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  • 8/20/2019 ABC n 283 Compact

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    PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER Segunda-feira, 16 de Novembro 2015Ano VI N.º283 www.pcnewsnetwork.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

    Visto de visitante

    JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO ONTÁRIO

    PORTUGAL

    MAIS PERTO

    O Pai Natal já aí está5

    10

    TRAGÉDIA EM PA* Centena e meia de mortose muitas perguntas sem resposta Aí temos nós mais uma onda de sangueira. Na cidade Luz – Paris de tantas e tãobelas páginas de Cultura e Arte – sucessivos ataques terroristas (já reivindicadospelo chamado Estado Islâmico) ceifaram a vida a quase centena e meia de pessoas.

    16 Aí temos nós mais uma onda de sangueira. Na cidade Luz – Paris de tantas e tãobelas páginas de Cultura e Arte – sucessivos ataques terroristas (já reivindicadospelo chamado Estado Islâmico) ceifaram a vida a quase centena e meia de pessoas.

    O nosso “11 de Novembro”a falar em Paz!

    Trudeau brilhana sua primeira visita à Europa!

    Bandeira de Angola na City HallBandeira de Angola na City HallNos Amigos do Minho

    os Jovens já mandam...

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    Ficha técnicaPropriedade:ABC Portuguese Canadian Newspaper Ltd

    Director:Fernando Cruz Gomes

    Conselho Empresarial: Fernando Cruz Gomes, Presidente; PauloFernando, Vice-Presidente; Carlo Miguel, Tesoureiro;

    e Lara Ingrid, Secretária.Redacção e Cronistas:

    António Pedro Costa (Ponta Delgada), António dos SantosVicente, Carlo Miguel,Conceição Baptista, Cristina Alves

    (Lisboa), Custódio António Barros, Edgar Quinquino(Hamilton), Fernando Cruz Gomes, Fernando Jorge,

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    Secretária de Redacção:Lara Ingrid

    Chefe Gráco:Sérgio Alexandre

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    Pedro Jorge Costa B. de Barros [email protected]

    Pela segunda vez num ano, a desgraça tocou Paris e a França. Qua-se 150 mortos e por volta de 200 feridos foram o resultado de umanoite que só por sorte não foi muito pior. Mais uma vez, parece queos responsáveis foram extremistas islâmicos.

    Considerando que a situação já era tensa e que a Europa está a rece-ber centenas de milhares de refugiados muçulmanos uma resposta vai ser dada.

    Isto tudo são consequências do que se fez no Iraque e Norte deÁfrica. O facto de estes países terem mudado de governo e deorientação de forma violenta e repentina criou problemas cujasconsequências ainda não são todas conhecidas. Tentou-se fazer omesmo na Síria, mas o plano não resultou.

    O governo sobreviveu e resistiu e continua a lutar. Contudo, mi-lhões de pessoas fugiram do país. A maioria foi para a Turquia e orestou fugiu para a União Europeia.

    Em especial para a Alemanha e para a França. Situação que não éfácil nem para os cidadãos destes países nem para os políticos quenão parecem saber o que fazer.

    Eu condeno o que se passou, mas entendo que devido a confusãoque é o mundo das relações internacionais e com o envolvimentode potências externas em políticas nacionais e o afastamento entrericos e pobres tudo isto há-de acabar muito mal. Pois temo que istoseja só o início.

    Em breve podemos ver os nacionais de países que acolheram refu-giados a revoltarem-se e a serem violentos para os refugiados. Umbanho de sangue é uma chacina e é o que pode estar pela frente seo bom senso não voltar.

    ATÉ PARA A SEMANA

    16 Novembro 2012 . Nossa Gente

    Olha-se para São Bento e o que se vê? Uma casa assombrada.Um Parlamento inútil, inoperante e incapaz. Se alguém tinhadúvidas sobre a qualidade, o valor e o papel da Assembleia daRepublica, tem agora matéria para ser esclarecido: um perío-do de um mês, talvez mais, em que o nosso pobre Parlamentorevela à luz do dia, a todo o mundo, a sua futilidade, a sua de-pendência do governo, a sua função de arena de mau gosto,a sua falta de espírito de corpo, a sua ausência de orgulho e asua deciência de honra!

    Eleitos há mais de um mês, os deputados passeiam-se pelaintriga partidária. Só se preocuparam com a eleição do novopresidente, que imediatamente se vestiu de valete de copas,às ordens do seu partido e de um futuro governo ainda emestado gasoso. Aos 230 deputados, não lhes ocorreu reunir,discutir, debater, organizar os seus trabalhos, criar comis-sões, estabelecer ordens do dia e agendas para os próximosmeses, começar a preparar projectos de lei, coligir informa-ção, analisar situações reais nos vários sectores da vida, olharpara a execução orçamental, estudar a sério as PPP, voltar aolhar para os grandes casos que ainda hoje ameaçam a de-

    mocracia (BPN, BPP, BCP, CGD, P , Cimpor, BES, GES...) efazer qualquer coisa que se veja, que interesse ao país e que justique o vencimento que recebem. Dizem que, desculpade preguiçosos, estão à espera do programa do governo.

    Com a lei eleitoral que temos, não é possível esperar muitomais. Com a disciplina de voto imposta por todos os partidos

    aos seus deputados, é fácil prever que ninguém, szação superior, tomará a decisão de abrir um livrouma porta. Com este sistema de voto por grupo cato de deputados, a inércia é a estratégia, não faé um mandamento. Com o pensamento político puma brigada, quem ousa ter uma iniciativa sem bodas? Com a falta de tradição institucional, o que imcomo os comunistas dizem, são as relações de foré poesia. Assim é que o Parlamento não reúne, nãnão cria comissões, não tem ideias, não começa leis. Está à espera. De quê? Dos chefes. Das negocretas entre os partidos da esquerda. Do governo.dente. Da luz verde do PCP.

    Já tudo lhe chamaram. Até nomes que a vergonha enia me impedem de repetir. Circo de São Bento mente a alcunha que mais bem lhe colou à pele. PCirco está fechado para obras. A casa da liberdadeluta! O Fórum da democracia está mudo!A situação actual da Assembleia da República nmente inédita e não data apenas deste último mês.

    Na verdade, é ponto de chegada de um processo gsubalternização e decadência de que há numerosoVários foram os sinais dados. Aluga-se o hemicictas e lmes! Nos Passos Perdidos fazem-se exporés-do-chão canta-se o fado! Nos claustros, comnha e bebe-se jeropiga! De vez em quando, criançalas brincam aos deputados! Este Parlamento mete

    O Parlamento não ex António Barreto o diz

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    Incerteza e absoluto

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    EDITORIAL De um candidato que apeara António José Seguro, com palavras emétodos pouco recomendáveis... foi um ápice. Rasgaram-se os tra-tados e coisas do género do tratado de Coimbra. Esquecera,-se assondagens. Esqueceu-se até o “abraço azedo” que Costa deu ao talSeguro que se traía. Dizia o articulista que estamos a citar que o ins-tituto de sobrevivência de António Costa é assombroso. Se houverum holocausto nuclear, António Costa é bem capaz de se aguentarcomo dizem que se aguentam as baratas. Nem que seja necessáriotraí-las e... car sozinho.Depois... é preciso perguntar se António Costa é o homem que que-remmos à frente dos destinos do País. E é. Costa vai dialogando.

    Cada vez mais. Diálogo que não chega a lado algumn... mas cabem. Sobretudo agora. Imaginem que ele até vai resolver o problemado trabalho em Portugal. Quem vier a seguir a Costa vai ter muitotrabalho. Sobretudo para desfazer trapalhadas.

    O título chama mesmo a atenção. “Je suis Tozé Seguro”. José DiogoQuintela faz da frase título de um artigo em que observa que, agora,os Portugueses já sabem como se sentiu Seeguro ao ser atropeladopor António Costa rumo ao poder. Diz o articulista – e não sere-

    mos nós a negá-lo – que o instinto de sobrevivência do agora lídersocialista é assombroso.Nas projecções anunciavas-se a derrota do líder. Era a morte po-lítica.

    Je suisTozé Seguro

    António Pedro CostaPonta Del gada

    Dignifcar a políticaEntretanto, a decisão foi levada a Belém pelas mãro Rodrigues, que não quis remeter por carta o res votação da moção de rejeição do PS, numa de umziguador, quando ele, logo após a sua eleição, deduríssimo ataque ao Presidente da República. Agomãos de Cavaco Silva, a decisão do que vem a sterá de optar entre manter um Governo de gestão ouse a António Costa.O Chefe de Estado desdobra-se em contatos, comoa Constituição da República Portuguesa, ouvindo vsonalidades sobre o complexo momento político, qconsideram de histórico, tendo em vista tomar umproximamente.Os partidos da Coligação acusam persistentementeimidade um Governo do PS e não deram tréguas valer os seus argumentos neste sentido, enquanto ainsiste no novo quadro parlamentar saído das eleide Outubro.Os Deputados da Coligação deixaram claro durantsobre o programa do Governo, que não darão trégeventual Governo da esquerda e pela boca de Pauavisou António Costa que, quando se vir em apertde bater à porta da direita, dado que o PS ameaçaidação orçamental e a recuperação económica quemia portuguesa estava a dar sinais claros de recupCavaco Silva não gostaria de estar nesta situação

    seu mandato e agora vai apreciar a consistência dum eventual Governo do PS e a durabilidade possexecutivo, pelo que é muito importante que o PresRepública que esclarecido acerca dessa solidez lidade do Governo proposto pelos socialistas, bemum Orçamento que possa resolver a situação napaís e dê garantias aos mercados e a Bruxelas que da consolidação orçamental não regredirá, comoputativo Ministro das Finanças.Os próximos dias dar-nos-ão a resposta à claricaimbróglio.

    A ala esquerda do Parlamento nacional uniu-se e votoufavoravelmente a primeira das moções de rejeição do pro-grama do Governo PSD-CDS, com 123 votos a favor e 107contra. Ao m de 11 dias de investidura, Passos Coelho ePaulo Portas caíram aos pés do PS, Comunistas, Verdes,Bloco e PAN, tornando-se assim no mais curto Governo dahistória da democracia portuguesa.A situação política nacional encontra-se, assim, numa situ-ação complexa e esperamos que se acabe rapidamente coma crispação partidária, que só pode levar à descredibilização

    do país interna e externamente e meio caminho andado paradesmotivação e desconança das pessoas num futuro mel-hor.Em democracia, a cultura de diálogo é muito importante eos interesses nacionais devem sobrepor-se aos dos particu-lares, como forma de se dignicar a causa pública e a própriapolítica. Por isso, há que cultivar os consensos nas questõesfundamentais e pelo caminho que vamos, nada de bom seaugura, em termos de se garantir um futuro melhor.O derrotado das eleições de 4 de Outubro, António Costa,diz-se preparado para assumir o cargo de primeiro-minis-tro e jurou aos portugueses um orçamento de Estado ondese prevêem medidas anti-austeridade, designadamente a re-posição dos salários na Função Pública, a sobretaxa de IRS, arestituição das pensões, a redução da taxa de IVA na restau-ração, a reversão das concessões e privatizações, a reposiçãode feriados e o m da requalicação na Função Pública.Prometeu, por isso, o paraíso, pelo que merece o aplauso dosportugueses… Mas será que ainda haverá quem, de boa fé,aceite de sem reservas de novo a pílula dourada que nos foi vendida em tempos do Governo socrático? Eu bem gostariade acreditar de boa fé.A encerrar o debate do programa do Governo, Passos Coel-ho, em tom de desao, nos últimos instantes como Pri-meiro-Ministro em funções, acusou António Costa de semover apenas pelo apetite pelo poder e que nenhuma das justicações que deu para derrubar o Governo é convincen-te, pois sabia, aliás como todos os portugueses, quais eram ascenas do episódio que se seguiam.

    Fernando Medina já sabe disso. E tanto o sabe, que já vai rtrânsito na Av. da Liberdade.

    José Diogo Quintela até fala na promoção do turismo. Entos europeus vão deixar de ir a Cuba para visitar o exomarxismo-leninismo. Valorização imobiliária. Moro a 500da sede do PS e, desde 4 de Outubro, a minha casa valorizSe Costa luta tanto para se manter no Largo do Rato à forque a zona é boa.

    Portugal precisa de ambição e as ambições políticas de Cinnitas (e não só no sentido em que não têm princípios). do país metade do que gosta da sua carreira, temos tudo pcontentes. Ou, como diria Costa, tudo pa tar contentes.-CG

    Esta coisa da Política mexe, defacto, com todos nós. Mesmoque pareça que não... a vida dodia-a-dia dos povos é comanda-da pelos políticos e por aquiloque, directa ou indirectamente,é manejado por eles.E o que é facto é que nós, noCanadá, estamos em boa posi-ção para anotar que problemase situações são, de uma formageral, impulsionados politica-mente. Por cá, vimos o Povo aactuar, “ruando”, por eleições,um Governo que estava no po-der há dez anos. E que, no exer-cício do Poder, tomou atitudesque podem não ter agradado. Ecomo não agradaram... o Povodeu a vitória eleitoral e folgada(por maioria) a um Partido daoposição e que estava arredadodo Poder, já há uns tempos.

    Em Portugal, parece ter aconte-cido o contrário. Nos Partidosque estavam no Poder – e queo exerceram, aqui e além, comlaivos do “quero, posso e man-do” – achou o Povo que deveriacontinuar a conar. Ainda quecom certos avisos traduzidos,até, por menos deputados quetinham anteriormente.

    udo bem. Em ordem que nemsempre se entende, talvez. A co-ligação chamada de direita ga-nhou as eleições, mas está ago-ra a perder para o Partido commenos votos expressos mas apoder arquitectar uma maioriaparlamentar à esquerda.

    A Política a funcionar. O Povoa dizer o que quer, num lado (oCanadá). O Povo a dizer o quequer, no outro (Portugal), massem acautelar a possibilidadede fazer cumprir os seus objec-tivos.

    udo visto, vamos continuar a ver o Canadá a prosperar. Nasmãos do timoneiro escolhido. Eestamos a ver Portugal em ris-cos de ser governado por quemperdeu as eleições, mas tem ahipótese de fazer alinhar, ao seulado, um maior número de bra-ços no ar, a dizer “sim” às deci-sões do Partido que pode, a par-tir de agora, vir a ser Governo.Esta manhã, alguém dizia, empleno hemiciclo, ao indigitadoprimeiro-ministro. AntónioCosta vai “cair de tão alto quan-

    to o que se quis guindar sem quepara tal o povo o elevasse” e atéé possível que isso aconteça pe-las mãos dos partidos que agorao apoiam, disse Paulo Portas,acusando o líder socialista dequerer antes ser “primerio-mi-nistro por uns tempos do quelíder da oposição toda a vida”.A Política a comandar tudo.E ainda há quem diga, às ve-zes, que não vale a pena votar!E ainda há quem pense que aPolítica é só e apenas... para ospolíticos. Como dizia alguém– também político – “olhe quenão... olhe que não...” A Políticaé mesmo para todos nós...

    Material Editorial 16 Novembro 2015

    Chama-se AngolaChama-se Angola e é um País lusó-fono de grande expressão no mundo.Há quarenta anos – fê-los no dia 11– tornou-se independente. Depois deséculos de parceria – a que podería-mos, eventualmente, dar outro nome– Angola entrou, por direito próprio,no concerto das Nações. Começou aescrever novas páginas de uma His-tória já de si rica. Fez das eventuaisfraquezas... forças. E mesmo que ain-da hoje se não tenha encontrado emtoda a sua pujança (designadamenteeconómica) está a ombrear com ou-tros grandes Países do ContinenteAfricano.Angola celebrou os seus 40 anos de vida independente. Vive agora – enão há muito, não... - num tempo emque o país fervilha de ideias e projec-tos. Mergulha em pequenas, médiase grandes obras. Atrai investimentos,empresários e imigrantes.

    Desenvolve sectores de actividade. Pro-cura, em suma, soluções para algunsdos mais graves problemas que afectama parte mais carenciada da população.

    Ao que nos dizem de lá, tudo está a me-xer em Angola.

    Da reparação dos passeios de Luanda àrequalicação, em “bola de neve”, dosgigantescos musseques da capital, darecuperação de estradas à construçãode hotéis, do apoio ao regresso de refu-giados angolanos ainda no exterior aodesenvolvimento de programas de ha-bitação social, de protecção infantil, darecuperação de cidades e vilas à cons-trução de novos aeroportos.

    Angola parte para 2016 em marchaaparentemente acelerada, suportadanum orçamento, que dá, como deve, oseu maior pedaço à saúde e à educação.

    Conta com receitas petrolífeembora até há pouco, estavammente baseadas no valor de 55por barril... estão agora a perdno.As ideias, os projectos, as obrameros indicam que Angola esmente, a considerar-se como umtodos os que são do país, dispotratar, com rapidez, método e dos graves problemas que duratempo tolheram o seu desenvole ampliaram a pobreza da esmmaioria dos seus habitantes.

    Este vento de esperança, quepaís, parece ter feito deste 11 vembro um dia especial de ceporque é uma nova Angola, eque tão fortemente parece agpenhar-se em si e nos seus. Emuito aos Portugueses.

    “Ontem” dissemos...

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    Canada em foco 16 Novembro 2015

    A lutar contramoinhos de vento...De facto, somos todos algo piegas. Vive-mos os dramas dos outros, como se elesfossem directamente nossos. E ainda bemque assim é. Ainda bem que nos interes-samos pela análise de casos e factos queacontecem, um pouco por todo o mundo.O drama de França veio ao de cima, tam-bém no nosso sentir. Fez-nos vibrar. Emesmo que não consigamos dar “razões”para a “sem razão” do massacre, vamos fa-lando no tema, vestindo e despindo ideiasque, de uma forma geral, nem sequer seencaixam umas nas outras. O Estado Is-lâmico em foco. A religião também. E,no entanto, nem a relligião terá a ver comisto.Ainda continuamos a pensar – e nem seráa primeira vez que o dizemos – que eraimportante saber ao certo quem armouos terroristas, quem lhes pôs nas mãosaquelas máquinas de vomitar fogo e mor-te. Era importante saber isso para pôr no-mes – verdaderiros nomes – dos que estãopor detrás de tudo. Mesmo que falemos sóno Estado Islâmico, que não terá decertofabricas de armamento sosticado, eraimportante até saber quen lhes deu (ou vendeu) as armas que serviram para este epara outros massacres,De qualquer modo, o massacre daquelepedaço de Paris poderia – deveria mesmo– servir de “farol” de conhecimento dessascoisas. É que, respondendo a algumas des-sas perguntas, éramos bem capazes de ternais meios e mais razões para a luta contraa barbárie. Poderíamos mesmo evitar queamanhã casos destes se repetissem.Cuidar dos vivos. Enterrar os mortos.Pouco mais se poderá fazer por agora. Es-tamos todos a lutar “no escuro”. Porque osque zeram aquilo... já morreram todos,E os “mandantes” serão ainda desconhe-cidos.Pelo muito que vamos ouvindo, mes-mo entre a nossa gente, há um vaziode “razões”. Há um vazio de “culpados”.Exactamente. Não havendo razões nemculpados... pouco mais se poderá fazer.Sobretudo para não andarmos em luta – verbal, por enquanto – contra “moinhosde vcento”...

    No G 20, Trudeau recebido como um “rock star”

    O Canadá defne-se por valores comunse não por diferenças culturais

    Na sua primeira visita à conferência do G20,o primeiro-ministro Justin rudeau deixoua sua mensagem focalizada, especialmente,no crescimento econômico e mudança cli-mática.

    Rearmou a sua promessa de aceitar 25.000refugiados sírios no nal do ano e insistiuem que o Canadá é um país que se denepelos seus valores comuns, e não pelas suasdiferenças culturais.

    eve ainda tempo para saudar os executivosde negócios que lhe deram uma recepçãode boas-vindas como se de um rock-star se

    tratasse, buscando fotos sele, para assinalara sua estréia no cenário mundial, atirando,até, aqui e além, com algumas piadas quiecvhegaram a provocar risadas designada-mente do presidente dos EUA, Barack Oba-ma.Nas suas principais observações, rudeaudisse a uma platéia de negócios G20 que osinvestimentos de longo prazo em infra-es-trutura e da juventude são as chaves para o

    crescimento, não uma preocupação com oslucros de curto prazo.O canadiano Mark Carney, Governador doBanco de Inglaterra, estava entre os presen-tes, juntamente com Perrin Beatty, presiden-te da Câmara de Comércio e Canadian An-gel Gurria, secretário-geral da Organizaçãopara a Cooperação Econômica e Desenvol- vimento.“A mudança climática é um desao muitoreal, e como nos preparamos para as cres-centes pressões sobre os nossos ecossiste-mas e os nossos recursos e nosso clima vaiser algo sobre as quais seremos julgados naspróximas décadas e gerações”, disse ru-deau, deixando uma mensagem de esperan-ça que muitos diosseram não terem ouvido,há mais de uma década, por parte de um di-rigente canadiano.

    Mesmo antes de falar, o primeiro-ministrofoi assediado por seles no G20 negóciose painel de trabalho discussão por dezenasde delegados sorrindo pouco depois de suachegada. rudeau voluntariamente posou

    para vários minutos, permitindo muitas fo-tos pessoais, bem como fotos de grupo nopé de um palco, antes de dar seu discurso.Nem todo mundo queria uma foto, masmuitos outros se aproximaram de rudeau,que recebeu calorosas saudações de uma variedade de pessoas, incluindo ChristineLagarde, a diretora do Fundo MonetárioInternacional.

    As “brincadeiras” de Trudeau“Este é o melhor G20 em que eu já estive,”brincou rudeau, mais tarde, durante umalmoço de trabalho.Esteve, igualmente, ainda que brevementecom Obama e tiveram uma conversa ca-lorosa com o presidente dos EUA, comodisseram assessores de rudeau. De acor-

    do com os assessores, quando perguntadoo que ele faria em primeiro lugar comoprimeiro-ministro, rudeau anunciou queiria cortar impostos da classe média - a queObama respondeu rindo, dizendo que pare-cia muito bom.

    Nas suas observações, rudeau disse emplena conferência dos G20 que o Canadácou “profundamente entristecido” peloseventos em Paris e disse que o Canadá esta-ria junto à França nas semanas e meses que virão.Depois, em uma foto com o presidente me-xicano, ele foi perguntado por um repórtersobre o estado de segurança nacional doCanadá. “A segurança e a segurança dos ca-

    nadianos é uma prioridade, para mi

    o meu governo”, disse rudeau.“Eu estive falando com o ministro rança pública e as várias polícias ede segurança. É um tema que vai est vido aqui, bem como com os outropara garantir uma segurança contínos nossos cidadãos.”

    As observações foram os primeiros rios públicos de rudeau sobre os atParis desde que deixou Ottawa na seà noite. Na época, havia pouca infsobre quem poderia estar por trás dsinatos.Canadá continua comprometido ncontra o Estado Islâmico

    Desde então, o presidente francês Hollande acusou ISIS pela morte desoas em restaurantes, bares, uma saldio e concerto. Vários líderes mundrespondido ao insistir sobre a importlutar contra a ISIS.Enquanto um funcionário do GabiPrimeiro-Ministro armou que continua comprometido com essa luder liberal também se comprometeuCF-18 aviões de combate do Canatir da missão de bombardeio lideraEUA na Síria e no Iraque, e para setreinamento local de forças na regentanto, ele não disse quando essa m vai acontecer. Os conservadores auto esforço atual para continuar até omarço de 2016.À luz dos ataques, líder interino ConRona Ambrose instou os liberais aimediatamente a decisão sobre os CF

    rudeau também falou sobre a impde fornecer um apoio mais humanitáNo domingo, ele repetiu sua promeszer 25.000 refugiados sírios para o Co nal do ano.

    O Ministro de Segurança Pública Radale, falando em Ottawa, disse à Cque o governo federal enfrenta “degísticos” em cumprir o prazo ambiciestá certo que isto pode ser feito sefícios a segurança nacional ou de sblica.“Screening é uma parte integrante de vamos ter certeza de que tipo de quer do lado da segurança ou do ladde, que a qualidade e o calibre da triaseja comprometida”, disse.

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    16 Novembro 206 . Comunidades

    São Martinho à moda dos Amigosdo MinhoEste Sábado dia 14de Novembro, foi a vez de um pouco maisde 200 amigos... do Rancho Folclórico Amigos do Minho,celebrar em família o dia de São Martinho.

    Num m de semana bastante preenchido por eventos inte-ressantes como aconteceu esta semana, na nossa agenda es-tava obrigatoriamente a ida ao Sporting Clube Português de

    oronto para estar entre “amigos”. No Sábado não podíamosdeixar de por lá passar – como também já é a nossa própriatradição. Mesmo que não apareçam outros órgãos de infor-mação, como infelizmente acontece mais que menos vezes,nós cumprimos o nosso dever.

    Não faltou nada. A tradição de São Martinho foi celebrada arigor e bem à moda minhota com uma ementa onde não-seesqueceram os rojões deliciosos, acompanhados por morce-la, chouriço, batatinha frita, salada, e um arroz solto. Não seesqueceram das castanhas claro... as “boas e quentes” quenão só cheiravam bem, mas sabiam melhor lá estiveram. etambém já agora, o pudim estava uma maravilha! Se faltou,para a próxima marque o seu lugar!

    Na noite de Sábado, foi Cidália Fernandes que esteve encarre-gue da sala já que o Presidente Otávio Barros tinha um outrocompromisso agendado na mesma noite. Cidália Fernandesfez-se sempre acompanhar pelos jovens da casa que tambémtrabalhavam para que nada faltasse. “Estas tradições já nos veem de Portugal. Foram tradições celebradas por nossos

    pais e por nossos avós. Para mim poder celebrar estas mes-mas tradições é como dar continuidade as minhas própriasraízes, ” disse Annabel Fernandes. Cecília Fernandes disse,“Para poder termos futuro temos que progredir, mas tam-

    bém mostrar o que somos, e viver estas nossas trad

    A noite foi toda ela encantadora porque o ambiesaudável e também quem esta entre amigos esta sem

    Grupo de Amigos do CarnavalIsto para além de vários sorteios durante aEste evento tem como objectivo angariapara a deslocação do grupo de dança carca (liderado pelo Mestre Artur de Freitas)clui 25 elementos Luso-Canadianos à ilha no próximo mês de Fevereiro, para repreCanadá nas Festas de Carnaval 2016.

    Há um Grupo de Amigos do Carnaval de oron-to, que está agora a organizar o que chama Festado Bacalhau, a ter lugar no Sábado, dia 28 de No- vembro, pelas 19H00, no salão nobre do GraciosaCommunity Centre. Para além do jantar, haveráactuação do Grupo Folclórico Pérolas do Atlânticoe baile com o conjunto musical Paradise.

    Leandro esteve cáSábado, noite frutíem eventos, viu EdVieira e HollywoodProductions trazer cá o artista Leandrconcerto levou-se no Centro Portugude Mississauga com patrocínio de VictoFerreira. Dizem n foi um concerto ba procurado. Sabemque outros jornais cnitários e órgãos demunicação se calhvão divulgar a notiem si, por esta ou arazão... julgamos suma noticia interese Graças a DEUS ntemos dores ao medo braço por enqua Nosso fotografo e rador Alberto Nogesteve por lá.

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    16 Novembro 2015 Comunidades .

    A jovem cantora Bruna Vilaça esteve presente e vez cantou e encantou.

    Aos poucos , passo em passo a jovem cantora comquistar o seu espaço. ivemos pena de não ver ponossos colegas de outros jornais mas esta bem, o“somos poucos mas bons” e quando nos falam eme cultura, nosso coração vê o amanhã dos nossos mais alto por vezes do que notas de cem.

    – CMCG /

    Associação Migrante de Barceloscelebrou a festa de São Martinho

    Guerra contra os Cristãos?Este m de semana ca marcado por os atos cobardescometidos em Paris. Muitas interrogações, muitascontradições, muitas perguntas e muitas incertezas. Entreo mar de perguntas e a rmações ouve-se a frase antiga,“o mundo está perdido...” Mas não está. O mundo

    encontra-se exatamente no mesmo lugar de sempre. Nosé que precisamos de um abanão... Com mil e um artigodedicadoa à cobardia e maldade cometida em Paris, esteartigo direciona as atenções para cá. Numa cidade como a de Toronto- sem igual em todo mundo- o multiculturalismo é a bandeira que nos une. Debaixodo lindo branco e vermelho da bandeira Canadiana somostodos iguais. Mesmo sendo assim este pais chamadoCanadá parece ver algumas culturas e religiões mais“iguais” do que outras. O Cristianismo em geral apanhasempre como se fosse o bombo da festa. Parece até queà nossa volta a sociedade em que vivemos e ajudamos acriar acha justo, tratar injustamente... no que diz respeitoa comunidade cristã. A sociedade criada por Cristãosconsiderada a mais tolerante do mundo vai dando aos poucos cada vez mais espaço a outras religiões, a outrasformas de viver, e abre os braços a outras maneiras de

    pensar que, ao m, contra-atacam a sua própria maneirade estar no mundo.

    Já nem falamos do episódio que aconteceu no parlamentofederal algum tempo atrás quando decidiram acabar de terque rezar o Pai Nosso antes do começo de cada sessão... Oúltimo caso de intolerância quase anti-cristã acontece emToronto. Desde 2006 que um concerto chamado Vozes das

    Nações (VOTN) tem vindo a utilizar a propriedade localizadana Yonge e Dundas para um concerto anual Cristão “multi-denominacional”, ou melhor, não pertencendo a uma sóreligião Cristã como Católica mas de todas que acreditamem Cristo. Através de canções e adoração pací ca que oconcerto de musica acontecia naquele local e sempre semqualquer problema.Sem mais nem menos, a cidade de Toronto agora recusaconceder a licença necessária para o próximo festival destegrupo. Segundo os burocratas que trabalham na câmara, ogrupo é culpado de “proselitismo”. - Proselitismo é de nidocomo a “tentativa de converter alguém de uma religião,crença ou opinião para o outra.” A pergunta é simples ;Você consegue imaginar qualquer funcionário desta mesmacidade a rejeitar coisa parecida a um grupo muçulmano ou judeu? “Desculpe, é proibido cantar sobre Muhammad...”A indignação pública seria ensurdecedora, e as noticias

    nacionais não falariam de outra coisa!A praça pública da Yonge-Dundas pertence ao público,

    incluindo pessoas de todas as convicções religiosaou até culturais. A questão aqui para ser ainda mé que nenhum outro grupo foi tratado do mesma Quase diariamente, muçulmanos, budistas, memcomunidade homossexual LGBT, ou até grupomarijuana compartilham suas crenças naquela praça sem ninguém dizer o contrario... Aproo Natal, e já se fala que a árvore de Natal – temchamado agora “Árvore das Festas”... Mais nenhué tratado da mesma maneira. Até quando? Neste pais chamado Canada, que ajudamos possuímos liberdades fundamentais de expressreligião, legalmente garantidas por uma Carta dee Liberdades. A decisão da cidade neste casconstituir uma violação direta. Porque só a esespeci camente? Aos poucos vamos deixandonossa volta uma versão do que é normal, mas nse for só o é porque deixamos que assim seja: ade cristãos. Esta tendência preocupante está esp poucos pela nação em que vivemos e está a levar àdas nossas próprias liberdades. Com mil e umdedicados à cobardia e maldade cometida em Partigo pede para que você leitor pense um pouco pais. É preciso respeitar para ser respeitado. E qufaltarem ao respeito, é preciso de uma só voz res Não vamos permitir.

    Até para semana Se DEUS Quiser.

    Situado no 2079 Dufferin St., em oronto, a Associação Mi-grante de Barcelos celebrou a festa de São Martinho em gran-de, e em tom acolhedor e em família.

    Não sabemos porquê... mas aos poucos estamos a aprender agostar cada vez mais desta gente, boa, simples, trabalhadora etalvez também por a simples maneira em que somos semprerecebidos, em qualquer festa desta Associação Migrante deBarcelos. Nossos agradecimentos.

    Para a Presidente Paula Barbosa esta festa celebrava-se sim-plesmente para “manter a tradição viva. Manter viva umatradição que já celebrávamos antes em Portugal mas fazê-loaqui e agora. Esta noite de São Martinho para nós, Associa-ção Migrante de Barcelos, signica o nosso esforço em man-ter a tradição viva e ajudar também que a nossa comunidadee os nossos mais novos não-se esqueçam” como nos disse.

    Com um DJ presente e a espera que se acabasse o jantar porrolar musica... a noite prometia.

    - Parece estar à nossa volta...

    Carlo Migu

  • 8/20/2019 ABC n 283 Compact

    8/24

    8. Comunidades 16 Novembro

    Anteontem foi o penultimo dia da Feira Royal AgriculturalWinter Fair . Ali esteve aberta 10 dias para o publico. Como seu 92º ano consecutivo, a feira que tem sido uma tradição para muitos agricultores e não só, que estão o ano inteiro a planear a sua cria para estarem perfeitas na hora de serem julgadas por um grupo de juris que vao decidir se o bichinhotem uma boa etiqueta.Diga-se desde já que há quem já ganhou vários prémios.Também há quem nunca ganhou nem um so, mas como a‘esperança é a ultima coisa a morrer´, os agricultores que nãoganharam prémio, saem de cabeça erguida e esperam sempre para o ano que vem para tentarem a sua sorte de novo.Lá fomos nós, familia de cinco, porque a mais novinha detrês semanas nao podia faltar à emoção toda. Embora ela sejamuito nova para entender as coisas, e que provavelmente

    Um dia diferente R o y a l

    A g r i c u l t u r a l

    W i n t e r

    F a i r

    amanhã ela não se lembrará de nada, mas ela tinha que ir. Oimportante é construirmos memórias. não é verdade? Nao foifacil segurar a mao de cada lho, um de cada lado, enquantose dispara uma fotogra a duma ovelha ou vaquinha. Eudevia ter disparado algumas vezes para os meus sapatos. Foiuma missão engraçada.

    Cada lho a puxar me para direcções opostas. Seeu pudesse dividir-me ao meio.Lá na feira encontrámos diversas exposições. Ale para comer. Havia quem tivesse a vender maple normalmente se põe em cima das panquecas. Havde cowboys, bijouteria, um doce de maçã que proera muito bom cozido com gelado.

    Obrigado, por nos fazer recordar…

    Arsenal em Festa rija…O prémio da “Festa Rija da semana” vai mais uma vez para oArsenal do Minho. Este Sábado dia 14 de Novembro, foi a vezdo Arsenal do Minho de Toronto celebrar mais uma edição dasua festa de São Martinho desta vez no enorme salão da Lo-cal 183 que – diga-se mesmo naquela noite já começava a pa-recer pequena porque estiveram la seguramente mais de 800pessoas... e onde aparentemente também não esqueceram denenhum pormenor ao celebrar a bonita tradição.Para quem la esteve sabe que como já é costume da casa nãofaltou mesmo nada. No que diz respeito ao jantar, com umaementa repleta onde não-se esqueceram as papas de sarra-bulho, rojões, ou castanhas claro e ninguém cou com fome.Com mais uma atuação do famoso rancho da casa a deliciaros apreciadores da dança tradicional também a edição 2015da Festa de São Martinho do Arsenal viu chegar Zézé Fer-nandes – vindo de Portugal. Zézé Fernandes, que conta com25 anos de carreira, e também já gravou 5 CDS foi uma con-tratação acertada e deliciou quem por lá passou só para lhe ver.

    No tempo que por lá estivemos, foi difícil falar com a Pre-sidente Laurinda Araújo na noite de Sábado porque em boaparte esteve sempre ocupada, e só deu para tirar-lhe uma fotoenquanto caminhava para outra parte do salão. Foi Antó-nio Letra, membro atual do Arsenal do Minho que nos disse“esta festa pode até parecer uma festa simples e não muitoimportante mas para nos, gente do norte é mesmo uma festaimportante. Costuma-se até dizer, sem a festa de São Mar-tinho não-se pode viver. O Arsenal do Minho quer manterestas tradições vivas, e por o que vimos nesta sala cheia, tam-bém querem todos.”

    Durante o tempo que por la andou a equipa do seu jornalABC encontramos senhora a contar para alguns mais novosa lenda de São Martinho e para quem não sabe ou já não selembra aqui vai;

    Uma lenda que é... mais do que issoPrimeiro São Martinho nasceu no ano 316 ou 317 no terri-tório da atual Hungria. Era lho de um ocial do Exércitoromano e, seguindo a tradição familiar, foi também militarcontra a sua vontade. Um dia, já em França, numa noite bas-tante fria e chuvosa, Martinho seguia montado no seu cavaloquando cruzou com um mendigo pobre e esfarrapado, quelhe pediu esmola. Não tendo nem uma moeda, puxou da es-pada e cortou ao meio a sua capa vermelha, dando-lhe meta-de para que se cobrisse do frio. Reza a lenda que esse homemera Jesus Cristo e que um milagre aconteceu: Nesse momen-to, a chuva parou e o sol apareceu por entre as nuvens. Desde

    esse dia Martinho sentiu-se um homem novo, abaExército e seguiu a vida monástica, O seu exemplodade e as suas pregações zeram dele um homemforam muitos os que o seguiram. Faleceu já idoso, vembro de 397. O seu corpo foi acompanhado empor mais de 200 monges e muitos devotos. Foi sepude Novembro em ours, cidade onde foi bispo. Aculto de S. Martinho começou logo após a sua mogaram aos nossos dias. Invocando aquele milagre

    a este período do ano em que, em pleno Outono, oquentes e cheios de sol, o Verão de São Martinho. “São Martinho, lume, castanhas e vinho!”Obrigado Arsenal por nos fazer recordar.

  • 8/20/2019 ABC n 283 Compact

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    197 Spadina Ave, Suite 402 , Toronto

    16 Novembro 2015 Comunidades . 9

    contacto com a NatuPavilhões a vender cadeiras feitas para dar massagens.Outras prontas para te dar um carro da marca Toyota, apos preenchermos o nosso nome e, claro, se o sorteio assimdissr. Por lá há sempre espectáculos de cavalos e cães paraassistirmos, pagando um pouco mais alem do 25.00 do custonormal para um adulto. No site tem sempre informação sobrequando há especiais e noites com preços mais em conta.Os nossos lhos como todas as criancas acharam piada veras vacas, ovelhas, llamas, coelhos e queriam sempre tocarnelas. Como todas as criancas nao tem maldade e queremlogo tocar na cara do bichinho que por sua vez podia nao tergostado. Estar na feira foi um autentica sala de aulas, la seaprendeu a esquiar a ovelha para ter a sua la... Ou ver comose tira o leite a vaca. Falou~se dos queijos e as diferencasentre animais. Tambem houve um pavilhão com motos daHonda e lá se pode experimentar, e os nossos também otinham de fazer.

    Lara ingride /Sergio Alexa

  • 8/20/2019 ABC n 283 Compact

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    16 Novembro 2010. Comunidades

    Ontem Domingo foi a vez da Parada do Pai Natal dizer “ola”,ou melhor, “ho ho ho”... a época Natalicia que se avizinha. Aedição numero 111 da famosa parada tem mudado ao longodos anos, como se pode vericar na foto que deixamos por aí.Algo que nunca muda é a emoção das multidões sobretudodas crianças que sempre atrai o evento anual.

    Enquanto muitos falaram da Parada em si - como já zemos varias vezes durante a nossa existência - desta feita queremosdar especial destaque a mais um ano da parada onde tambémparticipou a Banda do Senhor Santo Cristo de oronto - abanda mais antiga Luso Canadiana em todo Canada. Ban-da esta que ao longo dos anos também tem mudado como a

    Parada, que em tempos foi chamada “Te Eaton SaParade”.Nomes como de António Furtado que já conta comções de familiares, membros da banda, seu Pai, seate já seus netos, já participaram na linda parada.Luís Silva membro atual e Fundador da Banda que

    A Parada do Pai Nata

    Pela primeira vez, foi hasteada, na sexta-feira, a Ban-deira de Angola, no mastro nobre da CI Y Hall. Umacerimónia que se revestiu de um signicado muito es-pecial.

    Em representação do Embaixador de Angola, esrtevepresente Ladislau Silva. Muita gente.

    Importante a cerimónia, a despeito de se apresentarcom muito frio.Ladislau Silva, ele próprtio um Jornalista de mão cheia,agora no excercício de funções diplomaticas, pedimosnós para nos dar um resumo do que por ali. E foi de

    satisfação a sua resposta.

    Bandeira de Angola hasteadano mastro nobre da City Hall

    F o i o n t e m ,

    D o m i n g o

    . Jacinto Contreiras, com familiares por cá, malmente em Angola. Manifesta-se até mais dtisfeito... agradavelmente surpreendido.

    Um grupo de jovens de Angola estava por ali. Angola, agora a viverem por cá. Foram eles camnebte nos pediram para serem ouvidos.

    A Associação Angolana do Ontario – ACO – base da iniciativa. E Rui da Silva, o presidentque foi, de facto, uma boa iniciativa.

    No fundo, a própria Ana Bailão, estava satisfnhecendo que a comunidade angolana tem toreito em ser reconhecida.

    No fundo um hábito que vai, decerto, ser connos próximos anos.

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  • 8/20/2019 ABC n 283 Compact

    11/24

    Comunidades . 16 Novembro 2015

    algum tempo atrás “Isto e uma vida. Fui criado com a musi-ca, e não conseguia viver sem musica na minha vida.

    O meu lho disse me há dias, que a musica fazia parte da vida dele, e eu co feliz por saber isso também.”

    Para todos membros da Banda do Senhor Santo Cristo deoronto, a comunidade agradece.

    Desejos de um Natal Feliz do Jornal ABC.

    mais uma vez Português

  • 8/20/2019 ABC n 283 Compact

    12/24

    12 . Desporto 16 Novembro

    Portugal volta a perder na Rússiem preparação para o Euro2016

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    guarda-redes Rui Patrício, sobretudo na primeira parte.O jogo em Krasnodar acabou por resultar na quarta derrFernando Santos, todas em particulares, depois de FranParis e 1-0 em Lisboa) e Cabo Verde (2-0 no Estoril).Portugal continua sem vencer na Rússia (três derrotaspate) e também sem marcar qualquer golo sempre quea esse país.Como já era esperado, a pouco mais de seis meses ddo Europeu de França, Fernando Santos testou algumatendo avançado com as estreias de Gonçalo Guedes, quRúben Neves, Lucas João e Ricardo Pereira.O meio-campo também apareceu renovado, com Willilho, André André e João Mário, enquanto a defesa acao setor mais ‘rodado’, com Pepe e Bruno Alves no centrEliseu nas alas.Na frente, passado dois anos de ausência, Nélson Oliv

    a vestir a camisola das ‘quinas’, mas nos 72 minutos qucampo, pouca vezes conseguiu fugir à marcação dos defPraticamente no arranque da partida, Rui Patrício impedde marcar e, instantes depois, viu o avançado do Zenit burgo acertar com estrondo na barra da baliza.Portugal entrou em campo com muitas diculdades nameio-campo e, mesmo quando conseguia subir no terremens estiveram quase sempre desacertados, com Nani amuito à bola e Gonçalo Guedes notoriamente ansioso coDepois de Rui Patrício ter impedido novamente o golodesta vez a remate de Shirokov, Portugal nalmente iAkinfeev, já perto do intervalo, com Gonçalo Guedes e Mário a obrigarem o guardião russo a ‘sujar’ o equipamela que foi a melhor fase da seleção lusa em todo jogo.Na segunda parte, Portugal aproximou ainda mais os sdando pouco espaço aos jogadores russos, uma solução por tornar a equipa ainda mais inofensiva na frente. Excum remate ‘venenoso’ de João Mário, aos 87 minutos.Quando já era certo o ‘nulo’, Shirokov aproveitou algu

    centração da defesa portuguesa e bateu Rui Patrício, deexcelente assistência de Dzyuba.

    A seleção portuguesa de futebol, com um golo sofrido já perto donal, foi sábado derrotada pela Rússia, por 1-0, num jogo marcadopor quatro estreias e alguma falta de capacidade da formação deFernando Santos.Em Krasnodar, aos 89 minutos, o médio Shirokov marcou o úni-

    co tento da partida, com um remate já dentro da área, e garantiu à

    seleção russa uma vitória justa sobre Portugal, que passou grandeparte da partida remetido à sua defesa e com muitas diculdadesem conseguir chegar à baliza adversária.Mesmo sem as suas principais guras, incluindo Cristiano Ronaldo,a seleção lusa podia e devia ter feito mais no Estádio Kuban e só não

    sofreu um desaire mais expressivo devido à excelente exibição doMÉXICO

    Treinador assassinado a tiropelo pai de uma das jogadoras

    Um treinador de basquetebol foi assassinado no México pelopai de uma das jogadoras da equipa orientada pela vítima.

    O crime foi cometido após um jogo dos Dragones, na Cida-de Desportiva da Universidade Autónoma de Oaxaca. Gui-llermo Cordero, de 33 anos, foi abordado pelo pai de uma jogadora, insatisfeito por a sua lha não ter saído do bancode suplentes. Angel Reyes disparou cinco vezes sobre o peitode Cordero.

    Angel Reyes pegou na lha, de 11 anos, na esposa e pôs-seem fuga, num táxi.

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    Momentos de terror em Arouca*Funcionários do Sporting foram alvo de ameaças.

    O ambiente foi mesmo classicado por uma fonte do Sporting comode “terror”. O clima do jogo (vitória leonina por 1-0) foi escaldante,com o Sporting a conseguir o triunfo apenas no último minuto de jogo, num remate de Slimani. Antes, o técnico Lito Vidigal entrouno terreno de jogo e tocou em Naldo, que reagiu com um forte em-purrão. Os dois elementos acabaram por ser expulsos pelo árbitro

    Cosme Machado.

    Os membros da equipa técnica de Jorge Jesus que estiveram na ban-cada no jogo com o Arouca foram alvo de ameaças por parte deadeptos arouquenses, apurou o Correio da Manhã, de Lisboa, deonde respigamos estas notas.

    O adjunto Miguel Quaresma e outros elementos ligados ao staff leonino estavam num camarote do estádio e viveram momentosdifíceis. Foram ameaçados de agressões físicas e maltratados. O ní- vel de coação foi tão elevado que tiveram diculdade de cumprir asfunções.

  • 8/20/2019 ABC n 283 Compact

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    16 Novembro 2015 Desporto .

    Suécia vence Dinamarca (2-1

    A seleção sueca derrotou, sábado, a Dinamarca por 2-1,primeira mão do play off de acesso ao Europeu de 2016

    A Suécia inaugurou o marcador através de Emil Forsbertan Ibrahimovic (50) elevou a contagem para 2-0, apósde uma grande penalidade.

    No entanto, a Dinamarca, com as alterações efetuadas parte e com a substituição de Ibrahimovic, começou aser mais perigosa nos últimos 15 minutos, tendo mesmatravés de Joergensen.

    Este resultado deixa tudo em aberto para a segunda mdecorrer no campo dos dinamarqueses.

    O particular entre a Bélgica e a Espanha, mar-cado para amanhã, terça-feira, em Bruxelas,irá decorrer mas será jogado sob fortes medi-das de seguranças.

    A Federação belga emitiu um comunicado aalertar que após os atentados de sexta-feirafoi decidido manter o jogo, mas por razões desegurança ninguém poderá entrar no estádiocom uma mochila ou bolsa.

    A França venceu a Alemanha, por 2-0, numencontro de preparação disputado no Stadede France, em Paris.

    Olivier Giroud (45) e André-Pierre Gignac(86) marcaram para os gauleses que, ama-nhã, terça-feira, poderão defrontar a Ingla-terra, em Wembley.

    Adeptos não podem trazer mochilas

    França vence Alemanha (2-0)

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    16 Novembro 14 . Desporto

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    Ainda a tempo . 16 Novembro 2015Minuto de silêncio antes do Rússia-Portugal

    Federação e clubes portugueses lamentamatentados de Paris De acordo com o «Wall Street Journal», assim

    rorista percebeu que tinha sido detetado tentdo estádio e acabou por detonar a carga explodos tuneis da entrada.

    O avançado russo foi mesmo eleito o melhor em cam-po, depois de no segundo tempo ter obrigado o guarda-redes português a impor-se com estilo e evitar o golopela 3.ª vez.Portugal sofreu a segunda derrota consecutiva em ami-gáveis nos últimos 5 minutos de jogo (França e Rússia).RÚSSIA: Akinfeev; Kuzmin, Ignashevich, Aleksei Be-rezutskiy e Zhirkov; Dzagoev, Denisov, Shirokov, Ma-maev e Samedov; Dzyuba.Selecionador: Leonid Slutsky POR UGAL: Rui Patrício; Cédric, Pepe, Bruno Alves eEliseu; William Carvalho, João Mário e André André;Gonçalo Guedes, Nani e Nélson Oliveira.Selecionador: Fernando Santos

    Um dos terroristas foi expulso do Stade de France antesde detonar os explosivosUm dos objetivos dos terroristas era detonar bombasdentro do Stade de France, onde a seleção francesa de-frontava a Alemanha, tendo um dos seguranças suspei-tado de um individuo quando tentava entrar no estádio.

    *Marcou Shirokov, mas podia ter sido Dzyuba...Portugal perdeu na Rússia (1-0) na estreia de Guedes,Rúben Neves, Lucas João e Ricardo PereiraPortugal continua sem marcar qualquer golo em solorusso (4 jogos: 1 empate e 3 derrotas; 7 golos sofridos).E sem marcar é difícil ganhar. Por isso a seleção nacio-nal perdeu, sábado, com a Rússia (1-0) e somou a 4.ªderrota na era Fernando Santos (todos em jogos parti-culares), depois de ter perdido duas vezes com a Françae Cabo Verde.O golo russo foi marcado por Shirokov aos 89 minutos.Para a Rússia foi o prémio justo pela exibição atrevida ecapaz, que assim penaliza o jogo pobre e sem ligação dePortugal. Além das estreias de Gonçalo Guedes, RúbenNeves, Lucas João e Ricardo Pereira, pouco mais há adizer da seleção nacional, que teve apenas três opor-tunidades de golo em todo o jogo e só um deles foi àbaliza (Gonçalo Guedes).Valeu à equipa nacional Rui Patrício que aos 11 minu-tos de jogo já tinha evitado o golo a Dzyuba por duas vezes (mais uma defendida pela trave).

    “Não fcámosindiferentes.

    A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e vários clugueses lamentaram os atentados terroristas ocorridos feira, em Paris, e que provocaram pelo menos 127 mo“Do ponto de vista sentimental não camos indiferentipo de situações que, infelizmente, vão acontecendo pdo fora. Pelo facto de termos muitos portugueses em Pturalmente, porque vamos estar no Campeonato da Eu

    França, no próximo ano”, armou o diretor da FPF JoPinto.De acordo com o sítio ocial da FPF na Internet, o jocular entre Portugal e Rússia, marcado para as 14:00Lisboa), em Krasnodar, vai ser antecedido de um minlêncio em homenagem à vítimas dos atentados, que mtambém uma referência de João Vieira Pinto: “Lameaproveitamos para endereçar os mais sinceros sentimedas as famílias atingidas por esta catástrofe”.Além da FPF, também vários clubes manifestaram a sode com as vítimas, como Benca, FC Porto, Sportingde Braga e Arouca.“O Sport Lisboa e Benca lamenta o ataque de sextParis e demonstra total solidariedade com França e todfrancês”, lê-se no sítio dos ‘encarnados’ na Internet.FC Porto e Sporting de Braga manifestaram-se nas redatravés da mensagem #PrayForParis, tal como o Spoacrescentou: “O Sporting Clube de Portugal junta-se àdade internacional em solidariedade para com o povoque sofreu um violento ataque terrorista. Estamos to vosco, Paris.”“O mundo desvenda esta noite mais uma página de tesofreu mais um ataque sangrento. A todos os portugugrantes em França e particularmente em Paris, a nossde conforto. A todos os Franceses ‘Je suis Paris’”, lê-social do Arouca no Facebook.Pelo menos 127 pessoas morreram e 180 caram feridquais em estado crítico, em diversos atentados em Parta-feira à noite, segundo fontes policiais francesas.Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintoplosivos para levar a cabo os atentados, morreram, semesmas fontes.Os ataques ocorreram em pelo menos seis locais difecidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade onde decorria um jogo de futebol entre as seleções deAlemanha.A França decretou o estado de emergência e restabelectrolo de fronteiras na sequência daquilo que o Presideçois Hollande classicou como “ataques terroristas sdentes no país”.

    O objetivo doterrorista se-ria explodir

    o engenhonas lotadas

    bancadas, fazer o máx-imo númerode mortos e provocar o pânico no

    estádio.

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    16 . Ainda a tempo 16 Novembro

    Paris em estado de guerra.

    Os ataques de sexta-feira em Paris estão a levantar questõessobre a política europeia de acolhimento de refugiados, no-meadamente na Alemanha, e com a Polónia a dizer que não

    receberá migrantes. “Faço um pedido urgente, como minis-tro do Interior e como governante deste país, é preciso evitarfazer ligações rápidas com a situação relativa aos refugiados”,

    armou o ministro do Interior alemão, Tomas de Msublinhando que há “um nível chocante de ataqucandidatos a asilo e centros de acolhimento de refuEstas declarações foram feitas após uma reunião dde crise do governo alemão, na qual foi decidido apresença policial em locais públicos, como estaçõboio, e reforçar o controlo das fronteiras, assim cotorizar de perto os grupos de extrema-direita. Hoo ministro-chefe da Baviera, Horst Seehofer, tinhuma maior proteção das fronteiras alemãs e pedidomais apertados das fronteiras externas da Europa.aumento da migração para a Alemanha temos de saé que atravessa o nosso país”, referiu Seehofer, quelíder da CSU, a aliada bávara da CDU de Angelaque tem defendido uma linha mais dura em relaçãogiados dentro da coligação governamental.

    *Estado de emergência em França permite medidas como a mobilização de 1500militares e a aplicação do recolher obrigatório

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    Ainda a tempo . 16 Novembro 2015

    “As decisões, que nós criticámos, do Conselho Europeu sobrea recolocação dos refugiados e migrantes em todos os paí-ses da UE continuam a ter a força do direito europeu. (Mas)após os acontecimentos trágicos em Paris não vemos possibi-lidade política de os respeitar”, declarou Konrad Szymanski,futuro ministro dos Assuntos Europeus no governo conser- vador em formação.Só Itália sobe nível de alertaVários países europeus anunciaram o reforço das medidasde segurança em aeroportos, portos e fronteiras, mas apenasItália elevou o nível de alerta. O ministro italiano do Interior,Angelino Alfano, anunciou que o nível de alerta foi elevadopara o segundo mais alto, o que permite, caso seja necessário,a intervenção imediata das forças especiais do exército.Espanha decidiu “manter, para já”, o nível de alerta terrorista

    4, numa escala de cinco, decidido em junho, depois dos ata-ques jihadistas em França e na unísia. O Reino Unido tam-bém manteve o nível de alerta mas anunciou uma revisão dosplanos de segurança porque, disse o primeiro-ministro Da- vid Cameron, o país “enfrenta a mesma ameaça” que França.

    ambém a Bélgica apertou o nível de controlo fronteiriçonas estradas, vias ferroviárias e chegadas aéreas oriundas deFrança.

    A Holanda decidiu igualmente intensicar o confronteiras, aeroportos e estações de comboio, “emnas ligações a França”, anunciou o primeiro-miniRutte.

    “Nesse momento percebi imediatamente que eram

    Enquanto isso em França começou a ser instaurado de emergência decretado sábado de manhã poHollande. A nível nacional implica coisas como osegurança nas estações de comboios e aeroportostrolos fronteiriços, a mobilização suplementar de tares, 230 gendarmes e 5 equipas anti-motim da anulação de viagens escolares.

    Na Île-de-France, as autarquias podem impedir a de reuniões públicas ou fechar provisoriamente algços de reunião, autorizar buscas administrativas nça de um agente da polícia judiciária e instaurar obrigatório.Neste sentido, a orre Eiffel, o Louvre e a Ópera tiveram sábado fechados.

    “Não devemos fazê-los sofrer por virem das mesmas regiõesde onde nos chega o terror”O vice-chanceler Sigmar Gabriel respondeu a estas exigên-cias alertando para o perigo de se tornar a Alemanha me-nos aberta a recolher refugiados na sequência dos ataques deParis. “Não devemos fazê-los sofrer por virem das mesmasregiões de onde nos chega o terror”, disse o também líder doSPD, o outro partido da coligação. “A Polónia parece não pensar assim, tendo anunciado quenão poderá respeitar os acordos europeus de recolocação demigrantes na sequência dos atentados de Paris.

    Suspeito do massacreno Bataclan é flhode mãe portuguesaIsmael Omar Mostefai foi identicado, no sábado,

    pelas autoridades francesas como um dos suspeitosenvolvidos no ataque à sala de concertos Bataclan,em Paris, França.

    No entanto, o jornal norte-americano New York Ti-mes avança que Ismael, francês e nascido a 21 denovembro de 1985 em Courcouronnes, l`Essone,era lho de mãe portuguesa e pai argelino.

    Até ao momento, a identidade da mãe ainda não éconhecida, bem como não se sabe se é um dos setefamiliares detidos pelas autoridades para interroga-tório policial.

    Recorde-se que o ataque no Bataclan provocou amorte a 89 pessoas.

    E agora? O que há a fazer?que não terá decerto fabricas de armamento sosera importante até saber quen lhes deu (ou vendarmas que serviram para este e para outros massacDe qualquer modo, o massacre daquele pedaço dpoderia – deveria mesmo – servir de “farol” de cmento dessas coisas. É que, respondendo a algumaperguntas, éramos bem capazes de ter nais meiosrazões para a luta contra a barbárie. Poderíamos mevitar que amanhã casos destes se repetissem.Cuidar dos vivos. Enterrar os mortos. Pouco maisderá fazer por agora. Estamos todos a lutar “no ePorque os que zeram aquilo... já morreram todo“mandantes” serão ainda desconhecidos.Pelo muito que vamos ouvindo, mesmo entre a noste, há um vazio de “razões”. Há um vazio de “cuExactamente. Não havendo razões nem culpados..mais se poderá fazer. Sobretudo para não andarmluta – verbal, por enquanto – contra “moinhos de v

    De facto, somos todos algo piegas. Vivemos os dramas dosoutros, como se eles fossem directamente nossos. E aindabem que assim é. Ainda bem que nos interessamos pelaanálise de casos e factos que acontecem, um pouco portodo o mundo.O drama de França veio ao de cima, também no nossosentir. Fez-nos vibrar. E mesmo que não consigamos dar“razões” para a “sem razão” do massacre, vamos falando notema, vestindo e despindo ideias que, de uma forma geral,nem sequer se encaixam umas nas outras. O Estado Islâ-mico em foco. A religião também. E, no entanto, nem areligião terá a ver com isto.Ainda continuamos a pensar – e nem será a primeira vezque o dizemos – que era importante saber ao certo quemarmou os terroristas, quem lhes pôs nas mãos aquelas má-quinas de vomitar fogo e morte. Era importante saber issopara pôr nomes – verdaderiros nomes – dos que estão pordetrás de tudo. Mesmo que falemos só no Estado Islâmico,

    Europa em estado de choque

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    Conceição Baptista

    Em Portugal, a conquista por uma alternativa democrátiaentrou na ordem do dia. E era mais que sabido que, mesmoa coligação que ganhou as eleições, não poderia governarno Parlamento com uma minoria de deputados...

    Enquanto isso ia acontecendo – tendo como resultadovisível o isolamento da coligação de partidos, commaioria de votos nas eleições - foi-se criando umnovo entendimento entre os partidos da oposição econcretizaram-se acordos e planos, de formas diversas,entre os partidos da esquerda.

    E esta nova união de forças pode vir a constituir umfactor novo e decisivo para uma alternativa democrática.Que pode ou não trabalhar. Se não trabalhar... é aí quese chega, uma vez mais, à conclusão de que quem sofresempre mais é o Povo!

    A rejeição que foi in igida à coligação conclui uma etapa, por agora, ou talvez até decisiva, de um longo processode acção e de luta dos trabalhadores, de organizaçõesde massas e de uma grande parte da população, contraa política no poder, que nos últimos anos tem mostradomedidas de agravamento na qualidade de vida do Povo.E é este o quadro que se tem vindo a ver... porque paraamanhã... e em cada dia que passa, não se sabe o que

    pode acontecer.

    Mas a verdade, é que temos vindo a presenciar, e já háanos, que num país onde milhares e milhares de pessoastêm de recorrer à emigração para tentar resolver os seus

    problemas de subsistência, sem dúvida, que algo vaimal... muito mal. Por conseguinte, empregos e salários,minimamente compatíveis com o custo de vida.... tiveramde ser procurados noutros países, quase sempre emcondições precárias.

    E são essas condições... que têm levado tão alto númerode portugueses a deixar a sua terra, a sua cultura e as suasfamílias.

    A actual situação política e económica em Portugal temestado a piorar. Isto pelo que ouvimos... através dosnoticiários e também pelo que familiares e amigos nosmandam contar.

    E doi muito... saber que o nosso querido Portugal temestado a afundar-se, como consequência de uma políticavoltada para os interesses dos grandes monopólios, dosque estão interessados em fazer da nossa Terra uma

    “quinta para férias...”

    E isto enquanto... uma grande maioria do nosso povovive uma situação de tal modo difícil que já não quernem ouvir declarações e palavras “bem intencionadas” dealguns que o governam...

    Esta tem sido, no meu modo de ver, a situação política eeconómica em Portugal nos últimos anos, embora hoje,neste preciso instante, com decisões a “arrastarem-se” ecom o clima político que por lá se vive, muita da nossagente está cada vez em piores condições e ao mesmotempo confusa e indecisa... O que não é para menos!

    A luta por uma alternativa democrática está na ordem dodia. Esperemos que o Povo saiba responder!

    Aí temos nós mais uma onda de sangueira. Na cidade Luz – Parisde tantas e tão belas páginas de Cultura e Arte – sucessivos ataques

    terroristas (já reivindicados pelo chamado Estado Islâmico)ceifaram a vida a quase centena e meia de pessoas.

    E mesmo que se não queira... entra tudo isto nas páginas de recepçãoaos refugiados, há muito ou pouco tempo, designadamente o ódioque irrompeu no centro de Paris. A um dos terroristas mortos foramencontrados documentos sírios e documentos de aceitação comorefugiado, na França, há meia dúzia de meses atrás.

    Uma onda de morticínio e de barbárie e que é bem capaz de nãocar impune. Que já começou a atirar para as ruas de Paris as botas

    cardadas dos soldados. Que já fez vir ao de cima muitos “slogans”de ódio e de malquerença. Que vão fazer ainda pior a situação quelevou a Bataclan e outro locais do centro de Paris a metralha e osangue. Que muitos teimam em vingar.

    Toda esta onda de sangueira veio assim prejudicar a solidariedadeque estava a nascer – está a nascer – para com os refugiados. Que,na sua esmagadora maioria, nada têm a ver com o massacre. OMundo inteiro – da Europa e não só – está a interrogar-se. Há quemqueira seber quem forneceu armas aos energúmeros. Dizer apenasque foi o Estado Islâmico que esteve por detrás de tudo aquilo...é pouco. Talvez valesse a pena seguir o caminho das armas – eso sticadas, algumas – que criaram o alarme e o pânico na Europae estão a fazer pensar os que têm por missão defender os Países.

    Cerca de 150 mortos – e, pelo menos dois Portugueses – merecemcuidados. Uma investigação aturada. Dizer que estamos todoscom os Franceses, nas nossas orações e pensamentos, como fez,designadamente Justin Trudeau... é o mínimo que se pode exigir.

    Mas, de facto, é preciso ir ainda mais longe. Sobretudo para que se possa evitar mais morticínios.

    Ao princípio da tarde de sábadoAs primeiras notícias surgiram pelas 15h20 locais, dando conta devárias explosões perto do Estádio de França, onde decorria um jogode futebol entre as seleções francesa e alemã, e de um ataque comarma de fogo num restaurante.

    Pela 17h30 de sexta-feira, o número de mortos ultrapassava já umacentena, tendo a maioria morrido num ataque à sala de espetáculosBataclan, onde à hora dos ataques estavam cerca de 1.500 pessoas aassistir a um concerto dos norte-americanos Eagles of Death Metal. Naquela sala viveu-se uma situação de reféns, que terminou comum assalto policial.

    Oito terroristas morreram, quatro na sala de espetáculos Bataclan,dos quais três zeram-se explodir e um foi abatido pela polícia. Oataque foi reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico.

    Os ataques registados em Paris foram conduzidos em sete pontosdiferentes da cidade: Estádio de França, na Gare Du Nord, norestaurante Petit Cambodge, no bar Le Carrilon, no BataclanConcert Hall, no Belle Equipe Bar, em Les Halle.

    O presidente francês, que na altura dos primeiros relatos estavano Estádio de França, anunciou pelas 06h00 locais sa tarde quedecretou o estado de emergência no país e o controlo das fronteirasna sequência de “ataques terroristas sem precedentes”.

    O primeiro-ministro canadiano, Juastin Trudeau, disse, desde logo,que estava com a França e com a sua população. “As nossas oraçõesestão com todos”, disse Trudeau.

    O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesaté ao momento, não há emigrantes ou turistas portugas 127 vítimas mortais con rmadas o cialmente. Algcitadas pela imprensa francesa estimam que possa ha150 mortos.

    Os parisienses estão a oferecer, através das redes suas casas para acolher quem estiver nas zonas doe o Facebook ativou uma funcionalidade especial, oSegurança, que permite aos utilizadores dizer a famílque estão bem.

    Solidariedade mundialOs ataques já foram condenados por vários países,os Estados Unidos da América, Alemanha, Portugíndia, Itália, China Indonésia, Filipinas, Espanha, ReVenesuela, Vaticano, Malásia, Tailândia, Japão, CoreAustrália, Peru, Rússia, Egito, Afeganistão, Arábia Saudo Sul, Brasil e Israel.

    Cavaco Silva, enviou na sexta-feira à noite um teEstado ao Presidente francês, François Hollande, expsua “grande consternação” face ao que classi cou deataques terroristas” em Paris.

    Em Portugal, já vários políticos demonstraram constern

    ataques em Paris, entre estes, os candidato presidenciada Nóvoa e Marcelo Rebelo de Sousa, o secretário-gAntónio Costa e os partidos LIVRE e Bloco de Esquer

    O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, expcondolências e solidariedade ao presidente francêHollande e o repúdio de Portugal “de toda a forma de face aos atentados desta noite.

    Os presidentes do Conselho Europeu, Donald Tusk, dEuropeia, Jean-Claude Junker, e do Parlamento EuropSchulz, a rmaram estar profundamente horrorizadataques. Já o presidente da Comissão Europeia, JJunker, a rmou estar “profundamente chocado” comque o secretário-geral da Organização das Nações UniBan Ki-moon, considerou “desprezíveis”.

    O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, coatentados terroristas em Paris e sublinhou que a A“fortemente unida na luta contra o terrorismo”, o qua“nunca derrotará a democracia”.

    16 Novembro 18 . Ler e contar

    Alternativa DemocráticaNa Ordem Do Dia! Mais uma onda

    de sangueira N A C

    I D A D E

    D A L U Z

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    FernandoCruz Gomes

    A meninado papá...

    16 Novembro 2015 Ler e contar .

    A carta chegou até mim. O jornalista novato, qua estagiar na redacção onde eu ponti cava, entrE fugiu logo a chorar. É um grito de alma que chegasse a muitos mais sítios. E que produzisse que produziu em mim. Os termos da história (qu

    nossos) cam por aí.A carta dizia:

    Minha querida mãe. Fiz, efectivamente... tudo pediste. Fui à festa com os rapazes e raparigas Escola. Divertimo-nos imenso. Dançámos... dmuito. Eu tomei bem sentido do que me pediste..a noite toda consegui manter-me sem tocar nÉ que, como tu me disseste, conduzir sob os eálcool, é perigoso.

    Mãe, minha querida mãe. Eu z o que me pedislado, mesmo a meu lado, havia muita gente a bebuísque, brandys, tudo.

    E eu, a despeito de os colegas me considerare

    atrasada... fui bebendo um refrigerante. Não. Beque a noite foi longa. Fiz o que me pediste, mãe

    Quando a noite já ia alta, fomos saindo. Eu, à peguei nas chaves do carro e comecei a convontade. Certa de que o carro me obedecia – erdo pai, lembras-te? – e que a minha cabeça esta para eu não fazer asneiras...

    Fiz o que me pediste, mas agora... ouvi os etodos. Vi-me atirada ao ar do meu carro. Um outvelocidade estonteante, estatelou-se por sobre o o condutor, era um dos meninos que me acompna festa. Era um dos que me chamara atrasada... bebera, bebera...

    Ficou-se por ali partido aos bocados. Ele e m

    meninas que vinham com ele. E eu, mãe, estou banhada em sangue. Sangue meu... que tu e oderam... banhada em sangue, imagina.

    Os paramédicos, quando vieram, disseram logohavia nada a fazer. Que os do outro carro estavamortos... e que eu – ouvi-o agora mesmo a uma enque não cuidou de saber que eu estava ainda vivtardava muito em soltar o último suspiro.

    Eu cumpri o que me pediste, mãe. Eu cumpoeles não ouviram o pedido, não ligaram ao penão tiveram os pais a dar-lhe os recados que tu mEu vou. Eu vou. Mas quero que saibas que ou pedido... que não bebi uma gota de álcool, porqque ia conduzir...

    Mesmo assim... eu também sofri. Diz ao mano beba.

    Diz ao mano que eu quei a pensar nele. Diz aque seja forte e lute contra o álcool. E ao pai dizque eu quero que me ponham só na campa paralevarem uma tabuleta que diga: “Aqui jaz a m papá...”

    O jornalista que está por aqui e ainda me conseg prometeu-me que escrevia tudo... e te levava a acredito nele. E ele vai dizer a todos que o teu pme não salvou a vida... porque houve outros paesqueceram de dar o mesmo recado aos seus...

    Mãe. Eu z o que me pediste... mas não valeu a

    O primeiro-ministro britâ-

    nico, David Cameron, apre-sentou na terça-feira quatrometas de reforma na UniãoEuropeia (UE) como condi-ções para que o Reino Uni-do permaneça no bloco. Umreferendo sobre o futuro doReino Unido na UE deve serrealizado até o m de 2017.Num discurso em Londres,Cameron defendeu que Bru-xelas conceda mais autono-mia a seus países-membros.“Nunca se esqueçam de queagora a União Europeia écomposta por 28 antigasnações da Europa”, disse.

    “Essa mesma diversidadeé a maior força da Europa.O Reino Unido diz ‘vamoscomemorar esse fato, vamosreconhecer que a respos-ta para todos os problemasnem sempre é mais Europa’.Às vezes, ela é menos Euro-pa.”O líder britânico tambémenviou nesta terça-feirauma carta ao presidente doConselho Europeu, Donald

    usk, apresentando formal-mente suas metas de refor-mas.As quatro áreas em que

    Cameron exige mudançasincluem o m da discrimi-nação dos países que nãopertencem à zona do euro(caso do Reino Unido), maispoder para os parlamentosnacionais e menos restriçõesburocráticas para aumentar

    a competitividade.“Precisamos unir todas aspropostas diferentes, pro-

    messas e acordos – sobremercado único, comércio,diminuição de regulamentos– e juntar tudo num com-promisso claro que imprimaa competitividade no DNAde toda a União Europeia”,disse.A reivindicação mais contro- versa, porém, é a que prevêmaior controle sobre a polí-tica de migração, impedindoimigrantes de alguns países-membros da UE de reivin-dicarem alguns benefíciosdurante os quatro primeirosanos no país.

    Cameron garantiu que de-seja a permanência de seupaís na UE, desde que possagarantir uma maior autono-mia para o Reino Unido. OPartido Conservador de Ca-meron perdeu terreno para

    Cameron apresenta condiçõespara permanência na UE

    partidos eurocéticos aber-tamente hostis à adesão àUnião Europeia, mas o Par-

    tido rabalhista e outros daoposição dizem que vão seopor a uma saída da UE.Comissão Europeia criticapropostasA Comissão Europeia ad- vertiu nesta terça-feira quealgumas das reivindicaçõesdo Reino Unido para conti-nuar a integrar a União Eu-ropeia são “problemáticas”.Na entrevista coletiva diáriado órgão executivo da UE, oporta-voz Margaritis Schi-nas observou que a comis-são recebeu a carta do pre-miê britânico endereçada a

    usk. Comentando o discur-so de Cameron, armou que vê vários elementos “que pa-recem ser executáveis”, en-quanto outros são “difíceis”e alguns “altamente proble-máticos”.

    Questionado sobre a propos-ta de Londres de impor umarestrição de quatro anos aos

    imigrantes europeus até es-tes terem acesso a benefíciosno Reino Unido, o porta-vozcomentou que algumas pre-tensões do governo britânico“afetam as liberdades funda-mentais do mercado inter-no, e a discriminação diretaentre cidadãos da UE entraclaramente nessa categoria”.O porta-voz acrescentou quea Comissão Europeia encaraa carta do primeiro-minis-tro como sendo o início dasnegociações, e não o m,e reiterou que, tal como opresidente do órgão, Jean-

    Claude Juncker, tem arma-do repetidamente, Bruxelasestá pronta a negociar umacordo que seja justo para oReino Unido e também paraos demais Estados-membrosda União Europeia.

    O Primeiro-Ministro da Grã-Bretanha, delineia quatro metas de reformas para evitar saída do Reino Unido do bloco, a qualdeve ser votada em referendo. Comissão Europeia arma que algumas das reivindicações são “altamente problemáticas”.

    Tiroteio fatal também na Jordânia

    Um capitão da polícia jordana disparou sobre várias pessoasna cantina da base antes de ser morto pelas forças de segu-rança daquele país

    Zé Lusitano

    Um tiroteio num centro de treinos de operações especiaisnos arredores de Amã, na Jordânia, tirou a vida a pelo menos2 instrutores norte-americanos, um sul-africano e quatro jor-danos, desconhecendo-se a nacionalidade da oitava vítima.

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    Paulo Alves – Carlos Morei

    Novo Mercedes Classe C Coupé chega em 20 . Automobilismo 16 Novembro 2

    Renault já manda em Ens

    A Renault está a ultimar os últimos detalhes da compra da Lotus,esperando-se que faça o anúncio ocial no negócio ainda antes donal da temporada. O preço e a forma de pagamento já foram acor-dados entre a Renault e os atuais proprietários da equipa de Ensto-ne, depois de Eric Lux e Andrew Ruhan terem aceite, com relutân-cia, as condições impostas pelos franceses relativas ao pagamento,que será feito ao longo de dez anos. Para Gerard Lopez, que vaimanter 25 por cento do capital da equipa, isso nunca foi um proble-ma porque o francês acredita que ainda vai a tempo de recuperar oforte investimento que fez na equipa ao longo dos últimos seis anos.Já está denido que Fréderic Vasseur vai ser o novo responsávelpela equipa no terreno, assumindo a gestão quotidiana da equipaem Enstone – o francês resistiu a ter de mudar-se para Inglaterramas acabou por aceitar esta imposição da Renault – no que marcaráum ponto nal da sua colaboração com Nicolas odt e a AR , daqual foi membro fundador e líder no terreno ao longo dos últimosdez anos.Já Bob Bell estará de regresso a uma estrutura que conhece mui-to bem – trabalhou na Renault entre 2002 e 2009 – para voltar aassumir o lugar de Director écnico, mas não vai ter a sua tarefafacilitada, pois nos últimos meses registou-se uma verdadeira de-bandada de cérebros em Enstone, com muito gente da equipa decorridas também a já ter entregue os seus pedidos de demissão paraacompanharem Romain Grosjean na sua passagem para a Haas. É ocaso do Chefe de Engenheiros, o japonês Ayao Komatsu, de JulienSimon-Chautemps, engenheiro de pista do francês e de alguns dosmecânicos mais experientes da equipa inglesa.Projeto de 2016 avança

    Preços começam nos 46 050€ (diesel) ou 41 800€ (gasolina).Consulte a tabela.A redução de peso, o apuramento aerodinâmico (cx de 0,26)e uma a nação mais desportiva bene ciam a performance,o consumo e o comportamento dinâmico do novo Mercedes-Benz C Coupé.O formato desportivo do novo Mercedes Classe C assumecurvas típicas dos coupés mais recentes da marca, com umatraseira marcadamente descendente. Portas sem moldura,maior largura de vias e dimensões em geral maiores que oCoupé da Classe C anterior também marcam a diferença.A suspensão do Coupé é 15mm mais rebaixada que a da ver-são de quatro portas ou carrinha, combinando-se com as jan-tes de 17 polegadas de série.Relativamente ao Coupé da gama anterior, o novo mode-lo também exibe importantes diferenças: está 9,5 cm maiscomprido, 4cm mais largo, apenas 1cm mais alto e 8cm maislongo na distância entre eixos. Muito importante tanto para aaparência como para a dinâmica é o acréscimo de 2,9cm nalargura de via dianteira e de 1cm na via traseira.A suspensão de série é convencional, disponível com amorte-cimento seletivo, estando disponível a suspensão pneumáticaAirmatic em ambos os eixos, esta controlada eletronicamen-te, com amortecimento constantemente adaptativo e nivela-mento automático.Toda a gama está equipada com o sistema de programaçãode condução Dynamic Select, com cinco programas de con-dução: Eco, Comfort, Sport, Sport+ e Individual. No casoda mais poderosa versão AMG C63 S existe ainda um modoRace.A escolha de equipamento opcional é quase in nita, permi-tindo rechear o C Coupé de forma quase individualizada.Está disponível uma inevitável proposta AMG Line, com de-coração exterior especí ca, para-choques diferenciados, umagrelha em diamante com aplicações cromadas e jantes de 18 polegadas AMGO habitáculo pode receber igual grau de personalização ere namento, com revestimentos em couro Artico combina-dos com micro bra negra com costuras contrastantes; pedaisAMG e um volante multifunções de base plana.O novo Mercedes C Coupé começa a ser vendido em Portu-gal no dia 3 de dezembro próximo, nas versões diesel 220d(170 CV) ou 250d (204 CV).

    Mas a Renault já começou a colocar técnicos seus em Epois de numa primeira reunião técnica, dias antes do Gmio de Singapura, terem cado denidas as especicaçõchassis do próximo ano, tendo em conta as necessidademuito modicado que a marca francesa está a preparar ximo ano.Desde essa altura os comandados de Nick Chester estlhar a fundo no projeto do chassis de 2016, tarefa facilihá um ano trabalharem com outro construtor. Mesmo Enstone admite-se que se vive uma corrida contra o temo primeiro chassis pronto para o primeiro de dois testepara Barcelona em fevereiro do próximo ano, mesmo seconantes que esse objetivo vai ser conseguido.Com Cyril Abiteboul a manter-se à frente da estrutura detillon, mas com a posição de CEO da equipa, asseguranentre os departamentos de chassis e motor, e Rob White no comando do departamento de motores, a Renault gama continuidade na estrutura, esperando que isso acelerso de reconstrução da equipa.Já Federico Gastaldi tem o seu futuro por denir, pois tpara car e escolher a área a que se quererá dedicar, senque regresse ao departamento comercial, área da sua espMas o argentino confessou-nos sentir um enorme cans

    de seis anos muito intensos e admite fazer uma pausa nara, apesar da insistência de Abiteboul e de Lopez para qunha na estrutura de Enstone.

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    A oferta a gasolina tem na base o C 180 manual de 4 cilindros e 1.6 litros de 156 CV, seguindo-scom motor de 2.0 l itros e 184 CV. Acima destes esurge o C 300 também de 4 cilindros e 2.0 lit ros m245 CV, este apenas disponível com a caixa automTronic Plus, enquanto as duas propostas abaixo p bém ser equipadas com a caixa manual de seis vePar mais performance há que esperar por fevereirque chegarão as versões AMG C63 e C63S (476CV, respetivamente), com o motor V8 biturbo deque já conhecemos das versões de 4 portas e StatiVeja a tabela de preços dos novos Mercedes-Bene Mercedes-AMG C 63C 220d Coupé (170 CV caixa M6): 46 050€C 220d Coupé (170 CV caixa Auto): 48 650€C 250d Coupé (204 CV caixa Auto): 50 850€C 180 Coupé (156 CV caixa M6): 41 800€C 200 Coupé (184 CV caixa M6): 45 500€C 180 Coupé (156 CV caixa Auto): 44 587€C 200 Coupé (184 CV caixa Auto): 48 193€C 300 Coupé (245 CV caixa Auto): 52 100€Mercedes-AMG C 63 Coupé (476 CV caixa Auto)Mercedes-AMG C 63 S Coupé (510 CV caixa A800€ Apresentado o W Motors Fenyr

    SuperSport

    O Salão do Dubai foi o palco escolhido para a apresentação donovo W Motors Fenyr SuperSport, um supercarro de edição li-mitada com mais de 900 CV.Se há país que gosta de excentricidades, então o Dubai estáseguramente no topo da lista. A recente apresentação do WMotors Fenyr SuperSport é a prova disso. rata-se de umsupercarro destinado aos milionários daquele estado quepretendam explorar todas as potencialidades de um veículodesenvolvido pela empresa libanesa Lykan Hypersport. Estafoi buscar o “knowhow” de empresas europeias de renomecomo a RUF e a Magna Steyr Itália. As duas últimas empresasforam encarregues de desenvolver respetivamente o motor eo chassis. O “SuperSport” é inteiramente produzido em brade carbono, sendo a sua estrutura fabricada em tubos de alu-mínio de modo a manter o peso deste monstro verdadeira-mente reduzido.Quanto à motorização utilizada neste veículo, dos quais sóserão produzidas 25 unidades, o fabricante recorreu a umbloco bi-turbo Porsche de 4 Litros, capaz de oferecer ao seuutilizador 900 cv e 1200 Nm de torque. Este motor está li-gado a uma caixa de sete velocidades de dupla embraiagem.Quanto a prestações, a Lykan Hypersport apresenta 2,7 se-gundos para o W Motors Fenyr SuperSport passar dos 0 paraos 100 km/h. A sua velocidade máxima pode ultrapassar os400 km/h.

    Ferrari e Red Bulldiscutiram... Alfa Romeo

    Sendo certo que a decisão está tomada e a Red Bull irá ter unida-des motrizes Renault, provavelmente com especi cações diferen-tes que lhe vão permitirem nomear o conjunto ‘In niti’, recuandoum pouco, a Ferrari e Red Bull, segundo refere o Motorsport.com,chegaram a discutir a possibilidade do nome Alfa Romeo poder re-gressar à Fórmula 1. E como? Sabendo-se que a Ferrari não queriafornecer o seu motor de 2016 à Red Bull, pensou-se numa hipótesede trabalharem em conjunto para desenvolver um motor diferente,com outro nome, que permitisse utilizar os 32 tokens disponíveis para quem desenvolve motores.Só que Ferrari e Red Bull nunca chegaram a acordo, pois havia

    pelo meio uma série de questões que ‘encravaram’ o processo, amaior delas, a dependência da Red Bull à Ferrari e o receio quenunca conseguissem ter um motor tão competitivo quando os ho-mens de Maranello. Esta questão de haver fornecedores de motorescom equipas o ciais, é complicada, pois a Mercedes, Ferrari e ago-ra Renault nunca permitirão que as equipas que fornecem tenhammotores iguais, tentando dessa forma ganhar aí alguma vantagemlogo à partida.

  • 8/20/2019 ABC n 283 Compact

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    No Sporting... ouviu-se o Fado!

    Ainda a tempo . 16 Novembro 2015

    Pela primeira vez este ano o Sporting Clube Português deToronto levou a cabo uma noite de Fados na sua sede ...ediga-se que num m de semana como este que passou, tãofrutífero em eventos comunitários... A casa esteve acolhedo-ra e o som do fado reinou.

    Para Fátima Ferreira, uma das Fadistas convidada para noitede fados à Sporting, “ o Fado é o presente e o passado, o

    Fado é emoção. Estar aqui pela primeira vez este ano, achoque nem-me lembro a ultima vez que cantei aqui numa noitede Fados que certamente vai car na historia deste grandeclube, é especial”, como nos disse.

    No Sábado – naquele sábado -os mestres da guitarra Valde-mar Mejdoubi, Hernâni Raposo, e Manuel Moscatel acom- panharam os fadistas Mário Jorge que marcou presença para ocupar o lugar de Manuel Silva que estava gripado, masmesmo assim esteve presente para dar seu apoio, e, claro,Fátima Ferreira. Apresentação foi de Fátima Martins, daCHIN Radio, e houve um fadista especial, que não dizemosquem foi mas que está na fotogra a.... vai ter que adivinhar.

    Carlos Ferreira Presidente do Sporting Clube Português deToronto disse: “o Sporting realizou a sua primeira noite defados, que foi também o seu primeiro evento este ano. Agoracaminhamos nos preparativos para a