Animuseu das Atrocidades

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arrepiante museu animado das crueldades humanas

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1. Ânimo

Animuseu das Atrocidades

2. Museu 3. Memória das Atrocidades

4. Os Algozes 5. Assassinos

6. Os Maus e Os Mau-Tratados 7. Deus Castiga 8. Noveconomia

9. Novassaciedade 10. Vendo de Novo 11. Caros Amigos

12. Tudo Para-Isso

Vitória, domingo, 12 de julho de 2008. José Augusto Gava.

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Capítulo 1 Ânimo

De um modo ou de outro todas as cartilhas que venho escrevendo estão ligadas,

umas mais que outras, pois vem conjuntamente de minha preocupação com os erros de nossa administração humana. Temos conduzido mal este planeta, até porque de início no par fundamental humano NEMAY (neanderthais Eva Mitocondrial + Adão Y, como o chamei a partir dos nomes dos cientistas) não sabíamos nada de planeta, quer dizer, da coletividade e interdependência da vida.

O FATO DE TUDO COMEÇAR NO INDIVÍDUO FOI IMPEDITIVO

a)

(mas facilitou também; foi a resposta que a Natureza encontrou, ao acaso das tentativas)

a.1. indivíduos; a.2. famílias; a.3. grupos; a.4. empresas;

PARTINDO DOS INDIVÍDUOS AS PESSOAS:

b) b.1. cidades-municípios; b.2. estados; b.3. nações; b.4. mundos

Nós nos vemos como indivíduos, daí ainda dizermos “individualismo”, a superafirmação do individual; na realidade, desde o começo não somos mais sozinhos, temos família, e desde Jericó há 11 mil anos temos cidades.

COMEÇANDO DAS CIDADES OS AMBIENTES:

ÂNIMO, COMPANHEIROS, AMIGOS E CAMARADAS

[Do lat. animare.] V. t. d.

1. Dar alma ou vida a. 2. Dar vida, aparência de vida, a.

3. Dar ânimo, coragem, vigor, força, a. 4. Imprimir movimento, aceleração, a.

5. Dar animação, vivacidade, a. 6. Desenvolver, fomentar.

V. t. d. e i. 7. Incitar, estimular, encorajar.

V. int. 8. Criar ânimo; cobrar esperança; animar-se.

V. p. 9. Cobrar alento, ânimo, esperança; animar.

10. Adquirir vida, expressão, movimento. 11. Adquirir vida, animação, vivacidade.

12. Resolver-se, decidir-se, deliberar-se; atrever-se.

(no dicionário Aurélio Século XXI)

O anima-museu é um museu animado.

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Para falar da meta falaremos antes das passagens, o que pode inspirar desassossego, mas este livro não pretende ser incitação ao desânimo através da culpa, do “mea culpa” e da autoflagelação, pelo contrário; espera uma grande animação coletiva e felicidade, pois, se nossos parentes e nós mesmos corrompermos o ambiente não vai ajudar nada ficar gritando e batendo no peito feito possessos – a questão toda é corrigir os erros e viver doravante (de hora avante) dos acertos.

Capítulo2 Museu

Podemos fazer tal museu animado: anima-museu, animuseu. Tanto com filmes quanto com animatrônicos - eletrônicos animados como na

Disney -, num novo grau de sofisticação para que todos os presentes percebam as personagens geo-históricas como reais, como ELAS MESMAS (esse princípio pode passar aos demais museus, por exemplo, os paleontológicos, animando os dinossauros – pelo menos durante alguns metros), as pessoas se colocarão mais nas personagens e perceberão melhor nossas crueldades ao longo de 11 milênios.

ANIMATRÔNICOS

(até já existem, eu nem sabia)

Novo esforço educativo-pedagógico, novo investimento dos governos naquilo

que realmente importa que é educar as populações (estradas, hospitais, escolas podem ser deixadas em grande parte às empresas, dentro de limitações cruciais) maciçamente.

Capítulo 3 Memória das Atrocidades

Embora este livro não seja um paredão de fuzilamentos convém muito mesmo

nos reconhecermos como assassinos e parentes de assassinos, não para ficarmos nos culpando e sim para aprendermos com nossos erros.

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A MORTE DOS OUTROS ATINGE REQUINTES DE RACIONALIDAD

E (a parede de madeira foi colocada para absorver os impactos, a condução do sangue se dando na canaleta adiante)

Não precisamos nos auto-imolar, precisamos resolver os problemas a contento e prosseguir. Assim, o museu-animado das matanças do passado e do presente não visa impressionar as criancinhas com nossa ferocidade nem atribuir culpa A OUTRÉM; remete à conscientização de todos e cada um, de quanto podemos desperdiçar em vidas, e a nos fazer raciocinar sobre oportunidades perdidas e as causas da infelicidade.

Individualmente não somos melhores que os do passado nem piores que os do futuro: sucede de a cada tempo de maior acumulação se juntarem as visões novas e nos melhorarem COLETIVAMENTE, com isso as nações se tornando melhores que os estados e, esperamos, o mundo melhor que qualquer nação separada. Há uma SOMA COLETIVA, grupal através da qual vamos aprimorando-nos: embora eu não seja melhor que os antepassados enquanto indivíduo, COMO RETRATO INDIVIDUAL DO CONJUNTO sou, sim, sem dúvida alguma, pois em mim (como em você) juntam-se muitos aprendizados. O que uma célula humana pensa passa a todos os seres humanos, e como em mim estão os pensamentos acumulados de dezenas de bilhões ao longo da geo-história calha de eu ser retrato individual melhorado.

Você é culpado, eu sou, todos somos – mais ou menos. Se eu derrubar um copo e ele quebrar não adianta nada ficar chorando pelos

cantos, é preciso tomar mais cuidado no futuro e, por agora, juntar os cacos para não ferir ninguém.

As memórias coletivas podem e devem ser trabalhadas por todas as tecnartes. MEMÓRIAS VISUAIS: fotografias, pinturas, desenhos, poesia, prosa, moda, dança, etc.; MEMÓRIAS OLFATIVAS: perfumaria, etc.; MEMÓRIAS PALATIVAS: comidas, bebidas, pastas, temperos, etc.; MEMÓRIAS AUDITIVAS: músicas, discursos, etc.; MEMÓRIAS TÁTEIS: teatro, esculturação, decoração, paisagismo/jardinagem, cinema (o apelo e a capacidade deste são altos), arquiengenharia, tapeçaria, urbanismo, etc. Tudo pode ajudar - uns modos mais que outros – para atingirmos a onipresença,

com as memórias colocadas de fato em toda parte todo o tempo para reconduzir os pensamentos futuros. Antes teríamos um - ou no máximo poucos – museu (s) em uma ou poucas cidades das 300 mil de agora, mas com a Internet o Animuseu pode virtualmente estar em toda parte, com alimentação informacional universal, gerência dedicada e sábia dele,

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distribuição de seus produtos a todo o planeta nas principais línguas ou vertidos mesmo para todas.

COMBINANDO OS DADOS

Todos os animais dormem?

(a sabedoria universal é muito ampla, só precisamos aceitar aprender sobre toda a vida)

Por: Maria Ramos Se você pensar naquele soninho de

todos os dias... A resposta é não. Sono como conhecemos só existe em

mamíferos, aves e alguns vertebrados (animais que possuem coluna

vertebral). E, mesmo entre estes animais, o sono varia muito, conforme a anatomia, a fisiologia, e a necessidade de adaptação do animal ao ambiente

em que vive. Mas é verdade também que esta

definição de sono está sendo reavaliada. Até recentemente, o foco da maioria dos pesquisadores era o sono dos mamíferos (o homem é um mamífero). Por isso, a forma de

dormir dos outros animais não era considerada sono propriamente. No entanto, estudos mais aprofundados do sono de répteis, anfíbios, peixes e animais invertebrados, como crustáceos e

insetos, têm levantado uma questão para os pesquisadores: o que é realmente sono? O sono, em geral, é definido como um estado natural de repouso físico e mental, em que

ocorre um período de inconsciência total ou parcial. Porém, pesquisas recentes têm constatado que animais com sistema nervoso primitivo têm estágios semelhantes ao sono,

embora o cérebro deles não produza o tipo de padrões de atividade cerebral que os cientistas costumam usar para definir o sono.

Ihhh!!! Está começando a ficar complicado saber se todos os animais dormem mesmo, ou não. Mas uma coisa podemos afirmar com toda certeza: os animais dormem das formas mais

variadas possíveis. O sono dos mamíferos, por exemplo, tem em comum o movimento rápido dos olhos (REM, na sigla em inglês). Este movimento acontece quando estamos dormindo em

sono profundo, e é neste estágio do sono que acontecem os sonhos. Então, os cientistas acreditam que a maioria dos mamíferos pode sonhar assim como nós.

Você já reparou um cachorro latindo ou repuxando a pata enquanto dorme? Pois os cientistas já. Para eles, isso pode ser um indício de que eles sonham. É parecido com as pessoas que

falam quando estão sonhando. Mas provar isso vai ser meio complicado. Como é que eles vão perguntar para o cachorro ou para o gato se eles andaram sonhando, com um osso ou com um

peixe, quem sabe? Muitos animais, no entanto, não podem dormir em sono profundo como nós, porque,

certamente, seriam presas fáceis para os predadores. Assim, eles possuem vários mecanismos para permanecerem vigilantes. A girafa, por exemplo, geralmente dorme em pé e, só em ocasiões muito especiais, quando se sente completamente segura, deita-se no chão para

descansar. Outros animais, como as aves e alguns mamíferos aquáticos (cetáceos, como baleias e

golfinhos), conseguem dormir descansando o corpo, mas deixando seu cérebro em alerta. Pesquisas científicas indicam que eles têm o chamado descanso unilateral do cérebro, ou seja,

Foto: Ralf Schomode/Wikipedia

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enquanto um lado do cérebro dorme, o outro lado permanece atento. Difícil de imaginar? Talvez nem tanto. Os cientistas chegaram a esta conclusão observando o comportamento

destes animais. E perceberam que eles podiam dormir, em seu ambiente natural, com um olho aberto e outro fechado!

Esse estado de semiconsciência é que evita que as aves relaxem totalmente a ponto de despencar da árvore durante o sono. É também responsável por não deixar golfinhos e baleias

morrerem sufocados enquanto dormem, já que eles precisam estar ao menos parcialmente conscientes para subir à superfície e respirar.

Está vendo como o sono dos animais pode ser muito diferente do nosso? O tempo de sono diário dos animais também varia muito. Alguns bichos dormem pouquíssimo, como a girafa

que dorme menos de 2 horas por dia, enquanto outros dormem muuuuuuito, como os morcegos, que dormem quase o dia inteiro.

Veja quanto tempo os animais gastam, em média, dormindo por dia.

Animais Tempo de sono

(% de 24 h) Tempo de sono (horas/dia)

Tatu canastra 75.4% 18.1 h Gambá da Virgínia 75% 18 h

Cobra píton 75% 18 h Macaco-da-noite 70.8% 17 h

Criança 66.7% 16 h Tigre 65.8% 15.8 h

Tupaia* 65.8% 15.8 h Esquilo 62% 14.9 h

Sapo ocidental, sapo boreal 60.8% 14.6 h Furão 60.4% 14.5 h

Preguiça de três dedos** 60% 14.4 h Hamster sírio ou dourado 59.6% 14.3 h

Ornitorrinco 58.3% 14 h Leão 56.3% 13.5 h

Gerbil ou esquilo-da-mongólia 54.4% 13.1 h Rato 52.4% 12.6 h Gato 50.6% 12.1 h

Guepardo 50.6% 12.1 h Camundongo 50.3% 12.1 h

Macaco rhesus 49.2% 11.8 h

Coelho 47.5% 11.4 h

Onça-pintada 45% 10.8 h

Pato 45% 10.8 h

Cão 44.3% 10.6 h

Golfinho-nariz-de garrafa 43.3% 10.4 h

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Toupeira-de-nariz-em-estrela 42.9% 10.3 h

Babuíno 42.9% 10.3 h

Ouriço cacheiro europeu 42.2% 10.1 h

Macaco-de-cheiro 41.3% 9.9 h

Chipanzé 40.4% 9.7 h

Porquinho-da-índia 39.2% 9.4 h

Homem adulto 33.3% 8 h

Porco 32.6% 7.8 h

Guppy ou lebiste (peixe ornamental) 29.1% 7 h

Foca cinzenta 25.8% 6.2 h

Homem idoso 22.9% 5.5 h

Bode 22.1% 5.3 h

Vaca 16.4% 3.9 h

Elefante asiático 16.4% 3.9 h

Ovelha 16% 3.8 h

Elefante africano 13.8% 3.3 h

Burro 13% 3.1 h

Cavalo 12% 2.9 h

Girafa 7.9% 1.9 h

* pequeno mamífero, semelhante ao esquilo, encontrado nas florestas tropicais do Sudeste asiático. Formam a família Tupaiidae e toda a ordem dos Scandentia.

** No Brasil, encontramos três tipos de preguiça de três dedos: preguiça de coleira, preguiça de bentinho e preguiça comum.

Tabela retirada de: http://faculty.washington.edu/chudler/chasleep.html Fontes:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/reuters/ult112u890.shl http://www.bri.ucla.edu/bri_weekly/news_050714.asp http://www.cnn.com/TECH/science/9902/03/birds.eye/

http://science.howstuffworks.com/question643.htm http://www.sciencenewsforkids.org/articles/20050713/Note2.asp http://www.sciencenews.org/pages/sn_arc99/2_6_99/fob5.htm

Aposto que como eu a grande maioria não sabia disso. Embora a sabedoria universal seja tão ampla (em média muitas centenas de

milhões de humanos sapiens, vezes 80 ou 70 mil anos desde o aparecimento), nós individualmente temos um curto tempo de vida e muitos de nós desgraçadamente nem temos nosso potencial valorizado corporal e mentalmente, não tendo acesso a escola e informações adequadamente estruturadas.

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AS INFORMAÇÕES ESTÃO ENTRE NÓS, só que aprendemos pouco, temos resistência ao aprendizado porque somos EU-ESTRUTURADOS, isto é, nossas estruturas de preferência dizem respeito às crenças menores pessoais e ambientais e não aprendemos PARA TODO O MUNDO, aprendemos para as nações, os estados e cada vez menos até chegar a nossas preferências individuais tacanhas. O mundo cresceu muito depressa e nós nem tanto assim. Temos CRENÇAS DE CONHECIMENTO (mágico-artísticas, teológico-religiosas, filosófico-ideológicas, científico-técnicas e até matemáticas) bem pequenas, atrasadas, não-mundiais. Acreditamos em tal ou qual religião não-mundial (a que, aliás, temos direito) e ela impõe uma série de preceitos vindos de tempos menos sábios.

Capítulo 4 Os Algozes

Dado que tudo que pode raciocinar é racional falar dos produtos da humanidade

é falar sobre racionalidade: “sentimento” é apenas um nome para a porção menos lógica da racionalidade. De fato, para sermos coerentes deveríamos dizer razão-sentimento e razão, esta mais apurada e dialógica.

OS ALGOZES DE SI

Os “zoutros” são os culpados.

(ora, quando um ser humano age – bem o u mal – a memória do ato fica nele: quando age mal a má memória fica guardada, porisso quando fazemos o mal a qualquer ente - especialmente aos animais, primatas e humanos - guardamos os sentidos dessa maldade e nos tornamos nossos próprios carrascos; os criminosos fazem mais mal a si mesmos, embora não percebam, porque cedem sua humanidade e guardam memória para sempre desse rebaixamento, como aconteceu mitologicamente com Adão e Eva)

A humanidade se decapitando.

Crematório nazista.

Vala comum no Camboja.

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Sejam mortes de humanos, queimadas, desertificações, destruições de mares como o de Aral ou o que for, somos nós nos destruindo, dessa destruição ficando as memórias.

Por ser tudo racionalidade não há como atribuir nada aos desregramentos do “sentimento”: o inconsciente ou id ou subconsciente é sempre parte do ser humano, é racionalidade, mesmo que os cérebros “reptiliano” e “mamífero” de Koestler tenham sido incorporados como embasamento natural da segunda natureza, N.2, a natureza humano-psicológica. Somos sempre nós, não há como atribuir essas faltas de postura e dignidade a algum demônio, capeta ou o que for .

Capítulo 5 Assassinos

CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA NO CÓDIGO PENAL DE 2008

TÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A PESSOA CAPÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A VIDA

Art.121. Matar alguém: Pena: - reclusão, de 6 a 20 anos.

Será se eles vão perguntar a cominação das penas, no caso, de 6 a 20 anos. Já vi cair em outros concursos, mas neste não sei se eles vão chegar a tanto.

Se o homicídio é culposo, a pena é de detenção de 1 a 3 anos.

AUMENTO DE PENA: No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1 terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à

vítima, não procura diminuir as conseqüências (sem o trema pena nova ortografia) do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1

terço se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 ou maior de 60 anos. Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências

da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.

Neste último caso, um exemplo de um pai que, acidentalmente, dispara arma de fogo ao manuseá-la (ou a arma cai no chão, dispara e atinge o filho), atingindo um filho e ele vindo a

falecer. Pelo modo antigo de entender os indivíduos são culpáveis, mas já vimos que há

mais que isso, há PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e há AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nações e mundos) responsáveis passiva e ativamente por crimes. É preciso rever tudo.

CARACTERIZAÇÃO DOS DIREITOS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 Além da classificação acima, podemos reconhecer que a estrutura constitucional de 1988

tratou dos direitos fundamentais no título II de forma a separar o objeto de cada grupo. Assim, temos:

Direitos individuais: (art. 5º);

OS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988

Direitos coletivos: representam os direitos do homem integrante de uma coletividade (art.

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5º); Direitos sociais: subdivididos em direitos sociais propriamente ditos (art. 6º) e direitos

trabalhistas (art. 7º ao 11); Direitos à nacionalidade: vínculo jurídico-político entre a pessoa e o Estado (art. 12 e 13);

Direitos políticos; direito de participação na vida política do Estado; direito de votar e de ser votado, ao cargo eletivo e suas condições (art. 14 ao 17).

Constituição Federal - CF - 1988 Título II

Dos Direitos e Garantias Fundamentais Capítulo I

Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,

à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e

militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção

filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou,

durante o dia, por determinação judicial; XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das

comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente

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convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para

representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade

pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade

produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de

suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e

associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua

utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o

desenvolvimento tecnológico e econômico do País; XXX - é garantido o direito de herança;

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei

pessoal do de cujus; XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de

responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou

abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento

de situações de interesse pessoal; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

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XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de

reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo

evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou

militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o

dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens; c) multa;

d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos;

XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do Art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados;

d) de banimento; e) cruéis;

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos

durante o período de amamentação; LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de

entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

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LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal

condenatória; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas

hipóteses previstas em lei; LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no

prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da

intimidade ou o interesse social o exigirem; LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de

autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade

provisória, com ou sem fiança; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento

voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de

sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; LXIX - conceder-se-á Mandado de Segurança para proteger direito líqüido e certo, não

amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do

Poder Público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou

associados; LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora

torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,

constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade

administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo

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comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem

insuficiência de recursos; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso

além do tempo fixado na sentença; LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito;

LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República

Federativa do Brasil seja parte. § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados,

em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

PRESTE ATENÇÃO NO CAPUT DO ARTIGO 5º

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

1. TODOS; 2. SEM DISTINÇÃO DE QUALQUER NATUREZA; 3. INVIOLABILIDADE DO DIREITO À VIDA, À LIBERDADE, À IGUALDADE, À

SEGURANÇA E À PROPRIEDADE. Como não diz o objeto somos todos, inclusive os fungos, as árvores, os animais e

os primatas, os humanos: TODOS, sem exceção, tal como eu havia dito em outras cartilhas. ADEMAIS, A PROTEÇÃO DO DIREITO

P

ESSO

AS

(há uma nítida preferência pelos ambientes, em detrimento das pessoas)

indivíduos direitos individuais famílias grupos

empresas

A

MB

IEN

TES cidades-municípios

direitos coletivos, sociais, à nacionalidade, políticos

estados nações mundo

15

Os legisladores se distraíram e considerando só poderem estar se dirigindo aos indivíduos HUMANOS não o afirmaram.

Então, veja esta passagem: LI - nenhum brasileiro

será extraditado... Isso garante que os animais contrabandeados devem ser resgatados e os em

território brasileiro protegidos. Diz claramente: NENHUM BRASILEIRO! Se um papagaio é brasileiro, se nasceu em território nacional não pode ser levado para fora do país contra sua vontade.

E esta: LXXV - o Estado

indenizará o condenado por erro judiciário, assim

como o que ficar preso além do tempo fixado na

sentença. No caso dos passarinhos em gaiolas ou dos animais de circo como eles não

foram condenados a prisão é evidente não haver definição de tempo para FICAR PRESO; logo, tendo ficado presos o Estado deve ressarci-los.

E esta ainda: XLVII - não haverá

penas: a) de morte, salvo em

caso de guerra declarada, nos termos do

Art. 84, XIX. No Brasil não são permitidas mortes de animais, pois não há guerra declarada. Voltando ao ponto fundamental:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de

qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros

e aos estrangeiros

residentes no País a inviolabilidade

do direito à vida, à liberdade, à

igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.

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Como por um lado nós garantimos a inviolabilidade do direito à vida (de fungos, de plantas, de animais e de primatas, além dos seres humanos) e por outro os matamos individual e coletivamente COM TODA CERTEZA SOMOS ASSASSINOS, marginais, situados às margens da Lei.

Capítulo 6 Os Maus e os Mau-Tratados

Quem são os maus? São os “zoutros”, essa família estranha e insuportável que mente, que dificulta o

andamento das coisas, que trapaceia, que é portadora de tantos defeitos assustadores. Os “zoutros” são danados, mesmo. Não são cordatos e pacientes como nós, estas pessoas nitidamente boas. Os “zoutros” são o inferno, a gente mais perversa que há. São cruéis, ignorantes, tiranos, tudo de ruim que Deus colocou na Terra. Evidentemente não há “zoutros”. Quem são os maus? Somos todos nós. Todos carregamos algum defeito, algum comportamento

díspar com os costumes populares e as leis das elites, ou ambas.

O CASTIGO DOS “ZOUTROS”

Diversão americana no Iraque: empilhar

iraquianos nus.

17

A PACIFICAÇÃO DOS OPOSTOS É O CAMINHO DA CONCÓRDIA

Os opostos são também complementares: quando entendermos essa

complementaridade aprenderemos a respeitar o que for respeitável. Quando virmos as atrocidades dos “zoutros” como sendo também nossas entenderemos.

Capítulo 7 Deus Castiga

Acredito em i (ELI, Elea, Ele-Ela, Deus-Natureza), que não é um combinado

como na racionalidade, é algo único que não sabemos explicitar. i (lembre-se que somos nós que dividimos)

18

PELA PARTE DA NATUREZA PELA PARTE DE 0/NATUREZA = PROGRAMA

Os castigos são os da soma cumulativa da Chave MEI (matéria, energia e informação –

dado que elas não saem do sistema, ficam na Terra mesmo)

(sobre esta intervenção nada sabemos, pois está além de qualquer explicação racional; falam da “justiça divina” de Deus, mas não

sabemos o que seria, só imaginamos)

A terra rebentada pela imprudência.

Como Deus castiga?

A Terra é uma pseudo-esfera fechada pela gravidade e fora as ondas eletromagnéticas nada escapa dela, a não ser alguns foguetes a um grande custo energético; nada foge, tudo que fazemos fica aqui mesmo na natureza zero (N.O) físico-química, na natureza um (N.1) biológica-p.2 ou na natureza dois (N.2) psicológica-p.3, humana. NESTA, tudo fica em nós como memória por todo o tempo que vivermos, e depois através das palavras e outras gravações é reencarnado pelas vontades que se exercem mais adiante.

Fica, fica e fica. O veneno psicológico é transformado, é reciclado e volta como ódio. Seria um interessante exercício geo-histórico observar as causas e seus efeitos

mais ou menos distantes: como conjuntos golpearam outros e estes revidaram os atos passados, supostamente esquecidos: como alianças se deram depois em detrimento dos ofensores de pouco antes.

Capítulo 8 Noveconomia

O que seria uma Nova Economia, diante de tantas promessas feitas quanto a

isso, depois descumpridas?

1. novas psicanálises ou novas figuras;

UMA NOVA ECONOMIA É UMA NOVA PSICOLOGIA, UMA NOVA RAZÃO-SENTIMENTO

2. novas psico-sínteses ou novas metas; 3. novas produções ou novas economias; 4. novas organizações ou novas sociologias; 5. novos espaçotempos ou novas geo-história.

Enfim, não é possível produzir uma nova economia sem MODIFICAR TODO O SER HUMANO, toda a humanidade até os mínimos detalh’’--------es. Devemos mesmo ir até o

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fundo, inclusive as profundas infernais de nossa essênciexistência (como tentei através do MCES Modelo das Cavernas para a Expansão dos Sapiens para nossos atos comuns).

A VELHA ESTÁ ARREBENTANDO... A VELHA E NOVA ECONOMIA

... E A NOVA NÃO VEIO AINDA.

Ou seja (anunciando segundo o modelo), a velha psicologia está se desfazendo sem haver uma nova psicologia que a substitua; isso significa o esfacelamento das figuras, das metas ou objetivos, das produções, das organizações e dos espaçotempos – de tudo mesmo. Quer dizer que o caos se estabelecerá em todas essas vertentes, só porque as pessoambientes, os governempresas, as políticadministrações não foram competentes para pensar o novo, inclusive não foram capazes de nos expor como a verdadeira origem das mazelas: que nós somos nossos próprios carrascos (“o homem é o lobo do homem”: Hobbes, depois Marx).

AS FAUCES HUMANAS

"O homem é o lobo do homem."

Todos deveriam saber, pelo menos, que este deveria ser a bandeira do capitalismo.Um sistema que só visa o lucro, e só visa os meios que podem acrescentar dinheiro ao seu bolso

no final do processo. O capitalismo ao se expandir, não vê barreiras, estas são chutadas e deixadas para trás. Um

exemplo fácil, o Meio Ambiente. Os empresários ( um ótimo exemplo de capitalismo radical), não querem saber se o Meio Ambiente está enfermo ou não.O que interessa para

eles é o dinheiro que ele ganhará depois com isso. Mas disso todo mundo já está cansado de saber.Mas o que você faz?

O que impede os seres humanos de agir é o MEDO, a barreira de ações do homem. Karl Marx dizia que o único modo de transformar a sociedade é com uma revolução.Mas para isso, é preciso que NÓS queiramos uma revolução, precisamos enxergar que TUDO

está errado, e saber o que seria melhor para a sociedade. Há muitas pessoas conformistas, que acham que não irá mudar e não querem saber de

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nada.Pois é por causa destas pessoas que o mundo não muda. O capitalismo pode sim ser modificado, tanto modificado como substituído.Todo e qualquer

sistema pode ser substituído. Pegamos como exemplo o nosso país, o Brasil.Ontem mesmo, estava eu a ver televisão, e vi

que uma mulher que posa nua, iria entrar para a política. A POLÍTICA NO BRASIL VIROU BAGUNÇA. E aposto eu, que ela ganharia se entrasse na política.Porque hoje o ser humanos

só se satisfazem com o seu prazer, e dane-se os outros. Quem não quer "uma gostosa na política".É assim que eles pensam. Pois eu não quero.Eu quero alguém que represente bem

toda a população, que não seja corrupto. E muitas pessoas querem mudar o mundo.Mas duvido se elas já deram um prato de comida

para um pobre.É assim que começa.Dane-se a política, dane-se a prefeita.Eu quero o que seja melhor pra todos e não para eles.Porque governar hoje em dia é muito fácil.Rouba-se o dinheiro, faz umas viagens, fala umas palavras bonitas e pronto! O povo já caiu na histórinha dele.Pois falar coisas bonitas todo mundo fala, agora FAZER das palavras uma coisa bonita e

satisfatória é outra. E mais uma vez eu ponho aqui a frase de Karl Marx:

"De nada valem as idéias sem homens para pô-las em prática"

Darwin e a matança nossa de cada dia

por Guizo Vermelho 27/02/2009 Vivemos encurralados entre os muito-vivos do poder e os mortos-vivos do crack e da cachaça

Alceu A. Sperança

O pessoal fala muito que o chato e incômodo Thomas Hobbes (1588-1679) cunhou a

expressão "o homem é o lobo do homem", mas esse conceito já havia sido exposto bem antes, pelo dramaturgo latino Titus Maccius Plautus (254-184 a.C.).

Hobbes talvez tenha sido o mais famoso dentre os que acham que o homem não tem jeito, que as coisas são assim mesmo e nunca vão mudar, cunhando sua máxima de que "a condição do homem (...) é a da guerra de todos contra todos". Ou seja, com seus semelhantes e sobras

para a natureza. Para contrariar essa coisa horrível, vem em nosso providencial socorro o velho/jovem Marx

com um conceito bem superior e mais alvissareiro: "A sociedade atual, muito longe de ser um cristal sólido, é um organismo suscetível de mudança e em permanente processo de

transformação" (prefácio à primeira edição de O Capital, 1867). Muito-vivos e mortos-vivos

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Será que vamos nos render aos muito-vivos de gravata e colarinho engomado que assaltam os cofres públicos e aos mortos-vivos maltrapilhos que roubam nossos varais por terem sido

excluídos das riquezas pelos muito-vivos? Acreditar que a corrupção do alto coturno e o desespero famélico dos excluídos são condições

próprias da natureza humana é crença irresponsável. Pior ainda crer que não há mais nada a fazer senão atirar em quem chegar perto e também tirar uma casquinha do bolo, aprontando alguma contra nosso semelhante. Essas crenças indecentes não são coisas que possam durar

sem que um alto preço um dia venha a ser pago por tanta burrice. Um preço que talvez não seja pago por nós, mas por nossos filhos ou no máximo netos. Cabe

refletir sobre se esta é uma herança justa e honrada para deixar a eles. O antropólogo Marshall Sahlins tem demonstrado com especial esmero que nós podemos

escolher entre a visão hobbesiana do homem (que seria o "lobo" de seu semelhante) ou agir no sentido marxiano de que a sociedade não é um cristal sólido, mas um processo dinâmico,

sujeito a mudanças. Para Sahlins, a cultura é algo historicamente reproduzido na ação, que você pode repetir,

canibalizar (recorde-se o Manifesto Antropofágico da Semana de Arte Moderna de 1922) ou melhorar.

Odores, casamentos e mortes Vem pelo e-correio um interessante apanhado sobre a vida em sociedade nas gerações

anteriores que vale pela curiosidade e pela demonstração de que tudo muda. Alguns trechos: 1) As mulheres se abanando, como se vê nos filmes, tem como explicação o mau cheiro que

exalavam por debaixo das saias, feitas para conter o odor das partes íntimas, que não tinham como ser higienizadas devidamente e associadas ao costume de não tomar banho devido ao

frio. O cheiro era camuflado pelo abanador, que também espalhava o bodum do corpo e o mau hálito para espantar os insetos.

2) A maioria dos casamentos ocorria no mês de junho (no hemisfério Norte, o início do verão). A razão é simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio; assim, em junho, o cheiro

das pessoas ainda estava tolerável. Entretanto, como alguns odores já começavam a ser exalados, as noivas carregavam buquês de flores junto ao corpo, para disfarçar o mau cheiro.

Daí porque maio é o "mês das noivas" e sabemos assim a razão de a noiva carregar aquele buquê.

3) Os mortos, para não serem enterrados vivos, tinham amarrada uma tira no pulso, que passava por um buraco no caixão e ficava ligada a um sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento de seu

braço faria o sino tocar. E ele seria assim "salvo pelo gongo", expressão usada até os dias atuais.

Diabólica divindade São algumas curiosidades com a intenção de mostrar que a sociedade evolui e não fica

mantendo maus hábitos eternamente. A corrupção, tendo como evidências mais aparentes o nepotismo e o inchaço da máquina pública dos muito-vivos, que dão o exemplo para a roubalheira que invade nossos quintais através dos mortos-vivos da cachaça e do crack, não está destinada por alguma diabólica

divindade a se eternizar. Podemos reagir contra isso ou deixar essa herança vergonhosa para nossos filhos e netos. A

escolha é nossa. Já dizia o sábio Darwin, o bicentenário da atualidade:

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ACRÉSCIMO DO MODELO

"Se a miséria de nossos pobres não é causada pelas leis da natureza, mas por nossas instituições, grande

é a nossa culpa". Evidentemente a miséria dos pobres causada pelas leis da natureza (tal como

ainda é entendido antes do modelo) é só 1/3 da soma: na verdade a MAIOR PARTE vem da psicologia, vem de nossas decisões racionais/irracionais.

PSICOLOGIA-P.3 (RACIONALIDADE) A CULPA DA RACIONALIDADE

BIOLOGIA-P.2

FÍSICA-QUÍMICA

Pois então, GRANDE É A NOSSA CULPA. Porém, não morramos por isso, não tínhamos esse grau de entendimento.

Capítulo 9 Novassaciedade

Como migrar da velha economia para a nova (do modelo) economia? Para introduzir esse novo modelo econômico-social devemos introduzir

conjuntamente uma nova saciedade, uma nova sociedade mais contida. SACIEDADE/SOCIEDADE

SACIEDADE (no dicionário Aurélio Século XXI)

S. f. 1. Estado de quem se saciou; fartura. 2. Satisfação plena do apetite; repleção. 3. Aborrecimento, fastio, tédio.

SOCIEDADE S. f. 1. Agrupamento de seres que vivem em estado gregário. 2. Conjunto de pessoas que vivem em certa faixa de tempo e de espaço,

seguindo normas comuns, e que são unidas pelo sentimento de consciência do grupo; corpo social. 3. Grupo de indivíduos que vivem por vontade própria sob normas comuns; comunidade. 4. Meio humano em

que o indivíduo se encontra integrado. 5. Relação entre pessoas; vida em grupo; participação, convivência, comunicação. 6. Conjunto de indivíduos

que mantêm relações sociais e mundanas. 7. Grupo de pessoas que se submetem a um regulamento a fim de exercer uma atividade comum ou defender interesses comuns; agremiação, centro, grêmio, associação. 8. A sede de tais sociedades; clube, grêmio. 9. Companhia de pessoas que

se agrupam em instituições ou ordens religiosas; companhia. 10. Parceria, associação. 11. Jur. Contrato consensual pelo qual duas ou mais pessoas

se obrigam a reunir esforços ou recursos para a consecução dum fim

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comum. 12. Sociol. Corpo orgânico estruturado em todos os níveis da vida social, com base na reunião de indivíduos que vivem sob

determinado sistema econômico de produção, distribuição e consumo, sob um dado regime político, e obedientes a normas, leis e instituições

necessárias à reprodução da sociedade como um todo; coletividade. Saciedade não é entupimento, passar dos 100 %; é atingir a plenitude dos 100

%, nem 1 % a mais ou a menos (sem ansiedades de balanças). Estamos falando de uma fome plenamente justificada em 100 % do Conhecimento, 100 % estudados e meditados, de forma a não sermos mórbidos ou obesos ou gordos e nem magros ou magérrimos, em termos de saber e em termos de dimensões corporais; estarmos equilibrados a ponto de podermos sustentar em plenitude todos os seres humanos e todos os nossos sócios primatas, animais, vegetais e fungos de toda a Terra.

Saciedade corporal e mental ao nível PESSOAL (individual, familiar, grupal e empresarial) e AMBIENTAL (urbano-municipal, estadual, nacional e mundial) AO MÁXIMO COM O MÍNIMO, em minimax fazendo o máximo com o mínimo, constantemente observando se não estamos ultrapassando as medidas; medindo sempre para não excedermos; debatendo, discutindo acaloradamente sem ferir.

SOCIEDADE-BOCÃO ATUAL

Tudo e todos nos ensinam a comer em demasia sal, açúcar, fibras, gordura. Em

toda parte os excessos estão expostos. Com isso os habitats dos fungos, dos animais, das plantas, dos primatas estão sendo superpressionados e pegamos o planeta só para nós, como se de fato fôssemos donos. A Bíblia diz “Crescei e multiplicai-vos”, como se fora ordem de Deus. Mesmo se fosse poderia ser qualitativamente e não quantitativamente. E me dizer que

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devo multiplicar carnalmente seria equivalente a dizer que meus filhos devem tomar os alimentos dos filhos dos vizinhos? Ou vice-versa?

MOSTRUÁRIOS DE PADARIA

(superoferta de tudo e, pior ainda, superdemanda; não nos ensinam nas escolas a contenção)

Excesso, excesso, excesso. Da falta passamos à superfatura e nos condenamos, com mais de 500 mil

operações do coração só nos EUA (podem ser mais de dois milhões no mundo, proporcionalmente; seria preciso fazer as contas de quantas doenças provém da obesidade). Comendo tanto os EUA precisam de grande quantidade de energia, que têm de tomar do mundo, pois não produzem petróleo suficiente, gerando aí as guerras.

CRESCEI E MULTIPLICAI-VOS

SÁBADO, 19 DE JULHO DE 2008 Quando o Homem se arma em Deus

Muito se tem dito sobre a existência de Deus. Mas independentemente da sua existência há sempre uma coisa que o homem independente da época em que viveu e da sua era, tem

sempre a mania de querer ser Deus. Seja assumir o papel de Deus como individuo ou como colectivo.

(há muitos modos de multiplicar, inclusive multiplicar os parceiros vitais, até mesmo multiplicar suas chances)

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Isto verifica-se bem actualmente - este post é inspirado numa das bocas de George Carlin - toda a vida as espécies têm sido levadas a extinção. Umas extinguem-se para darem lugar a

outras melhores, ou pelo menos, evolutivamente melhores. Logo é normal que algumas espécies se extingam espontaneamente.

Não digo que algumas espécies foram extintas pelo nosso favor - não nego isso. A função que

temos é tentar evitar sermos nós a extinguir mais alguma espécie. Contudo pelos vistos podemos gostar de nos armar em Deus mas não o conseguimos fazer. Por exemplo os pandas

toda a vida os conheci como uma espécie em extinção. Até a data nunca deixou de o ser.

O segredo da vida é a reprodução. Independentemente de serem cristãos/judeus a Bíblia expõe perfeitamente isto. Ide e multiplicai-vos. Expressão muito usada ao longo do primeiro livro do

Tora e da Bíblia, chamado Génesis - pelo menos na Bíblia.

O livro expõe a capacidade de sobrevivência de uma espécie tem a ver com o facto de ser capaz de se reproduzir em grande numero. Os ratos são animais que se reproduzem a ritmo alucinante. Por mais que o Homem se esforce para se livrar deles não será capaz de o fazer. Obviamente que manter predadores de ratos - como os gatos - por perto ajudam imenso a

livrar-se destas pragas.

Uma espécie como os pandas que não têm capacidade para se reproduzir devidamente - dizem que são tímidos - não teria grande capacidade de sobreviver, com ou sem nós por perto. Por

isso o melhor é deixar de gastar dinheiro numa coisa que por mais que se tente estará extinta.

1. As espécies não se extinguem para dar lugar a outras evolutivamente melhores. As espécies extinguem-se quando as suas características não lhes permitem sobreviver no

ambiente em que estão inseridas; sobrevivem as que o conseguem. Ou seja, não há espécies melhores e outras piores, apenas umas mais adaptadas que outras ao seu meio ambiente. De notar que o meio ambiente está sempre a mudar, não só por via da influência do homem mas também de todas as outras espécies e ainda por causas exteriores, como a radiação solar, a

colisão de meteoritos, etc, pelo que uma espécie pode ser muito bem adaptada hoje e não tão bem adaptada amanhã.

2. Não há correspondência directa entre a taxa de reprodução de uma espécie e a sua

capacidade de sobrevivência. Ou seja, não é por uma espécie ter grandes ninhadas com muita frequência que a sua sobrevivência está assegurada. Aliás, muitas vezes pode acontecer o

contrário -- havendo muitas crias em tempo de crise de alimentos pode significar a perda de toda a ninhada, enquanto que se fossem só uma ou duas era possível que sobrevivessem.

Normalmente, os animais têm o número de crias por ninhada e uma frequência de ninhadas óptimas para a sua espécie no seu meio ambiente -- isso foi o resultado de muitos anos de

selecção natural. António Manuel Dias

Gelöste Frage "Crescei e multiplicai-vos", mas até quando?

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Pessoal, os recursos do planeta Terra são limitados. Vai chegar um dia em que não será mais possível produzir alimentos e energia para sustentar toda a população - que não para de se reproduzir. Só há duas alternativa: ou se estabelece o controle de natalidade ou multidões

cada vez maiores morrerão de fome, neste caso o controle de natalidade será a lei da selva, vive quem tiver recursos (dinheiro) e morrem os pobres feito moscas.

O controle de natalidade é a única saída racional. Só assim poderemos estabilizar a população e produzir o necessário para sustentá-la, mesmo que isso signifique os ricos darem o excedente aos pobres. Com o excesso de população nem com ricos dando aos pobres terá resultado pois

haverá cada vez menos ricos e cada vez mais pobres.

E, não tem saída, o controle da natalidade terá que ser por meios artificiais (e impostos). Será impossível controle de natalidade só por persuasão como quer a ICAR e outras religiões.

Nós interpretamos como se fosse uma ordem de multiplicação A QUALQUER CUSTO, inclusive insensata destruição, geral e irrestrita.

Não precisa ser.

PRODUÇÃO DUAS ECONOMIAS

CONTENÇÃO CURVA DO SINO

(ora bate de um lado, ora do outro):

Ora enche, ora esvazia. Ora um está por cima, ora por baixo.

Produção-organização, produção-restrição como um coração batendo ao

encher e ao esvaziar. O lado do reaproveitamento ou reciclagem sendo contado como economia também, os custos energéticos do reaproveitamento fazendo parte do orçamento dos governos em todo o mundo. Reaproveitamento total, esse é o desafio, excluindo e enterrando em contentores os materiais que não possam se reaproveitados, e treinando a todos para a contenção e a saciedade.

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Capítulo 10 Vendo de Novo

As coisas aconteceram e não podemos saber como EXATAMENTE

aconteceram: tudo que fazemos é interpretar, mesmo os geo-historiadores SÉRIOS, quanto menos os displicentes.

Não estaremos mesmo vendo de novo, mas pelo menos poderemos ter uma idéia (em desenho animado, com animatrônicos, com montagens teatrais, seja de que forma for) aproximada do que aconteceu. E, como eu disse, não se trataria nunca de nos torturarmos (eu não gosto de dor alheia nem de minhas próprias dores: passo por elas protestando), pelo contrário; mas é enfrentamento de adulto, não é mais criancice de esconder o rosto para não se deparar com nossas mazelas, nossas incapacidade de amar e respeitar.

VENDO DE VELHO

(perversidades humanas)

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Com a mesma quantidade de gente (6,7 bilhões), mas com poupança e restrições, com reciclagem e reaproveitamentos variados, com parcimônia poderíamos dar dignidade a muito mais gente se apenas não considerássemos “pobre” usar coisas reparadas. Temos de entender que é urgente, que nossa civilização está morrendo, e cuidar de reparar a tempo. Com ½ ou 1/3 das pessoas poderíamos aprender a fazer um mundo bom e a ter respeito por todos por milênios. Reduzindo quantidade e aumentando qualidade poderíamos ter paz com os animais e a vida toda, sem atacar seus habitats ou ambientes.

Capítulo 11 Caros Amigos

Amigos não matam amigos. De verdade: amigos reais não matam nem

inimigos. Não se trata de quem nos ofende, trata-se de nós; não da grandeza deles, mas de não sermos pequenos.

CAROS AMIGOS

(quando pudermos dizer isso a fungos, plantas, animais, primatas e humanos PELOS NOSSOS ATOS, então teremos chegado à verdadeira felicidade)

Nós poderíamos ter (em espécie) 30 milhões de amigos que são, segundo

estimativas, as espécies existentes (por enquanto) na Terra depois de 3,8 bilhões de anos de tropeços evolutivos. Só dentro da espécie humana poderíamos contar com 6,7 bilhões de amigos de aventura.

Só posso dizer que a Terra é MUITO MAL administrada. É pessimamente gerenciada. Não se trata de eu ser (ou você ser) melhor gerente, todos nós nos enganamos;

trata-se de conjuntamente buscarmos com afinco e determinação uma solução compatível capaz de evitar a maioria dos nossos erros evitáveis, levando em conta todo o conhecimento acumulado pela humanidade, continuando as pesquisas & os desenvolvimentos.

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Capítulo 12 Tudo Para-Isso

OS DOIS LADOS DA HUMANIDADE

(tanto somos perversos quanto caridosos; de fato há gente dos dois lados do dicionário, tanto o lado ruim quanto o lado bom, e devemos ser capazes de olhar ambos os exemplos sem titubear, sem evitar olhar os abomináveis). O anti-herói Duas Caras, de Batman.

Somos nós: nós temos duas caras, uma boa e outra ruim. Há gente extremamente boa em nosso meio, verdadeiros guias, brilhantes

almas que só podem agradar a i (ELI, Elea, Ele-Ela, Deus-Natureza), e também há gente extraordinariamente ruim.

Temos de observar esses desacertados, porque todos podemos ficar assim; nossas máquinas biológica-p.2 e psicológica-p.3 podem degringolar, desnortear, enlouquecer de uma hora para outra. É evidente que devem existir mecanismos coletivos capazes de nos impedir de fazer o mal ou, caso não sejamos capazes de impedir, pelo menos de socorrer e de reparar tal mal.

Temos de mudar. Ficar falando e criticando, colocando gente nas cadeias, entupindo-as de centenas de milhares e mesmo de milhões em todo o mundo não está ajudando. Temos de achar uma saída, seja com o Animuseu das Atrocidades ou com outra iniciativa. Continuar como está é que não é mais aceitável.

Vitória, segunda-feira, 13 de julho de 2009. José Augusto Gava.

ANEXO Capítulo 1

CAPÍTULO 27 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

INTERDEPENDÊNCIA DA VIDA

Desenvolvimento é o estudo dos princípios e processos que envolvem crescimento e evolução de um organismo biológico. A maioria dos estudos do desenvolvimento se

voltam para os períodos de transformações intensivas e extensivas que estão associadas à formação de um organismo a partir de um ovo fertilizado, através da embriogênese e da

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maturação pós-natal. Durante este período, uma imensa diversidade de fenótipos neurais emerge. Neste capítulo nós vamos ver os processos moleculares e celulares que geram esta

enorme diversidade fenotípica do cérebro durante o desenvolvimento do tecido neural.

Dois conceitos fundamentais moldam nossa perspectiva de como o sistema nervoso se desenvolve e funciona: a interdependência

dinâmica dos genes e do meio ambiente; e das células neuronais e neurogliais. Durante o desenvolvimento, a expressão sistemática

da genética cria e molda o meio em vários níveis da sua organização hierárquica, estendendo de uma única célula a um organismo. Os estudos de fatores extracelulares, receptores e

sinalização mostram uma extensiva rede altamente complexa de funcionamento genético, que transformaram nossas perspectivas de estudos de uma linha simples e linear para um modelo paralelo

mais realista e integrado (figura 27-1). A interdependência biológica do desenvolvimento neural também é altamente

dependente da relação entre as células neuronais e gliais. Estudos tradicionais levam a pensar que as células neuronais são a unidade

estrutural do sistema nervoso, enquanto que as células da glia possuem um status passivo. Esta perspectiva restrita agora tem sido substituída por evidências de regulações feitas por células

gliais de todos aspectos no começo do desenvolvimento e funcionamento neuronal.

Figura 27-1 Modelo paralelo mais realista e integrado do desenvolvimento do

sistema nervoso. DESENVOLVIMENTO GERAL DO SISTEMA NERVOSO

A informação genética contida em um ovo fertilizado terá

todas as informações para produzir os diversos tecidos. As divisões iniciais do ovo fertilizado forma a blástula. Logo após esta entra

em gastrulação, produzindo as três camadas primárias germinativas do desenvolvimento embrionário. Durante a

formação destas três camadas ocorre uma migração celular interna, onde células da camada superior e inferior se dirigem para a fenda primitiva, formando uma espécie de sanduíche trilaminar. Aí estão formadas as três camadas, a

ectoderme, a endoderme e a mesoderme. O sistema nervoso se desenvolve a partir da ectoderme juntamente com um sinal indutivo da mesoderme. Células iniciais da

mesoderme se condensam para formar a notocorda, no qual se alonga sobre a fenda primitiva ao longo do eixo antero-posterior do embrião em desenvolvimento. Sinais que são liberados da notocorda induzem a ectoderme mais próxima desta a se diferenciar em tecido neural (figura 27-2). Esta ectoderme que está se desenvolvendo em diferentes locais no eixo

antero-posterior está predestina ao desenvolvimento de regiões específicas do cérebro.

Figura 27-2 Modelo que representa a formação do sistema nervoso a partir da ectoderme.

31

Três proteínas podem induzir a formação de tecidos

neurais anteriores em células ectodérmicas indiferenciadas. Estas três proteínas, noggina, follistatina e cordina, agem

inativando dois inibidores neurais, BMP2 e BMP4. O estabelecimento de domínios posteriores pode estar envolvido com sinais de fator de crescimento de fibroblasto ou por ácido

retinóico. Um mecanismo adicional usado na regionalização dos tecidos neurais é a expressão de genes específicos da cabeça. A deleção destes genes, Lim-1 e Otx-I, deleta toda a estrutura da

cabeça, sugerindo um papel no estabelecimento da porção anterior do desenvolvimento animal.

Uma vez que a placa neural induzida pela mesoderme

está formada, ela começa a se diferenciar em tubo neural, o rudimento primário do desenvolvimento do SNC. Durante a

formação do tubo neural a mesoderme adjacente é segmentada em blocos de tecidos chamados somitos. Os somitos são

precursores dos elementos do esqueleto e músculos aderidos. Durante o fechamento o tubo neural, uma população de células migra para a periferia, sendo estas progenitoras do

SNP. Estas células migram através de passos definidos para a metade anterior de cada somito e sob a ectoderme. Estas células geram neurônios e glia, além de células de Schwann e

melanócitos para o SNP.

O tubo neural possui um tecido epitelial pseudoestratificado que vai se diferenciando em duas linhagens principais, os neurônios e a glia, e subseqüentemente em

várias sublinhagens. Depois da divisão mitótica final, os neurônios migram da superfície ventricular do tubo neural para formar a zona do manto. Esta migração é guiada por fibras radiais gliais. A acumulação de células neuronais pós-mitóticas resulta em uma expansão do

tubo neural para produzir o SNC, cérebro e corda espinhal.

INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS

Células do sistema nervoso em desenvolvimento estão embebidas em campos complexos de tensão mecânica, sinais bioquímicos e correntes elétricas. Estas forças,

criadas em sua maior parte pelas próprias células nervosas, representam a maior força ambiental que dirige a seqüência de processos do desenvolvimento.

Uma tática básica na criação de sistemas biológicos complexos é a geração de

elementos em excesso que então, através de processos seletivos, serão selecionados para permanecer e participar da organização final. Esta estratégia é amplamente usada na

formação do sistema nervoso de vertebrados. No desenvolvimento de invertebrados, as instruções genéticas são o primeiro controlador de tamanho de população e diversidade.

O desenvolvimento de vertebrados reflete o outro extremo da relação

genética/epigenética: diferente dos invertebrados, várias questões ambientais são

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empregadas no direcionamento de decisões, incluindo as decisões para sobrevivência, divisão e morte. Quais são os fatores que influenciam no balanço entre sobrevivência celular e morte?

Tanto a natureza do microambiente da célula como o ambiente no qual a célula está crescendo são importantes. Como exemplo, fatores críticos produzidos por um tecido

contribuem para a regulação da sobrevivência das células: quantidades limitadas de fatores solúveis liberados leva a uma competição entre as células dependentes destes fatores.

A migração de células tem um papel importante na morfogênese do cérebro.

Muitos neurônios viajam longas distâncias através de uma matriz extracelular complexa durante o desenvolvimento embrionário para encontrar sua posição final. Que mecanismos

são usados pelos neurônios para se movimentar e serem guiados corretamente? O mecanismo mais comum usado na translocação de células é a combinação da extensão de

um processo celular e sua adesão ao substrato, onde esta está ligada a proteínas contráteis associadas com a rede intracelular de microfilamentos.

O controle direcional da célula parece ser de dois tipos: a célula se move ao longo de

outra célula guia ou através de um terreno multicelular guiado pelo gradiente de concentração. Células precursoras do SNP apresentam outro modelo de migração e se

contrasta com aquele visto pelas células corticais. Estas migrações dependem da natureza da matriz extracelular, uma vez que não há células gliais para guiá-las. Com o objetivo de migrar

para destinos específicos, o número de sinais deve ser regulado tanto temporariamente quanto espacialmente. A maioria dos componentes da matriz, como colágeno, fibronectina,

laminina, proteoglicanos e ácido hialurônico regulam esta migração. Interações ocorrem diretamente entre as células ou entre estas e a matriz extracelular. Todas estas interações

influenciam não somente na habilidade da célula em migrar, mas também no estabelecimento espacial de relações que são consideradas importantes no processo de

diferenciação.

Os processos celulares de elongamento e ramificação determinam o fenótipo morfológico final da célula e sua participação local e global no circuito nervoso. Em média,

cada bilhão de células forma mais de 10.000 conexões específicas. Geralmente os mesmos fatores solúveis envolvidos na proliferação, sobrevivência e migração estão relacionados com

este processo de alongamento e ramificação.

Cones de crescimento são localizados na borda principal do neurônio e apresentam dois tipos de estruturas móveis: uma longa estrutura em forma de ponta chamada filopodia

e pés largos e finos na membrana chamados lamellipodia. Estas estruturas delicadas são importantes no desenvolvimento das ramificações. O movimento deste cone pode ser

influenciado por fatores solúveis. Gradientes de concentração local de fatores de crescimento do nervo (NGF) e (FGF) podem iniciar e dirigir o crescimento e movimento.

Neurotransmissores específicos também podem alterar a elongação e o movimento do cone.

Moléculas de adesão, tanto da célula como da matriz extracelular, também têm um papel importante no desenvolvimento dos neurônios. A adesão de estruturas de crescimento

do cone, por exemplo, pode estabilizar sua extensão. A glicoproteína laminina, presente na matriz extracelular, pode acelerar este crescimento. As interações entre neurônio e glia

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também estão envolvidas neste tipo de crescimento. Neurônios crescidos na ausência de células de Schwann não são ramificados, enquanto na presença de células gliais, estes são

muito ramificados e em forma de dendrito.

Vias intracelulares estão envolvidas na regulação do desenvolvimento dos

neurônios. cAMP e fosfolipídeos inositois são implicados como reguladores

intracelulares e trabalham no controle do influxo intracelular de Ca2+. O influxo de

Ca2+

pode regular tanto a elongação como os movimentos do cone de

crescimento.

A arquitetura básica do córtex é resultado de um processo plástico de

crescimento de neurônios, como discutido acima, incluindo os fatores de

adesão e controle da arborização terminal, no qual podem ser dependentes da atividade do neurônio. Esta estrutura final é conseqüência da combinação de

processos seletivos e não seletivos, acoplados a eventos regressivos, incluindo morte celular por seleção e processo de eliminação de sinapses. Em suma, um número de parâmetros de

iniciação de crescimento, elongação, ramificação e parada combinam para formar a geometria do axônio e do dendrito. Estes componentes podem ser modulados in vitro por

uma variedade de fatores solúveis e ligados ao substrato, sugerindo que, in vivo, o controle da diferenciação morfológica e multifatorial.

MECANISMOS MOLECULARES DE DESENVOLVIMENTO

Os fatores de crescimento difusíveis controlam os processos de proliferação e diferenciação. Um dos campos mais interessantes de pesquisa e que cresceu rapidamente, foi o estudo das

complexas redes de informação genética que controla o desenvolvimento neuronal. A imensa diversidade fenotípica do sistema nervoso reflete a coordenação de numerosos programas genéticos que regulam a expressão gênica de tipos celulares específicos. Como uma célula

pode tornar-se responsiva a um dado conjunto de sinais ambientais, traduzir essa informação cascatas de transdução intracelular e regular a expressão gênica diferencial?

A resposta parece estar, em parte, no complexo mundo dos reguladores de transcrição. É

estimado que 5% do genoma de mamíferos (5000 genes) codifiquem fatores de transcrição. (Obs.: o texto parece ter sido antes dos novos resultados do projeto genoma, que calcularam um número menor de genes humanos. Portanto resta saber se o número que vale é o 5% ou o 5000).

Destes, prevê-se que mais da metade tenha sua expressão restrita ao sistema nervoso. O grande número de fatores de transcrição podem ser subdivididos em famílias que contém membros que dividem uma seqüência de aminoácidos específica para a ligação ao DNA e

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dimerização. Até hoje, 12 motivos distintos tem sido identificados. Quatro classes são mostradas na figura 27-4. A pesquisa mostra que membros dessas e outras classes podem

funcionar como reguladores transcricionais exercendo controle sobre os processos de desenvolvimento como a proliferação e a diferenciação.

Figura 27-4

Quatro classes de fatores de transcrição, mostrando o domínio de ligação ao DNA e o domínio de ativação.

Existem múltiplos níveis de integração entre os membros da rede de reguladores

transcricionais. Parte da complexidade do controle está relacionada ao grande número de diferentes fatores capazes de gerar regulações transcricionais de um tipo específico de

célula. Mais importante, o controle sobre a expressão e sobre o estado funcional desses numerosos fatores de transcrição é a fonte

de consideráveis complexidades e oportunidades de integração combinatorial.

A figura 27-3 ilustra muitos pontos ou locais de controle que podem

ser levados em consideração sobre os reguladores do desenvolvimento. Por exemplo, a capacidade de alterar a expressão transcricional desses fatores é um ponto inicial e chave de controle.

Como mostrado na figura, outros pontos clássicos de controle, como a tradução, são esperados para adicionar níveis de complexidade.

Deve-se lembrar também que a atividade da maioria desses reguladores de transcrição pode ser controlada via fosforilação e

dimerização, o que leva a um ainda maior aumento dos pontos de regulação.

Figura 27-3

A figura apresenta vários locais onde pode haver a regulação dos processos de desenvolvimento.

Portanto, em qualquer momento da vida de uma dada célula, a soma da atividade total em todos os níveis de integração será refletida pela natureza do programa genético que é lido e sua interação com os fatores de crescimento e desenvolvimento ambientais. Esse programa não apenas cria novos fenótipos celulares, mas também “liga o botão” que ativa a próxima

série de decisões do desenvolvimento, em parte devido à alteração nos padrões de expressão de reguladores transcricionais agora liberados na fisiologia celular.

Como as influências epigenéticas participam nas tomadas de decisão? As influências

ambientais vêm em forma de fatores de crescimento, neurotransmissores e outros ligantes que geram mudanças em receptores de membrana acionando vias de sinalização

intracelular ou alterando as propriedades elétricas da membrana. A maioria dos sinais extracelulares ativam uma mudança na fisiologia celular que pode durar por vários dias. Como

essas mudanças acontecem? Como os fatores ambientais iniciam a cascata e ativam uma nova onda de atividade genômica? Pesquisadores descobriram que mudanças induzidas por

ligantes podem resultar em uma expressão muito rápida de alguns genes, que foram

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chamados de early response genes (ERGs) ou primary response genes.

Vários fatores de transcrição que realizam papeis importantes no desenvolvimento celular são ERGs Considerando que a célula em desenvolvimento é normalmente exposta a

muitos diferentes sinais a cada momento, a indução de ERGs mediada por ligantes representa um modo complexo e rigorosamente controlado de codificação da informação ambiental de

modo a realizar as decisões relacionadas ao desenvolvimento de forma eficiente. Portanto, a diversidade fenotípica neural pode ser explicada em termos de história de expressão de reguladores transcricionais, alguns membros alternando rapidamente (ERGs) e outros mais lentamente. Juntos eles exercem um controle do programa genético e fisiologia da

célula para determinar o destino de cada uma delas.

Nosso entendimento sobre o desenvolvimento

genético em mamíferos foi rapidamente aumentado através do considerável avanço

feito no estudo do desenvolvimento em moscas. Como parte da rede genética em Drosophila, um grande número de genes

codificando fatores de transcrição e proteínas para a comunicação celular ajudaram o destino

das linhagens celulares. Percebeu-se que a maioria dos fatores de transcrição atua em

mais de uma função durante o desenvolvimento. Por exemplo, muitos

participam tanto durante o início do processo de segmentação quanto nos estágios finais do

desenvolvimento dos componentes neurais e sexuais. A figura 27-7 ilustra como os quatro maiores grupos de genes interagem durante o

desenvolvimento para criar o eixo primário do corpo e o padrão de segmentação do embrião.

Figura 27-7 Quatro maiores grupos de genes que interagem durante o desenvolvimento para criar o eixo

primário do corpo e o padrão de segmentação em Drosophila.

Por exemplo, alguns genes de efeito maternal são ativos no ovo não fertilizado. Na fertilização esses genes estabelecem uma concentração de gradiente antero-posterior que

leva a efeitos diferenciais na expressão de uma variedade de outros genes codificando fatores de transcrição, como os genes gap, que por sua vez organizam o eixo antero-posterior do embrião. Portanto, um mutante de efeito maternal pode não possuir cabeça e sim duas

regiões de cauda. Os genes gap ajudam a definir o segmento mediano e a ativar a expressão de genes responsáveis pela polaridade como os genes pair-ruled e homeóticos (figura 27-7).

Mutações nos genes gap produzem embriões com segmentos medianos deletados. Os genes homeóticos, chamados assim devido à seqüência de ligação a DNA homeobox, especificam a

identidade de cada segmento. Por exemplo, uma mutação em um desses genes pode resultar em uma mosca contendo a antena na perna. Uma cascata regulatória de fatores de

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transcrição organiza também o eixo dorsal-ventral.

Nosso entendimento da regulação gênica no desenvolvimento neural de drosophila é mais completo para o sistema nervoso sensorial embrionário. O sistema sensorial inteiro aparece dentro de 5 a 9 horas após a fertilização e é conhecido em detalhe. Cinco conjuntos de genes

têm sido descritos e determinam a estrutura e função desse sistema.

O primeiro conjunto de genes é conhecido como genes prepattern, descritos acima, que definem os eixos de segmentação corporal anterior-posterior e dorsal-ventral, assim

como a segmentação. Muitos desses genes contêm homeodomínios e possuem múltiplos papeis durante diferentes eventos de desenvolvimento, por exemplo, o gene pair-rule fushi-

tarazu, controla esses eixos no desenvolvimento precoce e, posteriormente, controla o desenvolvimento do CNS de Drosophila.

Seguindo o estabelecimento de coordenadas corporais, a expressão gênica proneural faz as

células competentes para se tornarem precursores neurais. Todos os genes proneurais codificam reguladores de transcrição com o motivo hélice-volta-helice (HLH). Isso pode permitir a formação de interações entre diferentes proteínas para formar heterodímeros

capazes de regular genes específicos. Outras proteínas com o mesmo motivo HLH, mas sem o domínio de ligação ao DNA podem também funcionar nesses estágios, de forma a se ligar

com as proteínas funcionais e inibi-las, formando um heterodímero não funcional. Esse controle negativo aumento a complexidade e o refinamento do processo.

Os precursores neuronais então expressam um terceiro conjunto de genes, os genes

neurogênicos, representados por fatores de transcrição tipo HLH que mediam a inibição lateral entre as células nos diferentes clusters de células proneurais. Mutações que levam à

perda da supressão fazem com que todas as células de um cluster entrem na linhagem neural.

O quarto conjunto é formado pelos genes neuronais seletores, que controlam o tipo de neurônio sensorial que um precursor se torna e, portanto, o tipo de órgão sensorial que é

formado. O produto gênico cut é um fator de transcrição homeodomínio que controla a expressão gênica tipo-específica e o tipo do órgão formado.

Finalmente as células que expressam genes de uma linhagem celular determinam a

composição fenotípica das células no órgão sensorial. Dois genes em particular, fatores de transcrição zinc-finger, é que decidem a identidade dos fenótipos finais da celular e, portanto,

quantos neurônios e glia estarão presentes em cada órgão.

Portanto, o desenvolvimento do PNS requer a expressão seqüencial de fatores de transcrição das classes HLH, homeobox e zinc-finger, que participam da complexa rede

combinatória que progressivamente determina o destino das células neurais.

A notável similaridade dos mecanismos de controle genético do desenvolvimento entre invertebrados e vertebrados contrasta com o diferente tempo de formação e à distância filogenética entre as espécies. Similaridades incluem a existência de famílias altamente conservadas de reguladores transcricionais HLH e homeobox que especificam o destino

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das células.

No desenvolvimento de mamíferos, uma rede de regulação genética análoga à descrita em Drosophila parece funcionar. Foi demonstrado que no desenvolvimento do CNS de

mamíferos, conjuntos de genes análogos ao de Drosophila representam a rede de regulação genética no desenvolvimento de segmentos de trás do cérebro, chamados de

rombômeros. Adicionalmente, estudos têm implicados outros reguladores transcricionais na formação de padrões regionais de formação em regiões mais anteriores do CNS e da medula

espinhal.

O desenvolvimento da parte posterior do cérebro é dividida em uma serie de rombômeros identificados morfologicamente. Eles aparecem no patamar do quarto ventrículo durante o

desenvolvimento inicial e podem ser análogos aos segmentos utilizados para desenvolver os planos corporais em invertebrados.

Todos os genes expressos na parte posterior dos cérebros de vertebrados e mostrados

na figura 27-9, são expressos durante o desenvolvimento do cérebro posterior e podem ser responsáveis por criar valores posicionais ao longo da extensão do cérebro posterior e

estabelecer a identidade e posição dos segmentos da região.

A expressão de genes Hox em particular é acoplada ao desenvolvimento de valores posicionais no cérebro posterior e precede a formação dos rombômeros. A expressão

rombômero-específica de diferentes genes refina o padrão e pode estabelecer identidades segmentais em cada rombômero. A expressão de genes hox pode ser ativada por outros

reguladores transcricionais, incluindo krox-20 e kreisler, que são expressos antes da expressão dos genes hox. A interrupção da atividade desses dois também

inibe o padrão de expressão dos genes hox e a formação dos rombômeros, sugerindo que esses dois genes atuam upstream

aos genes hox.

Figura 27-9 A fig. 27-9 mostra o padrão de expressão de várias classes de

genes na parte posterior dos cérebros de vertebrado, incluindo genes que expressam fatores de transcrição como o kreisler e krox-

20, receptores de tirosina kinase da família Eph, como o Sek e os genes Ebk, receptores de ligantes Eph (Elk e Elf), genes Hox e

genes codificando moléculas de sinalização como Fgf-3.

O desenvolvimento de outras regiões do CNS não parece depender do padrão de expressão e segmentação que é visto no cérebro posterior. Os padrões e posições espaciais na parte

mediana do cérebro podem derivar de sinais provindos da região istmica, que regulam a expressão de dois genes, engrailed-1 e engrailed-2, expressos

em um gradiente que diminui anteriormente e posteriormente com relação a essa região. Essa expressão gradual pode estabelecer o padrão geral de desenvolvimento da parte

mediana do cérebro. A expressão gradual de engrailed pode ser regulada por moléculas

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secretadas da parte posterior do mesencéfalo, tanto que a expressão ectópica de uma delas leva a expressão também ectópica de engrailed, resultando na produção de células com

características da parte mediana do cérebro em locais diferentes.

Na parte anterior do cérebro, um número de reguladores de transcrição é expresso em domínios específicos. Estudos de expressão utilizando esses genes têm sugerido que a

segmentação pode atuar no desenvolvimento do diencéfalo, apesar de que a identificação de padrões de expressão gênica não são restritos a unidades de linhagens, como visto no

cérebro posterior. O padrão de expressão agrupada mostrado pelos genes Otx e Emx é similar ao padrão criado pela expressão de genes hox, mas a falta da ligação entre os outros quatro

membros dessa família sugere um mecanismo diferente para o estabelecimento de domínios no cérebro anterior. Alguns desses genes são expressos na zona ventricular,

sugerindo um papel no padrão inicial de desenvolvimento do eixo neural, enquanto outros são expressos na camada mantle, sugerindo um papel na diferenciação.

O desenvolvimento da medula espinhal e a regionalização podem também estar sob

controle de reguladores transcricionais. A diversidade regional pode ser adquirida pela expressão de genes hox mais distantes, que continuam a ser expressos dentro da medula.

Uma diferença é que a segmentação visível na medula espinhal é adquirida pela periodicidade do mesoderma ao redor e não devido a fatores intrínsecos dentro da medula

espinhal. A manipulação desse mesoderma destrói a segmentação do cordão espinhal a remoção dos somitos adjacentes pode eliminar completamente a segmentação da medula

espinhal. O eixo dorso-ventral da medula espinhal parece ser formado através da ação de dois sistemas sinalizadores, o sinal ventralizador parece vir da notocorda, provavelmente através

da molécula sonic hedgehog, produzida ali durante o desenvolvimento precoce. O neuroepitelio responde a esse sinal e desenvolve um floorplate, a porção mais ventral da

medula espinhal. Uma vez que há a formação do floorplate ele próprio passa a produzir sonic hedgehog que induz a produção de células apropriadas para a parte ventral da medula espinhal, em particular, para os neurônios motores. A influência de dorsalização pode

acontecer em função do sistema de sinalização BMP. A diferenciação das células dorsais chega por indução mediada por contato do ectoderma superior. Os BMPs produzidos por este

ectoderma elevam os níveis de genes Pax e Msx dentro da medula espinhal, que são reprimidos pela sinalização de sonic hedgehog e podem ser requeridos para a formação dos

tipos de células dorsais.

Independência, morte ou interdependência? por Priscila de Faria Gaspar - priscilagaspar@terra.com.br

Aos meus oito anos de idade, então na 2ª série do antigo 1º grau, vim a saber que D. Pedro I, num ato de bravura, arrancara os laços azul e branco de seu chapéu, bradando

o famoso grito “Independência ou Morte”, às margens do Riacho do Ipiranga. Com a pouca lógica de uma criança dessa idade, questionei o ato narrado pela professora,

considerando-o muito simples para dar ao Brasil a condição de independente.

Era 1972, ano marcado pelas comemorações do sesquicentenário da independência, em pleno regime militar. Os mais jovens talvez não compreendam, mas quem viveu

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nessa época sabe que, em uma escola estadual a professora não poderia dar maiores explicações sobre o processo de reconhecimento da independência. Tampouco nós,

crianças, compreenderíamos que a passagem narrada possuía o significado de um ato simbólico.

Dez anos após, estava eu, pela primeira vez, a caminho de exercer meu direito de

cidadã: o voto. Meu candidato ao governo do estado, Franco Montoro, era do partido de oposição. Assim, escolhendo-o eu também fazia oposição à proposta da família.

Ao afirmar perante meu pai em quem eu votaria, senti que era a minha independência! Já tinha 18 anos, cursava o primeiro ano da faculdade e não morava mais com meus pais. Podia votar em quem bem quisesse! O voto era o símbolo de

minha independência! Mal sabia eu o quanto ainda viria a depender financeiramente de meu pai e emocionalmente da família toda... Mal sabia eu que nenhum ser humano

pode viver sem depender de outrem!

Assim como o Brasil precisou ter sua independência reconhecida por outras nações, tive que ter a minha reconhecida por outros indivíduos e por instituições da sociedade. Emprego, conta no banco, cartão de crédito... De certa forma algumas instituições me

reconheciam como tal, ainda que não soubessem que, a qualquer momento, eu precisaria pedir auxílio a meu pai. Assim como o Brasil precisava recorrer aos cofres do

FMI...

Inicialmente, ao ver frustrado meu desejo de ser independente, minha auto-estima baixou. Sentia-me sem valor, como se, ao precisar de auxílio, não tivesse valor

próprio. Doía-me também a solidão. Nem tanto pelo fato de estar só, mas porque resistia à idéia de que precisava de pessoas a meu redor! O orgulho impedia-me de ver

que, como todos os seres humanos, eu possuía fraquezas, carências e limitações...

Muitos anos se passaram. Aprendi a aceitar minha condição de “limitada” e, consequentemente, passei a aceitar auxílio com humildade. Já não doía tanto

perceber que não era independente como pensara no passado. A independência era apenas uma ilusão! À medida que me abri para receber, aprendi também a doar. Doar

compreensão, carinho, apoio e até dinheiro! Percebi, então, que os indivíduos na humanidade, assim como as nações na Terra, são interdependentes.

O estudo dos ecossistemas e as relações entre os seres vivos mostra que, em nosso

planeta, somos todos interdependentes. Seja uma bactéria ou uma floresta, o princípio é o mesmo. A essência da vida biológica está na capacidade de trocar com o

meio, formando as cadeias e as imensas teias alimentares em que os fatores ambientais são compartilhados e reciclados, enquanto a energia flui num movimento

constante. De forma análoga, a essência da vida na sociedade humana é a troca de sentimentos e informações; a essência da vida de uma nação está em sua capacidade

de trocar conhecimento, matéria prima, tecnologia...

Em um mundo globalizado, as nações vivem de forma interdependente e a tendência

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daqui para a frente é que as fronteiras se diluam cada vez mais. O mesmo pode ocorrer com as pessoas. Talvez possamos nos ver como interdependentes, formando

uma imensa corrente de ajuda mútua: aceitando e doando auxílio. Assim, longe de querer tirar o mérito da máxima histórica, sugiro: em vez de optar entre

independência ou morte, devemos escolher a interdependência que é a vida!

Priscila de Faria Gaspar Psicanalista com abordagem psicossomática.

Atendimento à Rua Domingos Vieira, 343, sala 1103. Santa Efigênia - Belo Horizonte. Casos especiais: atendimento on line por e-mail, msn ou skype.

(31)3415-8269 e 9312-8269 priscilagaspar@terra.com.br

Texto revisado por Cris por Priscila de Faria Gaspar - priscilagaspar@terra.com.br

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A Estrutura do Dóssel

Floresta Tropical nas margens do Rio Tambopata no Peru. (Foto de R. Butler)

Estrutura e Carácter

ESTRUTURA DOS DÓSSEIS

As estruturas das florestas dosseis são caracterizadas por uma única estrutura vegetativa

constituída por várias camadas verticais incluindo camada superior, Dóssel,camada inferior, camada arbustiva, and subsolo. O dossel se refere à camada superior de folhas e ramos de

árvores formadas por espaçadas árvores florestais. A parte superior do dossel é 100-130 metros acima do solo florestal, penetrada por árvores emergentes, 130 pés ou mais, que

compõem o nível conhecido como teto. Abaixo do teto limite estão múltiplas folhas e ramos conhecidos coletivamente como o sub. A menor parte da sub, 5-20 pés (1.5-6 metros) acima do chão, é conhecida como a camada arbustivas, composta de grandes arbustos e pequenas

mudas.

A vegetação pesada do dossel eficazmente penetra a luz da floresta no solo, e em uma

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verdadeira floresta equatorial (primária), há pouca selva para impedir o crescimento do movimento. Vegetação do solo na floresta primária é mínima e geralmente consiste

principalmente de lianas (videira) e mudas arbóreas.

Uma característica importante do sistema do dossel é a presença de plantas conhecidas, como epífitas, que crescem em copas de árvores. Epífitas não são parasitas, porque não tiram nutrientes das árvores, mas elas utilizam a árvore só para apoio. Alta no dossel, epífitas estão

em melhores condições para o acesso do forte sol tropical, o qual e necessário para o seu crescimento. Epífitas se adaptaram bem ao seu ambiente aéreo, desenvolvendo vários meios para coletar nutrientes dos seus arredores, os mecanismos no qual são discutidos em detalhe

na seção do dóssel.

Um outro tipo de planta característica da camada superior é uma espécie de

lianas—Um outro tipo de planta característica da camada superior é uma

espécie de lianas - um tipo de vinha lenhosa que começa a vida como um

arbuste no chão da floresta e faz o seu caminho até o teto para engatar na copa

das árvores. Um tipo de planta relacionada, o hemiepífitas, começa a

vida no dossel e cresce longas raízes que eventualmente chegam ao chão da

floresta. Uma vez enraizadas, hemiepífitas não tem que depender de

capturar nutrientes dos dósseis arredores, porque podem acessar os

nutrientes no chão da floresta.

Desconhecido números de plantas e animais residem no teto, a grande maioria dos quais são especificamente adaptados à vida neste mundo arborizado. Em

florestas tropicais, estima-se que 90 por cento das espécies que existem no ecossistema residem no dossel. Desde as florestas húmidas tropicais são estimados a deter 50 por cento

das espécies do planeta, o dossel das florestas tropicais no mundo podem deter 45 por cento da vida na Terra.

INTERDEPENDÊNCIA E RELAÇÕES SIMBIÓTICAS COMPLEXAS

Interdependência, no qual todas as espécies são, em certa medida, dependentes de um outro-é uma das principais características do ecossistema da floresta. Interdependência

biologica assume muitas formas na floresta, a partir de espécies que dependem de outras espécies para polinização e dispersão de sementes, à predador-presa relações á relações

simbióticas.

Os dósseis da floresta tropical. Imagem de R. Butler

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Estas relações interdependentes vêm desenvolvendo durante milhões de anos e forma a base para o ecossistema. Cada espécie que desaparece do ecossistema pode enfraquecer as chances de sobrevivência do outro, enquanto que a perda de uma espécie de pedra angular-um organismo que liga muitas outras espécies em conjunto, bem como a pedra angular de um arco-poderia causar

uma perturbação significativa do funcionamento do Sistema inteiro.

Por exemplo, os pés de nozes no Brasil (Bertholletia excelsa)Por

exemplo, os pés de nozes no Brasil (Bertholletia excelsa) são dependentes de várias espécies animais, para a sua sobrevivência.

Estes grandes dosseis encontradas nas árvores da floresta Amazônica invocam a cutia, de um terreno de roedores, de um

elemento-chave do seu ciclo de vida. A cutia é o único animal com dentes fortes o suficiente para abrir seu enorme grapefruit. Embora a cutia come algumas nozes do Brasil, ela também

dispensa as sementes em toda a floresta e as enterram longe da árvore-mãe. Estas sementes germinam e, em seguida, formam a

próxima geração de árvores. Para polinização, as nozes brasileiras são dependentes de Euglossine abelhas de orquídea. Sem estas grandes abelhas, a

reprodução de nozes brasileiras não seria possível. Por este motivo, há pouco sucesso nas plantações de nozes brasileiras, no qual parecem crescer somente em florestas primárias.

A vida nas florestas tropicais é competitiva e inúmeras espécies desenvolveram complexas

relações simbióticas com outras espécies para sobreviver. Uma relação simbiótica é uma relação em que ambas as espécies participantes beneficiam mutuamente. Relações

simbióticas parecem ser a regra e não a excepção na floresta. Por exemplo, formigas têm relações simbióticas com inúmeras espécies da floresta, incluindo plantas, fungos, e outros

insetos. Uma relação simbiótica existente entre formigas e lagartas. Certas espécies de Lagarta produzem produtos químicos doces "orvalho" em suas costas, na qual uma certa

espécie de formiga irá se alimentar. Em contrapartida, as formigas vigorosamente protegem a lagarta e inclusivamente foram observadas transportando a lagarta ao ninho à noite por

motivos de segurança. Esta relação parece ser espécies específicas em que apenas uma espécie de lagarta irá servir para uma determinada espécie de formiga.

DIVERSIDADE

Todas as florestas tropicais são caracterizadas por uma enorme diversidade biológica. Seção

3 concentra na diversidade da floresta tropical.

Questões de Revisão: • A maioria das espécies vegetais e animais vivem em qual nível da floresta?

• O que são epífitas? • O que é um exemplo de um epífita? (Dica: pense em uma popular tipo de flor)

Cutia nas florestas apuradas

Frutos de nozes

Pé de nozes do Brasil

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• O que são lianas? • O que é uma relação simbiótica?

• O que é uma espécie de pedra angular? • Porque as cutias são importantes no ecossistema da floresta?

A INTERDEPENDÊNCIA DA VIDA

Roberto Morato Fernandez Silvia Mitiko Nishida

Fontes de energia limitadas no Planeta

Fontes de energia O que é Energia?

A energia é uma característica intrínseca de qualquer sistema que pode se manifestar de várias formas e ser quantificada. A energia pode ser transferida de um sistema para outro e ser

transformada, porém mantendo sempre a energia total constante (Princípio da Conservação de Energia).

De que forma a energia está disponível? Energia Potencial Energia Cinética Energia Química Energia Radiante Energia Nuclear Energia Mecânica Energia elétrica

Energia solar e a sua aplicação biológica Do ponto de vista biológico, a energia solar é a principal fonte de energia dos seres vivos e é responsável pela origem da vida em nosso planeta. A energia do sol é resultante de reações

exotérmicas de fusão nuclear, onde núcleos de hidrogênio são fundidos formando núcleos de hélio. Na explosão nuclear, ocorre a radiação eletromagnética cujo espectro varia

amplamente como mostra a figura abaixo. A radiação viaja pelo espaço sideral e ao chegar à Terra, a camada de atmosfera filtra parte dela. A luz visível penetra a atmosfera e,

juntamente com a água, passou a constituir recurso essencial à vida em nosso Planeta.

Extraído e adaptado de

http://www.ufpa.br/ccen/quimica/classificacao%20de%20metodos.htm

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A fotossíntese é um processo biológico onde determinados seres vivos captam a luz visível e a transformam em energia química. Através da reação fotoquímica, as plantas verdes, podem

"aprisionar" a energia solar nas ligações químicas ao sintetizarem moléculas de glicose. Quando a planta precisa de energia, ela quebra as ligações químicas e aproveita a energia

liberada para a realizar vários trabalhos biológicos. Os organismos dotados da capacidade de converter a energia solar em energia química produzindo seus próprios nutrientes são

chamados de autótrofos (plantas verdes, algas verdes e certas algumas bactérias). Os que não podem fazer isso, extraem a energia das ligações químicas de moléculas orgânicas que

fazem parte do corpo de outros organismos. Esses são os heterótrofos, ou seja, todos os demais organismos vivos. Em outras palavras, a fonte de energia dos organismos heterótrofos

são as biomoléculas que formam as células de organismos vegetais, animais ou fungos os quais chamamos de alimento. Assim, ao surgir o primeiro organismo vivo, iniciou-se uma complexa relação de interdependência

Os organismos heterótrofos extraem os

entre todos os seres vivos que habitam o Planeta.

nutrientes

dos alimentos, processando mecânica e quimicamente e disponibilizam a energia para tarefas especificas, por exemplo, a contração

muscular. Durante o trabalho muscular há necessidade de muita energia, fornecida pela hidrólise das moléculas de ATP (adenosina trifosfato) as quais são sintetizadas durante a

quebra de glicose muscular. Na foto abaixo, a alternância entre a contração dos músculos flexores e extensores faz a perna pedalar e movimentar a roda da bicicleta (transformação de

energia química em mecânica). O movimento da roda, por sua vez, aciona um gerador elétrico (transforma a energia mecânica em energia elétrica) cuja eletricidade aciona um motor elétrico que movimenta os pedais e faz o "esqueleto" também pedalar! E assim,

observamos o processo de transformação de energia e a realização de trabalho biológico.

extraído de http://www.seara.ufc.br/se4.htm Além da contração muscular, a energia química na forma de ATP é necessária para várias

outras tarefas biológicas como a biossíntese de macromoléculas, transporte de substâncias através das membrana biológicas, etc.

O ser humano necessita para sua sobrevivência de outros tipos de energia além do alimento?

Sim. Poderíamos viver como os demais animais explorando apenas os recursos naturais e

realizando tarefas biológicas que garantissem a nossa sobrevivência, mas somos uma espécie bem distinta das outras. Somos uma espécie, cuja natureza biológico-cultural, explora a

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energia do meio ambiente não só para o interesse nutricional mas também na busca de aplicações tecnológicas como a produção de energia elétrica para fazer funcionar fábricas,

iluminar as casas, mover os mais diversos meios de transporte (carros, trens, aviões, navios), explorar o espaço, etc.

O petróleo é a principal fonte de energia hoje, porém, não-renovável e o grande desafio da humanidade está em encontrar fontes renováveis para assegurar a nossa sobrevivência.

Alem de pesquisar fontes alternativas de energia precisamos economizá-la. Visite o CONPET (Programa do Ministério de Minas e Energia coordenado por representantes de órgãos do Governo Federal e da iniciativa privada) e saiba sobre os programas educativos

de uso racional de energia.

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