A Transcricao Fonetica Das Cantigas Dos Orixas No Batuque Do r s 3

7/27/2019 A Transcricao Fonetica Das Cantigas Dos Orixas No Batuque Do r s 3

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A transcrição fonética das cantigas dos Orixás no Batuque do R.S. - Luiz L. Marins

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INTRODUÇÃO

Transcrição fonética é o ato de grafar o som, tal qual se fala, ou se ouve. No caso das religiõesafro-brasileiras, esta é a única forma de se preservar fielmente a herança fonética africana.

Este ato nada tem a ver com reescrita em suposta língua original, segundo a reinterpretação de

quem ouve, como fazem atualmente alguns pseudo tradutores atuais que utilizam dicionários.

A primeira transcrição fonética que conhecemos foi publicada por Abelardo Pereira, nos discos

de título “Este é o Nagô do Rio Grande do Sul ” , Artes Discos, no início dos anos 80. Não temos

notícias de transcrições anteriores a esta data, o que não significa que não possam existir; se

houver, agradecemos a informação.

A transcrição realizada por Abelardo foi escrita em português, expressando exatamente o que

se cantava, e que se podia entender de ouvido. Felizmente, não houve nenhuma tentativa dereescrever o ioruba. Não temos os originais de Aberlado para apresentar.

Do ponto de vista musical, o ritmo gravado por Abelardo é de longe muito mais agradável, do

que o que se ouve hoje. Seria um grande presente ao povo de santo afro-sul, se seus discos

fossem remasterizados e regravados. Disponibilizamos uma pequena amostra > aqui.

A transcrição fonética produzida por Abelardo foi reproduzida no livro de Jorge Verardi,

Presidente da Afrobras, de título Axés dos Orixás no Rio Grande do Sul , Jan Comércio e

Representações, o que possibilitou-nos este trabalho.

Walter Calixto Ferreira, o tamboreiro Borel, publicou no livro “ Ago-Iê, Vamos Falar de Orishás,

Editora Renascença, 1997, uma transcrição fonética não tão completa como a de Abelardo e

Verardi, mas muito interessante, pois apresenta diferenças significativas em relação às

anteriores. Com certeza, se forem transcritas as interpretações de outros tamboreiros, mais

diferenças existirão, o que coloca em xeque as tentativas de traduções publicadas atualmente.

Concluindo, não é nossa finalidade comparar as diferenças destes trabalhos. Antes, interessa-

nos conservar a memória de seus autores, e o resgate da cultura para futuras estudos, seja da

fonética ou da linguística.

https://drive.google.com/folderview?id=0B72Y0etpmfGMZlRrMDM0ZzBlMWs&usp=sharing







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O DISCO DE ABELARDO

Foto do disco de Abelardo Pereira – fonte: Site Mercado Livre

Fotografo desconhecido.




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AXÉ DE BEIJES




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