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Apresentação reunindo as OTs de Língua Portuguesa para professores das escolas da DE Leste 4, realizadas no mês de agosto de 2012.
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DIRETORIA DE ENSINO LESTE4
NÚCLEO PEDAGÓGICO
Responsável: Tânia Nunes
PCNP de Língua Portuguesa
Orientação Técnica de Língua Portuguesa Ensino
Fundamental II e Ensino Médio
OBJETIVOS DO ENCONTRO
Contribuir para o planejamento de
práticas pedagógicas e gestão de sala
de aula, que priorizem avanços dos
alunos no desenvolvimento das
competências leitora escritora, a partir
dos resultados das avaliações internas e
externas;
CURRÍCULO OFICIAL DO
ESTADO DE SÃO PAULO
ORALIDADE
Em Língua Portuguesa,para as séries do
Ensino Fundamental e no Ensino Médio ,
recomenda-se observar,por exemplo, em
relação à linguagem oral, se o aluno
expõe,de forma clara, suas ideias; se
consegue argumentar em defesa de seu
ponto de vista e se utiliza a fala de forma
adequada a diferentes interlocutores e
situações de comunicação.
LEITURA
Quanto à leitura, vale observar se o aluno
compreende e é capaz de expressar –se sobre
o que lê; se reconhece e diferencia diversos
suportes e gêneros textuais já estudados , e
quais as relações ele pode estabelecer com o
texto literário
PRODUÇÃO ESCRITA
Quando o foco da observação é a produção
escrita do aluno, é importante verificar se
escreve convencionalmente, sem marcas de
oralidade e se escolhe estruturas
composicionais adequadas ao tipo de texto e
ao objetivo a que se propõe. É relevante
verificar, ainda, se há clareza e coerência em
seu texto e se consegue utilizar
adequadamente os elementos coesivos.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
A prática de análise linguística busca a
reflexão sobre o uso da língua sob dois
aspectos:a decisão sobre a melhor forma de
registrar as ideias, de forma clara, coerente e
coesa,sem erros ortográficos e de pontuação;
o outro aspecto diz respeito às classificações
ou às referências às regras gramaticais.
LETRAMENTOS E
CAPACIDADES DE
LEITURA
LETRAMENTO E CAPACIDADES DE LEITURA PARA A
CIDADANIA (ROJO, 2004)
A maior parcela de nossa população, embora hoje possa
estudar, não chega a ler. A escolarização, no caso da sociedade
brasileira, não leva à formação de leitores e produtores de
textos proficientes e eficazes e, às vezes, chega mesmo a
impedi-la.
As práticas didáticas de leitura no letramento escolar não
desenvolvem senão uma pequena parcela das capacidades
envolvidas nas práticas letradas exigidas pela sociedade
abrangente: aquelas que interessam à leitura para o estudo na
escola, entendido como um processo de repetir, de revozear
falas e textos de autor(idade) – escolar, científica – que devem
ser entendidos e memorizados para que o currículo se cumpra.
LETRAMENTO E CAPACIDADES DE LEITURA PARA A
CIDADANIA (ROJO, 2004)
Mas ser letrado e ler na vida e na cidadania é muito
mais que isso: é escapar da literalidade dos textos e
interpretá-los, colocando-os em relação com outros
textos e discursos, de maneira situada na realidade
social; é discutir com os textos, replicando e avaliando
posições e ideologias que constituem seus sentidos; é,
enfim, trazer o texto para a vida e colocá-lo em relação
com ela. Mais que isso, as práticas de leitura na vida
são muito variadas e dependentes de contexto, cada um
deles exigindo certas capacidades leitoras e não outras.
O QUE É LER?
Ler envolve diversos procedimentos e capacidades
(perceptuais, práxicas(práticas), cognitivas, afetivas,
sociais, discursivas, linguísticas), todas dependentes da
situação e das finalidades de leitura, algumas delas
denominadas, em algumas teorias de leitura, estratégias
(cognitivas, metacognitivas).
AS TEORIAS DE IEITURA E AS PRÁTICAS:
Leitura como decodificação:
Os modelos bottom-up
Leitura como compreensão:
Os modelos top-down
O modelo estratégico
Leitura como interação
leitor/texto
leitor/autor
Leitura como discurso e réplica ativa
ALGUMAS CAPACIDADES DE LEITURA
Capacidades cognitivas/metacognitivas:
ativação de conhecimento prévio, antecipação, localização
de informação, produção de inferências, generalização etc.
Capacidades interativas/apreciação e réplica:
recuperação do contexto de produção, percepção das relações
de intertextualidade/interdiscursividade, elaboração de
apreciações, éticas, políticas, estéticas etc.
DOMÍNIOS DE LEITURA*
Identificação e recuperação de informação: habilidades que envolvem reconhecimento literal LER NAS LINHAS
Compreensão e interpretação: habilidades que envolvem inferência e integração de segmentos do texto LER ENTRE AS LINHAS
Reflexão: habilidades que envolvem avaliação e julgamento LER POR TRÁS DAS LINHAS
DOMÍNIOS DA
LEITURA POSSÍVEIS DESCRITORES (ADAPTADOS DA PROVA BRASIL)
Identificação e
recuperação de
informação
. Localizar informações em textos pertencentes a diferentes gêneros e com diferentes
graus de complexidade (lexical, sintática; maior ou menor extensão etc.);
Compreensão e
interpretação
. Inferir informações;
. Explicitar o assunto;
. Estabelecer relações lógico-discursivas (fato e opinião; causa/efeito; tese/argumentos;
problema/solução; definição/ exemplos etc.);
. Identificar elementos coesivos;
. Reconhecer as marcas linguísticas identificadoras do locutor e do interlocutor;
. Sintetizar o texto;
. Comparar e relacionar textos (estabelecer relações de intertextualidade);
Reflexão
. Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros e suportes;
. Identificar o ponto de vista do enunciador;
. Avaliar a adequação da linguagem à situação comunicativa;
. Identificar implícitos e o efeito de sentido decorrente de determinados usos
expressivos da linguagem.
. Posicionar-se de maneira responsável em relação a temas e efeitos de sentido dos
textos;
. Fazer apreciações e valorações estéticas, éticas, políticas e ideológicas envolvidas na
leitura crítica de textos.
UM EXEMPLO DE LEITURA “ENTRE AS LINHAS”:
Com gemas preciosas para financiá-lo, nosso herói desafiou bravamente todos os risos desdenhosos que tentaram dissuadi-lo de seu plano.
“Os olhos enganam”, disse ele, “um ovo e não uma mesa tipificam corretamente esse planeta inexplorado”.
Então as três irmãs fortes e resolutas saíram à procura de provas, abrindo caminho, às vezes através de imensidões tranqüilas, mais amiúde através de picos e vales turbulentos.
Os dias se tornaram semanas, enquanto os indecisos espalhavam rumores apavorantes a respeito do beiral.
Finalmente, sem saber de onde, criaturas aladas e bem vindas apareceram anunciando um sucesso prodigioso.
(DOOLING e LANDMAN, 1981, apud KLEIMAN, 1999[1989], p. 21)
UM EXEMPLO DE LEITURA “POR TRÁS DAS LINHAS”:
Para interpretar um texto discursivamente, é preciso situá-lo: Quem é seu autor?
Que posição social ele ocupa?
Que ideologias assume e coloca em circulação?
Em que situação escreve?
Em que veículo ou instituição?
Com que finalidade?
Quem ele julga que o lerá?
Que lugar social e que ideologias ele supõe que este leitor intentado ocupa e assume?
Como ele valora seus temas? Positivamente? Negativamente?
Que grau de adesão ele intenta?
Sem isso, a compreensão de um texto fica num nível de adesão ao conteúdo literal, pouco desejável a uma leitura crítica e cidadã. Sem isso, o leitor não dialoga com o texto, mas fica subordinado a ele.
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
COMO DESENVOLVER
Ativação de conhecimentos prévios
Antes da leitura do texto propriamente dito, retomar
conteúdos relacionados; fazer perguntas sobre o assunto,
visando garantir a socialização desses conhecimentos;
quando alguma dessas perguntas ficar sem resposta e ela
for importante para a possibilidade de compreensão do
texto, o professor deve antecipar esse conteúdo; etc.
Antecipação ou predição de conteúdos ou propriedades dos textos
(levantamento de hipóteses)
Antecipação ou predição de conteúdos: A partir da leitura do título, ou das informações sobre o autor do texto (papel social), incitar os alunos a antecipar conteúdos do texto a ser lido. Em alguns casos, essas perguntas podem se dar ao longo da leitura, em relação ao que está por vir, levando em conta o que já foi lido.
Antecipação ou predição de propriedades dos textos: A partir do reconhecimento prévio ou de uma informação explícita do professor de que se trata de um exemplar de um gênero X ou Y (artigo de opinião, crônica, artigo de divulgação científica, notícia etc.) incitar o aluno a antecipar elementos e conteúdos do texto a ser lido.
Checagem de hipóteses
Durante a leitura do texto, o professor deve ir retomando as hipóteses (antecipações) levantadas para verificar se elas foram ou não confirmadas. Se necessário e adequado, pode-se durante esse processo levantar outras hipóteses.
Localização e/ou cópia de informações
Em função dos objetivos da leitura, algumas atividades devem favorecer a localização de informações cruciais do texto por meio de perguntas que dirigem o olhar do aluno para tais aspectos (conceitos ou relações que devem ser garantidos etc.). Procedimentos tais como sublinhar, copiar, iluminar informações relevantes etc. devem ser estimulados para auxiliar o aluno a buscar pelas passagens essenciais e abandonar informações periféricas.
Comparação de informações
Durante a leitura do texto, algumas perguntas ou
discussões coletivas podem estimular o aluno a
comparar/contrastar informações presentes no próprio
texto, de modo a auxiliá-lo, por exemplo, na
identificação da tese, de argumentos, do conflito central,
na realização de resumos etc. Por outro lado, atividades
que o estimulem a comparar informações do texto com
outras presentes em diferentes textos (orais ou escritos)
favorecem a percepção de relações de intertextualidade
ou até mesmo de interdiscursividade, ampliando a
compreensão e estimulando a leitura crítica.
Generalização
Essencial para a realização de síntese da leitura, (e
estreitamente relacionada às duas capacidades anteriores) esta
capacidade pode ser estimulada por meio de perguntas ou
discussões que levem o aluno a reconhecer características
comuns ou regulares a dados ou acontecimentos singulares, a
extrair uma regra ou princípio geral pela observação de
exemplos particulares, trechos enumerativos, descritivos ou
explicativos etc. Mais do que saber dizer sobre o tema tratado,
é importante que o aluno possa dizer o que o autor pretendeu
com aquele texto – explicar o funcionamento do sistema
nervoso, defender sua posição frente à questão da redução da
maioridade penal etc. Num segundo nível, pode-se também
focar o essencial dessas explicações ou argumentações – qual
a posição/tese que o autor defende e os principais argumentos
que sustentam sua posição.
Produção de inferências locais
É possível levar o aluno a, levando em conta o contexto
imediato do texto, deduzir o sentido de uma palavra
desconhecida, identificar o referente de pronomes, relacionar
expressões sinônimas ou equivalentes, compreender termos
que retomam ou antecipam informações etc.
Produção de inferências globais
Perguntas ou discussões podem favorecer que o aluno perceba o que não está dito explicitamente no texto, mas está pressuposto ou insinuado e deve ser inferido para que a compreensão se efetive.
Chamar a atenção para pistas que o autor deixa no texto, tais como escolhas lexicais específicas, construções enfáticas, uso de operadores argumentativos, presença de linguagem figurada, ironia etc. são maneiras de favorecer inferências globais. Também colabora para isso o estabelecimento de relações produtivas entre as informações presentes no texto e a recuperação do contexto de produção do texto. Em qualquer um dos casos, fazer a distinção entre as inferências autorizadas pelo texto (marcadas pelas pistas ou determinadas pelo contexto de produção) e aquelas que não são autorizadas (fruto de uma interpretação excessivamente “livre” e pessoal) é fundamental.
Autoras: Jacqueline Barbosa e Ana Luíza Marcondes Garcia a partir do texto de Rojo 2004 como parte do material de formação do Programa Ensino Médio Em Rede – CENP/SEE-SP/MEC/PNUD.
COMO FORMAR BONS LEITORES?
Sendo um bom contador de
histórias.
JESSIER QUIRINO O poeta Jessier Quirino tem
chamado a atenção do
público e da crítica,
principalmente pela presença
de palco, por uma memória
extraordinária e pelo varejo
das histórias, que vão desde a
poesia matuta, impregnada
de humor, neologismos,
sarcasmo, amor e ódio, até
causos, côcos, cantorias
músicas, piadas e textos de
nordestinidade apurada.
GÊNEROS
TEXTUAIS
DEFINIÇÃO DE TIPO E GÊNERO
TEXTUAL
Os Gêneros são definidos pelos Parâmetros
Curriculares Nacionais de Língua
Portuguesa como: formas relativamente
estáveis de enunciados, disponíveis na
cultura
Usamos essa expressão como uma noção
propositalmente vaga para referir os textos
materializados que encontramos em nossa
vida diária e que apresentam características
sócio-comunicativas definidas por
conteúdos, propriedades funcionais, estilo
e composição característica.
Bakhtin define os gêneros do discurso como
tipos relativamente estáveis de enunciados
constituído historicamente e que mantêm uma
relação direta com a dimensão social.
Usamos essa expressão para designar uma
espécie de sequência teoricamente definida pela
natureza linguística de sua composição
(aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais,
relações lógicas).
TIPO TEXTUAL
QUADRO SÍNTESE DOS GÊNEROS TEXTUAIS E
SEUS RESPECTIVOS AGRUPAMENTOS
CAPACIDADES DE LINGUAGEM DOMINANTES
AGRUPAMENTOS (TIPOLOGIA)
GÊNEROS TEXTUAIS
Refere-se à discussão de questões sociais controversas, exige sustentação, refutação e negociação nas
tomadas de posição
ARGUMENTAR Editorial, carta de reclamação, artigo de opinião, ensaio argumentativo, debate regrado, resenha crítica...
Voltado à construção e transmissão de saberes, exige apresentação textual para organização das idéias e dos conceitos.
EXPOR Conferência, palestra, resumo de texto expositivo, seminário, verbete de enciclopédia, comunicação oral, relatório científico...
QUADRO SÍNTESE DOS GÊNEROS TEXTUAIS E
SEUS RESPECTIVOS AGRUPAMENTOS
CAPACIDADES DE LINGUAGEM DOMINANTES
AGRUPAMENTOS (TIPOLOGIA)
GÊNEROS TEXTUAIS
Refere-se às instruções e prescrições de ações voltadas à regulação mútua de
comportamento
INSTRUIR Receita, regulamento, regra de jogo, manual de instrução, regimento,
mandamento.... Voltado à cultura literária ficcional e à recriação da realidade, caracteriza-se pela intriga no campo verossímil.
NARRAR Lenda, romance, fábula, novela, biografia, conto de aventura, conto de fada, crônica literária, adivinha, piada, ficção científica, biografia...
QUADRO SÍNTESE DOS GÊNEROS TEXTUAIS E
SEUS RESPECTIVOS AGRUPAMENTOS
CAPACIDADES DE LINGUAGEM DOMINANTES
AGRUPAMENTOS (TIPOLOGIA)
GÊNEROS TEXTUAIS
Refere-se à documentação e memorização de ações humanas que representam pelo discurso de experiências vividas situadas no tempo e no espaço.
RELATAR Notícia, reportagem, anedota, caso, diário íntimo, testemunho, currículo, relato histórico, de viagem e policial...
Quadro proposto pelos pesquisadores da Universidade de Genebra, Joaquim Dolz e Bernard Schneuwly (1996).
POR QUE USAR SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS
AO ENSINAR GÊNEROS TEXTUAIS
Para ensinar os alunos a dominar um gênero de
texto de forma gradual , passo a passo.
Estudar suas características próprias e levar seus
alunos a praticar diferentes aspectos da escrita dos
gêneros antes de propor uma produção escrita
final
Este tipo de trabalho proporciona que a leitura,
escrita, oralidade e aspectos gramaticais são
trabalhados em conjunto, o que faz mais sentido
para quem aprende
BILHETE
RECEITA DE BOLO
BULA DE REMÉDIO
CARTA COMERCIAL
CONVERSA AO TELEFONE
SERMÃO
REVISTA
PIADA
LIVRO
LISTA
HORÓSCOPO
PREFÁCIO
POEMA
JORNAIS
HISTÓRIA EM QUADRINHO
MANUAL DE INSTRUÇÃO
ORGANIZAÇÃO DE TEXTO
NARRATIVOS
DESCRITIVOS
EXPOSITIVOS
ARGUMENTATIVO
INJUNTIVO
Seqüência temporal
Seqüências imperativas
Seqüências de localização
Seqüências analíticas
Seqüências contrastivas explícitas
GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO
Todos os textos se manifestam sempre num ou outro
gênero textual.
Um maior conhecimento do funcionamento dos gêneros
textuais é importante tanto para a produção como para a
compreensão .
Os PCN sugerem que o trabalho com o texto deve ser
feito na base dos Gêneros, sejam eles orais ou escritos.
Gêneros textuais não são frutos de
invenções individuais, mas formas
socialmente maturadas em práticas
comunidades.
No ensino de uma maneira geral, em sala
de aula de modo particular, pode-se tratar
dos gêneros, nesta perspectiva, e levar os
alunos a produzirem ou analisarem
eventos linguísticos os mais diversos,
tanto escritos como orais, e identificarem
as características de gênero de cada um.
O Café
Que você seja como o pó de café…
Que diante de uma dificuldade você seja capaz de reagir de
forma positiva para poder transformá-la sem se deixar
vencer pelas circunstancias...
Que haja sabedoria nos seus momentos mais difíceis,
para que você possa espalhar e irradiar um
“Doce aroma ”!
Procure ser CAFÉ, usando a hostilidade para
modificar o sabor da vida com um aroma especial!”
LETRAMENTO
DIGITAL
Um Salto para o Futuro- TV escola
Programa Redefor
Novas formas de pensar, de fazer e de se
comunicar atualmente não dispensam as
tecnologias digitais como parceiras . A
comunicação quase instantânea com
alguém que está do outro lado do mundo,
dificilmente aconteceria sem algum tipo de
tecnologia.
No entanto, a tecnologia por si não muda a
escola, bem como sabemos. A TV não
mudou a escola, o mimeógrafo não mudou
a escola. Mas todos, TV, mimeógrafo,
computadores e redes como a Internet
trouxeram novas possibilidades e
perspectivas para o fazer escolar.
Além dessas mudanças na tecnologia de
suporte, mudanças também ocorreram nas
normas linguísticas, tornando a expressão
da linguagem mais eficiente e ampliando
as possibilidades de leitura e produção de
texto em suporte digital.
Nossos usos de linguagem sempre
variam de acordo com as mediações
(tecnológicas) que empregamos
A comunicação mediada por
computadores, ou CMC, é uma
modalidade de comunicação na qual
as mensagens são produzidas, estocadas,
enviadas e recebidas por meio de
computadores
CMC E MULTIMODALIDADE
Uma das características mais importantes da CMC
(comunicação mediada por computador) é a velocidade
com que ela continua evoluindo à medida em que novos
serviços e novos formatos ditais vão sendo agregados aos
já existentes
Exemplos: e-mail, mensagens instantâneas, SMS
(torpedos) , chat e blogs, twitter.
Estes exemplos são formas de comunicação baseadas em
textos, porém nada impede que sejam agregados, vídeos,
sons, links de fotos entre outros recursos, tornando estes
textos MULTIMODAIS;
Multimodalidade, portanto seria a
integração entre duas ou mais
modalidades em um mesmo texto para
expressar e materializar o discurso de
um texto.
Os gêneros multimodais são discursos
que fazem uso do texto agregado a
imagens. Por exemplo, quando
assistimos um filme, temos a imagem,
a fala dos personagens, a legenda, a
trilha sonora.
Gêneros Multimodais
LETRAMENTO DIGITAL
TEXTO LITERÁRIO
Os textos narrativos podem ser literários ou não-
literários.
No texto literário, predomina a função poética
da linguagem, possibilitando a criação de novas
relações, numa dimensão estética e
plurissignificativa
Já no texto não-literário, sobressai a função
referencial da linguagem, tendo em vista a
necessidade de uma informação mais objetiva e
direta no processo de documentação e explicação
da realidade.
O MUNDO PARTICULAR DA POESIA
Bibliotecas, nos depósitos de livros das escolas ,
em algum canto da casa.
Encontra-se sempre alguém produzindo poesia,
quem faz poesia, recria o mundo.
A poesia dos Beatles, a poesia de Shakespeare,
a poesia de Cora Coralina, a poesia da vizinha
Maria, a poesia da música pop, a poesia da
literatura clássica, de Augusto dos Anjos, de
Clarice Lispector e outros.
Não quero a faca
nem o queijo, quero a fome.
Adélia Prado
EXEGESE
- Mas o que quer dizer esse poema? - perguntou-me
alarmada a boa senhora.
- E o que quer dizer uma nuvem? - retruquei triunfante.
- Uma nuvem? - diz ela. - Uma nuvem umas vezes quer
dizer chuva, outras vezes bom tempo...
Mario Quintana
Infância
A Abgar Renault
Meu pai montava a cavalo, ia para o
campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
Lia a história de Robinson Crusoé.
Comprida história que não acabava
mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que
aprendeu
a ninar nos longes da senzala – e
nunca se esqueceu
chamava para o café
Café preto que nem a preta velha café gostoso
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um
mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robson
Crusoé
Infância
A Abgar Renault
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
Lia a história de Robinson Crusoé.
Comprida história que não acabava mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que
aprendeu
a ninar nos longes da senzala – e nunca se
esqueceu
chamava para o café
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robson Crusoé.
ENSAIOS DE DESMONTAGEM LITERÁRIA
A ideia destes ensaios é aproximar, como indicam os
teóricos da recepção, o ato do leitor do próprio ato do
escritor, tomando-o como um gesto artístico. Assim como
os escritores ensaiam (no sentido de experimentar, tentar,
apagar, tentar de novo) durante o processo de escritura, os
leitores podem ser convidados a processos semelhantes para
ler um texto. Ou seja, a leitura, nesse sentido, passa a ser
tomada em seu caráter processual, de aproximações e
tentativas.
ENSAIOS DE PREPARAÇÃO PARA A LEITURA
O professor define um ângulo de ataque para ser
investigado pelos alunos, a partir da obra literária
selecionada, e propõe que os alunos experimentem elaborar
breves exercícios/jogos literários (artísticos), semelhantes
aqueles investigados pelo autor em questão.
ENSAIOS DE PROLONGAMENTO DA LEITURA
Propostos como desdobramento da leitura, este ensaios têm o
intuito de tornar texto o texto lido. De modo que a leitura se
faça como criação de um outro texto, o texto artístico do leitor
Todas as pessoas podem entender e sentir prazer com uma obra de
arte porque todas têm algo artístico dentro de si [...]. Existem
muitos artistas dispostos a não fazer arte apenas para um pequeno
círculo de iniciados, que querem criar para o povo. Isso soa
democrático, mas, na minha opinião, não é totalmente
democrático. Democrático é transformar o pequeno círculo de
iniciados em um grande círculo de iniciados. Pois a arte necessita
de conhecimentos. A observação da arte só poderá levar a um
prazer verdadeiro, se houver uma arte da observação. Assim como
é verdade que em todo homem existe um artista, que o homem é o
mais artista dentre todos os animais, também é certo que essa
inclinação pode ser desenvolvida ou perecer. Subjaz à arte um
saber que é um saber conquistado através do trabalho.
Bertolt Brecht
[A resposta a um texto] Deve ser um outro texto. Assim,
quando um professor lê um poema para os seus alunos,
deve fazer-lhes uma provocação: “O que é que esse poema
lhes sugere? O que é que vocês vêem? Que imagens? Que
associações?”. Assim o aluno, em vez de se entregar à
duvidosa tarefa de descobrir o que o autor queria dizer,
entrega-se à criativa tarefa de produzir o seu próprio texto
literário.
Rubem Alves
Projetos de Língua Portuguesa
Olimpíada de Língua Portuguesa;
Videoconferências _ Chaves da Leitura;
PRODESC (Práticas Pedagógicas)
Recuperação Contínua e Intensiva
Oficinas de Leitura e Produção de Texto e Literatura; Material de
LPT
Sala de Leitura
Programas Leituras do professor e do aluno
Diretoria Leste 4 _ Núcleo Pedagógico
http://leste4.nucleopedagogico.zip.net
2741-2627 ramal 21