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FACULDADE DE TECNOLOGIA SÃO FRANCISCO - FATESF GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO Análise dos processos de embarque do aeroporto de São José dos Campos segundo o método da INFRAERO Aroldo Borges Diniz Neto Felipe Loreto Diniz Orientadores: Prof. José Carlos Tomé de Freitas Prof. Dr.Flávio E. N. Hegenberg Trabalho de Conclusão de Curso

FACULDADE DE TECNOLOGIA SÃO FRANCISCO -FATESF

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FACULDADE DE TECNOLOGIA

SÃO FRANCISCO - FATESF

GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

Análise dos processos de embarquedo aeroporto de São José dos Campos

segundo o método da INFRAERO

Aroldo Borges Diniz Neto

Felipe Loreto Diniz Orientadores: Prof. José Carlos Tomé de Freitas

Prof. Dr.Flávio E. N. Hegenberg

Trabalho de Conclusão de Curso

Jacareí – SP

FACULDADE DE TECNOLOGIA

SÃO FRANCISCO - FATESF

GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

Análise dos processos de embarquedo aeroporto de São José dos Campos

segundo o método da INFRAERO

Aroldo Borges Diniz Neto

Felipe Loreto Diniz

Orientadores: Prof José Carlos Tomé de Freitas

Prof. Dr. Flávio E. N. Hegenberg

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Faculdade de Tecnologia

São Francisco – FATESF, para

graduação em Administração.

Jacareí – SP

1º Semestre de 2014

FACULDADE DE TECNOLOGIA

SÃO FRANCISCO - FATESF

GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

Título: Analise dos processos de embarque do aeroporto de São José dos Campos segundo o método da INFRAERO

Aluno: Aroldo Borges Diniz Neto

Felipe Loreto Diniz

MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA

__________________________________

__________________________________

__________________________________

Orientadores: Prof. José Carlos Tomé de Freitas

Prof. Dr.

Flávio E. N. Hegenberg

Jacareí, _____ de ______ de 2014.

Dedicatória

Dedicamos esse trabalho aos

nossos pais, familiares e

amigos por toda a colaboração e

pela paciência para a conclusão

desse trabalho.

Agradecimentos

À Faculdade de Tecnologia São Francisco.

Aos orientadores Professores José Carlos Tomé de Freitas

E Flávio E. N. Hegenberg pelo acompanhamento pontual,competente e dedicado.

Aos professores do Curso de Graduação de Administração.

““O nível de serviço de umterminal de passageiros

(TPS) em aeroportos é um

tema de especial

relevância para operadores

de aeroportos e empresas

aéreas.”

Thiago Araújo Fiorio

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo uma análise dos processos

de embarque do aeroporto de São José dos Campos (SJK) com o

intuito de verificar se suas dimensões atendem o fluxo de

pessoas que transitam no mesmo O trabalho mostrou que a

infraestrutura do aeroporto de São José dos Campos não

comporta a crescente demanda dos últimos anos, tendo em vista

que a capacidade do aeroporto (90mil passageiros por ano) foi

superada em junho de 2012 e, segundo a Infraero, a previsão é

que neste ano de 2014 o número de passageiros seja o dobro da

capacidade suportada. Para isso foi calculada a área de alguns

componentes do terminal de passageiros utilizando o método da

INFRAERO. Dessa forma o trabalho mostrou que a área destinada

para os balcões de “check in” é suficiente para suprir a demanda

atual, e que sua disposição de balcões é mal distribuida. O

salão de desembarque se mostrou insuficiente para comportar a

demanda atual, o que demonstra a necessidade de investimento

com o objetivo de suprir essa deficiência, como analisado no

artigo Diniz et al. (2011) Avaliação dos processos de embarque

do aeroporto de São José dos Campos.

Palavras-Chave: Aeroporto. Infraestrutura. Capacidade

Aeroportuária. INFRAERO

ABSTRACT

This paper aims an analysis of the boarding processes of

the airport of São José dos Campos (SJK) in order to verify if

the dimensions meet to the flow of persons. The work showed

that the infrastructure of the airport of São José dos Campos

does not include the increasing demand in recent years, given

that the capacity of the airport (90mil passengers per year)

was surpassed in June 2012 and, according to INFRAERO, the

prediction is that this year (2014) the number of passengers

will be the double of the supported capacity. For this the

area of some components of the passenger terminal was

calculated using the method of Infraero. The study showed that

the area intended for counters "check in" is sufficient to

meet current demand and the apportionment of the counters have

a bad distribute . The hall of landing proved insufficient to

accommodate current demand, which demonstrates the need for

investment in order to overcome this deficiency like we saw at

the article Diniz et al. (2011) Avaliação dos processos de

embarque do aeroporto de São José dos campos.

Keywords: Airport. Infrastructure. Flight capacity. INFRAERO

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Etapas do processo de fabricação de tintas.

Tabela 2: Resíduos gerados nos diferentes setores da fábrica

de tintas e o destino dado aos mesmos.

Tabela 3: Energia elétrica utilizada nas instalações e

maquinários.

Tabela 4: Principais usos da água na fábrica de tintas.

Tabela 5: Alternativas de minimização de custos para a fábrica

de tintas estudada.

Tabela 6: Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Tabela 7: Possíveis resistências encontradas pela empresa e

suas resoluções.

Tabela 8: Custos ocasionados à empresa em estudo pela

implementação de melhorias considerando o aspecto ambiental.

Tabela 9: Economia obtida no setor administrativo pela

implementação de melhorias

considerando o aspecto ambiental.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Planta Baixa da Fábrica de Tintas em estudo.

Figura 2: Fluxograma do Processo de Fabricação de tintas da

empresa em estudo.

Figura 3: Pesquisa de levantamento de opinião sobre “tintas

ecológicas”.

Figura 4: Opinião sobre as marcas que não são “ecológicas”.

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANAC Agência Nacional de Aviação Civil.

BH Belo Horizonte.

CBWT Curitiba.

COMAR Comando Aéreo Regional.

FAA Federal Aviation Administration.

IATA International Air Transport Association.

ICAA International Civil Airports Association.

Infraero Empresa Brasileira de Infra-Estrutura

Aeroportuária.

SJC São José dos Campos.

SJK Sigla IATA do Aeroporto de São José

dos Campos.

Pax Passageiros.

TPS Terminal de passageiros.

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO................................................13

2. OBJETIVO.................................................15

3.REVISÃO DA LITERATURA.....................................16

3.1Infraestrutura Aeroportuária........................ 16

3.2 Definição Literatura................................13

3.3História da Aviação Civil........................ 19

3.4 História da Aviação Civil Brasileira................23

3.5 Aviação Regional....................................25

3.6 Influência da infraestrutura no crescimento da aviação

regional...................................................27

4.MATERIAL E MÉTODOS........................................29

4.1 Metodologia para o dimensionamento FAA..............31

4.2 Metodologia para o dimensionamento IATA.............32

4.3 Metodologia de dimensionamento INFRAERO.............33

4.4 Metodologia para o dimensionamento ICAA.............36

4.5.Análise de ambiente ............................37

5.RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................39

6.

CONCLUSÃO ....................................................

...................................................45

7.BIBLIOGRAFIA ...............................................

.......................................................46

8.ÁPENDICE .............................................................................................................49

9.ANEXO................................................................................................................... 56

1. INTRODUÇÃO

O Brasil tem uma extensão de mais de 8.000.000 km² sendo o

quinto país em extensão territorial. Esta grande extensão

favorece o modal aéreo, pois é o modal mais indicado para

viagens de longas distâncias em um curto período de tempo.

Porém, isso não é o que acontece.

Com a escolha do Brasil como sede da Copa do mundo de 2014

e das Olímpiadas de 2016, os meios de transporte estão em

evidência pelos problemas que apresentam: má conservação das

estradas, apagão aéreo, o constante congestionamentos,

incompatibilidade das aeronaves com os aeroportos do país,

entre outros. Dos problemas citados o que mais preocupa é o

ligado ao setor aeroportuário, que apresenta uma saturação

muito elevada em várias cidades.

Nos dizeres de (Diniz et al, 2011) esses eventos acarretam

em um aumento da demanda nesses aeroportos, com os turistas

internacionais que virão. Além dos eventos citados, as férias

de julho ocorrem durante a realização dos mesmos, o que pode

agravar ainda mais o problema levando em conta que esse será

um momento de pico para as agências de viagem.

A cidade de São José dos Campos está localizada entre duas

das principais cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro.

São José dos Campos possui um aeroporto que é caracterizado

predominantemente por viagens de negócios sendo uma importante

ligação entre as cidades acima citadas.

Com o grande crescimento da demanda ao longo dos últimos

anos no aeroporto, surgiu a necessidade de analisar o terminal

de passageiros do aeroporto com a finalidade de verificar se o

mesmo suporta a elevação de demanda que vem ocorrendo nos

últimos anos. O trabalho apresenta inicialmente os métodos de

dimensionamento consagrados pela literatura. Em seguida foram

realizadas visitas técnicas com a finalidade de verificar a

situação do aeroporto de São José dos Campos e, para coleta de

dados, foram entrevistados os administradores do aeroporto. Em

seguida foi realizada a aplicação do método proposto para a

avaliação da capacidade do terminal de passageiros, por fim

esse trabalho foi comparado com o artigo criado por (Diniz et

al Avaliação dos processos de embarque do aeroporto de São

José dos Campos., 2011 )

Esse trabalho tem enfoque nos processos de “check in” e do

salão de embarque, pois são alguns dos fatores que geram

atrasos nos voos devido a falta de capacidade do aeroporto de

processar rapidamente as bagagens dos passageiros no seu

embarque e no seu desembarque. Temos como exemplo o ocorrido

do dia 10 de dezembro de 2011, onde o voo 3583 da TAM, que

vinha de Brasília com destino a São Paulo (aeroporto de

Guarulhos), devido a problemas na pista de pouso, viu-se

obrigado a redirecionar seu plano de pouso, para o aeroporto

do Galeão no Rio de Janeiro, para depois retornar ao

aeroporto de Guarulhos, pois o aeroporto de Cumbica estava

lotado e o aeroporto de São José dos Campos não possuía a

infraestrutura necessária para comportar um voo desse porte.

Dito isso, escolheu - se como tema do trabalho a

infraestrutura do aeroporto de São José dos Campos.

2. OBJETIVO

O objetivo deste estudo é o cálculo da área da sala de

embarque, do aeroporto de São José dos Campos onde estão

localizados os balcões de “check in” com a finalidade de

analisar se os mesmos suportam a demanda existente.

3.REVISÃO LITERATURA

3.1 Infraestrutura Aeroportuária

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC, 2010), um aeródromo é

definido como “uma aérea destinada para uso no todo ou em parte, para pouso,

decolagem e movimentação de aeronaves; isto inclui quaisquer edificações,

instalações e equipamentos de apoio e de controle das operações aéreas, se

existirem” Isso inclui os aeroportos, (também definidos pela ANAC), significando “um

aeródromo público dotado de edificações, instalações e equipamentos para

apoio às operações de aeronaves e de processamento de pessoas e/ou cargas.” O

Brasil é apenas o nono na lista dos principais países em movimentação de

passageiros segundo o Airport Council International (ACI - World

Airport Traffic Report 2007). O transporte aéreo no Brasil apresenta uma

série de problemas, como na sua abrangência, tendo em vista que várias cidades

não são atendidas com um transporte aéreo regular, na qualidade dos serviços

prestados, e principalmente em sua pontualidade e na sua segurança

(DEMANT,2011).

3.2 Definição LiteraturaDe acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica,

instituído pela Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, e

modificado pela Lei nº 9.614, de 5 de março de 1998, no seu

artigo 25, define a infraestrutura como: ”um conjunto de

órgãos ações ou estruturas terrestres de apoio à navegação

aérea, para promover-lhe a segurança, regularidade e

eficiência, compreendendo:

I. o sistema aeroportuário.

II. o sistema de proteção ao voo.

III. o sistema de segurança de voo.

IV. o sistema de Registro Aeronáutico Brasileiro.

V. o sistema de investigação e prevenção de acidentes

aeronáuticos.

VI. o sistema de facilitação, segurança e coordenação do

transporte aéreo.

VII. o sistema de formação e adestramento de pessoal

destinado à navegação aérea e à infraestrutura

aeronáutica.

VIII. o sistema de indústria aeronáutico.

IX. o sistema de serviços auxiliares.

X. o sistema de coordenação da infraestrutura

aeronáutica.

Este trabalho tem enfoque apenas no item I, o sistema

aeroportuário, que é expresso no artigo 26 do mesmo código

como: “O sistema aeroportuário é constituído pelo conjunto

de aeródromos brasileiros, com todas as pistas de pouso,

pistas de táxi, pátio de estacionamento de aeronave,

terminal de carga aérea, terminal de passageiros e as

respectivas facilidades”.

O Brasil, segundo a (ANAC, 2010), possuía 3500

aeródromos (sendo desses 742 públicos.). Os aeródromos

públicos são administrados por diferentes órgãos (figura

1) como:

Infraero – Empresa Brasileira de Infraestrutura

Aeroportuária.

C O M A R - Comando Aéreo Regional .

Estados.

Municípios.

Aeroclubes

Empresas.

Exército.

Figura 1: Aeroportos públicos.

Fonte: Agencia Nacional de Aviação Civil

(ANAC, 2009).

Figura 2: Aeroportos públicos no Brasil.

Fonte: Agencia Nacional de Aviação Civil (ANAC, 2009).

Os aeroportos estão concentrados nas áreas do país ondesão apresentadas a maior concentração de população. A regiãoSul/Sudeste que apresentam a maior densidade demográficaapresenta o maior número de aeroportos. A região norte que é aque apresenta a menor densidade populacional, é a região ondeapresenta a menor concentração de aeroportos.

Figura 3 apresenta os aeroportos que possuem rotas

regulares. A partir da comparação das duas figuras algumas

observações serão feitas.

Figura 3– Tráfego Regular.

Fonte: (Hotran, 2008).

O número de aeroportos com trafego regular é muito menor

que o numero de aeroportos. Para se estabelecer um rota

regular, como vamos ver mais a frente, é necessário que

diversos fatores sejam atendidos: densidade populacional,

custo infraestrutura (entre outros muitos fatores que

influenciam a criação das rotas e a vinda das empresas aéreas

para os aeroporto).

3.3 Breve História da Aviação Civil

Deixando de discorrer sobre a pré-história da aviação,

sonho dos antigos egípcios e gregos, que representavam alguns

de seus deuses por figuras aladas, e passando por sobre o

vulto de estudiosos do problema, como Leonardo da Vinci, que

no século XV construiu um modelo de avião em forma de pássaro,

pode-se localizar o início da aviação nas experiências de

alguns pioneiros que, desde os últimos anos do século XIX,

tentaram o voo de aparelhos então denominados “mais pesados do

que o ar”, para diferenciá-los dos balões, cheios de gases,

mais leves do que o ar (ANAC, 2009).

Ao contrário dos balões, que se sustentavam na atmosfera

por causa da menor densidade do gás em seu interior, os aviões

precisavam de um meio mecânico de sustentação para que se

elevassem por seus próprios recursos. O brasileiro, Santos

Dumont foi o primeiro aeronauta que demonstrou a viabilidade

do voo do “mais pesado do que o ar”. O seu voo no "14-Bis" em

Paris, em 23 de Outubro de 1906, na presença de inúmeras

testemunhas, constituiu um marco na história da aviação,

embora a primazia do voo em avião seja disputada por vários

países. Entre os aeronautas pioneiros, podemos citar: Gabriel

Voisin, Louis Blériot, Wilbur e Orville Wright, Trajan Vuia e

Henry Farman (INFRAERO, 1988).

No período de 1907 a 1910, Santos Dumont realizou inúmeros

voos com o monoplano Demoiselle Patrono da Aeronáutica e da

Força Aérea Brasileira, onde recebeu a patente de Marechal-do-

Ar, faleceu em São Paulo em 1932 sendo considerado, até hoje,

o brasileiro que mais se destacou a nível mundial na história

da aviação (INFRAERO, 1988).

Ao voo de Santos Dumont seguiu-se um período de competição

entre países da Europa e os Estados Unidos, na conquista de

recordes de velocidade e distância. Com a Primeira Guerra

Mundial, a aviação tomaria considerável impulso, em virtude do

uso dos aviões como arma de grande poder ofensivo, mas seria

na década de 1920/30 que esse avanço se consolidaria.

Desde antes da Primeira Guerra Mundial, atravessar o Atlântico

sem escalas era a meta dos aeronautas e projetistas de aviões.

Em 1919, Raymond Orteig, de Nova Iorque, ofereceu um prêmio de

US$ 25.000,00 a quem voasse de Nova Iorque a Paris, sem

escalas. De fins de 1926 até 1927 vários aviadores norte-

americanos e franceses tentaram a conquista do prêmio.

Finalmente, venceu a prova um piloto do correio aéreo, Charles

Lindbergh.

Nos três anos seguintes, foram realizados muitos outros

voos sobre o Atlântico, inclusive a primeira travessia feita

por uma mulher, Amélia Earhart, em junho de 1928, juntamente

com dois outros pilotos. Quatro anos depois a aviadora norte-

americana voaria sozinha, atravessando o Atlântico.

Em 1931, Wiley Post e Harold Gatty fizeram a primeira

viagem relativamente rápida ao redor do mundo, no monoplano

"Winnie Mae": percorreram 15.474 milhas em 8 dias e 16 horas.

Em 1933, Post realizaria sozinho o voo ao redor do mundo em 7

dias e 19 horas. Em 1938, Howard Hughes faria, num bimotor, a

volta ao mundo em 3 dias e 19 horas(Mallagutti, 2010).

O transporte internacional passou a ser utilizado em larga

escala depois da Segunda Guerra Mundial, por aviões cada vez

maiores e mais velozes. A introdução dos motores a jato,

usados pela primeira vez em aviões comerciais (Comet), em

1952, pela BOAC (empresa de aviação comercial inglesa), deu

maior impulso à aviação como meio de transporte. No fina da

década de 1950, começaram a ser usados os Caravelle, a jato,

de fabricação francesa (Marcel Daussaud/Sud Aviation). Nos

Estados Unidos, entravam em serviço em 1960 os jatos Boeing

720 e 707 e dois anos depois o Douglas DC-8 e o Convair 880.

Em seguida apareceram os aviões turbo-hélices, mais econômicos

e de grande potência. Soviéticos, ingleses, franceses e norte-

americanos passaram a estudar a construção de aviões

comerciais cada vez maiores, para centenas de passageiros e a

dos chamados "supersônicos", a velocidades duas ou três vezes

maiores que a do som. Nesse item dos supersônicos, as estrelas

internacionais foram o Concorde (franco-britânico) e o Tupolev

(russo), que transportavam 144 passageiros e voaram até os

anos 90, mas devido aos elevados custos de manutenção,

passagens e combustíveis acabaram por ter as suas produções

suspensas (IATA, 1988).

No final da década de 60 e início da década de 70

surgiram modelos capazes de transportar até 400 passageiros,

como o Boeing 747, o Douglas DC-10, o Lockheed Tristar L-1011

- todos norte-americanos, e mais recentemente, o Airbus

(consórcio europeu), além do Douglas MD-11 e os Boeing 767 e

777 - também norte-americanos. Os supersônicos comerciais, o

Tupolev 144 e o Concorde iniciaram linhas regulares, tendo

sido a primeira inaugurada em Janeiro de 1976, que cobria o

percurso Rio de Janeiro - Paris em menos de sete horas,

considerando uma escala em Dacar, para reabastecimento (em

aviões comerciais regulares o voo dura por volta 11 horas, sem

escalas). Este voo era efetuado pela companhia aérea francesa

Air France. A velocidade exigia uma aerodinâmica compatível,

os aviões eram estreitos. A Air France, a British Airways e a

Aeroflot (russa) operaram essas aeronaves. A rota mais

badalada era Paris - Nova Iorque, feita em apenas 4h30m. No

final também houve interesse dos sheiks árabes, para onde

foram realizados alguns voos. Um Concorde da Air France acabou

caindo em Paris após decolagem no Aeroporto Charles de Gaulle

e a empresa francesa acabou antecipando a suspensão dos voos

com essa aeronave (Picorreli, 2010).

No final do século XX, a Boeing (americana) e a Airbus

(europeia) passaram a dominar o mercado mundial de grandes

jatos. A Boeing incorporou a Douglas, a Lockheed produz apenas

aviões militares e outras novas empresas chegaram ao mercado

internacional com força, como a holandesa Fokker, a brasileira

Embraer e a canadense Bombardier. A Fokker produziu muitas

aeronaves boas, anos a fio, mas o destaque foi o Fokker 100

(Mk-28) utilizado no Brasil pela TAM e depois pela Avianca

(ex-OceanAir) durante dezenas de anos. Acabou falindo há

alguns anos. A Embraer é destaque internacional e passou a

produzir aeronaves para rotas regionais e comerciais de

pequena e média densidades, utilizando os modelos 175, 190 e

195, bastante utilizadas no Brasil, Europa e Estados Unidos.

Os modelos 190 e 195 ocuparam um espaço que eram do Boeing

737.300, 737.500, DC-9, MD-80/81/82/83 e Fokker 100 e a

companhia brasileira é hoje a 3ª maior indústria aeronáutica

do mundo, com filiais em vários países (inclusive China)

(ANAC, 2010).

A partir de 2009 começaram a voar comercialmente os

gigantes Airbus A-380, de dois andares, e capacidade para

quase 500 passageiros e o Boeing 747-8, seu concorrente (uma

evolução do Boeing 747.400). Destaque também para o Boeing 787

Dreamliner que é feito com partes plásticas e novos produtos

desenvolvidos pela NASA chamados "composites" que, segundo a

fabricante norte-americana, trará maior durabilidade e

diminuição de peso (com consequente menor consumo de

combustíveis e aumento na capacidade para passageiros e

cargas). O mercado de jatos executivos também está em alta há

alguns anos e os maiores mercados são Estados Unidos, Brasil,

França, Canadá, Alemanha, Inglaterra, Japão e México, pela

ordem. Novamente a Embraer é destaque nesse segmento apesar de

disputar ferozmente esse mercado com outras indústrias

poderosas, principalmente a canadense Bombardier. A Embraer

está desenvolvendo também uma aeronave militar, a jato,

batizada de KC-390, que substituirá os antigos Hércules C-130,

da Força Aérea Brasileira a partir de 2015. Para essa aeronave

a Embraer já soma algumas centenas de pedidos firmes e

reservas (INFRAERO, 2009).

3.4 História da Aviação Civil BrasileiraA aviação iniciou-se no Brasil com um voo de Edmond

Plauchut, a 22 de Outubro de 1911. O aviador, que fora

mecânico de Santos Dumont em Paris, decolou da praça Mauá,

voou sobre a avenida Central e caiu no mar, da altura de 80

metros, ao chegar à Ilha do Governador (ANAC, 2010).

Em 17 de Junho de 1922, os portugueses Gago Coutinho e

Sacadura Cabral chegaram ao Brasil, concluindo seu voo

pioneiro, da Europa para a América do Sul. E em 1927 seria

terminada, com êxito, a travessia do Atlântico, pelos

aviadores brasileiros, João Ribeiro de Barros e Newton Braga,

no avião "Jaú", hoje recolhido ao Museu Ipiranga (Picorreli,

2010).

Iniciou-se a aviação comercial brasileira em 1927. A

primeira empresa no Brasil a transportar passageiros foi a

Condor Syndikat, no hidroavião "Atlântico", ainda com a

matrícula alemã D-1012. A 1° de janeiro desse ano, transportou

do Rio de Janeiro para Florianópolis o então Ministro da

Viação e Obras Públicas, Vitor Konder e outras pessoas. A 22

de fevereiro, iniciava-se a primeira linha regular, a chamada

"Linha da Lagoa", entre Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande.

Em junho de 1927, era fundada a Viação Aérea Rio-Grandense

(VARIG), sendo transferido para a nova empresa o avião

"Atlântico", que recebeu o prefixo nacional P-BAAA. A 1° de

dezembro do mesmo ano, a Condor Syndikat, que acabara de

inaugurar sua linha Rio - Porto Alegre, era nacionalizada, com

o nome de "Sindicato Condor Limitada", mas tomaria, durante a

Segunda Guerra Mundial, o nome de Serviços Aéreos Cruzeiro do

Sul (absorvida nos anos 80 pela VARIG).

Em novembro de 1927, inaugurando a linha para a América do

Sul da nova companhia francesa Aeropostale, chegava ao Rio de

Janeiro, Jean Mermoz, que se tornaria o mais famoso aviador da

época (INFRAERO, 2009).

Em 1929, a Nova Iorque - Rio - Buenos Aires Line

(Nyrba) iniciava o serviço aéreo entre essas duas cidades e o

Brasil, tendo sido fundada no Brasil a Nyrba do Brasil S.A.,

com linha semanal entre Belém e Santos, e que se transformaria

na Panair do Brasil, extinta em 1965 (Picorreli, 2010).

A fundação do Aerolóide Iguaçu, com linha inicial

São Paulo - Curitiba e logo se estendendo a Florianópolis,

marcou o ano de 1933. Em novembro de 1933 era fundada por 72

empresários, a Viação Aérea São Paulo - VASP, que iniciaria em

1936 o voo regular entre o Rio e São Paulo, a linha de maior

tráfego da aviação brasileira.

A extensão do país e a precariedade de outros

meios de transporte fizeram com que a aviação comercial

tivesse uma expansão excepcional no Brasil. Em 1960, o país

tinha a maior rede comercial do mundo em volume de tráfego

depois dos Estados Unidos.

Na década de 1950, operavam cerca de 16 empresas

brasileiras, algumas com apenas dois ou três aviões e fazendo

principalmente ligações regionais. Se destacava na Amazônia, a

então. Serviços Aéreos do Vale Amazônico - SAVA S.A, com sede

em Belém, fundada pelo Comandante Muniz e que com a ajuda do

seu amigo e futuro Ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Eduardo

Gomes, conseguiu a concessão presidencial para voos regulares

de passageiros, cargas e malas postais.

A crise e o estímulo do governo federal às fusões

de empresas reduziram esse número para apenas quatro grandes

empresas comerciais (VARIG, VASP, TransBrasil e Cruzeiro).

Muitas cidades pequenas saíram do mapa aeronáutico, mas ainda

nessa mesma década organizaram-se novas empresas regionais

utilizando, inicialmente, os aviões turbo-hélices fabricados

no Brasil pela Embraer, Bandeirante EMB-110 e o Brasília

(ANAC, 2010).

A VARIG absorveu a Cruzeiro e adquiriu outras

empresas regionais, se transformando, no início do século XXI,

como a maior transportadora da América Latina e a então

regional TAM, dirigida pelo Comandante Adolfo Rolim Amaro -

falecido em Julho de 2001 em acidente de helicóptero no

Paraguai -, assumiu o posto de segunda maior empresa do

continente sul-americano. Entretanto muita coisa mudou no

início do século (Picorreli, 2010).

A Transbrasil paralisou as suas atividades no final de

2001, teve pedido de falência protocolado pela General

Electric (aluguel de turbinas) e, em seguida, foi a vez da

VASP, que parou por decisão judicial.

A VARIG, também com dificuldades financeiras, foi dividida

em diversas empresas menores e a novata GOL - Linhas Aéreas

Inteligentes, assumiu o que a companhia gaúcha tinha de

melhor. Diversas empresas menores foram criadas e outras

regionais ampliadas (ANAC, 2009).

No ano de 2010 se pôde observar um cenário totalmente

diferente: A TAM assumiu o posto de maior empresa aérea da

América Latina e maior operadora de aeronaves Airbus do

hemisfério sul do planeta, com mais de 150 aviões; a GOL opera

mais de 100 modernas aeronaves Boeing e disputa o mercado

interno em igualdade de condições com a TAM além de voar para

uma dezena de cidades na América do Sul e Central; a AZUL

iniciou sua rotas, com base operacional em Campinas (SP),

utilizando aeronaves fabricadas pela EMBRAER e pela ítalo-

francesa ATR; a TRIP se transformou numa boa companhia (a TAM

possui uma parte do seu capital social); a WEBJET, após muitos

problemas operacionais, acabou se firmando quando foi

adquirida pelo Grupo CVC; a Pantanal foi vendida para a TAM e

deve sumir após mais alguns anos e outras menores já atuam por

todo o país (Picorreli, 2010).

O mercado brasileiro vem crescendo a taxas

superiores às do resto do mundo e os aeroportos não mais

suportam o movimento trazendo transtornos aos mais de 150

milhões de passageiros que embarcaram em seus aeroportos em

2010. Há uma discussão sobre a privatização da INFRAERO, que

não presta um serviço adequado, e foi criada uma secretaria

especial para cuidar da aviação civil do país (em 2011).

Também há de se destacar que diversas empresas

internacionais passaram a voar para outras cidades brasileiras

que não São Paulo e Rio de Janeiro (principalmente Brasília,

Porto Alegre, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Fortaleza).

As principais companhias a voar para outras capitais

brasileiras são a TAP (Portugal), COPA (Panamá), LAN (Chile),

Iberia (Espanha), Pluna (Uruguai) e Aerolineas Argentinas

(Argentina).

Com a disputa da Copa do Mundo (2014) e das Olimpíadas

(2016) no Brasil espera-se uma explosão no aumento do volume

de passageiros, cargas e voos no país e o governo federal

trabalha para conseguir atender a essa crescente demanda

(ANAC, 2009).

3.5 Aviação RegionalCom a introdução de aeronaves modernas e com um porte

maior (turbo hélice e jatos) as empresas aéreas tiveram que

mudar as suas linhas para as cidades de maior expressão em que

o mercado viabilizasse a utilização das mesmas. As cidades do

interior que não possuíam capacidade e, em sua maioria,

possuíam um aeroporto que não comportava esses tipos de

aeronaves, pois as pistas não eram pavimentadas sendo na época

atendidas por aeronaves de pequeno porte, deixaram de receber

esse serviço. Atento a isso a aviação Regional surgiu por meio

do decreto de n.º 76.590 de 11 de novembro de 1975, e

modificado pelo do decreto de n.º 98.996 de 2 de março de 1990

(veja anexo).

O termo regional, se for procurado no dicionário da língua

portuguesa, é definido como algo que pertence ou próprio de

uma determinada região.Dito isso a aviação regional é um ramo

da aviação civil que visa atender uma ou mais regiões,

servindo de ligação dos os grandes centros e dos os polos

regionais com as pequenas cidades do interior (VELÁSQUEZ,

2004).

Bettini (2007) define aviação regional como uma linha

regular que se utiliza de aeronaves com capacidade menor que

100 passageiros e que faz ligação com cidades em que o número

de passageiros por unidade de tempo é baixa. Esse conceito de

aviação regional é difuso, pois é comum encontrar empresas

aéreas regionais utilizando aeronaves com capacidade maior que

100 passageiros e que atuam em cidades com densidade elevada

de tráfego; também é comum ver empresas aéreas de porte

nacional atuando em aéreas consideradas de tráfego regional.

A aviação regional leva em conta três elementos como

base:1º as economias de densidade, pois seus custos não são

mensurados pelo seu total mas sim pelo custo do assento-

quilômetro, em cidades onde há densidade econômica elevada,

as empresas regionais enfrentam a concorrência das grandes

empresas que conseguem devido a sua capacidade oferecer preços

mais competitivos , 2º fator levado como base é a exposição a

outros modais alternativos que podem servir para a realização

da viajem, fazendo com que o consumidor não pense apenas em

fazer ou não fazer a viajem, mais que também pondere quais as

vantagens em relação aos outros modais levando em conta

diversos fatores que podem influenciar em sua decisões , preço

, distância, tempo entre outros (Bettini, 2007).

A empresas aéreas regionais tendem, portanto, a se

instalar onde a exposição a outros modais substitutos não seja

alta, e onde grande parte da população, priorize o seu tempo

em detrimento aos demais fatores que podem influenciar em sua

decisão para viabilizar economicamente sua instalação no local

e por fim o terceiro elemento levado em consideração é a

suplementação tarifaria proposta em 2003, que tinha o intuito

de estabelecer uma tarifa nacional que comporia um fundo que

subsidiaria as linhas aéreas de menor demanda atendidas pelas

empresas regionais, criando a possibilidade de que pudessem

ser criadas mais rotas regulares, pois com o subsidio, haveria

a possibilidade da diminuição dos preços das passagens aéreas,

tornando o preço mais acessível e mais atraente para a

população levando a uma vantagem na disputa com os demais

modais (Bettini, 2007).

3.6 Influência da infraestrutura no crescimento da aviação regional A infraestrutura de um aeroporto é o meio pela qual os

passageiros tem acesso ao voo. (DEMANT, 2011), aponta como um

dos problemas para o congestionamento dos aeroportos o tamanho

do terminal de passageiros, pode – se dizer que a

infraestrutura é uma barreira estrutural, pois ela gera custo

ou reduz a atratividade da oferta por parte das empresas

entrantes.

A infraestrutura brasileira é vista por um conceito

estratégico é necessária para que as empresas se desenvolvam,

criando um plano de expansão e posicionando a sua estratégia,

vista por esse lado (DEMANT, 2011) afirma que a melhoria da

infraestrutura esta diretamente ligada com o desenvolvimento

das empresas de aviação regional.

(DEMANT, 2011) apresenta 3 problemas que influenciam a

operação de novas companhias aéreas em um aeroporto:

1. Controle de slots.

2. Alta utilização dos portões de embarque e desembarque.

3. Controles dos portões de embarque e desembarque.

No caso da aviação regional, no número de slots, espaços

para pouso ou decolagem já sem encontram ocupados pelas

empresas aéreas já estabelecias. A falta de espaço serve de

barreia para as empresas entrantes, A mesma estratégia pode

ser usada quando pensamos no controle dos portões de embarque

e desembarque. Um problema ainda mais sério é a falta de

condições de acomodar aviões de maior porte em suas

instalações, o que, nesse caso, inviabiliza a entrada de

novas empresas.

Pode – se afirmar que um investimento em infraestrutura

poderia reduzir as barreiras para as empresas aéreas

incentivando novos entrantes, atraindo novas empresas e

desenvolvendo o setor no país. Pensando em termos de

estratégia empresários tendem a reduzir a entrada em mercados

onde a infraestrutura se mostra inviável ou mesmo custosa.

“A infraestrutura aeroportuária influencia a oferta de

tráfego aéreo regional “ :

“Cidades com melhor infraestrutura tendem a apresentar maior

tráfego” (DEMANT, 2011).

4. MATERIAL E MÉTODOS

Primeiro as metodologias existentes na literatura serão

estudadas, e uma será escolhida e utilizada, sendo elas (FAA,

1988), INFRAERO, 1988), (IATA, 1975) e (ICAA, 2005). Será

verificada a infraestrutura do aeroporto de São José dos

Campos e capacidade de passageiros medindo seu fluxo e tempos

de espera em fila. Foram feitas cinco visitas técnicas, onde

foram entrevistados os funcionários responsáveis pelo

aeroporto a fim de obter as informações necessárias para o

trabalho, após o processamento desses dados foram feitas

visitas com o intuíto de verificar a fila de processamentos,

número de passageiros que passaram pela fila e o tempo de

processamentos de “check in”. Após a coleta e processamentos

desses dados, a metodologia escolhida (INFRAERO,1988) foi

aplicada, os resultados obtidos foram avaliados e comparados

com o estado atual do aeroporto de São José dos Campos.

Neste capítulo serão apresentadas os ferramentais

metodológicos que podem ser utilizada para o cálculo do nível

de serviço do aeroporto de São José dos Campos (SJK).

Segundo (Alves, 2012) por identificação da demanda

entende-se o processo de situar a demanda por facilidades do

TPS quanto ao volume/fluxo, à distribuição temporal e ao tipo

de voo em questão (trânsito – conexão, origem e destino, voos

internacionais e domésticos, etc.). Esta demanda é fundamental

para se determinar a necessidade de instalações.

A avaliação da capacidade de um terminal de passageiros é

requisito fundamental para planejadores e operadores de

aeroportos. A proposta da avaliação é verificar se os recursos

existentes comportam a demanda existente ou ira comportar a

demanda projetada, enquanto que o dimensionamento trata de

mensurar a necessidade de recurso em função da demanda

prevista.

A literatura estudada (Medeiros, 2004) mostra que as

metodologias existentes para o dimensionamento do Terminal são

divididas nos seguintes métodos:

Empíricos – Baseados na experiência e no bom senso

dos autores, sendo utilizados fatores ergonômicos

para sua definição.

Analíticos – Baseados em formulas, regressões

lineares, dados estáticos ou através de teoria de

filas.

Simulação – Baseados em um modelo do terminal a ser

simulado. Existem alguns programas para essas

simulações entre ele se destacam: ARENA, TAAM, GPSS,

TERMSIM, PROMODE.

Nesse trabalho serão utilizados métodos empíricos e

analíticos. Para sua utilização são necessários o cumprimento

de duas etapas:

1. Identificação da demanda de usuários por um período de

tempo, como exemplo: Momento de Maior Solicitação,

passageiros na hora-pico, etc.

2. Utilização de fórmulas, nível de serviço ou índices de

ocupação, como exemplo área por passageiros na hora-pico.

As demandas mais utilizadas na literatura são (Medeiros,

2004):

Volume anual de passageiros – estimativa do número

de passageiros processados anualmente pelo terminal.

Hora-pico – fluxo de movimentação intensa de

passageiros, não necessariamente o de maior

movimentação.

Momento de maior solicitação – período de maior

solicitação decorrente da influência acumulado de

cada voo que em operação no terminal.

Foram estudadas as seguintes metodologias para o

dimensionamento do Terminal de passageiros:

FAA.

INFRAERO.

IATA.

ICAA.

A seguir serão apresentadas as metodologias estudadas.

4.1 Metodologia para o dimensionamento (FAA, 1988)

Esse método utilizado pela FAA para dimensionamento total do TPS

considerando uma hora pico tendo como componentes o saguão e o

balcão de “check in”

Para o dimensionamento do terminal de passageiros foram

recomendados os seguintes valores Tabela 4:

Tabela 4 – Índices de dimensionamento da FAA

Componente Unidade

Saguão Área 1,90 m²

Nº de assentos

15 a 20 % do Nº de

passageiros e visitantes na

hora-pico, se não tiver na

sala de pré-embarque para os

passageiros de todos os voos

Nº de assentos 60 a 70 % do Nº de

passageiros e visitantes na

hora-pico, se não tiver na

sala de pré-embarque.

Check - in

Largura do balcão 1,50 m²/ posição

Comprimento da

Fila4,50 m

FilaMáximo: 5 passageiros por

Posição

Posição 0,9 m/pessoa fila

Circulação dos

atendentes3m

Circulação dos

usuários6 a 9 m

Espaço entre os

balcões12m

Fonte: FAA ,1988.

Dimensionamento Total

Para o direcionamento total do TPS, considerando uma hora-pico,

a FAA recomenda uma área de 18 a 24 m² por passageiro ainda a FAA

recomenda uma divisão de espaço de 38% como uma área de utilização

para as empresas aéreas, 30% para áreas publicas, 15% para usuários

e 17% para a concessão e administração do aeroporto.

4.2 Metodologia para o dimensionamento (IATA, 1975)

Na metodologia da IATA são utilizados o volume de

passageiros na hora pico incluindo conexões e tempo gasto por

passageiros em de longa e curta distância.

A IATA apresenta as seguintes fórmulas para o

dimensionamento de alguns componentes do TPS (IATA,1975).

Salão de Embarque

Para o salão de embarque, na sua área de espera, excluídas

suas concessões é apresentada a seguinte formula:

Área Requerida (m²) = a*g*h/60 [ b(1+e) + c(1+f) + d]

Significado de cada termo:

a = Volume de pax na hora – pico, incluindo conexos

b = Proporção de pax em voos de longa distancia

c = Proporção de pax em voos de custa distancia

d = Proporção de pax transferidos, em conexão

e = Percentagem no saguão para voos de longa distancia

f = Percentagem no saguão para voos de curta distancia

g = Faixa de espera (min)

h = Espaço por pessoa (m²)

Balcões de “Check – in”

Para os balcões de “check in” temos a seguinte fórmula:

Número de balcões necessários = a/60[(b*f*d + c*g*e)/( b*f

+ g*c)]

Significado de cada termo:

a = Volume de pax na hora – pico, incluindo conexos

b = Proporção de pax em voos de longa distancia

c = Proporção de pax em voos de curta distancia

d = Tempo gasto por pax de longa distancia (min)

e = Tempo gasto por pax de curta distancia (min)

f = Média de assentos para pax de longa distancia

g = Média de assentos para pax de curta distancia

4.3 Metodologia de dimensionamento (INFRAERO, 1988)

A metodologia da INFRAERO é constituída de índices próprios

e seu nível de avaliação é medido de 1 até 4 sendo nível 2

aceitável para o mesmo.

A INFRAERO apresenta as seguintes fórmulas para o

dimensionamento de alguns componentes do TPS

(INFRAERO,1988). :

Sala de embarque

AT = (Nv + Na + Np)*(Pso* Iso + Psm* Ism + Psc* Isc + Ppo*

Iso + Ppm* Ipm + Ppc* Ipc)

Significado de cada termo:

AT =Área total do componente (m²)

Np = Número de passageiros

Nv = Número de visitantes

Na = Número de acompanhantes

Pso = Passageiro sentado sem mala

Iso = índice em m²/pessoa sentado sem mala

Psm = Passageiro sentado com mala

Ism = índice em m²/pessoa sentado com mala

Psc = Passageiro sentado com carrinho

Isc = índice em m²/pessoa sentada com carrinho

Ppo = Passageiro em pé sem mala

Ipo = índice em m²/pessoa em pé sem mala

Ppm = Passageiro em pé com mala

Ipm = índice em m²/pessoa em pé com mala

Ppc = Passageiro em pé com carrinho

Ipc = índice em m²/pessoa em pé com carrinho

Tabela 5 – Índices de dimensionamento da INFRAERO

Índices de dimensionamento

Nível

de

Serviç

o

4 3 2 1

Legend

aa*b i a*b i a*b I a*b i

Ipo 0.9*1

.00.9 0.9*1.0 0.9

1.0

*1.01.0

1.0*1.

01.0

Ipm 1.0*1

.01.0 1.2*1.0 1.2 1.3*1.2 1.6

1.5*1.

21.8

Ipc 1.6*1

.01.6 1.8*1.0 1.8 1.8*1.2 2.2

2.2*1.

22.4

Iso 1.4*1

.01.4 1.6*1.0 1.6 1.8*1.0 1.8

2.0*1.

02.0

Ism 1.6*1

.01.6 1.8*1.0 1.8 2.1*1.0 2.1

2.4*1.

02.4

IscC 2.0*1

.02.0 2.2*1.0 2.2 2.5*1.0 2.5

2.8*1.

02.8

Fonte: (INFRAERO, 1988.)

“Check in”

AT = (NB*LB)*(Flo*Po + FLm*Pm +FLc*Pc) *TF

Significado de cada termo:

AT = Área total do componente (m²)

LB = Largura de cada balcão de atendimento (m)

NB = Número de Balcões

Flo = Distância entre 2 pessoas consecutivas na fila (m) sem

mala

Po = Percentagem de passageiros sem mala

FLm = Distância entre 2 pessoas consecutivas na fila (m) com

mala

Pm = Percentagem de passageiros com mala

Flc = Distância entre 2 pessoas consecutivas na fila (m) com

carrinho

Pc = Percentagem de passageiros com carrinho

TF = Tamanho da Fila

Tabela 6 – Índices de dimensionamento da INFRAERO

Índices de dimensionamento

Nível de

Serviço4 2 3 1

FLo 0,5 0,6 0,7 0,8

Flm 1.0 1.2 1.3 1.5

Flc 1.1 1.3 1.4 1.6

LB 1.5 1.8 2.1 2.5

Fonte: (INFRAERO, 1988).

4.4 Metodologia para o dimensionamento (ICAA, 2005).

Esse método utilizado pela ICAA foi criado considerando as

variações dos níveis de serviço. Esses níveis permitem obter o

dimensionamento de cada componente do terminal de passageiros, é

necessário apenas escolher o nível de serviço que queremos oferecer

e multiplicar o índice correspondente pelo número de ocupantes na

hora pico.

Tabela 7 – Índices de dimensionamento da (ICAA, 2005)

COMPONENTE NÍVEL DE SERVIÇO (m² por ocupante)

A B C D E F

Check in 1.60 1.40 1.20 1.00 0.80 Component

e em

colapso

(valores

<E)

Espera/Circulação 2.70 2.30 1.90 1.50 1.0

Sala de pré – embarque 1.40 1.20 1.00 0.80 0.60

Área de restituição de

bagagens

1.60 1.40 1.20 1.00 0.80

Pré-inspeção do

desembarque

Internacional

1.40 1.20 1.00 0.80 0.70

Nível de Serviço Descrição

A Nível de serviço excelente

B Alto nível de serviço

C Bom nível de serviço

D Nível de serviço adequado

E Nível de serviço inaceitável

F Sistema em caos

4.5 Análise de Ambiente

Foram realizas cinco visitas técnicas ao aeroporto de São

José dos Campos (SJK), onde foram entrevistados os

administradores e clientes presentes. Inicialmente o aeroporto

atendeu a demanda de clientes que fizeram o “check in” pela

internet ou vieram com certo período de folga para realizar

tal serviço. Notou-se que há uma formação de filas meia hora

antes do horário de voo devido ao grande número de chegada de

clientes para utilizar o serviço de “check in”. Foi verificado

que em certos períodos de demanda a área do TPS ficou pequena

devido a grande movimentação de clientes, tanto para compra de

passagens como para “check in”. Foi feita uma análise de

tempos de chegada e tempos em fila dos voos (vide Tabela 9).

Tabela 8 – Voos analisados.

São José dos Campos -SBSJ

20:10/21:17

Belo Horizonte -SBCF

São José dos Campos -SBSJ

20:55/21:55

Curitiba – SBCT

Fonte : Aeroporto de São José dos Campos

Com isto foram feitas as análises dos tempos médios de

atendimento em fila e análise de chegadas simultâneas de

pessoas no TPS do aeroporto de São José dos Campos.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos

através da aplicação da Metodologia escolhida no Capítulo 4.

Como o aeroporto de São José dos Campos não faz voos de longa

distância, a percentagem de voos de curta distância foi

adotada como 100% (assim os voos de longa distância serão

desprezados pela fórmula). Segundo a (INFRAERO, 1988), hora

pico “é a hora de maior movimentação de passageiros do dia”. O

espaço de passageiros por m² foi adotado como 1 pois o

aeroporto de São José dos Campos é regional, conforme sugere

(Medeiros, 2004).

Foram observados 2 voos ambos partindo de São José dosCampos, com destino a Belo Horizonte e Curitiba,respectivamente. Nesses voos foram observados o tempo em filade cada passageiro individual, os passageiros que entraramjunto no balcão de “check in”, os passageiros com bagagem demão e passageiros portando carrinhos não foram constatadospassageiros portadores de deficiências no local

Foram observados os seguintes dados referentes ao tempo

de fila e tempo de espera em fila de passageiros que viajaram

em grupos dos voos que partem do aeroporto da cidade de São

José dos Campos com destino aos aeroportos de Belo Horizonte e

Curitiba vide Tabelas ( Veja Apêndice)

Tabela 11Dados Gerais voo e TPS

Voo nº de passageiros

SJC/BH 71

SJC/CTBA 51

Total de passageiros 122

Média de horários em fila 00:03:01

Hora pico 71

Foram verificados um total de 122 passageiros que passaram

pelo salão de embarque do aeroporto, sendo divididos entre os

voos 71 passageiros com destino a Belo Horizonte e 51

passageiros com destino a Curitiba. Em média cada passageiro

esperou 3 minutos e 1 segundo até ser atendido. Como para a

(INFRAERO, 1988) a hora pico “é a hora de maior movimentação

de passageiros do dia”, foi adotada como 71 passageiros devido

ao espaçamento entre os voos e os passageiros pois o aeroporto

de São José dos Campos apenas libera seus balcões poucas horas

antes do horário de voo.

Salão de Embarque

Foi efetuado seguindo a metodologia de formula da

(INFRAERO, 1988) para o dimensionamento do TPS do aeroporto de

São José dos Campos (SJK).

Cálculo salão de embarque

Metodologia para o dimensionamento INFRAERO

A (INFRAERO, 1988) apresenta as seguintes formulas para o

dimensionamento de alguns componentes do TPS:

Sala de embarque

AT = (Nv + Na + Np)*(Pso* Iso + Psm* Ism + Psc* Isc + Ppo*

Iso + Ppm* Ipm + Ppc* Ipc)

Significado de cada termo:

AT =Área total do componente (m²)

Np = Número de passageiros

Nv = Número de visitantes

Na = Número de acompanhantes

Pso = Passageiro sentado sem mala

Iso = índice em m²/pessoa sentado sem mala

Psm = Passageiro sentado com mala

Ism = índice em m²/pessoa sentado com mala

Psc = Passageiro sentado com carrinho

Isc = índice em m²/pessoa sentada com carrinho

Ppo = Passageiro em pé sem mala

Ipo = índice em m²/pessoa em pé sem mala

Ppm = Passageiro em pé com mala

Ipm = índice em m²/pessoa em pé com mala

Ppc = Passageiro em pé com carrinho

Ipc = índice em m²/pessoa em pé com carrinho

Tabela 6 – Índices de dimensionamento da (INFRAERO, 1988)

Índices de dimensionamento

Nível

de

Serviç

o

4 3 2 1

Legend

aa*b i a*b i a*b i a*b i

Ipo 0.9*1

.00.9

0.9*1.

00.9

1.0

*1.01.0

1.0*1.

01.0

Ipm 1.0*1

.01.0

1.2*1.

01.2 1.3*1.2 1.6

1.5*1.

21.8

Ipc 1.6*1

.01.6

1.8*1.

01.8 1.8*1.2 2.2

2.2*1.

22.4

Iso 1.4*1

.01.4

1.6*1.

01.6 1.8*1.0 1.8

2.0*1.

02.0

Ism 1.6*1

.01.6

1.8*1.

01.8 2.1*1.0 2.1

2.4*1.

02.4

IscC 2.0*1

.02.0

2.2*1.

02.2 2.5*1.0 2.5

2.8*1.

02.8

Fonte: INFRAERO, 1988.

A tabela 6 apresenta os índices a serem utilizados na

fórmula de cálculo para a área do salão de embarque a serem

utilizado na fórmula da( INFRAERO, 1988) de acordo com o nível

de serviço desejado para o aeroporto.

“Check in”

AT = (NB*LB)*(Flo*Po + FLm*Pm +FLc*Pc) *TF

Significado de cada termo:

AT = Área total do componente (m²)

LB = Largura de cada balcão de atendimento (m)

NB = Número de Balcões

Flo = Distância entre 2 pessoas consecutivas na fila (m) sem

mala

Po = Percentagem de passageiros sem mala

FLm = Distância entre 2 pessoas consecutivas na fila (m) com

mala

Pm = Percentagem de passageiros com mala

Flc = Distância entre 2 pessoas consecutivas na fila (m) com

carrinho

Pc = Percentagem de passageiros com carrinho

TF = Tamanho da Fila

Tabela 7 – Índices de dimensionamento da (INFRAERO, 1988)

Índices de dimensionamento

Nível de

Serviço4 3 2 1

FLo 0,5 0,6 0,7 0,8

Flm 1.0 1.2 1.3 1.5

Flc 1.1 1.3 1.4 1.6

LB 1.5 1.8 2.1 2.5

Fonte: (INFRAERO, 1988).

A tabela 7 apresenta os índices a serem utilizados na

fórmula de cálculo para a área do salão de embarque a serem

utilizado na formula da (INFRAERO, 1988) de acordo com o nível

de serviço desejado para o aeroporto.

AT = (NB*LB)*(Flo*Po + FLm*Pm +FLc*Pc) *TF

AT= (7*1.8)*(0.6*0.1+100*0.8+1.3*0.1)*196

AT=198,037M2

Na fórmula foram utilizados os índices para o

dimensionamento que um aeroporto de nível de serviço 2. Após a

resolução verificamos que a área total encontrada é maior que

a existente no aeroporto.

Esse trabalho mostrou que a avaliação de (Diniz et al.,

2011) usando o método da IATA consiste com os dados

apresentado neste trabalho pois ambas as metodologias (IATA e

INFRAERO) mostraram que a área do TPS do aeroporto de São José

dos Campos não comporta a crescente demando dos últimos anos,

a área calculada pela metodologia da IATA apresenta um tamanho

maior mostrando que o padrão de qualidade internacional é mais

rígido que o padrão exigido pelo orgão que regulariza os

aeroportos brasileiro.

Já as metodologia utilizadas para o cálculo dos balcões de

“check–in” são complementares, a fórmula utilizada por (Diniz

et al., 2011) calcula a quantidade de balcões de “check–in”

necessários para atender a demanda apresentada, a metodologia

utilizada neste trabalho nos da a área destinada aos balcões

de “check –in”.

6. Conclusão

Este trabalho teve como objetivo a avaliação do aeroporto

de São José dos Campos (SJK) através de entrevistas de

passageiros, com a administração do aeroporto de São José dos

Campos e coletas de dados onde foi possível verificar os

tempos de fila espera.

Nas visitas técnicas foram analisado 2 voos para a coleta

de dados: um partindo de São José dos Campos com destino a

Belo Horizonte e outro com destino a Curitiba.

Para isso foram estudas as quatro metodologias para o

cálculo do nível de serviço do aeroporto sendo 2 empíricas e 2

analíticas, sendo escolhida a metodologia da INFRAERO devido

a sua credibilidade no mundo acadêmico e também pela sua

credibilidade profissional (por ser o método

internacionalmente mais utilizado).

Tal metodologia foi aplicada no aeroporto de São José dos

Campos (SJK), sendo calculada a áreas necessária para o saguão

e o número de balcões necessários para o atendimento da

demanda atual do aeroporto.

Desta forma foi avaliada a capacidade de atender a

demanda na hora pico estabelecida, sendo possível concluir que

a metragem da área de embarque do TPS não atende a necessidade

atual.

Mesmo possuindo 7 balcões de “check in”, o que seria

suficiente para suprir a demanda atual de passageiros no

aeroporto, na prática apenas 2 balcões foram utilizados para o

atendimento dos passageiros. Isso somado ao fato da demanda

dos passageiros se concentrar nos minutos mais próximos da

hora de embarque (ocorrendo a formação de filas na terminal).

Devido à falta de infraestrutura, o aeroporto de São José

dos Campos está impossibilitado de receber voos de grande

porte, pois mesmo que sua pista comporte voos de maior escala,

seu TPS não comportaria um número elevado de passageiros, não

atendendo o nível mínimo de conforto (resultando em um colapso

no sistema do TPS).

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Ápendice Tabela 9 Voo SJC/BH

São José dos Campos -SBSJ

20:10/21:17

Belo Horizonte -SBCF

Tempo emFila

Tempo dos passageiros que entraramjuntos no guiche

00:01:53 -

00:03:00 -

00:03:24 -

00:05:19 -

00:09:27 -

00:00:44 -

00:03:42 00:07:23

00:03:42 00:07:23

00:01:54 -

00:01:03 -

00:00:46 -

00:02:22 -

00:02:45 -

00:03:32 -

00:01:37 -

00:02:07 -

00:03:07 -

00:02:04 -

00:05:00 -

00:05:07 -

00:04:01 -

00:04:17 -

00:02:04 -

00:03:27 -

00:01:27 -

00:02:29 -

00:04:07 -

00:04:27 -

00:09:30 00:18:59

00:09:30 00:18:59

00:03:07 -

00:02:47 -

00:02:29 -

00:04:24 -

00:04:03 -

00:03:25 -

00:03:33 -

00:04:22 -

00:02:43 00:05:26

00:02:43 00:05:26

00:04:12 -

00:05:22 -

00:01:15 -

00:01:26 -

00:02:10 -

00:01:32 -

00:03:37 -

00:03:34 -

00:03:32 -

00:03:05 -

00:01:11 -

00:01:47 -

00:01:32 -

00:01:16 -

00:01:40 -

00:01:29 -

00:04:37 -

00:03:21 -

00:02:27 -

00:02:02 -

00:01:58 -

00:01:37 -

00:02:54 -

00:02:56 -

00:01:34 -

00:05:24 -

00:06:02 -

00:02:56

00:01:21 00:06:43

00:01:21 00:06:43

00:01:21 00:06:43

00:01:21 00:06:43

00:01:21 00:06:43

Tabela 10 Voo SBJC/SBCT

São José dos Campos -SBSJ

20:55/21:55

Curitiba – SBCT

Tempo em Fila Tempo dos passageiros queentraram juntos no guichê

00:03:57

00:02:10

00:00:46

00:02:52

00:01:01

00:01:24

00:03:24

00:04:47

00:08:37

00:02:07

00:02:37

00:02:57

00:05:40

00:05:40

00:02:45

00:02:31

-

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-

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-

-

-

-

-

00:02:50

00:02:50

00:05:02

00:02:31

00:04:48

00:02:10

00:01:51

00:03:47

00:03:47

00:09:47

00:01:01

00:00:37

00:15:21

00:00:51

00:03:56

00:01:17

00:02:56

00:00:42

00:01:21

00:01:41

00:01:01

00:01:20

00:01:38

00:02:34

00:01:24

00:01:35

00:02:07

00:05:02

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00:02:19

00:02:19

00:02:19

00:01:25

00:01:25

00:02:51

00:02:22

00:02:31

00:06:56

00:06:56

00:06:56

00:02:50

00:02:50

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ANEXO

PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere

o artigo 81, item III, da Constituição, decreta:

Art. 1º Fica o Ministério da Aeronáutica autorizado a

instituir os Sistemas Integrados de Transportes Aéreo

Regional, constituídos de linhas e serviços aéreos de uma

Região, para atender a localidades de médio e baixo potencial

de tráfego.

Art. 2º Os Sistemas Integrados de Transportes Aéreos Regional

compreenderão:

I - regiões do país, a serem fixadas pelo Ministro da

Aeronáutica: ou.

II - redes regionais de linhas aéreas, a serem elaboradas pelo

Departamento de Aviação Civil a aprovadas pelo Ministro da

Aeronáutica.

§ 1º Cada região ou rede regional de linha aérea constituirá

um Sistema Integrado de Transporte Aéreo Regional.

§ 2º Cada Sistema Integrado de Transporte Aéreo Regional será

operado por uma Empresa de Transporte Aéreo Regional.

§ 3º A Empresa concessionária de linhas aéreas de um Sistema

Integrado poderá operar em "pool" com outras empresas da

região ou celebrar com elas contratos para prestação de

serviços.

Art. 3º Fica o Ministério da Aeronáutica autorizado a outorgar

concessões para exploração de linhas aéreas regionais

regulares.

Art. 4º As concessões de que trata o artigo anterior serão

outorgadas de conformidade com Instruções a serem baixadas

pelo Ministro da Aeronáutica, para a execução deste Decreto.

§ 1º As Empresas constituídas de acordo com a legislação em

vigor, para operação de Sistema Integrado de Transporte Aéreo

Regional, poderão dedicar-se a outros serviços aéreos, em

complementação à sua atividade principal.

Art. 5º O Ministério da Aeronáutica considerará indispensável,

para fins da concessão a que se refere o artigo 3º, ter a

empresa capital social compatível com o empreendimento a que

se propõe realizar.

Parágrafo único. Poderão participar desse capital as

empresas de transporte aéreo regular de âmbito nacional, as

empresas de táxi-aéreo e outra pessoa física ou jurídica, a

critério do Ministério da Aeronáutica.

Art. 6º Fica estabelecido um adicional de até 3% (três por

cento), a incidir sobre as tarifas de passagens aéreas das

linhas domésticas, para crédito do Fundo Aeronáutico, em conta

vinculada ao Departamento de Aviação Civil, com destinação

específica aos Sistemas Integrados de Transporte Aéreo

Regional, para suplementação tarifária de suas linhas.

(Redação dada pelo Decreto nº 98.996, de 1990).

Art. 7º O prazo de concessão para exploração de linha aérea

regional regular será de 15 (quinze) anos, podendo ser

prorrogado por períodos idênticos sucessivos, a juízo do

Ministro da Aeronáutica.

§ 1º A renovação da concessão deverá ser requerida um ano

antes de expirar o seu prazo, devendo o Ministro da

Aeronáutica pronunciar-se a 06 (seis) meses antes dessa data

limite.

§ 2º O Ministro da Aeronáutica poderá fixar até o final do

penúltimo ano do prazo da concessão em vigor, as condições

que, no interesse publico, devam ser atendidas para a

renovação da concessão.

Art. 8º A critério do Ministério da Aeronáutica a concessão de

que trata o artigo 3º poderá ser outorgada a empresa de Táxi-

Aéreo já constituída, desde que a mesma disponha de adequada

estrutura administrativa, técnica e operacional e se ajuste às

exigências a serem estabelecidas nas instruções do Artigo 4º e

seus parágrafos.

Art. 9º Nas Instruções a que se refere o artigo 4º será fixado

o regime de fiscalização das empresas destinadas à operação

dos Sistemas Integrados de Transportes Aéreo Regional e

estabelecido o regime de aplicação e movimentação da conta

especial relativa ao adicional tarifário.

Art. 10 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário.