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Quem me roubou do evangelho adry araújo

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Quem me roubou do Evangelho?

Reverendo Adry Araújo

Coleção Pensador Apostólico – Vol. 1

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LIVROS DO REVERENDO ADRY ARAÚJO JÁ PUBLICADOS: - JESUS CRISTO SENHOR DAS NECESSIDADES - O DEUS QUE TE CONHECE - POR QUE ESTÁS ABATIDA Ó MINHA ALMA? - O NOVO CORAÇÃO - A LIBERTAÇÃO NA ADORAÇÃO - O PODER DO JEJUM - QUANDO VEM O DIA MAL - SER LIVRE - QUEM ME ROUBOU DO EVANGELHO?

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SUMÁRIO - Livros do Reverendo Adry Araújo já publicados. - Em poucas palavras - Quem me roubou do Evangelho - Explicando - O povo - Pobre e ignorante - O livro de capa preta - Esse foi um tempo - O Reino - A descrição do Reino - A palavra - A mensagem - A simplicidade - O caminho - Buscai, pois - Em primeiro lugar - O seu Reino - E a sua justiça - Todas estas coisas - Vos serão acrescentadas - O preço - A Troca - O apelo - Na duvida - O desafio - O contraste do Evangelho - Rico – pobre - Vestido – nu - Abastado – miserável - Muitos, naquele dia - O Evangelho - O Evangelho do semeador - Vinde a mim - Apenas vivendo e deixando viver

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Para Eleonora Araújo Minha esposa, minha amiga, minha pastora e companheira. Para os meus filhos na carne: Adhonay e Adria E para as minhas “filhas felinas do coração” Gatoviska, Bolinha, Pretinha, Biafra , Kokoronuji e Peladinha

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EM POUCAS PALAVRAS Nunca em toda a história da igreja, vivemos em um tempo como o que estamos vivendo agora. Quando Jesus em Mateus16: 18, disse que às portas do inferno do prevaleceriam contra a igreja, não quis dizer que não haveria luta. A afirmativa de que não prevaleceria é real, como reais são todas as Suas palavras. No entanto a luta que esta se travando em nossos dias, é de uma dimensão não comparada com nenhuma outra. Houve um tempo em que os levantes do inferno contra a igreja de Jesus, eram de formas combativas e explicitas com perseguições que causavam danos físicos e morais, incluindo: prisões, torturas e mortes. Hoje, no entanto, o levante, tem sido de forma mais sutil e não se dá a perceber que está havendo um levante ferrenho e terrível contra a igreja. As pessoas que observam a igreja evangélica em todas as partes do mundo, e eu quero me situar em nível de Brasil, acham que está acontecendo um grande avivamento. Igrejas estão sendo abertas em tudo que é lugar. As pessoas estão indo às igrejas como nunca, Um numero cada vez maior de ministros tem sido ordenados para suprir a grande demanda por conta do crescimento da igreja. Mas na realidade, não é bem isso o que está acontecendo. Inúmeras igrejas estão sendo abertas sim, em todo canto e lugares, de todos os tamanhos e para todos os gostos, mas a grande maioria delas, quase que de forma absoluta, estão comprometidas com um evangelho que não é o Evangelho de Jesus. Estão pregando uma mensagem que não foi ensinada por Jesus Cristo, e nem inspirada pelo Espírito Santo. As pessoas estão indo a igreja sim, mas como se vai a um clube social, cumprir uma formalidade pseudo-religiosa ou em uma outra comparação: como se estivessem indo a uma casa de jogos, a um cassino ou a um bingo. Um numero muito grande de ministros estão sendo consagrados sim, sem sombra de duvida, esse é o tempo da proliferação do cargo e da função de pastor, pois o ministério dito sagrado, se transformou em um grande negocio. A grande maioria dos ministros que estão sendo consagrados, o estão sem nenhum respaldo espiritual, pois se criou uma demanda muito grande de pastores, apóstolos, bispos e outros cargos, sem

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que essas pessoas, possuam qualquer tipo de ligação ou identificação com aquele que chamam de Senhor da Seara. O evangelho que está sendo pregado por essas pessoas, e ensinados nessas igrejas, não é o Evangelho de Jesus, e sim um outro evangelho, chamado de evangelho da prosperidade, ou como aqui eu vou identificar de “o contra evangelho”. Por conta disso, a igreja perdeu a sua credibilidade, pois a mensagem simples, livre e absoluta de Jesus, cedeu lugar, a mensagem da barganha, da compra e venda de bênçãos, da mercantilização da fé, da importação de amuletos evangélicos - sagrados, como: terra de Israel, azeite do monte das oliveiras, água do rio Jordão, pó do muro das lamentações, e por ai vai, que são usados nos cultos como adendo de força espiritual, para impulsionar o poder de Deus, para atuar nesses lugares e nessas reuniões. A bênção de Deus passou a ser agendada, com dia, hora e local pré-determinado, para acontecer, pois se não for nesses dias, hora e local, Deus não atende. Ai criou-se as “campanhas”, e as “correntes fortes” que não encontram base nenhuma nos Evangelhos, onde as pessoas precisam participar para serem abençoadas. Não precisa ir muito longe não, basta olhar na sua rua mesmo, próxima de onde você mora que você vai encontrar alguma igreja com uma placa ou faixa anunciando: Campanha da prosperidade, da cura, da libertação, da força positiva, do consegue-se tudo, do amor, da afetividade, do emprego, da casa própria, do carro novo, do casamento e por ai vai. Ou se você não quiser se dá ao trabalho de ir para constatar o que estou dizendo aqui é a mais pura verdade, faça o seguinte: ligue o seu televisor, ou seu rádio, em determinadas emissoras, que você vai ver e ouvir, os apelos mais estaparfudios, e as encenações mais dantescas, como que tiradas de um circo de horrores, que recebe o nome de culto que é prestado a Deus. E em todos eles, e em todos esses lugares, as induções psicológicas, com a manipulação das emoções das pessoas acontecem da forma mais explicita na mesma proporção comparativa que os cultos afro-ameríndios e de baixo espiritismo. Tudo feito em nome de Deus, e com a promessa de recompensas extraordinárias àqueles que se submeterem a fazer as campanhas ou acompanhar as correntes, sem perder um dia sequer e também desembolsarem grandes ofertas, pois a mola que impulsiona esses movimentos e que rege esses lugares, e que comanda esses cultos, é o dinheiro, pois o culto que ali é prestado, está longe de

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ser um culto ao Deus criador dos céus e da terra, o Senhor todo poderoso, mas sim a Mamom. Um demônio que tem regência sob a usura, a ganância o desposo, e o dinheiro. Não é sem razão que nesses lugares se pede para você dá tudo, todo o dinheiro que você tem, e também se desfazer de seus bens que você conseguiu adquirir e as pessoas são incentivadas a venderem e trazerem e entregarem aos “homens de deus”, porque em assim fazendo a sua bênção está garantida. A Palavra de Deus já fazia uma advertência muito forte a respeito disso. Em 2Pe. 2:1-3 Está escrito: “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós faltos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme”. Por conta disso, cabe aqui uma pergunta: - Quem me roubou do Evangelho? Do Evangelho genuíno. Do Evangelho de Jesus de Nazaré? Este livro é uma tentativa, como uma gota d’água em um oceano de fazer um apelo de volta ao Evangelho, deixando de lado o encantamento do contra-evangelho também conhecido como o evangelho da prosperidade, para que você possa usurfluir verdadeiramente de tudo o que Deus tem reservado para você. Pois o Evangelho não é da prosperidade. O Evangelho é a prosperidade! Na esperança e na crença no Evangelho de Jesus, Reverendo Adry Araújo, Manaus, Janeiro, primeiros dias de 2011 – Ano apostólico de Enoque.

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Quem me roubou do Evangelho.

Explicando Houve um tempo, em que nós, cristãos de confissão evangélica. (e nesse tempo o termo evangélico ainda podia ser usado para definir àqueles que faziam parte do Reino) fazíamos o nosso trabalho de evangelismo, utilizando as estratégias mais variadas que Deus nos dava: pregação em praças, nas escolas, nas faculdades, nas casas de nossos amigos e vizinhos, e quando terminávamos fazíamos o “apelo” convidando as pessoas a aceitarem a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas. Quando havia a aceitação, e essa pessoa se “convertia”, nós tínhamos ai algumas atitudes: a) Levávamos essa pessoa para nossa igreja, nossa congregação, nossa comunidade. b) Nós encaminhávamos essa pessoa à igreja de algum pastor amigo nosso e que possuía reputação de homem de Deus, e que tínhamos certeza de que cuidaria dessa ovelha, como um pastor. (nesse tempo ainda havia gente assim, que atuavam no ministério como PASTOR) c) Deixávamos essa pessoa aos cuidados de algum irmão que também tínhamos o conhecimento de que era alguém comprometido com Deus e que por certo iria cuidar dessa vida que acabou de nascer. d) E por último, pedíamos a pessoas que procurasse uma IGREJA EVANGÉLICA mais perto de sua casa. Nesse tempo o termo “evangélico” podia ser usado para as igrejas cristãs que não confessavam a fé católica romana. Era assim que as coisas aconteciam. Era assim que trabalhávamos, era assim que o Reino se expandia, e em todos nós havia alegria, regozijo, como tem as crianças quando estão à roda da mesa em dias de festas. Foram bons tempos esses, que ficaram marcados em nossa mente e tatuados em nosso coração e vivos em nossa memória, como imagem feitas a fogo, pelo Espírito Santo de Deus.

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O POVO Houve um tempo em que o “evangélico” era o CRENTE. Aquele que cria e contagiava os outros em sua volta com sua crença. As pessoas “de fora”, que não faziam parte do arraial do “salvos”, podiam não querer ser o que eles eram, e podiam até não gostar deles como gente, mas sabiam respeita-los unicamente por aquilo que eles criam, e pela forma como viviam as suas crenças. Era fácil saber quem era CRENTE. Bastava olhar para eles. Eles tinham algo especial que os diferenciava e que chama a atenção, e se chegássemos perto para conversar, eles tinham um assunto: Jesus! O teor de suas falas sempre se movia em torno da pessoa de Jesus, e o EVANGELHO DA SALVAÇÃO. Muitos dos “de fora” os criticavam por seus não envolvimentos com alguns outros assuntos da vida, como: política, dinheiro, negócios, negociatas, engajamento social, mistura de crença (sincretismo). E muitos até achavam que eles eram um povo isolado da sociedade. Quando na realidade não era bem assim. Quem os conhecesse mais de perto logo iriam sentir que havia entre eles a união que é descrita no livro de Atos dos Apóstolos quando fala de como vivia a Comunidade Cristã: “Da multidão dos que creram era um o coração e alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém lhes era comum”. Atos. 4:32. O seu engajamento político não era partidário. Eles viviam como cidadãos, e lutavam e reivindicavam os seus direitos, mas sempre colocando Deus na frente, pois criam piamente que o Senhor, tinha cuidado especial por eles. O seu trabalho social também era visto a luz do dia. Basta ver as inúmeras missões para-eclesiastica que surgiram, cada uma delas com uma função: Algumas trabalhavam com a saúde outras com a educação, outras com os índios, outras cuidavam dos jovens, outras dos estudantes secundaristas, outras dos universitários, outras dos profissionais liberais e assim por diante. Inúmeras escolas eram abertas, bem como hospitais, centros de recuperação, centros de treinamentos para a família, para a mulher e para as crianças. Os desprezados os parias, os deixados de lado, que viviam pelas ruas, eram sim por eles assistidos, com a distribuição de alimentos, de sopa, com atendimento médico, e isso acontecia na calada da

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noite, nas madrugadas frias, das pequenas e grandes cidades, sem que propaganda fosse feita, e sem que trombeta fosse tocada, anunciando o que se estava fazendo pois assim está escrito no Evangelho: “Cuidado! Não pratiquem suas boas obras publicamente, para serem admirados, porque então vocês perderão a recompensa do seu Pai do céu; quando derem uma esmola, não fiquem contando a todo mundo a respeito disso, como os hipócritas fazem – tocando trombeta nas sinagogas e nas ruas chamando a atenção para os seus atos de caridade! Verdadeiramente Eu digo: Eles já receberam toda a recompensa que poderiam ter. mas quando vocês fizerdes um favor a alguém, façam-no secretamente – não contem à sua mão esquerda aquilo que a sua mão direita está fazendo. E o seu Pai que conhece todos os segredos, recompensará vocês”. (Mateus. 6: 1-4 – Bíblia Viva – Editora Mundo Cristão) Tudo isso era feito por esse povo que trazia sobre si, um complemento ao seu nome: POVO DE DEUS! No entanto, tudo o que faziam, faziam para Deus. Não havia interesses outros, que os fizessem se dedicar a isso. O que os impulsionava era simplesmente o desejo de servir ao Senhor, e expandir o Seu Reino. POBRE E IGNORANTE Esse era o perfil traçados pelos “de fora” para aqueles que haviam se convertido ou como se costumava dizer: “mudado de religião”, que tinham trocado a religião de seus pais tornando-se protestantes. Ninguém que se considerando ser alguma coisa, que possuía algum status, que era detentor de “conhecimentos”, e que freqüentavam os bons lugares, queriam ser como esse povo, queria andar com eles. Nesse tempo Pastor era alguém que exercia na comunidade uma autoridade irretocável e sua reputação era de homem sério, homem direito, homem correto, homem de Deus. A palavra do pastor, podia não ser recebida por aqueles da comunidade que não faziam parte do seu rebanho, mas era ouvida, e respeitada, por conta de sua atitude, sua postura, e seu testemunho. O LIVRO DE CAPA PRETA Era esse o livro que os CRENTES carregavam em baixo do braço, quando seguiam seus caminhos com a família em direção à igreja.

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Esta por sua vez era respeitada como sendo um local sagrado, uma casa de oração. Não havia ainda, as quitandas, os mercadinhos, os supermercados e nem o magazines da fé, que transformaram a igreja em sinônimo de um comércio muito lucrativo. O livro de capa preta como era conhecido a Bíblia Sagrada, era a regra de fé e pratica daqueles que se chamavam crentes e viviam o que nesse livro esta escrito, e assim podiam dar o seu testemunho com alegria, com prazer, com modéstia do quanto se sentiam felizes. Os “de fora” não ousavam debater com eles a respeito de assuntos ligados ao livro de capa preta conhecido como a BÍBLIA SAGRADA, pois sabiam que eles dominavam o assunto por ela exposto, e sabiam o que nela estava escrito, pois a liam todos os dias, e a praticavam em suas vidas, fazendo o possível para pautar sua conduta aos seus ensinamentos. ESSE FOI UM TEMPO Sem duvida alguma marcado pela presença de Deus, na vida de inúmeras pessoas, que experimentaram a manifestação mais clara e pratica da Palavra vivida, de forma simples e singela, como é o EVANGELHO DO REINO. No entanto hoje esse não é o quadro que vivemos. O povo “de fora” que não é mais tão de fora, pois agora virou moda se dizer que é crente, e pertencer a uma igreja dita evangélica, como se pertence a um clube desportivo ou a uma entidade de cunho social, pois a igreja há muito deixou de ser o que fora instituída por Jesus, e passou a ser um negócio de tantos, não vê esse povo que se consideram de dentro, como sendo povo de Deus, e muito menos seus líderes, pastores, bispos, apóstolos, são vistos e respeitados como HOMENS DE DEUS. A mensagem do LIVRO DE CAPA PRETA, já não causa tanto impacto, e já não se ouve o assunto tema que nele é tratado, e anunciando por aqueles que se dizem POVO DE DEUS. O Evangelho deixou de ser o pano de fundo de tudo na vida, e tornou-se por assim dizer: em mais um dos muitos livros motivacionais que existem por ai. Por isso, este livro, vai tratar do assunto mais atual e urgente de nosso tempo: QUEM ME ROUBOU DO EVANGELHO?

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O REINO A história da raça humana é permeada de aventuras. Umas brilhantes, outras sofridas, umas impactantes, outras modestas, mas cheia de aventura. Nessas aventuras quase sempre as coisas giram por conta de um Reino, ou em um Reino. Para muito o reino, é reino mesmo, com um monarca, seus súditos e todo o desenrolar de uma vida, que é vivida, hora com intensidade, hora de forma mais amena. No entanto, esses reinos que a história da raça humana descreve, são reinos físicos, materiais. Reinos feito por homens, vividos em grupos em sociedades, desenvolvendo-se de varias formas, alcançando ápices e apogeus, que satisfazem a necessidade humana de sempre crescer, conquistar e querer mais. No entanto, paralelo a esse reino, co-existindo com ele, existem dois outros reinos. Não reinos físicos, não reinos tocáveis, tangíveis, visualizados por olhos físicos, cujas retinas descrevem sua dimensão, beleza e arquitetura. Existem Reinos espirituais, identificados como: Reino das trevas – do diabo, e Reino de Luz – de Deus. O Reino que vamos abordar aqui é o Reino de Deus. O Evangelho que é Boas Novas traz exatamente a história desse reino, e faz a sua descrição para nós. Não podia ter alguém mais abalizado, alguém revestido de maior autoridade, para nos falar desse Reino, do que o seu Monarca supremo: Jesus de Nazaré. A DESCRIÇÃO DO REINO O Reino de Deus é comparado: “...O Reino dos céus é comparado a um homem que semeou boa semente no seu campo” (Mt. 13:24) “...O Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e plantou no seu campo” (Mt. 13:31) “Disse-lhes outra parábola: O Reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até fica tudo levedado”. (Mt.13:33) “O Reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo”. (Mt.13:44)

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“O Reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra”. (Mt.13:45-46) “O Reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie”. Essa é a descrição que o Novo Testamento faz do Reino de Deus, e que através das palavras de Jesus nos mostram como ele é. Esse reino segue na paralelidade de um outro reino, o reino do império das trevas. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor; no qual temos a redenção, a remissão dos pecados”. (Cl.1:13-14) Esse reino foi constituído por conta de uma rebelião. “Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e satanás, o sedutor de todo o mundo, sim foi atirado para terra, e, com ele os seus anjos”. (Ap.12:7-9) E desde então tem enfrentado e se levantado contra o Reino de Deus, no intuito de conquistá-lo, mas isso não será possível. “...O Deus do céu suscitará um Reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre”. (Dn.2:44) Jesus trouxe o Reino de Deus a este mundo, e o constituiu e o institucionalizou na figura de um ajuntamento de um grupo, de uma comunidade, de uma Eclésia. A Sua igreja. “Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuo ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Desde então ela tem sido a replica na terra do Reino de Deus que esta estabelecida no céu, o qual deve vir manifestando-se dia após dia, nesse mundo atraves da vida daqueles que fazem parte desse Reino – a Igreja do Senhor Jesus.

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“Venha o Teu Reino; faça-se a Tua vontade assim; na terra como no céu”. (Mt.6:10) Isso significa que a Igreja de Jesus tem a função de fazer manifestar-se aqui o Reino de Deus, de forma física e espiritual. A Palavra de Deus diz em Rm. 14:17: “Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. A PALAVRA Ela é sem sombra de duvida a tônica que deve reger o existir e o manifestar desse Reino entre nós. Ela tem o poder em si, de fazer acontecer aquilo que nela está escrito, pois foi revelada por Deus a homens santos que falaram da parte Dele. “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo”. (2Pe. 1:21) Essa palavra é poderosa em si, para desbaratar qualquer exército, para destruir qualquer fortaleza, para lançar por terra todo intento do imperador do Reino Inimigo, o qual não resiste a Palavra, pois sabe muito bem o que foi dito por Jesus a respeito dela: “...A tua Palavra é a verdade”. (Jo.17:17) Essa palavra é o linguajar do Reino, e dela deve proceder todo o ensinamento que precisamos para termos acesso ao que Deus tem prometido pra nós. A Palavra nos basta, não precisamos de adendo, não precisamos de acréscimo, não precisamos de nada que venha dá uma “forçinha” pra ela, para que possa acontecer o que queremos que aconteça. Não precisamos de técnicas de marketing e nem de neurolinguistica, ou de persuasão psicológica para que a Palavra opere o que Deus determinou pra nós. Precisamos unicamente da Palavra. Ela por si nos basta, pois está carregada do poder de Deus. A MENSAGEM O Evangelho no seu conteúdo tem a mensagem mais simples que alguém pode ouvir. Não existe nenhuma complexidade, nenhuma coisa difícil que não possa ser discernido e interpretado por aqueles que estão buscando a Deus.

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O Evangelho é a mensagem da simplicidade, que pode ser entendido por todos independente do grau de conhecimento e de cultura, em todas as eras e em todos os tempos. O Evangelho decodifica-se com a nossa mente, e fala ao nosso coração, como a água do rio fala a terra quando percorre o seu leito. O Evangelho tem a mensagem dos Lírios do Campo, que não fiam, não costuram não se utiliza de mãos humanas para fazer os seus adornos, e que hoje existe e amanhã é lançado fora. No entanto nem Salomão em todo o seu esplendor se vestiu como qualquer um deles. O Evangelho tem a linguagem das aves do céu, que se rejubilam todos os dias, em todo o tempo, pois sabem que não plantam, não juntam em celeiros, e, no entanto o Pai Celeste as alimenta todos os dias e não lhes deixa nada faltar. O Evangelho tem a mensagem do Semeador que simplesmente saiu a semear. E semeou....e algumas caíram em terras não muito boas, e outras caíram e germinaram, cresceram e prosperaram. O Evangelho tem a mensagem do homem vestido de roupa de pele de camelo, que se alimentava de gafanhotos e mel silvestre, e que preparava o caminho Daquele que estava por vir. O Evangelho tem a mensagem dita de forma solene ao mestre dos judeus: Nicodemos, ao qual foi revelada a necessidade que tem todo homem de passar pelo novo nascimento. O Evangelho tem a declaração do coração arrependido de Zaqueu, que não era bem visto por todos, nem pelos de sua própria casa, mas que foi admirado, bem visto e querido por Aquele que parando embaixo da figueira onde ele tinha subido, olhando para cima lhe disse: - Desce depressa, porque hoje eu vou passar a noite na tua casa. Ninguém sabe o que aconteceu ali. Mas algo extraordinário aconteceu, porque Jesus não só passou a noite em sua casa, não só se alimentou do que ele lhe ofereceu, mas com toda certeza o amou, com um amor indizível, que foi fundo em sua alma, e tirou dele toda prisão e desapreciamento que havia se acumulado ao longo de sua vida, e gerou em seu ser um profundo e genuíno arrependimento, que foi expresso atraves da declaração: “...resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais”. (Lc.19:8) O Evangelho tem a mensagem do dialogo diante do poço de Jacó, aonde Jesus revelou o maior dos segredos para a humanidade. O que é que Deus está procurando.

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“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores”. (Jo.4:23) Nesse mesmo dialogo Ele revoluciona a vida de uma mulher que a sociedade e ela mesma via como algo que não tinha mais jeito. O Evangelho tem a mensagem da humildade, da confiança, do descanso Naquele que chama as pessoas para estar perto Dele para fazê-los pescadores de homens. O Evangelho simples da casa de Simão, da beira-mar, do sermão do monte, do caminho de Emaús que fez a diferença na vida de muitos e que tem impactos toda a humanidade. O Evangelho do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo A SIMPLICIDADE O Evangelho de Jesus é caracterizado pela marca da simplicidade. Tudo nele acontece de forma simples. Não existe nada complexo, não existe nada obscuro, não existe nada incógnita, tudo nele é de forma simples. Jesus mesmo disse: “O que vos digo às escuras, dizei-o a plena luz; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o dos eirados.” (Mt.10:27) “Portanto, não os temais; pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido”. (Mt.10:26) Até mesmo quando Ele falava por parábolas que era uma forma usual de ilustrar uma mensagem, ela vinha acompanhada de explicação, que mostrava que ela em si mesmo já era simples demais para se entender. A complexidade que foi adendada a mensagem do Evangelho, e que hoje nós vemos proclamado por ai, não faz parte da mensagem original de Jesus. O Evangelho foi distorcido, deturpado e adendado o que fez com que perdesse a sua originalidade e consequentemente o seu poder. O CAMINHO Jesus instituiu a Sua igreja. Isso é fato. Muita gente diz que Jesus não veio criar uma religião, e não veio mesmo, Ele não fundou uma nova religião, Ele não estabeleceu uma nova ordem espiritual. Ele não é o criador do cristianismo. Isso foi invenção humana, quando Satanás em sua tentativa de se levantar contra a igreja de Jesus, criou meios e formas de confundir os seguidores do Caminho e aqueles que apreciam a Sua mensagem, para que eles não venham entender o real objetivo de

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Jesus e do Evangelho, e assim não tenham um encontro real e verdadeiro com Ele, o que com toda certeza transformará as suas vidas, e impactará a sociedade e mudará o rumo da história. Jesus explicando uma de Suas parábolas disse: que o que estava acontecendo com aquele povo, era o que havia sido predito pelo profeta Isaías que havia falado: “De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados’. (Mt.13:14-15) A igreja, que Jesus instituiu recebeu um nome: O CAMINHO. Todos os discípulos de Jesus estavam no Caminho, a Palavra nos diz no livro de Atos dos Apóstolos que “Saulo respirando ameaça de morte contra os discípulos do Senhor, pediu carta ao sumo sacerdote para que caso achasse alguns que fossem do caminho...” (At.9:1-2) E era no caminho que a Palavra era pregada, que o Evangelho era anunciado, e a mensagem de Jesus era ensinada. Era enquanto iam, enquanto avançavam, enquanto faziam as coisas do cotidiano que o Evangelho fluía deles como se fosse o suor de suas almas. Não havia hora e nem dia determinado, não havia agendamento de milagre, de cura e de libertação. Tudo isso fazia parte do cotidiano daqueles que criam, conforme estás escrito no Evangelho de Marcos: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados”. (Mc. 16:17-18) A igreja de Jesus é a igreja do Caminho. A igreja de Jesus Cristo é Apostólica, e nessa visão eles avançavam e nessa unção eles conquistavam espaço disseminando a mensagem do Evangelho. E o resultado disso, é o que a Palavra nos diz no Livro de Atos dos Apóstolos: “...contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”. (At.2:47) BUSCAI, POIS “ Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt. 6:33)

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O Evangelho de Jesus é pautado por uma busca primeira daquilo que é de Deus, e que visa o crescimento do Reino de Deus. Isto está registrado em todas as páginas do Novo Testamento. Em nenhum momento nós vemos os discípulos de Jesus buscando autopromoção por conta daquilo que faziam, e muito menos nós vemos Jesus ensinando tal pratica. O caminho do altruísmo, do desprendimento, da abnegação, do amor incondicional, do andar e ir uma milha a mais da que se está pedindo, do entregar também a capa ao que demanda tirar a túnica, tudo isso é marca daquele que faz do Evangelho o espelho de sua vida. Esse recado e esse ensino são as boas novas do Reino, de um Reino espiritual, que se manifesta no reino físico e material, mas que não se deixa conduzir e nem se manipular por este. Um Reino de reconhecimento diário de que temos um Senhor, que é dono de nossa vida, de nossa vontade e de nosso querer. Jesus de Nazaré é entronizado em nós quando fazemos essa rendição total e absoluta a Ele. O que eu quero pra mim, deve vir de uma comunhão e de um estreitamento intimo de relacionamento com Deus, pois é meu prazer querer buscar em primeiro lugar o seu Reino. Era isso que os cristãos primitivos faziam. Não havia o interesse do empreendedorismo eclesiástico, que transforma igreja em negócio que faz com que o título seja sinônimo de postulação e de status na vida daquele que recebeu, e que a consagração ministerial, pastoral se banalizou de tal forma que a todo instante nós tomamos sustos quando descobrimos que pessoas, que nem ao certo tiveram um encontro verdadeiro com Cristo, e que não tem desenvolvido com Ele uma vida de relacionamento, e que não tem nem apreço por Sua Palavra, são consagrados como pastores, e passam a administrar um negócio a que dão o nome de igreja. Isso é muito triste, isso é a clara demonstração de que alguma coisa aconteceu, de que uma ruptura ocorreu entre a descrição da pregação e do ensino genuíno do Evangelho, com o mascaramento de um pseudo evangelho que nos é apresentado. O Evangelho nos foi roubado. E em seu lugar nos apresentaram e estão apresentando um rascunho do mesmo, onde o distorcimento da verdadeira Palavra é gritante em todas as suas formas. Hoje não existe o buscai pois... Porque isso não dá resultado, isso não atrai gente, isso não faz crescer o “negócio” o empreendimento da fé, isso não atrai espectadores para o espetáculo da dantesticidade circense eclesiástica que muitos chamam de culto e de celebração ao Senhor.

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EM PRIMEIRO LUGAR “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. (Mt. 6:33) Isto é, antes de tudo, antes de qualquer coisa, antes mesmo do meu querer e do meu realizar. Em primeiro lugar, significa que isso deve ser o meu sonho, o meu desejo maior, e que venha antes de mim mesmo, ou dos que me são queridos, antes do meu bem estar, das minhas ascensões culturais e profissionais, antes do meu realizar no nível de constituição de construção do que eu considero como meu. Antes de tudo. Até mesmo do meu imaginar. Eu devo priorizar as coisas de Deus. Eu devo saber que não sou meu, que eu morri pra mim, pois Jesus de Nazaré diz em Sua Palavra no Evangelho de João, que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus, e ninguém pode nascer de novo se não morrer. O velho homem, a velha natureza, precisam ser mortos e crucificados, para que o novo homem possa romper em toda a sua plenitude de conformidade com a vontade de Deus. Eu não posso separar um tempo pra Deus, no meio de outros tempos que tenho dedicado a outras coisas. O tempo de Deus é O TEMPO, as outras coisas, são colocadas em segundo ou terceiro plano, pois a minha prioridade deve ser Deus. Os nossos irmãos apostólicos primitivos tinham essa consciência de que Deus é tudo e Sua obra é a minha obra, e é no que eu devo me envolver e me gastar, pois em assim fazendo eu estarei demonstrando que vivo confiante na Sua promessa, feita em Sua Palavra que diz: que cuida de mim. “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. (1Pe.5:7) O SEU REINO “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. (Mt. 6:33) Essa é a busca que se deve empreender, que se deve dedicar toda a existência, pois foi essa a busca empreendida pelos primeiros discípulos de Jesus, e foi essa a busca que Jesus disse que deveríamos empreender.

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Eles não buscavam fama, eles não buscavam satisfação própria e nem promoção pessoal. Tudo o que eles buscavam era a manifestação do Reino de Deus. Quando isso acontece, a sociedade é impactada, as pessoas são impactadas, como foram aqueles que viveram no tempo do florescimento da igreja apostólica primitiva. Os cristãos do Caminho faziam do Reino de Deus o seu objetivo maior, a sua afisuração de desejo, pois almejavam ver estabelecido o Reino de Deus aqui na terra. “Venha o Teu Reino...” (Mt.6:10a). Esse é o principio do Evangelho e que foi posto em prática, seguido e vivido pela igreja do primeiro século. No entanto hoje se vê a negação de tudo isso. O que se vê, é uma corrida desenfreada pelo desejo de se auto promover, nem que para isso, se tenha que viver de aparência e se ensinar um evangelho que não é o Evangelho de Jesus. E A SUA JUSTIÇA “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. (Mt. 6:33) A busca que deve ser empreendida por aquele que é do Senhor, é uma busca que se baseia na justiça de Deus. O que diferenciava os cristãos primitivos, era exatamente essa certeza que eles tinham de que deveriam buscar em primeiro lugar o Seu Reino e a sua justiça, e que as outras coisas lhes seriam acrescentadas. Não precisava haver “shows espirituais”, encenações coreográficas e nem manipulação das emoções das pessoas. Não existia ali nenhum tipo de negociata nem com Deus nem com os homens para que as coisas que eles precisavam pudesse ser adquiridas, pois eles haviam entendido de forma correta a mensagem do Evangelho que desprioriza em nós aquilo que pode nos parecer importante para que venha se manifestar a vontade de Deus. Essa mensagem e esse descansar na providência de Deus, faz com que a vida fique descomplicada e tudo se torne mais fácil, em nossa jornada. TODAS ESTAS COISAS “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. (Mt.6:33)

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A Palavra diz que todas estas coisas, são todas as outras coisas que dão suporte para que possamos viver bem. Não existe espaço para se pensar que vai nos faltar algo, pelo simples fato de termos decidido confiar nossa vida em Deus e sermos pautados pela mensagem do Evangelho de Jesus. Essa realidade é algo que está patente no projeto inicial de Deus pra nós, que faz com que venhamos descansar Nele. Infelizmente esse recado não alcança as vidas hoje. Desde quando se passou a pregar um evangelho que não é o Evangelho, houve uma distorção geral naquilo que Deus determinou que fosse ensinado, recebido e vivido por aqueles que são Dele. Hoje o que vale é o ir a luta, é o botar pra quebrar, é se possível lançar mão até mesmo da força bruta, mas o “nosso milagre” tem que acontecer. Eu tenho que conquistar a minha casa de praia a qualquer jeito, mesmo que eu não tenha meios para tal. Eu tenho que galgar uma posição de crescimento na empresa onde trabalho como servente, eu tenho que chegar a ser o presidente da empresa, mesmo que não tenha qualificação para isso. Porque afinal de conta eu estou vivendo sob a cobertura do evangelho da prosperidade, o qual se baseia na utilização de versículos soltos e isolados, que são agrupados ao meu bel prazer e que dizem tudo o que eu quero ouvir, deixando de lado o que eu preciso ouvir, pois Deus não interfere mais, pois quem manda aqui sou eu e está acabado! É isso, exatamente isso que se está vivendo. É isso, exatamente isso que se estão pregando. É isso, exatamente isso que as pessoas estão querendo ouvir. Perdeu-se a fé genuína, perdeu-se o gosto pela Palavra em sua essência, e vive-se hoje como melhor nos possa ser. O apostolo Paulo já vaticinava isso quando escreveu a seu filho Timóteo: “Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina (o Evangelho de Jesus); pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, (o Evangelho de Jesus), entregando-se às fábulas (o contra evangelho)”. (2Tm.4:1-4)

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VOS SERÀO ACRESCENTADA “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt.6:33) O interessante desse texto, e eu fiz questão de repeti-lo várias vezes, é que nele não existe perda, não existe divisão e nem subtração de coisa alguma. Ele é bem enfático quando diz que “serão acrescentadas”, ao que nós já temos. Aquilo que temos será acrescidos por aquilo que Deus tem pra nós, por conta do cumprimento do Evangelho em nossa vida. O apostolo Paulo diz que o Evangelho é o poder de Deus. “Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”. (Rm.1:16) E se é o poder de Deus, pode realizar todas as coisas em nossa vida. O homem foi dotado por Deus, com um desejo de crescimento e de conquista que o faz ir além do que pode. Ele vence os obstáculos, ele enfrenta os adversários, ele solta sobre as muralhas, ele avança sob as fortalezas do inimigo, derrama a sua lágrima que muita das vezes mistura-se com sangue e suor, mas ele conquista. Isso é natural, isso é normal, e isso é saudável. Agora, nós que tivemos um encontro com Jesus, que desenvolvemos com Ele um relacionamento de discípulo, precisamos entender que não precisaremos usar de nossa força e nem de nossos próprios meios para que essas coisas sejam conquistadas, pois Deus em Cristo Jesus, faz isso pra nós. Quando Jesus foi à cruz, não o foi somente para marca a época, e para servir de exemplo para todos, e nem tão pouco apenas para nos salvar. Ele foi à cruz do Calvário para conquistar pra nós aquilo que nós não poderíamos conquistar, por conta de nossas debilidades e de nossas limitações, mas Jesus foi, e lá Ele venceu, Ele conquistou, e Ele fez a diferença e estabelecendo um novo tempo para as nossas vidas. O Evangelho é isto. Basta acreditar e deixar o Espírito Santo agir para que as impressões digitais da vida eterna fiquem marcadas para sempre em nós.

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O PREÇO No entanto, tudo isso tem um preço. E o preço que o Evangelho estabelece e normatiza é muito simples. Basta somente crer. No livro do profeta Isaias, está escrito: “se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra” (Is. 1:19) No livro do mesmo profeta também está dito: “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite”. (Is. 55:1) É simples, é muito simples, por isso é tão difícil de ser entendido e muito menos de ser aceito. Esse é o preço que o Evangelho estabelece. Agora, existe um outro preço, um preço que é bem mais tentador e apetitoso, é o preço que o contra evangelho nos cobra. Esse preço é caro, é alto, e muita das vezes a pessoas precisa se desfazer de seus bens, e de suas economias para poder pagar esse preço, pois se não for pago a bênção não é alcançada. Existe uma máxima desse evangelho que diz: “quanto mais você der, mais você será abençoado”, então, dane-se a pessoa a dar, a dar, e a dar tudo o que tem, dar também o que não tem, e quando não possuir mais nada, os detentores da mensagem desse evangelho, a descarta, e atira na sarjeta como um bagaço de laranja que foi chupada. Esse é o preço cobrado pelo contra evangelho e são muitos os que estão pagando. Talvez você pergunte: - Se esse é o preço que cobra o contra evangelho, e ele é tão alto e tão caro, porque então se mostra tão convidativo e tão apetitoso e tem tanta gente seguindo ele, e o aceitando como sendo a legitima Palavra de Deus? A resposta é muito simples: - Ele não exige de mim, nenhum compromisso com Deus! Eu não preciso mudar o curso de minha vida, eu posso continuar fazendo tudo o que eu gosto de fazer e me dá prazer, mesmo que isso implique em: trair, enganar, caluniar, difamar, desejar o que é do meu próximo, adulterar, me prostituir me drogar, em fim tudo o que eu queira fazer, que não haverá nenhum problema, pois nesse evangelho isso não é importante pra Deus, o que é importante pra Ele, é eu pagar, pois afinal de conta ele é o evangelho de um deus-comerciante que está muito preocupado com o lucro e não com a minha vida.

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Pobre gente, pobre evangelho. Não sei se cabe aqui você fazer uma pergunta: - Quem me roubou do Evangelho? A TROCA O Evangelho foi descaracterizado. Essa é a grande verdade. O inescrupulismo fez com que aproveitadores, movido pelo mesmo espírito maligno que habitava a alma de Simão o mágico domine a alma das pessoas em nossos dias, que sem nenhum escrúpulo, utilizam-se do nome de Deus, para se promoverem e para enriquecer. “Ora, havia certo homem, chamado Simão, que ali praticava a mágica, (o contra evangelho) iludindo o povo de Samaria, insinuando ser ele grande vulto; ao qual todos davam ouvidos, do menor ao maior, dizendo: Este homem é o poder de Deus, chamado o Grande Poder. Aderiam a ele porque havia muito os iludira com mágicas. (O contra evangelho) Quando, porém, deram crédito a Filipe, que os evangelizava a respeito do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo,(O Evangelho) iam sendo batizados, assim homens como mulheres. O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes milagres praticados. Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra de Deus, (O Evangelho) enviaram-lhe Pedro e João; os quais, descendo para lá, oravam por eles para que recebessem o Espírito Santo; porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em o nome de Senhor Jesus. Então, lhes impunha as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo. Vendo, porém, Simão que, pelo fato de imporem os apóstolos as mãos, eram concedido o Espírito Santo, ofereceu-lhes dinheiro, (essa é a prática do contra evangelho: tudo tem que ser pago, e pago com dinheiro) propondo: Concedei-me também a mim este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos receba o Espírito Santo. (ele queria pagar pelo dom, como hoje muitos pagam pela bênção – essa é a prática do contra evangelho do qual Simão foi o precursor). Pedro, porém lhe respondeu: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus. Não tens parte nem sorte neste ministério, (o verdadeiro Evangelho) porque o teu coração não é reto diante de Deus. (o contra evangelho não exige um coração reto diante de Deus, pode continuar como estar, desde que pague. O deus do contra evangelho não liga, por isso os mensageiros

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do contra evangelho e os lugares onde ele é pregado estão sempre cheio de gente, que querem a bênção, pois afinal de conta pagam por ela, mas não querem nada com o Abençoador e com o verdadeiro Evangelho pois este pede mudança de vida). Arrepende-te, pois, da tua maldade e roga ao Senhor; talvez te seja perdoado o intento do coração; pois vejo que estás em fel de amargura e laço de iniqüidade. Respondendo, porém, Simão lhes pediu: Rogai vós por mim ao Senhor, para que nada do que dissestes sobrevenha a mim”. (At. 8:9-24) Tudo passou a funcionar na base da troca. Você faz algo e Deus te abençoa, principalmente se esse asse algo for bens em espécie e principalmente dinheiro. O evangelho da prosperidade que é o contra Evangelho, tornou-se o foco das atenções de todos que buscam mudar de vida. (entenda-se: conquistar bens, fama e poder). Tanto é que a sua ministração, e ensino estão longe de ser o que Jesus pregou. As pessoas que o buscam, tem objetivos claros e definidos: se dar bem na vida não importando os meios para isso. Nesse esquema vale tudo, desde a barganha, que é o método mais fácil de se conseguir as coisas com Deus até peripécias pseudo-espirituais, onde o emocional das pessoas, é mexido de todas as formas, para se alcançar o que se deseja. E tudo é feito em nome de Deus. Não tenho duvida nenhuma em afirmar que Deus está longe desse negócio que nunca foi Dele. Isso é do diabo! A barganha só ela já daria um outro livro, pois tem práticas várias, sendo a mais comum o ato de apontar o dedo na cara de Deus, e exigir que Ele atenda, pois quem está pedindo tem méritos para isso, ma vez que é “dizimista fiel”. (Pobre gente, que vive enganado porque não querem compromisso sério com Deus). E em assim sendo tem o direito de ser atendido por Deus, principalmente se seu dizimo for de grande valor. Essa é a barganha mais comum, existindo também outra, que é o de se “comprar Deus”. Tem lugar ai, onde Deus esta sendo vendido, e os que o adquirirem recebem certificado de propriedade, podendo usá-lo a seu bel prazer. Nada lhe será impossível. O método da “compra de Deus” é assim: Faz-se a proposta, pedindo que Ele abençoe, e libere do Seu tesouro o que estamos precisando, e em troca nós damos a Ele, ofertas, bens para a igreja,

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carro novo para o pastor, e até nos comprometemos em sustentar o “ministério” (igreja-comércio-empreza) por algum tempo. Talvez você pense que estou exagerando, mas falta espaço aqui, para relacionar todo o tipo de barganha que existe e que é feita em nome de Deus. Ou você nunca conversou com alguém que já pagou pela sua bênção? Que vendeu seu carro, sua casa, que tirou o último centavo de sua poupança, que deu tudo o que tinha e o que não tinha para receber uma bênção de Deus? Ou você nunca assistiu na televisão os “shows de horrores” que são apresentados por certas igrejas-emprezas, que convidam as pessoas para os mais absurdos cultos e rituais, tudo em troca de você sair dali abençoado, econômica, sentimentalmente, materialmente? Tudo isso acontece, todos os dias, em cada esquina da cidade, em cada nova igreja-empreza que é aberta com a mesma e até menor facilidade com que é aberto um bar, ou um comercio qualquer. Há uma máxima popular a respeito disso que diz: “Pequenas igrejas: grandes negócios” E outra que a tônica do evangelho da prosperidade – o contra Evangelho: “Templo é dinheiro”. O APELO O apelo que se faz hoje é muito diferente do que se fazia algum tempo atrás. Quando se convidava as pessoas a entregarem sua vida ao Senhor Jesus, e recebe-lo como Senhor e Salvador. Hoje o apelo que é feito, e a mídia estão cheia disso, é para deixar-mos de morar na favela, e virmos para a área mais nobre da cidade, é para deixar de andar a pé ou de ônibus, e vir buscar o seu carro do último modelo e do ano. É deixar de ser empregado para ser patrão, é conquistar, é passar por cima, é destruir o inimigo. Não nego que seja a vontade de Deus que venhamos ter o melhor, pois Sua Palavra diz: “Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor dessa terra” (Is1:19). O que não é certo, é colocar essas coisas como prioridade de vida, uma vez que a Palavra de Deus diz: “buscai, pois, em primeiro lugar o Seu Reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentada”. (Mt.6:33) O apelo que é feito passa também pelo ir ao lugar de culto, e buscar o “cajado de Moisés”, “a água do poço de Jacó”; a trombeta de Josué, e por ai vai.

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No entanto esse é o apelo do espiritual, do linkar o desejo do material a força do espiritual, fazendo com que se realize e se concretize o desejo e o sonho de crescer cada vez mais, para poder ostentar o poder e mostrar que assim sendo somos filhos de Deus. No entanto existe o apelo místico, com certo tom de mistério e de sagrado, quando se é convidado para ir a algum lugar e ali participar de uma corrente de descarrego, de receber passe evangélico, regado à arruda a sal grosso, a enxofre e a tudo que tem direito. Há o apelo para se participar das vigílias horoscópica-zoodiaca-evangélica. Ou seja, é o lugar onde sempre tem alguém que lhe revela tudo: O seu passado, diz o que você está vivendo no presente e lhe prevê o futuro. E você precisa ver como tem gente nesses lugares, como elas correm pra lá, e como elas publicitam para outras pessoas para que também possam ir, e lá receber o seu quinhão de bênção. O apostolo Paulo escrevendo para Timóteo, disse que isso aconteceria nos últimos tempos, pois as pessoas se cercariam de falsos mestres, que lhes falariam o que elas querem ouvir, e deixariam à sã doutrina, e correriam atrás dessas coisas como que sentindo coceira nos ouvidos. “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”. (2Tm.4:3-4). Isso não é o Evangelho de Jesus. Sem medo de estar blasfemando ou de estar cometendo um pecado eu lhe afirmo: Esse é o evangelho do diabo! Foi o diabo quem inventou isso. Esse evangelho que é falso, que é mentiroso, ele foi projetado no inferno, e tem sido usado aqui na terra no mundo físico, por pessoas inescrupulosas que se utilizam do nome e do título de pastor, quando na realidade são falsos pastores e quando muito, o são de si mesmos: “Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas”. (Ez. 34:1-3)

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Agora, seja lá qual for à agremiação que se intitula de igreja, e seja lá qual for o tipo de apelo que é formulado. Em todas elas, indiscutivelmente, tem algo em comum: Você tem que pagar pela bênção. E o preço é alto, afinal de conta, segundo os propagadores desse evangelho, Deus abençoa primeiro àquele que dá e que paga mais. NA DUVIDA No meio de tudo isso ficam as pessoas que são assediadas o tempo todo para que ingressem em uma dessas fileiras e façam dessas agremiações-igrejas o seu reduto. Não precisa mudar de conduta, não precisa mudar a sua forma de ser. O que o apostolo Paulo diz em Ef.4:28-32: “Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenham com que acudir ao necessitado. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim transmita graça aos que ouvem. E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malicia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo, vos perdoou”. Não se manifesta nesse evangelho como realidade. Porque não precisa mudar em nada. Não precisa deixar de ser prostituir, não precisa deixar de adulterar, não precisa deixar de ser corrupto, mentiroso, enganador, e fazer tudo o que do ponto de vista de Deus e da própria consciência é reprovável. Não!!! Não se precisa fazer nada disso. Basta ofertar, basta dizimar, basta sacrificar e aqui se leia dar mais dinheiro, que deus entende, e deus perdoa, afinal de conta esse deus que essa gente cultua, e essa gente segue, não é o Deus todo poderoso, que abriu o mar vermelho, que fez ruir as muralhas de Jericó, que fez retroceder e ser derrotado exércitos poderosíssimos que se levantaram contra o Seu povo. Não!!! O deus que essa gente prega e segue, é Mamon, é o dinheiro, é a fama, é o poder. É o diabo. Jesus disse isso para os religiosos da época, que se utilizavam do nome de Deus para se auto promoverem e para se auto sustentarem e para obter status e poder. Jesus disse: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele

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não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”. (Jo. 8:44) O DESAFIO Se a palavra desafio tivesse aqui o sentido que é a sua transliteração, seria muito bom, pois são através dos desafios que vencemos os obstáculos que se levantam contra nós e nos aperfeiçoamos e nos habilitamos para novas conquistas e grandes vitórias. No entanto o sentido da palavra aqui, é literal mesmo. O desafio aqui descrito é o de desafiar, e desafiar a Deus, de encostá-lo na parede para que Ele faça o que nós lhe pedimos, pois não era nem para lhe pedir, pois Ele tem a obrigação de nos abençoar, afinal de conta, segundo reza o evangelho (contra Evangelho) da prosperidade nós pagamos pra isso. Pra Ele nos atender. Você pode achar que estou sendo um pouco duro, que estou usando expressões que não são muito boas e nem recomendáveis de se mencionar, principalmente quando o assunto é Deus. No entanto é isso que ouvimos todos os dias em vários lugares onde o contra-evangelho é pregado. Você não precisa nem ir a esses lugares para presenciar essas aberrações, basta você ligar o rádio ou a televisão, que lá estará, sendo transmitido, muita das vezes em horário nobre, aquilo que tem enganado e tem roubado muita gente do genuíno Evangelho. Hoje não se sabe mais para onde ir. Hoje não se sabe que rumo seguir. São tantas informações falsas e distorcidas, que se perdeu no horizonte, qualquer perspectiva do que é verdadeiro e do que é bom. Então nos ensinado a desafiar Deus. A exigir que Ele faça a Sua parte, que é nos abençoar, uma vez que nós estamos fazendo a nossa que é pagar pela bênção, e tem um adágio popular que diz: - “quem paga tem direito a exigir.” O CONTRASTE DO EVANGELHO RICO - POBRE O apelo excessivo à riqueza, a busca desenfreada pra ficar rico, para amealhar bens, e para acumular tesouros, que é ensinado em nossos dias no meio dito “evangélico”, é um gritante contraste com o que diz o Evangelho, através de Jesus, que não é para ajuntar tesouros aqui, mas sim no céu.

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“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. (Mt. 6:19-21) A conotação aqui, não é de que é pecado ser rico e ter bens. Muito pelo contrário. A Palavra de Deus nos diz no livro do profeta Isaias.1:19 “se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra”. O problema está na inversão da prioridade, pois o que devemos fazer é colocar o Reino de Deus em primeiro lugar, e o Senhor acima de qualquer coisa. O ser rico passa a ser secundário, pois se ser rico, e acumular tesouros e galgar posições cada vez mais elevadas passar a ser a nossa prioridade, estaremos demonstrando que o nosso coração não está em Deus e com isso estaremos pecado pois a Palavra nos adverte dizendo que “onde está o teu tesouro, ai estará também o teu coração”. (Mt. 6:1) Por conta disso, os próprios apregoadores dessa doutrina que não é a sã doutrina como diz Paulo em sua carta a Timóteo: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas”. (2Tm. 4:3-4). Vivem em estrema pobrezas, como é o caso da igreja Laodicéia do livro do Apocalipse, onde eles se achavam rico e abastado, mas o Senhor diz que eles eram pobres, cego e nu. “Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”. (Ap. 3:17) VESTIDO - NU O Evangelho nos veste com as verdades de Deus. O Evangelho nos cobre com o ensinamento de Cristo, e nos mostra o caminho sobre modo excelente como diz o Apostolo Paulo em sua carta a igreja em Corinto: “E eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente”. (1Co.13:1a) pelo qual devemos seguir. O Evangelho é a Boa Nova do Reino de Deus, que tem o poder de mudar a nossa vida e transformar a nossa existência em algo que nós nunca poderíamos imaginar. O Evangelho tira as vendas de nossos olhos, e nos faz enxergar além de nossos horizontes, e nos faz alcançar as alturas de Deus, e proporciona pra nós, vida e vida em abundância.

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“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. (Jo.10:10b). No ato de violentação a que são submetidas às pessoas, por conta dessa pregação mentirosa desse falso evangelho, todos, indiscutivelmente todos, que vivem essa falácia e que recebem essa mentira como verdades estão nus, quando acham que estão vestidos com as roupas mais finas. O Evangelho me leva a olhar para os lírios dos campos, onde eu posso ver as vestimentas de esplendor e de riqueza que nem Salomão em toda a sua glória, conseguiu se vestir como qualquer um deles. Como disse Jesus: “Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles”. (Mt.6:28b-29). ABASTADO – MISERÁVEL Se quiser constatar isso, basta olhar para a vida dessas pessoas que vivem esse contra-evangelho. Por fora elas mostram grandeza, conquista e ostentação, mas por dentro e em sua volta vivem na mais absoluta miséria e cegueira espiritual. A miséria que em vivem vai desde o material, quando não tem aquilo que pregam que devem ter os que fizerem o que lhes ensinam, passando pela miséria moral, quando não tem respaldo para se afirmarem sobre qualquer coisa, uma vez que não vivem o que falam, e vivem também em miséria espiritual, quando não tem em sua vida, nenhuma manifestação de experiência pratica com Deus, pois não O priorizam e não O buscam com o interesse de ver o Seu Reino expandido e implantado, mas O buscam para receber aquilo que Deus tem segundo a concepção deles, a obrigação de lhes dar, e o seu relacionamento com Deus é pobre e desqualificado de qualquer manifestação de amor que os impulsione a ir além da superficialidade de vida: física, moral e espiritual. Não é isso que Deus quer pra nós. Não é esse o plano original de Deus. Deus quer que vivamos como autênticos filhos do Rei, não na ostentação externa, mas na prosperidade da alma daquele que sabe pra quem viver, e pra quem se entregou: “Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma”. (3Jo.1:2) Pois quando nós somos impactados pelo Evangelho, o contra-evangelho deixa de ter poder ou qualquer ação em nós, uma vez que o Evangelho em si só, opera o poder de Deus em nossa vida.

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O que as pessoas estão sendo estimuladas a procurar, é o que pode lhes satisfazer a alma, lhes dá conforto e comodidade ao coração, não no sentido do ser, mas no sentido do ter, e de somente ter, e chamam a isso de bênção de Deus. Essa é a essência do evangelho da prosperidade. No entanto a essência do verdadeiro Evangelho nos leva a Ser para podermos ter. E nós só somos quando nossa vida está em Deus, e Sua Palavra é verdade em nossa vida. MUITOS, NAQUELE DIA... “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”. (Mt.7:15-23) Essas palavras são de Jesus. Foi Ele quem as pronunciou, vaticinando sobre esse momento que estamos vivendo no dia de hoje e que terá a sua conseqüência no último dia, o dia do julgamento de Deus. Quando se olha pela janela de nossa realidade para onde está sendo pregado esse contra-evangelho, logo se constata que um número muito grande de pessoas está correndo para lá. É a lei da oferta e da procura. É a lei do meu bem estar. É a lei da minha conquista pessoa, material e extra-material. O espiritual se der tempo à gente arranja um lugarzinho pra ele. Agora, no meu coração, nas minhas prioridades ele não tem espaço por conta do que eu quero e do que vou fazer de tudo para conseguir.

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Com essas expressões de pseudos-vencedores, vão se engrossando a fileira do: vamos lá buscar a nossa bênção, lá Deus é mais flexível, não é tão exigente, não pede muita coisa de nós, a não ser que nós paguemos pela bênção, afinal de conta, bênção é um investimento, e para ganhar precisamos investir. O que preocupa, é a revelação trazida por Jesus, quando diz, que naquele dia, muitos lhe dirão: “Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?”. (Mt.7:22) e a sua resposta será a resposta ao contra-evangelho que tem roubado muitas pessoas do Evangelho: “Então vos direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.” (Mt.7:23) O EVANGELHO Se existe algo simples no mundo criado por Deus, é o Evangelho. Sua mensagem é de uma profundidade tamanha, e o seu teor é de fácil entendimento. Qualquer pessoa discerne o que nele está escrito, e não precisa de conhecimento intelectual para discerni-lo em seu todo. O Evangelho é o poder de Deus. Ele opera transformação, Ele é poderoso para a salvação. Por ele as pessoas têm a sua vida re-alinhada com Deus. Por seus ensinamentos qualquer um chega ao céu. Não existe como errar o caminho indo por ele. Ele é o Santo e o Bom Caminho. Ele fala de Jesus, Ele descortina o céu. E nos faz ver o quanto Deus nos ama, a ponto de dar por nós o Seu próprio e único Filho, para que todo o que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna. Esse é o Evangelho. O Evangelho de Jesus, que foi a cruz, e pagou o preço do meu e do teu pecado. Do Jesus que morreu na cruz, mas que ressuscitou ao terceiro dia, porque as garras da morte não o puderam deter, e Ele está vivo, e vive para sempre. Qualquer um pode entender e todos têm a possibilidade de aceitar a sua mensagem. Se vivêssemos como Deus quer que vivamos, confiante no que está escrito na Sua Palavra, a nossa vida, a sociedade e o mundo não

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seria o que hoje é, pois pela simplicidade do Evangelho, aprenderíamos a viver de forma simples, e ser feliz no planeta terra. O EVANGELHO DO SEMEADOR Eis que o semeador saiu a semear... “...Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram. Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, a queimou; e, por não tinha raiz, secou-se. Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram. Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um.” (Mt.13:3-8). Isso é o Evangelho. Ele não fez muita coisa, apenas fez o que sabia fazer: semear. Não precisou de nenhum equipamento, não precisou de nenhum alarde, não precisou de nenhum acessório, apenas foi e enquanto ia semeava. O interessante é que não se vê aqui, o semeador stressado, chateado, com raiva das pessoas e com raiva da vida e com raiva de Deus. Não se vê ele preocupado com a semente que caiu na beira do caminho, nem com a que caiu entre os espinhos, e tão pouco com a que caiu entre as pedras. Ele apenas semeava, ele apenas ia, e enquanto ia, semeava. Isso é o Evangelho, que me integra ao meio, me fazendo parte dele. VINDE A MIM “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu farde é leve”. (Mt. 11:28-30) O Evangelho tem muito disso, e na realidade está repleto disso: o convite é para vir a Jesus, pois na verdade quem chama é Ele, quem toma a iniciativa é Ele. O Evangelho é o Evangelho de Jesus, onde tudo gira em todo Dele, e vem Dele e para Ele volta. O Evangelho me desescraviza física e mentalmente uma vez que minhas neuroses são todas elas curadas pelo seu poder, pois as Palavras de Jesus estão nele, e as palavras de Jesus, é Espírito e é vida.

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O inverso disso nos é apresentado pelo contra-evangelho que nos convida a ir a um lugar determinado, com hora marcada para acontecer em nós o que estamos buscando, porque se não formos, e não participarmos da campanha, da corrente, do sei lá o que, a bênção de Deus não vem. E muito crêem nisso, porque lhes parece mais fácil acreditar nas fábulas do que na Sã doutrina. Jesus nos apresenta a mensagem do Evangelho que diz: Vinde a mim! Esse convite é quase que gritante, e fica ecoando em nossos ouvidos e invade nosso coração com uma força que faz cair tudo aquilo que tenta resistir a Deus. Pois não há quem ouça o convite de Jesus e continue sendo a mesma pessoa. Pode até não aceitar a Sua mensagem, mas nunca mais será a mesma pessoa depois de ouvir o convite de Jesus. Por isso, enquanto você ler esse livreto, o Espírito Santo de Deus, ministra ao seu coração, no sentido de que você volte ao verdadeiro Evangelho, o Evangelho de Jesus, onde em todas as coisas, a honra e a glória são Dele, pois é assim que a Palavra diz. Onde a tua mão direita não veja o que faz a tua mão esquerda, e onde não precises fazer longas orações nas praças, para mostrar as pessoas que estão em tua volta, que tu és uma pessoa espiritual, mas entra em teu quarto, fecha a tua porta, e o teu Pai que ver em secreto há de te recompensar. Onde o teu rosto estará brilhante e agradável, mesmo quando estiverdes jejuando, pois é pra Ele que jejuas, e Ele que ver e sabe de tudo, tem conhecimento de teu propósito e te abençoará independente do lugar, do dia ou da hora. Deus não tem agenda, Ele é livre para operar na vida daqueles que crêem. Também haverá em ti, a mesma tranqüilidade que há nos lírios dos campos. Pois não ficarás mais intranqüilo e desesperado por conta de não saberes e não teres o que vestir, pois em olhando para eles, tu verás que se teu Pai, veste a erva dos campos que hoje existe e amanhã e lançada fora, quanto mais a você que é a imagem e semelhança Dele? E o que falar da preocupação com os alimentos e a subsistência diária, uma vez que o Evangelho da graça de Deus em Jesus Cristo nos diz que as aves do céu, não plantam e nem juntam em celeiro, e, no entanto o nosso Pai celeste as alimenta todos os dias, e a nenhuma delas faltam o alimento, quanto mais a nós que somos Dele, e que em Jesus Cristo, alinhamos a nossa vida com Deus?

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E as bondades que chegarão a nós? Porque iremos ter certeza de que elas nos alcançarão, uma vez que o Evangelho diz que se nós que somos maus, sabemos dar boas dádivas aos nossos filhos, quanto mais o nosso Pai celeste? E deixaremos de duvidar e de ter que sair por ai procurando aquilo que desejamos pra nós, porque teremos a certeza de que as bênçãos chegarão e nos alcançarão. Primeiro porque é a vontade de Deus. Segundo porque somos Dele. Terceiro porque Ele tem cuidado de nós. Em assim sendo, o Evangelho que é vida, há de manifestar-se em nós em toda a sua pujança, e sendo alcançado por Ele, experimentaremos e viveremos o melhor de Deus. APENAS VIVENDO E DEIXANDO VIVER O Evangelho não precisa de adendo. Não existe nada que nós possamos fazer para melhorá-lo ou torna-lo mais eficaz. O Evangelho por si só se basta, e por si só basta para trazer pra nós tudo o que precisamos, pois nele, está registrado tudo o que Deus tem para a nossa vida, desde a mais simples maneira de viver, como a de uma criança, até a de quem já se emaranhou em tantas coisas e que hoje não sabe mais como fazer para se desenlaçar. O Evangelho não é da prosperidade, o EVANGELHO É A PROSPERIDADE! O Evangelho não tem barganha, pois Deus não se deixa barganhar. O Evangelho é o poder de Deus, e precisamos entender que esse poder, é capaz de mudar tudo, inclusive a nossa forma de pensar, e passaremos a pensar com a mente de Cristo, sem precisar de adendos externos para que possa acontecer o que Deus já determinou que seja em nossa vida: - A manifestação visível de sua glória. Glória que vai além do pão e da comida, do dinheiro e dos bens, mas que transcende aquilo que é a nossa necessidade e nos dar o prazer de viver. Portanto, diante da realidade de que muitos estão sendo roubados do Evangelho, é tempo e a hora já chegou de nós, nos restauramos em vida, através das páginas do Evangelho cuja mensagem, Jesus mandou anunciar: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as

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coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século”. (Mt. 28:19-20) Esse Evangelho, o Evangelho de Jesus, uma vez pregado, resultará no maior evento da história da humanidade: - a Segunda vinda de Jesus. “E será pregado este Evangelho do Reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”. (Mt. 24:14) Que Deus te abençoe, te guarde e te prospere.

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Comunidade Igreja Apostólica de Jesus Cristo Av. Pedro Teixeira, nº. 68

Altos da drogaria Sto. Remédio. Em Dom Pedro.

Manaus – Amazonas.

2011 – Ano Apostólico de Enoque

Ano de andar com Deus.

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