HISTÓRIA DA ARTE 4 iconologia iconografia

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HISTÓRIA DA ARTE

Professora: Drª Miliandre Garcia

Alunos:Jousiane Maisa Manuel Dimitri

Simone Q. Rocha Thiago Ferreira

Erwin Panofsky,1955. SIGNIFICADOS NAS ARTES VISUAIS,

Panofsky graduou-se em 1914 na Universidade de Friburgo, depois de estudar em varias universidades alemãs. E lecionou em universidades alemãs e americanas como, Princeton e Harvard.

Humanitas :

Historicamente, a palavra HUMANITApossui dois significados distintos: O primeiro refere-se a VALOR Espécie e Condição O segundo refere-se a LIMITAÇÃO

Oposto de Divindade

Ciência natural X Humanidades

Na medievalidade não havia distinção entre Ciências Naturais e Humanidades.

Ao definir a obra de arte como “ um objeto feito pelo homem que pede para ser experimentado esteticamente” encontra-se a diferença entre as ciências naturais e as humanas.

HUMANISMO Conjunto de idéias e princípios que

valorizam as ações humanas e os valores morais.

Enquanto o pensamento religioso afirma que Deus e o centro do mundo, os humanista baseiam se na afirmativa de que o homem é o centro do mundo.

As obras passam a valorizar o corpo humano e os sentimentos.

Panofsky considerou que a analise da obra de arte deveria se dividir em três fases, definindo assim as chamadas iconografia e iconologia. Estas três fases são apresentadas de formas separadas, porém elas não quer dizer que elas devem ser aplicadas separadamente.

Iconografia e iconologia

Iconografia: do grego GRAPHEIN, ou seja

ESCREVER Ramo da história da arte que trata

do tema ou mensagem das obras de arte em contraposição a sua forma.

Iconologia

E um método interpretativo advindo mais da síntese que da analise.

A análise iconológica para Panofsky, é constituída de 3 etapas.

ANALISANDO OS FASES

Primeira fase: primário ou natural, subdividido em factual ou expressional.

segunda fase: secundário ou convencional, ou ainda a analise iconográfica.

Terceira fase: Camada da essência ou significado intrínseco ou conteúdo

O ABADE SUGER DE S. DENIS

A Catedral de Saint. Denis

SÃO DENIS

ABADE SUGER

TRÊS COISAS QUE SUGER ACREDITAVA

Um rei era um vigário de Deus; Todo rei da França tinha direito e

dever de aniquilar todas as forças que conduzissem à discórdia;

Essa autoridade central estava simbolizada e até investida na Abadia de S. Denis.

A REFORMA

“ Eram aos vossos erros e não aos de vossos monges , que o zelo dos santos dirigia suas críticas. E, por vossos excessos,não pelos deles essas criticas se inflamam. Era contra vós, não contra a Abadia, que o murmúrio de vossos irmãos se levantava...”

DIONISIO: O Pseudo-Areopagita

Identificado como verdadeiro São Denis; Um dos mais importantes autores

teológicos da época; O universo é criado, animado e unificado

pela perpétua continuidade da “Luz super essencial;

Ascensão do mundo material para o mundo imaterial

Pars nova posterior dum jugitur anteriori,Aula micat medio clarificata suo.Claret enim claris quod clare concopulatur,Et quod perfundit lux nova, claret opusNobile...

Logo que a parte de trás é juntada à parte da frente/ A igreja brilha com sua parte central clarificada./ E claro é o novo edifício invadido pela nova luz

Portarum quisquis atollere quaeris honorem,Aurum nec sumptus,operis mirare laborem...

Quem quer que sejais, se pretendeis exaltar a glória dessas portas,/ Maravilhai-vos não com o ouro ou o custo, mas com a habilidade do trabalho./Clara é a obra nobre; mas, sendo claramente nobre, a obra/ Deveria clarificar as mentes a fim de poderem viajar através das verdadeiras luzes/Para a verdadeira Luz onde cristo é a verdadeira porta...

E um panegirista anônimo escreve:

“Espanto-me com tão imenso espírito em tal corpo,E que tantas e tão grandes qualidades achem acomodação nesse pequeno barco.Mas por este homem a natureza quis provarQue virtude pode se esconder sobre qualquer pele.”

Por que é que Suger, em contraste com tantos outros patronos de arte, sentiu-se compelido a registrar seus feitos no papel?

Suger morreu a 13 de janeiro de 1151, na oitava da Epifania que termina os feriados do Natal. “Não tremeu coma aproximação do fim”, dis Willelmus, “pois consumara sua vida antes de sua morte... Partiu de bom grado, pois sabia que melhores coisas lhe estavam reservadas após o passamento, e não achava que um homem de bem devesse partir como alguém que é expulso, que é posto fora contra a sua vontade”

A ALEGORIADA DA PRUDÊNCIA DE TICIANO: UM PÓS - ESCRITO

Ticiano Vecelli

A alegoria da Prudência

PRAETERITO,PRAESENS E FUTURÃ

(“in praeteritorum recordatione, in praesentium ordinatione, in futurorum meditatione”)

“Prudência” consiste na recordação do passado, na ordenação do presente, na mediação do futuro.

“O conselho sábio leva em consideração o passado, que fornece os precedentes, o presente, que propõe o problema, e o futuro, que prevê as conseqüências.”

Acredita-se que é o rosto na tela Ticiano representa o passado já que contava na época 80 ou 90 anos de idade;

Seu filho Orazio Vecilli, com 45 anos, seria a face que aparece no centro do quadro, representando o presente;

Marco Vecilli, com vinte e poucos anos, seria a representação do futuro.

Ticiano, "Amor Sagrado e Amor Profano" (1514)

TICIANO - BACANAL

“NUMA OBRA DE ARTE, NÃO SE PODE DIVORCIAR ‘FORMA” DE “CONTEÚDO”: A DISTRIBUIÇÃO DE CORES E LINHAS, LUZES E SOMBRAS, VOLUMES E PLANOS, POR APRAZÍVEL QUE SEJA COMO ESPETÁCULO VISUAL, PRECISA TAMBÉM SER COMPREENDIDA COMO CARREGADA DE UM SIGNIFICADO MAIS QUE VISUAL.”

GIORGIO VASARI

• Pintor e Arquiteto Italiano conhecido principalmente por suas biografias de artistas italianos.

• Obteve várias influencias desde muito novo, o que lhe ajudou mais tarde para uma educação mais humanista que lhe foi de grande serventia.

• Em uma visita a Roma em 1529, Vasari estudou o Alto Renascimento romano que era anterior a sua geração. Produziu pinturas maneiristas.

Principais Obras:

• A Parede e o teto da sala principal do Palazzo Vecchio, em Florença.

• E afrescos incompletos, no Domo de Santa Maria del Fiore, a catedral de Florença.

VASARI

•Domo de Santa Maria del Fiore, a catedral de Florença

•Palazzo Vecchio, em Florença.

Primeiro Historiador através de seu livro Vite, que é uma biografia dos principais artistas do Renascimento.

O próprio termo Renascimento surgiu pela primeira vez em seu livro.

VASARI

Em momentos de grave crise histórica se produz gênios.

Momento de grave crise do Modo de Produção Feudal.

Fim do Cavalheirismo Medieval.

Simular ser o que não são, dissimular serem o que são, capazes, enfim, de erigir o blefe, a fraude como seus tópicos principais de comportamento e adoração.

O RENASCIMENTO

“Posso sorrir, e matar enquanto sorrio,E proclamar-me feliz com o que me aflige o coração,

Molhar as minhas faces com lágrimas fingidasE acomodar a minha cara a todas as ocasiões...

Posso acrescentar cores ao camaleão,Mudar de forma mais depressa que Proteu

E mandar para a escola o sanguinário Maquiavel!”

Ricardo II, Ato 3, Cena 5

Shakespeare

O RENASCIMENTO

1. Gioto – Pintor - 1267 a 1337

2. Masaccio – Pintor – 1421 a 1520

3. Leonardo Da Vinci – 1452 a 1564 Rafael d’Anunzio – 1493 a 1520 Michelangelo Buonarotti – 1475 a 1564

Essas três fases são denominadas pelos italianos Trecento, Quatrocento e Cinquecento.

TRÊS FASES DO RENASCIMENTO ARTÍSTICO

Primeiro a usar o termo Renascimento para descrever o florescimento artístico – cultural da Itália do século XV e XVI.

Era usado para identificar não apenas as criações artísticas na pintura, como todo movimento então ocorrido, como a literatura e a ciência, que tomava como modelo e inspiração a cultura da antiguidade clássica.

RENASCIMENTO ARTÍSTICO

Giotto renovava as artes plásticas com suas obras.

O poeta e escritor italiano Francesco Petrarca (1303 – 1374) destacava-se como iniciador do humanismo.

Não por coincidência, ambos anunciavam uma importante mudança no campo da cultura,

denominada pelos historiadores, seguindo a tradição iniciada por Vasari, Renascimento Cultural.

RENASCIMENTO ARTÍSTICO

•Giotto di Bondone (1266-1337)

Pintor e arquiteto italiano. Um dos percursores do Renascimento. Obras principais: O Beijo de Judas, A Lamentação e Julgamento Final.

Francesco Petrarca

Et In Arcadia Ego

Origem Latina

A frase é um “memento mori”

Idealiza pastores da antiguidade clássica

Arcádia

Era uma província da antiga Grécia. Como tempo, se converteu no nome de um país imaginário, criado e descrito por diversos poetas e artistas, sobre tudo do Renascimento e do Romantismo

Neste lugar imaginado reina a felicidade, a

simplicidade e a paz em um ambiente idílico

habitado por uma população de pastores que vivem em comunhão com a natureza

Neste sentido possui quase as mesmas conotações que o conceito de Utopia ou

o da Idade do ouro.

É parte de mitos da Grécia antiga e era mencionado nos contos e nos discursos de alguns sábios como exemplo de vida.

O primeiro aparecimento de uma tumba com uma inscrição comemorativa (a Dafnis) nas paisagens idílicos da Acárdia aparece na obra de Virgilio Bucólicas.

ARTISTAS

Nicolas Poussin Giovanni Francesco Guercino Giovanni Battista Cipriani Jacobo Sannazaro Honoré Fragonard Miguel de Cervantes Lope de Vega Phillip Sydney

Nicolas Poussin

15 de junho de 1594 - 19 de Novembro 1665 – 71 anos

Pintor no estilo clássico

Francês

Suas obras: recursos clareza, lógica eordem, e favorece a linha sobre a cor.

Seu trabalho serve como uma alternativa

dominante ao estilo barroco do século XVII

Passou a maior parte de sua vida trabalhando em Roma, exceto por

um curto período em que o cardeal Richelieu ordenou-lhe voltar à França para servir como primeiro pintor do rei.

(1628 - 1630) Os pastores da Arcadia, Primeira versão de Poussin sobre o

tema

Óleo sobre a tela

Mostrando uma tumba com a mesma inscrição: “Et In Arcadia Ego”

(1637-1638) Os pastores da ArcadiaSegunda versão de Poussin sobre o tema

A obra pertence ao gênero mitológico, alegórico e pastoral e representa a três pastores idealizados e uma dama

dispostosante uma tumba austera.

(1618 - 1622)

Giovanni Francesco Guercino

Obra sobre o mesmo tema. ganha força devido à presença de um crânio no fundo, embaixo do qual estão gravadas as palavras

A partir do quadro de Poussin, Arcadia agora assume a reflexos de uma contemplação melancólica sobre a própriamorte, sobre o fato de que nossa felicidade neste mundo é muito transitória. Mesmo quando achamos que descobrimos um lugaronde reina a paz e a alegria suave, devemos lembrar que isso vai acabar, e que tudo irá desaparecer.

Epílogo

Erwin Panofsky: 1892 - 1968

Foi um crítico e historiador da arte alemão

Método iconológico

Três décadas de história da arte nos Estados Unidos

Abandonou a Alemanha quando osnazistas tomaram o poder em 1933

(era de ascendência judia) e instalou-se nos Estados Unidos, para onde havia

viajado como professor convidado em 1931.

Entre 1926 e 1933 foi professor na Universidade de Hamburgo, onde havia começado a lecionar em 1921.

Professor no Instituto para Estudos Avançados da Universidade de Princeton (1935-1962), mas também trabalhou nas universidades de Harvard (1947-1948) Nova Iorque (1963-1968)

“História da Arte é uma ciência em que se definem três momentos inseparáveis do ato interpretativo das obras em sua globalidade:

aleitura no sentido fenomênico da imagem; ainterpretação de seu significado iconográfico; e a penetração de seu conteúdo essencial como expressão de valores.”

Referências Bibliográficas

PANOFSKY, Erwin. Significado nas artes visuais. Ed. Perspectiva S.A. São Paulo.1976.

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