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Curso Completo de Enfermagem para Concursos Aula nº 8 - Imunização O tema imunização sempre está presente nas provas de enfermagem, sendo complexo de ser estudado em decorrência dos inúmeros detalhes e atualizações constantes. Esta aula proporcionar-lhe-á um entendimento completo desse tema como foco nas provas de concursos públicos. Todas as informações e conteúdos abordados estão atualizados de acordo com a última edição do Manual de Imunização do Ministério da Saúde, publicado no fim de 2014. Atenção: O conteúdo referente à Sala de Vacina foi ATUALIZADO conforme o Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação (2014). Fiquem atentos, pois algumas bancas podem cobrar a regra antiga. Boa aula! Profº. Rômulo Passos www.romulopassos.com.br Dayse The Pereira - 044.236.579-96

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Aula nº 8 - Imunização

O tema imunização sempre está presente nas provas de enfermagem,

sendo complexo de ser estudado em decorrência dos inúmeros detalhes e

atualizações constantes. Esta aula proporcionar-lhe-á um entendimento

completo desse tema como foco nas provas de concursos públicos.

Todas as informações e conteúdos abordados estão atualizados de

acordo com a última edição do Manual de Imunização do Ministério da

Saúde, publicado no fim de 2014.

Atenção: O conteúdo referente à Sala de Vacina foi ATUALIZADO

conforme o Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação (2014).

Fiquem atentos, pois algumas bancas podem cobrar a regra antiga.

Boa aula!

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1 - Sala de Vacina

Vejamos abaixo algumas orientações importantes para fins de concurso

sobre a Sala de Vacina:

Em referência à organização dos imunobiológicos dentro dos equipamentos

de refrigeração na sala de vacina, considera-se o seguinte:

Os serviços que dispõem de câmara refrigerada para o armazenamento e

conservação dos imunobiológicos podem organizar as vacinas em

qualquer prateleira, sem a necessidade de separá-las por tipo (atenuada

ou inativada, viral ou bacteriana), haja vista que a temperatura é uniforme

em todos os pontos no interior do equipamento. É importante identificar

todos os itens para evitar trocas inadvertidas.

Para os serviços que ainda utilizam refrigeradores domésticos para o

armazenamento e conservação dos imunobiológicos é importante

ressaltar que por não atender aos critérios de segurança e qualidade, o

refrigerador de uso doméstico não é mais recomendado para o

armazenamento de imunobiológicos. As instâncias que ainda utilizam tais

equipamentos devem proceder, no menor prazo possível, à substituição

gradativa por câmaras refrigeradas cadastradas pela ANVISA, (Manual da

Rede de Frio/2013 página 69).

Em relação aos refrigeradores domésticos utilizados para o

armazenamento e conservação dos imunobiológicos, observar o seguinte:

• Monitorar a temperatura do equipamento pelo menos duas

vezes ao dia (antes do início e no final da jornada de trabalho).

• Identificar a localização do evaporador ou da entrada de ar

refrigerado no interior da câmara (é variável de acordo com

marca/modelo), NÃO POSICIONAR os frascos de

imunobiológicos nas proximidades deste(s) ponto(s). Essas

regiões sofrem variações de temperatura e, eventualmente,

podem submeter os insumos à temperatura negativa,

comprometendo as características certificadas pelo laboratório

produtor.

• Organizar os imunobiológicos por tipo (viral ou bacteriano),

acondicioná-los em bandejas (perfuradas ou não. Nas

perfuradas há a facilidade da circulação do fluxo do ar.) e

armazená-los na segunda e na terceira prateleiras, colocando

na frente os produtos com prazo de validade mais curto para

que sejam utilizados antes dos demais. Atenção especial para

não colocar próximas as vacinas com rotulagem semelhante, a

fim de minimizar os erros de imunização com a troca dos

produtos.

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• Também não é recomendado armazenar vacinas na porta do

refrigerador.

• Não é necessário retirar a gaveta do compartimento inferior do

refrigerador. Neste espaço, colocar garrafas contendo água

misturada a um corante (azul de metileno, anil, violeta de

genciana), para auxiliar a manutenção da temperatura no

interior do refrigerador. Colocar as garrafas dispostas de

maneira a permitir a circulação do ar frio entre elas. Não

substituir as garrafas por bobinas reutilizáveis.

Acrescenta-se ainda que o Manual de Normas e Procedimentos para

Vacinação (2014) explicita que, nos refrigeradores de uso doméstico, os

imunobiológicos devem ser acondicionados em bandejas e estas devem

ser colocadas na segunda e terceira prateleiras. Esta publicação

menciona apenas que as vacinas devem ser organizadas por tipo (viral ou

bacteriano) sem, contudo, identificar qual imunobiológico deve ficar em

qual prateleira. Assim, como sugestão para a organização dos

imunobiológicos, apresenta-se o seguinte:

• Na segunda prateleira acondicionar bandeja com as vacinas

virais tais como a tríplice viral, tetra viral, febre amarela, VIP e

VOP, varicela, hepatite A, hepatite B, HVP, influenza e raiva

humana.

• Na terceira prateleira acondicionar bandeja com as vacinas

bacterianas como a BCG, penta, DTP, dT, dTpa, pneumo 10,

pneumo 23, meningo C. Acondicionar também nesta prateleira

os diluentes das vacinas.

Atenção especial ao acondicionar vacinas com rotulagem semelhante a

fim de evitar os erros de imunização. Atentar também para o prazo de

validade definido pelo laboratório produtor para que sejam utilizados os

produtos com validade mais próxima.

Colocar o equipamento distante de fonte de calor, como estufa e

autoclave, e fora do alcance de raios solares;

Nivelar os equipamentos adequadamente;

Afastar o refrigerador da parede, pelo menos 20 cm, de modo a permitir a

livre circulação do ar;

Usar tomada exclusiva para cada equipamento, é proibido o uso de "T";

Os equipamentos devem permanecer com a temperatura interna

preferencialmente de +5ºC, ponto ideal, mínima de +2º C e máxima de

+8º C.

Usar os equipamentos, única e exclusivamente para conservar

imunobiológicos;

Certificar-se de que a porta está vedando adequadamente. Usando uma

tira de papel com 3 cm de largura aproximadamente coloca-se entre a

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borracha da porta e o equipamento, se ao puxar o papel a borracha

apresentar resistência, a vedação está adequada. Este teste deve ser feito

em vários pontos da porta, especialmente nos quatro ângulos;

Não é recomendada a utilização de refrigerador „duplex‟ em sala de vacina,

pois este tipo de equipamento não mantém a temperatura preconizada, uma vez

que os dois compartimentos estão separados e a câmara de estoque de

imunobiológicos não possui evaporador.

A limpeza do refrigerador é um procedimento importante para manter as

condições ideais de conservação dos imunobiológicos. Deve ser feita a cada 15

dias ou quando a camada de gelo do congelador atingir 0,5 cm.

Após a limpeza do refrigerador, as portas devem ser mantidas fechadas por

um período de uma a três horas (dependendo do tipo de refrigerador).

Mas, cuidado! Antes de recolocar os imunobiológicos na

geladeira, deve-se verificar se a temperatura interna está entre +2 ºC e

+8 ºC, sendo ideal +5 ºC.

Em caso de falta de energia elétrica no prazo superior a quatro ou seis

horas, os imunobiológicos devem ser retirados do refrigerador e colocados em

uma caixa térmica até o retorno da energia elétrica.

Vejamos na figura abaixo, como os imunobiológicos ficam organizados no

refrigerador:

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Amigo (a), é importante destacar que, na porta e na gaveta da parte de

baixo do refrigerador, não se deve colocar imunobiológicos, pois quando a

porta é aberta estas áreas são as primeiras a sofrerem o impacto da temperatura

ambiente.

O controle da temperatura dos equipamentos que armazenam

imunobiológicos em todas as instâncias da rede de frio é feito mediante a

verificação sistemática dos termômetros.

Na sala de vacinação, nos postos de vacinação fixos e volantes, por ocasião

das atividades extramuros em campanhas, intensificações e bloqueios, bem

como no transporte, os imunobiológicos devem ficar entre +2 ºC e +8 ºC (ideal

+ 5 ºC), que é a temperatura a ser mantida no interior do refrigerador e de caixas

térmicas.

Para verificar e controlar a temperatura, são utilizados os seguintes

termômetros:

Termômetro analógico de momento e de máxima e mínima (capela);

Termômetro digital de momento e de máxima e mínima, com cabo

extensor;

Termômetro digital de momento e de máxima e mínima, com cabo

extensor e dois visores;

Termômetro analógico de cabo extensor;

Termômetros a laser.

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O termômetro linear fornece apenas a temperatura do momento. Por isso,

seu uso não é aconselhável para o monitoramento da temperatura no interior

dos refrigeradores ou de caixas térmicas.

O termômetro mais recomendado para ser usado nos equipamentos da rede

de frio é o de momento e de máxima e mínima, pois pode-se verificar a

temperatura máxima, a temperatura mínima ocorrida em um espaço de tempo e

a temperatura no momento da verificação.

A título de exemplo, vamos verificar como funciona o termômetro

analógico de momento e de máxima e mínima (capela).

O termômetro analógico de momento e de máxima e mínima (ver figura

abaixo) contém duas colunas verticais de mercúrio com escalas inversas. É

utilizado para verificar as variações de temperatura, num período de tempo

preestabelecido, oferecendo três tipos de informação:

a temperatura mínima (mais fria);

a temperatura máxima (mais quente); e

a temperatura do momento.

O termômetro de aferição da temperatura máxima e mínima deve

permanecer sempre na posição vertical. Isso é obvio!

Figura - Termômetro analógico de momento e de máxima e mínima – capela (Brasil, 2001).

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Vejamos uma questão sobre o tema:

1. (Prefeitura de Alagoa Grande-PB/IBFC/2014) Na primeira prateleira da

geladeira de vacinas devem ser armazenados os imunobiológicos que _______

ser submetidos à temperatura negativa. As vacinas contra ________ e __________

são exemplos de imunobiológicos que devem ser armazenados na primeira

prateleira. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as

lacunas.

a) Não podem / Pneumococo / Vacina oral da poliomielite.

b) Não podem / BCG / Febre Amarela.

c) Podem / Dupla Adulto / Hepatite B.

d) Podem / Febre Amarela / SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola).

COMENTÁRIOS:

De acordo com a regra antiga, as bandejas com imunobiológicos devem

ser colocadas nas prateleiras, da seguinte maneira:

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De acordo com o novo Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação

(2014), nos refrigeradores de uso doméstico, os imunobiológicos devem ser

acondicionados em bandejas e estas devem ser colocadas na segunda e

terceira prateleiras. Esta publicação menciona apenas que as vacinas devem

ser organizadas por tipo (viral ou bacteriano) sem, contudo, identificar qual

imunobiológico deve ficar em qual prateleira. Assim, como sugestão para a

organização dos imunobiológicos, apresenta-se o seguinte:

Na segunda prateleira acondicionar bandeja com as vacinas virais

tais como a tríplice viral, tetra viral, febre amarela, VIP e VOP, varicela,

hepatite A, hepatite B, HVP, influenza e raiva humana.

Na terceira prateleira acondicionar bandeja com as vacinas

bacterianas como a BCG, penta, DTP, dT, dTpa, pneumo 10, pneumo

23, meningo C. Acondicionar também nesta prateleira os diluentes das

vacinas.

Observe que a banca cobrou a regra antiga da organização do refrigerador.

Portanto, são exemplos de imunobiológicos que podem ser armazenados na

primeira prateleira da geladeira de estocagem de vacinas: vacina poliomielite;

vacina sarampo, caxumba, rubéola (tríplice viral); vacina sarampo e rubéola

(dupla viral) e vacina febre amarela. Nessa tela, o gabarito é a letra D.

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2 - Imunidade

A imunização ativa ocorre quando o próprio sistema imune do indivíduo,

ao entrar em contato com uma substância estranha ao organismo, responde

produzindo anticorpos e células imunes (linfócitos T). Esse tipo de imunidade

geralmente dura por vários anos, às vezes, por toda uma vida. Os dois meios de

se adquirir imunidade ativa são contraindo uma doença infecciosa e a vacinação.

A imunização passiva é obtida pela transferência ao indivíduo de

anticorpos produzidos por um animal ou outro ser humano. Esse tipo de

imunidade produz uma rápida e eficiente proteção, que, contudo, é temporária,

durando em média poucas semanas ou meses. A imunidade passiva natural é o

tipo mais comum de imunidade passiva, sendo caracterizada pela passagem de

anticorpos da mãe para o feto através da placenta e também pelo leite. Essa

transferência de anticorpos ocorre nos últimos 2 meses de gestação, de modo a

conferir uma boa imunidade à criança durante seu primeiro ano de vida. A

imunidade passiva artificial pode ser adquirida sob três formas principais:

a imunoglobulina humana combinada, a imunoglobulina humana hiperimune e

o soro heterólogo. A transfusão de sangue é uma outra forma de se adquirir

imunidade passiva, já que, virtualmente, todos os tipos de produtos sanguíneos

(i.e. sangue total, plasma, concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas,

etc.) contêm anticorpos.

Imunização

Ativa Produzida pelo próprio sistema imune do indivíduo;

Apresenta duração de vários anos, às vezes, de toda uma vida;

Pode ser adquirida, contraindo uma doença infecciosa e pela

vacinação.

Passiva Obtida pela transferência ao indivíduo de anticorpos produzidos

por um animal ou outro ser humano;

Produz uma rápida e eficiente proteção, mas temporária, durando

em média poucas semanas ou meses.

A imunidade passiva natural é caracterizada pela passagem de

anticorpos da mãe para o feto através da placenta e também pelo

leite.

A imunidade passiva artificial pode ser adquirida sob três formas

principais: a imunoglobulina humana combinada, a imunoglobulina

humana hiperimune e os soros (ex.: soro antiofídico e soro

antirrábico).

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2. (AVAPE/Consulplan/2013) Sobre os princípios da imunidade e o uso dos

imunobiológicos, marque a alternativa correta.

a) As vacinas conferem ao organismo imunidade passiva artificialmente

adquirida.

b) Na imunidade ativa, o organismo produz anticorpos específicos contra

determinado antígeno.

c) Os anticorpos obtidos pelo recém-nascido, por meio da mãe, é um exemplo de

imunidade ativa.

d) As imunoglobulinas e os soros são produzidos a partir de antígenos ou pelo

produto de antígenos.

e) A duração da proteção conferida pelos soros é relativamente mais duradoura

do que pelas vacinas.

COMENTÁRIOS:

Vamos analisar os itens da questão:

Item A. Incorreto. As vacinas conferem ao organismo imunidade ativa. Por

outro lado, os soros e imunoglobulinas conferem ao organismo imunidade

passiva artificialmente adquirida.

Item B. Correto. Na imunidade ativa (doenças infecciosas, a exemplo da

varicela, e vacinas), o organismo produz anticorpos específicos contra

determinado antígeno.

Item C. Incorreto. Os anticorpos obtidos pelo recém-nascido, por meio da

mãe, é um exemplo de imunidade passiva natural, e não ativa.

Item D. Incorreto. As imunoglobulinas e os soros são produzidos pela

transferência ao indivíduo de anticorpos produzidos por um animal ou outro

ser humano, e não por antígenos.

Item E. Incorreto. A duração da proteção conferida pelos soros é

relativamente menos duradoura do que pelas vacinas.

Nessa tela, o gabarito da questão é a letra B.

3 - Vacina BCG

A vacina BCG (bacilo de Calmette e Guerin) é indicada para prevenir as

formas graves da tuberculose (miliar e meníngea) nos menores de cinco anos,

mais frequentemente nos menores de um ano.

A vacina é administrada nas primeiras 12 horas de vida,

preferencialmente na maternidade ou na primeira visita do bebê à unidade de

saúde, considerando que quanto menor a idade maior a eficácia da vacina.

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Atenção!

Na rotina dos serviços, a vacina é disponibilizada para crianças até 4 anos

11 meses e 29 dias ainda não vacinadas.

Crianças vacinadas na faixa etária preconizada que não apresentam cicatriz

vacinal após 6 meses da administração da vacina, revacinar apenas uma vez.

A vacina BCG é administrada por via intradérmica. O volume de cada dose

corresponde a 0,1 ml, rigorosamente, para evitar complicações.

Como deve ser a vacinação BCG de indivíduos expostos ao HIV?

Crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a vacina o mais

precocemente possível até os 18 meses de idade, se assintomáticas

e sem sinais de imunodeficiência;

Crianças com idade entre 18 meses e 4 anos 11 meses e 29 dias,

não vacinadas, somente podem receber a vacina BCG após sorologia

negativa para HIV; para estes indivíduos, a revacinação é

contraindicada;

A partir dos 5 anos de idade, indivíduos portadores de HIV não

devem ser vacinados, mesmo que assintomáticos e sem sinais de

imunodeficiência. Entretanto, os portadores de HIV que são

contatos intradomiciliares de paciente com hanseníase devem ser

avaliados do ponto de vista imunológico para a tomada de decisão.

Pacientes sintomáticos ou assintomáticos com contagem de LT

CD4+ abaixo de 200/mm3

não devem ser vacinados.

Atenção! A administração da vacina BCG deve ser adiada

quando a criança apresentar peso inferior a 2 kg, devido à escassez

do tecido cutâneo (panículo adiposo) e quando apresentar lesões

graves de pele.

A vacina BCG é utilizada, também, para a pessoa que é comunicante de

paciente de hanseníase (contato intradomiciliar), com o objetivo de propiciar

proteção cruzada contra a doença, adotando esquema diferenciado.

O esquema de vacinação com a BCG corresponde a uma dose, a partir do

nascimento.

Fique Ligado!

Na ausência da cicatriz, é indicada a revacinação seis meses após a

primeira dose (intervalo mínimo);

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A revacinação, no entanto, só pode ser feita até uma vez, já que a

ausência de cicatriz não significa necessariamente que a pessoa não

está imunizada;

Os recém-nascidos contatos de indivíduos bacilíferos deverão ser

vacinados somente após o tratamento da infecção latente da

tuberculose ou a quimioprofilaxia.

Ao administrar dose adicional em contato de paciente de hanseníase,

respeite o intervalo de seis meses da dose anterior. Administre um

pouco acima (± 1 cm) da cicatriz existente.

Em gestante contato de indivíduo portador de hanseníase, a vacinação

com BCG deve ser adiada para depois do parto.

A realização do teste tuberculínico é dispensável, antes ou depois da

administração da vacina BCG, inclusive para os contatos de pacientes

de hanseníase.

No caso de contato intradomiciliar de paciente com diagnóstico de

hanseníase, que não apresenta sinais e sintomas, independente de ser

paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB), o esquema de vacinação deve considerar a

história vacinal do contato, da seguinte forma:

Notas sobre a administração da vacina BCG:

A administração da vacina é feita na região do músculo deltóide, no

nível da inserção inferior, na face externa superior do braço direito.

O uso do braço direito tem por finalidade facilitar a identificação da

cicatriz em avaliações da atividade de vacinação.

Menores de 1 ano de idade

•Não vacinados: administrar uma dose de BCG.

•Comprovadamente vacinados: não administrar outra dose de BCG.

•Comprovadamente vacinados que não apresentem cicatriz vacinal: administrar uma dose de BCG seis meses após a última dose.

A partir de 1 ano de idade

•Sem cicatriz: administrar uma dose

•Vacinados com uma dose: administrar outra dose de BCG, com intervalo mínimo de seis meses após a dose anterior.

•Vacinados com duas doses: não administrar outra dose de BCG.

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O bisel da agulha deve estar voltado para cima;

A seringa deve formar com o braço um ângulo de 15º;

A dose da vacina deve ser de 0,1ml, exatamente;

O procedimento correto na introdução da agulha no local indicado

(formando um ângulo de 15º) e a administração da dose exata (0,1ml)

previnem complicações.

Figura - Visualização da pápula após a vacinação com a BCG (SESAB, 2011).

Notas sobre a administração intradérmica:

Quando necessário, a limpeza da pele deve ser feita com água e sabão;

O álcool comum não deve ser utilizado pela sua baixa volatilidade

(demora a secar) e pelo baixo poder antisséptico;

Na injeção intradérmica, especialmente, o uso do álcool não é

indicado para evitar uma possível interação com o líquido injetável,

em face da presença dos poros e pelo fato de o líquido ser depositado

muito próximo da epiderme.

Em situações excepcionais, quando não houver água e sabão

(vacinação na zona rural e em ambiente hospitalar), utilizar o álcool a

70%;

Quando for utilizado o álcool a 70% manter a fricção da pele por 30

segundos e, em seguida, esperar mais 30 segundos para a secagem e,

só então, administrar o imunobiológico.

Agora, vejamos algumas questões sobre o tema:

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3. (HU-UFPI/EBESERH/IADES/2012) A vacina BCG (Bacilo Calmette – Guérim) é

usada na prevenção contra tuberculose, e está recomendada no calendário

básico da criança da rede do Sistema Único de Saúde - SUS. Sobre o tema,

assinale a alternativa correta.

a) Uma dose de vacina BCG deve ser repetida na ausência de cicatriz em crianças

menores de 5 (cinco) anos.

b) Os contatos de portadores intradomiciliares de hanseníase maiores de 1 (um)

ano necessitam de uma segunda dose de BCG.

c) Pode-se administrar a terceira dose de BCG em pessoas em contato

intradomiciliar com portadores de hanseníase, porém, somente quando não

apresentar cicatriz.

d) A vacina é contraindicada para crianças portadoras de HIV no nascimento.

e) Podem ser vacinados com BCG os menores de 36 semanas.

COMENTÁRIOS:

Após apresentação dos principais aspectos da vacina BCG, vamos analisar

cada assertiva da questão:

Item A. Correto. Uma dose de vacina BCG deve ser repetida na ausência de

cicatriz em crianças menores de cinco anos (4 anos, 11meses e 29 dias).

Item B. Incorreto. Vejamos as regras sobre a vacinação de contatos de

portadores de hanseníase:

Portanto, os contatos de portadores intradomiciliares de hanseníase

maiores de um ano não necessitam obrigatoriamente de uma segunda dose de

BCG. Por exemplo, caso o contato domiciliar tenha duas cicatrizes, não é

Menores de 1 ano de idade

•Não vacinados: administrar uma dose de BCG.

•Comprovadamente vacinados: não administrar outra dose de BCG.

•Comprovadamente vacinados que não apresentem cicatriz vacinal: administrar uma dose de BCG seis meses após a última dose.

A partir de 1 ano de idade

•Sem cicatriz: administrar uma dose

•Vacinados com uma dose: administrar outra dose de BCG, com intervalo mínimo de seis meses após a dose anterior.

•Vacinados com duas doses: não administrar outra dose de BCG.

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necessário outra dose da BCG.

Ressaltamos ainda que:

É necessário manter o intervalo mínimo de seis meses entre as doses

da vacina;

Os contatos com duas doses não administrar nenhuma dose

adicional;

Na incerteza da existência de cicatriz vacinal ao exame dos contatos

íntimos de portadores de hanseníase, aplicar uma dose,

independentemente da idade.

Item C. Incorreto. A revacinação da BCG só pode ser feita até uma vez, já

que a ausência de cicatriz não significa necessariamente que a pessoa não está

imunizada. Nesse sentido, não se pode administrar a terceira dose de BCG em

pessoas em contato intradomiciliar com portadores de hanseníase, mesmo

quando não apresentar cicatriz.

Item D. Incorreto. A vacinação BCG de indivíduos expostos ao HIV é feita da

seguinte forma:

Crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a vacina o mais

precocemente possível até os 18 meses de idade, se

assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência;

Crianças com idade entre 18 meses e 4 (quatro) anos 11 meses e 29

dias, não vacinadas, somente podem receber a vacina BCG após

sorologia negativa para HIV; para estes indivíduos, a revacinação é

contraindicada;

A partir dos 5 anos, indivíduos portadores de HIV não devem ser

vacinados, mesmo que assintomáticos e sem sinais de

imunodeficiência.

Atenção! Crianças filhas de mãe com HIV positivo, menores de 18 meses de

idade, mas que não apresentam alterações imunológicas e não registram sinais

ou sintomas clínicos indicativos de imunodeficiência, podem receber todas as

vacinas dos calendários de vacinação e as disponíveis no Crie o mais

precocemente possível.

Portanto, em certos casos, a vacina não é contraindicada para crianças

portadoras de HIV no nascimento.

Item E. Incorreto. A vacina BCG deve ser administrada o mais precoce

possível, preferencialmente após o nascimento. Contudo, nos prematuros com

menos de 36 semanas, é recomendável administrar a vacina após atingir 2 Kg.

Verificamos claramente que a alternativa correta é a letra A. Todavia, essa

questão poderia ter sido anulada, pois a letra B foi redigida de forma incompleta

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e induziu o candidato ao erro.

4. (HU-UFS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Sobre a vacina BCG, assinale a

alternativa correta.

a) A vacina BCG é administrada com a finalidade principal de prevenir as formas

graves da meningite.

b) A idade de vacinação recomendada é a partir de 02 meses de vida, ou peso

superior a 3,0 kg.

c) A vacina BCG é preparada com vírus vivos, a partir de cepas atenuadas do

Mycobacterium bovis.

d) Na ausência da cicatriz vacinal é indicada a revacinação seis meses após a

primeira dose.

e) A realização do teste tuberculínico é indispensável, antes da administração da

vacina BCG.

COMENTÁRIOS:

Vamos corrigir cada uma das assertivas:

Item A. A vacina BCG é administrada com a finalidade principal de prevenir

as formas graves da tuberculose, e não meningite.

Item B. A idade de vacinação recomendada é a partir do nascimento. Em

crinças com peso inferir a 2,0 kg, deve ser adiada.

Item C. A vacina BCG é preparada com bactéria atenuada do

Mycobacterium bovis.

Item D. Na ausência da cicatriz vacinal é indicada a revacinação seis meses

após a primeira dose.

Item E. A realização do teste tuberculínico é recomendada em casos

específicos, não sendo indispensável antes da administração da vacina BCG.

Diante do exposto, a resposta só pode ser a letra D.

5. (Prefeitura de Várzea Alegre – CE/2014/URCA) De acordo com BRASIL

(2012), as orientações importantes para administração da BCGID na criança, são,

EXCETO:

a) Para os prematuros com menos de 36 semanas, administre a vacina depois

que eles completarem 1 mês de vida e atingirem 2 Kg.

b) Contatos intradomiciliares de portadores de hanseníase menores de 1 ano de

idade comprovadamente vacinados não necessitam de outra dose da BCG.

c) Para as crianças HIV positiva, ainda não vacinadas que chegam a unidade de

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saúde a vacina está indicada.

d) Para contatos com duas doses, não se deve administrar nenhuma dose

adcional.

COMENTÁRIOS:

A vacinação BCG de indivíduos expostos ao HIV é feita da seguinte forma:

Crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a vacina o

mais precocemente possível até os 18 meses de idade, se

assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência;

Crianças com idade entre 18 meses e 4 (quatro) anos 11 meses e

29 dias, não vacinadas, somente podem receber a vacina BCG

após sorologia negativa para HIV; para estes indivíduos, a

revacinação é contraindicada;

A partir dos 5 anos, indivíduos portadores de HIV não devem ser

vacinados, mesmo que assintomáticos e sem sinais de

imunodeficiência.

A alternativa C é a incorreta. Veja que para as crianças, ainda não

vacinadas, que chegam a unidade de saúde a vacina está indicada apenas na

seguinte situação: quando crianças filhas de mãe HIV positiva podem receber a

vacina o mais precocemente possível até os 18 meses de idade, se

assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência.

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4 - Vacinas Pentavalente, Tríplice Bacteriana (DTP), Difteria e Tétano (DT)

Desde o 2º semestre de 2012, a nova vacina pentavalente agregou duas

vacinas que eram administradas separadamente: a tetravalente (contra difteria,

tétano, coqueluche e outras infecções pelo Haemophilus influenza tipo b) e a

vacina contra a hepatite B.

Além da pentavalente, a criança manterá os dois reforços com a vacina

tríplice bacteriana - DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro reforço deverá

ser administrado aos 15 meses e o segundo reforço aos 4 anos de idade. Os

recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatite B nas

primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas primeiras 12 horas, para

prevenir a transmissão vertical. Ou seja, há uma dose da vacina hepatite B

(monovalente) cujo público alvo são as crianças com até 30 dias de vida, bem

como outras crianças que já tinham esquema completo para tetravalente, mas

não tinham para a Hepatite B.

Como era antes?

1 - Tetravalente (contra difteria, coqueluche, tétano e outras infecções por

Haemophilus influenza b) - vacina injetável em três doses (2, 4 e 6 meses).

Reforço da tríplice bacteriana (incluída na tetravalente) aos 15 meses e aos 4

anos.

Segue o antigo calendário da vacina tetravalente: 2 meses -> 4 meses -> 6

meses -> reforço da tríplice bacteriana (DTP) aos 15 meses -> reforço da tríplice

bacteriana (DTP) aos 4 anos.

2 - Hepatite B - vacina injetável aplicada ao nascer (ou na primeira visita à

unidade de saúde), com 1 mês de vida e novamente aos 6 meses.

Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês ->

6 meses.

Meus amigos, como é a regra atual do calendário de vacinação da pentavente

e hepatite B?

1 - Pentavalente (contra hepatite B, difteria, coqueluche, tétano e outras

infecções por Haemophilus influenza b) - vacina injetável aos 2, 4 e 6 meses.

Reforço da tríplice bacteriana aos 15 meses e aos 4 anos.

Segue o calendário da vacina pentavalente: 2 meses -> 4 meses -> 6 meses -

> reforço da tríplice bacteriana (DTP) aos 15 meses -> reforço da tríplice

bacteriana (DTP) aos 4 anos.

Vacina Pentavalente

tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche e outras infecções pelo Haemophilus influenza tipo b);

vacina contra a hepatite B.

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2 - Hepatite B - com a inclusão na pentavalente, passa a ser aplicada

sozinha apenas na criança ao nascer, de forma injetável, para evitar a

transmissão vertical.

Segue o calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o

primeiro mês de vida da criança. Outras três doses dessa vacina foram incluídas

na pentavalente (2, 4 e 6 meses).

Atenção! Adolescente e adultos que não apresentam o esquema vacinal

completo contra hepatite B (três doses) deverão seguir as regras anteriores, ou

seja, devem receber até três doses.

Em síntese, a pentavalente é composta pela vacina adsorvida difteria,

tétano, pertussis1

, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae tipo b

(conjugada) - DTP/HB/Hib2

. É indicada para imunização ativa de crianças a partir

de dois meses de idade.

O Ministério da Saúde adquiriu a vacina pentavalente (DTP/HB/Hib) de dois

laboratórios produtores, Novartis/Berna e Serum Institute of India Ltd.

A vacina combinada é inteiramente líquida na forma de suspensão injetável

apresentada em frasco ou ampola contendo 1 dose de 0,5mL.

A vacinação básica consiste na aplicação de 3 doses, com intervalo de 60

dias (mínimo de 30 dias), a partir de 2 meses de idade. E indicada para a

vacinação de crianças menores de 5 anos de idade como dose do esquema

básico.

Os dois reforços necessários serão realizados com a vacina DTP (difteria,

tétano e pertussis). O primeiro reforço aos de 15 meses e o segundo reforço aos

4 anos. A idade máxima para aplicação da DTP é de 6 anos 11meses e 29 dias.

1 Pertússis, coqueluche ou tosse convulsa é uma doença altamente contagiosa e perigosa para crianças causada

pelas bactérias Gram-negativas Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis (geralmente com sintomas mais ligeiros),

que causa tosse violenta contínua e dolorosa. A patologia é prevenível por vacinação. 2 Vacina pentavalente (DTP - difteria, tétano e coqueluche + HB - hepatite B + Hib - Haemophilus influenzae tipo b).

Vacina Pentavalente

Triplice Bacteriana (DTP)

difteria

tétano

coqueluche (pertussis) hepatite B

Haemophilus influenzae tipo b (conjugada)

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Ressalta-se também que fará parte deste esquema, para os recém-nascidos,

a primeira dose nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12

horas, com a vacina hepatite B (recombinante).

A vacina pentavalente (DTP/HB/Hib) deve ser administrada na dose de 0,5

mL por via intramuscular, no vasto lateral da coxa, em crianças menores de 2

anos de idade e na região deltóide nas crianças acima de dois anos de idade.

Deve ser evitada administração na região glútea, em razão da maior

quantidade de tecido adiposo, situação em que a vacina não é inoculada no

interior do músculo.

Atenção! A vacina pentavalente é contraindicada para pessoas com 7 anos

de idade ou mais.

Em suma, temos o seguinte:

A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis, conhecida como tríplice

bacteriana (DTP), é indicada para a administração das duas doses de reforço,

quando foi usada a vacina pentavalente no esquema básico.

O objetivo da vacinação é prevenir contra a difteria, o tétano e a coqueluche

(ou pertussis).

A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis é uma associação dos

toxóides diftérico e tetânico com a Bordetella pertussis inativada, tendo o

hidróxido de alumínio como adjuvante e o timerosal como preservativo.

A vacinação com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis é indicada

para o reforço do esquema básico, que, de modo geral, corresponde a uma dose

com intervalo mínimo de seis meses depois da vacinação básica (pentavalente).

Um segundo reforço é dado entre quatro anos e seis anos, 11 meses e 29 dias,

preferencialmente aos 4 anos.

Atenção! A vacina pentavalente é administrada aos 2, 4 e 6 meses. Em regra, o

reforço da tríplice bacteriana (DTP) é feito aos 15 meses e aos 4 anos.

Ao indicar a vacinação com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis

(DTP), considerar as doses administradas anteriormente e não reiniciar o

esquema.

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Vejamos algumas observações sobre a DTP:

O reforço pode ser administrado em qualquer idade (até os seis anos,

onze meses e 29 dias), observando-se um intervalo mínimo de seis

meses após a última dose da vacinação básica (pentavalente);

Se o esquema básico não for iniciado ou completado até a idade de

seis anos, onze meses e 29 dias, as doses necessárias serão aplicadas

com a vacina adsorvida difteria e tétano adulto (DT) em lugar da

vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP);

Caso a criança esteja com quatro anos ou mais e não tenha recebido

o primeiro reforço, não é necessário administrar dois reforços, mas

apenas um na ocasião do atendimento, seguindo-se o esquema de

uma dose da vacina difteria e tétano adulto, a cada 10 anos.

A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) é administrada por via

intramuscular profunda.

Em regra, a vacina tríplice bacteriana (DTP) deve ser administrada na dose

de 0,5 mL por via intramuscular profunda, no vasto lateral da coxa, em crianças

menores de dois anos de idade e na região deltóide nas crianças acima de dois

anos de idade.

Em resumo:

A vacina adsorvida difteria e tétano (dT) adulto é constituída pelos

toxóides diftérico e tetânico. É indicada a partir dos sete anos de idade, inclusive

para adolescentes e adultos conforme calendários específicos, com o objetivo de

Vacinas Pentavalente e DTP

No vasto lateral da coxa, em crianças menores de 2 anos;

Na região deltóide, em crianças acima de 2 anos.

Local de administração

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

prevenir o tétano e a difteria. A vacinação de mulheres em idade fértil (12 a 49

anos) e gestantes visa, principalmente, a prevenção do tétano neonatal.

A vacina adsorvida difteria e tétano adulto é administrada nos maiores de

sete anos para os reforços do esquema básico e para aqueles que não tenham

recebido as vacinas pentavalente e tríplice bacteriana (DTP), ou que tenham

esquema incompleto dessas vacinas.

O esquema básico da adsorvida difteria e tétano adulto (dT) corresponde a

três doses com intervalo de 60 dias entre as doses. Esse esquema é feito para as

pessoas que não estiverem com o esquema completo da pentavalente e tríplice

bacteriana (DTP).

O reforço da vacina adsorvida difteria e tétano n (dT) adulto é administrado

de 10 em 10 anos.

Vejamos agora algumas questões sobre o tema:

6. (HULW-UFPB/EBSERH/Instituto AOCP/2014) De acordo com a Portaria MS

1498/2013, faz parte do calendário nacional de vacinação do idoso reforço, a

cada 10 anos, de

a) vacina hepatite B (recombinante).

vacina adsorvida difteria e te tano adulto.

c) vacina adsorvida difteria, te tano, pertussis, hepatite B (recombinante) e

Haemophilus influenzae B (conjugada).

d) vacina febre amarela (atenuada).

e vacina pneumoco cica 10-valente (conjugada).

COMENTÁRIOS:

O reforço da vacina adsorvida difteria e tétano (dT) adulto é administrado

de 10 em 10 anos. Por isso, o gabarito é a letra B.

7. (HUPAA-UFAL/EBSERH/IDECAN/2014) De acordo com o Programa Nacional

de Imunização, o 2º reforço da vacina tríplice bacteriana (DTP) em uma criança

em dia com o esquema de vacinação deve ser feita em qual idade?

a) 4 anos.

b) 5 anos.

c) 6 meses.

d) 9 meses.

e) 12 meses.

COMENTÁRIOS:

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Vejamos a tabela abaixo:

A partir do exposto, verificamos que o gabarito é a letra A.

8. (Prefeitura de Macau-RN/CONPASS/2014) Ainda de acordo com o

Calendário Nacional de Imunizações, disponível no Sistema Único de Saúde, em

relação à vacina pentavalente é correto afirmar:

a) Deve ser administrada 0,5 ml da vacina por via intramuscular (IM), na região

glútea, em crianças menores de 4 anos de idade e na região deltóide nas

crianças a partir vecide seis anos de idade.

b) Deve ser administrada 0,5 ml da vacina por via intramuscular (IM), no vasto

lateral da coxa esquerda, em crianças menores de 2 anos de idade e na região

deltóide nas crianças a partir de dois anos de idade.

c) Deve ser administrada 0,1 ml da vacina por via intradérmica, em crianças

menores de 1 ano de idade e na região glútea nas crianças a partir de dois anos

de idade.

d) Deve ser administrada 0,5 ml da vacina por via subcutânea, em crianças

menores de 1 ano de idade e na região deltóide nas crianças a partir de dois

anos de idade.

e) Deve ser administrada 0,5 ml da vacina por via intramuscular (IM), no vasto

lateral da coxa esquerda, em crianças menores de 1 ano de idade e na região

glútea nas crianças a partir de dois anos de idade.

COMENTÁRIOS:

Conforme explicação desta aula, verificamos que a vacina pentavalente

deve ser administrada 0,5 ml da vacina por via intramuscular (IM), no vasto

lateral da coxa esquerda, em crianças menores de 2 anos de idade e na região

deltóide nas crianças a partir de dois anos de idade. Dessa forma, o gabarito é a

letra B.

9. (Instituto Benjamin Constant/AOCP/2013) A vacina Pentavalente,

introduzida recentemente no calendário de vacinação infantil, é indicada para

imunização ativa de crianças a partir de qual idade, e protege contra quais

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

doenças?

a) 1 ano; protege contra difteria, sarampo; rubéola, rotavírus e doenças

causadas por Meningocócico do tipo c.

b) 3 meses protege contra tétano, meningite, sarampo, hepatite B e formas

graves de tuberculose em menores de 5 anos.

c) 6 meses; protege contra tétano, coqueluche, sarampo, poliomielite e doenças

causadas por Meningocócico tipo c.

d) 2 meses; protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças

causadas por Haemophilus influenzae tipo b.

e) 4 meses; protege contra sarampo, rubéola, caxumba, poliomielite e doenças

causadas por Haemophilus influenzae tipo b.

COMENTÁRIOS3

:

Pentavalente (contra hepatite B, difteria, coqueluche, tétano e outras

infecções por Haemophilus influenza b) - vacina injetável aos 2, 4 e 6 meses.

Reforço da tríplice bacteriana aos 15 meses e aos 4 anos.

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra D.

10. (Residência Multiprofissional/SES-DF/CESPE/2011) A vacina DPT é

composta por toxoides diftérico e tetânico, além de célula inteira de Bordetella

pertussis, enquanto a DTaP é composta por seus antígenos na vacina acelular.

Essa última tem eficácia superior à primeira e não causa reações adversas.

COMENTÁRIOS:

As vacinas tríplice bacteriana (DTP) e pentavalente (DTP/HB/Hib) são

contraindicadas a crianças com doença neurológica em atividade ou que

tenham apresentado, após a aplicação de dose anterior, algum dos seguintes

eventos:

1. convulsão nas primeiras 72 horas;

2. encefalopatia nos primeiros sete dias;

3. episódio hipotônico-hiporresponsivo, nas primeiras 48 horas;

4. reação anafilática, que ocorre nos primeiros 30 minutos e até duas

horas pós-vacinação.

Nos três primeiros pontos descritos acima, em face da contraindicação

para uso da vacina tríplice (DTP), deve-se utilizar a vacina dupla tipo infantil

(DT) ou DTP acelular (DTPa).

3 Informe Técnico da Vacina Pentavalente

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

O Programa Nacional de Imunização (PNI) ainda não inclui a tríplice

bacteriana acelular (DTPa) no calendário de rotina devido os seguintes fatores:

a) na maioria dos estudos, as vacinas acelulares não são mais eficazes

do que as celulares na prevenção da coqueluche em todas as suas

formas clínicas;

b) em geral, as vacinas acelulares, quando combinadas com a vacina

Hib, são menos imunogênicas contra este último antígeno do que as

vacinas celulares;

c) a tríplice bacteriana celular (DTP) é produzida no Brasil;

d) o custo das vacinas acelulares é muito maior.

Diante desse cenário, a vacina DTPa está disponível nos Centros de

Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), para circunstâncias específicas.

Verificamos que a vacina a DTPa tem eficácia inferior à DPT, sendo

utilizada apenas em certos casos que haja contraindicação da pentavalente e

tríplice bacteriana (DTP). Logo, a questão apresenta-se incorreta.

5 - Vacina Hepatite B

A vacina hepatite B (recombinante) sofreu mudanças significativas no

Programa Nacional de Imunização (PNI).

Anteriormente ao 2º semestre de 2012, a vacina hepatite B (recombinante)

era aplicada ao nascer (ou na primeira visita à unidade de saúde), com 1 mês de

vida e novamente aos 6 meses.

Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês

-> 6 meses.

Com a inclusão da vacina pentavalente no PNI, desde o 2º semestre de

2012, a vacina hepatite B (recombinante) passa a ser aplicada sozinha na criança

ao nascer, de forma injetável, para evitar a transmissão vertical.

Segue o atual calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o

primeiro mês de vida da criança. Outras três doses dessa vacina foram

incorporadas na pentavalente (2, 4 e 6 meses).

Agora, vamos detalhar o calendário básico da vacina contra hepatite B:

• Para recém-nascidos, deve-se administrar uma dose ao nascer, o

mais precocemente possível, nas primeiras 24 horas,

preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

na maternidade. Esta dose pode ser administrada até 30 dias após o

nascimento. O esquema de vacinação deve ser completado com a

administração da vacina pentavalente, aos 2, 4 e 6 meses.

• Para crianças que iniciam esquema vacinal a partir de 1 mês de

idade até 4 anos 11 meses e 29 dias, deve-se administrar três doses

da vacina pentavalente, com intervalo de 60 dias entre as doses,

mínimo de 30 dias.

• Para indivíduos de 5 a 49 anos:

Sem comprovação vacinal: administrar três doses da vacina

hepatite B com intervalo de 30 dias entre a primeira e a

segunda doses e de 6 meses entre a primeira e a terceira doses

(0, 1 e 6 mês);

Em caso de esquema vacinal incompleto, não reiniciar o

esquema, apenas completá-lo conforme situação encontrada.

Para gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional, deve-

se administrar três doses da vacina hepatite B, considerando o

histórico de vacinação anterior.

Para indivíduos integrantes dos grupos vulneráveis, independe da

faixa etária ou comprovação da condição de vulnerabilidade

(trabalhadores da saúde, bombeiros, policiais, caminhoneiros,

carcereiros, coletores de lixo, agentes funerários, comunicantes

sexuais de pessoas portadoras de VHB; doadores de sangue;

homens e mulheres que mantêm relações sexuais com pessoas do

mesmo sexo (HSH e MSM); lésbicas, gays, bissexuais, travestis e

transexuais (LGBT); pessoas reclusas (presídios, hospitais

psiquiátricos, instituições de adolescentes privados de liberdade,

forças armadas, entre outras); manicures, pedicures e podólogos;

populações de assentamentos e acampamentos; potenciais

receptores de transfusões de sangue ou politransfundido;

profissionais do sexo/prostitutas; usuários de drogas injetáveis,

inaláveis e pipadas; portadores de DST; e população indígena).

A dose será de 0,5 mL até os 19 anos de idade e 1 mL a partir de 20 anos,

via intramuscular.

Na prevenção da transmissão vertical em recém-nascidos, a vacina contra

hepatite B deve ser preferencialmente administrada nas primeiras 12 horas de

nascimento.

Ademais, em recém-nascidos de mães portadoras da hepatite B, a vacina e a

imunoglobulina humana anti-hepatite B deve ser administrada,

preferencialmente nas primeiras 12 horas, podendo a imunoglobulina ser

administrada no máximo até 7 dias de vida.

Vejamos questões sobre o tema:

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11. (Prefeitura de Alagoa Grande-PB/IBFC/2014) Leia as frases abaixo e

marque (F) se a afirmativa for falsa e (V) se for verdadeira. Em seguida, assinale

a alternativa que contém a sequência correta de cima para baixo.

( ) Em recém-nascidos de mães portadoras da hepatite B, administrar a vacina

e a imunoglobulina humana anti-hepatite B, preferencialmente nas primeiras

12 horas, podendo a imunoglobulina ser administrada no máximo até sete dias

de vida.

( ) A dose recomendada da vacina da Hepatite B é 0,5 mL até os 14 anos e 1

mL a partir de 15 anos, via subcutânea.

( ) Para recém-nascidos deve-se administrar uma dose da vacina ao nascer, o

mais precocemente possível, nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas

primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade.

( ) As gestantes somente devem receber a vacina contra Hepatite B durante o

terceiro trimestre de gestação.

a) V,F,V,F.

b) V,V,V,V.

c) F,V,F,V.

d) F,F,V,F.

COMENTÁRIOS:

Vejamos as assertivas erradas:

Item II. O volume da vacina hepatite B (recombinante) monovalente a ser

administrado é de 0,5 mL até os 19 anos de idade e 1 mL a partir dos 20 anos.

Situações individuais específicas podem exigir a adoção de esquema e

dosagem diferenciados. Ademais, a via de administração é a intramuscular

profunda.

Item IV. Para gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional:

administrar 3 (três) doses da vacina hepatite B, considerando o histórico de

vacinação anterior.

Nesses termos, o gabarito é a letra A (VFVF).

12. (HU-UFMG/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Portadora da hepatite B, com

idade gestacional de 34 semanas, acaba de dar a luz a recém-nascido do sexo

masculino. De acordo com a Portaria n°. 3.318/2010, é correto afirmar que:

a) a vacina hepatite B (recombinante) deve ser administrada no recém-nascido

preferencialmente após 12 horas do nascimento.

b) o recém-nascido deve seguir esquema de vacina hepatite B (recombinante)

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de três doses: 0, 1 e 6 meses de vida.

c) o recém-nascido deve seguir esquema de vacina hepatite B (recombinante)

de quatro doses: 0, 1, 2 e 6 meses de vida.

d) o recém-nascido deve receber imunoglobulina humana anti-hepatite B nas

primeiras 12 horas ou no máximo até 1 mês de vida.

e) a mãe deve receber vacina hepatite B (recombinante) e imunoglobulina

humana anti-hepatite B nas primeiras 12 horas ou no máximo até sete dias

após o nascimento.

COMENTÁRIOS¹:

De acordo com a Portaria n° 3.318/2010, na prevenção da transmissão

vertical em recém-nascidos, a vacina contra hepatite B deve ser administrada o

mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas de

nascimento, ainda na maternidade. Esta dose pode ser administrada até 30

dias após o nascimento.

A vacina da hepatite B nos prematuros, menores de 36 semanas de

gestação ou em recém-nascidos a termo de baixo peso (menor de 2 Kg), seguir

esquema de quatro doses: 0, 1, 2 e 6 meses de vida.

Na prevenção da transmissão vertical em recém-nascidos (RN) de mães

portadoras da hepatite B administrar a vacina e a imunoglobulina humana

anti-hepatite B (HBIG), disponível nos Centros de Referência para

Imunobiológicos Especiais - (CRIE) nas primeiras 12 horas ou no máximo até

sete dias após o nascimento. A vacina e a HBIG devem ser administradas em

locais anatômicos diferentes.

A Portaria GM/MS nº 1.498/2013 alterou a vacina contra hepatite B,

incluindo três doses na pentavalente.

Veja como era: Hepatite B - vacina injetável aplicada ao nascer (ou na

primeira visita à unidade de saúde), com 1 mês de vida e novamente aos 6

meses. Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1

mês -> 6 meses.

Veja como ficou: Hepatite B - com a inclusão na pentavalente, passa a ser

aplicada sozinha apenas na criança ao nascer, de forma injetável, para evitar a

transmissão vertical.

Segue o calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o

primeiro mês de vida da criança. Outras três doses dessa vacina foram

incluídas na pentavalente (2, 4 e 6 meses).

Isto posto, vamos analisar as alternativas da questão:

Item A. A vacina hepatite B (recombinante) deve ser administrada no

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recém-nascido preferencialmente nas 12 horas (e não após) do nascimento,

mesmo que a mãe do mesmo seja portadora do vírus. Como a mãe do recém-

nascido é portadora da hepatite B, conforme enunciado da questão, a criança

deve receber não só a vacina contra Heptatite B, mas também a

imunoglobulina humana anti-hepatite B.

Item B. O recém-nascido deve seguir esquema de vacina hepatite B

(recombinante) de (três doses: 0, 1 e 6 meses de vida) quatro doses: 0, 2, 4 e 6

meses de vida.

Item C. O recém-nascido deve seguir esquema de vacina hepatite B

(recombinante) de quatro doses: 0, 1, 2 e 6 meses de vida. Esse item foi

considerado correto inicialmente, mas verifique que atualmente o

recomendado é o seguinte: quatro doses - 0, 2, 4 e 6 meses de vida. As três

doses (2, 4, 6) são feitas dentro da pentavalente.

Item D. O recém-nascido deve receber imunoglobulina humana anti-

hepatite B nas primeiras 12 horas ou no máximo até (1 mês de vida) sete dias

após o nascimento.

Item E. (A mãe) O recém-nascido deve receber vacina hepatite B

(recombinante) e imunoglobulina humana anti-hepatite B nas primeiras 12

horas ou no máximo até sete dias após o nascimento.

O gabarito da questão apontado pela banca foi a letra C. Todavia, essa

questão foi anulada, pois descreveu o esquema antigo. O Instituto AOCP

cobrou uma questão praticamente igual na prova do concurso do HU-UFMT

também em 2014.

Veja a justificativa da AOCP para anular a questão:

“Prezados Candidatos, em resposta aos recursos interpostos para esta

questão, temos a esclarecer que a mesma será anulada, tendo em vista que a

legislação especificada foi revogada (Portaria MS 1.498/2013). Portanto,

recurso deferido”.

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6 - Vacina Rotavírus

A vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) - VORH deve ser

administrada preferencialmente aos 2 e 4 meses de idade. A primeira dose pode

ser administrada a partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias. A segunda

dose pode ser administrada a partir de 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias.

O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.

A vacina rotavírus é administrada

exclusivamente por via oral, com a dose de

1,5mL, por meio de uma seringa apropriada.

Figura 10 - Administração da Vacina Rotavírus (SESAB, 2011).

Notas sobre a administração da vacina rotavírus:

• Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação, não

repetir a dose;

• Esta vacina é contraindicada para crianças com imunodepressão

severa ou que tenham histórico de invaginação intestinal ou com

malformação congênita não corrigida do trato gastrointestinal.

Calendário da Vacina Rotavírus

1ª dose (preferencialmente

aos 2 meses)

a partir de 1 mês e 15 dias

até 3 meses e 15 dias

2ª dose (preferencialmente

aos 4 meses)

a partir de 3 meses e 15 dias

até 7 meses e 29 dias

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

Vejamos uma questão sobre o tema:

13. (HULW-UFPB/EBSERH/Instituto AOCP/2014) O calendário nacional de

vacinação dos povos indígenas inclui a vacina de rotavírus humano G1P1 [8]

(atenuada), com a administração da 1ª e 2ª doses, respectivamente, com qual

idade?

a) Ao nascer e 3 meses.

b) 2 meses e 4 meses.

c) 2 meses e 6 meses.

d) 6 meses e 1 ano.

e) 9 meses e 15 meses.

COMENTÁRIOS:

Essa questão foi de graça . A vacina rotavírus humano G1P1 [8]

(atenuada) - VORH deve ser administrada preferencialmente aos 2 e 4 meses de

idade. Nesses termos, o gabarito é a letra B.

7 - Vacina Meningocócica C

De acordo com o Programa Nacional de Imunização, a vacina

meningocócica C (conjugada) deve ser administrada preferencialmente aos 3 e 5

meses, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Uma dose de

reforço deve ser administrada entre 12 e 15 meses, preferencialmente aos 15

meses.

Segue o calendário da vacina meningocócica C: 1ª dose aos 3 meses -> 2ª

dose aos 5 meses -> reforço aos 15 meses.

A vacina meningocócica C é administrada na dose de 0,5 mL, pela via

intramuscular.

Notas sobre a administração da vacina meningocócica C (conjugada):

• Para crianças que iniciam o esquema ásico após 5 meses de idade, deve-

se considerar o intervalo mínimo entre as doses e administrar a dose de reforço

com intervalo de 60 dias após a última dose;

• Para crianças entre 12 e 23 meses de idade sem comprovação vacinal,

deve-se administrar dose única.

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

Vamos à questão sobre a temática:

14. (Prefeitura de Vila Rica-MT/Consulplan/2012) De acordo com o

Calendário Básico de Vacinação da Criança do Ministério da Saúde, a 1ª e 2ª

doses da vacina Meningocócica C (conjugada) deve ser administrada aos

a) 2 e 4 meses de idade.

b) 3 e 5 meses de idade.

c) 4 e 6 meses de idade.

d) 9 e 12 meses de idade.

e) 12 e 15 meses de idade.

COMENTÁRIOS:

De acordo com o Programa Nacional de Imunização, a vacina

meningocócica C (conjugada) deve ser administrada preferencialmente aos 3 e

5 meses, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Uma

dose de reforço deve ser administrada entre 12 e 15 meses, preferencialmente

aos 15 meses.

Segue o calendário da vacina meningocócica C: 1ª dose aos 3 meses ->

2ª dose aos 5 meses -> reforço aos 15 meses.

Nessa tela, o gabarito da questão é a letra B.

8 - Vacina Pneumocócica:

A vacina pneumocócica 10-valente é constituída por 10 (dez) sorotipos de

pneumococos (1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F, 23F) e conjugada com a proteína

D de Haemophilus influenzae para oito de seus sorotipos e carreadores de

toxóide diftérico (DT) e de toxóide tetânico (TT ou T) usados por dois sorotipos.

A embalagem possui 10 frascos-ampola de vidro, apresentados em unidose,

com 0,5 ml.

Figura - Embalagem da Vacina Peneumocócica (Ministério da Saúde, 2010).

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

A vacina deve ser administrada por injeção intramuscular (IM) na área do

vasto lateral da coxa em crianças menores de 2 anos e, nos maiores de 2 anos,

no deltoide.

Nenhum dado está disponível sobre a administração subcutânea da vacina

pneumocócica conjugada 10-valente.

Atenção! A vacina não deve, sob nenhuma circunstância, ser administrada por

via endovenosa ou intradérmica.

Em regra, a primeira dose iniciará a partir de 2 meses de idade. O esquema

de vacinação primária consiste em três doses de 0,5 ml, com intervalo de pelo

menos 1 mês entre as doses, contudo o Programa Nacional de Imunização (PNI)

adotou o intervalo de 2 meses entre as doses. Desta forma o esquema será de 2,

4 e 6 meses.

Uma dose de reforço é recomendada pelo menos 6 meses após a última

dose do esquema primário, sendo este preferencialmente entre os 12 e 15 meses

de idade.

Segue o calendário da vacina pneumocócica 10-valente: 2 meses -> 4 meses

-> 6 meses -> reforço aos 12 meses.

Vejamos uma questão sobre o tema:

15. (HU-UNB/EBSERH/IBFC/2013) Segundo calendário nacional, uma criança

deve receber a vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) com a idade de:

a) 2, 4 e 6 meses e mais uma dose de reforço aos 12 meses.

b) 3 e 5 meses e mais uma dose de reforço aos 15 meses.

c) 2, 4 e 15 meses.

d) 3 e 7 meses apenas.

COMENTÁRIOS:

De acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), a primeira dose

da vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) iniciará a partir de 2 meses de

idade. O esquema de vacinação primária consiste em três doses de 0,5 ml, com

intervalo de pelo menos 1 mês entre as doses, contudo o Programa Nacional de

Imunização adotará o intervalo de 2 meses entre as doses. Desta forma o

esquema será de 2, 4 e 6 meses.

Uma dose de reforço é recomendada pelo menos 6 meses após a última

dose do esquema primário, sendo este preferencialmente entre os 12 e 15

meses de idade.

Dessa forma, o gabarito é a letra A.

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9 - Vacina Influenza

A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, de

interesse para a saúde pública no Brasil. Apresenta potencial para levar a

complicações graves e ao óbito, especialmente nos grupos de alto risco (crianças

menores de dois anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais,

portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas

especiais).

A principal intervenção preventiva em saúde pública para este agravo é a

vacinação. A campanha anual, realizada entre os meses de abril e maio,

contribuiu ao longo dos anos para a prevenção da gripe nos grupos vacinados,

além de apresentar impacto de redução das internações hospitalares, gastos com

medicamentos para tratamento de infecções secundárias e mortes evitáveis.

Vamos conhecer os grupos prioritários a serem vacinados e

recomendações:

Crianças de 6 meses a menores de 5 anos: deverão receber a vacina

influenza. Todas as crianças que receberam uma ou duas doses da

vacina da influenza sazonal, devem receber apenas 1 dose em 2014.

Também deve ser considerado o esquema de duas doses para as

crianças menores de 9 anos que serão vacinadas pela primeira vez,

devendo-se agendar a segunda dose para 30 dias após a 1ª dose (no

ano passado esse grupo era formado por crianças de seis meses a dois

anos incompletos).

Gestantes: deverão receber a vacina influenza todas as gestantes em

qualquer idade gestacional. Para este grupo não haverá exigência

quanto à comprovação da situação gestacional, sendo suficiente para a

vacinação que a própria mulher afirme o seu estado de gravidez.

Nota: a vacinação de gestantes contra a influenza é segura em

qualquer idade gestacional. A experiência pós-comercialização

com a vacina influenza sazonal inativada e com a vacina

influenza pandêmica (H1N1) 2009 inativada, no Brasil e em

outros países, não identificou qualquer risco associado ao uso da

vacina em gestantes.

Puérperas: mulheres no período de até 45 dias após o parto foram

incluídas no grupo alvo de vacinação. Para isso, deverão apresentar

qualquer documento, durante o período de vacinação (certidão de

nascimento da criança, cartão da gestante, documento do hospital

onde ocorreu o parto, entre outros).

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

Trabalhador de Saúde: eleito para vacinação é aquele que exerce

atividades de assistência à saúde, atuando na recepção, no

atendimento, bem como na investigação de casos de infecções

respiratórias, nos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis

de complexidade, cuja ausência compromete o funcionamento

desses. Assim, trabalhadores de saúde que exercem suas atividades

em unidades que fazem atendimento de pessoas com influenza, bem

como recepcionistas, pessoal de limpeza, segurança, motoristas de

ambulâncias dessas unidades, equipes de laboratório responsáveis

pelo diagnóstico, profissionais que atuam na vigilância

epidemiológica, e os que atuam no controle sanitário de viajantes nos

postos de entrada dos portos, aeroportos e fronteiras deverão ser

vacinados.

Povos indígenas: a vacinação será indiscriminada (indicada) para a

toda população indígena, a partir dos seis meses de idade. A

programação de rotina é articulada entre o Programa Nacional de

Imunizações (PNI) e a Secretaria de Atenção a Saúde Indígena (SESAI).

Indivíduos com 60 anos ou mais de idade deverão receber a vacina

contra influenza.

População privada de liberdade: o planejamento e operacionalização

da vacinação nos estabelecimentos penais deverão ser articulados com

as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais

de Justiça (Secretarias Estaduais de Segurança Pública ou correlatos),

conforme Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, 2.ª

edição/ Brasília–DF 2005 e a NOTA TÉCNICA 121 SISPE/DAPES/SAS

– PNI/SVS/MS – DEPEN/MJ, de 1º de agosto de 2011.

Pessoas portadoras de doenças crônicas (conforme listagem

definida pelo Ministério da Saúde em conjunto com sociedades

científicas): a vacinação contra influenza de indivíduos portadores de

doenças crônicas e outras condições especiais foi incluída na

campanha de vacinação de 2013.

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

Notas:

A vacinação deste grupo passa a ser realizada em todos os postos

de vacinação e não apenas nos Centros de Referência para

Imunobiológicos Especiais (CRIE). No entanto, mantém-se a

necessidade de prescrição médica, que deverá ser apresentada

no ato da vacinação.

Pacientes já cadastrados em programas de controle das doenças

crônicas do SUS, devem se dirigir aos postos em que estão

cadastrados para receber a vacina. Caso no local onde são atendidos

regularmente não haja um posto de vacinação, devem buscar a

prescrição médica na próxima consulta que estiver agendada,

visando garantir esse documento com antecedência, para evitar

filas no período da vacinação.

Pacientes que são atendidos na rede privada, vinculada ou não ao

SUS, também devem buscar a prescrição médica com antecedência,

junto ao seu médico assistente, devendo apresentá-la nos postos de

vacinação durante a realização da campanha de 2013.

Agora, veremos o esquema de vacinação e dose da influenza:

A vacinação é anual, devido às mudanças das características dos vírus

influenza decorrentes da adversidade antigênica e genômica a cada ano e da

efemeridade da proteção.

Em 2014, foi adotado o seguinte esquema e volume de dose, conforme a

situação vacinal da criança.

Crianças vacinadas pela primeira vez:

Esquema vacinal para influenza por idade, número de doses, volume por

dose e intervalo entre as doses, Brasil, 2013

Idade Número de

doses

Volume

por

dose

Intervalo

Crianças de 6

meses a 2 anos de

idade

2 doses 0,25 ml Intervalo mínimo de 3 semanas.

Operacionalmente: 2ª dose 30

dias após receber a 1ª dose

Crianças de 3 a 8

anos de idade

2 doses

0,5 ml

Intervalo mínimo de 3 semanas.

Operacionalmente: 2ª dose 30

dias após receber a 1ª dose

Adultos e crianças

a partir de 9 anos

Dose única

0,5 ml

_

Fonte: CGPNI/DEVEP/SVS/MS

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

Deve-se adotar a via de administração intramuscular.

Recomenda-se a administração da vacina por via subcutânea em pessoas

que apresentam discrasias sanguíneas ou estejam utilizando anticoagulantes

orais. Para estas situações, recomenda-se utilizar a vacina do laboratório Sanofi

Pasteur produzida na França. via de administração subcutânea.

Vejamos uma questão recorrente sobre o tema:

16. A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, e é um

problema de saúde pública no Brasil, sendo a principal intervenção preventiva

para este agravo a vacinação. Para uma criança de 11 meses de idade, que será

vacinada pela primeira vez contra Influenza, o número de doses e o volume por

dose desta vacina é de

a) 01 dose - 0,5 ml

b) 01 dose - 01 ml

c) 03 doses - 0,2 ml

d) 02 doses – 0,25 ml

COMENTÁRIOS:

Crianças de 6 meses a 2 anos de idade devem receber 2 doses da vacina

contra influenza, na dosagem de 0,25 ml. O intervalo mínimo entre as doesse é

de 3 semanas. Operacionalmente: 2ª dose 30 dias após receber a 1ª dose.

Assim, o gabarito é a letra D.

10 - Vacina Tríplice Viral

A vacina sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) é uma vacina

combinada que contém os vírus vivos do sarampo, da caxumba e da rubéola,

atenuados em cultivo celular.

Para indivíduos de 12 meses a 19 anos, deve ser administrada duas doses,

conforme situação vacinal encontrada.

A 1ª dose deve ser administrada aos 12 meses com a vacina tríplice viral e a

2ª dose, preferencialmente, aos 15 meses de idade com a vacina tetra viral

(sarampo, caxumba, rubéola e varicela), para as crianças que já tenham recebido

a 1ª dose da vacina tríplice viral. A vacina tetra viral será administrada entre os

15 a 23 meses e 29 dias, caso a criança tenha recebido a 1ª dose da tríplice viral.

Para não esquecerem: a 1ª dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e

rubéola) continuará a ser administrada preferencialmente aos 12 meses de idade.

As crianças que tiverem tomado a 1ª dose da tríplice viral deverão receber a

tetra viral entre os 15 a 23 meses e 29 dias (preferencialmente aos 15 meses).

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Para as crianças acima de 15 meses de idade não vacinadas, administrar a

vacina tríplice viral observando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

Considerar vacinada a pessoa que comprovar duas doses de vacina com

componente sarampo, caxumba e rubéola.

Para indivíduos de 20 a 49 anos de idade, deve-se administrar uma dose,

conforme situação vacinal encontrada. Considerar vacinada a pessoa que

comprovar uma dose de vacina com componente sarampo, caxumba e rubéola

(tríplice viral) ou sarampo e rubéola (dupla viral).

A vacina sarampo, caxumba e rubéola é administrada por via subcutânea. O

volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar de acordo com o

laboratório produtor.

A vacina em questão está contraindicada nas ocorrências específicas

listadas na sequência:

Registro de anafilaxia após recebimento de dose da vacina;

Presença de imunodeficiências congênitas ou adquiridas;

Atenção! Indivíduos com infecção assintomática pelo HIV podem ser

vacinados.

Uso de corticosteróides em doses imunossupressoras (nessa situação

a pessoa deve ser vacinada, pelo menos, um mês depois da

suspensão do uso da droga);

Vigência de quimioterapia imunossupressora;

Transplantados de medula óssea;

Pessoas que fazem uso de imunoglobulina, sangue total ou plasma,

no momento da vacinação ou que farão uso em futuro próximo;

Na vigência de gravidez.

Vacina contra sarampo, caxumba e

rubéola

criança até os 15 meses É indicada aos 12 meses (um ano de idade). Uma segunda

dose da tetraviral deve ser agendada para 15 meses de idade.

criança maior de 15 meses até adolescente

de 19 anos

Deve-se considerar vacinado aquele que comprovar o esquema de duas doses.

Se apresentar comprovação de apenas uma dose, deve-se administrar a segunda dose.

Duas doses da vacina são indicadas para aquele não vacinado com nenhuma dose, com o intervalo mínimo de 30 dias.

adulto (20 a 49 anos)

É indicada apenas uma dose em individuos de 20 a 49 que não apresentarem comprovação vacinal.

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Notas sobre a vacina sarampo, caxumba e rubéola (SCR):

Indivíduos até 19 anos que não tiver comprovação do recebimento

de duas doses da vacina sarampo, caxumba e rubéola devem receber

duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias.

Quando houver comprovação das duas doses não é preciso vacinar.

A partir dos 20 anos o esquema com a vacina sarampo, caxumba e

rubéola é de dose única e considera vacinação anterior devidamente

comprovada, sendo indicada para pessoas de 20 a 49 anos.

O Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI)

está ampliando o Calendário Básico de Vacinação da Criança em 2013, com a

introdução da vacina tetra viral que possibilitará evitar complicações, casos

graves e óbitos por varicela no grupo alvo da vacinação e a prevenção, controle e

eliminação das doenças sarampo, caxumba e rubéola.

A vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) substituirá a

vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para as crianças de 15 meses

de idade. Assim, com a introdução da vacina tetra viral, o PNI visa reduzir o

número de injeções em um mesmo momento, bem como buscar uma melhor

adesão à vacinação e consequentemente, melhoria das coberturas vacinais.

Essa vacina, desde setembro de 2013, está sendo disponibilizada para as

crianças entre 15 a 23 meses e 29 dias de idade (preferencialmente aos 15

meses), que tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral, nas 35 mil salas

de vacina da rede pública.

No Brasil, a vacina varicela está disponível desde 2000 nos Centros de

Referências para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para indivíduos susceptíveis

em situação de pré-exposição, para pessoas sem história de varicela e com maior

risco de desenvolver doença grave e ou complicações associadas. Também já é

utilizada em situação de pós-exposição, para imunocompetentes susceptíveis,

comunicantes intra-hospitalares de casos de varicela. Esta vacina está também

incluída no Calendário de Vacinação dos Povos Indígenas desde 2002.

Neste contexto, o PNI amplia a oferta de vacinas na rotina de vacinação da

criança com a introdução da vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e

varicela - atenuada), exclusivamente, para as crianças de 15 meses de idade, que

já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral.

Para não esquecer: A vacina tetra viral é indicada para a imunização ativa

de crianças contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela. A introdução da vacina

tetra viral no PNI ocorre com a administração de uma dose aos

preferencialmente 15 meses de idade (podendo ser aplicada entre os 15 a 23

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meses e 29 dias), para crianças que já receberam uma dose da vacina tríplice

viral.

Após a implantação da vacina tetra viral no calendário de vacinação da

criança, o Ministério da Saúde irá monitorar a situação epidemiológica da

varicela, visando à definição de qual o melhor período para a inclusão da uma

segunda dose com a vacina varicela nesse calendário.

As embalagens tetra viral contêm 10 frascos-ampola mais 10 seringas

preenchidas com diluente (0,5 mL) e 20 agulhas para a reconstituição e

administração da vacina.

Figura - Vacina Tetra Viral (Ministério da Saúde, 2013).

Em síntese, a vacina tetra viral é disponibilizada na rotina dos serviços

públicos de vacinação em substituição à segunda dose da vacina tríplice viral

aos 15 meses de idade.

Vejamos uma questão sobre as vacinas referidas:

17. (HUPAA-UFAL/EBSERH/IDECAN/2014) A vacina tríplice viral (SCR) do

Programa Nacional de Imunização deve ser aplicada em pessoas maiores de 20

anos com o seguinte esquema:

a) Dose única.

b) 2 doses, com intervalo de 30 dias.

c) 2 doses, com intervalo de 60 dias.

d) 3 doses, com intervalos de 30 e 60 dias.

e) 3 doses, com intervalos de 60 dias cada.

COMENTÁRIOS:

A partir dos 20 anos o esquema com a vacina sarampo, caxumba e

rubéola é de dose única e considera vacinação anterior devidamente

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comprovada, sendo indicada para pessoas de 20 a 49 anos. Nesses termos, o

gabarito é a letra A.

11 - Vacina Febre Amarela

A febre amarela continua sendo um importante problema de saúde pública

particularmente nos 13 países das Américas com áreas endêmicas. Nos últimos

trinta anos a atividade do vírus da febre amarela se encontra restrita a área

enzoótica compreendida por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana

Francesa, Panamá, Peru, Suriname, Trinidad e Tobago e Venezuela.

A principal estratégia de prevenção é a vacinação. A vacinação contra a

febre amarela é recomendada para uma grande área do Brasil onde a

transmissão é considerada possível, principalmente para indivíduos não

vacinados e que se expõem em áreas de mata, onde o vírus ocorre. Atualmente,

as áreas de vacinação são revisadas anualmente, com apoio de especialistas para

identificação dos municípios com maior risco de transmissão.

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A vacina está recomendada na rotina, no Calendário Nacional de Vacinação,

na área com recomendação de vacina (ACRV) e o esquema constitui em uma 1

(uma) dose aos 9 (nove) meses de idade, sendo necessária uma dose de

reforço aos 4 (quatro) anos de idade. O intervalo mínimo a ser considerado

entre a dose do esquema e o reforço é de 30 dias.

Vamos observar as seguintes situações no que se refere à vacinação contra

febre amarela:

A vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e

controle da doença. Produzida no Brasil desde 1937, pelo Instituto de

Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, é da cepa 17DD, sendo

constituída por vírus vivos atenuados derivados de uma amostra africana do

vírus amarílico selvagem. Apresenta eficácia acima de 95%.

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A vacina febre amarela é reconhecidamente eficaz e segura. Entretanto,

eventos adversos podem ocorrer, como reações locais e sistêmicas, tais como

febre, dor local, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor no corpo), dentre outros.

Atenção especial deve ser dada quando, após administração da vacina de febre

amarela, a pessoa apresentar dor abdominal intensa.

Os anticorpos protetores aparecem entre o sétimo e décimo dia após a

aplicação, razão pela qual a imunização deve ocorrer dez dias antes de se

ingressar em área de transmissão. É contraindicada para:

• Crianças com menos de 6 meses de idade.

• Pacientes com imunossupressão de qualquer natureza, como: - Pacientes

infectados pelo HIV com imunossupressão grave, com a contagem de células

CD4 <200 células/mm³ ou menor de 15% do total de linfócitos, para crianças

com menos de 6 anos de idade.

•Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras

(corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores).

•Pacientes su metidos a transplante de órgãos.

•Pacientes com imunodeficiência primária.

•Pacientes com neoplasia.

Observação: Nos casos de pacientes com imunodeficiência, a

administração desta vacina deve ser condicionada a avaliação médica individual

de risco-benefício e não deve ser realizada em caso de imunodepressão grave.

• Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a su stâncias

presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos

que contêm proteína animal bovina).

• Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis,

timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica).

Vejamos uma questão sobre a vacina em tela:

18. (Prefeitura de Osasco-SP/FGV/2014) O Calendário Nacional de Vacinação

estabelece que os idosos de 60 anos ou mais devem ser imunizados contra a

febre amarela. Assinale a opção que indica o número de doses e o intervalo de

tempo recomendado para essa vacina.

a) Uma dose a cada ano.

b) Duas doses a cada 5 anos.

c) Três doses a cada 10 anos.

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d) Duas doses a cada 6 anos.

e) Uma dose a cada 10 anos.

COMENTÁRIOS:

De acordo com as novas recomendações para a vacina febre amarela, o

esquema constitui em uma 1 (uma) dose aos 9 (nove) meses de idade, sendo

necessária uma dose de reforço aos 4 (quatro) anos de idade.

No entanto, essa questão foi elaborada de acordo com o esquema antigo:

uma dose a partir dos 9 meses, com reforço a cada 10 anos.

Nessa tela, o gabarito é a letra E.

Fique atento! Imunização é um conteúdo que passa por constantes

atualizações, por isso cuidado na hora da resolução das questões, pois

algumas bancas ainda cobram o esquema antigo.

12 - Vacina Pólio

No Brasil, a vacina que vem sendo utilizada com sucesso desde a década de

60 é a vacina oral poliomielite (VOP), vacina de vírus atenuados, trivalente,

contendo os três tipos de poliovirus (1, 2 e 3). É epidemiológica e

operacionalmente a melhor vacina para gerar proteção a cada um dos três tipos

de vírus da poliomielite e tem sido amplamente utilizada, viabilizando a

erradicação global da doença.

As ações de vacinação desenvolvidas contribuíram para a erradicação da

poliomielite no País, sendo que o último caso ocorreu em 1989.

Conforme definido no plano global de erradicação, uma região precisa estar

sem circulação do vírus da poliomielite por três anos, em vigência de um

sistema de vigilância para paralisias flácidas agudas funcionante, para ser

declarada como livre da circulação do poliovírus.

No entanto, a não ocorrência de pólio no continente americano não é o

suficiente, uma vez que a doença ainda circula em outros países e pode ser

reintroduzida na região através de viajantes infectados em regiões que

apresentam bolsões de pessoas não vacinadas, por exemplo.

A vigilância sensível de paralisias flácidas agudas, através da notificação,

investigação e coleta oportuna de amostras de fezes de todos os casos de

paralisias flácidas agudas é fundamental para a garantia de detecção rápida de

um vírus importado e as altas e homogêneas coberturas vacinais evitam que

esses vírus circulem. É por isso que o Brasil e outros países da região ainda

realizam campanhas de vacinação com a vacina oral poliomielite e priorizam a

vigilância de paralisias flácidas agudas.

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É inegável o sucesso e a contribuição da utilização da VOP na erradicação

da poliomielite. A interrupção do seu uso deverá ser cuidadosamente

programada e planejada. As principais estratégias a serem consideradas após a

interrupção da VOP, mundialmente, são uma vigilância ativa e a não interrupção

da imunização com a vacina poliomielite inativada (VIP).

Como países desenvolvidos e em desenvolvimento declararam a intenção

de continuar com a imunização de suas populações, mesmo após a erradicação

do poliovírus selvagem, a VIP deverá ser utilizada nesses países para prevenir a

reintrodução do vírus selvagem e o ressurgimento da poliomielite.

O Brasil, visando cumprir esta determinação, introduziu, desde agosto de

2012, a vacina inativada poliomielite (VIP) em esquema sequencial com 2 doses

de VIP e 2 doses de VOP. As doses da VIP visam minimizar o risco, que é

raríssimo, de paralisia associada à vacina, e as da VOP, manter a imunidade

populacional (de rebanho) contra o risco potencial de introdução de poliovírus

selvagem através de viajantes oriundos de localidades que ainda apresentam

casos autóctones da poliomielite, por exemplo.

Estudos realizados em todo o mundo permitiram descrever as

características da VIP, como a capacidade para evitar surtos de poliomielite, de

modo que muitos países já a incluíram nos seus calendários de vacinação de

forma exclusiva ou com esquema sequencial.

Veja que a tendência é a substituição da vacina oral da poliomielite (VOP)

pela vacina inativada poliomielite (VIP). No Brasil, atualmente as crianças

recebem duas doses de cada (VIP - 1ª dose aos dois meses e 2ª dose aos quatro

meses; VOP - 3ª dose aos seis meses e reforço aos quinze meses), além da

vacinação com a VOP anualmente nas campanhas nacionais para crianças

menores de 5 anos.

Neste sentido, o esquema vacinal contra a poliomielite será sequencial

(VIP/VOP) de quatro doses para crianças menores de 1 ano de idade que

estiverem iniciando o esquema vacinal. A VIP deverá ser administrada aos 2

meses (1ª dose) e 4 meses (2ª dose), e a VOP aos 6 meses (3ª dose) e 15 meses

(reforço). A preferência para a administração da VIP aos 2 e 4 meses de idade

tem a finalidade de evitar o risco, que é raríssimo, de evento adverso pós-

vacinação.

Vacinação contra poliomielite no

Brasil

VIP - 1ª dose aos dois meses e 2ª dose aos quatro

meses

VOP - 3ª dose aos seis meses e

reforço aos quinze meses

vacinação com a VOP anualmente nas campanhas

nacionais.

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O intervalo entre as doses é de 60 dias, podendo ser de 30 dias, sendo que

nos primeiros 6 meses de idade o intervalo mínimo de 30 dias só é recomendado

se o indivíduo estiver sob risco iminente de exposição à circulação viral, como

por exemplo, pessoas que se deslocarão a regiões endêmicas ou em situações de

surto da doença.

Notas sobre a vacina inativada poliomielite (VIP):

A VIP só deve ser administrada em criança de 2 meses a menores de

1 ano de idade que estiverem iniciando esquema vacinal;

Se a criança receber VIP aos 2 meses e por algum motivo receber VOP

aos 4 meses, o esquema será completado com VOP.

A via de administração preferencial da VIP é a intramuscular, entretanto,

a via subcutânea também pode ser usada, mas em situações especiais (casos de

discrasias sanguíneas).

O local de aplicação preferencial para injeção intramuscular em bebês é o

músculo vasto-lateral da coxa ou região ventroglútea e para crianças maiores o

músculo deltóide.

A dose dessa vacina (VIP) é de 0,5 mL.

As contraindicações da VIP são as seguintes:

• Qualquer indivíduo portador de alergia grave (anafilaxia) a

qualquer componente da vacina. Como a VIP contém vestígios de

estreptomicina, neomicina, e polimixina B, existe um risco teórico

de reações alérgicas em pessoas sensíveis a estes antibióticos;

• Qualquer pessoa que já apresentou quadro de reação alérgica grave

a uma vacinação anterior com VIP;

• Pessoas com quadro clínico de doenças respiratórias superiores

leve a moderada, com ou sem febre, reação local a uma dose prévia

da vacina, terapia antimicrobiana atual e, a fase de convalescença

de doença aguda não são contraindicações para a vacinação com

VIP;

• A amamentação não interfere com o sucesso da imunização com a

Vacinas contra a Poliomielite

VIP

1ª dose - 2 meses (idade mínima – 6 semanas)

2ª dose - 4 meses (intervalo mínimo – 30 dias)

VOP

3ª dose - 6 meses

Reforço - 15 meses

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

VIP.

A via de administração exclusiva da VOP é a oral, com a dose de duas

gotas.

Notas sobre a vacina oral poliomielite (VOP):

• Indivíduos com cinco anos de idade ou mais:

Sem comprovação vacinal: administrar 3 doses da VOP, com

intervalo de 60 dias entre elas, mínimo de 30 dias;

Com esquema incompleto: completar esquema com a VOP;

Nesta faixa etária não há necessidade de reforço.

• Repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar.

• Esta vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, contato de

pessoa HIV positivo ou com Aids, bem como que tenham histórico de

paralisia flácida associada à dose anterior da VOP.

A vacina inativada poliomielite (VIP) deverá ser conservada sob

refrigeração, à temperatura de +2°C a +8°C. Não deve ser congelada. O frasco

multidose da vacina, uma vez aberto, pode ser usado por um prazo estabelecido

pelo laboratório produtor, constante da bula do produto ou das normas do PNI,

desde que armazenada entre 2º a 8ºC.

Passemos para resolução de uma questão sobre o tema:

19. (HU-UFS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) No que se refere à vacina

inativada poliomielite (VIP) e a vacina oral contra poliomielite (VOP), informe

se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa

com a sequência correta.

( ) A Vacina oral contra poliomielite (VOP) foi retirada do calendário infantil de

imunizações, pois foi substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP).

( ) Está indicada para a imunização passiva contra a poliomielite causada

pelos três sorotipos (1,2 e 3) a partir dos 4 meses de idade.

( ) O Programa Nacional de Imunizações recomenda que a vacina poliomielite

1, 2 e 3 (inativada) não seja administrada simultaneamente com a vacina de

Rotavírus.

( ) A vacina inativada poliomielite não deve ser usada em controle de surtos

da doença se a vacina oral poliomielite estiver disponível.

a) F – F – V – V.

b) V – V – F – F.

c) F – V – F – V.

d) V – V – V – F.

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

e) F – F – F – V.

COMENTÁRIOS:

Amigo(a), apesar das inúmeras vantagens, alguns eventos indesejáveis

podem ocorrer associados ao uso da VOP, por conter vírus vivos atenuados,

eventos estes raros, como casos de paralisia associada à vacina (VAPP) e o

poliovírus derivado da vacina (VPDV).

É por esse motivo que o Ministério da Saúde introduziu, a partir de agosto

de 2012, a vacina inativa poliomielite (VIP) ou (Salk) em esquema sequencial

com 2 doses de VIP e 2 doses de VOP.

(VIP - 1ª dose aos dois meses e 2ª dose aos quatro meses; VOP - 3ª dose

aos seis meses e reforço aos quinze meses)

Vejamos agora cada um dos itens da questão:

Item I. A Vacina oral contra poliomielite (VOP) foi retirada do calendário

infantil de imunizações, pois foi substituída pela vacina inativada poliomielite

(VIP). Incorreto. Houve uma alteração no calendário, mas a VOP foi mantida,

conforme explicações acima.

Item II. Está indicada para a imunização passiva contra a poliomielite

causada pelos três sorotipos (1,2 e 3) a partir dos 2 meses de idade.

Item III. O Programa Nacional de Imunizações recomenda que a vacina

poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) não seja administrada simultaneamente com a

vacina de Rotavírus. Falso. A vacina poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) pode ser

administrada simultaneamente com qualquer outra vacina recomendada pelo

Programa Nacional de Imunizações. Em caso de administração concomitante,

devem ser utilizadas diferentes agulhas e sítios de administração.

Item IV. A vacina inativada poliomielite (VIP) não deve ser usada em

controle de surtos da doença se a vacina oral poliomielite (VOP) estiver

disponível. Verdadeiro. O vírus vacinal (VOP) compete com o vírus selvagem

pela ocupação dos sítios de acoplamento na luz intestinal e assim é eficaz no

bloqueio de surtos

Nesses termos, o gabarito da questão é a letra E.

13 - Vacina HPV

Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes

no câncer de colo do útero. Essas vacinas, na verdade, previnem contra a

infecção por HPV. Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo de

útero só poderá ser observado após décadas. Uma delas é a quadrivalente, ou

seja, previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos

de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

genitais. A outra é específica para os subtipos de HPV 16 e 18.

O Brasil está disponibilizando a vacina contra o HPV, usada na prevenção

de câncer de colo do útero. A vacina irá proteger meninas de 9 a 13 anos contra

quatro variáveis do vírus. Já em 2014, meninas dos 11 aos 13 anos receberam as

duas primeiras doses necessárias à imunização, a dose inicial e a segunda seis

meses depois. A terceira dose deverá ser aplicada cinco anos após a primeira.

Em 2015, será estendida para as adolescentes de 9 a 11 anos. A vacina será

produzida por meio de parceria entre Butantan e Merck

População-alvo será: meninas de 9 a 13 anos, com esquema vacinal de 3

doses.

As doses só serão aplicadas com autorização dos pais ou responsáveis.

Atenção! O esquema completo de vacinação é composto de três doses. O

esquema normal da vacina (0, 2 e 6 meses) é 1ª dose, 2ª dose após dois meses e

3ª dose após seis meses.

No entanto, o Ministério da Saúde está adotando o esquema estendido (0, 6

e 60 meses): 1ª dose, 2ª dose seis meses depois, e 3ª dose após cinco anos da 1ª

dose.

Vejam o esquema vacinal proposto pelo Ministério da Saúde:

Esquema vacinal: 3 doses:

1ª dose

2ª dose: 6 meses após a 1ª dose

3ª dose: 60 meses após a 1ª dose

O tipo da vacina é: quadrivalente (subtipos 6, 11, 16 e 18).

Indicações:

Prevenção contra HPV 16 e 18 (responsável por 70% dos casos de

câncer de colo do útero)

6 e 11 (verrugas genitais - condiloma acuminado)

Confere ainda proteção cruzada contra HPV 31, 33,52 e 58

Evidências recentes – 56% de redução na prevalência do HPV entre

adolescentes apesar de apenas 35% de cobertura vacinal nos Estados

Unidos.

Atenção! Vacina é eficaz em quem ainda não iniciou a vida sexual e,

portanto, não teve contato com o vírus HPV.

A adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame de

citologia, Papanicolaou (preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível

para o enfrentamento do problema. Ainda há muitas perguntas sem respostas

relativas a essas vacinas.

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

Vejamos agora duas questões sobre o tema:

20. (MEAC e HUWC UFC/EBSERH/Instituto AOCP/2014) Em 2014, o Ministério

da Saúde incluiu a vacina contra o HPV no Calendário Nacional de Vacinação e

ela será fornecida gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde. Com relação à

vacina do HPV, é correto afirmar que

a) é de dose única e deve ser administrada em meninos e meninas.

b) são duas doses e deve ser administrada apenas em meninas.

c) é de dose única e deve ser administrada apenas em meninas.

d) são três doses e de devem ser administradas apenas em meninas.

e) são três doses e devem se administradas em meninas e meninos.

COMENTÁRIOS:

O Ministério da Saúde está adotando o esquema estendido (0, 6 e 60

meses): 1ª dose, 2ª dose seis meses depois, e 3ª dose após cinco anos da 1ª

dose em meninas. A partir do exposto, verificamos que o gabarito é a letra D.

21. (HU-UFMS/BSERH/Instituto AOCP/2014) A prevenção do HPV representa

potencial para reduzir a carga de doença cervical e lesões precursoras do

câncer de colo de útero. Para isto, o Ministério da Saúde adotou a vacina

a) pentavalente contra HPV que confere proteção contra HPV de baixo risco

(HPV 16 e 21) e de alto risco (HPV 56, 28 e 33).

b) quadrivalente contra HPV que confere proteção contra HPV de baixo risco

(HPV 6 e 11) e de alto risco (HPV 16 e 18).

c) bivalente contra HPV que confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV

26) e de alto risco (HPV 33).

d) pentavalente contra HPV que confere proteção contra HPV de baixo risco

(HPV 16 e 18) e de alto risco (HPV 12, 15 e 23).

e) monovalente que confere proteção contra HPV de alto risco (HPV 16).

COMENTÁRIOS:

O Ministério da Saúde adotou a vacina quadrivalente contra HPV que

confere proteção contra HPV de baixo risco (HPV 6 e 11) e de alto risco (HPV 16

e 18). Dessa forma, o gabarito é a letra B.

14 - Profilaxia contra a Raiva

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

A prevenção da Raiva transmitida em áreas urbanas ou rurais, por animais

domésticos, é feita mediante a manutenção de altas coberturas vacinais nesses

animais, por meio de estratégias de rotina e campanhas; controle de foco e

bloqueio vacinal; captura e eliminação de cães de rua; envio de amostras para

exame laboratorial, para monitoramento da circulação viral. A profilaxia da

Raiva humana é feita com o uso de vacinas e soro, quando os indivíduos são

expostos ao vírus rábico pela mordedura, lambedura de mucosas ou arranhadura

provocada por animais transmissores da Raiva.

A vacinação antirrábica não tem contraindicação, devendo ser iniciada o

mais breve possível e garantir o completo esquema de vacinação preconizado.

Raiva

Prevenção da

Raiva

transmitida em

áreas urbanas ou

rurais, por

animais

domésticos.

Manutenção de altas coberturas vacinais nesses

animais, por meio de estratégias de rotina e

campanhas;

Controle de foco e bloqueio vacinal; captura e

eliminação de cães de rua;

Envio de amostras para exame laboratorial, para

monitoramento da circulação viral.

Profilaxia da

Raiva

É feita com o uso de vacinas e soro, quando os

indivíduos são expostos ao vírus rábico pela

mordedura, lambedura de mucosas ou arranhadura

provocada por animais transmissores da Raiva.

A vacina sempre faz parte do esquema de

profilaxia;

A indicação do soro ocorre quando se trata de um

acidente de alto risco para desenvolvimento da

doença.

Nobres concurseiros, vejam que os instrumentos disponíveis para

prevenção e controle da raiva humana são a vacina e o soro.

As vacinas humanas (cultivo celular) são mais potentes, seguras e isentas

de risco. São produzidas em cultura de células (diploides humanas, células Vero,

células de embrião de galinha, etc.), com cepas de vírus Pasteur (PV) ou Pittman-

Moore (PM) inativados pela betapropiolactona.

As vias de aplicação são a intramuscular (mais utilizada) e intradérmica

(utilizada em casos específicos).

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

Via intramuscular - são apresentadas na dose 0,5ml e 1ml,

dependendo do fabricante (verificar embalagem e/ou lote). A dose

indicada pelo fabricante NAO DEPENDE da idade ou do peso do

paciente. A aplicação intramuscular deve ser profunda, na região do

deltoide ou vasto lateral da coxa. Em crianças até 2 anos de idade,

está indicado o vasto lateral da coxa.

Via intradérmica - a dose da via intradérmica e de 0,1ml. Deve ser

aplicada em locais de drenagem linfática, geralmente nos braços, na

inserção do músculo deltoide.

Importante! A vacina antirrábica não deve ser aplicada na região glútea.

A vacina contra raiva não tem contraindicação (gravidez, mulheres

lactantes, doença intercorrente ou outros tratamentos), devido à gravidade da

doença que apresenta letalidade de aproximadamente 100%.

As vacinas contra a raiva produzidas em meios de cultura são seguras. De

acordo com os trabalhos publicados na literatura, causam poucos eventos

adversos e, na quase totalidade dos casos, de pouca gravidade. O soro para uso

humano (soro heterólogo) é uma solução concentrada e purificada de

anticorpos, preparada em equídeos imunizados contra o vírus da raiva.

A dose indicada e de 40UI/kg de peso do paciente. Deve-se infiltrar nas

lesões a maior quantidade possível da dose do soro (vejam que o soro é aplicado

diretamente ao redor das lesões do animal agressor). Quando a lesão for extensa

e múltipla, a dose do soro a ser infiltrada, pode ser diluída, em soro fisiológico,

para que todas as lesões sejam infiltradas. Caso a região anatômica não permita

a infiltração de toda a dose, a quantidade restante, a menor possível, deve ser

aplicada por via intramuscular, na região glútea.

No quadro a seguir, encontra-se o esquema para tratamento profilático

antirrábico humano

Tipo de exposição

Condições do animal agressor

Cão ou gato sem

suspeita de Raiva

no momento da

agressão

Cão ou gato

clinicamente

suspeito de Raiva

no momento da

agressão

Cão ou gato raivoso

desaparecido ou

morto

Animais silvestres5

(inclusive os

domiciliados)

Animais domésticos

de interesse

econômico ou de

produção

Contato indireto

• Lavar com água e

sabão;

• Não tratar.

• Lavar com água e

sabão;

• Não tratar;

• Lavar com água e

sabão;

• Não tratar;

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Tipo de exposição

Condições do animal agressor

Cão ou gato sem

suspeita de Raiva

no momento da

agressão

Cão ou gato

clinicamente

suspeito de Raiva

no momento da

agressão

Cão ou gato raivoso

desaparecido ou

morto

Animais silvestres5

(inclusive os

domiciliados)

Animais domésticos

de interesse

econômico ou de

produção

Acidentes leves

• Ferimentos

superficiais, pouco

extensos,

geralmente únicos,

em tronco e

membros (exceto

mãos, polpas

digitais e planta dos

pés); podem

acontecer em

decorrência de

mordeduras ou

arranhaduras

causadas por unha

ou dente;

• Lambedura de

pele com lesões

superficiais;

• Lavar com água e

sabão

• Observar o

animal durante 10

dias após

exposição1

;

• Se o animal

permanecer sadio

no período de

observação,

encerrar o caso;

• Se o animal

morrer,

desaparecer ou se

tornar raivoso,

administrar 5

doses de vacina

(dias 0, 3, 7, 14 e

28).

• Lavar com água e

sabão

• Iniciar tratamento

profilático com 2

doses, uma no dia 0

e outra no dia 3.

• Observar o animal

durante 10 dias após

exposição1

;

• Se a suspeita de

Raiva for descartada

após o 10° dia de

observação,

suspender o

tratamento

profilático e

encerrar o caso;

• Se o animal

morrer, desaparecer

ou se tornar raivoso,

completar o

esquema até 5

doses, aplicar uma

dose entre o 7° e o

10° dias e uma dose

nos dias 14 e 28.

• Lavar com água e

sabão;

• Iniciar

imediatamente o

esquema profilático

com 5 doses de

vacina administradas

nos dias 0, 3, 7, 14 e

28.

Acidentes graves

• Ferimentos na

cabeça, face,

pescoço, mão,

polpas digitais e/ou

planta do pé;

• Ferimentos

profundos,

múltiplos ou

extensos, em

qualquer região do

corpo;

• Lam edura de

mucosas;

• Lavar com água e

sabão

• O servar o animal

durante 10 dias

após exposição1,2

;

• Iniciar esquema

profilático com 2

doses, uma no dia 0

e outra no dia 3.

• Se o animal

permanecer sadio

no período de

observação,

encerrar o caso;

• Lavar com água e

sabão

• Iniciar o

tratamento com

soro3 e 5 doses de

vacina nos dias 0, 3,

7, 14 e 28;

• O servar o animal

durante 10 dias após

exposição;

• Se a suspeita de

Raiva for descartada

após o 10° dia de

observação,

• Lavar com água e

sabão

• Iniciar

imediatamente o

esquema profilático

com soro 3 e 5 doses

de vacina

administrada nos

dias 0, 3, 7, 14 e 28.

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Tipo de exposição

Condições do animal agressor

Cão ou gato sem

suspeita de Raiva

no momento da

agressão

Cão ou gato

clinicamente

suspeito de Raiva

no momento da

agressão

Cão ou gato raivoso

desaparecido ou

morto

Animais silvestres5

(inclusive os

domiciliados)

Animais domésticos

de interesse

econômico ou de

produção

• Lam edura de

pele onde já existe

lesão grave;

• Ferimento

profundo causado

por unha de animal.

• Se o animal

morrer,

desaparecer ou se

tornar raivoso, dar

continuidade ao

esquema

profilático,

administrando o

soro 3,4 e

completando o

esquema até 5

doses.

Aplicar uma dose

entre o 7° e o 10°

dia e uma dose nos

dias 14 e 28.

suspender o

esquema profilático

e encerrar o caso;

1 - É necessário orientar o paciente para que ele notifique imediatamente a

Unidade de Saúde se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, uma vez

que podem ser necessárias novas intervenções de forma rápida, como a

aplicação do soro ou o prosseguimento do esquema de vacinação.

2 - É preciso avaliar, sempre, os hábitos do cão e gato e os cuidados recebidos.

Podem ser dispensados do esquema profilático as pessoas agredidas pelo cão ou

gato que, com certeza, não tem risco de contrair a infecção rábica. Por exemplo,

animais que vivem dentro do domicílio (exclusivamente); não tenham contato

com outros animais desconhecidos; que somente saem à rua acompanhados dos

seus donos e que não circulem em área com a presença de morcegos. Em caso de

dúvida, iniciar o esquema de profilaxia indicado. Se o animal for procedente de

área de raiva controlada não é necessário iniciar o esquema profilático. Manter o

animal sob observação e só iniciar o esquema profilático indicado (soro+vacina)

se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso.

3 - O soro deve ser infiltrado na(s) porta(s) de entrada. Quando não for possível

infiltrar toda dose, aplicar o máximo possível e a quantidade restante, a menor

possível, aplicar pela via intramuscular, podendo ser utilizada a região glútea.

Sempre aplicar em local anatômico diferente do que aplicou a vacina. Quando as

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

lesões, forem muito extensas ou múltiplas a dose do soro a ser infiltrada pode

ser diluída, o menos possível, em soro fisiológico para que todas as lesões sejam

infiltradas.

4 - Nos casos em que se conhece só tardiamente a necessidade do uso do soro

antirrábico ou quando o mesmo não se encontra disponível no momento, aplicar

a dose de soro recomendada antes da aplicação da 3ª dose da vacina de cultivo

celular. Após esse prazo o soro não é mais necessário.

5 - Nas agressões por morcegos deve-se indicar a soro-vacinação

independentemente da gravidade da lesão, ou indicar conduta de reexposição.

Vejamos uma questão sobre o tema:

22. (HU-UFS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) A profilaxia pré-exposição deve

ser indicada para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da

Raiva, durante atividades ocupacionais exercidas por profissionais como

biólogos e médicos veterinários. Assim, o esquema pré-exposição e os dias de

aplicação nestes casos são:

a) Esquema: 3 doses; Dias de aplicação: 0,7,28.

b) Esquema: 2 doses; Dias de aplicação: 0,3.

c) Esquema: Dose única; Dias de aplicação: 0.

d) Esquema: 5 doses; Dias de aplicação: 0,3,7,14,28.

e) Esquema: 4 doses; Dias de aplicação: 0, 3, 7,14.

COMENTÁRIOS

A questão aborda sobre profilaxia pré-exposição, vamos entendê-la para

poder resolver a questão. Essa profilaxia deve ser indicada para pessoas com

risco de exposição PERMANENTE ao vírus da raiva, durante atividades

ocupacionais exercidas por profissionais como:

médico veterinário;

biólogo;

auxiliares e demais funcionários de laboratório de virologia e

anatomopatologia para raiva;

estudantes de veterinária, biologia e agrotécnica;

pessoas que atuam no campo na captura, vacinação, identificação e

classificação de mamíferos passíveis de portarem o vírus, bem como

funcionários de zoológicos;

pessoas que desenvolvam trabalho no campo (pesquisas,

investigações ecoepidemiológicas) com animais silvestres; e

espeleólogos, guias ecoturismo, pescadores e outros profissionais

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que trabalham em áreas de risco.

Vejamos como é o esquema pré-exposição para raiva.

Esquema 3 doses

Dias de

aplicação

0, 7, 28

Vias de

administração,

dose e local

de aplicação.

Intramuscular profunda: dose completa. Local:

deltoide ou vasto lateral. NÃO APLICAR NO

GLÚTEO.

Intradérmica: 0,1 ml, na inserção do músculo

deltoide.

Controle

sorológico

A partir do 14º dia após a última dose do

esquema.

Atenção! São considerados satisfatórios os títulos

de anticorpos ≥ 0,5 UI/ml.

O item correto é o A, pois descreve que o esquema pré-exposição é

composto por 3 doses, nos dias 0, 7 e 28.

15 - Introdução da vacina dTpa para gestantes no Calendário Nacional de

Vacinação

Considerando a situação epidemiológica da coqueluche e a necessidade de

proteger contra a doença o binômio mãe-filho, a vacina adsorvida de difteria,

tétano e coqueluche (pertussis acelular) - dTpa, foi introduzida desde de

novembro de 2014 no Calendário Nacional de Vacinação para gestantes e

profissionais de saúde que atendam recém-nascidos nas maternidades e UTIs

neonatais, como reforço ou complementação do esquema da vacina dupla adulto

(difteria e tétano).

Esta vacina oferece proteção vacinal indireta nos primeiros meses de vida

(passagem de anticorpos maternos por via transplacentária para o feto) quando

a criança ainda não teve a oportunidade de completar o esquema vacinal.

Indicação da vacina:

A vacina é indicada para gestantes a partir da vigésima sétima semana (27ª)

até a trigésima sexta semana (36ª) de gestação, preferencialmente, podendo ser

administrada até 20 dias antes da data provável do parto. A dTpa adulto deve

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ser administrada a cada gestação considerando que os anticorpos tem curta

duração, portanto, a vacinação na gravidez não levará a alto nível de anti-corpos

protetores em gestações subsequentes. Esta vacina deverá ser registrada no

cartão do pré-natal ou de vacinação do adulto.

Para a proteção do RN, além da indicação da vacina para as gestantes, é de

fundamental importância a vacinação dos profissionais de saúde que atuam em

maternidades e em unidades de internação neonatal (UTI/UCI convencional e

UCI Canguru), atendendo recém-nascidos e crianças menores de um ano.

Especificação técnica:

Caixa com 10 seringas prenchidas monodose de 0,5 mL e 10 agulhas para

aplicação intramuscular.

Esquema recomendado: O esquema recomendado da dTpa adulto é uma

dose a cada gestação;

A depender da situação vacinal encontrada administrar uma dose da vacina

dTpa para iniciar o esquema, completar ou como dose de reforço. Este esquema

deverá ser completada até 20 dias antes da data provável do parto com a dT.

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16 – Vacina Hepatite A

E indicada para a prevenção da infecção causada pelo vírus da hepatite A. O

PNI recomenda a vacinação de crianças de 12 meses ate menores de 2 anos de

idade.

O PNI recomenda uma dose aos 12 meses de idade na rotina de vacinação.

Situações individuais especificas podem exigir a adoção de esquema e dosagem

diferenciados nos CRIE.

O volume da vacina a ser administrado e de 0,5 mL. A vacina pode ser

administrada simultaneamente com as demais vacinas dos calendários de

vacinação do Ministério da Saúde.

A vacina e administrada por via intramuscular.

Atenção! A vacina contra Hepatite A foi incluída desde o

dia 15/07/2014 no Calendário Nacional de Imunização. É

indicada para crianças entre 1 a 2 anos. Dose única, 0,5 ml, IM.

17 - Contraindicações, Situações Especiais, Adiamento, Vacinação Simultânea

e Falsas Contraindicações

23. (Rômulo Passos) A ocorrência de febre, acima de 38,5 ºC, após a

administração de uma vacina constitui contraindicação à dose subsequente.

COMENTÁRIOS:

Alguns fatores, situações e condições podem ser considerados como

possíveis contraindicações comuns à administração de todo e qualquer

imunobiológico. Outros fatores, situações e condições especiais devem ser

objeto de avaliação tem em vista a decisão em vacinar. Além disso, Outros

fatores, situações e condições podem apontar a necessidade do adiamento da

vacinação. Já as situações específicas, relacionadas a cada produto em

particular, estarão citadas na descrição de cada vacina.

Contraindicação é entendida como uma condição na pessoa a ser vacinada

que aumenta, em muito, o risco de um evento adverso grave, ou que faz com

que o risco de complicações da vacina seja maior que o risco da doença contra

qual se deseja proteger. A vacina não deve ser administrada quando uma

contraindicação é identificada na pessoa a ser vacinada.

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Para todo e qualquer imunobiológico consideram-se como

contraindicações:

a ocorrência de hipersensibilidade (reação anafilática) após o

recebimento de dose anterior;

história de hipersensibilidade aos componentes de qualquer um dos

produtos.

Agora, vamos descrever algumas considerações sobre esse tema:

A questão está incorreta, já que a ocorrência de febre, acima de 38,5 ºC,

após a administração de uma vacina não constitui contraindicação à dose

subsequente.

24. (Rômulo Passos) De acordo com o Programa Nacional de Imunização,

pessoas que fazem uso de terapia com corticosteróides devem ser vacinadas

com intervalo de, pelo menos, um mês após a suspensão da droga.

COMENTÁRIOS:

São situações especiais que devem ser avaliadas, cada uma em suas

particularidades, no sentido da indicação ou não da vacinação:

pessoas que fazem uso de terapia com corticosteróides devem ser

vacinadas com intervalo de, pelo menos, um mês após a suspensão

da droga;

Notas:

Essas pessoas podem estar imunodeprimidas, dependendo da

dose e do tempo de utilização da droga;

São consideradas como imunossupressora a dose superior a

2mg/kg de peso, por dia, de prednisona ou equivalente para

I

• A ocorrência de febre, acima de 38,5 ºC, após a administração de uma vacina não constitui contraindicação à dose subsequente.

II

• Quando ocorrer febre, administrar antitérmico de acordo com a prescrição médica.

III

• Não indicar o uso de paracetamol antes ou depois da vacinação para não diminuir a imunogenicidade.

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crianças, e acima de 20 mg/kg de peso, por dia, para crianças

maiores e adultos, por tempo superior a 14 dias.

pessoas infectadas pelo HIV precisam de proteção especial contra as

doenças imunopreveníveis, mas é necessário avaliar cada caso,

considerando que há uma grande heterogeneidade de situações,

desde o soropositivo (portador assintomático, sem alterações

imunológicas) até o imunodeprimido, com a instalação da doença;

indivíduos classificados como HIV-positivos, mas que não

apresentam alterações imunológicas e não registram sinais ou

sintomas clínicos indicativos de imunodeficiência, podem receber

todas as vacinas dos calendários de vacinação o mais precocemente

possível.

Notas:

Na medida em que aumenta a imunodepressão, aumenta o

risco da administração de vacinas de agentes vivos, bem como

a possibilidade de resposta imunológica insuficiente ou

inadequada;

Pessoas com imunodeficiência clínica ou laboratorial grave não

devem receber vacinas de agentes vivos.

a pessoa que fez transplante de medula óssea (pós-transplantada)

deve ser revacinada com todas as vacinas dos calendários oficiais de

vacinação (de acordo com a indicação: idade e dose), seis a 12 meses

depois do transplante; devem ser encaminhados ao CRIE para serem

vacinados.

Notas:

Considerar que o transplantado, com relação à resposta imune,

pode ser afetado por inúmeros fatores: imunidade do doador,

tipo de transplante, tipo de célula utilizada, medicamentos

imunossupressores etc.

A partir dos comentários, verificamos que a questão apresenta-se correta.

25. (Rômulo Passos) A decisão por adiar uma vacina está relacionada a uma

atitude de precaução por parte do profissional de saúde que deve avaliar a

relação entre o risco e o benefício de uma determinada imunização.

COMENTÁRIOS:

O adiamento da administração de um imunobiológico é uma decisão que

está relacionada a uma condição específica da pessoa que vai receber a vacina

(física e ou biológica) ou à possibilidade de interferência entre vacinas no caso

de vacinas vivas.

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A decisão por adiar uma vacina está relacionada a uma atitude de

precaução por parte do profissional de saúde que deve avaliar a relação entre o

risco e o benefício de uma determinada imunização.

O adiamento da administração de um imunobiológico, no entanto, deve

ocorrer somente em situações muito específicas a exemplo das descritas a

seguir:

quando a pessoa estiver recebendo dose elevada de corticóide, a

vacinação com vacinas de vírus vivo atenuado ou com vacina de

bactéria viva deve ser adiada por 30 dias depois da suspensão ou do

termino do tratamento;

Nota:

Considerar como elevada a dose maior que 2mg/kg de peso/por

dia, de prednisona ou equivalente para crianças e maior que

20mg/kg de peso/por dia para crianças maiores e adultos, por

um período inferior a 14 dias.

A administração de imunoglobulina humana (gamaglobulina) sangue

total ou plasma deve ser adiada nos três meses anteriores à

imunossupressão por doença ou terapêutica (quimioterapia,

radioterapia);

quando a pessoa apresenta doença grave febril principalmente para

que os sinais e sintomas da doença não sejam atribuídos ou

confundidos com possíveis eventos adversos relacionados à vacina

aplicada.

A questão, portanto, encontra-se correta.

26. (Rômulo Passos) A vacinação simultânea consiste na administração de duas

ou mais vacinas em diferentes locais ou vias de administração. Todas as vacinas

dos calendários de vacinação, sem exceção, podem ser administradas

simultaneamente sem que ocorra interferência na resposta imunológica. A

administração simultânea também não aumenta a possibilidade de reações

adversas locais ou sistêmicas.

COMENTÁRIOS:

A vacinação simultânea consiste na administração de duas ou mais vacinas

em diferentes locais ou vias de administração. Todas as vacinas dos calendários

de vacinação, de um modo geral, podem ser administradas simultaneamente

sem que ocorra interferência na resposta imunológica. A administração

simultânea também não aumenta a possibilidade de reações adversas locais ou

sistêmicas.

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Nessas situações, as vacinas devem ser administradas em locais diferentes

do corpo da pessoa a ser vacinada.

Como exceção tem-se a administração simultânea das vacinas da febre

amarela e a tríplice viral, pois, segundo estudos recentes, essa simultaneidade

reduz a resposta imunológica para a tríplice viral.

A questão, portanto, está errada.

27. (Rômulo Passos) Falsa contraindicação é a situação em que o profissional de

saúde diante de situações ou ocorrências que não têm sustentação técnica ou

científica decide por não administrar a vacina, muitas vezes por receio,

insegurança ou desconhecimento. São exemplos de situações que caracterizam a

ocorrência de falsas contraindicações, ou seja, situações em que as pessoas

podem receber qualquer vacina, exceto:

a) vigência de enfermidade aguda benigna, a exemplo de processo catarral ou

diarréia quando a criança é sadia, ou infecção simples das vias respiratórias

superiores (resfriado comum, coriza, catarro), sem febre;

b) criança prematura, com exceção daquelas com peso inferior a 2,5 kg;

c) ocorrência de reação a uma dose anterior da vacina, a exemplo da reação local

(dor, vermelhidão ou inflamação no lugar da injeção) ou febre inferior a 40,5 ºC,

registrada após a administração da vacina tetravalente;

d) uso de antibiótico ou antiviral, uma vez que esses medicamentos não

interferem na resposta imune às vacinas;

e) vigência de desnutrição, uma vez que mesmo nessas situações a resposta às

vacinas é adequada e não há aumento dos eventos adversos.

COMENTÁRIOS:

São exemplos de situações que caracterizam a ocorrência de falsas

contraindicações, ou seja, situações em que as pessoas podem receber qualquer

vacina:

vigência de enfermidade aguda benigna, a exemplo de processo

catarral ou diarréia quando a criança é sadia, ou infecção simples das

vias respiratórias superiores (resfriado comum, coriza, catarro), sem

febre;

criança prematura, com exceção daquelas com peso inferior a 2 kg;

ocorrência de reação a uma dose anterior da vacina, a exemplo da

reação local (dor, vermelhidão ou inflamação no lugar da injeção) ou

febre inferior a 40,5 ºC, registrada após a administração da vacina

tetravalente;

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uso de antibiótico ou antiviral, uma vez que esses medicamentos não

interferem na resposta imune às vacinas;

vigência de desnutrição, uma vez que mesmo nessas situações a

resposta às vacinas é adequada e não há aumento dos eventos

adversos;

diagnóstico clínico prévio de doença, relacionada a vacina a ser

administrada;

vigência de doença neurológica estável;

história familiar de convulsões relacionadas à vacina adsorvida

difteria, tétano, pertussis ou à vacina sarampo, caxumba, rubéola;

história familiar da síndrome de morte súbita do lactente relacionada

à vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis;

história de alergia aos antibióticos contidos nas vacinas (neomicina,

estreptomicina ou polimixima B), salvo se a reação alérgica que se

apresentou tenha sido do tipo anafilática;

vigência de tratamento com corticosteróides em dias alternados, em

dose inferior a 2mg/kg/dia de prednisona ou equivalente, no caso de

criança, ou em dose inferior a 20mg/kg/dia em criança maior ou

adulto, pois nessas situações essa pessoa não é considerada

imunodeprimida;

uso de corticosteróides inalatório ou tópico ou com dose de

manutenção fisiológica;

quando a pessoa é contato domiciliar de mulher grávida, ou seja,

quando convive com gestante, uma vez que os vacinados não

transmitem os vírus vacinais do sarampo, caxumba ou da rubéola;

quando a mulher está no período de amamentação pode ser vacinada;

Nota: atualmente, a exceção, no caso da mulher que está

amamentando, refere-se à vacina febre amarela (atenuada), cuja

administração deve ser adiada até que a criança complete seis

meses de idade, pela possibilidade de transmissão do vírus vacinal

pelo leite materno.

quando a pessoa está fazendo tratamento antirrábico;

quando a pessoa relatar história remota de diagnóstico clínico da

doença objeto de prevenção da vacina que está sendo administrada

ela pode ser vacinada.

Nota: nas situações de surto quando a pessoa relatar diagnóstico

clínico da doença objeto da vacinação (medida de controle) é

indicado o adiamento da vacinação.

A letra B é a incorreta, pois é uma falsa contraindicação para a

administração de imunobiológicos (vacinas) a criança ser prematura, com

exceção daquelas com peso inferior a 2 Kg, e não 2,5 kg.

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18 - Disposições Gerais

28. (Instituto Benjamin Constant/AOCP/2013) Assinale a alternativa que

apresenta uma vacina composta por vírus vivos atenuados.

a) BCG.

b) Febre Amarela.

c) DTP.

d) Hepatite B.

e) Haemophilus influenzae do tipo b

COMENTÁRIOS:

As principais vacinas compostas por vírus vivos atenuados4

são as

seguintes: tríplice viral, tetra viral, febre amarela, poliomielite e rotavírus.

Vamos descrever abaixo a composição das principais vacinas do calendário

básico do Programa Nacional de Imunização (PNI).

A vacina contra o sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) é uma vacina

combinada que contém os vírus vivos do sarampo, da caxumba e da rubéola,

atenuados em cultivo celular.

A vacina contra o sarampo, caxumba, rubéola e varicela (tetra viral) é uma

vacina combinada que contém os vírus vivos do sarampo, da caxumba, da

rubéola e varicela, atenuados em cultivo celular.

A vacina contra a febre amarela é composta de vírus vivos atenuados da

febre amarela, derivados da linhagem 17 D, cultivados em ovos embrionados de

galinha.

A vacina oral poliomielite (VOP) contém uma suspensão dos vírus da

poliomielite atenuados dos tipos I, II e III (cepas Sabin).

A vacina rotavírus G1P1[8] (atenuada) é monovalente, ou seja, a cepa

utilizada em sua composição possui apenas um sorotipo do Rotavirus.

4 As vacinas produzidas contra os vírus podem ser de dois tipos a saber: atenuada ou inativada. A vacina atenuada é aquela

em que o vírus encontra-se vivo, porém sem capacidade de produzir a doença (caxumba, febre amarela, poliomielite,

rubéola, sarampo, tríplice viral, varicela e varíola). Algumas vezes estes vírus podem reverter para a forma selvagem

causando a doença. Estas vacinas são contraindicadas para imunodeprimidos e gestantes. A vacina inativada contém o vírus

inativado por agentes químicos ou físicos, ou subunidades e fragmentos obtidos por engenharia genética. Neste caso nunca

ocorre a reversão para a forma selvagem (gripe, hepatites A e B, poliomielite injetável e raiva). Estas vacinas podem ser

indicadas para os imunodeprimidos.

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A vacina inativada poliomielite (VIP) é constituída por cepas inativadas

(mortas) dos três tipos (1, 2 e 3) de poliovírus e produz anticorpos contra todos

eles.

A vacina BCG é preparada com bacilos vivos (bactérias), a partir de cepas

do Mycobacterium bovis, atenuadas com glutamato de sódio.

A vacina hepatite B (recombinante) contem o antígeno recombinante de

superfície (rHBsAg) que é purificado por vários métodos físico-químicos,

adsorvido por hidróxido de alumínio, tendo o timerosal como conservante. A

composição varia conforme o laboratório produtor.

A vacina pentavalente é uma associação dos toxóides diftérico e tetânico

com a Bordetella pertussis (bactérias) inativada, oligossacarídeos Hib e

antígeno de superfície da hepatite B.

A vacina adsorvida difteria e tétano adulto (dT) é constituída pelos

toxóides diftérico e tetânico, sendo que o componente diftérico apresenta-se

em menor concentração que na vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis e na

vacina adsorvida difteria e tétano infantil.

A vacina conjugada meningococo do grupo C é apresentada sob a forma

isolada ou combinada com o meningococo do grupo A (bactéria). Neste caso,

contêm 50mcg do polissacarídeo capsular purificado correspondente a cada

sorogrupo.

Por eliminação, o gabarito da questão é a letra B.

29. (Prefeitura de Indaiatuba-SP/IBC/2013) A vacinação é a maneira mais

eficaz de evitar diversas doenças imunopreveníveis, como varíola (erradicada),

poliomielite (paralisia infantil), sarampo, tuberculose, rubéola, gripe, hepatite B,

febre amarela, entre outras. Em relação à vacinação da criança assinale a

alternativa correta:

a) A primeira dose da vacina oral rotavírus humano deve ser administrada até 5

meses e 15 dias.

b) A vacina BCG deve ser administrada o mais precoce possível,

preferencialmente após o nascimento.

c) A vacina pneumocócica 10 deve ser administrada no primeiro mês de vida.

d) A vacina sarampo, caxumba e rubéola é realizada em dose única.

COMENTÁRIOS:

Item A. Incorreto. A vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) - VORH

deve ser administrada preferencialmente aos 2 e 4 meses de idade. A primeira

dose pode ser administrada a partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias. A

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segunda dose pode ser administrada a partir de 3 meses e 15 dias até 7 meses e

29 dias. O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias.

Item B. Correto. A vacina BCG é administrada nas primeiras 12 horas de

vida, preferencialmente na maternidade ou na primeira visita do bebê à Unidade

de Saúde, considerando que quanto menor a idade maior a eficácia da vacina.

Item C. Incorreto. Em regra, a primeira dose da vacina pneumocócica 10

iniciará a partir de 2 meses de idade. O esquema de vacinação primária consiste

em três doses de 0,5 ml, com intervalo de pelo menos 1 mês entre as doses,

contudo o Programa Nacional de Imunização (PNI) adotou o intervalo de 2 meses

entre as doses. Desta forma o esquema será de 2, 4 e 6 meses. Uma dose de

reforço é recomendada pelo menos 6 meses após a última dose do esquema

primário, sendo este preferencialmente entre os 12 e 15 meses de idade.

Segue o calendário da vacina pneumocócica 10-valente: 2 meses -> 4

meses -> 6 meses -> reforço aos 12 meses.

Item D. Incorreto. A vacina sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) é

uma vacina combinada que contém os vírus vivos do sarampo, da caxumba e da

rubéola, atenuados em cultivo celular.

Para indivíduos de 12 meses a 19 anos, deve ser administrada duas doses,

conforme situação vacinal encontrada.

A 1ª dose deve ser administrada aos 12 meses com a vacina tríplice viral e a

2ª dose, preferencialmente, aos 15 meses de idade com a vacina tetra viral

(sarampo, caxumba, rubéola e varicela), para as crianças que já tenham recebido

a 1ª dose da vacina tríplice viral. A vacina tetra viral será administrada entre os

15 a 23 meses e 29 dias, caso a criança tenha recebido a 1ª dose da tríplice viral.

Para não esquecerem: a 1ª dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e

rubéola) continuará a ser administrada preferencialmente aos 12 meses de idade.

As crianças que tiverem tomado a 1ª dose da tríplice viral deverão receber a

tetra viral entre os 15 a 23 meses e 29 dias (preferencialmente aos 15 meses).

Para as crianças acima de 15 meses de idade não vacinadas, administrar a

vacina tríplice viral observando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

Considerar vacinada a pessoa que comprovar duas doses de vacina com

componente sarampo, caxumba e rubéola.

Calendário da Vacina Rotavírus

1ª dose (preferencialmente

aos 2 meses)

a partir de 1 mês e 15 dias

até 3 meses e 15 dias

2ª dose (preferencialmente

aos 4 meses)

a partir de 3 meses e 15 dias

até 7 meses e 29 dias

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Para indivíduos de 20 a 49 anos de idade, deve-se administrar uma dose,

conforme situação vacinal encontrada. Considerar vacinada a pessoa que

comprovar uma dose de vacina com componente sarampo, caxumba e rubéola

(tríplice viral) ou sarampo e rubéola (dupla viral).

A vacina sarampo, caxumba e rubéola é administrada por via subcutânea. O

volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar de acordo com o

laboratório produtor.

Nessa tela, a alternativa correta é a letra B.

30. (HU-UFMA/EBSERH/IBFC/2013) Mariana tem um filho de 1 ano, 2 meses e 2

dias e apresenta esquema de vacinação completa até os 9 meses de idade. Hoje

ela comparece à unidade básica de saúde para completar esquema de vacinação.

Segundo o calendário nacional de vacinação, assinale a alternativa que

contemple os imunobiológicos indicados para este caso.

a) Apenas 1ª dose de Sarampo, Caxumba e Rubéola (SRC).

b) Apenas reforço Pneumo 10 e 1ª dose de Sarampo, Caxumba e Rubéola (SRC).

c) Apenas 1º reforço da pentavalente (Difteria, Tétano, Coqueluche, Haemophilus

influenzae, Hepatite B) e reforço da Vacina inativada poliomielite (VIP).

d) Apenas 1º reforço da DTP (Difteria, Tétano, Coqueluche) e reforço da Vacina

Inativada poliomielite (VIP).

e) Apenas reforço Pneumo 10.

COMENTÁRIOS:

Para melhor entendimento da questão vejamos, na tabela abaixo, o

cronograma do Calendário Nacional de Imunização.

Vacina contra sarampo, caxumba e

rubéola

criança até os 15 meses É indicada aos 12 meses (um ano de idade). Uma segunda

dose da tetraviral deve ser agendada para 15 meses de idade.

criança maior de 15 meses até adolescente

de 19 anos

Deve-se considerar vacinado aquele que comprovar o esquema de duas doses.

Se apresentar comprovação de apenas uma dose, deve-se administrar a segunda dose.

Duas doses da vacina são indicadas para aquele não vacinado com nenhuma dose, com o intervalo mínimo de 30 dias.

adulto (20 a 49 anos)

É indicada apenas uma dose em individuos de 20 a 49 que não apresentarem comprovação vacinal.

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Vejamos abaixo um resumo esquemático sobre Imunização:

Tabela Resumo - Imunização

VACINA CALENDÁRIO DOSE VIA OBSERVAÇÕES

BCG Dose ao nascer até

completar 5 anos 0,1 ml ID

> 2 kg; ausência da cicatriz é

indicada a revacinação 6 meses

após a 1ª dose, podendo ser

realizada apenas uma vez;

Hepatite

B

Dose ao nascer

0,5 ml até os

19 anos e

1ml a partir

de 20 anos.

IM

· Para indivíduos de 5 a 49 anos:

Sem comprovação vacinal:

administrar 3 doses da vacina

hepatite B com intervalo de 30 dias

entre a primeira e a segunda doses

e de 6 meses entre a primeira e a

terceira doses (0, 1 e 6).

Em caso de esquema vacinal

incompleto, não reiniciar o

esquema, apenas completá-lo.

· Para gestantes em qualquer faixa

etária e idade gestacional:

administrar 3 doses da vacina

hepatite B, considerando o

histórico de vacinação anterior.

· Para indivíduos integrantes dos

grupos vulneráveis, independe da

faixa etária ou comprovação da

condição de vulnerabilidade:

administrar 3 doses. Considerar a

história vacinal anterior.

Penta Aos 2, 4 e 6 meses

de Idade

1 dose de IM, no

vasto

A vacina combinada é apresentada

em frasco ou ampola contendo 1

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

Tabela Resumo - Imunização

VACINA CALENDÁRIO DOSE VIA OBSERVAÇÕES

administrar aos 2, 4

e 6 meses de idade.

0,5 ml. lateral da

coxa, em

crianças <

de 2 anos

e na

região

deltóide

nas

crianças

acima de

2 anos5

.

dose de 0,5 ml.

Os dois reforços necessários serão

realizados com a vacina DTP

(difteria, tétano e pertussis). O

primeiro reforço aos de 15 meses

de e o segundo reforço aos 4 anos.

A idade máxima para aplicação da

DTP é de 6 anos 11 meses e 29

dias.

DTP

(difteria,

tétano e

pertussis)

Reforço da

pentavalente aos

15 meses e aos 4

anos.

0,5mL.

Idem da

pentavale

nte

O reforço pode ser administrado

em qualquer idade (até os seis

anos, onze meses e 29 dias),

observando-se um intervalo

mínimo de seis meses após a

última dose da vacinação básica;

Se o esquema básico não for

iniciado ou completado até a

completar 7 anos, as doses

necessárias serão aplicadas com a

vacina adsorvida difteria e tétano

adulto (DT) em lugar da DTP;

VIP/VOP

VIP-VOP:

administrar 1ª e 2ª

doses com VIP aos

2 e 4 meses, 3ª

dose aos 6 meses

com a VOP e os

reforços aos 15

meses e 04 anos

com VOP VIP

(0,5 ml); VOP

(2 gts)

VIP (IM);

VOP (VO)

VOP

≥ 5 anos

- Sem comprovação vacinal:

administrar 3 (três) doses da VOP;

- Com esquema incompleto:

completar esquema com a VOP;

- Nesta faixa etária não há

necessidade de reforço.

· Repetir a dose se a criança

regurgitar, cuspir ou vomitar.

· Esta vacina é contraindicada para

crianças imunodeprimidas, contato

de pessoa HIV positivo ou com

Aids, bem como que tenham

histórico de paralisia flácida

associada à dose anterior da VOP.

Rotavírus

Humano

2 doses (2 e 4

meses)

1,5mL.

exclusiva

mente por

via oral

Se a criança regurgitar, cuspir ou

vomitar após a vacinação não

repetir a dose.

Pneumoc3 doses aos 2, 4 e 6 0,5 ml IM Crianças entre 12 e 23 meses de

5 A pentavalente pode, ainda, ser administrada na região ventro-glútea, por estar livre de estruturas anatômicas

importantes (não apresenta vasos sanguíneos ou nervos significativos), sendo indicada para qualquer faixa etária.

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

Tabela Resumo - Imunização

VACINA CALENDÁRIO DOSE VIA OBSERVAÇÕES

ócica 10

valente

meses de idade.

Fazer um reforço

preferencialmente

aos 12 meses.

idade sem comprovação vacinal,

administrar dose única.

Meningoc

ócica C

2 doses aos 3 e 5

meses de idade,.

Fazer um reforço

preferencialmente

aos 15 meses.

0,5 ml IM

Para crianças entre 12 e 23 meses

de idade sem comprovação vacinal,

deve-se administrar dose única.

Febre

Amarela

Aos 9 meses de

idade. Durante

surtos, antecipar a

idade para 6 meses.

Reforço a cada 10

anos.

0,5 ml SC

Aos viajantes para as áreas com

recomendação, administrar a

vacina 10 dias antes da data da

viagem.

Contraindicada para gestantes e

deve ser adiada em mulheres que

estão amamentando até o 6º mês

de vida da criança.

Para pessoas a partir de 60 anos

depende da avaliação do risco da

doença e benefício da vacina.

Hepatite

A6

Crianças entre 1 a 2

anos. 0,5 ml IM

Dose única

Tríplice

Viral

(SCR)

Aos 12 meses e a

segunda dose aos

15 meses de idade

com a vacina tetra

viral.

0,5 ml SC

De 1 a 19 anos todo indivíduo deve

ter o esquema de 2 doses.

Indivíduos de 20 a 49 anos de

idade que não apresentarem

comprovação vacinal administrar 1

dose.

É contra indicada para gestantes.

Dupla

tipo

adulto -

dT:

Indivíduo sem

vacinação

anteriormente ou

sem comprovação

de três doses da

vacina, seguir o

esquema de três

doses (0, 2 e 4

meses).

0,5 ml IM

Os vacinados anteriormente com 3

doses das vacinas DTP, DT, dTpa,

penta ou dT, administrar reforço, a

cada 10 anos.

Em caso de gravidez e ferimentos

graves antecipar a dose de reforço

se a última dose foi administrada

há mais de 5 anos. Nesse caso,

deve ser administrada

preferencialmente 20 dias antes da

data provável do parto.

6 O Ministério da Saúde anunciou em 29 de julho, a introdução da vacina contra hepatite A no Calendário Nacional de

Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). As doses são direcionadas às crianças de 12 a 23 meses e já foram distribuídas para postos de saúde de todo o País. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% do público-alvo, cerca de três milhões de crianças. Com isso, o Brasil passa a oferecer, gratuitamente, 14 vacinas de rotina, garantindo todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

Tabela Resumo - Imunização

VACINA CALENDÁRIO DOSE VIA OBSERVAÇÕES

Influenza Revacinação anual.

Pneumoc

ócica 23

valente

1 dose nos

indivíduos com 60

anos e mais que

vivem em

instituições

fechadas, tais como

asilos, hospitais,

casas de repouso.

0,5 ml IM ou SC

Administrar apenas 1 dose

adicional após 5 anos.

Esta vacina é oferecida por ocasião

da Campanha Nacional de

Vacinação contra a Influenza.

De acordo com o caso hipotético apresentado na questão, o filho da

Mariana (com esquema vacinal completo até os 9 meses) recebeu as seguintes

vacinas: BCG (dose única); Hepetite b (dose ao nascer); pentavalente - Difteria,

Tétano, Coqueluche, Haemophilus influenzae, Hepatite B (3 doses); VIP e VOP (2

dose da VIP e 1 dose da VOP); pneumo 10 (3 doses); Rotavírus (2 doses);

Meningo C (2 doses), Febre amarela (dose inicial).

Como o filho de Marina tem 14 meses e 2 dias, necessita dos seguintes

imunobiológicos: pneumo10 (reforço); e tríplice viral - Sarampo, Caxumba e

Rubéola (1ª dose).

A partir do exposto, constatamos que o gabarito é a letra B.

31. (HU-UFPE/EBSERH/IDECAN2014) Fazem parte do calendário básico de

vacinação de pessoas com 60 anos ou mais, de acordo com o Programa Nacional

de Imunização, as seguintes vacinas, EXCETO:

A) Hepatite B.

B) Febre amarela.

C) Pneumocócica.

D) Meningocócica.

E) Influenza sazonal.

COMENTÁRIOS:

A condição vacinal do idoso deve ser verificada e algumas vacinas devem

ser realizadas, a exemplo das vacinas influenza, pneumocócica 23-valente e a

difteria e tétano (dT).

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

A vacina influenza é administrada anualmente durante a Campanha

Nacional de Vacinação contra a Influenza.

A vacina contra difteria e tétano (dT) deve ser administrada a cada 10 anos

como reforço da tetravalente/pentavalente e DTP, quando o esquema dessas

vacinas estiver em dia.

Deve ser administrada uma dose da vacina pneumocócica 23-valente

(polissacarídica), durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza,

nos indivíduos de 60 anos e mais não vacinados que vivem acamados e ou em

instituições fechadas como, casas geriátricas, hospitais, unidades de

acolhimento/asilos, casas de repouso. Ademais, deve ser administrada uma dose

adicional da vacina pneumocócica 23-valente 5 anos após a dose inicial, uma

única vez.

Acerca da questão, notamos que a vacina meningocócica só é administrada

em crianças. Em regra, a vacina contra a Hepatite B é administrada em pessoas

até 49 anos. Podendo ser feita em qualquer idade em grupos vulneráveis.

A questão foi acertadamente anulada, pois apenas as vacinas contra a

influenza, difteria e tétano (dT) e a pneumocócica 23-valente fazem parte do

calendário nacional da pessoa idosa.

32. (Prefeitura de Ituporanga - SC/IOBV/2014) A imunidade adquirida através

da vacinação é chamada de:

a) Imunidade ativa natural

b) Imunidade passiva natural

c) Imunidade ativa artificial

d) Imunidade passiva artificial

COMENTÁRIOS:

A imunização ativa ocorre quando o próprio sistema imune do indivíduo,

ao entrar em contato com uma substância estranha ao organismo, responde

produzindo anticorpos e células imunes (linfócitos T). Esse tipo de imunidade

geralmente dura por vários anos, às vezes, por toda uma vida. Os dois meios de

se adquirir imunidade ativa são contraindo uma doença infecciosa e a vacinação.

A infecção natural (com ou sem sintomas) confere imunidade ativa,

natural e é duradoura, pois há estimulação das células de memória. Após uma

infecção por sarampo, rubéola ou varicela, por exemplo, o indivíduo ficará

protegido, não havendo mais o risco de adquirir a mesma doença novamente.

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

A imunidade ativa, adquirida de modo artificial, é obtida pela

administração de vacinas, que estimulam a resposta imunológica, para que esta

produza anticorpos específicos.

A imunização passiva é obtida pela transferência ao indivíduo de

anticorpos produzidos por um animal ou outro ser humano. Esse tipo de

imunidade produz uma rápida e eficiente proteção, que, contudo, é temporária,

durando em média poucas semanas ou meses. A imunidade passiva natural é o

tipo mais comum de imunidade passiva, sendo caracterizada pela passagem de

anticorpos da mãe para o feto através da placenta e também pelo leite. Essa

transferência de anticorpos ocorre nos últimos 2 meses de gestação, de modo a

conferir uma boa imunidade à criança durante seu primeiro ano de vida. A

imunidade passiva artificial pode ser adquirida sob três formas principais:

a imunoglobulina humana combinada, a imunoglobulina humana hiperimune e

o soro heterólogo. A transfusão de sangue é uma outra forma de se adquirir

imunidade passiva, já que, virtualmente, todos os tipos de produtos sanguíneos

(i.e. sangue total, plasma, concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas,

etc) contêm anticorpos.

Nesses termos, concluímos que o gabarito da questão é a letra C.

33. (Prefeitura de Pedras Grandes - SC/FAEPESUL/2014) O Ministério da Saúde

através do Programa Nacional de Imunização recomenda que logo após o

nascimento, deve ser iniciado o esquema básico de vacinação. Sendo assim, os

recém-nascidos podem e devem, ainda no berçário, receber as seguintes vacinas:

a) BCG por via intradérmica e hepatite B por via intramuscular;

b) Tétano por via intramuscular e hepatite B por via intramuscular;

c) Rubéola por via subcutânea e BCG por via intradérmica;

d) BCG por via subcutânea e hepatite B por via intramuscular;

e) Hepatite B por via intramuscular e Tétano por via subcutânea.

COMENTÁRIOS:

Ao nascer, o recém-nascido deve ser vacinado com a vacina contra a

hepatite B e BCG.

A vacina BCG (bacilo de Calmette e Guerin) é indicada para prevenir as

formas graves da tuberculose (miliar e meníngea) nos menores de cinco anos,

mais frequentemente nos menores de um ano.

A vacina é administrada nas primeiras 12 horas de vida, por via

intradérmica, preferencialmente na maternidade ou na primeira visita do bebê à

unidade de saúde, considerando que quanto menor a idade maior a eficácia da

vacina.

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

A vacina contra Hepatite B, com a inclusão na pentavalente, passa a ser

aplicada sozinha apenas na criança ao nascer, de forma injetável, para evitar a

transmissão vertical.

Como era antes:

Hepatite B - vacina injetável aplicada ao nascer (ou na primeira visita à

unidade de saúde), com 1 mês de vida e novamente aos 6 meses.

Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês ->

6 meses.

Regra atual:

Hepatite B - com a inclusão na pentavalente, passa a ser aplicada sozinha

apenas na criança ao nascer, de forma injetável, para evitar a transmissão

vertical.

Segue o calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o

primeiro mês de vida da criança. Outras três doses dessa vacina foram incluídas

na pentavalente (2, 4 e 6 meses).

Administrada por via intramuscular, no vasto lateral da coxa, em crianças

menores de 2 anos de idade e na região deltóide nas crianças acima de dois anos

de idade.

Após exposição do conteúdo, concluímos que o gabarito da questão é a

letra A.

34. (Prefeitura de Coronel Pacheco-MG/ REIS & REIS/2014) São exemplos de

vacinas que podem ser congeladas e que não se deterioram, EXCETO:

a) Rubéola;

b) Cachumba;

c) Febre Amarela;

d) Hepatites A e B.

COMENTÁRIOS:

Na segunda prateleira do refrigerador, deve-se armazenar as vacinas que

não podem ser submetidas à temperatura negativa, ou seja, não podem ser

congeladas. Esses imunobiológicos são os seguintes: vacina difteria, tétano,

pertussis e Haemophilus influenzae b (tetravalente) e pentavalente; vacina

difteria, tétano, pertussis (DTP); vacina difteria e tétano adulto (dT); vacina

hepatites A e B; vacina Haemophilus influenzae b; vacina influenza; vacina BCG;

vacina rotavírus; vacina raiva.

O gabarito da questão, portanto, é a letra D.

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

35. (Conjunto Hospitalar Sorocaba-CHS/CETRO/2014) É incorreto afirmar que

a) será incluída a tetra viral no lugar da tríplice viral para crianças de 2 a 5 anos.

b) crianças de 6 meses a menores de 5 anos também serão vacinadas contra a

gripe.

c) haverá vacinação contra o HPV em meninas de 11 a 13 anos em escolas e

postos de saúde.

d) haverá inclusão da vacina contra Hepatite A voltada a crianças de 12 meses

até 2 anos de idade.

e) dependendo da indicação do fabricante, a vacina \contra o HPV pode ser

administrada a partir dos 9 anos.

COMENTÁRIOS:

O Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI)

apliou o Calendário Básico de Vacinação da Criança em 2013, com a introdução

da vacina tetra viral que para evitar complicações, casos graves e óbitos por

varicela no grupo alvo da vacinação e a prevenção, controle e eliminação das

doenças sarampo, caxumba e rubéola.

A vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) substituirá a

vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para as crianças de 15 meses

de idade. Assim, com a introdução da vacina tetra viral, o PNI visa reduzir o

número de injeções em um mesmo momento, bem como buscar uma melhor

adesão à vacinação e consequentemente, melhoria das coberturas vacinais.

Essa vacina, desde setembro de 2013, está sendo disponibilizada para as

crianças entre 15 a 23 meses e 29 dias de idade (preferencialmente aos 15

meses), que tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral, nas 35 mil salas

de vacina da rede pública.

Neste contexto, o PNI amplia a oferta de vacinas na rotina de vacinação da

criança com a introdução da vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e

varicela - atenuada), exclusivamente, para as crianças de 15 meses de idade, que

já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral.

Para não esquecer: a 1ª dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

continuará a ser administrada preferencialmente aos 12 meses de idade. As

crianças que tiverem tomado a 1ª dose da tríplice viral deverão receber a tetra

viral entre os 15 a 23 meses e 29 dias (preferencialmente aos 15 meses).

Em síntese, a vacina tetra viral será disponibilizada na rotina dos serviços

públicos de vacinação em substituição à segunda dose da vacina tríplice viral

aos 15 meses de idade.

Tendo visto isto, concluímos que o gabarito da questão é a letra A.

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

36. (Prefeitura de Picuí - PB/UEPB-COMVEST/2014) Sobre o calendário de

vacinação infantil definido pelo Programa Nacional de Imunizações do

Ministério da Saúde, marque a afirmativa verdadeira:

a) A vacina contra rotavírus é exclusivamente oral e confere imunidade

permanente aos hemófilos

b) Não se utiliza mais a vacina oral contra poliomielite no calendário infantil

c) Até hoje não existe nenhum tipo de doença totalmente erradicada

d) A vacina contra febre amarela é recomendada pelo Ministério da Saúde para

todas as pessoas independentemente das áreas geográficas de risco

e) A 1ª dose da vacina injetável contra poliomielite (VIP) é administrada aos 2

meses de idade

COMENTÁRIOS:

No Brasil, a vacina que vem sendo utilizada com sucesso desde a década de

60 é a vacina oral poliomielite (VOP), vacina de vírus atenuados, trivalente,

contendo os três tipos de poliovirus (1, 2 e 3). É epidemiológica e

operacionalmente a melhor vacina para gerar proteção a cada um dos três tipos

de vírus da poliomielite e tem sido amplamente utilizada, viabilizando a

erradicação global da doença.

As ações de vacinação desenvolvidas contribuíram para a erradicação da

poliomielite no País, sendo que o último caso ocorreu em 1989.

Conforme definido no plano global de erradicação, uma região precisa estar

sem circulação do vírus da poliomielite por três anos, em vigência de um

sistema de vigilância para paralisias flácidas agudas funcionante, para ser

declarada como livre da circulação do poliovírus.

No entanto, a não ocorrência de pólio no continente americano não é o

suficiente, uma vez que a doença ainda circula em outros países e pode ser

reintroduzida na região através de viajantes infectados em regiões que

apresentam bolsões de pessoas não vacinadas, por exemplo.

A vigilância sensível de paralisias flácidas agudas, através da notificação,

investigação e coleta oportuna de amostras de fezes de todos os casos de

paralisias flácidas agudas é fundamental para a garantia de detecção rápida de

um vírus importado e as altas e homogêneas coberturas vacinais evitam que

esses vírus circulem. É por isso que o Brasil e outros países da região ainda

realizam campanhas de vacinação com a vacina oral poliomielite e priorizam a

vigilância de paralisias flácidas agudas.

É inegável o sucesso e a contribuição da utilização da VOP na erradicação

da poliomielite. A interrupção do seu uso deverá ser cuidadosamente

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Curso Completo de Enfermagem para Concursos – aula 08

programada e planejada. As principais estratégias a serem consideradas após a

interrupção da VOP, mundialmente, são uma vigilância ativa e a não interrupção

da imunização com a vacina poliomielite inativada (VIP).

Como países desenvolvidos e em desenvolvimento declararam a intenção

de continuar com a imunização de suas populações, mesmo após a erradicação

do poliovírus selvagem, a VIP deverá ser utilizada nesses países para prevenir a

reintrodução do vírus selvagem e o ressurgimento da poliomielite.

O Brasil, visando cumprir esta determinação, introduziu, desde agosto de

2012, a vacina inativada poliomielite (VIP) em esquema sequencial com 2 doses

de VIP e 2 doses de VOP. As doses da VIP visam minimizar o risco, que é

raríssimo, de paralisia associada à vacina, e as da VOP, manter a imunidade

populacional (de rebanho) contra o risco potencial de introdução de poliovírus

selvagem através de viajantes oriundos de localidades que ainda apresentam

casos autóctones da poliomielite, por exemplo.

Estudos realizados em todo o mundo permitiram descrever as

características da VIP, como a capacidade para evitar surtos de poliomielite, de

modo que muitos países já a incluíram nos seus calendários de vacinação de

forma exclusiva ou com esquema sequencial.

Veja que a tendência é a substituição da vacina oral da poliomielite (VOP)

pela vacina inativada poliomielite (VIP). No Brasil, atualmente as crianças

recebem duas doses de cada (VIP - 1ª dose aos dois meses e 2ª dose aos quatro

meses; VOP - 3ª dose aos seis meses e reforço aos quinze meses), além da

vacinação com a VOP anualmente nas campanhas nacionais para crianças

menores de 5 anos.

Neste sentido, o esquema vacinal contra a poliomielite será sequencial

(VIP/VOP) de quatro doses para crianças menores de 1 ano de idade que

estiverem iniciando o esquema vacinal. A VIP deverá ser administrada aos 2

meses (1ª dose) e 4 meses (2ª dose), e a VOP aos 6 meses (3ª dose) e 15 meses

(reforço). A preferência para a administração da VIP aos 2 e 4 meses de idade

tem a finalidade de evitar o risco, que é raríssimo, de evento adverso pós-

vacinação.

Vacinação contra poliomielite no

Brasil

VIP - 1ª dose aos dois meses e 2ª dose aos quatro

meses

VOP - 3ª dose aos seis meses e

reforço aos quinze meses

vacinação com a VOP anualmente nas campanhas

nacionais.

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O intervalo entre as doses é de 60 dias, podendo ser de 30 dias, sendo que

nos primeiros 6 meses de idade o intervalo mínimo de 30 dias só é recomendado

se o indivíduo estiver sob risco iminente de exposição à circulação viral, como

por exemplo, pessoas que se deslocarão a regiões endêmicas ou em situações de

surto da doença.

Tendo visto isto, concluímos que a 1ª dose da VIP deve ser administrada

aos 2 meses de idade. Portanto, gabarito letra E.

=================

Amigo(a), terminamos mais uma aula de nosso curso. Espero que tenha

gostado.

Até o próximo encontro!

Rômulo Passos

Vacinas contra a Poliomielite

VIP

1ª dose - 2 meses (idade mínima – 6 semanas)

2ª dose - 4 meses (intervalo mínimo – 30 dias)

VOP

3ª dose - 6 meses

Reforço - 15 meses

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REFERÊNCIAS

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1498_19_07_2013.h

tml

http://www.sopape.com.br/data/conteudo/arquivos/informe_tecnico_introd

ucao_vacina_tetraviral.pdf

http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2014-05/instrucao-normativa-

--calendario-nacional-de-vacinacao.pdf

http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/imunizacao/vacina/multi_2013/Infor

me_tecnico_da_campanha_de_multivacinacao_2013.pdf

http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-06/informe-tecnico-

vacina-pentavalente.pdf

Manual de Procedimentos para Vacinação da SESAB (2011).

http://www.suvisa.ba.gov.br/sites/default/files/galeria/texto/2012/03/07/Man

ual%20de...pdf

Instrução Normativa Referente Ao Calendário Nacional De Vacinação

http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2014-05/instrucao-normativa---

calendario-nacional-de-vacinacao.pdf

http://www.saude.rs.gov.br/upload/20140730114341instrucao_normativa_imun

izacoes.pdf

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