Upload
tati-pina
View
13
Download
2
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Aula Residencia de Clinica médica - Bloco Gastro (resumo de lesoes hepaticas cronicas)
Citation preview
HEPATITES CRÔNICAS
Universidade Federal de Goiás
Programa de Residência Médica-HC/UFG
Departamento de Clínica Médica
Tatiana de Souza Pina Lobo – R1 Clínica MédicaDr. Rodrigo Sebba Aires - Orientador
Hepatites Crônicas
– Virais:
• Hepatite B;
• Hepatite B+D;
• Hepatite C.
– Medicamentos:
• Metildopa;
• Nitrofurantoína;
• Amiodarona;
• Isoniazida.
– Autoimune;
– Genéticas:
• Doença de Wilson;
• Deficiência de α1-antitripsina.
– Alterações metabólicas:
• NASH
Causas:
Hepatites Crônicas
– Virais:
• Hepatite B;
• Hepatite B+D;
• Hepatite C.
– Medicamentos:
• Metildopa;
• Nitrofurantoína;
• Amiodarona;
• Isoniazida.
– Autoimune;
– Álcool;
– Genéticas:
• Doença de Wilson;
• Deficiência de α1-antitripsina.
– Alterações metabólicas:
• EHNA.
Causas:
Hepatite B
Hepatite B
• Epidemiologia:
– 1/3 da população apresentam evidência sorológica de infecção prévia ou atual;
– 350 milhões de pessoas estão infectadas cronicamente;
– 1 milhão de mortes ao ano;
– 5-10% dos transplantes;
– 2-5% em fase de cirrose evoluem com CHC.
Hepatite B
• Manifestações clínicas:
– Assintomáticas;
– Fadiga, desconforto em hipocôndrio D;
– Sintomas constitucionais, icterícia, estigmas de insuficiência hepática;
– Exacerbações agudas com ↑ de ALT e de AFP (<400);
– Manifestações extra-hepáticas (glomerulonefrite membranosa, poliarterite nodosa, acrodermatite papular).
Hepatite B
• História Natural:
– 5 fases:
1.Imunotolerância:
2.Imunorreativa;
3.Portador inativo;
4.Portador crônico HbeAg-negativo;
5.HBsAg negativo.
Hepatite B
• História Natural:– 5 fases:1.Imunotolerância:• HBeAg +;• HBV-DNA ↑ ↑ ↑;• Aminotransferases normais ou em baixos
níveis;• Necroinflamação discreta ou ausente;• Fibrose discreta ou ausente.
Hepatite B
• História Natural:
– 5 fases:
2.Imunorreativa:
• HBeAg +;
• HBV-DNA ↑;
• Aminotransferases níveis aumentados;
• Necroinflamação moderada a grave;
• Fibrose em rápida progressão.
Hepatite B
• História Natural:
– 5 fases:
3.Portador inativo do HBV:
• Soroconversão: HBeAg Anti-HBe;
• HBV-DNA ↓;
• Aminotransferases níveis normais;
• HBsAg ↓ e soroconversão para Anti-HBs.
Hepatite B
• História Natural:
– 5 fases:
4.Portador crônico HbeAg negativo:
• Soroconversão: HBeAg Anti-HBe;
• HBV-DNA e Aminotransferases níveis flutuantes;
• Variantes pré-core.
Hepatite B
• História Natural:
– 5 fases:
5.HBsAg negativo:
• HBV-DNA, geralmente, indetectável;
• Anti-HBc + com ou sem Anti-HBs +.
Infecção oculta pelo HBV (<200UI/ml)
Hepatite B
– Hemograma;
– AST/ALT;
– FA/GGT,
– TAP,
– Albumina,
– USG hepática.
– HBV-DNA (UI/mL);
– HDV, HCV, HIV;
– Álcool;
– Autoimune
– Esteatose ou Esteato-hepatite;
– Biópsia hepática, se:
• ALT elevada;
• HBV-DNA > 2000UI/mL.
Avaliação pré-terapêutica:
Hepatite B
• Tratamento:
– Indicações baseadas em três critérios:
• Níveis de HBV-DNA;
• Níveis séricos de aminotransferases;
• Grau ou estágio histológico.
Hepatite B
• Tratamento:
– Indicações baseadas em três critérios:
• Níveis de HBV-DNA >2000 UI/mL;
• ALT acima do limite superior;
• Biópsia hepática com moderada a severa atividade necroinflamatória e/ou fibrose (METAVIR A2/F2).
Hepatite B
• Tratamento:
– Grupos especiais:
• Pacientes imunotolerantes (seguimento);
• Pacientes com hepatite crônica leve (seguimento);
• Pacientes com cirrose compensada e HBV-DNA detectável (tratar);
• Pacientes com cirrose descompensada (tratar).
Hepatite B
• Tratamento:
– Interferon-α;
– Interferon-α peguilado;
– L-nucleosídeos: lamivudina, telbivudina e emtricitabina;
– Análogos da deoxiguanosina: entecavir;
– Adefovir e tenofovir
Hepatite B
• Tratamento:
– Interferon-α convencional ou peguilado:
• Ausência de resistência;
• Possibilidade de resposta virológica sustentada;
• Duração: 48sem HBeAg +;
• Associação com lamivudina: melhor resposta, mas não garante resposta sustentada.
Hepatite B
• Tratamento:
– Entecavir e tenofovir:
• Elevada barreira à resistência;
• Primeira linha em monoterapia.
– Adenofovir é mais caro e menos eficaz;
– Telbividina: elevada taxa de resistência;
– Lamivudina: elevada taxa de resistência.
Manter tratamento por 6-12 meses após soroconversão-HBeAg!
Tratamento a longo prazo se não atinge resposta virológicasustentada, ou seja, não há soroconversão-HBeAg,em HBeAg- ou em cirróticos.
Hepatite B
• Falência terapêutica:
– Não-resposta-primária:
• Queda < 1log10 em 12 semanas;
• Mais frequente com o adefovir.
– Resposta virológica parcial:
• HBV-DNA detectável durante terapia contínua.
– Avanço virológico:
• Relacionada à resistência viral;
• Elevados níveis basais ou lento declínio de HBV-DNA.
Hepatite C
Hepatite C
• Definição:
– Anti-HCV+ por mais de seis meses;
– E HCV-RNA detectável (confirmação diagnóstica).
• Ausência de sinais e sintomas;
• ALT elevada intermitentemente.
Hepatite C
• Epidemiologia:
– 60-85% cronificam;
– 20% evoluem a cirrose;
– 1-5% desenvolvem CHC.
– 50% dos pacientes evoluem com crioglobulinemia!
Hepatite C
• Progressão depende de:
– Idade >40 anos no momento da infecção;
– Sexo masculino;
– Uso de álcool;
– Coinfecção com o vírus da hepatite B e/ou HIV;
– Imunossupressão;
– Esteatose hepática;
– Resistência insulínica;
– Atividade necroinflamatória à primeira biópsia hepática.
Hepatite C
• Exames pré-terapêuticos:
– Hemograma;
– ALT, AST, FA, GGT;
– TAP, bilirrubinas e albumina;
– Creatinina e glicemia de jejum;
– TSH;
– Anti-HIV ½;
– Sorologia Hep. A e B;
Hepatite C
• Exames pré-terapêuticos:
– EAS;
– EPF;
– Ultrassonografia abdominal;
– Endoscopia digestiva alta se houver suspeita de hipertensão portal.
Genotipagem
Hepatite C
• Indicação de Biópsia hepática:
– Doença hepática compensada;
– Contagem de plaquetas > 60.000/mm3;
– Atividade de protrombina > 50%;
– Ausência de contraindicações às drogas usadas para tratamento.
Hepatite C
• Recomenda-se tratamento:
– Fibrose ≥ F2 (METAVIR), independentemente da atividade inflamatória;
– Atividade inflamatória ≥ A2 (METAVIR) com presença de fibrose ≥ F1 (METAVIR).
Hepatite C
• Tratamento:
– Interferon-α;
– Interferon peguilado α-2a e α-2b;
– Ribavirina (sempre em associação).
• Indicações:
– Paciente virgem de tratamento, com doença crônica compensada , dispostos a se tratarem e que não apresentem contraindicações às medicações.
Hepatite C
• Tratamento:
– Genótipo 1:
• IFN peguilado + ribavirina (48-72 sem).
– Genótipos 4/5:
• IFN peguilado + ribavirina (48-72 sem).
Hepatite C
• Tratamento:
– Genótipos 2/3:
• IFN conv. + ribavirina (24 sem);
• Preditores de má resposta:
–Escore METAVIR ≥ F3;
–Manifestações clínicas de cirrose hepática;
–Carga viral superior a 600.000UI/mL
IFN peguilado + ribavirina (24-48 sem).
Hepatite C
• Características associadas ao sucesso terapêutico são:
– Genótipo viral não-1;
– Carga viral baixa (< 600.000UI/mL);
– Ausência de fibrose e de atividade inflamatória;
– Ausência de obesidade.
Hepatite Auto-Imune
Hepatite Auto-Imune
• Introdução:
– Doença inflamatória contínua;
– Início e duração variáveis;
– 2-25% dos adultos.
Hepatite Auto-Imune
• Introdução:
– Há infiltrado linfo-plasmocitário em áreas portais e periportais;
– Hipergamaglobulinemia (predomínio de IgG);
– Auto-anticorpos não-órgão-específico:
• Anticorpos antinucleares (70%);
• Anti-músculo liso;
• Anti-mitocondrial;
• Anti-citosol;
• Anti- antígeno solúvel do fígado.
Hepatite Auto-Imune
• Quadro clínico:
– Sugestivo de hepatite aguda (infância);
– Dispnéia, astenia, emagrecimento, anorexia, febre, mialgia (adulto);
– Icterícia, colúria;
–Manifestações extra-hepáticas (psoríase, artrite, DII, tireoidite).
Hepatite Auto-Imune
• Laboratório:
– Aminotransferases (> 1000U/L);
– Hipergamaglobulinemia (>2 g/dl);
– C3 e C4 consumidos;
– FA e GGT elevadas;
– Hiperbilirrubinemia;
– Hipoalbuminemia e TAP alargado;
– Presença de auto anticorpos (1/80 ou 1/20).
Hepatite Auto-Imune
• Tratamento:
– Indução/Manutenção:
• Prednisona;
• Azatioprina;
• Associação PDN+AZA.
Doença de Wilson
Doença de Wilson
• Introduçao:
– Degeneração hepatolenticular;
– Caracteriza-se pelo distúrbio (genético) metabólico do cobre.
Doença de Wilson
• Quadro clínico:
– Hipodesenvolvimento somático;
– Sintomas inespecíficos;
– “Forma hepática” variável;
– “Forma neurológica” (disartria, ataxia, parkinsonismo, limitação intelectual);
– Anel corneano de Kayser-Fleischer;
Doença de Wilson
• Diagnóstico:
– Predominantemente clínico;
– Níveis de ceruloplasmina baixos;
– Hemólise Coombs negativa;
– Cobre sérico baixo (podendo estar normal ou elevado);
– Cobre urinário de 24h elevado;
– Cobre hepático elevado.
Doença de Wilson
• Tratamento:
– Dieta (chocolates, castanhas, fígado, cogumelos);
–Medicamentos:
• D-penicilamina;
• Molibidênio;
• Zinco;
• Dimercaptopropanol.
• EASL Clinical Practice Guidelines: Management of chronic hepatitis B. European Association for the Study of the Liver. Journal of Hepatology 50 (2009) 227–242;
• Hepatitis B: The Virus and Disease. T. Jake Liang. American Association for the Study of Liver Diseases. PubLished online In Wiley Interscience.
• Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para hepatite viral c e coinfecções. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília/DF(2011).
• EASL Clinical Practice Guidelines: Management of hepatitis C virus infection. European Association for the Study of the Liver. Journal of Hepatology (2011).