamente para atender as
necessidades da disciplina deste curso.
Já o Livro Eletrônico desenvolvido por esse trabalho pretende auxiliar os
alunos do Curso de Tecnologia e por extensão, se necessário, a pessoas que
trabalham na indústria, sem um mínimo de conhecimento da matéria,
principalmente para as pessoas que desejarem se aprofundar em cada um dos
conteúdos nele abordado, necessitando de pesquisa mais específica e
aprofundada.
39
A seguir serão analisados alguns dos meios existentes para o ensino do
conteúdo de Pneumática, comparando-os ao Livro Eletrônico, sem querer com
isso esgotar o assunto, pois a criação de novos cursos e a mudança dos
existentes são constantes em virtude da dinâmica da aprendizagem, o avanço da
tecnologia e a necessidade de competição empresarial.
3.4.1 Software SimuFluid
O software SimuFluid é muito importante para o ensino de projetos que
simulam circuitos pneumáticos básicos inclusive circuitos eletropneumáticos. A
sua utilização permite projetos com simulação e movimento dos elementos, tais
como cilindros e válvulas, havendo inclusive a mudança de cor das linhas quando
as mesmas estão ou não pressurizadas. Quando da utilização de determinadas
válvulas, tais como a reguladora de fluxo mostrada no livro como válvula de fluxo
(fig.8), é permitida, ao se clicar duas vezes sobre a mesma, a sua regulagem,
simulando a passagem maior ou menor de ar comprimido.
Fig. 8 – Válvula reguladora de fluxo unidirecional.
Esse software também permite, como demonstrado no Livro Eletrônico,
capítulo V, item de Topologia de Circuitos (fig.9), incluir, sobre os elementos que
compõem um circuito, os números que os identificam, onde diz por exemplo que
os atuadores recebem números como: 1.0; 2.0; 3.0;...
40
Fig. 9 – Topologia de circuitos.
É um software dirigido tanto a projetistas como a professores, que estão
projetando e ensinando a construção de circuitos.
O conteúdo desse software não é exclusivo para Pneumática, pois
abrange as seguintes áreas:
• Condutores;
• Cilindros;
• Válvulas;
• Posicionadores;
• Lógica;
• Temporizadores;
• Seqüenciadores;
• Reguladores de pressão;
• Reguladores de vazão;
• Acessórios;
• Componentes de depressão.
41
Esse software, é estruturado para a área de projetos e atende muito bem
aos projetistas e a cursos em projetos. Embora não explica o funcionamento
básico dos cilindros, válvulas, nem de que maneira é feita a captação de ar e sua
distribuição, é muito bom para o aluno que já tem conhecimento da parte básica
em Pneumática, mas não satisfatório para ensinar os conteúdos básicos de
Pneumática.
3.4.2 Curso de Pneumática da Festo Didactic
As informações sobre os cursos, objetivos, carga horária, conteúdos,
foram retiradas do site da empresa (FESTO DIDACTIC, 2000).
Esse cursos ministrados pela empresa Festo Didactic são cursos
presenciais, teórico/práticos, ministrados em sua matriz em São Paulo, podendo
serem ministrados em qualquer estado brasileiro através de solicitação e
agendamento com a empresa.
Esta empresa atuante na área de ensino, exclusivamente na parte de
Automação, dispõe de cursos destinados a engenheiros, técnicos, estudantes,
projetistas e pessoal de manutenção.
Parte dos conteúdos abordados pelo Livro Eletrônico, desta dissertação,
constam em 2 cursos ministrados pela empresa: P111 – Introdução à Pneumática;
Pneumáticos; e RAC – Redes de Ar Comprimido.
a) P111 – Introdução à Pneumática; Pneumáticos.
“Objetivos: Ao final do treinamento, o participante estará habilitado para:
42
• Descrever o desenho e funcionamento de componentes para geração e
distribuição de ar comprimido.
• Entender o funcionamento de sistemas de preparação de ar comprimido.
• Identificar e descrever simbologia, construção, funcionamento e
aplicação de componentes pneumáticos.
• Interpretar especificações técnicas e dados relativos a sistemas e
componentes pneumáticos.
• Solucionar e realizar manutenção básica em circuitos mais simples.
• Identificar e interpretar componentes e funcionamento de circuitos
pneumáticos.
• Montar circuitos e desenvolver soluções para funcionamento de
dispositivos pneumáticos básicos”.
b) RAC – Redes de Ar Comprimido.
“Objetivos: Capacitar o participante a analisar e projetar uma rede de ar
comprimido, propor melhorias no sistema, bem como aumentar a produtividade na
utilização do ar comprimido”.
São cursos bem elaborados, com uma consistência de conteúdos muito
boa, mas divididos em partes de 28 horas/aula, e ministrados quase que
exclusivamente na matriz da Festo Didactic em São Paulo – SP.
Esses cursos, portanto, oferecem dificuldades à maioria dos estudantes
visto que, para fazê-los, é necessário o deslocamento para a região onde é
ministrado o curso, pagamento de taxa de inscrição, e disponibilidade financeira
para se manter em hotel, com refeições e deslocamentos, o que para muitos
torna-se inviável.
43
3.4.3 Curso de Pneumática da Parker Hanniffin Training
Os programas, carga horária, objetivos e pré-requisitos sobre os cursos,
da empresa Parker, foram retirados do site da empresa (PARKER, 2000).
Os cursos ministrados pela Parker Hanniffin Training são cursos
presenciais, teórico/prático, ministrados preferencialmente em sua matriz em São
Paulo, podendo ser ministrados em qualquer estado brasileiro através de
solicitação e agendamento com a empresa.
Essa empresa da área de Automação, não exclusiva da área Pneumática,
tem também um ramo no ensino, e dispõe de cursos destinados a engenheiros,
técnicos, estudantes, projetistas e pessoal de manutenção.
CAP – Curso de Automação Pneumática
“Objetivos: Fornecer aos participantes conhecimentos dos componentes
básicos de Pneumática, sua simbologia e funcionamento, habilitando-os para o
projeto, dimensionamento e execução de circuitos pneumáticos seqüenciais
básicos”.
Pré-requisitos: conhecimentos básicos de Matemática, Física e
interpretação do Desenho Técnico.
Programa: princípios físicos; produção, preparação e distribuição do ar
comprimido; unidades de condicionamento de ar; válvulas de controle direcional e
auxiliares; cilindros pneumáticos; estudo de circuitos básicos e seqüenciais no
método intuitivo e montagem prática dos circuitos em simuladores pneumáticos”.
É um curso bem elaborado, com uma seqüência prática, para quem está
começando, e consistência de conteúdos muito boa, ministrado em 32 horas, o
que é muito pouco para quem não detém conhecimento prévio da matéria. É
44
ministrado quase que exclusivamente na sua matriz em São Paulo – SP. Para se
fazer esse curso é necessário o deslocamento para a região onde é ministrado,
pagamento de taxa de inscrição, e disponibilidade financeira para se manter com
hotel, refeições e deslocamentos, o que para a grande maioria dos estudantes é
inviável.
Os conteúdos ministrados nesse curso, bem como a sua seqüência, são
utilizados pelo Livro Eletrônico deste trabalho; porém neste livro eles não estão
muito aprofundados em determinados conteúdos, visto que o objetivo do Livro não
é de que o aluno adquira um conhecimento aprofundado, mas sim tenha uma boa
noção da matéria, mesmo porque segundo DEMO (1999, pág 167), “a presença
maiêutica do professor é considerada componente intrínseco da aprendizagem do
aluno”.
3.4.4 Livros
Vários livros, apostilas e materiais didáticos abordam o conteúdo de
Pneumática. Em Língua Portuguesa, o livro considerado mais importante para um
curso de graduação, em que o aluno tem pouco ou quase nenhum conhecimento
inicial, é o livro do Professor Arno Bollmann, Fundamentos da Automação
Industrial Pneutrônica, ABHP 1997.
Este livro Fundamentos da Automação Industrial Pneutrônica é
indispensável para o projeto de circuitos, que utiliza os recursos da Pneumática,
Microeletrônica e da Informática.
Segundo o autor, o livro apresenta os fundamentos de métodos de
projetos de comandos combinatórios e seqüenciais baseados na lógica binária. O
seu uso nos cursos de graduação permite uma boa visão sobre a Automação
Pneumática.
Diferentemente do que se propõe o Livro Eletrônico desta dissertação, o
livro Fundamentos da Automação Industrial Pneutrônica não trata exclusivamente
45
dos fundamentos da Pneumática, mas também dos fundamentos da Pneutrônica,
ou seja dá uma visão mais avançada da Automação.
O conteúdo está organizado em oito capítulos.
Capítulo 1: Introdução, em que define a história da Pneumática, sua
aplicabilidade e suas características.
Capítulo 2: Conceitos básicos, descrevendo os sinais binários e
analógicos.
Capítulo 3: Descreve os fundamentos da Álgebra Booleana.
Capítulo 4: Descreve os principais componentes dos comandos
Pneutrônicos.
Capítulo 5: Dá o funcionamento dos Controladores Lógicos Programáveis.
Capítulos 6, 7 e 8: Trata de métodos de projetos.
Devido às características deste trabalho – Fundamentos da Automação
Industrial Pneutrônica, foram consultados nesse livro e introduzidos no Livro
Eletrônico apenas os capítulos 1, 2 e 4, pois tratam mais especificamente do
conteúdo de Pneumática Básica.
3.4.5 Livro Eletrônico
O Livro Eletrônico foi criado para ajudar o aluno, professor e interessados
a conhecer melhor como funciona a Pneumática Básica e responder a cinco
questões:
a) o que é a pneumática;
b) suas características;
c) tipos de cilindros;
d) tipos de válvulas, e
e) circuitação básica.
46
O Livro, ainda, pode ser utilizado por pessoas que nunca tiveram contato
com a Pneumática, podendo lê-lo do começo ao fim. A intenção é de que o
usuário possa utilizá-lo também como uma referência e acessá-lo aleatoriamente,
pois os capítulos foram criados independentes.
Para maior aprofundamento em cada capítulo, aproveitando a facilidade
que os meios eletrônicos proporcionam, foi elaborado um capítulo chamado
“Aprenda Mais”, que permite ao usuário, conectado à internet, acesso rápido aos
principais fabricantes de equipamentos pneumáticos.
Dessa forma este livro é uma experiência, pois foi projetado para ser o
mais maleável possível e poder satisfazer a necessidade da disciplina de
Automação do curso de Tecnologia em Mecatrônica do CEFET-PR.
4 MODELO DE APLICAÇÃO
O Livro Eletrônico, motivo desta dissertação, cujo assunto versa sobre
Pneumática Básica, será abordado neste capítulo, analisando sua estrutura e
técnica empregada na sua execução.
4.1 Estrutura do Livro
As informações contidas no livro foram pesquisadas em função da
seqüência de execução de um circuito, dada pela topologia de circuitos
apresentada no livro. Todo estudo de Automação Pneumática leva à busca de um
acionamento automatizado para a obtenção de um produto final. Quem executa
esse produto são os cilindros ou motores pneumáticos, denominados na topologia
de circuitos como atuadores.
Cada item descrito na topologia poderia ser transformado em um livro
devido à quantidade de informações que podem ser catalogadas a respeito dele;
porém, foi transformado em capítulo e nesse capítulo, apesar de não ter o
aprofundamento desejado, todo conteúdo é acompanhado de simbologia, de
desenhos de elementos, e considerado de suma importância no contexto geral.
Houve a necessidade de disponibilizar, para buscar maior objetividade no
livro, um glossário de termos técnicos em virtude da falta de conhecimento por
parte de possíveis usuários, de links dos principais sites, para que os mesmos
possam buscar mais informações a respeito de determinados produtos, bem como
de uma avaliação final que dará um feedback maior aos alunos, avaliação essa
dividida em duas partes: a primeira de perguntas objetivas e a segunda de um
circuito interativo que simula a abertura de uma porta e que deverá ser montado
pelo usuário do software.
48
4.2 Tratamento da Informação
As informações escolhidas para fazer parte do software de ensino de
Pneumática Básica, ou seja as informações que tratam de Produção, Tratamento
de Ar Comprimido, Cilindros, Válvulas e Circuitos, foram retiradas de livros,
apostilas e catálogos de fabricantes de compressores, de produtos de pneumática
e de softwares, utilizados para o ensino desta matéria nas mais diversas
empresas e escolas.
A disposição da matéria, nas 133 páginas do livro, buscou acompanhar o
que AUSUBEL explica dizendo que, dependendo da circunstância, exige-se do
aluno simplesmente compreender o assunto e incorporá-lo à sua estrutura
cognitiva, de modo que fique disponível ou para reprodução, ou para ser
relacionado a uma nova informação, ou para utilização em ocasião futura. É o
caso do livro que busca, ao seu final, a interligação através de circuitos, das
válvulas com os cilindros, sempre funcionando com o ar comprimido tratado
através dos compressores e distribuído através da rede de distribuição.
4.3 Técnicas Empregadas
Parece que um software de informação vai muito além do simples fato de
transferir o conteúdo de um livro normal, pois, do contrário, torná-lo-ia um
aglomerado estático de dados.
É fundamental que contenha animações, vídeos, sons e ferramentas de
busca para facilitar a pesquisa e a recuperação de dados.
Para que isso fosse possível, no planejamento inicial que envolveu a
pesquisa das necessidades, bem como as necessidades de construção do
software, buscaram-se determinados conceitos abrangendo o que fazer, como
fazer, onde fazer e para quem fazer.
49
4.3.1 Como Fazer
Essa fase, mais precisamente a da preparação do Storyboard, teve como
principal característica a análise do como fazer, cabendo ao autor desta
dissertação elaborar a estrutura do livro.
A orientação para concepção do Storyboard baseou-se em duas variáveis:
o perfil do utilizador que são os alunos sem conhecimento prévio da disciplina e as
características da disciplina, que a cada momento necessita utilizar
conhecimentos já vistos.
Em função das necessidades de interações entre Software / Aluno / Web /
Professor, optou-se por trabalhar com uma estrutura composta permitindo assim a
movimentação interna livre, que vai do índice para qualquer página, tendo
algumas vezes que se movimentar também linearmente; por exemplo, quando o
usuário quer informações sobre qualquer item de válvulas, não necessitará passar
pelas páginas que antecedem esse item.
4.3.1.1 Estrutura de navegação do livro
No Livro Eletrônico, a estrutura usada permite a movimentação interna
livre, indo do índice para qualquer página, tendo algumas vezes que se
movimentar também linearmente.
50
PAG3 PAG4
BUSCA
ÍNDICE
GLOSSÁRIO
INTRODUÇÃO PAG1 PAG2 PAG14(...)
PROD. PREP.AR COMP
PAG1 PAG2 PAG15(...)
ELEMENTOSDE TRAB.
PAG1 PAG2 PAG16(...)
VÁLVULAS PAG1 PAG2 PAG32(...)
PAG1 PAG2 PAG17(...)CIRCUITAÇÃO
AVALIAÇÃO
APRENDAMAIS
AVAL1 AVAL2 PAG1 PAG2
PAG1 PAG27(...)
PAG1 PAG2 PAG6
WEB
(...)
Fig. 10 – Estrutura de navegação.
51
4.3.2 Onde Fazer
Nessa fase, a da pesquisa de onde fazer, foram levados em consideração
os programas de autoria disponíveis para produção de títulos multimídia, bem
como o treinamento necessário para lidar com esses softwares.
Deu-se prioridade ao Authorware, em função do mesmo permitir criar
aplicativos sofisticados sem programação, colocando-se ícones em uma linha de
fluxo, podendo-se seqüenciar eventos, incluindo decisões interativas com o
usuário, e possuir um conjunto completo de ferramentas para incorporação e
edição de elementos de multimídia criados em outros softwares, e já estar
instalado no Laboratório de Mídia do CEFET-PR (LAMID) e o treinamento estar
sendo feito constantemente nas dependências do CEFET-PR.
O software é desenvolvido e empacotado pelo tutorial Authorware e
gravado em CD-ROM, pois este possui a capacidade de armazenamento de 650
megabytes, possibilitando o arquivamento de imagens, filmes, textos e sons; além
disso, há, ainda, a possibilidade de transferência do CD-ROM para o drive do
computador, o que permite ao professor disponibilizá-lo a todos os alunos sem a
necessidade de gravação de muitos discos.
O CD-ROM não é necessário para aplicações multimídia em computador,
mas sua capacidade impressionante de armazenamento e a disponibilidade na
maioria dos computadores o torna indispensável quando se necessita armazenar
aplicativos que fazem uso de uma grande quantidade de dados.
.
4.3.3 Para Quem Fazer
Este trabalho foi construído para:
- auxiliar os professores no desenvolvimento dos conteúdos básicos da
disciplina de Automação no Curso de Tecnologia em Mecatrônica.
52
- os alunos oriundos do ensino médio, facilitando-lhes a assimilação
desses conteúdos.
4.4 Telas do Software
Este software foi desenvolvido, como já visto, dentro do tutorial do
Authorware. A disposição de ícones permitiu desenvolver o Livro Eletrônico numa
estrutura composta e com possibilidade de navegação dentro de telas como se
fossem páginas comuns.
A configuração mínima necessária de hardware para utilização do
programa:
• processador de 200 Mhz;
• 32 MB de memória RAM;
• drive de CD-ROM 24X
• placa de som;
• monitor SVGA 256 cores (High Color 16 Bits recomendado).
A seguir serão apresentadas as principais telas que compõem o Livro
Eletrônico.
53
4.4.1 Índice
A tela inicial, após a breve abertura, proporciona a presença de um índice
que, ao se clicar os itens, abrem outros subitens possibilitando uma ida rápida ao
assunto.
Fig. 11 – Tela de índice.
54
4.4.2 Tela de Busca
Diferentemente do índice, esta tela permite a busca específica e rápida
por palavra, fazendo com que o usuário vá direto ao assunto pretendido.
Fig. 12 – Tela de busca.
55
4.4.3 Tela de Glossário
Essa tela permite aos usuários buscarem a definição rápida de palavras
que não são usualmente utilizadas.
Fig.13 – Tela de glossário.
56
4.4.4 Tela de Conteúdo
As telas de conteúdo buscam, além de informar o necessário, demonstrar
através de figuras, fotos e filmes o que explica na parte escrita.
Fig.14 – Tela de conteúdo.
57
4.4.5 Tela de Avaliação
Essa área busca avaliar os usuários do software de duas maneiras:
1 – Através de 27 questões objetivas com cinco alternativas. Ao clicar
sobre a alternativa, aparece o resultado. Se correto, aparece a expressão Aresposta está correta. Se errado, aparece a expressão A resposta está errada;a correta está assinalada e mais detalhes encontram-se aqui, e a resposta
correta aparece grifada no texto.
Fig. 15 – Tela de avaliação 1.
2 – Uma segunda avaliação consiste na montagem de um circuito pneumático
que simula a abertura de uma porta. O aluno deverá arrastar os componentes
para seus respectivos lugares; caso esses componentes forem arrastados
para um lugar errado, eles retornarão à sua base.
58
Fig. 16 – Tela de avaliação 2.
59
4.4.6 Tela Aprenda Mais
Nesta tela, foram feitos links com as mais importantes fábricas de
componentes pneumáticos existentes no Brasil, possibilitando ao aluno ter
condições de, através de um browser e da internet, acessar essa fábrica e
esclarecer suas dúvidas.
Fig. 17 – Tela do aprenda mais.
Para ANTUNES (2000), para se transformar, informação em
conhecimento, cinco passos devem serem observados:
1 – o cérebro não aprende de uma única maneira;
2 – deve-se trabalhar as habilidades dos alunos;
3 - o que for ensinado, deve ser contextualizado;
4 – falar na linguagem de cada um; e
5 - buscar outros meios estratégicos para o ensino e não somente aulas
expositivas.
60
Como observado nas disposições das telas, esses cinco passos foram
atendidos quando da elaboração deste software: o primeiro, além de mostrar
textos escritos, buscou introduzir filmes e fotos; o segundo, pode ser visto nas
avaliações, onde a primeira verifica o que foi ensinado e a segunda procura rever
as habilidades do usuário; o terceiro passo, a tela do Aprenda Mais, busca ajudar
o próprio aluno a contextualizar o conteúdo aprendido; o quarto, juntamente com o
quinto, está inserido dentro do próprio software, quando utiliza uma linguagem
técnica simples, respeitando as habilidades do usuário.
5 APLICAÇÃO E VALIDAÇÃO
O modelo do Livro Eletrônico, sobre Pneumática Básica, idealizado e
executado nesta dissertação, não poderia trazer resposta conclusiva caso não
fosse testado e avaliada sua aplicabilidade. Isso foi feito e os resultados, como se
poderá ver a seguir, alcançados.
5.1 Realização
É de muita importância, ao se utilizar um software, saber se realmente ele
suprirá as necessidades dos usuários, seja ele professor, pesquisador ou aluno.
Para isso é sempre necessário fazer uma avaliação prévia.
Diversos autores tratam o processo de avaliação de software em função
de fatores e critérios que julgam mais adequados para dotá-los da qualidade
ergonômica e pedagógica, considerando-se que, na utilização de softwares
educacionais, pode-se ter:
1 - usuários sem um mínimo de experiência no conteúdo específico;
2 - usuários com alguma informação de conteúdo;
3 - usuários completamente experientes;
4 - usuários com e sem o conhecimento de informática.
O primeiro e o segundo caso normalmente são representados por alunos
e, por isso, o Livro Eletrônico de Pneumática Básica deve ter conteúdo claro e
preciso.
No terceiro caso, o usuário pode ser o professor da disciplina, que talvez
tenha dificuldade com a navegabilidade do software, visto que o conteúdo deve
ser do seu domínio.
62
No quarto caso, o maior problema será com o usuário sem conhecimento
de informática e que, como o usuário do terceiro caso, terá dificuldade na
navegabilidade. Para isso o software deve ter uma interface homem-máquina a
mais simples possível.
Portanto, na área educacional deve-se considerar dois aspectos
importantes: o pedagógico e o ergonômico.
O aspecto ergonômico é importante, pois uma boa interface auxilia o
usuário na navegabilidade dentro do software.
O aspecto pedagógico, igualmente fundamental, define a importância que
o mesmo terá no processo ensino-aprendizagem.
5.2 Limitações
Cada capítulo deste Livro Eletrônico poderia ser expandido e, se
aprofundado, resultaria em novo livro. Sabendo-se que será um auxiliar para a
disciplina de Automação Pneumática e Hidráulica do curso de Tecnologia
Mecatrônica do CEFET-PR e utilizado por alunos tanto quanto por professores, a
avaliação do mesmo ocorrerá durante o processo da aplicação prática, ao longo
do semestre letivo.
E para executar uma pré-validação, todos os professores da disciplina,
bem como uma pedagoga, serão os colaboradores.
Trabalhar-se-á com os professores da Tecnologia Mecatrônica e da
Engenharia Mecânica, visando basicamente à navegabilidade, abrir e fechar o
livro, abrir um conteúdo através do índice, buscar um conteúdo aleatório, acessar
empresas da área através do livro e, após estudo do conteúdo, fazer as
avaliações 1 e 2 constantes do livro, ou seja validando os critérios ergonômicos e
pedagógicos. E para este último caso, serão utilizados, para validação, os
conhecimentos de uma Pedagoga.
63
É evidente que alguns contratempos aconteceram para e durante a
execução desta dissertação.
Ressalte-se, a priori, a própria escolha do software de autoria de
multimídia para execução do livro, visto que existem diversos e todos bons
programas. Além disso estão as dificuldades de treinamento, para utilização do
software de autoria, o que ocasionou atraso na execução do livro; a não
possibilidade de contar com alunos para uma validação mais aprofundada do livro
em virtude de não contar com a disciplina nesse período; e a necessidade de
criação de filmes, fotos, figuras e textos inéditos e que não foram possíveis em
virtude de não se poder contar com uma equipe multidisciplinar de profissionais de
áudio, vídeo, foto etc..
5.3 Metodologia da Validação
A validação do Livro Eletrônico proposto será dividido basicamente em
duas etapas:
- teste de navegabilidade, e
- análise ergonômica.
Na primeira, teste de navegabilidade, serão observados os procedimentos
de abrir o livro, abrir uma página a partir do índice, consultar uma página através
do buscador automático e acessar a um link através do livro.
Na segunda etapa haverá uma análise por parte dos participantes que
observará os critérios ergonômicos e pedagógicos. Tanto o primeiro caso quanto o
segundo foram filmados em vídeo e áudio e com isso observadas as
movimentações, bem como as observações feitas pela Pedagoga e Professores,
utilizando os critérios recomendados pelo Laboratório de Utilizabilidade
(LABIUTIL) da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC e da avaliação
pedagógica do livro, seguindo critérios descritos por CAMPOS (1993),
LESZCZYNSKI (1988) e COBURN (1988).
64
5.3.1 Avaliadores
A validação foi feita por três Engenheiros Mecânicos, um Tecnólogo em
Processamento de Dados, um Engenheiro Eletricista, um Engenheiro Eletrônico,
todos professores de Automação e uma Pedagoga. O desempenho de cada um
dos avaliadores não foi avaliado, por não ser objeto desta dissertação.
Durante a validação do Livro Eletrônico, com exceção da pedagoga que
trabalhou juntamente com o autor, os professores trabalharam individualmente.
5.4 Descrição do Experimento
A técnica utilizada para realização da validação foi a observação com
utilização de equipamentos para gravar os professores utilizando o software, tendo
como objetivo a análise qualitativa das recomendações e observações propostas
pelos professores e pela pedagoga em relação ao software.
Cada um dos professores e a pedagoga receberam uma cópia do software
em CD-ROM e um computador.
Foi solicitado que lessem as recomendações de instalação e após
iniciassem a utilização do mesmo, sempre sem auxílio de acompanhante e com a
câmera de vídeo ligada filmando diretamente o monitor do computador, evitando
com isso a identificação do usuário.
65
Fig. 18 – Esquema do posicionamento da filmadora.
Todas as gravações despenderam um tempo de 5 horas e 12 minutos e
foram executadas individualmente e em horários diferenciados, evitando que os
mesmos trocassem comentários.
As fitas de vídeo gravadas, com os respectivos comentários e
dificuldades, serviram para a correção, visualização da navegabilidade,
complementação do software e recomendações para futuros trabalhos na área,
visto que se fosse somente analisados os dados dos questionários, não teriam
sido obtidos comentários que possibilitaram fazer as modificações necessárias no
software.
Por exemplo: “...essa animação poderia ser mais lenta para visualizar o
acionamento”, em função desse tipo de observação, pôde-se implementar a
modificação de colocar botões de controle nas animações.
5.5 Análise dos Resultados
Como dito anteriormente, o Livro Eletrônico foi analisado individualmente
pelos professores da disciplina, cujo apanhado individual dos critérios, com o
respectivo comentário das principais sugestões dadas pelos professores, vem a
66
seguir descrito, bem como a tabulação de dados em função do preenchimento do
questionário recomendado pelo LABIUTIL.
5.5.1 Teste de Navegabilidade
A navegabilidade, ou como preferem alguns autores, a usabilidade foi
observada em função da gravação das fitas de vídeo.
Pode-se observar que os usuários não tiveram problemas mais sérios de
navegabilidade em função da instalação do Livro Eletrônico dar-se
automaticamente e a barra de ferramentas estar sempre presente no vídeo.
A principal sugestão dada pelos avaliadores no tocante à melhora na
facilidade de navegação, foi a de que, ao se passar pelos ícones e botões da
barra de ferramentas, apareça como no Word o significado desse botão, “colocar o
mouse parado sobre a palavra e aparece aqueles balõezinhos”.
5.5.2 Avaliação dos Critérios Ergonômicos
Os critérios ergonômicos, definidos por pesquisadores franceses, foram
seguidos pelo Laboratório de Utilizabilidade do Centro de Tecnologia em
Automação e Informática de Santa Catarina – LABIUTIL, e, para tanto, este
trabalho procurou deles valer-se e de suas definições (v. anexo III)
67
5.5.2.1 Condução
A condução refere-se aos meios disponíveis para aconselhar, orientar,
informar e conduzir o usuário na interação com o computador (mensagens,
alarmes, rótulos, etc.). Quatro subcritérios participam da condução: a presteza, a
distinção de itens, o feedback imediato e a legibilidade.
• Presteza
A Presteza dá as informações que permitem ao usuário identificar onde o
mesmo se encontra, bem como as ferramentas de ajuda e o acesso às mesmas.
Fig. 19 – Gráfico de presteza.
O gráfico representa o número de participantes que opinaram no critério
de presteza observados os graus de classificação conceitual.
Este software foi considerado pelos professores da disciplina de
Automação como satisfatório e bom, pois indica constantemente onde o usuário
se encontra. Para isso basta observar no alto da página (fig. 18), o Capítulo, Título
da Matéria e a Página Atual, bem como o Total de Páginas e ainda a barra de
ferramentas ao lado e inferior que fica visível todo o tempo.
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
68
Fig. 20 – Página do Livro Eletrônico.
Para resolver todos os pequenos problemas, chegou-se à conclusão de
que se faz necessário um manual mais detalhado de navegabilidade do software,
ou que, ao passar o mouse sobre o botão desejado, apareça o nome do mesmo.
• Distinção por Localização
Segundo a definição do LABIUTIL, Distinção por Localização “Diz respeito
ao posicionamento dos itens, da ordenação, do posicionamento, e da distinção
dos objetos (imagens, textos, comandos, etc.) que são apresentados”.
69
Fig. 21 – Gráfico de distinção por localização.
Em vista dos comentários tecidos pelos avaliadores, observou-se que a
distribuição dos conteúdos realmente foi lógica, procurando, dentro da Topologia
de Circuitos, seguir um raciocínio lógico que é saindo da Preparação de Ar
Comprimido até chegar a Circuitos, seqüência esta ideal para quem não tem
conhecimento de Pneumática.
E através da gravações de vídeo, pôde-se observar que dentro das
páginas do Livro Eletrônico, mais especificamente no que tange às ferramentas de
utilização, ou seja, os botões sempre estão dispostos em linha ou abaixo e bem
visíveis ao usuário, sendo que a totalidade dos avaliadores julgou este aspecto
como bom.
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
70
• Distinção por Formato
“Diz respeito às características gráficas de formato, cor, fazendo uma
distinção visual das áreas de comando, mensagem, enfim dos campos de dados”.
Fig. 22 – Gráfico de distinção por formato.
A Distinção por Formato, que diz respeito às características gráficas do
software, mostra (fig. 20) que os botões, controles e comandos se encontram
visíveis em uma barra de ferramentas de cor diferenciada da apresentada nas
telas de texto. Quando há a possibilidade de visualização de filmes didáticos,
aparece uma filmadora caracterizando essa possibilidade.
• Feedback Imediato
“Diz respeito às respostas do sistema às ações dos usuários. Quando há o
processamento, deve haver informações sobre o estado do processamento”.
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
71
Fig.23 – Gráfico de feedback imediato.
No critério de Feedback pode-se observar que, nas duas avaliações, o
usuário tem um retorno imediato do acerto ou do erro, e a mudança de cor das
linhas de pressão nos circuitos mostrando que há ou não pressão. Mas por outro
lado, o programa nem sempre fornece mensagem, por exemplo, quando está
buscando alguma palavra no Buscador.
• Legibilidade
“Diz respeito à apresentação das informações nas páginas, tais como:
títulos, texto, disposição das figuras, etc.”
Fig 24 – Gráfico de legibilidade.
Observa-se que se procurou justificar todo o texto: os capítulos foram
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
72
apresentados com uma página inicial seguindo um padrão; foi utilizada fonte arial
tamanho 12, que, segundo PARIZOTTO (1997, p. 51), é o tamanho confortável
para leitura, bem como letra escura em fundo branco que, segundo o LABIUTIL, é
mais fácil de ler. Observa-se, ainda, que os títulos não foram escritos
exclusivamente em letras maiúsculas, tornando, segundo o LABIUTIL, mais fáceis
de serem lidos.
5.5.2.2 Carga de Trabalho
O critério Carga de Trabalho diz respeito a todos elementos da interface
que têm um papel importante na redução da carga cognitiva e perceptiva do
usuário, e no aumento da eficiência do diálogo.
• Brevidade
O critério de Brevidade diz respeito à carga de trabalho perceptiva e
cognitiva, tanto para entradas e saídas individuais quanto para conjuntos de
entradas. Brevidade corresponde ao objetivo de limitar a carga de trabalho de
leitura e entradas, e o número de passos.
73
• Concisão
“Diz respeito às informações. Quanto mais sucintos forem os itens, menor
será o tempo de leitura”.
Fig. 25 – Gráfico de concisão.
É visto que os item trabalhados no Livro Eletrônico foram os mais sucintos
possíveis para reduzir ao máximo o tempo de leitura mesmo porque, como já foi
dito neste trabalho, cada item do Livro Eletrônico por si só, se aprofundado, daria
um novo Livro. E segundo PARIZOTTO (1997, p.54), “a velocidade de leitura é
25% menor na tela do computador do que em um documento de papel. Portanto,
deve-se escrever 50% menos em uma página na Web e dar preferência para
textos curtos e termos destacados”. Essa Web a que ela se refere, tem o mesmo
efeito que o Livro Eletrônico, pois os dois são lidos na tela do computador.
• Ações Mínimas
“Diz respeito à carga de trabalho do usuário. Deve-se limitar ao máximo o
número de passos que o usuário deve passar”.
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
74
Fig. 26 – Gráfico de ações mínimas.
Observa-se que o software foi desenvolvido para que o usuário trabalhe o
menos possível. Isto pode ser visualizado pelos comandos superiores que levam
diretamente de capítulo a capítulo, o índice que remete diretamente a qualquer
página e, ainda, um sistema de busca rápida que dá a possibilidade de procurar
por palavra-chave, indo diretamente a ela.
• Densidade Informacional
“Diz respeito à carga de informações, de memorização do usuário. O
usuários não devem ter que decorar dados ou procedimentos complicados”.
Fig. 27 – Gráfico da densidade informacional.
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
75
Como o nome do trabalho já diz, esse é um Livro Eletrônico de
Pneumática Básica, e, em sendo um livro, não tem como escapar de certa
quantidade de texto; em contrapartida, em seu painel de menu, não aparece
nenhuma opção ativa desnecessária para aquele momento, fazendo com que o
usuário não desvie sua atenção do conteúdo apresentado.
5.5.2.3 Controle Explícito
O critério Controle Explícito diz respeito ao processamento explícito pelo
sistema das ações do usuário, e do controle que os usuários têm sobre o
processamento de suas ações pelo software.
• Ações Explícitas dos Usuários
“Diz respeito às relações entre o processamento pelo computador e as
ações do usuário. O computador deve processar somente aquelas ações
solicitadas pelo usuário e somente quando solicitado a fazê-lo”.
Fig. 28 – Gráfico das ações explícitas do usuário.
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
76
Observa-se que é o usuário quem comanda as ações e a navegação no
sistema, e, para isso, sempre é necessário o clicar do mouse quando se deseja
iniciar qualquer processamento de dados, com exceção do processo de instalação
do software.
• Controle do Usuário
“O usuário deve estar sempre no controle do processamento do sistema,
podendo interromper, cancelar, suspender e continuar”.
Fig. 29 – Gráfico do controle do usuário.
O usuário controla a realização de suas ações. Sempre existe um botão
solicitando se o mesmo deseja retornar, avançar, cancelar, sair.
O problema encontrado pelos avaliadores foi o de que os filmes de
circuitos não permitem o controle do usuário.
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
77
5.5.2.4 Adaptabilidade
A adaptabilidade de um sistema diz respeito à capacidade de reagir
conforme o contexto, e conforme as necessidades e preferências do usuário. Esta
propriedade, na pesquisa em questão, foi observada nos critérios que seguem
abaixo.
• Flexibilidade
“O usuário deve poder efetuar as tarefas de diferentes maneiras. Quanto
mais formas de efetuar uma tarefa, maiores serão as chances de o usuário poder
escolher e dominar uma delas”.
Fig. 30 – Gráfico de flexibilidade.
O sistema é flexível em determinadas operações, principalmente na
navegabilidade, pois seus botões permitem ao usuário navegarem de página a
página como num livro comum, de onde estiverem para o início ou fim do capítulo,
bem como de capítulo a capítulo e, ainda, através do índice para qualquer página
do Livro.
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
78
• Experiência do Usuário
O sistema deve respeitar o nível de experiência dos usuários, permitindo
que os mesmos possam contornar os itens já dominados.
Fig. 31 – Gráfico da experiência do usuário.
Este programa considera a experiência do usuário, à medida em que
permite ao mesmo a abertura de qualquer página, independente da disposição da
mesma; ainda dá a possibilidade ao usuário experiente conectar-se, através do
Aprenda Mais à internet, diretamente às grandes empresas de Automação
Pneumática.
5.5.2.5 Gestão de Erros
A gestão de erros diz respeito a todos os mecanismos que permitem evitar
ou reduzir a ocorrência de erros, e quando eles ocorrem, que favoreçam sua
correção.
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
79
Ela se compõe dos aspectos de Proteção, Mensagens e Correção dos
Erros. O resultado da manifestação dos avaliadores quanto a estes aspectos são
apresentados a seguir.
Ressalte-se que o software é por si só é auto-suficiente no que diz
respeito à proteção (detecção e prevenção de erros), às mensagens (orientação a
como operar e continuar), e à correção dos erros (a comandos indesejáveis, ele
orienta como prosseguir).
• Proteção Contra Erros
A proteção contra os erros refere-se aos mecanismos desenvolvidos para
detectar e prevenir os erros de entradas de dados, comandos, eventuais ações
que provoquem conseqüências.
Fig. 32 – Gráfico da proteção contra erros.
Devido à característica deste software de atender a diversos alunos ao
mesmo tempo, os únicos dados que podem ser inseridos pelos alunos e que
podem com isso induzir ao erro, são as avaliações, mas o mesmo tem o retorno
imediato inclusive com a resposta correta e no Buscador, onde o aluno deve
inserir a palavra a procurar, corretamente, inclusive com a acentuação. Portanto
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
80
não há a necessidade de proteção contra erros no programa. Devido a esta
situação é que nem um avaliador teceu comentários quanto a este fator.
• Mensagens de Erros
A Mensagens de Erros deve favorecer o aprendizado do sistema,
indicando ao usuário a razão ou a natureza do erro cometido, o que ele fez de
errado, o que ele deve fazer para corrigir este erro.
Fig. 33 – Gráfico de mensagens de erros.
Por ser um software tutorial que não permite ao aluno inserir e nem
modificar dados, portanto não cometendo basicamente erros, ele não tem
mensagens de erros. A exceção é nas avaliações em que, o aluno ao errar a
questão, o próprio programa dá a resposta correta indicando que ele errou.
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
81
• Correção dos Erros
A Correção dos Erros deve favorecer o aprendizado do sistema, indicando
ao usuário a maneira para corrigir seus erros.
Fig. 34 – Gráfico da correção dos erros.
Da mesma maneira que a anterior, em que o programa praticamente não
tem mensagens de erros, por não ser possível cometer erros, também não há a
necessidade de correção de erros, havendo a possibilidade do usuário, ao
escrever por exemplo, no Buscador, corrigir possível erro de digitação.
Os avaliadores levaram em consideração, neste item, a condição do
programa estar com alguns problemas de programação e os circuitos pneumáticos
não permitirem a intervenção do usuário.
5.5.2.6 Consistência
A Consistência refere-se à forma na qual as escolhas na concepção da
interface são conservadas idênticas em contextos idênticos, e diferentes para
contextos diferentes.
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
82
Fig. 35 – Gráfico de consistência.
Nota-se que as telas de identificação de Capítulos, de Conteúdo e de
Filmes procuram sempre manter o mesmo padrão.
Pode-se observar que em todas as telas repete-se sempre a mesma barra
de ferramentas.
5.5.2.7 Significado dos Códigos e Denominações
O critério Significado dos Códigos e Denominações diz respeito à
adequação entre o objeto ou a informação apresentada ou pedida, e sua
referência.
Fig. 36 – Gráfico de significado dos códigos e denominações.
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
83
O título do livro procura transmitir o que ele realmente representa e
procura ser distinto de outros títulos, visto que este é um Livro Eletrônico
diferentemente de um livro comum.
As regras de abreviações e simbologias procuraram manter os padrões
utilizados nos livros comuns, bem como nas normas existentes para isso.
5.5.2.8 Compatibilidade
O critério de Compatibilidade diz respeito à adequação de informações
entre os diferentes ambientes de aplicação do software.
Fig. 37 – Gráfico da compatibilidade.
As telas, bem como os textos, procuram ser compatíveis com os livros em
papel.
A forma de apresentação das unidades e dos termos empregados
procurou respeitar o formato normalmente mais utilizado na disciplina.
BOM
SATISFATÓRIO
RUIM
NÃO OBSERVADO
84
5.5.3 Avaliação Pedagógica
Para CAMPOS (1993), os softwares educacionais devem ser
desenvolvidos para atender as necessidades dos alunos, devendo ter em certos
casos uma vida útil longa e atender certas características e objetivos, tais como:
documentação, conteúdo do programa, aspectos pedagógico, operação do
programa e o resultado dos alunos.
CAMPOS criou critérios para a realização de avaliação dos softwares
educacionais, estabelecendo a escala de 0 a 1; onde o 0 representa avaliação
negativa e o 1 a mais elevada. O resultado final da avaliação permite mensurar
quantitativamente o software, conforme classificação abaixo:
1,00 - 0,95..............................Software de alta qualidade.
0,94 - 0,90..............................Boa qualidade, devendo resolver os
problemas detectados.
0,89 - 0,60.............................Média qualidade, representando produto final
pobre.
0,59 - 0,00..............................Sem qualidade, o produto deve ser alterado
ou revisto.
E, ainda, segundo CAMPOS (1993), “No caso da medida binária,
recomenda-se o somatório dos índices positivos e negativos, utilizando-se como
fator para decisão o índice que apresentar o maior resultado”.
Os gráficos abaixo tentam, de maneira simples, apresentar um quadro de
como foi a avaliação feita pelos professores e pela pedagoga, segundo os critérios
adotados por CAMPOS (1993).
No eixo X tem-se as questões referentes ao item do gráfico; no eixo Y a
porcentagem, sendo que uma linha vermelha indica 90%, que segundo CAMPOS
(1993), dá a característica de software de boa qualidade.
85
5.5.3.1 Documentação
0
20
40
60
80
100
Questão1.1
Questão1.2
Questão1.3
Não Obs.RuimSatisfatórioBom
90%
Fig 38 – Gráfico representativo da documentação.
Na Documentação o que mais chamou a atenção dos avaliadores foi não
haver uma sugestão para utilização do programa (questão 1.3), item este que
chamou a atenção da Pedagoga quando a mesma indagou: “Existe algum
momento em que se coloca o objetivo desse conteúdo? Há que considerar que vai
ter um diálogo com o cliente. Seria oportuno fazer uma introdução convidando-o a
trabalhar ‘contigo’, mostrando a importância...é o que se chama de organizar o
contexto...”, o que confirma AUSUBEL (1980, p. 434), quando diz: “...uma
exposição introdutória explícita das novas idéias principais a serem consideradas
no capítulo, expressas num alto nível de generalidades e poder de inclusão, às
quais as informações mais detalhadas do capítulo possam ser relacionadas,
poderia ser bastante útil para a aprendizagem destas últimas”.
86
5.5.3.2 Conteúdo do Programa
020406080
100
Questã
o 2.1
Questã
o 2.2
Questã
o 2.3
Questã
o 2.4
Questã
o 2.5
Questã
o 2.6
Questã
o 2.7
Questã
o 2.8
Não Obs.RuimSatisfatórioBom
90%
Fig. 39 – Gráfico representativo do conteúdo do programa.
Segundo os objetivos iniciais, este software foi elaborado para atender a
parte básica do conteúdo da disciplina de Automação Pneumática e Hidráulica do
curso de Tecnologia Mecatrônica e, segundo os professores, ele atende
plenamente estas características.
Comentário do avaliador:
“...me parece bem no conteúdo que nós temos aqui, que nós utilizamos na
nossa ementa. ...pretendemos solicitar cópias assim que tiver disponível...”
87
5.5.3.3 Aspectos Pedagógicos
0
20
40
60
80
100
Questã
o 3.1
Questã
o 3.2
Questã
o 3.3
Questã
o 3.4
Questã
o 3.5
Questã
o 3.6
Questã
o 3.7
Não Obs.RuimSatisfatórioBom
90%
*
Fig. 40 – Gráfico representativo dos aspectos pedagógicos.
Neste item dos Aspectos Pedagógicos do software, segundo os
avaliadores, todos os itens estão entre satisfatório e bom, atendendo plenamente
as características da disciplina, mas não observaram a questão 3.3 onde se pede:
O programa permite modificações a fim de atender as necessidades dos alunos?
Este programa foi elaborado com objetivo educacional específico e, confirmando
COBURN (1988, p. 162), este tipo de programa não é fácil de ser modificado. Para
ser modificado, deve ser trabalhado dentro da programação do software tutorial,
que lhe deu origem.
88
5.5.3.4 Operação do Programa
0
20
40
60
80
100
Não Obs.RuimSatisfatórioBom
90%
Fig. 41 – Gráfico representativo da operação do programa.
A Operação do Programa é um dos itens que mais preocupa o
programador, pois não há nada mais frustrante do que a paralisação do
computador. Neste programa, segundo os avaliadores (questão 4.1), houve
paralisações, e pelo que se pôde verificar é facilmente solucionável.
Segundo as questões 4.4 e 4.5, os manuais para professores e alunos
ainda não estão disponíveis, mas, de acordo com a questão 1.3, poderão estar
inclusos juntamente com as sugestões para uso do programa. Isto confirma
COBURN (1988, p.164), segundo o qual, “Os editores provavelmente investirão
mais tempo e dinheiro para consertar o programa, mas os professores que
desenvolvem materiais para sala de aula e intercâmbio, em geral não têm o grau
de sofisticação...”
89
5.5.3.5 Resultados dos Alunos
De acordo com que já foi comentado, o resultado não foi possível e
somente será verificado futuramente, após o término deste trabalho, em virtude de
não se contar atualmente com disciplina dessa matéria em andamento.
Contuto, assim que se contar com o software acabado, pretende-se
aplicar esse Livro Eletrônico com os alunos, buscando-se observar junto aos
discentes a eficiência e a eficácia do programa, colhendo dados para melhoria do
livro e futuras aplicações em outros trabalhos desta natureza.
6 CONCLUSÃO
O software de um livro eletrônico gerado para fins didático-pedagógicos,
como é o caso do software para ensino de Pneumática Básica deste trabalho,
quando eficiente e usado adequadamente durante o processo ensino-
aprendizagem, torna-se ferramenta fundamental para melhorar o rendimento
escolar.
E foi o que o autor constatou, após a utilização do referido software de
Pneumática Básica, frente às informações obtidas dos dados coletados, em seu
estudo e análise.
Conforme o constante no capítulo anterior, pode-se apresentar os
seguintes dados como os mais importantes para se chegar a essa conclusão:
- distinção por localização: pôde-se observar que a seleção e a análise
dos conteúdos foi lógica, obedecendo a uma seqüência que viesse a
atender a Teoria de AUSUBEL, em que os organizadores devem ser
elaborados partindo de conceitos mais gerais para chegar a conceitos
mais específicos, referenciando ocasionalmente esses conceitos;
- concisão: buscou-se agregar informações as mais sucintas possíveis,
buscando com isso reduzir o tempo de leitura e evitando a permanência
por longo tempo à frente da tela;
- densidade informacional: como no item anterior, a carga de informações,
além de reduzir o tempo de leitura, buscou evitar que o usuário tivesse
que decorar procedimentos complicados, apesar de ser esse um Livro
Eletrônico e não ter como fugir de certa quantidade de texto; e
- experiência do usuário: considera a experiência do usuário, permitindo
que o mesmo navegue no livro, em uma estrutura de organização
composta indo de páginas internas do livro para inclusive ao acesso à
internet.
91
6.1 Considerações Finais
De acordo com os objetivos propostos no início deste trabalho, a
elaboração deste software para o ensino de Pneumática Básica buscou agregar
conhecimentos do autor, bem como dados pesquisados através de livros,
apostilas e sites de empresas do ramo, e como referenciado no próprio Livro
Eletrônico, este não tem apelo comercial.
Quando do percurso da validação de um software, muitas sugestões
aparecem e são aproveitadas para sua melhoria na busca de sua perfeita
aplicabilidade, outras ficam armazenadas para futuras inclusões e, naturalmente,
outras são descartadas por razões de ordem prática.
E foi o que aconteceu no percurso de validação deste software, em que os
professores que o avaliaram, sugeriram modificações, propuseram correções, o
que permitiu levar a bom termo este Livro Eletrônico. Dentro das principais
sugestões, possíveis de incorporação imediata, estão:
- criação de uma página de entrada para organizar o contexto, motivando
o aluno para o assunto e convidando-o a trabalhar;
- na avaliação 1, a melhora do feedback nas respostas erradas, dando,
além da resposta errada, a informação da página em que se encontra a
correta, melhorando, assim a interatividade da avaliação;
- a abertura da possibilidade de intervenção do usuário no controle dos
filmes de circuitação pneumática; e
- trazer, juntamente aos filmes de circuitos, a solução escrita do mesmo,
possibilitando ao usuário o acompanhamento do funcionamento prático
juntamente com a solução escrita.
Está claro, como já foi explanado em capítulo anterior durante a pesquisa,
que algumas dificuldades não impediriam de chegar a bom termo do trabalho,
contudo não permitiram alcançar o resultado com mais precisão, dando-lhe
qualidade total.
92
Dentre os contratempos ressaltem-se a própria escolha do software de
autoria de multimídia para execução do Livro Eletrônico, visto que há diversos
programas e até de boa qualidade. Somam-se a esta primeira os contratempos de
treinamento, para utilização do software de autoria, o que ocasionou atraso na
execução do livro, a necessidade de uma equipe multidisciplinar de profissionais
em vídeo, áudio, desenho etc..
Com base nos resultados deste processo, a ferramenta foi adaptada e
melhorada nos itens de Presteza, Feedback Imediato, Controle do Usuário,
Proteção Contra Erros, Correção dos Erros e Documentação, para proporcionar
maiores facilidades na sua aplicação. E a conclusão a que se chegou com este
trabalho é de que o Livro Eletrônico de Pneumática Básica, estando dentro dos
padrões ergonômicos e pedagógicos auxilia indiscutivelmente na melhoria do
processo ensino/aprendizagem, permitindo ao aluno estudar conforme sua
capacidade de aprender.
Enfim, com mais estes dados, fruto do empenho dos professores
participantes, conseguiu-se atingir os objetivos propostos, considerando as
seguintes conclusões:
1 – criação da versão inicial de um software com os conteúdos
necessários à disciplina de Automação Pneumática e Hidráulica do curso de
Tecnologia Mecatrônica.
2 – validação do trabalho juntamente aos professores do departamento,
tendo sido alcançado e bem aceito por eles em vista que já solicitaram, assim que
disponível, cópias para utilização, lembrando ainda que é somente uma versão
inicial e de experimentação.
3 - contribuição para a eficiência e eficácia da disciplina, pois não mais
será necessário despender muito tempo com o conteúdo básico, enquanto o
conteúdo avançado não consegue ser estudado por falta de tempo, conforme o
próprio testemunho dos avaliadores (“Eu creio que de posse de uma ferramenta
como essa aqui, como esse livro, a gente pode ganhar nas nossas aulas um certo
tempo”.).
93
6.2 Recomendações de trabalhos futuros
Com a experiência adquirida no decorrer deste trabalho, recomenda-se
para trabalhos futuros os seguintes itens a serem considerados:
• a aplicação através de um teste de navegabilidade junto aos alunos,
onde deverão ser observados os procedimentos Pedagógicos e Ergonômicos;
• criação de novas avaliações, que considerem quais os motivos que
levaram o aluno a responder erradamente, considerando também o porquê do
certo;
• complementação do Livro Eletrônico no que tange à circuitação
dentro dos sistemas Cascata e Passo-a-Passo mecânico e elétrico;
• criação de um Livro Eletrônico para a área de Hidráulica;
• a implementação, dentro deste livro, de um sistema de ajuda mais
dinâmico, mostrando, entre outras coisas, as válvulas e cilindros pneumáticos,
bem como seu cálculo de dimensionamento e seleção; e
• aplicação de um layout gráfico, utilizando adequadamente os
atributos de cores, fundos, fontes, textos e ícones.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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APLICADAS À EDUCAÇÃO, Curitiba, 2000.
AUSUBEL, D. P; NOVAK, J. D; HANESIAN, Helen. Psicologia Educacional, Rio
de Janeiro, Interamericana, 1980.
BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância, Campinas, Autores Associados,
1999.
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Ciência Moderna Ltda., 1995.
Brasil, Congresso Nacional. Lei nº 9.394/96. Diário Oficial, 23 de dezembro de
1996.
Brasil, Ministério da Educação. Decreto nº 3.196/99. Diário Oficial, 06 de outubro
de 1999.
Brasil, Ministério da Educação. Decreto nº 2.208/97. Diário Oficial, 17 de abril de
1997.
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Educacionais, 1993.
95
COBURN, Peter. Informática na Educação, tradução de Gilda H. B. de Campos
Novis, Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda., 1988.
CÔRTES, Pedro Luiz. Conhecendo e Trabalhando com o Toolbook, São Paulo,
Editora Érica, 1997.
DEMO, Pedro. Questões para Teleeducação, Rio de Janeiro, Editora Vozes,
1999.
Educação & Tecnologia, Revista Técnico-científica dos Programas de Pós-
Graduação em Tecnologia dos CEFETs, nº 1, abril, 1997.
FERRETTI, Celso João et al. TECNOLOGIA, TRABALHO E EDUCAÇÃO – Umdebate multidisciplinar, Petrópolis, Editora Vozes Ltda, 4ª edição, 1998.
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GIACOMANTONIO, Marcelo. O ensino através dos audiovisuais, São Paulo,
Summus: Ed. da Universidade de São Paulo, 1981.
HAWKINS, Jan. O uso de novas tecnologias na educação, Rio de Janeiro,
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HAIDT, Regina Cália Cazaux. Curso de Didática Geral, São Paulo, Editora Ática,
6ª edição, 1999.
HOLISINGER, Erik. Como funciona a Multimídia, São Paulo, Editora Quark do
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96
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Laboratório de Utilizabilidade, http://www.labiutil.inf.ufsc.br/. CritériosErgonômicos, 1999.
Laboratório de Utilizabilidade, http://www.labiutil.inf.ufsc.br/. As Qualidades doSoftware Ergonômico, 1999.
KARLING, Argemiro Aluísio. A didática necessária, São Paulo, Ibrasa, 1991.
LESZCZYNSKI, S. A. Programa de Pós-Graduação em Tecnologia – PPGTE,
CEFET-PR, Cutiriba, 2000.
LÉVY, Pierre. O que é Virtual?, São Paulo, Ed. 34, 1996.
__________. A cultura da Informática e a Educação, traduzido pela
Universidade Federal do Mato Grosso, Núcleo de Educação aberta e a
distância.
__________. As tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na erada informática, Rio de Janeiro, Ed. 34, 1993.
__________. Cibercultura, São Paulo, Ed. 34, 1999.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática, São Paulo, Cortez, 1991.
LINDSTROM, Robert L. Guia Business Week para Apresentações emMultimídia, São Paulo, Makron Books, 1995.
97
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Revista Tecnologia Educacional, Rio de Janeiro, vol. 23, nº 126, p.24-26
set/out, 1995.
_________________. Revista INTERCOM, São Paulo, vol. XVII, nº 2, jul/dez,
1994.
MOREIRA, Marcos A. MASINI, Elcie F.S. Aprendizagem Significativa - A teoriade David Ausubel, São Paulo, Editora Moraes, São Paulo, 1982.
MORGADO, Lina. http://phoenix.sce.fct.unl.pt/simposio/24.htm
NEGROPONTE, Nicholas. A vida digital, São Paulo, Companhia das Letras,
1995.
NISKIER, Arnaldo. Tecnologia Educacional – Uma visão prática, Petrópolis,
Vozes, 1995.
PARIZOTTO, Rosamélia. Elaboração de um Guia de Estilos para Serviços deInformação em Ciência e tecnologia via Web. Florianópolis, 1997. Tese de
Mestrado em Engenharia de Produção, UFSC, 1997.
PARKER Hanniffin Training, Cursos, (on line) URL: www.parker.com.br,19/09/2000.
PIAGET, Jean. Biologia e Conhecimento, Petrópolis, Editora Vozes, 1973.
___________. Seis Estudos de Psicologia, Rio de Janeiro, Forense Universitária
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___________. O Nascimento da Inteligência na Criança, Rio de Janeiro, Zahar
Editores, 1970.
98
PULASKI, Mary Ann Spencer. Compreendendo PIAGET – Uma Introdução aoDesenvolvimento Cognitivo da Criança, Rio de Janeiro, Zahar Editores,
1983.
Revista Brasil em Exame, Editora Abril, p. 74 e 75, set/1997.
BERNSTEIN, Michèle Root, Lampejos de Gênio, Revista VOCÊ S.A., Editora
Abril, jul/2000.
ROMANO, C. A. Cursos Superiores de Tecnologia – O Desafio de uma NovaProposta, CEFET-PR, 2000.
ROSA, Silvana Bernardes. A integração do instrumento ao campo daengenharia didática – o caso do perspectógrafo. Florianópolis, 1998. 366p.
Tese (Doutorado em Engenharia da Produção) – Programa de Pós-Graduação
em Engenharia da Produção, Universidade Federal de Santa Catarina.
VAUGHAN, Tay. Multimídia na prática, São Paulo, Makron Book, 1994.
ANEXOS
100
ANEXO I – Comentários dos Avaliadores
Iremos agora transcrever as fitas de vídeo gravadas quando da validação
do Software. A fim de manter sigilo quanto ao nome dos avaliadores, mesmo
porque esses não são passíveis de avaliação, daremos a eles nomes fictícios.
A transcrição dos comentários dos avaliadores foram transcritos ipsis
litteris, ipsis verbis, ressalvando-se a posição do autor desta dissertação.
PRESTEZA
Comentários dos avaliadores:
“Olha de certa forma navegar nesse Livro para quem gosta de ficar na
frente do computador é uma boa”.
“Não ficou muito claro a forma de retorno. Muito bom apertei uma tecla de
avançar e foi lá para a última página”.
“colocar o mouse parado sobre a palavra e aparece aqueles balõezinhos”.
“Nós temos as informações na contra capa, não há problema nenhum de
manusear este produto”.
“...caso de avaliar se esse trabalho pode seguir como um Livro normal ou
se era esse o objetivo, voltar ao índice para escolher um novo item”.
“Como tivemos por problemas nosso de sair e entrar no software duas ou
três vezes, cada vez que entra ele vai ficando mais fácil de interagir e navegar”.
“Um aluno consegue a partir do momento que ele ler o enunciado,
entender o funcionamento do mesmo...”
“Vamos ver o que faz esse botão: foi para a última parte, Avaliação,
Circuitação, na verdade vai passo-a-passo”.
“Não consigo parar o circuito, sinto falta de um Help nesse caso”.
“Acho que em termos de acesso ao software ele ficou com um acesso
101
simples e foi progressivo”.
“É isso que eu gostaria agora, voltar na página anterior. Como é que eu
faria para voltar a página anterior?”
“...enquanto ele estiver processando a busca, que mudasse o tipo da seta
para outro desenho”.
“Ficou muito claro para esse tipo de tela, não dá para ver nada em volta,
só dá para ver Livro de Pneumática Básica”.
“ bem direcionado, o usuário não se perde quando da utilização”.
DISTINÇÃO POR LOCALIZAÇÃO
Comentários dos avaliadores:
“Está tendo um encadeamento aqui na solução dos problemas...”
“Esta tendo uma progressão dos conceitos e dos componentes a medida
que vai aumentando a complexidade e os detalhes dos componentes que foram
apresentados”.
“Está acontecendo uma fluência, uma passagem de degrau, os níveis de
complexidade e das variações da pneumática básica, bastante interessante,
simples e bem abrangente”.
“Muito boa a seqüência de exercícios”.
“Eu acho que teve uma evolução lógica dentro desse conteúdo, onde
agora a nível de circuito...”.
“Acho que em termos de acesso ao software ele ficou com um acesso
simples e foi progressivo”.
“...segue um padrão e esse padrão é mantido ao longo de todo livro”.
102
DISTINÇÃO POR FORMATO
Comentários dos avaliadores:
“Os componentes são colocados com clareza através de cores, podemos
ver os jogos de pressões e ...”
“Nós temos uma indicação das ações do que está acontecendo pela
válvula 1.2, o atuador volta, a pressão nesta câmara passa do azul para o
vermelho...”
“...pois na simbologia estes triângulos ficam parados, foi escolhido girar o
símbolo para indicar duas velocidades...”
“...aqui quando mostra a pressostática, que esta válvula tivesse destacada
das outra ninguém iria confundir com direcional”
“...agora entendi, foi convencionado o azul para linha de pressão e o
vermelho para escape, eu não sei se aqui não confundiria com o software de
hidráulica onde linha pressurizada é vermelha...”
“Ficou muito claro para esse tipo de tela, não dá para ver nada em volta,
só da para ver Livro de Pneumática”.
“No primeiro filme eu não tinha me ligado que quando aparece essa
filmadora a gente pode ver o filme apesar de estar escrito embaixo”.
FEEDBACK IMEDIATO
Comentários dos avaliadores:
“...vou errar só para ver o que acontece..., muito bom excelente essa
forma ficou dinâmica, quando ele erra ele vê a resposta, muito bom”.
“...se eu não pôr a válvula no lugar certo ele tira ela daqui...”
“...aqui na lateral, numa coluna na vertical ficaria o ideal abrindo uma
janela com a explicação...”.
“Não sei se o software permite a simulação desse atuador a esse nível, eu
senti a falta de um help nesse determinado momento”.
103
“...que eu estou observando é a mudança de cor das linhas mostrando
que há pressão”.
“É isso que eu gostaria agora, voltar na página anterior, como é que eu
faria para voltar para página anterior?”.
“...não sei se ele está buscando o assunto, enquanto ele está processando
a busca, que mudasse a seta para outro desenho”.
“...seria verificar a viabilidade de operacionalizar essa sugestão, de uma
pequena janela para o aluno acessar, para que ele pudesse ir contando os
acertos”.
LEGIBILIDADE
Comentários dos avaliadores:
“...essa animação poderia ser mais lenta para visualizar o acionamento”.
“A imagem é boa o som é bastante nítido, bem clara a explicação”.
“...além da explicação que poderia estar aqui do lado, um esquema de um
trabalho realizado por esse motor”.
“Eu gostaria de poder dar o start, para poder visualizar passo-a-passo o
circuito”.
“Ficou muito claro este tipo de tela...”
“...talvez refazer esses desenhos em CAD, COREL DRAW...”
“O distanciamento o espaçamento do texto você está usando o que?
Norma?”
“Como já falei aqui, uma coisa que realmente me chamou a atenção e é
louvável é a parte da apresentação de cada capítulo, segue um padrão...”
104
CONCISÃO
Comentários dos avaliadores:
“Nós não dispomos de recursos multimídia tão direcionados assim”.
“...como é a Topologia de um Circuito, muito bom, é exatamente o que a
gente precisa aqui”.
“...no Livro Eletrônico, as particularidades são muito bem tratadas...”
“Hoje em dia, você não tem condições de explicar todos os detalhes... A
bibliografia me parece bastante concisa para eventuais interessados possam ir
além”.
“Não sei se o objetivo foi ser sintético nessa Introdução...”
AÇÕES MÍNIMAS
Comentários dos avaliadores:
“...caso de avaliar se este trabalho pode seguir como um livro normal ou
se era esse o objetivo, voltar ao índice para escolher um item”.
“Vamos ver o que faz esse botão, foi para a avaliação, circuitação, na
verdade vai passo-a-passo”.
“Acho que em termos de acesso ao software ele ficou com um acesso
simples e foi progressivo”.
“Vamos dar uma olhada na Busca, palavra chave, legal isso daqui, o
procurador está bom, vamos ao Glossário”.
”Se nós olharmos aqui no índice, o que a gente observa é que ele tem um
conteúdo, embora de Pneumática Básica, mas abrangente”.
105
DENSIDADE INFORMACIONAL
Comentários dos avaliadores:
“É muito texto para ser lido”
“14 páginas de texto é um pouco cansativa”
“...é difícil você ficar lendo um texto muito grande, para mim pelo menos.
Mas atingiu o objetivo”.
“...Está bastante completa a Introdução, mostrando aí as principais
características...”
“Está acontecendo uma fluência, uma passagem de degrau, os níveis de
complexidade e das variações da pneumática básica...”
“...realmente o aluno vai ter condições de aprender toda parte básica com
esse programa”.
“Eu acho que como software básico para pessoa que nunca trabalhou na
área, ele vai direcionando você passo-a-passo a incrementar idéias a respeito de
componentes”.
“Esse tipo de exercício, acho muito bom, bem na linha construtivista”.
“Tem um conteúdo técnico, pelo que estamos podendo perceber bastante
conciso...”
AÇÕES EXPLICITAS DO USUÁRIO
Comentários dos avaliadores:
“...não gostei porque ele me deu a solução, está meio confuso”.
“Sempre perguntando se deseja sair do Livro, visto que o indivíduo possa
ter pressionado errado”.
106
CONTROLE DO USUÁRIO
Comentários dos avaliadores:
“Sempre perguntando se deseja sair do Livro, visto que o indivíduo possa
ter pressionado errado”.
“...essa animação poderia ser mais lenta para visualizar o acionamento”.
“...estou procurando e não acho a possibilidade de parar o movimento
numa situação para analisar o que está acontecendo...”
“Eu particularmente, gostaria de poder dar o start para pode visualizar
passo-a-passo o circuito”.
“Um usuário que esteja habituado a navegar num ambiente de janela não
terá dificuldades, me parece bastante intuitivo”.
FLEXIBILIDADE
Comentários dos professores:
“...talvez pudesse ter uma outra forma de navegar”.
“Introdução, explicação sobre automatização, Índice, Busca, Glossário,
Sair, vamos ver o filme...”
“Vamos voltar ao índice para procurar”
EXPERIÊNCIA DO USUÁRIO
Comentários dos avaliadores:
“Como eu tenho conhecimento fica fácil de fazer o trabalho, para o aluno
que não conhece o assunto, teria que passar por todas as fases”.
“Eu creio que de posse de uma ferramenta como esta aqui, como esse
livro, a gente pode ganhar nas nossas aulas um certo tempo”.
107
“...um usuário que esteja habituado a navegar num ambiente de janela
não terá dificuldade, porque me parece bastante intuitivo”.
MENSAGEM DE ERROS
Comentários dos professores:
“Muito bom, excelente, essa forma ficou dinâmica, quando ele era ele vê a
resposta correta, muito bom”.
“...se eu não colocar a válvula no lugar certo ele tira ela daqui”.
“Muito bom o processo de ser avaliado e dado o percentual de acertos”.
“Isso é importante para dar feedback para quem cometer o equívoco ou
está com a idéia errada, e esta idéia errada termina quando você explica que
‘dispensa de mão-de-obra” está errada e qual é a correta, dando aí um feedback”.
“Você pode mandar ele se reportar a página que trata da questão correta”.
CORREÇÃO DOS ERROS
Comentários dos avaliadores:
“Isso é importante para dar feedback para quem cometer o equívoco ou
está com a idéia errada, e esta idéia errada termina quando você explica que
‘dispensa de mão-de-obra” está errada e qual é a correta, dando aí um feedback”.
“Você pode mandar ele se reportar a página que trata da questão correta”.
108
CONSISTÊNCIA
Comentários dos avaliadores:
“...a tela de apresentação parece uma interface bastante similar, efetiva
daquilo que nós já conhecemos”.
“O que se percebe é que esta área aqui embaixo destina-se a navegação,
dentro da interface com o usuário”.
SIGNIFICADO DOS CÓDIGOS E DENOMINAÇÕES
Comentários dos avaliadores:
“Correto, válvulas direcionais como se representa a simbologia, está
bastante interativo, isto é uma dificuldade”.
“Como é a topologia de um circuito, muito bom, é exatamente o que a
gente precisa aqui”.
“Uma coisa que nós observamos, é que todas as telas que entram
anteriormente a cada capítulo são construídas dentro de um padrão”.
“Aqui as referências estão padrões e a maioria são todas conhecidas...”
COMPATIBILIDADE
Comentários dos avaliadores:
“...seria o caso de avaliar se este trabalho pode seguir como um livro
normal...”
“Ficou muito claro para esse tipo de tela, não dá para ver nada em volta,
só da para ver Livro de Pneumática”.
“1Kg de massa o K é uma letra minúscula e não em letra maiúscula”.
109
‘...em vários locais, apareceu o Kp é uma unidade técnica...a forma
convencional os físicos preferem dizer kgf”.
110
ANEXO IIFICHA DE AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO ERGONÔMICA E PEDAGÓGICA DO LIVROELETRÔNICO DE PNEUMÁTICA BÁSICA
E para alcançar este propósito, o trabalho valeu-se da ficha de avaliaçãoque segue, cujo objetivo é de verificar os critérios ergonômicos do livro, dentro daproposta, definidos por pesquisadores franceses e seguidos pelo LabiUtil,Laboratório de Utilizabilidade do Centro de Tecnologia em Automação eInformática de Santa Catarina.
Por favor, responda a todas as perguntas de acordo com a suainterpretação.
A sua opinião é muito importante, pois dela resultará todos os aspectospositivos e negativos deste nosso trabalho.
I - IDENTIFICAÇÃO DO PARTICIPANTE:Nome:Sexo: ( ) masculino ( ) femininoIdade:_____ anosFunção na escola:_________________________________________________
II - EXPERIÊNCIAa) Você já tem alguma experiência anterior em pneumática?( ) não( ) sim. Por favor, descreva o nível de experiência._____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.
b) ClassificaçãoRuimSatisfatório
☺ BomNão observado
111
AVALIAÇÃO DOS CRITÉRIOSERGONÔMICOS
☺
1. CONDUÇÃO1.1 Presteza
1.2 Distinção de itens
1.2.1 Distinção por localização
1.2.2 Distinção por Formato
1.3 Feedback Imediato
1.4 Legibilidade
2. CARGA DE TRABALHO2.1 Brevidade
2.1.1 Concisão
2.1.2. Ações Mínimas
2.2 Densidade Informacional
3. CONTROLE EXPLÍCITO3.1 Ações explícitas do Usuário
3.2 Controle do Usuário
4. ADAPTABILIDADE4.1 Flexibilidade
4.2 Considerações da Experiência do Usuário
5. GESTÃO DE ERROS5.1 Proteção contra os erros
5.2 Qualidade das mensagens de erro
5.3 Correção dos erros
6. CONSISTÊNCIA7. SIGNIFICADO DOS CÓDIGOS EDENOMINAÇÕES8. COMPATIBILIDADE
112
AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA1. DOCUMENTAÇÃO
1.1 Existe documentação informativa
1.2 As informações são claras
1.3 Há sugestões para uso do programa?
2. CONTEÚDO DO PROGRAMA2.1 O conteúdo do material está adequado aos alunos?
2.2 O conteúdo do material está adequado aos
professores?
2.3 O programa desperta o interesse do usuário?
2.4 O conteúdo tem valor educacional?
2.5 O conteúdo atende as necessidades de seu objetivo
curricular?
2.6 A apresentação do conteúdo é clara e lógica?
2.7 O conteúdo é preciso?
2.8 O programa desafia a criatividade do usuário?
3. ASPECTOS PEDAGÓGICOS3.1 O programa fornece Feedback para das respostas
dos alunos?
3.2 O programa é de uso fácil?
3.3 O software permite modificações a fim de atender as
necessidades do aluno?
3.4 O programa pode ser utilizado individualmente ou
em pequenos e grandes grupos?
3.5 O programa alcança os objetivos propostos?
3.6 Contribui para aprendizagem em sala de aula?
3.7 Mantém o interesse do usuário, estimulando sua
reutilização?
113
4. OPERAÇÃO DO PROGRAMA4.1 O programa está sem erros e interrupções?
4.2 O programa fornece mensagens de erros?
4.3 O usuário tem controle da operação do programa?
4.4 Existe um bom manual para o professor?
4.5 Existe um bom manual para o aluno?
5. RESULTADOS DOS ALUNOS5.1 O programa é fácil de ser operado autonomamente?
5.2 O programa é interessante para os alunos?
5.3 O programa é eficiente, se comparado com uma
instrução não computadorizada na mesma área?
5.4 O programa utiliza apropriadamente as capacidades
do sistema?
5.5 O programa traz resultados esperados?
5.6 O vocabulário é adequado?
5.7 Existe uma seqüência no programa?
5.8 O tempo de resposta permite que o aluno aprenda
em seu próprio ritmo?
5.9 Existe tratamento de erro do usuário, analisando as
respostas do aluno, determinando ou propondo
segmentos corretivos?
5.10 Armazena respostas para verificação do
desempenho final do aluno?
5.11 Indica outros materiais para enriquecimento do
aluno?
114
ANEXO III – Definições dos Critérios Ergonômicos
1.Condução
1.1. Presteza
Definição: Este critério engloba os meios utilizados para levar o usuário arealizar determinadas ações, como por exemplo entrada de dados. Estecritério engloba também todos os mecanismos ou meios que permitem aousuário conhecer as alternativas, em termos de ações, conforme o estado oucontexto nos quais ele se encontra. A presteza diz respeito igualmente asinformações que permitem ao usuário identificar o estado ou contexto no qualele se encontra, e bem como as ferramentas de ajuda e seu modo de acesso.
1.2. Distinção de Itens
1.2.1. Distinção por Localização*
Definição:O critério de Agrupamento/Distinção por Localização diz respeito aoposicionamento relativo dos itens, estabelecido para indicar se eles pertencemou não a uma dada classe, ou, ainda, para indicar diferenças entre classes.Este critério também diz respeito ao posicionamento relativo dos itens dentrode uma classe.
1.2.2. Distinção por Formato*
Definição: O critério de Agrupamento/Distinção por Formato diz respeito maisespecificamente às características gráficas (formato, cor, etc.) que indicam seitens pertencem ou não a uma dada classe, ou que indicam distinções entreclasses diferentes, ou ainda distinções entre itens de uma dada classe.
1.3.Feedback ImediatoDefinição: Feedback Imediato diz respeito às respostas do sistema às açõesdo usuário. Estas entradas podem ir do simples pressionar de uma tecla atéuma lista de comandos. Em todos os casos, respostas do computador devemser fornecidas, de forma rápida, com passo (timing) apropriado e consistentepara cada tipo de transação. Em todos os casos, uma resposta rápida deveser fornecida com informação sobre a transação solicitada e seu resultado.
1.4.LegibilidadeDefinição: Legibilidade diz respeito às características lexicais dasinformações apresentadas na tela que possam dificultar ou facilitar a leitura
115
desta informação (brilho do caracter, contraste letra/fundo, tamanho da fonte,espaçamento entre palavras, espaçamento entre linhas, espaçamento deparágrafos, comprimento da linha, etc.). Por definição, o critério Legibilidadenão abarca mensagens de erro ou de feedback.
2. Carga de Trabalho
2.1. Brevidade
Definição: O critério de Brevidade diz respeito à carga de trabalho perceptivae cognitiva, tanto para entradas e saídas individuais, quanto para conjuntos deentradas (i.e., conjuntos de ações necessárias para se alcançar uma meta).Brevidade corresponde ao objetivo de limitar a carga de trabalho de leitura eentradas, e o número de passos. O critério de Brevidade está subdividido emdois critérios:
2.1.1. ConcisãoDefinição: O critério Concisão diz respeito à carga perceptiva e cognitiva desaídas e entradas individuais.Por definição, Concisão não diz respeito às mensagens de erro e de feedback.
2.1.2. Ações MínimasDefinição: O critério Ações Mínimas diz respeito à carga de trabalho emrelação ao número de ações necessárias à realização de uma tarefa. O quetemos aqui é uma questão de limitar tanto quanto possível o número depassos pelos quais o usuário deve passar.
2.2. Densidade InformacionalDefinição: O critério Densidade Informacional diz respeito à carga detrabalho do usuário de um ponto de vista perceptivo e cognitivo, com relaçãoao conjunto total de itens de informação apresentados aos usuários, e não acada elemento ou item individual.
3.Controle Explícito
3.1. Ações Explícitas do Usuário
Definição: O critério Ações Explícitas do Usuário se refere às relações entre oprocessamento pelo computador e as ações do usuário. Esta relação deve serexplícita, i.e., o computador deve processar somente aquelas ações solicitadaspelo usuário e somente quando solicitado a fazê-lo.
116
3.2. Controle do Usuário
Definição: O critério Controle do Usuário se refere ao fato de que os usuáriosdeveriam estar sempre no controle do processamento do sistema (i.e.,interromper, cancelar, suspender e continuar). Cada ação possível do usuáriodeve ser antecipada e opções apropriadas devem ser oferecidas.
4. Adaptabilidade
4.1. Flexibilidade
Definição: A flexibilidade se refere aos meios colocados à disposição dousuário que lhe permite personalizar a interface a fim de levar em conta asexigências da tarefa, de suas estratégias ou seus hábitos de trabalho. Elacorresponde também ao número das diferentes maneiras à disposição dousuário para alcançar um certo objetivo. Trata-se em outros termos, dacapacidade da interface de se adaptar as variadas ações do usuário.
4.2.Consideração da experiência do usuário
Definição: A consideração da experiência do usuário diz respeito aos meiosimplementados que permitem que o sistema respeite o nível de experiência dousuário.
5. Gestão de erros
5.1. Proteção contra os erros
Definição: A proteção contra os erros diz respeito aos mecanismosempregados para detectar e prevenir os erros de entradas de dados,comandos, possíveis ações de conseqüências desastrosas e/ou nãorecuperáveis.
5.2. Qualidade das mensagens de erros
Definição: A qualidade das mensagens refere-se a pertinência, a legibilidade ea exatidão da informação dada ao usuário sobre a natureza do erro cometido(sintaxe, formato, etc.), e sobre as ações a executar para corrigi-lo.
117
5.3. Correção dos erros
Definição: O critério correção dos erros diz respeito aos meios colocados adisposição do usuário com o objetivo de permitir a correção de seus erros.
6. Consistência
Definição: O critério homogeneidade/coerência refere-se à forma na qual asescolhas na concepção da interface (códigos, denominações, formatos,procedimentos, etc.) são conservadas idênticas em contextos idênticos, ediferentes para contextos diferentes.
7. Significado dos códigos e denominações
Definição: O critério significado dos códigos e denominações diz respeito aadequação entre o objeto ou a informação apresentada ou pedida, e suareferência. Códigos e denominações significativas possuem uma forte relaçãosemântica com seu referente. Termos pouco expressivos para o usuáriopodem ocasionar problemas de condução onde ele pode ser levado aselecionar uma opção errada.
8.Compatibilidade
Definição: O critério compatibilidade refere-se ao acordo que possam existirentre as características do usuário (memória, percepção, hábitos,competências, idade, expectativas, etc.) e das tarefas, de uma parte, e aorganização das saídas, das entradas e do diálogo de uma dada aplicação, deoutra. Ela diz respeito também ao grau de similaridade entre diferentesambientes e aplicações.