Adelmo Genro Filho e o jornalismo

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Palestra proferida em 18 de agosto de 1988, no auditório do Centro de Convivência da UFSC, e que integra o seminário “Revolucionar o Marxismo”, realizado em homenagem a Adelmo Genro Filho.

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    Adelmo Genro Filhoe o jornalismo1

    DANIELKOSLOWSKIHERZFoi jornalista formado pela Unisinos e mestre em Comunicao pela UnB. Foi professor do departamento de

    Comunicao Social/ Jornalismo da UFSC de 1980 a 198. Fundador do F!rum "acional pela #emocrati$ao da

    Comunicao e representante da Fenaj no Consel%o "acional de Comunicao do Con&resso "acional. 'am()m foium dos mentores da c%amada *ei do Ca(o+ em espec,-co dos par&rafos ue asse&uram a o(ri&atoriedade de 's

    p(licas e uni2ersitrias nos planos de ' por assinatura. *anou em 1983 o li2ro 45 6ist!ria Secreta da 7edelo(o+ com &randes e sucessi2as tira&ens. :ra primo de 5delmo enro Fil%o. ;orreu em

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    iidirei a eposio so%re delmo Genro Fil&o e s!a prod!o so%re ojornalismo em trs partes. (a primeira, apresentarei !m &ist2rico de como

    se desenole! a prod!o de delmo so%re o jornalismo3.Em !m se#!ndo

    momento, eporei as principais concep*es so%re o jornalismo incl!$das no liro 4-

    Se#redo da Pir5mide6. Em terceiro, destacarei al#!ns aspectos releantes desse tra%al&o

    !e se so%ressaem pela ori#inalidade e radicalidade e !ltrapassam as !est*es

    espec$ficas da 7rea de jornalismo.

    8I

    Fa"endo !m &ist2rico de como se desenole! a prod!o de delmo so%re o

    jornalismo, podemos partir de !ma constatao9 de !e !ando ele c!rso! com!nicao

    : assim como a maioria dos !e &oje so professores a!i ; no &aia, tanto do ponto de

    ista pol$tico !anto do ponto de ista te2rico, nen&!ma possi%ilidade dessa disc!sso

    fl!ir atra? a a%ril de 1=>D o se#!ndo, 4Jornal'nformao6 tin&a sede em Porto le#re e circ!lo! de j!l&o de 1=>D a janeiro de 1=>>. Eperinciascitadas por ernardo !cinsHi em 4Jornalistas e Beol!cion7rios9 nos tempos da imprensa alternatia6e !e rece%eram est!do espec$fico por Elo$sa lein na dissertao 4(as eias do jornalismo, a pol$tica9resistncia @ ditad!ra no 'nformao6 Aapresentada em 3II no Pro#rama de P2s:Grad!ao emCincias da Com!nicao da Uniersidade do Kale do Bio dos Sinos, so% orientao de C&rista er#er.8e acordo com lein A3II, p. >, delmo Genro Fil&o passa a aparecer como rep2rter do jornal de'j!$ apenas na edio de D de feereiro de 1=>D. 8e acordo com relatos col&idos por Beis A3II1, p. 13/,a partir da entrada de delmo Genro Fil&o na redao e da composio de cola%oradores de Santa+aria, o setor joem do +8 passa a infl!enciar a #!inada pol$tica do seman7rio de 'j!$. 8aniel Ler",

    por s!a e", diri#e o Jornal 'nformao de Porto le#re, no !al delmo Genro Fil&o foi rep2rter e

    ///

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    seman7rio !e epressaa as posi*es de !ma artic!lao m!ito ampla !e se sit!aa, @I6, de Eliana Taares dosBeis Aso% orientao de Celi Be#ina Jardim Pinto. delmo Genro Fil&o foi presidente do Setor Joemdo +8 de Santa +aria de 1=>/:1=>?, sendo depois s!%stit!$do por Ser#io Mei#ert ABE'S, 3II1, p.11=:13I.

    ?- jornal a !e Ler" fa" referncia a!i < o 4Jornal 'nformao6, com sede em Porto le#re.D s elei*es ocorreram em 1? de noem%ro de 1=>D. Genro Fil&o foi o se#!ndo ereador mais otado de

    Santa +aria, com 3031 otos, e se! mandato foi de 1=>> a 1=3 ABE'S, 3II1, p. 13.>+aria Bita ssis rasil era est!dante de medicina da UFS+ !ando foi eleita a 11 a ereadora maisotada da!ela le#islat!ra, com 1131 otos. Ela era esposa de Ser#io Mei#ert nesse per$odo e os doiseram ami#os m!ito pr2imos de delmo Genro Fil&o e de s!a ento esposa, Net$cia Pas!alini.t!almente, +aria Bita ssis rasil tra%al&a como m

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    pretendia ter !ma !alidade jornal$stica. eperincia do 4Seman7rio 'nformao6=foim!ito interessante, por!e ele foi, dos jornais re#ionais da imprensa alternatia, o )nico

    !e tee maior d!rao e com !m car7ter semanal. (2s d!ramos cerca de 3 semanas,

    o! seja, !ase meio ano. - projeto era para d!rar seis meses. Se poss$el contin!ar, mas

    o projeto %7sico era de seis meses. E era !m jornal mantido semanalmente, mesmo com

    todas as dific!ldades.

    (2s nos deparamos com essa realidade concreta9 n2s no sa%emos fa"er jornal.

    Temos rec!rsos. Nimitados, mas temos rec!rsos. Temos amparo pol$tico, !mas!stentao epressia. +as no conse#!imos trad!"ir isso em projeto para !m jornal.

    om, essa < !ma &ist2ria a parte, !e mereceria at< !ma disc!sso, mas n2s amos ficar

    por a!i com esse re#istro da dific!ldade de trad!"ir conse!entemente no plano da

    atiidade jornal$stica, !m projeto pol$tico.

    s disc!ss*es nesse per$odo aanaram m!ito po!co. Predomino!

    f!ndamentalmente d!rante toda a eperincia do jornal !m empirismo. pesar disso, em

    al#!mas mat>, delmo p!%lica arti#os, principalmente no 48i7rio de (ot$cias6 de

    Porto le#re e no 4 Ba"o6 de Santa +aria onde, a$ sim, j7 est7 claramente formado o

    em%rio do !e seria a c&ae de s!a a%orda#em do jornalismo, a !esto da

    sin#!laridade como cate#oria central de !ma teoria do jornalismo1I.

    =Pelo conteto da fala, trata:se do Jornal 'nformao de Porto le#re.

    1I8esses tetos foram p!%licados pela reista de Est!dos em Jornalismo e +$dia da UFSC9 4-Jornalismo e a Crise da o%jetiidade %!r#!esa6 Ap!%licado ori#inalmente no 48i7rio de (ot$cias6 dePorto le#re em 3> de j!l&o de 1=>?, 4O!est*es so%re Jornalismo e 'deolo#ia6 Ap!%licado no 4Ba"o6 de Santa +aria em 33 de o!t!%ro de 1=>> e 4So%re a necessidade de !ma teoria do jornalismo6Atam%

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    Em 1=>, participei j!nto com delmo da deciso de fa"er mestrado. Ele j7estaa &7 dois anos na C5mara dos Kereadores de Santa +aria. s perspectias pol$ticas

    no eram m!ito si#nificatias. (o se preia nada m!ito importante no &ori"onte

    pol$tico do rasil. E delmo j7 tin&a ; e a!i insisto nesse aspecto do depoimento :

    %astante claro a import5ncia da teoria e da necessidade etrema !e se tem de f!ndir

    teoria e pr7tica. -! seja, da atiidade pol$tica estar informada, estar amparada em !ma

    s2lida formao te2rica.

    8ecidimos ento fa"er o mestrado em ras$lia. Fomos fa"er esse conc!rso ; e e!fao !esto de fa"er esse re#istro a!i por!e < !m aspecto do c!rr$c!lo de delmo

    !e merece esclarecimento. (esse conc!rso na Uniersidade de ras$lia, c&e#amos l7 e

    depois ; a &ist2ria foi sendo reconstit!$da depois ; desco%rimos !e &aia apenas d!as

    a#as. 'sso por!e das sete o! oito a#as dispon$eis, as o!tras seis j7 estaam

    destinadas. Laia !ma a#a !e era para o candidato do anco do rasil. Laia o!tra

    a#a !e estaa destinada para !ma afil&ada de !m promissor pol$tico do +aran&o

    c&amado Jos< Sarne. ssim, as a#as estaam todas destinadas. E a %anca ; isso, comoe! disse, s2 foi reconstit!$do depois ; resole! !e no daria as a#as para d!as pessoas

    do Bio Grande do S!l. 8ois jornalistas do Bio Grande do S!l. E escol&eram !m deles.

    !ele !e eles ac&aram !e iria para ras$lia. Eles ac&aram !e delmo, !m

    ereador em pleno mandato, aca%aria no indo para ras$lia. E a$ distri%!$ram a o!tra

    a#a, com o!tros crit

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    E! aca%ei fa"endo o mestrado em ras$lia em 1=>=. N7 con&eci C.1?R poss$el !e a meno de Ler" ao ano de 1=D seja @ data da concl!so do teto da dissertao. -t$t!lo do liro < o mesmo da erso final da dissertao entre#!e no Pro#rama de P2s:Grad!ao emCincias Sociais. Por

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    pro#ressiamente centrado na filosofia. pesar do interesse no jornalismo ser !minteresse s!%sidi7rio importante, das eperincias concretas !e ele ie! e da

    necessidade premente de !ma teoria do jornalismo, sem d)ida a inda dele para a

    UFSC foi decisia para o res!ltado deste tra%al&o. Partic!larmente, sinto:me m!ito

    satisfeito por ter insistido m!ito para !e o tema da tese de delmo representasse esse

    acerto de contas com a 7rea da Com!nicao. E e! ac&o o res!ltado do tra%al&o

    epressio, o !e destacaremos a se#!ir.

    II

    Por ser !ma o%ra mais aca%ada, por ser, tale", a o%ra mais aca%ada de delmo,

    4- Se#redo da Pir5mide6 tem import5ncia m!ltiplicada. Por dois aspectos. Em primeiro

    l!#ar, pela ori#inalidade da a%orda#em. R realmente !ma an7lise m!ito ori#inal dentro

    das a%orda#ens tradicionais do marismo. (o s2 em relao ao o%jeto jornalismo ;

    pois a$ o marismo no apresenta respostas :, mas frente a a%orda#ens do marismo a

    o%jetos espec$ficos em diersos campos do con&ecimento. Em se#!ndo l!#ar, portrad!"ir a infleo desse marismo antido#m7tico !e marco! o tra%al&o de delmo.

    Portanto, < !ma o%ra importante tam%

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    Essa o%ra, para fa"er !ma s$ntese, poderia ser lida de m!itas maneiras. Comoesse semin7rio se prop*e a tratar dos aspectos de s!a o%ra pol$tica e filos2fica, o! me

    concentrar nas s!as concep*es so%re o jornalismo. Fao isso acreditando tam%. (essa palestra, ele ep*e s!a a%orda#em do liro. E e!

    ac&o !e, assim como no ca%e !al!er tipo de c!lto @ mem2ria de delmo ; o !e no

    caso de delmo at< soaria redo%radamente rid$c!lo, dado o sentido cr$tico !e ele

    pr2prio sempre eerce! so%re o !e estaa esta%elecido :, tam%, na PUC:BS, em Porto le#re.1 partir desse trec&o, a eposio de Ler" < a reprod!o da palestra reali"ada por delmo Genro

    Fil&o. Essa palestra foi p!%licada pelo jornal la%orat2rio ero AUFSC em 1== AGE(B- F'NL-,1==, pela FE(J em 1==D e tee noa p!%licao em 3II> no liro 4-l&ares so%re o Jornalismo9

    /?I

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    %7sica so%re a teoria. - !e < teoria (2s podemos diidir as formas de con&ecimento&!mano, para efeito dessa sit!ao, fa"endo !ma simplificao de d!as maneiras9 de !m

    lado o con&ecimento emp$rico, o con&ecimento pra#m7tico, con&ecimento de dia a dia,

    con&ecimento de senso com!m : tomando todas essas epress*es como sinnimas e de

    o!tro, o con&ecimento te2rico.

    - con&ecimento emp$rico, do dia a dia, < a!ele !e o%edece a !ma o%serao

    partic!lar, limitada. Constata a eistncia de fenmenos e, a partir da$, di#amos assim,

    form!la esse con&ecimento atra%. Sim!ltaneamente, &7 o cotejamento com o 7!dio da

    palestra de Genro Fil&o, #entilmente compartil&ado pelo professor Francisco Jos< aram AGE(B-F'NL-, 1=>a. Tam%. Esse em%asamento no doc!mento fornecido por Pantoja Nima acontece

    por!e al#!mas epress*es e eemplos de Genro Fil&o, presentes na transcrio e no 7!dio, mass!primidas nas ers*es p!%licadas, so lidas por Ler". Por o!tro lado, so percept$eis al#!mascorre*es j7 presentes nessa primeira transcrio em relao ao 7!dio e !e esto presentes na fala deLer".

    1=(a palestra, Genro Fil&o !tili"a 4!m jornal6 para eemplificar o racioc$nio. s ers*es p!%licadas em1== e 3II> da palestra !tili"am 4!ma pedra6. Por s!a e", Ler" !sa 4!ma caneta6.

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    Ento, ejam %em, e! form!lei a essncia desse fenmeno atra

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    !e aparecem aos ol&os ; e o delmo parafraseia Saint E!pa ; desta!e para a )nica palara diferente em relao @ transcrio semreiso !tili"ada para cotejamento.

    33L7 a adio por Ler" do trec&o 4V...W realmente, como di" Saint E!p

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    principais a%orda#ens. Primeira delas9 !ma forma de considerar o jornalismo < so% oponto de ista de !ma #eneralidade a%strata. Kejam %em, se n2s dissermos, por

    eemplo, o jornalismo < !ma forma de com!nicao. 'sso < erdade. (in#!, p.

    0. Sit!ao !e se eidencia deido @s &esita*es presentes na fala de Ler", o !e < nat!ral emcom!nica*es dessa nat!re"a. s frases mais demarcadas e definidas retornam com a leit!ra do teto deGenro Fil&o, o !e acontece a se#!ir.

    /?/

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    al#!ns conceitos !e di"em mais o! menos assim9 4jornalismo < !ma forma decom!nicao !e sere para inte#rar e adaptar o &omem ao se! papel social6. -%serem

    !e com essa definio, n2s aanamos !m po!co. (2s retra$mos a #eneralidade e

    atri%!$mos ento o fato de !e o jornalismo no < !ma forma de con&ecimento !al!er,

    no < !ma forma de com!nicao !al!er. +as < !ma forma de con&ecimento, de

    com!nicao, !e sere para inte#rar o &omem, para !e ele f!ncione dentro do sistema

    ao !al ele pertence. Ento, n2s aanamos !m po!co, mas ainda no c&e#amos ao

    concreto. Por ! Por!e o jornalismo, ele de fato, tam%

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    mesmo, no s2 a dominao %!r#!esa, como !al!er forma de eplorao do &omempelo &omem, conse!entemente, sendo o jornalismo !ma forma de dominao, ai

    aca%ar o jornalismo. Essa < !ma concl!so !e se imp*e em 7rias ertentes maristas

    ao a%ordar o jornalismo3=.R !ma concl!so !e se imp*e e !e red!" o jornalismo a

    !ma das f!n*es !e ele tem na sociedade de classe, do ponto de ista do interesse

    dominante. Ento, o jornalismo < isso tam%

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    E e! ac&o !e foi essa !ma das principais di#ress*es do m, p. ? por !ma eplicao do !e estedi". Essa estrat

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    implica em !ma apropriao de con&ecimento. (o s2 apropriao, si#nifica tam%

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    proc!ra proar !e as cate#orias de sin#!lar, partic!lar e !niersal no so !maa%strao da ca%ea do Le#el o! mesmo da filosofia cl7ssica alem. So conceitos !e

    representam formas o%jetias da eistncia das coisas no m!ndo. - primeiro < o

    sin#!lar0?. Como sin#!lar n2s podemos tomar Ed!ardo0D. Ed!ardo < !m ser, !m o%jeto

    do m!ndo sin#!lar. R a!ilo !e no se repete, a!ilo !e < idntico s2 a si mesmo.

    Ed!ardo tem todas as caracter$sticas f$sicas, de temperamento, de personalidade !e

    definem !ma pessoa a%sol!tamente sin#!lar. (o eiste nin#!, p.>:=I. O!ando as diferenas de ideias tierem maior releo, sero assinaladas.

    0D- Ed!ardo referenciado por Ler" < Ed!ardo +editsc&, !e comp!n&a a mesa do eento. (a palestra,Genro Fil&o olta a mencionar 4N!ciano6 e nos tetos p!%licados A1== 3II> consta 4Joo6.0>Como Ler" se#!e na adaptao da eplicao de Genro Fil&o, importante mencionar !e ele s!prime!m par7#rafo9 4Ento, todas as coisas no m!ndo, no !nierso, eistem pelo menos em trs dimens*es9 osin#!lar, o partic!lar e o !niersal. 'sso < !m press!posto essencial para disc!tirmos mais adiante o

    jornalismo6 AGE(B- F'NL-, 1==, p. 3 3II>, p. .

    /?=

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    determinada entre si. -! seja, o partic!lar < sempre partic!lar em relao a !m sin#!lare em relao ao !niersal. Ele no

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    atrai mat

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    din5mico. - capitalismo a9 4Eidentemente !ee! no esto! defendendo o colonialismo. o contr7rio. +as essa !niersali"ao !e a &!manidade

    prod!"i! : com %ase incl!sie na iolncia, na epropriao, na eplorao ; mant

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    em contato com todo m!ndo atra

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    mais aldeia, o nosso m!ndo < !ma aldeia #lo%al ; parafraseando +cN!&an />. - nossom!ndo < a totalidade do !nierso &!mano. Essa pr% : as reticncias a!i so da transcrioW6. - 7!dio da palestraapresenta !m corte nesse trec&o, mas permite a compreenso de mais !m pedao do per$odo9 4V...W com

    %ase na ind)stria !e, di#amos assim, s!pre !ma necessidade dada pela !niersali"ao do m!ndo apartir do desenolimento capitalista, mas !ma forma !e est7 intimamente li#ada a essa Vcorta o7!dioW6. o erificar o 7!dio na fita cassete, constato!:se !e essa frase < interrompida no final do lado e o lado comea com o trec&o s!%se!ente. - !e s!#ere !e o trec&o se perde! na #raao

    /D/

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    fora do jornalismo < precisamente a sin#!laridade. -s professores !e tm!ma atiidade emp$rica no jornalismo, mesmo !e no teori"em so%re esse pro%lema,

    aca%am se aproimando de certas respostas. Eles nos ensinam, na escola, o modo como

    empiricamente f!nciona. 4o in

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    reprod!"em. 'sso fa" com !e ten&amos !e partir de !ma premissa?I9 n2s no podemosne#ar !e o jornalismo, ao reconstr!ir o m!ndo, tam%

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    - pro%lema?1 < !e no se trata de di"er a!i !e no eiste espao enecessidade para !m jornalismo semanal, mensal, de an7lise, de disc!sso, !m

    jornalismo de propa#anda pol$tica e de den)ncia. Claro !e &7. L7 necessidade disso e a

    %!r#!esia tem tam%a 1=>%. Este di"9 4-pro%lema < o se#!inte9 !ando e! o! ler !ma not$cia, no me interessa eplicitamente... eja %em,esto! falando de jornais di7rios, o jornalismo tal !al, o conceito de jornalismo di7rio !e correspondeao jornalismo com!m !e n2s temos a$. E! no !ero di"er !e no &7 necessidade de !m jornalismosemanal, mensal, de an7lise, de disc!sso, de propa#anda pol$tica, de den)ncia. Claro !e &76. (aerso p!%licada do teto de 1==, &7 !ma adaptao da frase inconcl!sa !e a concl!i9 4- pro%lema Iad!iri! import5ncia, como destacamos, por ser a o%ra mais

    aca%ada dele. #ora, a relao do liro com a o%ra dele, e! #ostaria de fa"er com as

    pr2prias palaras de delmo, por!e e! ac&o !e nin#!D

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    Transcorridos menos de !m ano da p!%licao dessa o%ra, cresce a conico de!e esse tra%al&o s2 pode en#randecer o marismo. E s!a aplica%ilidade, como o

    pr2prio delmo falo!, no < al#o a%strato. -s testes de s!a aplica%ilidade dependem

    &oje ecl!siamente de n2s. 'sso < !m compromisso !e marco! toda s!a ida, de

    constr!o de !ma &!manidade mel&or e !e se imp*e para n2s como compromisso !e

    dee ser cotidianamente reass!mido. Espero !e a sa!dade de delmo, !e certamente

    fere todos !e com ele conieram, nesse momento, seja trad!"ida como alento nessa

    l!ta !e no tem fim.

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    Referncias Consultadas

    GE(B- F'NL-, delmo. Sem Ttulo. Kerso em 7!dio. Palestra proferida no Encontro Be#ional dosEst!dantes da Com!nicao AEBEC-+. Pontif$cia Uniersidade Cat2lica do Bio Grande do S!l, 1=>a.GE(B- F'NL-, delmo. Sem Ttulo ATranscrio sem reiso final. Kerso datilo#rafada. Palestra

    proferida no Encontro Be#ional dos Est!dantes da Com!nicao AEBEC-+. Pontif$cia UniersidadeCat2lica do Bio Grande do S!l, 1=>%.

    GE(B- F'NL-, delmo. Jornalismo j7 tem s!a teoria. delmo Genro Fil&o a%re !m noo camin&o paraa refleo. Jornal Na%orat2rio Zero. Caderno Especial. C!rso de Com!nicao Social, &a%ilitao emJornalismo. Uniersidade Federal de Santa Catarina. Florian2polis, setem%ro de 1==.GE(B- F'NL-, delmo. - Se#redo da Pir5mide9 para !ma teoria marista do jornalismo. Palestra

    proferida no Encontro Be#ional dos Est!dantes da Com!nicao AEBEC-+. 'n9 +BN, +7rcia F etal. A Contribuio de Adelmo Genro Filho. Santa +aria9 FC-S, 3II>, p. >=:1I3.GE(B- F'NL-, delmo. O Seredo da !ir"mide9 para !ma teoria marista do jornalismo.Florian2polis9 'ns!lar, 3I13.NE'(, Eloisa Joseane C. #as $eias do %ornalismo& a 'oltica( resistncia @ ditad!ra no informao.8issertao. Pro#rama de P2s:Grad!ao em Cincias da Com!nicao, Uniersidade do Kale do Bio dosSinos. So Neopoldo9 Unisinos, 3II. 8ispon$el emZ&ttp9QQ[[[.dominiop!%lico.#o.%rQdo[nloadQtetoQcpI0>?D.pdf\. cesso em9 3? o!t 3I13.-S]B'-, Pedro N!i" da S. - Se#redo da Pir5mide9 al#!mas notas e lem%ranas. 'n9 +BN, +7rcia F

    et al. A Contribuio de Adelmo Genro Filho. Santa +aria9 FC-S, 3II>, p. 0>:/=BE'S, Eliana Taares dos. )u$entude& Intelectualidade e !oltica( espaos de at!ao e repert2rio demo%ili"ao no +8 dos anos >I. 8issertao. Pro#rama de P2s Grad!ao em Cincia Pol$tica,Uniersidade Federal do Bio Grande do S!l. Porto le#re9 UFBGS, 3II1. 8ispon$el em9Z&ttp9QQ[[[.l!me.!fr#s.%rQ%itstreamQ&andleQ1I10Q0?IQ III0/I0I. pdfse!ence^1\. cesso em 0Ide". 3I13.

    +,!e ar!%&o e !odo o o*!edo da Estudos em Jornalismo e Mdia

    e,!/o d%,"o*)e%, em h!!"##."er%od%o,.u,.br#%*de$."h"#or*al%,mo#%*de$

    Estudos em Jornalismo e Mdiae,! ,ob a 5%e*a 7rea!%)e 7ommo*,

    />

    http://dx.doi.org/10.5007/1984-6924.2013v10n2p443http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp083756.pdfhttp://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/3580/%20000340308.%20pdf?sequence=1http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/indexhttp://www.periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/indexhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp083756.pdfhttp://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/3580/%20000340308.%20pdf?sequence=1http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/indexhttp://dx.doi.org/10.5007/1984-6924.2013v10n2p443