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1 ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 2160-0002-1 DOZE DE NOVEMBRO, COLÉGIO ESTADUAL ENSINO MÉDIO E PROFISSIONAL RUA BELÉM, 2776 - BAIRRO: CENTRO - CEP: 85770-000 FONE: (0XX) 46-3543-1172e 3543-1847 e-mail: [email protected] [email protected] PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO REALEZA 2017

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1

ESTADO DO PARANÁ

SEED – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

2160-0002-1 – DOZE DE NOVEMBRO, COLÉGIO ESTADUAL

ENSINO MÉDIO E PROFISSIONAL

RUA BELÉM, 2776 - BAIRRO: CENTRO - CEP: 85770-000

FONE: (0XX) 46-3543-1172e 3543-1847

e-mail: [email protected]

[email protected]

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

REALEZA 2017

Page 2: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

2

“Escola é...

O lugar onde se faz amigos

Não se trata só de prédios, salas, quadros,

Programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente,

Gente que trabalha, que estuda,

Que se alegra, se conhece, se estima.

O diretor é gente,

O coordenador é gente, o professor é gente,

O aluno é gente,

Cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor

Na medida em que cada um

Se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados.”

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir

Que não tem amizade a ninguém

Nada de ser como o tijolo que forma a parede,

Indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

É também criar laços de amizade,

É criar ambiente de camaradagem,

É conviver, é se “amarrar nela”!

Ora, é lógico...

Numa escola assim vai ser fácil

Estudar, trabalhar, crescer,

Fazer amigos educar-se,

Ser “Feliz”.

(Paulo Freire)

Page 3: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

3

SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO ......................... 06

1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ........................................................ 06

1.2 ASPECTOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO ............................... 06

1.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO NA INSTITUIÇÃO ....... 08

1.4 ESTRUTURA FÍSICA, MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS 10

1.5 RECURSOS HUMANOS ................................................................ 12

1.6 INSTÂNCIAS COLEGIADAS .......................................................... 17

1.7 PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR .......................................... 17

2 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO ............................ 18

2.1 GESTÃO ESCOLAR ....................................................................... 19

2.1.1 Instâncias Colegiadas ..................................................................... 20

2.1.2 Equipamentos Físicos e Pedagógicos ............................................ 23

2.2 ENSINO-APRENDIZAGEM ............................................................ 23

2.2.1 Plano de Trabalho Docente ............................................................ 24

2.2.2 Avaliação ......................................................................................... 25

2.2.3 Registros da Prática Pedagógica .................................................... 26

2.3 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO ..................... 28

2.4 ARTICULAÇÃO ENTRE AS ETAPAS DE ENSINO ........................ 28

2.5 ARTICULAÇÃO ENTRE DIRETORES, PEDAGOGOS,

PROFESSORES E DEMAIS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ..

28

2.6 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM OS PAIS

E/OU RESPONSÁVEIS ..................................................................

30

2.7 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA

EDUCAÇÃO ....................................................................................

32

2.8 ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE ... 33

2.9 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO E

CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS ..........................

33

2.10 ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR (INDICADORES

EXTERNOS E INTERNOS), ABANDONO/EVASÃO E RELAÇÃO

IDADE/ANO ....................................................................................

35

2.11 RELAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E

DISCENTES ....................................................................................

38

Page 4: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

4

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO

PEDAGÓGICA DA ESCOLA (MARCO CONCEITUAL) ................

39

3.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ..................................................... 43

3.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM ............................................................ 45

3.3 CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL, CULTURA

TRABALHO E ESCOLA ..................................................................

49

3.4 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR, CURRICULO, CUIDAR

E EDUCAR.......................................................................................

51

3.5 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ............................................ 53

3.6 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ...................................................... 55

3.7 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ............................................................ 56

3.8 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM ............................... 57

3.9 CONCEPÇÃO TECNOLÓGICA ...................................................... 57

3.10 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA, DIVERSIDADE ....... 58

3.11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ...................................................... 59

3.12 CONCEPÇÃOFORMAÇÃO CONTINUADA .................................... 62

3.13 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ..................... 64

3.13.1 Estatuto do Idoso ............................................................................ 65

3.12.2 Diversidades dos Sujeitos Escolares .............................................. 66

3.13.2.1 Gênero e Diversidade Sexual ....................................................... 69

3.13.2.2 História da Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Lei

10.639/03; LEI 11.645/08) ..............................................................

71

3.13.3 Tecnologia e Educação ................................................................... 72

3.13.4 Currículo e Conhecimento ............................................................... 73

3.13.5 Cuidar e Educar .............................................................................. 75

3.13.6 Cidadania e Direitos Humanos ....................................................... 76

3.13.7 Educação Ambiental (LEI 9.795/99) ............................................... 78

3.13.8 Educação Fiscal ............................................................................. 80

3.13.9 Enfrentamento à Violência na Escola ............................................. 81

3.13.10 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas .......................................... 82

3.13.11 Educação Especial ......................................................................... 82

3.13.12 Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio ......................... 84

4 PROPOSTA DE TRABALHO DA ESCOLA PARA

Page 5: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

5

ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E COMUNIDADE (Marco

Operacional) ............................................................................

91

4.1 PLANEJAMENTO ........................................................................... 97

4.2 CALENDÁRIO ESCOLAR ............................................................... 99

4.3 AÇÕES DIDÁTICASPEDAGÓGICAS ............................................. 100

4.3.1 Redimensionamentos da organização do trabalho pedagógico.... 101

4.4 CELEM (CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRA MODERNA) .... 101

4.5 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIDADECURRICULAR ............ 104

4.6 FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR NA EDUCAÇÃO ESPECIAL ..... 106

4.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ................................... 108

4.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ELEMENTOS ........ 109

4.9 CURRÍCULO COMO ELEMENTO FUNDAMENTAL NA

ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA E SUA RELAÇÃO COM O

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ............................................

112

4.10 CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA ............................................. 115

4.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO PROGRAMA DE

AMPLIAÇÃO DE JORNADA – AETE ..............................................

116

4.12 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ........................................................ 117

4.13 PLANO DE CURSO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ................. 118

4.14 INTRODUÇAO GERAL DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

CURRICULAR ................................................................................

119

4.14.1 Justificativa ..................................................................................... 120

4.15 LEGISLAÇÃO ARTICULADA AO CURRÍCULO ............................. 121

4.15.1 Cidadania e Direitos Humanos ....................................................... 122

4.15.2 Educação Ambiental (Lei 9.795/99) ................................................ 123

4.15.3 Educação Fiscal .............................................................................. 124

4.15.4 Enfrentamento à Violência na Escola ............................................. 125

4.15.5 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas .......................................... 126

4.15.6 Temas da Diversidade- Gênero e Diversidade Sexual ................... 127

4.15.7 História da Cultura Afro Brasileira Africana e Indígena (Lei

10.639/03; LEI 11.645/08) ...............................................................

127

4.16 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ....................................................... 128

4.17 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP ............................ 129

Page 6: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

6

1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

1.1DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

O Colégio Estadual Doze de Novembro, Médio e Profissional, código 00021

situado à Rua Belém nº. 2776, Centro – Realeza, código 2160 de propriedade do

Governo do Estado do Paraná, com dependência administrativa da Secretaria Estadual

da Educação, código 02 com jurisdição do Núcleo Regional de Ensino, código 012 de

Francisco Beltrão e, tendo como Entidade Mantenedora o Governo do Estado do

Paraná.

Em 30 de dezembro de 1981, pela Resolução nº 3772 foi autorizado o

funcionamento do Colégio Estadual “Doze de Novembro” - Ensino de 1º e 2º Graus que

resultou da Reordenação da Escola Reordenada de 2º Grau “Érico Veríssimo” e o

Grupo Escolar “Doze de Novembro”; mais tarde " Colégio Estadual Doze de Novembro

- Ensino Médio e Profissional".

O Colégio Estadual Doze de Novembro - Ensino de 1º e 2º Graus foi

reconhecido em 20 de junho de 1983, através da Resolução nº 2516. O ato da

renovação do reconhecimento do curso deu-se por intermédio da Resolução nº 323/03

de 29/04/03. A aprovação do Regimento Escolar aconteceu através do Ato

Administrativo nº 143/2001 de 31 de maio de 2001 do Setor de Estrutura e

Funcionamento do Núcleo Regional de Educação.

A escola está localizada em área urbana, distante 75 km do Núcleo Regional de

Educação de Francisco Beltrão.

Endereço eletrônico:

HYPERLINK "mailto:[email protected]"

[email protected]

1.2 ASPECTOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual Doze de Novembro Ensino Médio e Profissional, situado a

Rua Belém nº 2776 – Centro – do Município de Realeza, Paraná de propriedade do

Governo do Estado do Paraná, reconhecido pela Resolução nº 2516 de 20.06.83.

No dia 19 de março de 1968 foi criado com o nome de Escola Normal Colegial “

Cândido Machado Neto”, na gestão do primeiro Prefeito Municipal Sr. João Maria

Correia e vinculada á CNEC, (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade);

Page 7: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

7

Secção Estadual do Paraná, setor local Realeza e mantida pelo sob a presidência do

Sr. Arnolfo Umann. Sendo composto o quadro dos primeiros profissionais da seguinte

forma:

Função Nome

Diretora Cleonita da Conceição Lessa

Secretário Elio Barbieiro

Professora de Didática/ Teoria e Prática/

Fundamentos

Ivete Felhberg

Professor de Educação Física Ramiro da Silva

Professor de Ciências Aerovaldo Corrêa

Professor de Desenho/ Música Orlanda Maschner

Professora de Religião Egedir Leonora Bresolin

Professora de Português Leonita da Conceição Lessa

Em 14.02.78, pelo Decreto nº 4637 a Secretaria de Estado da Educação

autoriza a Escola Reordenada de 2° Grau “Érico Veríssimo”, resultante da

Reordenação do Colégio Comercial Estadual e da Escola Normal Colegial, ambas de

Realeza, que passa a fazer parte do ”Complexo Escolar Bruno Zuttion”.

Em 30.12.81, pela Resolução nº 3772 foi autorizado o funcionamento do Colégio

Estadual “Doze de Novembro” – Ensino de 1º e 2º Graus, que resultou da

Reordenação da Escola Reordenada de 2º Grau “Érico Veríssimo” e o Grupo Escolar

“Doze de Novembro”. O Colégio Estadual “Doze de Novembro” Ensino de 2º Grau, é

reconhecido em 20.06.83 através da Resolução nº 2516. Em 2070 foi implantada a

Escola Técnica Comercial, tendo como Diretor Presidente Modesto Golin, Secretária

Eva Chicanowski e os seguintes profissionais:

Page 8: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

8

Professores Nome

Professora de Economia/ Ed. Mora e Cívica/ Ciências Biológicas

Egedir Leonora Bresolin

Matemática Modesto Golin

Contabilidade Luís Serzio Sassi

Português Hermes Vieczorek

Inglês / Direito Usual Nilson Luiz Schlemmer História Valmor Bresolin

Técnico Comercial Ana Fermino Oliveira

Religião Irmã Maria Cecília

Merendeiras Doracir de Oliveira Gomes

Maria Amaro

Serviços Gerais Izaíra Maria de Oliveira Gomes ,Leonira Dallanora

e Albina Buzatto

Pela Resolução nº 1666 de 17.05.91, é municipalizado o ensino das séries

iniciais do 1º Grau e este Estabelecimento de Ensino passou a denominar-se Colégio

Estadual “Doze de Novembro”, Ensino de 2º Grau, em homenagem Grupo Escolar

“Doze de Novembro”, primeiro Estabelecimento Estadual de Ensino na época da sua

criação, 1963. Recebeu este nome, tendo em vista a emancipação do Município de

Realeza ter ocorrido em 12.11.1963.

Em 18 de Março de 2002, passou a denominar-se Colégio Estadual Doze de

Novembro - Ensino Médio e Profissional, através da Resolução nº 4456/02, pois

passou a ofertar o Curso Técnico em Administração nas formas subsequente e

Integrada ao Ensino Médio. O ato da renovação do reconhecimento do curso se deu

através da Resolução nº 323/03 de 29/04/03.

1.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO NA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual Doze de Novembro - Ensino Médio e Profissional oferta o

Ensino Médio, Educação Profissional Administração Integrado e Administração

Subsequente, com funcionamento nos períodos matutino, vespertino e noturno, com

Matriz Curricular organizada por disciplina. Entre os cursos ofertados por este

Estabelecimento de Ensino estão:

Page 9: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

9

O Curso de Ensino Médio Regular com matrícula anual e duração de três

anos, conforme Resolução n° 5590 SUED/SEED. O Colégio oferta as três séries

anuais, com funcionamento nos períodos diurno e noturno, conforme previsto na Matriz

Curricular, organizado por disciplinas da Base Nacional Comum e Parte Diversificada,

com carga horária total de 2400 horas e com certificação no final do curso. Conta-se

atualmente com 4 turmas de 3º Anos, 4 turmas de 2º Anos e 3 turmas de 1º Anos.

O Curso Técnico em Administração em Nível Médio – Integrado, com

organização de forma anual, com aulas presenciais, composto por disciplinas da Base

Nacional Comum, Parte Diversificada e Formação Específica, duração de quatro anos

perfazendo um total de 3200 horas, com conteúdos estabelecidos por intermédio de

diretriz da SEED, tendo por finalidade os conhecimentos científico-tecnológicos e a

preparação para o mundo do trabalho. Com a terminalidade plena, o aluno receberá o

diploma de Técnico em Administração, com validade em todo o território nacional.

O curso Técnico em Administração Subsequente está organizado de forma

semestral, com aulas presenciais. É composto por disciplinas da Formação Específica,

com conteúdos estabelecidos através de diretrizes da SEED, tendo por finalidade os

conhecimentos científico - tecnológico e a preparação para o mundo do trabalho

voltado para as relações sociais.

Seu funcionamento dá-se no período noturno, perfazendo 04 horas diárias, 20

horas semanais, com carga horária total de 1200 horas.

Ao concluir com êxito os três semestres do curso, o aluno receberá o diploma

de Técnico em Administração, com validade em todo território nacional. Contamos

com 1 turma de 1º Ano do Curso Técnico em Administração,1 turma de 2º Curso

Técnico em Administração, 3º Ano do Curso Técnico em Administração e 4º Ano do

Curso Técnico em Administração, total de 4 turmas.

Neste ano de 2017, são 09 turmas no período da manhã, sendo 5 turmas do

Ensino Médio e 4 turmas do Curso Técnico em Administração; 03 turmas do Ensino

Médio no período da tarde e 05 turmas no período da noite, sendo 3 turmas do

Ensino Médio e 2 turmas do Curso Técnico em Administração Subsequente

conforme tabela abaixo:

Page 10: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

10

NÚMERO DE ALUNOS POR TURMA E TURNO (SERE)

TURMA 2° 3° 1°

TÉC.ADM

TÉC.ADM

TÉC.ADM

TÉC.ADM

1°SU

TÉC.ADM

3°SU

TÉC.ADM

MANHÃ 40 56 57 32 20 20 13 - -

TARDE 31 20 20 - - - - - -

NOITE 27 44 45 - - - - 57 11

SERE - Sistema Estadual de Registro Escolar

ALUNOS 1ªA 2ªA 2ªB 3ªA 3ªB 1ªAI 2ªAI 3ªAI 4ªAI

BRANCO 33 17 15 18 20 14 15 9

PARDO 6 7 6 6 5 13 6 4

AMARELO 0 2 0 1 0 0 0 0

NEGRO 0 0 1 1 0 0 2 1

ATÉ 2 SAL. MIN. 10 10 8 7 8 12 9 12

DE 2 A 4 SAL. MIN. 22 10 7 7 8 10 10 2

SUPERIOR A 5 SAL. MIN. 7 2 3 3 7 5 1 0

ALUNOS 1ªC 2ªC 3ªC

BRANCO 16 9 7

PARDO 6 8 3

AMARELO 0 0 0

NEGRO 2 0 0

ATÉ 2 SAL. MIN. 17 7 1

DE 2 A 4 SAL. MIN. 6 3 3 SUPERIOR A 5 SAL.

MIN. 0 2 2

Questionário socioeconômico

1.4 ESTRUTURA FÍSICA, MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS

Quanto à estrutura física, hoje o Colégio Estadual Doze de Novembro -

Ensino Médio e Profissional dispõe de:

09 (nove) salas de aula com condições de abrigar até 35 alunos (em cada uma)

e 01 (uma) sala com condições de abrigar 25 (vinte e cinco) alunos;

1 (uma) sala para professores onde é também utilizada para prática de hora-

atividade;

1 (uma) biblioteca, também utilizada com 10 (dez) computadores do Proinfo;

1 (um) laboratório com 10 (dez) computadores do Proinfo;

Page 11: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

11

1 (um) laboratório de informática do Paraná Digital com 03 (três) computadores

funcionando;

1 (um) laboratório para prática de experiências de Física, Química e Biologia

(com falta de materiais adequados para uso nas práticas das atividades);

1 (um) saguão com 8 (oito) mesas e banquetas para refeitório, com capacidade

para 06 (seis) pessoas cada uma;

2 (duas) quadras poliesportiva somente com a coberta ; (abertas dos lados)

1 (uma) cozinha, para preparo da merenda escolar (não adequada);

1 (um) depósito para merenda (não adequado);

1 (uma) ala administrativa, que abriga Direção, Secretaria e 02 (dois) banheiros

para professores;

1 (uma) sala pequena ocupada pela Documentação escolar;

1 (uma) sala pequena para a Equipe Pedagógica;

Quanto à biblioteca o acervo se encontra em bom estado, contando com 8.467

livros: estando divididos em: livros de Arte, Almanaque Abril, Livros para uso dos

docentes, Literatura / crônicas, Língua Estrangeira, Gestão Escolar, Teatro,

Livros para os cursos de Técnico em Informática e Técnico em Administração.

O Colégio está em conformidade com a Lei nº 18.424 de 08 de janeiro de 2015,

regulamentada pelo Decreto nº 4.587 de 13 de julho de 2016. Mesmo tendo, um

colégio com boa estrutura física, é necessário sempre melhorar as instalações e

modernizar equipamentos, otimizando os espaços e utilizando de forma consciente e

responsável todo material disponível.

Quanto ao aprendizado e aos conhecimentos dos alunos podemos constatar que

a maioria possui facilidade na apreensão dos conhecimentos científicos e tecnológicos,

permitindo a maior aprovação no final do ano letivo. Os professores procuram aplicar

novas metodologias e utilização de tecnologias digitais e midiáticas, tendo disponível:

6 Vídeo cassetes

3 DVDs

10 televisores pendrive (sendo que realmente funcionam são no máximo 4)

03 televisores para levar para as salas

02 Retroprojetores

03 Impressoras

06 Aparelhos de som

Page 12: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

12

03 computadores Paraná Digital

20 computadores Proinfo

04 Data Show

02 Notebook

01 caixa de som com microfone

Internet Banda Larga

02 máquinas fotográfica / filmadora

1.5 RECURSOS HUMANOS

Todos os dados retirados da demanda da instituição, do questionário do

senso e da pasta individual com os documentos dos mesmos.

a) Corpo Administrativo:

Nome Função Habilitação PDE Turno

Moacir Marchi

Furtado

Diretor Letras-Português X Matutino/Noturno

Solange

Regina

Pierosan

Diretora –

Auxiliar

Português-Inglês X Vespertino

Maria de

Lurdes Triches

Secretária Letras-Português Matutino/Noturno

b) Corpo de Especialista:

Nome Função Habilitação PDE Turno

Ivone Schissel Pedagoga Pedagogia Plena Noturno

Luzia do Carmo

de Oliveira Luz

Pedagoga Pedagogia Plena Manhã

Iraci Lasta Moço Pedagoga Pedagogia Plena X Manhã/ Vespertino

*Everley Maria

Chicanoski

Ransolin

Coord. De

Curso

Ciências

Econômicas e

Matemática

X Manhã/ Noturno

Page 13: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

13

c) Corpo Docente da Base Nacional do Núcleo Comum

Nome Função Habilitação PDE Turno Licenciatura

Cátia Cilene Prinz Professora – QPM Educação Física Manhã/tarde

Plena

Carize Antonelli Professora – PSS Letras

Português/Inglês

Tarde/noite

Plena

Cristianela Susin Professora – QPM Filosofia Manhã/ Noite

Plena

Dirlaine de Oliveira Professora – QPM Português Noite

Plena

Ewerton Rodrigo Libardi Professor – QPM Educação Física Manhã

Plena

Everley Maria Chicanoski

Ranzolin

Professora -QPM Ciências

Econômicas e

Matemática

X Manhã/noite

Plena

Fernanda Bedin Professora- PSS História Manhã/tarde/noi

te

Plena

Ivete R Raymundo Professora – QPM Física X Manhã/tarde

Plena

Izabel Cristina Scalabrin Professora – QPM Geografia X Manhã/tarde/

Noite

Mestrado

Doutorado

Janete Lourdes Deparis Professora – QPM Arte X Manhã/tarde/

noite

Plena

Janete Fornal Professora – PSS Administração de

Empresas

Noite Plena

Joelma Toninato

Ragonha Piccoli

Professora – QPM Física X Manhã/noite Plena

Jhonnes Mateus Dias Professor – QPM Educação Física Noite

Plena

Jonas Siedlecki Andrade Professor – QPM Sociologia Manhã/Tarde/

Noturno

Plena

Klayre Elaine Linden

Baldissera

Professora – QPM Administração de

Empresas

X Manhã/ Noturno Plena

Luciana Fatima Herbele Professora – PSS Português Manhã/noite

Plena

Maria Rosa Argenta Professora – QPM Matemática Manhã/tarde/

Noite

Plena

Marina Alves dos Santos Professora – PSS Letras Manhã/tarde/ Plena

Page 14: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

14

Antonelo Português/Inglês noite

Miro Alfonso Klinger Professor – QPM Química x Manhã/tarde

Plena

Nelci Zmijevski Furtado Professora – PSS Sociologia Manhã

Plena

Neusa da Silva Professora – QPM Biologia Manhã/tarde/

Noite

Plena

Raquel Cristiane Bohrer

Campra

Professora- QPM História Manhã/tarde/

noite

Plena

Rosane Aparecida Bettin

Baldissera

Professora – QPM Química X Tarde/Noturno Plena

Roseli Tartari Professora – PSS História Manhã

Plena

Rosely Dal Molin Professora – QPM Ciências

Contábeis

X Manhã/noite Plena

Silvana Marta Marcello Professora – QPM Matemática X Manhã/tarde/

noite

Plena

Simone Marcia Alberti Professora – QPM Biologia X Manhã/tarde Plena

Valeria Dolores Kohl

Barbiero

Professora – QPM Português Manhã/Tarde Plena

d) Corpo Docente Formação Específica

Nome Função Habilitação PD

E

Turno Licenciatura

Eliseu dos Santos

Cezar

Adm. de Prod. de

Materiais

Administração de

Empresas

Manhã Plena

Janete Fornal Comp.

Organizacional

Administração de

Empresas

Noturno Plena

Rosely Dal Molin *Introd.à Economia Ciências Contábeis e

Matemática

x Noturno Plena

Klayre Elaine Linden

Baldissera

Comp.

Organizacional

Ciências Contábeis

x Manhã Plena

Janete Fornal Org. Sistemas e

Métodos

Administração de

Empresas

Noite Plena

Rosely Dal Molin Org. Sistemas e

Métodos

Ciências Contábeis e

Matemática,

Manhã Plena

Rosely Dal Molin Contabilidade Ciências Contábeis e

Matemática,

X Manhã/Noite Plena

Page 15: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

15

Klayre Elaine Linden

Baldissera

Teoria Geral de

Administração

Ciências Contábeis

X Manhã Plena

Janete Fornal Teoria Geral de

Administração

Administração de

Empresas

Noite Plena

Eliseu dos Santos

Cezar

Adm. de Prod. de

Materiais

Administração de

Empresas

Manhã Plena

Klayre Elaine Linden

Baldissera

*Introd.à Economia Ciências Contábeis

X Manhã Plena

Klayre Elaine Linden

Baldissera

Gestão de

Pessoas

Ciências Contábeis X Manhã Plena

Eliseu dos Santos

Cezar

Gestão de

Pessoas

Administração de

Empresas

Noite Plena

Eliseu dos Santos

Cezar

Informática Administração de

Empresas

Manhã/Noite Plena

Eliseu dos Santos

Cezar

Adm. de Prod. de

Materiais

Administração de

Empresas

Manhã Plena

Maria Rosa Argenta Estatística

Aplicada

Form. De Prof. de

Disc.profissionalizante

de Ens. De 2° grau.

Noite Plena

Janete Fornal Comp.

Organizacional

Administração de

Empresas

Noite Plena

Klayre Elaine Linden

Baldissera

Elab. e Análise de

Projeto

Ciências Contábeis

X Manhã Plena

Klayre Elaine Linden

Baldissera

Marketing

Ciências Contábeis

X

Manhã Plena

Janete Fornal Marketing

Administração de

Empresas

Noite Plena

Marina Alves dos

Santos Antonello

Noções de Dir. e

Leg. Soc. do Trab.

Direito e Letras

Português/Inglês

Manhã/Noite Plena

Klayre Elaine Linden

Baldissera

Adm. Financeira e

Orçamentária

Ciências Contábeis

X Manhã/Noite Plena

Rosely Dal Molin Elab. e Análise de

Projeto

Ciências Contábeis e

Matemática,

X

Noite Plena

Rosely Dal Molin Metodologia

Científica

Ciências Contábeis e

Matemática,

X Noite Plena

Page 16: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

16

e) Funcionários Administrativos

Nome Função Habilitação Turno

Alceni Luis Faustino Agente

Educacional II

Informática

Empresarial

Manhã/Tarde

Carlos Augusto Mafei Agente

Educacional II

Ensino Médio Licença sem

vencimento

Dionimara Baptista

Pires

Agente

Educacional II

Pedagogia Tarde/Noturno

Elaine Cristina Becker Agente

Educacional II

Mat. com ênfase

em Inf.

Manhã/Tarde

Maria de L. Triches Bez Agente

Educacional II

Letras –

Português

Manhã/Noturno

Maria J. de Oliveira

Gomes

Agente

Educacional II

Administração Manhã/Noturno

Daliany Prandes Agente

Educacional II

Administração,

Especialização

Manhã

Sandra Regina S.

Bonatto

Prof. da Lei

15308/06

Matemática Manhã/Noite

f) Funcionários De Serviços Gerais

Nome Função Habilitação Turno

Maria Ivete Fontana Agente

Educacional I

Gestão de

Qualidade

Manhã/tarde

Marlene do Carmo

Rambo

Agente

Educacional I

Gestão de

Qualidade

Manhã/noite

Mônica T. Baumback Agente

Educacional I

Gestão de

Qualidade

Manhã/tarde

Nilva Maria Noschang Agente

Educacional I

Gestão de

Qualidade

Manhã/noite

Otilia Schlickmann Pivotti Agente

Educacional I

Gestão de

Qualidade

Manhã/noite

Page 17: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

17

Cleusa Correa Pivotti Agente

Educacional I

Ensino Médio Manhã/tarde

Sueli Machado Agente

Educacional I

Ensino Médio Manhã/tarde

Todos os dados retirados da demanda da instituição, do questionário do

senso e da pasta individual com os documentos dos mesmos.

1.6 INSTÂNCIAS COLEGIADAS

A instituição possui APMF, Grêmio Estudantil intitulado Filhos da Revolução,

Conselho Escolar e Conselho de Classe.

1.7 PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR

Pelo diagnóstico realizado através de um questionário socioeconômico enviado

para os familiares ou responsáveis dos alunos, constata-se que os alunos deste

Estabelecimento de Ensino são oriundos da zona urbana e rural, filhos de

trabalhadores e trabalhadoras do campo e de trabalhadores do setor terciário, tais

como: comerciantes, funcionários públicos, trabalhadores autônomos, profissionais

liberais, empresários, diaristas, empregados e empregadas domésticas,

desempregados, arrendatários e trabalhadores volantes.

O nível socioeconômico das famílias é diversificado, compreende salário

mínimo, prevalecendo a média de três salários, outras variáveis de ganhos para cima,

e há também registro de baixa renda .

Em relação à situação familiar no que se refere ao grau de instrução, constatou-

se que a maioria de pais e mães apresenta nível de pouca escolaridade, outros

possuem Ensino Fundamental. Também existem pais e mães que possuem Ensino

Médio, alguns com Ensino Superior, como há também um número mínimo de

analfabetos, mas, valorizam o conhecimento científico que possibilita a mudança

através da educação, das relações sociais, culturais, através da organização coletiva.

Page 18: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

18

ALUNOS 1ªD 2ªD 3ªD

BRANCO 8 8 16

PARDO 7 12 8

AMARELO 0 2 0

NEGRO 0 2 0

ATÉ 2 SAL. MIN. 6 16 11

DE 2 A 4 SAL. MIN. 4 6 11 SUPERIOR A 5 SAL.

MIN. 2 2 3

2. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

A Proposta Política Pedagógica do Colégio Estadual Doze de Novembro -

Ensino Médio e Profissional está sendo reestruturada para atender às novas

demandas, necessidades e adequações às exigências do mundo atual. Sendo assim,

Page 19: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

19

esta Proposta Pedagógica é um documento aberto que frequentemente sofrerá

mudanças, pois, deverá acompanhar as evoluções da legislação vigente do modo de

“Fazer Escola”, partindo do princípio de que vivemos a época da "cultura de projetos"

em nossa sociedade, onde as condutas de antecipação para prever e explorar o futuro

faz parte de nosso presente. Essa influência do futuro sobre nossas adaptações

cotidianas só faz sentido, se o domínio que tentamos desenvolver sobre os diferentes

espaços, cumpre a função de melhorar as condições de vida do ser humano,

respeitando as diferenças e o direito à igualdade.

Portanto, foi a partir desse pensar inicial que surgiu esta proposta. Baseamo-

nos em Veiga para a construção do Projeto Político Pedagógico da nossa escola, pois,

há concordância quando diz: Veiga (2001, p. 11) a concepção de um projeto

pedagógico deve apresentar características tais como:

a) ser processo participativo de decisões;

b) preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que

desvele os conflitos e as contradições;

c) explicitar princípios baseados na autonomia da escola, na solidariedade entre os

agentes educativos e no estímulo à participação de todos no projeto comum e coletivo;

d) conter opções explícitas na direção de superar problemas no decorrer do trabalho

educativo, voltado para uma realidade específica;

e) explicitar o compromisso com a formação do cidadão;

f) nascer da própria realidade, tendo como suporte a explicitação das causas dos

problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem;

g) ser exequível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento e à avaliação;

h) ser uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola;

i) ser construído continuamente, pois, como produto, é também um processo;

j) preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que

desvele os conflitos e as contradições;

2.1 GESTÃO ESCOLAR

A gestão democrática na escola é um processo político através do qual as

pessoas discutem, deliberam e planejam, solucionam problemas e os encaminham,

acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento

da própria escola. Esse processo, sustentada no diálogo e na alteridade, tem como

Page 20: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

20

base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito

às normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a

garantia de amplo acesso às informações e aos sujeitos da escola.

Dessa forma, a Gestão Democrática pressupõe compreender que a educação é

um direito de todos e a escola como serviço público, deve exigir a transparência nas

decisões e a real possibilidade de interferência e conduções básicas para a democracia

e a participação. Durante muito tempo, em muitos casos, as instâncias colegiadas

existiam apenas no papel, não participavam nas tomadas de decisões, apenas

assinavam aquilo que era decidido pela direção e às vezes por um e outro membro da

escola, uma vez que já tinha se tornado cultural, deixar que os outros tomassem as

decisões. Diante disso, até que se desmistificou esta realidade, foi um trabalho árduo,

para conscientizar a comunidade escolar da importância de participar no planejamento

e nas ações desenvolvidas pela escola. Outro fator que dificultava muito a participação

era o fato das reuniões serem muito demoradas e cansativas, por isso a importância de

se ter um planejamento e uma pauta bem definida. Iniciar as reuniões no horário

marcado, ser objetivo e valorizar a presença e as sugestões dos membros das

instâncias colegiadas.

Sempre que realiza-se reuniões, comunica-se com antecedência os membros

das instâncias colegiadas, informamos a pauta da reunião e deixamos bem claro a

importância da presença de cada um. Uma das ações previstas para nossa escola, é

que as instâncias colegiadas participem efetivamente da reformulação do Projeto

Político Pedagógico (o que está acontecendo no momento).

2.1.1 Instâncias Colegiadas

Na gestão democrática a representatividade da comunidade escolar se faz pelos

diferentes segmentos: pais de alunos, professores e funcionários representados pela

associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF); pelos representantes de turma;

dos professores no Conselho de Classe de forma coletiva; e pelos diferentes

segmentos da escola no Conselho Escolar, que contribuem significativamente a partir

da compreensão das suas atribuições e visualizam resultados positivos na

aprendizagem dos alunos, na conservação física do ambiente escolar e sua melhoria;

na execução do projeto pedagógico, na aplicação de recursos financeiros provindos da

esfera pública ou através de promoções.

Page 21: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

21

APMF - possibilita a integração entre família-escola-comunidade através de

reuniões mensais ou quando necessário para que haja o aprimoramento do processo

educacional, sugerindo ações a partir da proposta Pedagógica do Estabelecimento de

Ensino. A APMF conta com representantes de pais, professores e funcionários; onde

participam da organização, gerenciamento, distribuição e aplicação de verbas que a

escola recebe ou arrecada através dos eventos.

CONSELHO ESCOLAR – O Conselho Escolar é um órgão colegiado de

natureza deliberativa, consultiva e fiscal, não tendo caráter político-partidário, religioso,

racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados seu Dirigente ou Conselheiros.

Tem por finalidade efetivar a gestão escolar, na forma de colegiado, promovendo a

articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os setores da escola,

constituindo-se no órgão máximo de direção. A atuação e representação de qualquer

dos integrantes do Conselho Escolar visará ao interesse maior dos alunos inspirados

nas finalidades e objetivos da educação pública, para assegurar o cumprimento da

função da escola que é ensinar. A ação do Conselho Escolar estará articulada com a

ação dos profissionais que atuam na escola, preservada a especificidade de cada área

de atuação. O Conselho Escolar tem autonomia que será exercida com base nos

seguintes compromissos: a) A legislação em vigor; b) A democratização da gestão

escolar; c) As oportunidades de acesso, permanência e qualidade de ensino na escola

pública de todos que a ela têm direito. O Conselho Escolar é reunido mensalmente, ou

sempre que for necessário. O CONSELHO ESCOLAR constituído pela direção,

direção auxiliar, pedagogos, professores, um representante de cada segmento da

comunidade escolar e um representante da sociedade civil organizada; atua no

estabelecimento de diretrizes para organização e funcionamento da escola, tendo

como orientação a legislação educacional em vigor, bem como, o Projeto Político

Pedagógico. Enquanto órgão soberano, é convocado para resolver situações extremas

que fogem ao cotidiano da escola, ou de nível de dificuldade maior, referente às

questões administrativas, didáticas ou pedagógicas. Assim os colegiados atuam de

forma a garantir que as ações acima citadas sejam efetivadas constantemente na

prática, sempre pensando na melhoria da qualidade educacional para os educandos.

GRÊMIO ESTUDANTIL intitulado de Filhos da Revolução é composto por alunos

representantes dos cursos do Ensino Médio e Ensino Profissional dos três turnos da

escola, com o objetivo de unir, debater e analisar os direitos e deveres dos alunos

Page 22: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

22

desenvolvendo ações sociais que venham contribuir para o bom andamento da

instituição. A cada dois anos é renovado através de eleição.

CONSELHO DE CLASSE - O Conselho de Classe permite que direção, equipe

pedagógica e corpo docente avaliem a prática educativa, e a partir de diagnósticos ou

constatações, possam reorientar as ações que venham contribuir para a garantia e

melhoria da qualidade em educação.

CRITÉRIOS PARA O CONSELHO DE CLASSE:

Postura do educador frente ao processo ensino-aprendizagem;

Aproximação e melhor relacionamento entre professor e aluno;

O comportamento do aluno frente à classe, ao professor e à escola;

Se há coerência entre critérios de avaliação adotados pelos professores;

Auto-avaliação dos profissionais da escola sobre seu trabalho pedagógico;

Análise diagnóstica das turmas;

Proposta de ação individual e coletiva;

Análise dos casos relevantes;

Propostas curriculares alternativas para alunos com deficiências específicas;

Adaptações curriculares para alunos portadores de necessidades especiais;

Partindo desse pressuposto, as ações e discussões que ocorrem e depois do

Conselho de Classe, não devem se tornar somente um instrumento burocrático,

em que os participantes apenas deliberam sobre a promoção ou retenção dos

estudantes, mas para acompanhar e diagnosticar as possíveis causas que

interferem no processo de ensino-aprendizagem reorientando as ações.

O CONSELHO DE CLASSE É CONSTITUÍDO PELAS SEGUINTES CATEGORIAS:

a) Diretor e Diretor Auxiliar;

b) Equipe Pedagógica;

c) Representante da Equipe Administrativa;

d) Professores;

e ) Representante de pais ou responsáveis por aluno regularmente matriculado;

f) Um aluno representante do Grêmio Estudantil.

Page 23: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

23

2.1.2 Equipamentos Físicos e Pedagógicos

Área construída: 8.054,09m²

Quadra poliesportiva: 02 ( x)sim ( x) coberta

( )descoberta ( )não

Laboratórios de: ( )Ciências ( x)Física

/Química/Biologia

Biblioteca ( x)sim ( )não

Laboratório de Computadores Paraná Digital: 03

Computadores Proinfo: 20

Data Show: 04

Computadores Desktop: 08

Notebook: 03

TV Multimidias: 14

Sala para docentes ( x) sim ( ) não

Sala da direção ( x) sim ( ) não

Sala para atendimento pedagógico ( x) sim ( ) não

Quantidade de salas de aula 10

Instalações sanitárias

Funcionários

Professores

Alunos

Adaptados

( x) sim ( ) não

( x) sim ( ) não

( x) sim ( ) não

( x) sim ( ) não

( x) sim ( ) não

Cozinha ( x) sim ( ) não

Espaço para armazenamento da merenda escolar ( x) sim ( ) não

Refeitório ( ) sim ( x)não

Área livre ( x) sim ( ) m² ( ) não

Acessibilidade ( x) sim ( ) não

O colégio possui rampas de acesso.

2.2 ENSINO-APRENDIZAGEM

Busca-se o desenvolvimento de uma concepção de ensino onde educador e

educandos sejam sujeitos do seu processo de desenvolvimento, pois, necessitam da

mediação das experiências e saberes de ambos, para que se concretize a

aprendizagem. Nessa concepção a função do educador deve ser a de oportunizar

atividades que encaminhem o educando ao seu desenvolvimento potencial, dessa

forma, é papel do educador ser mediador das atividades. Para tal, os conteúdos

trabalhados nascem da necessidade que o educando encontra ao tentar realizar sua

tarefa. Há a necessidade de criar situações em que o indivíduo seja instigado a refletir

e buscar o conhecimento, por meio de circunstâncias em que ele precise fazer

escolhas diante de problemas que surgem espontaneamente e não criados num clima

artificial. Preza-se na escola por um espaço em que o professor não assuma a posição

Page 24: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

24

de concentrador do saber, mas sim o professor é quem direciona o trabalho

pedagógico, o sujeito que proporciona um espaço democrático e aberto. Esse espaço

distancia-se daquele em que geralmente nos colocamos em sala de aula: ditadores de

um conhecimento que somente nós podemos disseminar. “É preciso que, pelo

contrário, desde o começo do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora

diferentes entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado

forma-se e forma ao ser formado. É nesse sentido que ensinar não é transferir

conhecimento, conteúdos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma,

estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado” (Freire, 2000, p. 25). O eixo

organizador da prática pedagógica está na aprendizagem, entendendo que alguns

alunos precisam de mais tempo e de metodologias diferenciadas para garantir que

ocorra a efetiva aprendizagem, e vale lembrar o que Paulo Freire não se cansava de

repetir: “ensinar exige comprometimento”.

2.2.1 Plano de Trabalho Docente

O Artigo 13, II e IV da LDB para justificar o termo Plano de Trabalho Docente

como sendo dever do professor elaborar o Plano de Trabalho Docente e trabalhar pelo

seu cumprimento em consonância com a proposta pedagógica do estabelecimento de

ensino, com os princípios norteadores das políticas educacionais da SEED e com a

legislação vigente para a Educação Nacional.

É o documento norteador da ação pedagógica, é através dele que o docente vai

realizar ações para atingir seus objetivos previstos. É organizado de forma mensal,

trimestral, semestral, de acordo com a organização do trabalho pedagógico da escola

(...). Os conteúdos necessariamente devem estar de acordo com o PPP e PPC da

escola (...). O desdobramento dos conteúdos estruturantes e básicos (DCE) em

conteúdos específicos será feito pelo professor em discussão com os demais

professores da área que atuam na escola.

O professor deve dominar o conteúdo, ter o conhecimento em sua totalidade e

em seu contexto, para a relação com as demais áreas do conhecimento e sua

contextualização. As especificações quanto aos demais encaminhamentos que variam

de turma para turma, devem constar no Livro de Registro de Classe.

Este documento que legitima a vida legal do aluno e explicita entre o pretendido

e o feito, deve estar estreitamente articulado ao Plano de Trabalho Docente, levando

Page 25: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

25

em consideração à Matriz Curricular, Calendário Escolar, Proposta Pedagógica

Curricular, Plano de Ação da Escola, e por fim ao Projeto Político Pedagógico. (NRE-

Paraná) amparado legalmente pela Lei 9394/96, art. 13, inciso II, este documento deve

ser elaborado pelo professor com a intenção de organizar o processo de ensino-

aprendizagem. Deve estar em consonância com o PPP e com a legislação vigente para

a Educação Nacional. É no PTD que se registra o planejamento, a execução e o

resultado. Neste sentido, é a sistematização das decisões tomadas pelo professor. O

Plano de Trabalho Docente é realizado trimestralmente, reunindo os professores por

disciplina, acompanhado pela equipe pedagógica e arquivado em uma pasta na área

de trabalho pedagógico; quando necessário a equipe pedagógica imprimi uma cópia de

cada disciplina. Este pode ser consultado pelo interessado constantemente.

2.2.2 Avaliação

A avaliação como diagnóstico tem por objetivo avaliar atos e situações, tendo

em vista tomar decisões no sentido de criar condições para maior capacidade do que

se esteja buscando ou construindo através da compreensão da aprendizagem,

oferecendo meios que integram as experiências, obtendo os melhores resultados,

auxiliando o aluno em seu desenvolvimento de forma a obter maior integração na

apropriação dos conhecimentos, habilidades, hábitos e convicções. Assim para cada

instrumento de avaliação nas diferentes disciplinas, são estabelecidos critérios,

buscando facilitar a quantificação de resultados.

Nenhuma avaliação poderá ocorrer sem critérios previamente definidos. Estes

devem ser do conhecimento de todos os alunos. São critérios fundamentais, entre

outros: organização e clareza na apresentação dos resultados da aprendizagem,

correção, articulação das partes, sequência lógica, rigor na argumentação, criatividade.

A avaliação trimestral é resultado da média aritmética das avaliações e

recuperações realizadas no trimestre. A média final será resultado da seguinte fórmula:

1º T + 2º T +3º T

______________ = 10,0

3

Será promovido automaticamente o aluno que tiver média igual ou superior a 6,0

e frequência igual ou maior a 75%.

Page 26: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

26

Serão cobrados por trimestre no mínimo dois ou mais trabalhos (orais ou

escritos) e/ou duas ou mais provas ou testes. Sendo respeitadas as especificidades

das disciplinas de Educação Física e Arte.

A todos os alunos será possibilitada a recuperação de estudos, de forma

paralela, sempre imediata e ao longo do período escolar com intervenção pedagógica

com nova explicação do professor, realização de trabalhos individuais e/ou monitoria,

apresentações de atividades complementares e/ou elaboração de acordo com as

exigências de cada disciplina.

A obrigatoriedade de estudos de recuperação consta na Lei nº 9394/96, Artigo

24, Inciso V, alínea e. Um instrumento sistematizador, organizador do processo

educativo escolar, onde se materializa a ação educativa;

* Envolver intenções e práticas para sua concretização;

* Um conjunto de escolhas que ocorrem na escola vai até a sala de aula e em

cada aula;

Um gerenciador de efeitos, que contribui para a construção das identidades,

como uma instituição e professor, de um conhecimento que fica em cada aluno, com

marcas diferenciadas, mas que estão presentes.

O Regimento Escolar do Colégio Estadual Doze de Novembro – Ensino Médio e

Profissional aprovado pelo Ato Administrativo nº 328/2008, situado à Rua Belém, nº

2776, Centro, município de Realeza, Estado do Paraná, NRE de Francisco Beltrão,

mantido pelo Governo do Estado do Paraná, passa a vigorar com a seguinte redação: o

estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão

Parcial, porém aos alunos transferidos será assegurado o direito da mesma.

As transferências recebidas de alunos com dependência em até (03) três

disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.

É vedada a Progressão Parcial na educação Profissional Técnica de Nível Médio na

Rede Estadual.

Serão aceitas transferências de alunos com dependência em até (03) três

disciplinas devendo ser cumpridas mediante plano especial de estudos.

Este Adendo entrará em vigor no ano subsequente de sua aprovação pelo Núcleo

Regional de Educação de Francisco Beltrão.

A Avaliação ainda necessita de estudos mais aprofundados para garantir o

conhecimento integral dos alunos (e que vem sendo muito discutida em todas as

Page 27: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

27

reuniões pedagógicas), existindo uma preocupação por todos os professores e deve

ser constantemente revista. A recuperação vem sendo realizada por todos os

professores com retomada de conteúdos de forma contínua e paralela, em acordo com

as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCEs) e a legislação vigente.

CONSELHO DE CLASSE - O Conselho de Classe permite que direção, equipe

pedagógica e corpo docente avaliem a prática educativa, e a partir de diagnósticos ou

constatações, possam reorientar as ações que venham contribuir para a garantia e

melhoria da qualidade em educação.

CRITÉRIOS PARA O CONSELHO DE CLASSE:

Postura do educador frente ao processo ensino-aprendizagem;

Aproximação e melhor relacionamento entre professor e aluno;

O comportamento do aluno frente à classe, ao professor e à escola;

Se há coerência entre critérios de avaliação adotados pelos professores;

Auto-avaliação dos profissionais da escola sobre seu trabalho pedagógico;

Análise diagnóstica das turmas;

Proposta de ação individual e coletiva;

Análise dos casos relevantes;

Propostas curriculares alternativas para alunos com deficiências específicas;

Adaptações curriculares para alunos portadores de necessidades especiais;

Partindo desse pressuposto, as ações e discussões que ocorrem e depois do

Conselho de Classe, não devem se tornar somente um instrumento burocrático,

em que os participantes apenas deliberam sobre a promoção ou retenção dos

estudantes, mas para acompanhar e diagnosticar as possíveis causas que

interferem no processo de ensino-aprendizagem reorientando as ações.

O CONSELHO DE CLASSE É CONSTITUÍDO PELAS SEGUINTES CATEGORIAS:

a) Diretor e Diretor Auxiliar;

b) Equipe Pedagógica;

c) Representante da Equipe Administrativa;

d) Professores;

e) Representante de pais ou responsáveis por aluno regularmente matriculado;

f) Um aluno representante do Grêmio Estudantil.

Page 28: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

28

2.2.3 Registros da Prática Pedagógica

O registro das atividades que dizem respeito à aprendizagem é direito e dever

dos docentes e dos discentes. No caso dos discentes, são tais registros que

possibilitam comprovar a responsabilidade nas oportunidades de aprendizagem

ofertadas aos estudantes, tanto em frequência, como em conteúdo, metodologia e

recuperação de estudos, além da avaliação o caso dos docentes são obrigatórios o

Livro Registro de Classe por escrito até o ano de 2016 e em 2017 passou a ser online e

os mesmos ficam disponíveis para consultas.

2.3 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

A instituição tem alunos com necessidades especiais, e a estes são

assegurados o direito de estudos mediante metodologias diferenciadas e individuais

que possibilitem a sua aprendizagem conforme o Regimento Escolar. Os alunos que já

frequentavam a sala de apoio no Ensino Fundamental fazemos o encaminhamento

para que o mesmo permaneça tendo acompanhamento.

2.4 ARTICULAÇÃO ENTRE AS ETAPAS DE ENSINO

A articulação ocorre na medida em que os professores, bem como direção e

equipe pedagógica, acolhem os alunos com um olhar diferenciado, com a

responsabilidade de integrá–los no espaço escolar para que o mesmo sinta como é o

ambiente escolar. O tempo reservado para as atividades, ambientação e organização

dentro do novo espaço e ritmo escolar, é maior. Em casos específicos a equipe

pedagógica entra em contato com a escola da qual o aluno frequentava para obter

informações que venham contribuir para ajuda do desenvolvimento do mesmo no

ensino aprendizagem.

2.5 ARTICULAÇÃO ENTRE DIRETORES, PEDAGOGOS, PROFESSORES E DEMAIS

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

A organização do trabalho pedagógico passa pela integração entre os

envolvidos na dinâmica escolar, na perspectiva de que tudo na escola é educativo e em

função de objetivos comuns. É essencial ter momentos e formas de diálogo entre a

equipe gestora, professores e funcionários, em que canais de integração possam ser

estabelecidos ou fortalecidos coletivamente e se reflitam na prática diária, com um

Page 29: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

29

clima de trabalho propício à satisfação das expectativas de toda a comunidade escolar,

permeado por democracia, solidariedade, respeito à diversidade, combate à

discriminação, clareza quanto a direitos e deveres. Os diálogos acontecem em

reuniões pedagógicas, no planejamento, nos dias de formação continuada, nas horas

atividades.

Encontra-se dentro da escola diversas lideranças, atuando cada qual na sua

função e que precisam definir suas ações em harmonia com o Projeto Político

Pedagógico da escola. É importante sempre lembrar que para tornar a escola um

espaço especial, visando à construção de uma sociedade melhor, precisa-se

desenvolver um trabalho em equipe, um trabalho solidário entre todos os que compõem

o cotidiano escolar.

Temos o gestor administrativo (diretor), o pedagógico (coordenador), o

coordenador de curso, o da sala de aula (professor) e outros cargos definidos pela

estrutura de funcionamento das políticas públicas. Basicamente, em todas as escolas

os gestores desenvolvem as seguintes funções:

Professor – deve ser entendido como um agente de educação integral, cujas

habilidades, conhecimentos e atitudes em relação ao aluno, são o centro de eficácia do

processo educativo.

Diretor (diretor auxiliar) – assume uma série de funções, tanto de natureza

administrativa quanto pedagógica. Entre as suas responsabilidades principais estão:

Gerenciar os aspectos materiais e financeiros da escola.

Harmonizar as relações entre os profissionais da educação que atuam na

escola.

Articular a relação escola-comunidade.

Construir em parceria com todos os segmentos da escola, as normas,

regulamentos, adotando medidas condizentes com os objetivos e princípios propostos.

Promover um sistema de ação integrado e cooperativo.

Manter um processo de comunicação claro e aberto entre os membros da

escola e entre a escola e a comunidade.

Estimular a inovação e melhoria do processo educacional.

Coordenador de Curso - Estende seu trabalho a todos os alunos, orientando-

os em seus estudos, com o objetivo de que os mesmos sejam mais proveitosos. São

funções do orientador educacional:

Page 30: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

30

Auxiliar o educando quanto a seu auto-conhecimento, a sua vida intelectual e a

sua vida emocional.

Trabalhar para estabelecer na escola um ambiente de alegria e confiança.

Procurar trazer a família para cooperar de maneira mais eficiente e positiva na

vida do educando.

Realizar trabalho de aproximação da escola com a comunidade.

Realizar observações e entrevistas pessoais com os alunos e seus familiares.

Participar do processo de avaliação escolar e recuperação dos alunos.

Dos Agentes Educacionais I e II

A educação não se dá apenas na sala de aula, mas, nos diferentes espaços da

escola. Todos os profissionais da educação (diretores, pedagogos, professores e os

agentes educacionais) são responsáveis por transmitirem saberes e valores

fundamentais para a formação dos nossos estudantes. Como dito anteriormente, cada

profissional da escola tem responsabilidade no resgate e na prevenção dos problemas

enfrentados do cotidiano escolar. E os agentes educacionais, como podem contribuir

para o bom andamento do ambiente escolar?

Devido às oportunidades de diálogo com os estudantes em diferentes espaços

da escola, como no pátio, nos corredores ou no balcão de atendimento da secretaria,

os agentes educacionais podem identificar potenciais situações de abandono escolar,

de uso de drogas, e outros problemas que podem atrapalhar a vida escolar do aluno,

adquirindo informações que a equipe pedagógica, professores e direção muitas vezes

não têm. Se o agente perceber qualquer problema deve informar à equipe pedagógica

ou a direção da escola. Desta forma, faz-se necessário envolver todos os profissionais

da educação, conscientizando-os da sua função quanto ao fortalecimento do

enfrentamento aos problemas do cotidiano escolar, contribuindo com o bom andamento

do ambiente e com desempenho da aprendizagem do aluno. Consta no Regimento da

instituição todas as funções referentes aos agentes educacionais I e II.

2.6 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM OS PAIS E/OU

RESPONSÁVEIS

No que se refere à educação, deve haver conhecimento, disponibilidade,

empenho por parte da família em saber o que está acontecendo dentro da escola,

Page 31: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

31

reconhecendo e estimulando a aprendizagem de seu filho. Com isso, estará

colaborando para o desenvolvimento da mesma.

Contudo, sabe-se que muitas famílias não participam efetivamente do cotidiano

escolar dos filhos e, consequentemente, influenciam negativamente no

desenvolvimento do aluno em sala de aula. Os educadores buscam estratégias para

que os pais se envolvam mais no processo de aprendizagem, através de reuniões, que

são utilizadas para relatar o que acontece na escola e com o aluno e/ ou promovem

atividades de integração entre pais e filhos. Apesar dos esforços, nem sempre os pais

comparecem nestes eventos, frustrando as expectativas da escola.

Para que os pais participem do cotidiano escolar dos filhos é necessário que a

escola tome a iniciativa de convidá-los, visto que muitos pais não têm o conhecimento

de como é o processo de aprendizagem, ou mesmo, como podem auxiliar nas

dificuldades encontradas na instituição.

Segundo o Estatuto da Criança e Adolescente “É direito dos pais ou

responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição

das propostas educacionais” (cap. IV, parágrafo único).

Sabe-se do grande valor que se tem a participação das Instâncias Colegiadas

nas atividades da escola e o quanto essa participação pode favorecer com a qualidade

do ensino ministrado. É muito importante que as mesmas participem e se façam ouvir

no dia-a-dia escolar, não esquecendo que, a função principal da socialização da

aprendizagem é dos docentes.

Porém, da mesma forma em que nos preocupamos com a presença das famílias

na escola, também estamos nos reorganizando de forma diferente para conseguir

presença de membros das instâncias colegiadas nas reuniões. Pensando em formas

diferenciadas, reunir a comunidade escolar através de algumas ações como:

apresentações de atividades (Feiras do Conhecimento, envolvendo todas as

disciplinas, poesias, teatro, música, dança, etc), bem como entrega de boletins,

chamando a atenção para a participação dos membros das instâncias colegiadas nas

reuniões pré-definidas. Também criamos o grupo da APMF e do Conselho Escolar no

Whatsapp, onde é possível mantermos contatos com muita frequência, não

descartando as reuniões presenciais, que são indispensáveis e muito importantes para

tomadas de decisões coletivas.

Page 32: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

32

2.7 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

A formação continuada de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, Lei nº 9394/96, nos artigos dedicados a formação dos profissionais da

educação, estabelece as formas de formação continuada: Sólida formação teórica e

interdisciplinar sobre educação, fundamentos históricos, políticos e sociais, conteúdos

a serem ensinados pela escola que permitem a apropriação do processo de trabalho

pedagógico, exercício da análise crítica brasileira e da realidade educacional.

Unidade entre teoria-prática é necessária assumir uma postura na produção do

conhecimento da organização curricular dos cursos que não se reduz a justa posição

da teoria e prática, no trabalho docente como princípio educativo na base de formação

profissional, na pesquisa como meio de produção do conhecimento científico e

intervenção da prática social.

Capacitado e atualizado, é consciente que a capacitação deve ser constante.

Por isso propõe como um momento de encontro e troca de experiências, as Reuniões

Pedagógicas, previstas em calendário escolar, onde estarão reunidos todos os

professores das diversas áreas do conhecimento; podendo ainda ser realizadas nessas

reuniões palestras e debates, com temas a serem definidos previamente.

Os profissionais da educação também buscam meios de manterem-se

atualizados diante de assuntos inerentes ao fazer pedagógico, tanto em momentos

como a capacitação pedagógica quanto em cursos ofertados pela SEED ou ainda

outros particulares e Cursos à Distância.

Além, de capacitação descentralizada, cursos, reuniões pedagógicas, dia de

Planejamento, Formação Continuada, Equipe Multidisciplinar; no próprio ambiente

escolar são viabilizados momentos que permitem a reflexão da prática pedagógica,

como em reuniões pedagógicas ou na hora-atividade que podem ser encaminhadas de

forma a possibilitar estudos pertinentes à educação. Referente aos encontros da

Equipe Multidisciplinar na primeira reunião o pedagogo explica o comprometimento

com a proposta, determina junto com os demais participantes como será trabalhado em

sala de aula e nos trabalhos extraclasses, os dias e horas do encontro entre os

participantes, que geralmente é em horário intermediário, debatem os textos, realizam

pesquisas para enriquecimento do trabalho predefinido.

Todos os trabalhos são registrados através de textos, fotos e vídeos; PDE,

também fazemos parceria com a UFFS (UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA

Page 33: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

33

SUL) para grupos de estudos, etc., no próprio ambiente escolar são viabilizados

momentos que permitem a reflexão da prática pedagógica, como em reuniões

pedagógicas ou na hora-atividade que podem ser encaminhadas de forma a possibilitar

estudos de textos, legislações, ofícios, periódicas e outros pertinentes à educação.

2.8 ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE

A hora-atividade é um momento utilizado pelo professor para organizar sua

prática docente, com a realização de atividades pertinentes ao processo ensino-

aprendizagem. Planejar e estudar são fundamentais para a sistematização de ações

para que os objetivos da disciplina sejam atingidos. Esta se dá na escola com horários

específicos para os professores, que conseguem trocar ideias havendo uma boa

integração e socializações entre a equipe de docentes, suprindo os anseios atingindo

assim os objetivos de cada educador. A equipe pedagógica sempre que possível

procura acompanhar os docentes.

2.9 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO E CRITÉRIOS DE

ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS

O Colégio inicia suas atividades às 7:30h às 11:30h, 13:15h às 17:15h e 19:00h

às 23:00h com duração de 45 minutos cada aula, com 15 minutos de intervalo em

cada período. O Colégio conta com uma equipe de 35 docentes todos com formação

adequada na referida área, 1 diretor e 1 diretora auxiliar , 3 pedagogas, 07 agentes I e

06 agentes II e uma professora readaptada. Atualmente atende 11 turmas de Ensino

Médio Regular de 1ª, 2ª e 3ª séries, 4 turmas de Técnico em Administração Integrado

ao Ensino Médio e 2 turmas de Administração Subsequente, 2 turmas de CELEM, 1

projeto de Hora Treinamento .

A) O Atendimento às Modalidades:

Atualmente o Colégio atende 4 turmas de Técnico em Administração Integrado

ao Ensino Médio e 02 turmas de Administração Subsequente.

B) As Atividades de Ampliação de Jornada Escolar

São atividades educativas integradas ao currículo escolar que visam ampliar os

tempos, os espaços escolares e as oportunidades de aprendizagem para o

Page 34: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

34

desenvolvimento integral das crianças, adolescentes e jovens que compõem as

instituições de ensino da rede pública estadual. São desenvolvidas por meio dos

seguintes programas: Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo (AETE); Por

meio desse programa, cada escola pode propor uma atividade de ampliação de jornada

por modalidade de ensino, cujo objetivo é: promover a melhoria da qualidade do ensino

por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas em contra

turno, na escola ou no território em que ela está situada, a fim de atender às

necessidades socioeducacionais dos alunos; ofertar atividades complementares ao

currículo escolar vinculadas ao Projeto Político Pedagógico da Escola, respondendo às

demandas educacionais e aos anseios da comunidade; possibilitar maior integração

entre alunos, escola e comunidade, democratizando o acesso ao conhecimento e aos

bens culturais.

A instituição de ensino, considerando a etapa e a modalidade de oferta, tem

ainda a possibilidade de desenvolver outros programas ofertados pela Secretaria de

Estado de Educação e também faz parceria com a UFFS (UNIVERSIDADE FEDERAL

DA FRONTEIRA SUL); através do PIBID que tem por objetivo compreender, planejar e

intervir práticas educativas que contemplem a realidade das escolas, assim

desenvolvendo o processo de ensino aprendizagem no ensino de Biologia. Propondo

ações que visem a utilização de diferentes espaços para os processos de ensino

aprendizagem: laboratório de biologia, de informática, biblioteca, visitas de campo,

entre outros, como espaços de referência para além da sala de aula.

O pibidianos, elaboram e desenvolvem propostas didático-metodológicas que

potencializam o aprendizado e a integração entre diferentes saberes e áreas do

conhecimento cientifico, além de produzir materiais didático-pedagógicos que

subsidiem os trabalhos desenvolvidos na escola atendendo o caráter interdisciplinar

transversal conforme deliberam os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e as

Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná (DCE).

C ) Inclusão - educação especial amparo legal estado democrático de direito

A instituição tem alunos com necessidades especiais e a estes são assegurados

o direito de estudos mediante metodologias diferenciadas e individuais, que

possibilitem a sua aprendizagem conforme o Regimento Escolar e integrando – os no

meio ambiente de forma que estes não se sintam excluídos.

Page 35: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

35

2.10 ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR (INDICADORES EXTERNOS E

INTERNOS), ABANDONO/EVASÃO E RELAÇÃO IDADE/ANO

Rendimento Escolar na Escola Doze de Novembro, C E-EM Profissional

Acesso Rápido

Rendimento Escolar - Dados Preliminares - Ano 2015

Ensino/Série

Taxa de Aprovação

Taxa de

Reprovação

Taxa de

Abandono

Total de

Aprovados

Aprovados

por Conselho

de Classe

Ensino Médio Regular

1º Ano 67,47% 33,04% 18,67% 13,86%

2º Ano 70,97% 42,73% 14,19% 14,84%

3º Ano 83,21% 36,84% 5,11% 11,68%

Total do Ensino 73,36% 37,50% 13,10% 13,54%

Ensino Médio Integrado

1º Ano 82,76% 33,33% 6,90% 10,34%

2º Ano 86,67% 7,69% 6,67% 6,67%

3º Ano 100,00% 6,67% 0,00% 0,00%

4º Ano 100,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Total do Ensino 90,14% 15,63% 4,23% 5,63%

Educação Profissional - Nível Técnico

1º Ano 28,95% 0,00% 2,63% 68,42%

2º Ano 35,71% 0,00% 7,14% 57,14%

Total do Ensino 31,82% 0,00% 4,55% 63,64%

Fonte: SERE / ABC Data: 2016

Page 36: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

36

Taxa de Distorção Idade/Série na Escola Doze de Novembro, C E-EM Profissional

Taxa de Distorção Idade/Série - Ano 2015

Ensino Taxa de Distorção

Ensino Médio

1° Ano 24,62%

2º Ano 23,53%

3º Ano 14,47%

4º Ano 0,00%

Total do Ensino 20,79%

Rendimento Escolar na Escola Doze de Novembro, C E-EM Profissional

Rendimento Escolar

Indicadores 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Aprovação

Ensino Médio 93,1% 82,7% 77,8% 79,4% 83,8% 81% 76,2% 66,8% 76,2%

Reprovação

Ensino Médio 6,9% 3,1% 5,5% 4,9% 13,2% 9,5% 13% 14,8% 11,3%

Abandono

Ensino Médio 6,9% 3,1% 5,5% 4,9% 13,2% 9,5% 13% 14,8% 11,3%

Ensino Médio 0% 14,2% 16,7% 15,7% 3% 9,5% 10,8% 18,4% 12,5%

Fonte: CENSO / INEP

A) Abandono Escolar:

Quanto ao abandono escolar, a Instituição de Ensino realiza contatos, através

dos diversos meios de comunicação, com os alunos faltosos e consequentemente, se

não obtiver resultado positivo, encaminha a situação para o Conselho Tutelar que toma

as providências cabíveis.

Índice de Abandono

Ensino Médio

1º Ano 13,86%

2º Ano 14,84%

3º Ano 11,68%

Ensino Profissional – Administração Integrado

1º Ano 10,34%

Page 37: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

37

2º Ano 6,67%

3º Ano 0,00%

4º Ano 0,00%

Ensino profissional - Administração Subsequente

1º Ano 68,42%

2º Ano 57,14%

B) Prevenção ao uso de Álcool e outras Drogas e Enfrentamento às Violências na

instituição de ensino:

A Prevenção ao Uso indevido de drogas tem como objetivo, refletir sobre o

consumo de drogas no contexto atual e as possíveis consequências geradas por elas

ao indivíduo e à sociedade.

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas busca-se constantemente o

conhecimento científico, que vai além, das discussões do campo biológico e afetivo.

Aborda-se esta problemática através de palestras, seminários, filmes e

documentários de orientação e prevenção que devem contemplar informações sobre

seus males e consequências, estimulando a questão da qualidade de vida, bem como

orientações sobre comportamento e atitudes positivas e negativas. Contamos também

com a parceria e colaboração da UFFS (UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA

SUL) e dos PIBIDIANOS.

Procuramos apoiar e orientar o dependente químico e a família para tratamento,

de acordo com as possibilidades da escola, encaminhando para as instituições

competentes. Mantemos uma parceria com a gestão municipal e quando necessário

encaminhamos para atendimento psicológico.

Mostrar que ter uma ocupação, trabalho e atividade de lazer é importante na

recuperação e oferecer apoio pedagógico domiciliar. Além disso, a ética é um elemento

fundamental, pois, o conjunto de atitudes e sentimentos inter-relacionados, parte do

respeito ao ser humano e natureza em sua forma mais ampla, passa pela vida pessoal,

familiar, profissional e culminando nos princípios morais para a convivência social.

Page 38: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

38

2.11 RELAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E DISCENTES

A relação do professor com seus alunos é de fundamental importância para a

educação, pois, a partir da forma de agir do docente é que o aprendiz se sentirá mais

receptivo a disciplina.

A reciprocidade, simpatia e respeito entre os profissionais da educação e

discentes proporcionam um trabalho construtivo, em que o educando é tratado como

pessoa e não como número.

A valorização do conhecimento e do trabalho docente pode levar a educação a

um status prioritário dentro da escola, pensando assim, nossos professores têm

consciência e clareza dos seus objetivos a serem alcançados e refletem

constantemente sobre as conquistas e dificuldades dos alunos, para que assim possam

melhor intervir, ajudando-os a progredir em seu aprendizado.

Sabendo que o conhecimento do aluno, o desenvolvimento de sua capacidade

e o uso de suas habilidades depende de um ambiente que favoreça a aprendizagem, o

professor deve proporcionar um conjunto de ferramentas culturais a fim de favorecer o

processo mental do mesmo.

O Colégio por sua vez, como instituição organiza-se para garantir a

aprendizagem de todos, comprometendo-se com eles e construindo um novo vínculo

pedagógico, resgatando o sentido do estudo mediante uma proposta pedagógica

significativa e participativa com integração através de atividades culturais, esportivas,

gincanas, viagens de estudo, etc.

Page 39: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

39

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA

(MARCO CONCEITUAL)

A escola precisa buscar consciência da sua historicidade, da fase em que

encontra-se o desenvolvimento, e a consciência de que está em contradição com

outras concepções de mundo. A necessidade humana de vivenciar, valores que

assegurem o crescimento pessoal e a integração com o social vão delinear e desenhar

a concepção de mundo proposta por esta instituição.

Em conformidade com Freire (1987, p. 87), “Nosso papel não é falar ao povo

sobre a nossa visão de mundo, ou tentar impô-la a ele, mas dialogar com ele sobre a

sua e a nossa”. É primordial que a escola analise e reflita sobre as diversas

concepções e a integração das mesmas. Entende-se, nessa perspectiva, que a escola

precisa ser espaço estratégico, onde possa-se desenvolver o compromisso com a

construção da cidadania.

Apontando em direção às bases antropológicas do que propõe como concepção

dialética da filosofia da educação, Saviani (2003) ressalva que "lhe interessa um

homem concreto, isto é, o homem como síntese de múltiplas determinações, vale dizer,

o homem como conjunto das relações sociais".

Assim, o importante, acerca do homem, é sua localização, o seu enraizamento

sócio-histórico-político no presente, fonte de valores, que apareça como lugar em que

os homens, através de todas as dificuldades, estão a caminho de realizar progressos

decisivos. O educando, segundo esta percepção, pode ser encarado como um ser

ativo, dinâmico, coparticipante do processo educativo, já que é o forjador da história

que trabalha no presente a partir de conteúdos significativos e atuais permanentemente

avaliados face às realidades sociais.

O entendimento de mundo determina o grupo a que se pertence, esse grupo é

definido como a reunião de “... todos os elementos sociais que partilham de um mesmo

modo de pensar e agir.” A compreensão de mundo quando não há crítica, é coerente, é

ocasional e desagregada. O ponto inicial para a concepção de mundo pela escola “é o

desenvolvimento da consciência de que somos produtos do processo histórico até hoje

desenvolvido, fazendo o inventário da infinidade de traços recebidos" (GRAMSCI,

1984, p 12).

A tendência educativa centrada nos conteúdos, no valor vinculado às realidades

sociais, terá que trabalhar, necessariamente, a partir de modelos que tenham uma

Page 40: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

40

relação direta com o presente da comunidade e, portanto, do indivíduo. Ao aluno

caberá assim, a partir, dessa experiência sócio/cultural participar ativamente do

processo de aprendizagem, confrontando suas apreensões com os modelos e

conteúdos expressos pelo professor. Levando em consideração, a diversidade social

brasileira, inserida no contexto da sociedade contemporânea capitalista e desigual, vive

o conflito das grandes transformações científicas e tecnológicas do mundo atual.

Percebe-se que a velocidade da mudança impulsionada pela aceleração da

produção, da aplicação do conhecimento científico, sua concretização em processos e

produtos tecnológicos invadem o cotidiano individual e coletivo do nosso tempo, com

isto, precisa-se interagir com essa realidade, constituindo-se em instrumento de

transformação, buscando elos com seus vínculos históricos e quais os maiores

desafios para o futuro, sabendo que o capitalismo predomina e consequentemente há

uma desigualdade de distribuição de renda. Isso restringe as oportunidades de

apropriação do conhecimento e ascensão social.

No contexto atual, observa-se que a maioria dos alunos estão desinteressados,

não possuem perspectiva sócio-cultural-econômica e, consequentemente, isso

possibilita a manutenção do sistema vigente, norteado por princípios de exploração e

injustiça. Na sociedade atual os princípios éticos devem ser resgatados. Bem como,

repensar a estrutura sociocultural atual, sem paternalismo e o cumprimento das leis, no

país, referentes à saúde e educação de qualidade, possibilitando assim, a melhor

distribuição de rendas e um maior comprometimento da família com a educação de

seus filhos que são os alunos em questão. A escola deve preocupar-se com a

formação integral do aluno numa visão onde o conhecer e o intervir encontrem-se.

Portanto, vive-se hoje uma explosão das diferenças: étnicas, culturais, sociais,

religiosas, sexuais e nacionais, que coloca a questão do resgate da identidade. A

diversidade cultural é a riqueza da humanidade. Para cumprir sua tarefa humanista, a

escola precisa mostrar aos alunos que existem outras culturas e diferentes concepções

de mundo. Tem-se consciência da existência de um mundo materialista, desigual,

globalizado, e que por intermédio dos meios de comunicação atinge todos os domínios

da vida humana, repassando informações.

Entende-se que o ser humano é capaz de avaliar sua própria existência, de

optar, de decidir pelos rumos que deve seguir. Por isso, se integra à comunicação, à

produção das relações sociais, à educação que é um processo contínuo e permanente,

Page 41: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

41

que transcende por toda a vida. Vivendo em sociedade e em função das relações

sociais, estabelece-se e desenvolve características específicas, que lhes são

peculiares e possibilitam sua singularidade, na transformação e reconstrução da

mesma.

Pela educação o homem tem acesso ao conhecimento e aos instrumentos

necessários para interpretar a realidade, realizar escolhas que lhes possibilitem agir

sobre o meio. Na ação educativa o que deve estar implícito é o aperfeiçoamento do

próprio homem, como ser cidadão, político, com capacidade para questionar, criticar,

reivindicar e participar no desenvolvimento da sociedade.

O homem como ser social e histórico é capaz de interagir com o meio, fazer

opções e tomar decisões, com capacidade de transformar-se e transformar através da

comunicação e transmissão do conhecimento. Em função das relações sociais este

desenvolve características específicas que lhe são peculiares para seu

desenvolvimento por intermédio da ciência e tecnologia.

A educação supõe um processo tipicamente humano, que realiza-se de forma

intencional e integrada, para a organização do comportamento mais conveniente a

cada sujeito determinado pela aquisição de conhecimentos e interiorização de

comportamentos e atitudes. Pela educação o homem apropria-se dos saberes, evoluí

de forma inteligente com a natureza que domina em função do bem comum, da qual

beneficia-se, em consequência da cultura que naturalmente produz ou simplesmente

adquire no dia-a-dia das realizações pessoais, como história, arte, comunicação,

ciência, técnica, política, religião, lazer e outros elementos mais.

A escola enquanto organização deve oferecer oportunidades educacionais que

garantam o ensino de qualidade para todos, proporcionando aos educandos uma visão

ampla e aprofundada da realidade de forma que possa:

Aplicar a prática educativa escolar contribuindo para o desenvolvimento de cada

aluno;

Ampliar seu conhecimento e a capacidade de descobrir, criar, questionar, criticar

e transformar a realidade;

Ampliar seu senso crítico com responsabilidade sócio-político e cidadã;

Contribuir para a construção de uma nova sociedade, fundada em relações

sociais de colaboração e responsabilidade:

Page 42: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

42

Conhecer e analisar os interesses da comunidade escolar, como referência, para

desenvolver a educação de nossos alunos para atuar com segurança nas diferenças e

suas especificidades.

Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo

crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo propositivo,

para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida.

Compreender que a saúde é produzida nas relações como meio físico,

econômico e sócio cultural, identificando fatores de risco à saúde pessoal e coletiva

presentes no meio em que vive. Considerar as dimensões biológicas, psíquica e

sociocultural da sexualidade, buscando contemplar uma visão ampla e não reducionista

das questões que envolvem a sexualidade e o seu desenvolvimento no âmbito pessoal.

Saber respeitar a individualidade de cada um.

Um aspecto fundamental que proporciona suporte a escola é a família. Ela

representa o alicerce de sustentação na formação de hábitos, atitudes e valores que

são incorporados e transcendem na escola e estendem-se por toda a vida. É na escola

que são explicitadas as relações sociais pelo meio das atividades desenvolvidas em

diferentes áreas do conhecimento que exigem do aluno uma participação efetiva

condizente com sua vida escolar, através do trabalho coletivo, que reflete toda ação, no

fortalecimento de si próprio e no processo de mudança que se deseja construir.

Nesse contexto, é cogente compartilhar decisões com envolvimento dos

diferentes segmentos que compõem a comunidade escolar por intermédio da gestão

democrática. E a essência é a autonomia que constrói-se no cotidiano escolar, mas é

preciso lidar com conflitos e opiniões diferentes. Algumas características da gestão

escolar democrática:

Participação das decisões e informações;

Preocupação com a qualidade da educação;

Transparência no uso dos recursos da escola.

Numa comunidade democrática de aprendizagem envolve-se a reflexão, a

determinação e a reconstrução do conhecimento. Os alunos aprendem democracia

vivendo e construindo sua comunidade democrática de aprendizagem e de vida,

aprendem a pensar, a refletir, a transformar seu próprio pensamento, seus hábitos,

comportamento e seu papel na sociedade.

A reconstrução da escola envolve responsabilidade de toda comunidade escolar

Page 43: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

43

e compreende a dimensão pedagógica, a gestão democrática, o ambiente educativo, a

formação e condições de trabalho dos profissionais da escola, o espaço físico e o

tempo escolar como também o acesso e a permanência do aluno. A formação

continuada de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº

9394/96, nos artigos dedicados a formação dos profissionais da educação estabelece

as formas de formação continuada:

Sólida formação teórica e interdisciplinar sobre educação, fundamentos

históricos, políticos e sociais, conteúdos a serem ensinados pela escola que permitem

a apropriação do processo de trabalho pedagógico, exercício da análise crítica

brasileira e da realidade educacional.

Unidade entre teoria-prática faz-se necessário assumir uma postura na

produção do conhecimento da organização curricular dos cursos que não se reduz a

justaposição da teoria e prática, no trabalho docente como princípio educativo na base

de formação profissional, na pesquisa como meio de produção do conhecimento

cientifico e intervenção da prática social.

Gestão democrática visa aprender o significado social de poder que se

reproduz no cotidiano da escola, na relação professor-aluno, na concepção e

elaboração dos conteúdos curriculares.

Compromisso social e ético do profissional da educação com ênfase na

concepção sócio histórica do educador.

Trabalho coletivo e interdisciplinar entre alunos e professores como eixo

norteador do trabalho docente e na redefinição da organização curricular.

Articular formação inicial e continuada, diálogo permanente de formação

inicial e do mundo do trabalho, programas e projetos de educação continuada deve

incluir saberes científicos, críticos e didáticos que são realizados na forma presencial

ou a distancia.

3.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Na sociedade atual, busca-se elo com seus vínculos históricos e quais os

maiores desafios para o futuro, sabendo que o capitalismo predomina, e

consequentemente, há uma desigualdade de distribuição de renda. Isso restringe as

oportunidades de apropriação do conhecimento e ascensão social. No contexto

presente, observa-se que a maioria dos nossos alunos estão desinteressados, não

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44

possuem perspectiva sócio-cultural-econômica e, consequentemente, isso possibilita a

manutenção do sistema vigente, norteado por princípios de exploração e injustiça.

Na sociedade de hoje os princípios éticos devem ser resgatados. Também deve-

se repensar a estrutura sociocultural atual, sem paternalismo e o cumprimento das leis,

no pais, referentes à saúde e educação de qualidade, possibilitando assim a melhor

distribuição de rendas e um maior comprometimento da família com a educação de

seus filhos que são nossos alunos.

Numa concepção marxisista a sociedade caracteriza-se como um todo composto

de várias partes que engloba a economia, a política, as ideias como base da

organização social, a partir das relações estabelecidas pelos homens. Há vários grupos

sociais em sociedades diferentes com culturas diferentes que são considerados na

ação educativa. A sociedade em seu conceito apresenta-se como a totalidade de

indivíduos entre os quais há relações intersubjetivas, ou seja, como mundo social. Um

organismo cujos elementos são em primeiro lugar as famílias e depois os indivíduos

isolados caracterizados por atitudes comuns ou institucionalizados.

A sociedade desejada é aquela que deve ser justa, democrática, igualitária e

humana, com igualdade de oportunidades e de direitos, com melhor distribuição de

renda e de mudança de comportamento, respeitando os valores, a cultura individual e

coletiva.

O exame das variadas concepções pedagógicas e, nelas, a visão de escola,

permite deduzir que nenhuma delas nega o fato de que as escolas são instituições

sociais que, para cumprirem seus objetivos, precisam ser, de alguma forma,

administradas ou geridas. No entanto, apresentam posições diferentes e,

frequentemente, conflitantes em relação ao objetivo social das escolas e às formas

organizacionais. A importância da gestão educacional de sistemas de ensino e escolas

tem sido ressaltada há anos na pesquisa educacional, tendo sido, inclusive, antecipada

nas propostas pedagógicas de esquerda. É notório que a autonomia fortalece as

escolas, acentua o espírito de equipe, envolvendo os professores e demais educadores

na responsabilidade em assumir um papel na configuração da organização do trabalho

escolar não apenas na sala de aula, mas, na escola como um todo. Trata-se de um

processo que se identifica bem com a reivindicação de participação conjunta de pais,

professores, alunos, nos processos de tomada de decisão e corresponsabilização

pelas ações de ensino e aprendizagem.

Page 45: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

45

As escolas existem para promover o desenvolvimento das potencialidades

físicas, cognitivas e afetivas dos alunos por meio da aprendizagem de saberes e

modos de ação, para que se transformem em cidadãos participativos na sociedade em

que vivem. Seu objetivo primordial, portanto, é o ensino e a aprendizagem, que se

cumpre pelas atividades pedagógicas, curriculares e docentes, estas, por sua vez,

viabilizadas pelas formas de organização escolar e de gestão. Constituem-se, assim,

dois campos de investigação, de práticas e de exercício profissional, articulados entre

si pela correlação, numa instituição, entre fins e meios.

3.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM

Partindo do que relata Morin (2001) ao referir-se sobre a complexidade do ser

humano: "ser, ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural", apresenta-

se nossa concepção de homem e, em consequência, as aspirações pretendidas em

relação ao cidadão que querer se formar. Entendendo o sujeito tanto biológico como

social, tem-se por objetivo desenvolver no aluno a consciência e o sentimento de

pertencer ao mundo, de modo que possa compreender a interdependência entre os

fenômenos e seja capaz de interagir de maneira crítica, criativa e consciente com seu

meio natural e social.

Alguns desafios são fundamentais no que se refere à formação do sujeito,

desenvolver competências para contextualizar e integrar, para situar qualquer

informação em seu contexto, para colocar e tratar os problemas, ou seja, o grande

desafio de formar sujeitos que possam enfrentar realidades cada vez mais complexas.

Assim, acredita-se na possibilidade de formar um cidadão mais indignado com as

manifestações e acontecimentos da vida cotidiana, um cidadão que saiba mediar

conflitos e propor soluções criativas e adequadas a favor da coletividade, que tenha

liberdade de pensamento e atitudes autônomas para buscar informações nos diferentes

contextos, organizá-las e transformá-las em conhecimentos aplicáveis.

Para o educador Freire (1996), o homem só começa a ser um sujeito social,

quando estabelece contato com outros homens, com o mundo e com o contexto de

realidade que os determina geográfica, histórica e culturalmente, é nessa perspectiva

que a escola se torna um dos espaços privilegiados para a formação do homem. Onde

foi o homem medieval considerado o motor do conhecimento, isto é, ele é aquele que

conhece, busca informação procurando saber e sendo influenciado. Ele que faz com

Page 46: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

46

que o homem torne-se o centro, e que todo caminho seja determinante porque é

necessário sempre “algo mais”. Ele é o que olha para o alto.

Vive-se em uma Era, marcada pela competição e pela procura de excelência,

em que progressos científicos e avanços tecnológicos definem exigências novas,

estabelecendo novos paradigmas para os indivíduos que procuram ingressar ou

pretendem manter-se no mundo do trabalho. As mudanças exigem novos conceitos de

valores, baseados numa concepção progressista e transformadora.

A crescente interdependência entre os povos cria a necessidade de que

aprenda-se a viver em comunidade no planeta. Mas como fazê-lo, se não somos

capazes de viver juntos em nossas próprias comunidades, onde é assustadora a

crescente desigualdade socioeconômica entre os cidadãos?

Contudo, percebe-se, que o centro de tudo isso é o homem. É preciso dar-lhe

condições para que encontre por conta própria a sua felicidade e realização pessoal.

Para isso, existe um caminho a percorrer, às vezes árduo, na busca do resgate de seus

valores éticos e morais, do conhecimento e do processo de crescimento intelectual,

valorizando e fortalecendo suas raízes em seu ecossistema de herança. Isso formará

pessoas autônomas, com capacidade de análise sabendo de sua razão crítica nas

relações interpessoais e no respeito aos direitos do homem e do cidadão.

A educação para a humanização significa pensar e agir fundamentando-se em

princípios éticos responsáveis, determinações políticas interventivas, criatividade

estética sensível. Nesta direção, a humanização da educação e da escola é, ao mesmo

tempo, processo e produto, nascidos e conquistados, num projeto de mútua

determinação e radicais lutas de educadores transformadores. Como processo, é a

ação diária nas escolas, nas aulas, nas reuniões, no trabalho pedagógico, para fazer

valer os princípios da igualdade, da convivência fraterna, da reciprocidade, da

solidariedade ativa, para a promoção de um mundo mais justo e humano.

Como produto, é o espaço novo da educação do homem ativo, esperançoso,

que aprendeu a viver junto aos seus semelhantes, na empreitada da formação e da

produção social, da cultura, das relações humanizadas, ou seja, um espaço dotado de

características humanas livres, conscientes e responsáveis pelo destino individual e

social. O homem, antes de ser criado por uma abstração, é um ser vivo, um ser com

necessidades e potencialidades materiais, além, das dimensões de identidade e

significação que a civilização e a cultura lhe conferem. Nesta direção, é que o homem

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47

produz os seus meios de sobrevivência. E, neste fazer de si, dá origem ao seu

autoprocesso de humanização e hominização da natureza.

O homem define-se, pois, por esta capacidade material de produzir seus meios

de sobrevivência material e de construir, a partir destes, uma grade de representação

simbólica e institucional, que dá formas à sociedade e cultura aos ordenamentos

ideológicos da vida social e aos produtos espirituais da prática social. Assim, os

homens não nascem prontos, acabados, mas, são constituídos em uma intrincada rede

de inter-relações entre causas externas e internas de sua formação, evolução e

produção social. Tendo a escola a função de formar cidadãos pensantes, críticos e

atuantes, entende-se a aprendizagem como um processo interativo, dinâmico e

consequente entre sujeito/sujeito e sujeito/conhecimento.

Muitos autores atuais apontam para o fim da escola. Já os profissionais da área,

em contrapartida, reafirmam sua opção pela escola e educação formal como instituição

social privilegiada de construção da igualdade. O saber escolar deve ser apropriado

pelos educandos para promoção das qualidades inerentes à condição humana

esclarecida. Freire (2008) afirmava que para a educação é imprescindível a formação

de cidadãos críticos, ativos, sujeitos históricos que intervenham no processo de

formação da sociedade.

Esse processo comporta o domínio das formas que permitam chegar à cultura

sistematizada. E por esse motivo, já estaria justificada a importância da reflexão. O

ensino pautado pelos princípios e práticas humanistas propõe convocar a escola e a

educação, seus agentes e interlocutores, abertos à formação da consciência crítica e

da participação política solidária. Isto significa afirmar que a construção de um projeto

pedagógico resistente e transformador exige o compromisso ético social dos

educadores e administradores, na produção de uma concepção política democrática,

buscando transformar as estruturas atuais da sociedade caracterizada pelas práticas

individualistas e competitivas.

Compreender este estado e pensar a sua superação requer coragem de propor

uma educação e uma escola que supere a concepção educacional de formar para o

trabalho, numa dimensão estreita, pois, se assume aí a integração da educação como

fria produtora de mão de obra do mercado de trabalho da sociedade consumista atual.

Uma dimensão fundamental de uma educação humanizada e humanizadora, induz a

necessidade de rever os métodos, procedimentos pedagógicos que, muitas vezes

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48

restringem os conteúdos escolares e o processo pedagógico à dimensão cognitiva,

esquecendo-se de que o homem é um ser, cuja intelectualidade e emoção fundem-se

trazendo implicações no desenvolvimento educativo. Uma educação intelectualista, em

que o objetivo principal seja o cumprimento do programa curricular, ignorando o

indivíduo em sua totalidade, poderá deixar lacunas irreparáveis na formação integral do

mesmo, uma vez que uma verdadeira aprendizagem não se restringe à transmissão ou

apropriação de saberes conceituais. Neste sentido, GALVÃO (2008,) afirma que: Ao

contrário do que sugere a tradição intelectualista do ensino, uma pedagogia inspirada

na psicogenética walloniana não pondera o desenvolvimento intelectual como a meta

máxima e exclusiva da educação. Considera-a, ao contrário, meio para a meta maior

do desenvolvimento da pessoa, afinal, a inteligência tem status de parte no todo

constituído da pessoa.

A aprendizagem inicia-se no contexto concreto da vivência social da família,

com todas as suas contradições, passando pelos ambientes escolares e por todo o

ciclo vital. Neste movimento, dá-se a dinâmica entre o racional e o emocional, o afetivo

e o sentimental, fundamentos básicos de uma aprendizagem relacional, necessários

para a produção e apropriação do conhecimento. Oliveira e Rego (2003),

fundamentadas na teoria de Vygotsky, afirmam que o ser humano aprende por meio do

legado de sua cultura e na interação com outros humanos, sendo o aprendizado sobre

emoções e afetos iniciado nos primeiros dias de vida, perdurando por toda a sua

existência.

Para Vygotsky (1996), quando se compreende a base afetiva da pessoa é que é

possível compreender o pensamento humano. Ou seja, as razões que impulsionam os

pensamentos, encontram suas origens nas emoções que as constroem. Evidenciam-

se, portanto, a mútua relação entre as esferas afetivo/cognitivas, influenciando-se no

processo evolutivo do conhecimento. Sendo assim, as interações que ocorrem no

âmbito escolar são pontuadas pela afetividade e é fundamental estimular a busca de

mecanismos que viabilizem uma mediação afetivo-motivadora, uma vez que a

afetividade habilita a pessoa a olhar para o outro, valorizando-o e instigando elementos

como a autoestima, fator essencial para a aprendizagem e, consequentemente, ao

desenvolvimento das potencialidades do sujeito.

Pensar numa educação que requer um novo olhar para o aluno, no sentido da

compreensão da pessoa completa, sugere lembrar que a escola não é participante

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49

única do processo de construção do indivíduo. Propõe-se, portanto, preconizar uma

parceria entre escola e família, uma vez que os pais são a base referencial do saber do

indivíduo.

3.3 CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL, CULTURA TRABALHO E

ESCOLA.

A formação humana integral na sociedade atual, marcada por práticas sociais

excludentes e por uma educação escolar tradicionalmente assentada na dominação e

no controle sobre os indivíduos, pensar uma educação voltada para a emancipação

passa, necessariamente, por tomar como objetivo uma formação voltada para a

reflexão e para a crítica. Além disso, pautada na possibilidade de levar em

consideração a capacidade de o indivíduo tornar-se autônomo intelectual e

moralmente, isto é, de ser capaz de interpretar as condições histórico-culturais da

sociedade em que vive e impor autonomia às suas próprias ações e pensamentos.

Essas finalidades, entendendo-se assim, devem estar na base das proposições

curriculares, isto é, da definição das áreas e disciplinas, dos conhecimentos, do

tratamento metodológico conferido a eles, dos processos avaliativos, por fim, do

conjunto de práticas que dão materialidade a determinado projeto educativo (SILVA,

2012). Formação humana integral também refere-se à compreensão dos indivíduos em

sua inteireza, isto é, a tomar os educandos em suas múltiplas dimensões intelectual,

afetiva, social, corpórea, com vistas a propiciar um itinerário formativo que potencialize

o desenvolvimento humano em sua plenitude, que realiza-se pelo desenvolvimento da

autonomia intelectual e moral.

Qual o sentido de uma formação voltada para a produção da autonomia dos

indivíduos? Vale lembrar que a educação inclusive a escolar possui sempre um duplo

caráter: o da adaptação e da emancipação, o da produção da identidade e da

diferença. A escola, entretanto, em nossa sociedade tem privilegiado mais a adaptação

do que a emancipação, mais a produção da semelhança, da padronização, do que da

diferenciação.

Colocar no horizonte a possibilidade de formação para a autonomia intelectual e

moral, significa tomar um posicionamento diante desse duplo caráter da ação

educativa, significa comprometer-se, ao mesmo tempo, com a produção da identidade

e da diferença, com a adaptação e a emancipação. De outro modo, ou a educação

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escolar destina-se à formação para a autonomia ou ela não é capaz de ultrapassar a

mera adaptação dos indivíduos à sociedade. Autonomia intelectual e moral, institui-se,

assim, como a grande finalidade do projeto educativo voltado para a formação humana

integral.

É com o fim, dentre outros, de possibilitar essa formação voltada para a

autodeterminação que justifica-se a ênfase que deve-se dar no processo de

escolarização ao desenvolvimento das múltiplas possibilidades de comunicação pelo

uso das diferentes linguagens. A relação entre pensamento e linguagem, tão bem

explorada por Vygotsky (1998), ensina que não é possível valermos das formas mais

complexas de formalização do pensamento, na ausência do pleno domínio das

capacidades de expressão verbal.

Como então explicar a secundarização da oralidade em favor da expressão

escrita, tão frequente em nossas escolas? Será que ao referenciar-se às grandes

finalidades da escola em nossa sociedade não deve-se problematizar o modo como

vem desenvolvendo-se a relação entre linguagem oral e escrita, entre formalização do

pensamento e capacidade de comunicação? Este é um dos desafios, entre tantos

outros, que colocam diante do planejamento da ação educativa, se nos guiarmos pelo

compromisso com a superação das limitações interpostas à realização de um projeto

educativo de fato emancipatório.

Outro desses desafios diz respeito à necessidade de se manter vivo o interesse,

o gosto, o prazer pela aprendizagem, tantas vezes substituídos por práticas que, ao

adquirirem o caráter de obrigatoriedade, de repetição pura e simples ou pelo fato de

não fazerem o menor sentido, fazem brotar em nossos alunos menos o gosto e mais a

desmotivação, menos o prazer e mais o desinteresse pelo que lhes é proposto.

Essa necessidade, de manter-se o gosto pela investigação, pelo novo, de

cultivar o prazer em se ter acesso ao conhecimento, precisa se converter em um dos

critérios balizadores da ação de planejar a ação educativa, assim como o exercício do

raciocínio lógico e da autonomia de pensamento. As finalidades ora destacadas aliam-

se a um dos grandes fins a que tem sido destinada a escolarização básica: o acesso a

conhecimentos científicos básicos, bem como a conhecimentos de outra natureza.

Muito mais do que, ser um fim em si mesmo, o acesso ao conhecimento, convertido em

saber escolar através das transposições didáticas, é o meio de que dispõe-se para

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aproximar da realização de um projeto educativo no qual esteja no horizonte o

exercício da autonomia, da reflexão e da crítica.

3.4 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR, CURRICULO, CUIDAR E EDUCAR.

A origem do à origem do termo currículo é procedente do latim curriculum,

significando trajeto a ser percorrido (GARCIA, 1995). Autores como Moreira e Silva

(1997) e Pedra (2001) concordam que o termo currículo destaca-se na literatura

educacional nos Estados Unidos no começo do século XX. Nesse período, a

industrialização originou a necessidade de mão de obra de forma definitiva, o

aperfeiçoamento dos modos de produção, o que influenciou o pensar e fazer currículo.

Diferentes definições de currículo, refletem diferentes concepções de currículo,

para que possa-se explorar o conceito de currículo mostrando sua diversidade de

possibilidades, objetivando entender o conceito de Diretrizes Curriculares, pois,

compreendem-se de forma mais clara se pensar, primordialmente, no conceito de

currículo, visto que este antecede a noção de Diretrizes Curriculares dos Cursos de

Graduação.

Os currículos são orientados pela dinâmica da sociedade e, sempre, por uma

seleção de conhecimentos a partir da finalidade e dos objetivos educacionais

desejados. Cabe a nós, como profissionais da Educação, encontrar respostas. Não

trata-se de uma proposta fácil; antes é um grande desafio a ser construído,

processualmente pelos sistemas e instituições de ensino, objetivando práticas

curriculares e pedagógicas que levem à formação integral do educando e possibilitem

construções intelectuais elevadas, mediante a apropriação de conceitos necessários à

intervenção consciente na realidade. Uma política de ensino médio nesta perspectiva

visa superar as difíceis e desiguais condições de oferta da educação brasileira é um

dos grandes desafios da política educacional.

É a partir daí, que se apresenta uma possibilidade de organização curricular do

ensino médio que potencialize uma ampliação de conhecimentos em sua totalidade e

não por suas partes isoladas. Para fins formativos, isso significa identificar

componentes e conteúdos curriculares que permitam fazer relações cada vez mais

amplas e profundas entre os fenômenos que se quer “apreender” e a realidade na qual

eles se inserem.

Na gestão democrática é essencial que cumpra-se a função educativa

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pedagógica. Isso implica no aprofundamento de relações de colaboração,

responsabilidade e solidariedade de toda comunidade escolar, pais, alunos,

professores e funcionários. Por serem, relações humanas, estão presentes as

contradições, complexidades e desencontro de ideias.

A gestão da Educação é responsável por garantir a qualidade da educação

entendida como processo de mediação no seio da prática social global por constituir-se

no único mecanismo de hominização do ser humano e a formação humana de

cidadãos comprometidos com o mundo do trabalho, com a sabedoria de viver junto,

respeitando as diferenças, comprometida com a construção de um mundo melhor

(SAVIANI, 2003).

A gestão democrática da educação é cada vez mais exigida para que a escola

cumpra sua função educativa, é uma prática cotidiana que contém o princípio da

reflexão, da compreensão e da transformação que envolve um projeto pedagógico

libertador.O currículo escolar deve asseverar princípios para possibilitar o

embasamento das reflexões, como propiciar instrumentos didáticos, teóricos e práticos,

por intermédio dos conteúdos das diversas áreas do conhecimento que:

Que respeitem e incentivem a liberdade de pensamento, a discussão, a

capacidade argumentativa, o gosto e o reconhecimento da importância do debate no

interior da escola;

Possibilite a prática da reflexão, da comunicação, do diálogo e do

acompanhamento do processo ensino aprendizagem;

Que os sujeitos escolares tenham consciência da necessidade de participar dos

movimentos sociais e políticos, para além dos muros escolares;

Criem entendimento sobre a necessidade de estudo permanente e de formação

continuada e atualizada, o gosto e o hábito de pesquisar e de aprender, para

desenvolver a autonomia intelectual e superar a dependência das informações e das

elaborações, da dominação cultural e burguesa;

Produção de um currículo que possibilite aos alunos o domínio do conhecimento

historicamente acumulado, o acesso à fruição das conquistas da humanidade no

campo das artes, das ciências, das letras e da tecnologia.

Permita aos sujeitos escolares conhecerem, valorizarem e vivenciarem as

manifestações populares compreendendo as relações de interdependência entre as

culturas;

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Possibilite a prática da solidariedade, para lutar contra qualquer forma de

discriminação da raça, gênero, contra portadores de necessidades especiais e outras;

Assegure a alegria do presente para que o aluno consiga vivê-la nos diferentes

momentos da sua vida.

O Currículo faz parte da identidade da escola, e deve contribuir para o

desenvolvimento da cidadania por meio dos comportamentos, dos valores, julgamentos

e a cultura que está sendo construída, pelas relações entre sujeitos escolares na

seleção e organização dos conteúdos, as metodologias, escolhas de conhecimentos,

procedimentos e concepções de mundo.

É no currículo que se determina o caráter dinâmico da escola, a reprodução dos

valores e a forma de pensar da classe escola e da classe social que domina

economicamente a sociedade e a contraposição a esses valores. Com a analise da

natureza dos problemas sociais, afere-se que qualquer membro da sociedade

democrática carece enfrentar, demanda um currículo de sinopses para lhes prestar

apropriada atenção, já que estes problemas não têm acolhido nas disciplinas

estabelecidas ou nas categorias de conhecimento representadas pelas matérias

escolares (TANNER E TANNER,1980). Mostra assim, o caminho do Projeto Político-

Pedagógico, onde a preocupação é com os conteúdos e as atividades que englobam

as diferentes áreas do conhecimento, de forma que aconteça a aprendizagem dos

alunos.

3.5 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

“O homem se faz pela sua prática real pratica que se desdobra no tempo e que

é efetivado no contexto do ser humano. O homem é, portanto, aquilo que ele se faz.

Mas, ele fazendo as coisas, ou seja, vai construindo-se, o resultado se sua prática

concreta real e cultural” (SEVERINO, 2007). Encara-se o próximo século como um

tempo que, por toda a parte, indivíduos e poderes públicos concederam a busca do

“conhecimento”, não somente como um meio para alcançar um fim, mas como, um fim

em si mesmo.

Precisa-se entender que as transformações vêm ocorrendo de forma radical na

área do conhecimento, passando a ocupar um lugar relevante no processo de

desenvolvimento dos povos que habitam nosso planeta. É impossível pensar em

transformação sem que ocorra a ruptura dos processos educacionais existentes na

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escola atual, ocasionando distanciamento enorme entre o que ela ensina e o que a

comunidade necessita apreender para o seu dia-a-dia. A contextualização do

conhecimento é hoje fundamental no processo de construção e na formação do ser

humano para prepará-lo para as diferentes áreas de atuação no mercado de trabalho

em constante evolução.

Mediante a essas transformações deve-se, também, considerar que o ser

humano aprende muito no seu cotidiano e que essas aprendizagens ocorrem em vários

níveis, sendo amplamente determinadas pela cultura em forma de produção,

estimuladas e contextualizadas às novas tecnologias. A escola dentro desse cenário

tem trabalhado constantemente na busca de novas propostas, de reformas

curriculares, visando melhorar instrumentos e métodos de mudança na estrutura do

conhecimento e seus desdobramentos, dando especial atenção ao desenvolvimento e

crescimento das relações sociais de forma ampla e geral.

E, estudar como o conhecimento é tecido exige que se admitam as diferenças

culturais sem hierarquias, o que abre múltiplas possibilidades ao ato humano de

conhecer e quebrar o paradigma da “visão compartimentalizada” do conhecimento,

fenômeno que constitui de um todo maior o “saber elaborado”. Segundo Morim (2000),

“o conhecimento é, portanto, um fenômeno multidimensional, no sentido, que é de

maneira inseparável ao mesmo tempo físico, biológico, cerebral, mental, psicológico,

cultural e social”.

Deve-se ter em mente que é nessa relação do homem com a sociedade, a vida

e o mundo, que concernida-se a reproblematizada questão do “conhecimento”. As

exigências que hoje se fazem presentes no seio da sociedade decorrem dos padrões

de qualidade e mudanças pautadas num mundo globalizado e em constante evolução,

o que levou ao que chama-se de “revolução do conhecimento” que passa a exigir

indivíduos capazes de se auto atualizarem. Aí o papel da educação passa a ser de vital

importância no sentido de criar condições essenciais para que esses desenvolvam

suas competências e que percebam a importância da escolaridade em função das

novas exigências do mercado de trabalho e a tendência da sociedade em nível

mundial.

Entretanto, faz-se necessário levar em consideração que o conhecimento é

construído e transformado, coletivamente, e ancorado na realização do saber,

deixando, assim de ser visto numa perspectiva estática, passando a ser encarado

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como um processo dinâmico onde sua construção é condição imprescindível para a

formação completa do educando. Mediante a esta proposição feita, entende-se então

que o conhecimento na concepção desta instituição escolar é visto como compromisso

político de todos: poder público, família, professores, sociedade civil organizada,

visando à dignidade e a qualidade de vida, enveredando pelos caminhos da construção

deste, deixando de privilegiar a transmissão pura e simples de conteúdos ditos

científicos, primando por uma pedagogia fundada em princípios de respeito,

responsabilidade e cooperação.

3.6 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

Todo espaço é um espaço de educação. Viver é um processo constante e

dialógico de educação, de educar e ser educado. O ser humano, nas diversas esferas

relacionais no qual participa – sejam elas na família, na escola, na igreja, nos clubes –

está sempre aprendendo algo, mediada pelos mais variados motivos: aprender para

saber, para conviver, para fazer ou mesmo para ser (BRANDÃO, 1993). Sendo assim,

vida e educação estão interligadas entre si.

Educação é tudo que a humanidade aprendeu acerca de si mesma, é uma

prática social, uma atividade dos homens situando-os dentro de sua história e da

História Universal. É uma prática transformadora, que pela sua ação interage na

sociedade e nas relações de trabalho. Sendo assim, propõe-se uma educação pautada

no desenvolvimento de capacidades de pesquisar, buscar informações, analisá-las e

selecioná-las; com capacidade de aprender, criar e formular ao invés do simples

exercício de memorização. Essa educação está organizada em áreas de

conhecimento, com o objetivo de facilitar o desenvolvimento dos conteúdos numa

perspectiva de interdisciplinaridade e contextualização.

Logo, é por meio, da educação que o sujeito passa a ter condições de inserir-se

na sociedade, podendo ou não ter uma visão crítica desta. Esta característica é

vislumbrada, quando apresenta uma noção de que educação “é abrir oportunidade

para a criança se expressar/comunicar, e através disso oportunizar à mesma um

conhecimento que seja significativo para seu crescimento, dando liberdade e vai

percebendo o que vai aparecendo e trabalha com isso que aparece” (FREIRE, 2003).

A educação escolar deve constituir-se numa ajuda sistemática, planada e

continuada, diferindo de processos educativos que ocorrem em outras instâncias, como

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na família, no trabalho, no lazer, na mídia e nos demais espaços da construção do

conhecimento e de valores para o convívio social. Ela deve ser, portanto, o local em

que os alunos se apropriem de conhecimentos sociais culturais e tecnológicos de

maneira crítica e construtiva.

3.7 CONCEPÇÃO DE ESCOLA

“Dar carinho é só o começo. Você mostra que se importa com os alunos quando

ouve o que eles sentem e valoriza as capacidades e os gostos de cada um. Assim,

ajuda a formar pessoas mais felizes e cidadãos responsáveis.” Nossa Instituição

escolar tem como compromisso garantir o acesso aos saberes elaborados socialmente,

e que constituem instrumento para o desenvolvimento, a socialização o exercício da

cidadania democrática e a petrificação de valores. A escola seja um espaço de

formação e informação, na qual a aprendizagem de conteúdos deve necessariamente

favorecer a inserção do aluno no dia-a-dia das questões sociais marcantes num

universo de capacidades, de modo a favorecer a compreensão e a intervenção nos

fenômenos sociais e culturais, assim como possibilitar aos alunos usufruir as

manifestações cultuais nacionais e universais.

Dentro dessa visão tem-se consciência de que a Escola surgiu da necessidade

de sistematizar e transmitir esses conhecimentos, tendo como base o uso da

democracia justa e igualitária, a qual contribui para a formação de um cidadão

participativo e responsável.

A Escola tem a função transformadora, autônoma e emancipadora para a

formação de um mundo que permita igualdade de condições a todos. Porém, ao longo

do tempo foi modificando-se, conforme a necessidade dos grupos sociais. Sendo

assim, a escola tem socializado com seus educandos conhecimentos científicos,

filosóficos, culturais, éticos e morais entre outros. Entende-se que, a escola é para

todos, mas as condições são precárias e inadequadas para atender às diversidades.

Necessita-se com urgência de escolas com centros de atendimento

especializados nas diversas áreas de deficiências, maior número de escolas rurais e

que as escolas indígenas, também, sejam orientadas de forma a educar e auxiliar os

nossos indígenas. Nesse sentido, para responder as questões emergentes de nossa

sociedade, precisamos buscar parcerias com segmentos sociais e comunidade em

geral, políticos e representantes regionais. A função da escola continua sendo formar

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cidadãos para que o mesmo tenha condições de exercer com competência suas

funções na sociedade e o exercício de cidadania, com respeito, honestidade, moral e

ética, fazendo a diferença no meio ao qual está inserido.

3.8 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM

“A tarefa do professor não é ensinar os alunos a pensarem, eles já podem

pensar, mas, trocar mutuamente seus modos de pensar e buscar melhores maneiras

de abordagem e modificação de um objeto”. Ao longo dos anos observa-se que o

ensino centra-se na figura do professor ao mesmo tempo em que - a grande maioria

deles limita-se à reprodução e à transmissão de conhecimentos. Essa situação revela,

a ambos, alunos e professores, uma prática nada prazerosa e tampouco

transformadora (FREIRE, 1996).

Para que todos tenham a mesma oportunidade de desenvolver-se na escola, é

essencial refletir sobre a postura do professor. O professor, por intermédio de reflexões

sobre o processo de aprendizagem e a sua prática pedagógica, pode intervir e inserir

no desenvolvimento da aprendizagem do aluno. Vale lembrar também que a

aprendizagem está sofrendo uma ruptura, provocando uma mudança de paradigma na

produção e na divulgação do conhecimento e no ensino aprendizagem. O papel do

professor e da escola já não é única fonte de informação dos jovens.

A sociedade contemporânea está tornando a informação acessível a um número

cada vez maior de pessoas, e a expressão mais avançada desse processo é a internet.

Desta forma, a condução do processo de ensino, aprendizagem tem como objetivo

tornar vívido o estudo e o desenvolvimento da criança, mostrando-a como interpretar

com profundidade a ação dos alunos, possibilitando um perfil de um professor que

reflete enquanto age, toma decisões para mudar o rumo de sua ação, interpreta,

orienta e avalia de forma justa, porque o importante não é seguir uma teoria

preestabelecida, mas o quanto sua prática pedagógica é convincente.

3.9 CONCEPÇÃO TECNOLÓGICA

Sobre tecnologia, assinala-se que criou-se uma redoma falsa em torno do

verdadeiro propósito e natureza da tecnologia. Segundo o autor "esta vista na

sociedade como um processo autônomo; algo constituído e visto à margem de tudo

como se tivesse vida própria; independente das intenções sociais, poder e privilégio.”

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Examina-se a tecnologia como se fosse algo que mudasse constantemente, e que

constantemente, provocasse alterações profundas na vida das escolas.

Certamente que isso é verdade de forma parcial. Portanto, se debruçar sobre o

que tem vindo mudar pode-se incidir no erro de não questionar quais as relações que

permanecem sem alterações. Dentre estas, as mais importantes e relevantes são as

desigualdades econômicas e culturais que sobrepujam a nossa sociedade (Noble,

1984). Ainda, em conformidade com Machado (2002), o processo educativo há de se

revelar capaz de sistematizar a tendência à inovação solicitando o papel criador do

homem.

É preciso implementar no Sistema Educacional, uma pedagogia mediante a qual

não somente reforme-se o ensinamento, mas que também se facilite a aprendizagem.

A tecnologia tem um impacto significativo não apenas na produção de bens e serviços,

mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais vigentes. A LDB

- Lei de Diretrizes da Educação 9394/96 ao propor a formação tecnológica como eixo

do currículo assume, segundo Kuerger (2000), a concepção que aponta como síntese,

entre o conhecimento geral e o específico, determinando novas formas de selecionar,

organizar e tratar metodologicamente os conteúdos.

A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa

no âmbito educacional, pois, a mesma pode contribuir para o aumento das

desigualdades, ou para a inserção social, vista-se, como uma forma de estabelecer

mediações entre o aluno e o conhecimento de todas as áreas. Urge, pois, continuar a

lutar pela escolarização como um bem público contra a domesticação política que tem

inflamado o debate educativo contribuindo para que a educação em geral e o currículo.

3.10 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA, DIVERSIDADE

Em relação à política de inclusão educacional implicam em afirmar as condições

e assegurar o acesso igualitário do aluno para apropriar-se dos bens culturais

historicamente acumulados. O processo de inclusão concentra-se na preocupação da

escola com o entendimento à diversidade individual, social, econômica, cultural que o

educando no desenvolvimento de práticas pedagógicas reconhece e valoriza a cultura

e o conhecimento, buscando respostas educativas para que aconteça a aprendizagem

com a totalidade dos alunos.

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Uma política de inclusão procura resgatar os valores humanos de solidariedade,

colaboração e igualdade de direitos que foram negados por muito tempo pela

sociedade. Refere-se na possibilidade de acesso de participação nas relações sociais

que se estabelecem em sua trajetória. Em sentindo amplo a inclusão significa olhar

para as diferenças produzidas como constituintes da estrutura de ensino onde coloca a

responsabilidades da escola em seu contexto que envolve serviços técnicos

pedagógicos e administrativos onde dão sustentação ao processo que desencadeia na

aquisição do saber.

A educação inclusiva constitui-se no processo de mudanças de valores, atitudes,

comportamentos e compromissos dos profissionais educadores e da sociedade que por

sua vez, produzem outras mudanças de posições pessoais e coletivas, por isso é

assumida como responsabilidade coletiva da comunidade escolar. Nesta perspectiva

todos são responsáveis pelo êxito de cada aluno sob o ponto de vista ético, enquanto,

educadores e participantes da construção de uma sociedade inclusiva, de valores

éticos que estão ligados na interação de forma deliberada, livre e espontânea

consciente de si e dos outros, capaz de reflexão, reconhecimento e existência dotados

de vontades para o exercício autônomo e independente, onde a diversidade se

constitui em um dos fatores mais importantes para um ensino de qualidade. Freire

(1996) escreveu:

[...] conforme uma visão autenticamente utópica, a esperança não quer dizer cruzar os braços e esperar. A esperança só é possível quando cheios de esperança, procuramos alcançar o futuro anunciado que nasce no marco da denúncia por meio da ação reflexiva... a esperança utópica é o compromisso

cheio de risco.

Como percebe-se acima que não pode-se alcançar o futuro anunciado sem

realmente ter ações em conjunto, analisa-se que em primeiro deve-se agir com base

naquilo que se espera, como forma de preparação para o caminho para aquilo que se

almeja.

3.11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo organizado e contínuo que objetiva compreensão e

aprimoramento. Implica na concretização das expectativas educativas. A avaliação é

um processo abrangente que envolve uma reflexão crítica sobre a prática no sentido de

captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilita contribuir para

uma tomada de decisão refletindo sobre o que possibilitará superar os obstáculos.

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60

A avaliação tem por base acolher uma situação de aprendizagem, propiciando

qualidade de ensino tendo em vista dar-lhe suporte de mudança, sempre que houver

necessidade.

[...] a avaliação da compreensão (refere-se a um tipo de aprendizagem de qualidade) e o ensino para as mesmas não são atividades separadas. O professor/ a fomenta a aprendizagem compreensiva dando acesso aos alunos/ as ao diálogo crítico sobre os problemas que encontram aos realizar suas tarefas. Este tipo de avaliação faz parte do processo de aprendizagem e não é apenas uma atividade final, centrada nos resultados da aprendizagem (Elliott, 1990 p.224).

A avaliação como diagnóstico é um processo de coleta de informações rigorosa

e sistemática dirigida à obtenção de dados válidos e confiáveis que permitem tomar

decisões voltadas a uma determinada situação que adota critérios coerentes e

instrumentos adequados quanto ao processo de ensino aprendizagem. A

instrumentalização da avaliação que serve ao planejamento educacional da escola

pode ser compreendida, mediante uma chave indicativa de opções, quanto ao

paradigma avaliativo às técnicas de coleta e de análise de dados.

A Lei de Diretrizes e Bases atribui à escola decidir sobre sua proposta

pedagógica. Vale lembrar que a escola não pode controlar todos os fatores que

interagem na formação do aluno, e que não tratam-se de impor determinados

conteúdos e valores, mas, de ser coerente com a sua prática pedagógica assumida, o

possibilitar aos alunos uma discussão sobre eles e a construção de critérios para a

avaliação do rendimento no processo educacional.

Para que a avaliação escolar tenha função relevante e significativa na prática

escolar é imprescindível entendê-la como instrumento de análise permanente do

processo pedagógico que revela ao professor em que medida os alunos estão ou não

se apropriando dos conteúdos trabalhados. Desse modo a avaliação terá a tração

diagnóstica, possibilitando ao professor novas ações e ajustes no planejamento,

respeitando os limites e as especificidades dos alunos.

Para tanto, é necessário ter pressente que a finalidade da avaliação é ajudar os

educadores a planejar a continuidade de seu trabalho, ajustando-o ao processo

educacional de seus alunos, buscando oferecer-lhes condições de superar obstáculos

e desenvolver o autoconhecimento, a autonomia e jamais qualificá-los. Nesse sentido,

faz-se necessário que a escola tenha como prioridade os valores humanos, éticos e os

princípios escolhidos pela escola respeito, responsabilidade e cooperação, para nortear

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61

a sua caminhada na educação, sempre voltados para a sua emancipação, construção

do sucesso escolar e inclusão como princípio e compromisso social.

A avaliação deve ser concebida como um instrumento para ajudar o aluno a

aprender e faz parte integrante do trabalho realizado em sala de aula para, a partir

dela, o professor rever os procedimentos que vem utilizando e replanejar o seu

trabalho. Para o aluno ela permite ver os avanços e as dificuldades, tem a tração

permanente de diagnóstico e acompanhamento do processo ensino aprendizagem. O

professor assume um papel de pesquisador que investiga quais os problemas

enfrentados pelos alunos por quê, estudando com cuidado as produções realizadas,

conversando com os alunos sobre estas, considerando as razões que levaram a

produzi-las de uma determinada maneira e não de outra, ouvindo suas justificativas,

detectando o nó que emperra o processo.

Só assim, a avaliação é um instrumento de aprendizagem, quando o professor

utiliza as informações conseguidas para planejar suas intervenções, propondo

procedimentos que levem os alunos a atingir novos patamares e conhecimento. Ao

avaliar cada produção do aluno, o professor faz uma comparação: compara o que o

aluno fez ou faz com o que ele esperava que ele fizesse, soubesse, ousasse... ou seja,

em qualquer situação de avaliação, todos temos em mente um ou mais parâmetros que

servem de medida para apreciar o que está sendo avaliado. A avaliação acontece

vinculada às atividades do dia-a-dia da sala de aula, possibilitando a reflexão contínua

sobre o processo de aprendizagem.

Porém, são necessários também momentos específicos, previstos em

calendário, para fazer um balanço geral do trabalho, uma síntese do desempenho dos

alunos e do professor. Após esse balanço, percebe-se que enfrentou dificuldades, mas

também fez muitas conquistas e isso deve ser registrado como um fator relevante, pois,

leva o aluno e o professor a perceberem a evolução e a melhorar sua autoestima.

Deve-se salientar que a avaliação deve ser realizada com sensibilidade e inteligência.

O educador deve ter a consciência da própria visão do mundo, da sua ideologia,

dos sentimentos e hábitos não para eliminá-los ou impedir que interfiram no seu

julgamento, mas, para, conhecendo-os melhor, controlar a sua influência. Não

podemos esquecer também a função social da escola que é a de resignificar conceitos

e ajudar o aluno a adquirir informações e não a ser um mero acumulador de dados,

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62

ajudando-o a desenvolver sua autonomia, enfim, a formar cidadãos que exerçam seus

direitos e deveres.

3.12 CONCEPÇÃOFORMAÇÃO CONTINUADA

Não tem como falar em educação de qualidade sem mencionar uma formação

continuada de professores; que já vem sendo considerada, juntamente com a formação

inicial, uma questão fundamental nas políticas públicas para a educação.

A escola está desempenhando vários e novos papéis na sociedade atual; este

vem sendo um campo de constante mutação, e o professor tem um papel central: é ele

o responsável pela mudança de atitude e pensamento dos alunos. O professor precisa

também estar preparado para os novos e crescentes desafios desta geração que

nunca esteve tão em contato com novas tecnologias e fontes de acesso ao

conhecimento (o que inclui a internet), como hoje.

Além disso, em sua formação inicial possivelmente houve alguns aspectos

deficitários, pois, um exame do histórico da formação inicial em nosso país mostra que

ela não vem sendo bem-sucedida na maioria das vezes. Os cursos de licenciatura são

considerados ineficientes para a formação de professores realmente capacitados para

ensinar.

Para, pelo menos, minorar estes efeitos e melhorar a prática docente, algo que

inúmeros estudiosos desta área apontam como alternativa é a formação continuada de

professores. Para justificar a formação continuada de professores, três razões têm sido

normalmente apontadas, a necessidade contínua de aprimoramento profissional e de

reflexões críticas sobre a própria prática pedagógica, pois, a efetiva melhoria do

processo ensino-aprendizagem apenas acontece pela ação do professor; a

necessidade de superar-se o distanciamento entre contribuições da pesquisa

educacional e a sua utilização e aproveito para a melhoria da sala de aula, implicando

que o professor seja também pesquisador de sua própria prática; em geral, os

professores têm uma visão simplista da atividade docente, ao conceberem que para

ensinar basta conhecer o conteúdo e utilizar algumas técnicas pedagógicas

(SCHNETZLER e ROSA, 2003). Esta formação continuada, não esgota-se somente em

um curso de atualização, mas deve ser encarada como um processo, construído no

cotidiano escolar de forma constante e contínua (CUNHA apud KRASILCHIK, 2000).

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63

No entanto, observa-se que na realidade não é isso o que ocorre na formação

continuada de professores. Ela dá-se, geralmente, com cursinhos de curta duração,

simpósios, reuniões, e também, por outras ações que têm como princípio a prática da

autoformação e da formação colaborativa entre professores (MALDANER e NERY,

2009), nos quais não se rompe com a racionalidade técnica. Esta é uma concepção

errônea da formação continuada, e “mantém o professor atrelado ao papel de „simples

executor e aplicador de receitas‟ que, na realidade, não dão conta de resolver os

complexos problemas da prática pedagógica” (SCHNETZLER, 2000, p.23). Portanto,

estes cursos de formação continuada, da mesma forma que os cursos de formação

inicial, vêm sendo considerados insatisfatórios.

Apoiando-se no pensamento de Schön, Rosa e Schnetzler (2003) defendem que

para romper com a racionalidade técnica, uma possibilidade é a ideia de parceria

colaborativa. Nesta parceria colaborativa, a partir da interação entre pares que

assumem papéis específicos no processo, a reflexão e a intervenção na realidade se

viabilizam. Uma nova proposta de epistemologia da docência dada pela prática de bons

profissionais é a perspectiva do professor reflexivo. É uma prática que vem ganhando

bastantes adeptos e que enfrenta alguns obstáculos, mas que é necessária para uma

prática docente eficaz. A formação continuada de acordo com a Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96, nos artigos dedicados a formação dos

profissionais da educação estabelece as formas de formação continuada:

Sólida formação teórica e interdisciplinar sobre educação, fundamentos históricos, políticos e sociais, conteúdos a serem ensinados pela escola que consentem a apropriação do processo de trabalho pedagógico, exercício da análise crítica brasileira e da realidade educacional.

Unidade entre teoria-prática é necessária admitir uma atitude na produção do conhecimento da organização curricular dos cursos que não reduz-se a justaposição da teoria e prática, no trabalho docente como princípio educativo na base de formação profissional, na pesquisa como meio de produção do conhecimento cientifico e intervenção da prática social (BRASIL, 1996).

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3.13 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

A prática educativa frente aos Desafios Educacionais Contemporâneos em todas

as disciplinas, contempla analise, reflexão, discussão e problematização acerca das

questões da Educação Ambiental na Atualidade, Enfrentamento à Violência na Escola,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal, e os temas da Diversidade

quais sejam, Educação das Relações Étnico-Raciais, de Gênero, Cultura Afro-brasileira

e Africana, Saúde e Prevenção nas Escolas e Sexualidade. A temática Educação do

Campo também será abordada.

O estudo dessas temáticas visa atender a diversidade escolar oportunizando a

todos a aquisição de saberes científicos e a preparação para o exercício da cidadania.

Fundamenta a organização do trabalho pedagógico e o desenvolvimento das

atividades educacionais onde os conteúdos disciplinares devem ser tratados, de modo

contextualizado, estabelecendo-se relações entre eles, para contribuir na compreensão

e a crítica das contradições sociais, políticas e econômicas do mundo contemporâneo.

A educação, enquanto processo social deve propiciar aos alunos, jovens e

adultos oriundos de classes trabalhadoras, urbana e rural a oportunidade de analisar a

realidade de diferentes campos de conhecimento, expressar suas opiniões, exercitar a

liberdade de decisão em suas ações individuais e a condição de participação em ações

coletivas.

É imprescindível a formação humana baseada nos princípios morais, éticos,

sociais e filosóficos que favoreçam o debate, a reflexão e a promoção da vida. Essa

compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural e a pluralidade das

identidades que caracterizam os grupos e a sociedade que compõem a comunidade

escolar.

As temáticas serão trabalhadas nas diferentes áreas do conhecimento

articulados devidamente aos conteúdos de cada disciplina. Nesta perspectiva, os

“desafios educacionais e os temas da diversidade” no currículo devem pressupor ser

parte desta totalidade. Portanto, eles não podem se impor à disciplina numa relação

artificial e arbitrária, devem ser “chamados” pelo conteúdo da disciplina em seu

contexto e não ao contrario transversalizando-o ou secundarizando-o (SEED/PR,

2003).

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65

3.13.1 Estatuto do Idoso

A educação para a transformação coopera para o enfrentamento de desafios,

como o das pessoas mais velhas que tornam-se rejeitadas, inferiorizadas e

conformistas em face das agressões de um mundo que rotiniza a vida, impedindo ou

dificultando o relacionamento humano e o entendimento da própria realidade, que

compõe-se num vir a ser ininterrupto pelo processo intenso de mudanças de valores,

de práticas, de modos de viver.

Tanto as pessoas que trabalham e convivem com idosos como os próprios

idosos carecem aprender a conhecer criticamente a realidade social em que vive-se,

reconhecendo-se como integrantes desse contexto e cidadãos responsáveis pelas

possibilidades de mudança. A educação para viver a velhice e conviver com idosos é

uma necessidade indiscutível e impreterível.

O mundo atual proporciona inúmeros problemas e dificuldades, mas ainda,

oferece alternativas que permitem enfrentá-los para que possa-se desfrutar as

conquistas que garantem a longevidade e o prazer de viver por mais tempo. A

complexidade da vida atual estabelece um modo de pensar que leve à descoberta de

novos paradigmas para viver o envelhecimento em sua plenitude, respeitando as

singularidades do ser idoso.

Viver plenamente é estar sempre pronto a se posicionar, a responder a desafios

e a ressignificar a própria existência. É aceitar, divergir, participar, envolver-se, estar

presente, ousar novas experiências, ser propositivo, exercer a cidadania. Assim,

reforçam-se o significado e a importância da educação, que pode, de acordo com a

realidade vivida pelo idoso, possibilitar o desenvolvimento de uma visão crítica sobre si

e sobre a sociedade em que está inserido, na procura constante de sua libertação.

Para Freire (1999), a liberdade é um movimento de envolvimento e de busca de

superação das opressões: A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação, exige

uma permanente busca. Busca permanente que apenas existe no ato responsável de

quem a faz. Ninguém tem liberdade para ser livre: pelo contrário, luta por ela

precisamente porque não a tem. Não é ainda a liberdade um ponto ideal, fora dos

homens, ao qual inclusive eles alienam-se. Não é ideia que se faça mito. É condição

indispensável ao movimento de busca em que estão inscritos os homens como seres

inconclusos. A educação para a liberdade é condição que habilita o idoso a propor

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66

planos e realizar projetos de vida, construindo, continuamente, novas possibilidades de

ser.

A educação libertadora desenvolve as competências necessárias ao

enfrentamento dos desafios do envelhecimento e fortalece a coragem de romper para

constituir o novo. Para que esse tipo de ação realize-se, são basilares iniciativas de

qualidade, nomeadamente destinadas e programadas para a pessoa idosa, não

restritas, a fins assistencialistas ou paternalistas, mas voltadas ao desenvolvimento do

idoso como sujeito de mudanças, inclusive do próprio modo de viver a velhice.

Considerando a importância da educação para o idoso, assevera Salgado

(2007) que a disponibilidade para aprender nem sempre é uma característica dos

idosos, cabendo aos profissionais a responsabilidade de estimular essas atitudes,

buscando métodos pedagógicos apropriados e suavizando o estigma preconceituoso

de que na velhice é muito difícil aprender.

É conhecendo e conjeturando criticamente sobre a realidade pessoal e sobre o

mundo em que vive-se, problematizando fatos, sendo criativos e desenvolvendo a

capacidade de inovação que aprende-se a ser livres, para construir história e a

sociedade. O idoso pode e deve ser sujeito de sua história, e os projetos pedagógicos

têm de assumir esse compromisso, assim, como o de educar crianças, jovens e adultos

para viverem um relacionamento de igualdade de direitos e deveres com os idosos.

A concepção problematizadora e libertadora de educação precisa ser vivida na

família, na escola, nas universidades, nos ambientes de trabalho e de lazer, nos grupos

de convivência, nas associações, incluindo a transversalidade do envelhecimento como

princípio. Desta forma, estarão humanizando a vida, engrandecendo e fortalecendo o

ser humano, contra toda a ideologia que caracteriza o mundo materialista e

desrespeitoso do consumo.

3.13.2 Diversidades dos Sujeitos Escolares

A diversidade é edificada pelos sujeitos ao longo do processo histórico e cultural

ao se “fazer presente na produção de práticas, saberes, valores, linguagens, técnicas

artísticas, científicas, representações do mundo, experiência de sociabilidade e de

aprendizagem” (GOMES, 2008, p.18).

Passa-se a considerar o que é diversidade porque somos seres sociais

introduzidos num contexto cultural, que oferece modelos e normas a serem seguidos,

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67

os quais nomeia-se e identifica-se como verdadeiros e normais. Todos aqueles que

não seguem estes padrões causam-nos estranhamentos.

Com base nas relações “nós e outros” grupos são constituídos e delimitam suas

fronteiras. Nas relações de poder estabelecidas, alguns grupos assumem posições

hegemônicas enquanto outros são considerados inferiores ou “anormais”. Estas

relações fazem-se presentes nos espaços escolares. Nos diferentes grupos que

formam-se há mulheres, homens, homossexuais, brancos, negros, pardos, jovens

provenientes de diversas cidades e que vivenciam diferentes manifestações culturais.

Todos estes convivendo no mesmo espaço e estabelecendo relações harmônicas ou

conflituosas que influenciam, consequentemente, o trabalho docente.

Assumir e trabalhar com a diversidade é um desafio aos docentes, pois,

precisam articular suas identidades e seus valores com a multiplicidade de identidades

e valores dos diferentes sujeitos que convivem nos espaços escolares. Traçar a

diversidade presente nas instituições é fundamental para o desenvolvimento do

trabalho docente, pois, a percepção dos sujeitos deriva das suas experiências de vida e

de como eles construíram a concepção de si e dos outros.

A Constituição Federal Brasileira, promulgada em 1988, em seu artigo 6º

estabelece que a educação é um direito de todas e todos e, ainda, devem ser

garantidas pelo Estado condições para acesso e permanência no âmbito

escolar.Entretanto, pesquisas científicas vindas dos mais diversos campos disciplinares

mostram que grupos específicos da população são continuamente afastados da escola.

As altas taxas de evasão escolar masculina (37,9% dos homens segundo dados do

IBGE em 2011) têm sido apontadas como consequência de referenciais de

masculinidade difundidos socialmente.

Uma identidade masculina baseada na agressividade, na indisciplina e em

noções hierarquizadas do que é ser homem ou mulher, segundo esses últimos

estudos, reproduzido uma cultura de violência e afastado os meninos dos bancos

escolares.

Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) compõem outro

grupo populacional que tem seu direito fundamental à educação violada, igualmente,

com altas taxas de evasão escolar. Em razão da total invisibilidade dada ao problema,

órgãos governamentais, ainda, não dispõem de indicadores que possam medir o

tamanho estatístico dessa exclusão escolar.

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68

No entanto, pesquisas qualitativas sinalizam a recorrência com que a exclusão

escolar aparece nas trajetórias de vidas das pessoas LGBT, e são sempre associadas

ao ódio e à violência perpetrados contra essa população, dentro do ambiente escolar.

O que as investigações acima citadas fazem em comum é identificar as discriminações

de gênero como causas para processos de exclusão escolar. As pessoas que não se

submetem aos padrões de feminilidades, masculinidades e orientações sexuais

encarados como normais, a partir, da ótica dos padrões sociais dominantes, são

reiteradamente expostas, no ambiente escolar, a violações de direitos, agressões

físicas e verbais e discriminações de todo tipo. Suas diferenças convertem-se em reais

desigualdades.

Por exemplo, a Defensoria Pública do Estado do Paraná recebe várias

denúncias de discriminações nas escolas, sendo, as principais delas: a recusa de

utilização do nome social, o desrespeito à identidade de gênero de travestis e

transexuais, a prática reiterada de insultos contra pessoas integrantes da população

LGBT e agressões físicas ou ameaças contra mulheres. Ao contrário de “ideologias” ou

“doutrinas”, sustentadas por crenças ou fé, o conceito de gênero está baseado em

parâmetros científicos de produção de saberes sobre o mundo e busca identificar

processos históricos e culturais que classificam as pessoas a partir de uma relação

sobre o que é entendido como feminino e masculino.

Estamos nos referindo a um operador que cria sentido para as diferenças

percebidas em nossos corpos e articula indivíduos, emoções e práticas dentro de uma

estrutura de poder que pode, entre outros, refletir-se na exclusão escolar. Nos últimos

meses, porém, em vez de nos depararmos com a aprovação de planos de educação

que levassem em conta tais pesquisas, e validassem o princípio constitucional de

construção de um país mais justo e igualitário, foi reacesa a cruzada contra a igualdade

de gênero.

Partindo de argumentos falaciosos e distorcendo um debate consolidado há

décadas no campo intelectual nacional e internacional, grupos religiosos têm

sistematicamente ignorado o princípio da laicidade do Estado, censurando qualquer

menção às categorias “gênero” ou “orientação sexual”, especialmente, nos planos

locais de educação. Agindo dessa maneira, o objetivo acaba sendo adiar por mais dez

anos o reconhecimento da dignidade humana de grupos historicamente excluídos e de

seu direito fundamental à educação.

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69

Temos assistido a essa tentativa de retrocesso, e não podemos nos calar frente

às investidas para barrar as metas de combate às desigualdades sociais. Ao contrário

do que se tem deliberadamente divulgado, falar em uma educação que promova a

igualdade de gênero não significa, anular as diferenças percebidas entre as pessoas,

mas garantir um espaço democrático, onde tais diferenças não se desdobrem em

desigualdades, hierarquias ou marginalizações.

É hora de exigir que o direito à educação seja assegurado a qualquer cidadã ou

cidadão brasileira/o e, para isso, políticas de combate às desigualdades de gênero e

sexualidade precisam ser implementadas e o exercício da cidadania, garantido o

acesso a educação escolar igualitário, na escola realizamos palestras e debates como

meio de conscientização e respeito ao ser humano.

3.13.2.1 Gênero e Diversidade Sexual

Se durante vários séculos a escola não precisou explicar a razão de ensinar as

hierarquias e desigualdades, faz-se necessário um conjunto de documentos que

demonstrem o preconceito e a violência produzida pela instituição escolar. Em relação

à hierarquia de gênero as mulheres foram„naturalmente‟, quando não excluídas,

diminuídas, estimuladas diferentemente e incluídas em ações menos importantes. E

ainda hoje, tanto se pergunta sobre a diferença entre meninos e meninas,

demonstrando o preconceito latente.

Entendemos aqui que a escola desde sempre aplicou uma pedagogia de gênero

que consolidou a ideia de desigualdade entre homens e mulheres. Também em razão

das diferentes experiências com a sexualidade e o desejo, a escola, sem qualquer

explicação sempre se colocou no lugar da produção da norma heterosexual,

produzindo, contribuindo e ampliando preconceitos em razão da sexualidade,

praticando a homofobia, a lesbofobia e a transfobia. Sim, a escola, os saberes

escolares e as práticas pedagógicas precisam ser objeto de reflexão sobre as

desigualdades sexuais e de gênero.

A ideia de diretrizes curriculares é aqui colocada em outro território do

pensamento, da reflexão e das práticas pedagógicas; são aqui tomadas como

narrativas construídas como crítica e resistência aos saberes normativos da escola. As

diretrizes de gênero e diversidade sexuais aqui apresentadas, se colocam como

„contra-narrativas‟ ou „contra-diretrizes‟, isto é, representam um texto que se propõe a

ser um lugar de questionamento das verdades estabelecidas e que fazem funcionar as

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relações desiguais entre os gêneros e os sexos. Desse modo, não serão apresentados

aqui novos conhecimentos, novos saberes científicos e metodologias de aplicação. O

que estamos chamando de diretrizes é um conjunto de reflexões fundamentais que

problematizam as verdades consolidadas sobre gênero, sexualidade e diversidade

sexual. Nesse sentido, se des-instaura (des-territorializa) uma ideia universal de

diretriz, re-territorializando-a. Isso se dá com o trabalho cuidadoso com os temas que

concorrem para uma abordagem sobre o gênero, a sexualidade e diversidade sexual.

Subvertendo a ideia tradicional de diretriz curricular, estas diretrizes, por abordar temas

que trazem consigo importantes críticas dos conhecimentos estabelecidos, apresenta-

se na forma de reflexão, com o objetivo de desestabilizar as verdades que construíram

os preconceitos, as fobias, as violências sobre os sujeitos.

Portanto gênero é um conceito construindo historicamente com a função de

análise das relações sociais entre os seres humanos, refletir sobre as diferenças de

gênero entre os seres humanos, refletir sobre as diferença de gênero entre homens e

mulheres. Analisar como as desigualdades são produzidas e reproduzidas no cotidiano

escolar por meio da socialização é fundamental, pois, assim pode-se pensar em uma

educação mais democrática, através de reestruturação de conceitos e preconceitos

que contribuem com as relações de dominação.

O objetivo principal ao trabalhar gênero e diversidade sexual nas escolas é a

disseminação de práticas pedagógicas de enfrentamento ao preconceito, e também, à

discriminação desencadeando ações que visem educar a sociedade para o respeito, a

valorização da diversidade e do ser humano.

É preciso trabalhar na perspectiva de que as pessoas não tenham os seus

direitos negados por motivos que envolvam a sexualidade e sua identidade sexual, mas

que sejam respeitadas em sua orientação sexual. Portanto, precisa ficar atentos à

formação continuada da comunidade escolar, tendo em vista o conhecimento científico,

a superação do senso comum e o enfrentamento as diversas formas de violência.

3.13.2.2 História da Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Lei 10.639/03; LEI

11.645/08)

Inclui-se a esta proposta o trabalho com a Educação das Relações Etnicorraciais

e Afrodescendência, o cumprimento da Lei nº 10639/03 e a Lei nº 11645/08 que

estabelece a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Buscando

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promover o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população negra

paranaense, assegurando a igualdade e valorização das raízes africanas ao lado das

indígenas, européias e asiáticas a partir do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira

e Africana. Considerando-se assim a diversidade cultural paranaense sob uma

perspectiva de inclusão e igualdade social proposta nas Diretrizes Curriculares da

educação Básica Estadual.

A História da Cultura Afro-Brasileira e Africana e Indígena reflete questões

amplas e polêmicas, uma vez que envolve a educação e a cultura de povos no sentido

de fazer um resgate, uma imagem positiva do homem negro e indígena, sem

discriminação de cor, etnia e situação social.

De acordo, com a Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003, tornou-se obrigatória a

inclusão nos currículos do Ensino Fundamental e Médio conteúdos relacionados à

História da Cultura Afro-Brasileira e Africana, até então, inexistentes ou

inadequadamente trabalhados.

É necessário que a escola como instituição educacional assuma o compromisso

de desenvolver um trabalho específico sobre o tema, com o objetivo de resgatar,

respeitar e valorizar a cultura do povo negro e indígena através do conhecimento de

sua religiosidade, hábitos, costumes, etc. A prática pedagógica deve envolver o coletivo

da escola. Com o auxilio dos professores, equipe pedagógica, direção, funcionários e

alunos, deve ser realizado um trabalho com seriedade e responsabilidade em prol da

valorização da vida.

Ao abordar a temática é importante que os professores façam abordagens

positivas na perspectiva de contribuir para que os alunos pertencentes a esses grupos

mirem-se, bem como os demais, positivamente, quer pela valorização da história de

seu povo, da cultura de matriz africana, da contribuição para o país e para a

humanidade.

A educação das relações étnicorraciais, engloba a produção de conhecimentos,

assim, como de atitudes, posturas e valores que preparem os educandos para uma

vida em fraternidade e partilha, formando cidadãos conscientes e responsáveis a fim de

terem mais respeito e dignidade humana.

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3.13.3 Tecnologia e Educação

As novas tecnologias, no ambiente escolar podem contribuir para a melhoria das

condições de acesso à informação, minimiza limitações relacionadas ao tempo e ao

espaço e permite agilizar a comunicação entre professores, alunos e instituições. Além

disso, os recursos tecnológicos da informática na educação escolar vieram contribuir

na inovação da prática do professor em seu trabalho diário em sala de aula.

Por outro lado, é pura ilusão, pensar que tais vantagens são somente

graciosidades do mundo globalizado para amenizar conflitos ou corrigir injustiças

impostas pelas diversas analogias de poder. No plano didático, o uso dos recursos

tecnológicos traz também competições de diferentes ordens, envolvendo a

necessidade de rever princípios, conteúdos, metodologias e práticas harmonizáveis

com as potencialidades dos instrumentos digitais.

É necessário para uma boa prática não só os saberes constituídos no decorrer de

sua carreira, mas, também, investir no saber disciplinar, sem o qual não se efetiva a

atividade de transmissão do conhecimento, mesmo considerando-se que o que ensinar

teria prioridade sobre o como ensinar. Em conformidade com Sacristán, “o

conhecimento realmente operativo, na prática pedagógica, é o que justifica os

esquemas práticos que se exercem” (SACRISTÁN, 2000, p. 89).

O ingresso dos recursos tecnológicos no ambiente escolar, não restringe-se

somente a utilização de determinados equipamentos e produtos. Essa evolução

tecnológica e sua chegada e utilização no trabalho docente veio a contribuir na

alteração de comportamentos. A utilização desses recursos tecnológicos sem o devido

preparo do docente para a sua introdução na prática diário das escolas veio advir um

choque cultural e uma resistência por parte dos docentes em sua aplicação, ocorrendo

assim, o aceleramento da crise de identidade dos professores.

Com o aparecimento dos computadores e da internet, e sua inserção no ambiente

escolar, tornou-se possível a entrada desses novos recursos tecnológicos na vida

escolar, visto que, antes desse aparecimento era inviável a instalação de um

computador no ambiente escolar pelo seu tamanho e custo. De acordo Kenski (2008, p.

45) “a maioria das tecnologias é utilizada como auxiliar no processo educativo”. Não

apenas o computador e a internet como outros recursos que foram inseridos na prática

do docente em sala de aula, movimentaram a educação e provocaram novas

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73

mediações entre a abordagem do professor, o entendimento do docente e o

conhecimento veiculado.

3.13.4 Currículo e Conhecimento

O currículo é uma produção social, cultural, e, é uma ação coletiva, que a escola

tem autonomia para organizar, buscando uma unidade entre as Diretrizes Curriculares

Nacionais, Diretrizes Curriculares Estaduais (em discussão) e as reais necessidades da

Comunidade Escolar, não perdendo de vista, que é direito das novas gerações

apropriar-se do conhecimento acumulado historicamente, instrumentalizando o aluno

para compreender a realidade e nela atuar modificando-a.

A organização curricular e disciplinar está sujeita a Base Nacional Comum,

porém, o momento histórico que passa a educação paranaense, exige um rompimento

com a estrutura linear dos conteúdos, e uma nova estrutura toma o seu lugar. Essa

estrutura curricular esta sendo elabora pelo coletivo do colégio por meio da

reformulação da Proposta Pedagógica, núcleo do Projeto Político Pedagógico, que se

concretizará com base nas Diretrizes Curriculares do Paraná.

A LDB e os quatro alicerces da Educação também orientam o Currículo do

Ensino Fundamental e Médio propondo: uma visão orgânica do conhecimento,

interdisciplinaridade, relação entre os conteúdos, situações de aprendizagem e

contextos de vida social e pessoal, reconhecimento das linguagens como formas de

constituição dos conhecimentos e das identidades. Estes pressupostos terão, portanto,

uma perspectiva interdisciplinar e contextualizada, buscando atingir os objetivos a que

se propõe a instituição.

Novos caminhos têm sido buscados nos diversos campos das ciências, no

sentido de romper com a organização linear do conhecimento escolar. Essa questão

configura-se num grande desafio para os educadores. Percebe-se a necessidade de

criar condições e estratégias, para que o aluno construa uma nova maneira de

compreender a realidade da qual faz parte, extrapolando as relações locais, buscando

relações mais amplas, ajudando-o a relacionar as experiências anteriores e as

vivencias pessoais e a formular e resolver problemas que utilizem os conhecimentos

apreendidos em diferentes situações.

O currículo é um campo de produção e de criação de significado sobre os vários campos e atividades sociais, no currículo se trabalha sobre sentidos e

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74

significados recebidos, sobre materiais culturais existentes... considerando-se a cultura e o currículo como relações sociais (SILVA, T.T., 1999).

Perante, a uma realidade educacional e social complexa, em que o contexto

socioeconômico cria um cenário de profundas mudanças nas relações sociais,

sobretudo, no âmbito da cultura, em que o conhecimento multiplica-se

ininterruptamente, bem como as invenções tecnológicas faz-se oportuno perguntar:

como construir um currículo que responda às exigências desses avanços, mas que

antes de tudo fomente uma formação humana e crítica? Como ponderar as

particularidades locais de estudantes situados num tempo e espaço de cultura, de

relações e de saberes? Ou ainda, de que forma o currículo povoa o imaginário dos

educadores e direciona sua prática pedagógica?

O significado do currículo tem mudado ao longo da história da Pedagogia, no

entanto, ao atentar para as ideias mais atuais a respeito deste tema observa-se que o

entendimento do currículo passa pelo papel da escola na contemporaneidade. Passa

por uma revisão de conceitos a respeito dos sujeitos envolvidos e das práticas

desenvolvidas. Passa pela capacidade de reaprender sobre as relações e interações

construídas socialmente na era da informação, da comunicação.

Dinâmica do Currículo - A nova LDB, Lei nº 9394/96, no seu artigo 12, inciso I

estabelece, que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as

do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta

pedagógica, baseada em sua grade curricular. Para isso, faz-se necessário que a

escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com

competência e dignidade na sociedade, realize junto com sua equipe pedagógica e

equipe docente atividades sistemáticas, cuidadosamente planejadas, em torno das

quais o conteúdo e a forma que articulem-se inevitavelmente, onde o professor e o

aluno compartilhem parcelas cada vez maiores de significados com relação aos

conteúdos do currículo escolar, ou seja, o professor guia suas ações para que o aluno

participe de tarefas e atividades que o façam se aproximar cada vez dos conteúdos que

a escola tem para ensinar.A metodologia de ensino é compreendida como um

instrumento eficiente e eficaz para organizar as atividades de sala de aula com

experiências significativas.

Dentro dessa visão, o professor, nessa perspectiva, deve estabelecer uma nova

relação com quem está aprendendo, passar do papel de “salista” ao de

“acompanhante”, formando não mais alguém que transmite conhecimento, mas aquele

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75

que ajuda seus alunos a encontrar, organizar e gerir o saber, guiando, porém, não

modelando os espíritos e demonstrando grande firmeza quanto aos valores

fundamentais que devem orientar toda a vida.

O trabalho pedagógico do professor consiste em averiguar o que o aluno já sabe

e como raciocina, com a finalidade de formular a pergunta precisa, no momento exato,

de modo que possa construir seu próprio conhecimento. Visando essa reflexão, o papel

do professor é promover a interação aluno/objeto de conhecimento, assim como o seu

compromisso com a formação do cidadão.

O aluno esta construindo o conhecimento, mas o professor trabalha como

mediador dessa construção. Essa mediação não funciona com autoritarismo, com

imposição de conhecimento, porém, como um catalisador químico que, presente numa

relação, facilita ou acelera e até mesmo possibilita essa reação. Como mediador o

professor não se perde no processo, mas acelera e até possibilita a aprendizagem,

respeitando a natureza do sujeito e do objeto e, principalmente, do processo de

construção do conhecimento. Partindo principio que o aluno é quem constrói o

conhecimento em interação com o meio, o professor intervém,dispondo o ambiente

com seus materiais e instaurando um clima democrático de autonomia e reciprocidade.

3.13.5 Cuidar e Educar

Percebe-se que nos dias atuais, e apoiados nos paradigmas emergentes da

complexidade (DEMO, 2002; MORIN, 2002) e da visão sistêmica relacionada ao ser

vivo (CAPRA, 2001; CAPRA, 2002; MATURANA & VARELA, 2001), o indivíduo como

ser global, não fragmentado e não linear, em todos os momentos e em todas as

situações, ou seja, cuidar e educar, contemplando de maneira democrática todas as

diferenças e, ao mesmo tempo, a natureza complexa do indivíduo.

Inteiramente entendidas e aplicadas, cuidar e educar caminham

concomitantemente e de forma indissociável, possibilitando que ambas as ações

construam na totalidade, a identidade e a autonomia da criança. A ação conjunta dos

educadores e demais membros da equipe da instituição é fundamental para afiançar

que o cuidar e o educar aconteçam de maneira integrada. Essa atitude deve ser

contemplada desde o planejamento educacional até a realização das atividades em si.

Na escola, a relação entre professores e alunos é abarcada pela troca de

conhecimento, e também, pelo afeto e pelo cuidado. Ou seja, além da transmissão de

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conteúdos, também são instituídas relações emocionais significativas entre ambos. Já

referente à sala de aula, insurgem incalculáveis sentimentos com os quais precisam

aprender a lidar. Para as crianças e os jovens, a escola configura-se como um dos

fundamentais espaços de sociabilidade de suas vidas, onde aprendem a conviver com

as diferenças, a relacionar-se com os colegas, a criar laços de solidariedade e

amizade.

Muitos adultos guardam boas lembranças da época da escola, falam com

carinho de professores que tiveram e cultivam amizades que foram construídas ao

longo dos anos em que estudaram juntos. Ao mesmo tempo, a escola é produtora de

insatisfações e frustrações que podem perdurar por muito tempo. Como expõe Melman

(1994), é “uma situação estrutural do sujeito viver, com a educação que ele recebeu e

ao mesmo tempo contra ela”.

3.13.6 Cidadania e Direitos Humanos

Sabe-se que a função social da escola pública é formar pessoas com condições

de compreender e atuar na sociedade, por isso, a demanda de Educação em/para os

direitos humanos faz-se necessário nas escolas. È oportuno dizer que utilização da

expressão em/para visa remete ao trabalho não somente teórico, mas também, e

principalmente, á prática dos direitos humanos no dia-a-dia da escola e da sociedade.

Eixo Educação Básica - Princípios Condutores: O direito à educação constitui-se

um direito fundamental, inalienável, subjetivo e humano, considerando o disposto nas

legislações nacionais, a saber: a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional, o Estatuto da Criança e do Adolescente, e, em nível

internacional, os documentos que pautam a Educação em Direitos Humanos, e estão

referenciados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, pelo Programa

Mundial de Educação em Direitos Humanos e, em âmbito nacional, pelo Programa

Nacional de Direitos Humanos, o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos e

as Diretrizes Nacionais de Educação em Direitos Humanos, a educação e os direitos

humanos são princípios indissociáveis, sendo que a educação constitui-se como um

direito humano, imprescindível para a emancipação cidadã, ética e política dos sujeitos.

Neste sentido, educar em direitos humanos configura-se como uma política de

estado, postulada em normativas internacionais e nacionais pactuadas pelo Brasil.

Sendo assim, o Programa Nacional de Direitos Humanos e o Plano Nacional de

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Educação em Direitos Humanos apresentam-se como importantes ferramentas no

campo dos direitos humanos por sistematizarem as ações prioritárias a serem

executadas pelo Estado e sociedade civil organizada que compõem o cenário de

defesa, garantia proteção e controle social das políticas públicas em direitos humanos.

A importância do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos é

estabelecida por seus princípios, dimensões, objetivos e eixos como uma política

pública de Estado, por meio da qual o fortalecimento de uma sociedade gestada pelo

princípio democrático seja a ação precípua entre os entes federados. Diante deste

contexto, o governo federal, por meio do Plano Nacional de Educação em Direitos

Humanos, orienta que os estados elaborem seus Planos Estaduais como forma de dar

visibilidade à educação em direitos humanos e definir estratégias de ação para o

fomento da EDH.

Neste sentido, salienta-se um novo paradigma para a educação do século XXI:

educar em direitos humanos constitui-se um compromisso do Estado de Direito.

Antevendo todo esse processo, o Conselho Nacional de Educação estabelece

orientações que relacionam os direitos humanos e a educação, por meio dos seguintes

documentos: Diretrizes Gerais para a Educação Básica, Diretrizes Curriculares para a

Educação Infantil, Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental de 09 anos e

Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio.

Assim, o Conselho Nacional de Educação conduz o processo para a elaboração

das Diretrizes Nacionais de Educação em Direitos Humanos, homologada em 30 de

maio de2012, por meio do Parecer n.º 08/2012 e da Resolução n.º 01/2012 – CNE/CP

ver nº 9393 – 96. Sabe-se que a função social da escola pública é formar pessoas com

condições de compreender e atuar na sociedade, por isso, a demanda de Educação

em/para os direitos humanos faz-se necessária nas nossas escolas. É oportuno dizer

que a utilização da expressão “em/para” visa remeter ao trabalho não somente teórico,

mas também, e principalmente, à prática dos direitos humanos no dia-a-dia da escola e

da sociedade.

Compreende-se então, que, os direitos do cidadão é uma prática efetiva, fruto de

conscientização política e educacional do individuo, que dotado de direitos, deveres,

pode coletivamente promover a justiça, a igualdade e a liberdade (Filosofia do direito),

portanto, Direitos Humanos apresenta-se como direitos fundamentais que todos devem

usufruir sem nenhuma discriminação étnica, social, sexual, econômica, jurídica,

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política, ideológica, de nacionalidade, cor, faixa etária, profissão, condição de saúde

física e mental, religião, nível de instrução e julgamento moral, que tem como eixo

principal o reconhecimento do direito a vida, sem o qual todos os demais direitos

perdem o sentido.

De acordo com Volpi (1998), são condições imprescindíveis para obter-se uma

convivência em que todos sejam respeitados indistintamente. Consequentemente, a

educação para o respeito aos direitos humanos careceria ser o conteúdo, mais basal,

essencial, fundamental e inicial de qualquer processo educativo, por fim, das contas,

respeitar (o)a outro(a) pela simples condição de ser uma pessoa igual a mim (humana),

deveria ser a primeira e mais importante das aprendizagens da vida de qualquer

pessoa (VOLPI, 1998).

Assim sendo, a formação desta cultura significa criar, influenciar, compartilhar e

consolidar mentalidades, costumes, atitudes, hábitos e comportamentos que decorrem

dos valores que carecem ser transformados em práticas pedagógicas na escola, por

intermédio dos conhecimentos teóricos e práticos na valorização do ser humano como

pessoa dotada de inteligência que propicia o desenvolvimento de suas potencialidades.

Dessa forma, não trata-se somente de uma questão didática e pedagógica, mas

é muito mais, amplo em sua complexidade, uma vez que envolve questões culturais e

históricas, marcadas por poderes arbitrários. Quando trata-se de direitos humanos

trata-se também de educação para a cidadania com a formação de cidadão

participativo e solidário, consciente de seus deveres e direitos. É um processo

extremamente complexo e difícil, que pode concretizar-se, à longo prazo, visto que os

resultados podem estender-se ao longo da vida dos educandos.

3.13.7 Educação Ambiental (LEI 9.795/99)

A Educação Ambiental, segundo a lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, é um

componente essencial e permanente da educação Nacional, devendo estar presente

em todos os níveis e modalidades do processo educativo formal e não formal. Por seu

caráter humanista, holístico, interdisciplinar e participativo a Educação Ambiental pode

contribuir muito para renovar o processo educativo, trazendo a permanente avaliação

crítica, a adequação dos conteúdos à realidade local e o envolvimento dos educando

em ações concretas de transformação desta realidade.Metodologia dos 3r‟s:

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Reduzir: consiste em tentar reduzir a quantidade que se produz de lixo, como

por exemplo, comprar produtos mais duráveis e evitar trocá-los por qualquer novidade

no mercado.

Reutilizar: Procurar embalagens, por exemplo, que possam ser usadas mais de

uma vez – como garrafas retornáveis de vidro. Ou quem sabe, criar novas utilidades

para as que você não precisa mais.

Reciclar: o mais conhecido dos 3R‟s; consiste em transformar um produto-

resíduo em outro, visando diminuir o consumo de matéria-prima extraída da natureza.

A Educação Ambiental (EA) é um tema cada vez mais tratado nas escolas

brasileiras. Em algumas delas, há até certa carga horária destinada à conscientização

ambiental dos alunos. Um dos enfoques desse tipo de educação deveria se pautar na

Política ou Pedagogia dos 3R‟s (reduzir, reutilizar e reciclar), porém, nem sempre esses

três assuntos são tratados de maneira igualitária. Na enciclopédia: “sustentabilidade é

um conceito sistêmico; relacionado com a continuidade dos aspectos econômico,

sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”. Podemos dizer que na pratica

esse conceito representa promover a exploração de áreas ou de uso de recursos

planetário (naturais ou não) de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o

meio ambiente e as comunidades humanas e todas as biosferas que dele dependem

para existir.

Algumas Estratégias de Ensino para a Prática da Educação Ambiental um

programa de educação ambiental para ser efetivo deve promover simultaneamente, o

desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à

preservação e melhoria da qualidade ambiental. Utiliza-se como laboratório, o

metabolismo urbano e seus recursos naturais e físicos, iniciando pela escola,

expandindo-se pela circunvizinhança e sucessivamente até a cidade, a região, o país, o

continente e o planeta. A aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver

adaptada às situações da vida real da cidade, ou do meio em que vivem aluno e

professor.

A crise ambiental é marcada pela degradação socioambiental e fruto da

fragilidade dos valores que orientam a relação que estabelece-se entre o ser humano e

a natureza. Esta relação intensifica-se ao longo do tempo, de forma mais acentuada,

resultando na miséria, no consumismo e na exclusão social e econômica. Esta

deterioração gera crises que interferem no conhecimento.

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Nesse contexto a educação é vista como um processo de desenvolvimento

humano, responsável pela mudança de mentalidade com a finalidade de compreender

melhor a educação ambiental, por meio de um trabalho efetivo através do

conhecimento sistematizado, pela formação de um sujeito histórico capaz de pensar e

agir na transformação social.

O enfoque pedagógico da Educação Ambiental deve ser abordado a partir da

realidade escolar com debates, articulações políticas e econômicas presentes nos

contextos locais, regionais, mundiais e suas consequências. A temática abordada deve

estar amparada na regulamentação que orienta o trabalho na legislação aplicada ao

Meio Ambiente, tanto no âmbito rural como urbano com vista ao desenvolvimento

humano e mudança nas estruturas políticas e sociais.

3.13.8 Educação Fiscal

A inserção da temática Educação Fiscal tem como escopo estimular a mudança

de valores, crenças e culturas do indivíduo, na perspectiva da formação de um ser

integral, como meio de propiciar o exercício da cidadania e a transformação social.

O processo de ensino e aprendizagem pode contribuir permanentemente para o

desenvolvimento e conscientização dos direitos e deveres no que se trata do valor

social do tributo e ao controle social do estado. A prática pedagógica deve voltar-se

para a organização, mobilização e estimulo à participação social quanto às situações

tributárias, às finanças e gastos públicos do governo federal, estadual e municipal,

como também as verbas, que são designados para estes.

A partir desse enfoque, a educação fiscal representa um mecanismo de

transformação social, deve nortear-se pelos princípios políticos estético e ético das

Diretrizes Curriculares Nacionais, pela legislação educacional vigente, respeitando as

diretrizes nacionais, estaduais e municipais e pela autonomia das instituições de

ensino.

É necessário que haja um processo de reflexão na promoção de ações que

motivem o educando cidadão a dar conta dos problemas que o cerca e desperte para

uma responsabilidade participativa efetiva e assumir o desafio de promover mudanças

para construir uma sociedade com novos valores.

Nesse sentido, os professores devem trabalhar com diferentes formas de

abordagem, nos conteúdos das disciplinas, contemplando reflexões acerca da função

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socioeconômica dos tributos, possibilitando o conhecimento da administração pública,

bem como incentivando o acompanhamento pela sociedade, da aplicação dos recursos

públicos, criando assim, condições para uma relação democrática entre o Estado e o

cidadão.

3.13.9 Enfrentamento à Violência na Escola

O tema violência escolar nos dias atuais traz muitas indagações, pois, as

mudanças sociais, políticas, econômicas e demográficas influenciam para aumentar a

violência. Ao tratar sobre violência associa-se a desorganização da ordem, a perda do

sentido moral e ético, a perda da compreensão, causados pelo uso de drogas, a

exploração sexual, das ameaças, discussões e agressões morais e físicas.

E conciso compreender que a violência escolar acontece em tempos e espaços

diferentes como no decorrer do período escolar, dentro da sala de aula, nos ambientes

internos, na relação professor aluno. Essa dimensão envolve a estrutura social, política

econômica, cultural e familiar que gera uma desorganização e desestruturação onde

surge a consequência que sobre caí na escola e na sociedade.

A relação de poder e violência constituem-se pelas relações entre os sujeitos da

escola, diversos profissionais que atuam nela, como também entre alunos, Arendt

(1994), propõe uma concepção que procura superar o senso comum de que poder é

violência ou violência é poder e argumenta que em verdade ela destrói o poder e que a

cada diminuição no poder é um convite a violência, esclarecendo que o poder apenas é

efetivado enquanto a palavra e os atos não separam-se, quando as palavras não são

vazias e os atos não são brutais, quando as palavras não são usadas para velar

intenções, mas para revelar realidades, e os ato não são utilizados para violar e

destruir, mas para instituir relações de realidade.

Perante essa constatação, a violência escolar não é um problema fácil de ser

resolvido, pelo fato de estar relacionada a uma situação histórica e de grande

complexidade. Estabelece-se, de um lado, pelas ações que visam o cumprimento das

leis e das normas determinadas pelos órgãos centrais e de outro pela dinâmica dos

grupos internos que permitem a troca de ideias, palavras e sentimentos, onde criam-se

laços de afetividade entre os professores, educandos e toda a comunidade escolar.

Dessa forma, os estabelecimentos de ensino devem ser um espaço educativo

que além da transmissão dos conhecimentos técnicos e científicos também exercem

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importante função de educar, isto significa, contribuir para o desenvolvimento integral

da personalidade do educando através da formação de hábitos e atitudes positivas que

permitem ao mesmo tempo sentirem-se mais estimulados e motivados desenvolvendo

um ambiente de amizade, bem estar e segurança.

Trabalhar em parceria com a Patrulha Escolar, Conselho Municipal dos Direitos

da Criança e do Adolescente e Conselho Tutelar na prevenção e enfrentamento à

violência.

3.13.10 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas

A Prevenção ao Uso indevido de drogas tem como objetivo refletir sobre o

consumo de drogas no contexto atual e as possíveis consequências geradas por elas

ao indivíduo e à sociedade. Tratar a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas deve

buscar constantemente o conhecimento científico que vai além das discussões do

campo biológico e afetivo.

As abordagens feitas através de palestras de orientação e prevenção devem

contemplar informações sobre seus males e consequências estimulando a questão da

qualidade de vida, bem como orientações sobre comportamento e atitudes positivas e

negativas. Apoiar e orientar o dependente químico e a família para tratamento de

acordo com as possibilidades da escola, encaminhando para as instituições

competentes.

Mostrar que ter uma ocupação, trabalho e atividade de lazer é importante na

recuperação e oferecer apoio pedagógico domiciliar. Além disso, a ética é um elemento

fundamental, pois o conjunto de atitudes e sentimentos inter-relacionados partem do

respeito ao ser humano e natureza em sua forma mais ampla, passam pela vida

pessoal, familiar, profissional e culminando nos princípios morais para a convivência

social.

3.13.11 Educação Especial

A Educação Especial é uma área relativamente nova. Como campo de estudo

da Pedagogia, foi sistematizada em meados do século XX e, apenas na década de

1960, passou a integrar a organização das Secretarias de Estado da Educação como

parte da estrutura e funcionamento dos sistemas de ensino. Isso acontece, de forma

pioneira no cenário nacional, no Estado do Paraná, em 1963.

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Esse marco histórico guarda um significado para a compreensão atual da

Educação Especial, já que as concepções sobre a natureza do atendimento realizado,

que o antecederam e o sucederam, relacionam-se a uma complexa luta de interesses

decorrentes das transformações políticas e econômicas por que passaram as diversas

formações sociais. Deve-se entender o movimento histórico que definiu a Educação

Especial como integrante do sistema de ensino em meio às mesmas contradições

existentes no contexto geral de educação, decorrentes de suas formas de participação

na sociedade capitalista, constituída na dimensão da práxis e do trabalho social. São

as mudanças nas formas de organização da vida produtiva e material que determinam

as transformações na constituição do alunado da Educação Especial, ao longo da

história.

Se, em sua origem, no séc. XVIII prestava-se ao atendimento apenas às

pessoas com deficiências sensoriais como a surdez e a cegueira, atualmente, amplia

seu escopo de atuação, incorporando a ampla gama de alunos com necessidades

educacionais especiais e que, não necessariamente, apresentam alguma deficiência,

como é o caso dos superdotados. A definição desse alunado está condicionada às

complexas relações de poder imersas nos movimentos sociais concretos e não à mera

relação do meio social com a representação da deficiência. Neste texto, apresenta-se

um amplo panorama da atenção às pessoas com deficiência na história, desde a

Antiguidade aos dias atuais, destacando-se as concepções de sujeito subjacentes, em

cada uma das etapas que constituíram marcos em relação ao atendimento prestado.

Assim, pretende-se demonstrar que muitas das práticas, desenvolvidas na

contemporaneidade, têm suas raízes fundadas nas primeiras percepções da sociedade

em relação a esse grupo de pessoas, fortalecendo mitos e estereótipos acerca de suas

limitações e possibilidades. Educação Especial a organização da Educação Especial

sempre esteve determinada por um critério básico: a definição de um grupo de sujeitos

que, por inúmeras razões, não corresponde à expectativa de normalidade ditada pelos

padrões sociais vigentes.

Assim, ao longo da história, ela constitui uma área da educação destinada a

apresentar respostas educativas a alguns alunos, ou seja, àqueles que, supostamente,

não apresentariam possibilidades de aprendizagem no coletivo das classes comuns,

que foram, entre outras denominações estigmatizam-te, rotulados como excepcionais,

retardados, deficientes. Essa concepção que motivou a sua natureza de atendimento

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esteve, portanto, vinculada a um movimento social de sistematização de práticas de

disciplinamento relacionadas à „caracterização‟ dos indivíduos (loucos, marginais,

doentes mentais, deficientes), a fim de enquadrá-los em categorias que facilitariam seu

tratamento.

Essa situação remete à questão histórica dos diagnósticos e prognósticos que,

muitas vezes, perpetuaram-se como práticas de exclusão social. Esclarece Veiga Neto

(2001) que ainda que os critérios de partilha normal, anormal emergem da “pura

relação do grupo consigo mesmo”, as marcas da anormalidade vêm sendo procuradas,

ao longo da Modernidade, em cada corpo para que, depois, a cada corpo se atribua um

lugar nas intricadas grades das classificações dos desvios, das patologias, das

deficiências, das qualidades, das virtudes, dos vícios.

Assim, constata-se que a atenção educacional aos alunos, atualmente

denominados com necessidades especiais, esteve motivada por concepções de

atendimento que refletem diferentes paradigmas nas relações da sociedade com esse

segmento populacional. O extermínio, a separação, o disciplinamento, a medicalização

são diferentes práticas para se relacionar com as pessoas que fogem ao padrão de

normalidade, produzidas no interior de cada grupo social para responder às suas

exigências de existência. A cada um dos momentos envolvidos nos processos

históricos de produção da vida decorre uma concepção de homem, sociedade e

conhecimento que determinam a natureza e a abrangência das políticas de

atendimento a essa população.

3.13.12 Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio

A Resolução CNE/CEB nº 3/2008, que teve como base o Parecer CNE/CEB nº

11/2008, dispôs sobre a instituição do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível

Médio, sendo que seu art. 3º determina que os cursos constantes desse Catálogo

sejam organizados por eixos tecnológicos definidores de um projeto pedagógico que

contemple as trajetórias dos itinerários formativos e estabeleça exigências profissionais

que direcionem a ação educativa das instituições e dos sistemas de ensino na oferta da

Educação Profissional Técnica de Nível Médio. São significativas as alterações

promovidas na LDB pela Lei nº 11.741/2008, incorporando os dispositivos essenciais

do Decreto nº 5.154/2004, ao qual se sobrepôs, inserindo-os no marco regulatório da

Educação Nacional.

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Essas alterações ocorreram no Titulo V da LDB. Foi inserida a seção IV-A do

Capitulo II, que trata “da Educação Básica”. Assim, além da seção IV, que trata “do

Ensino Médio”, foi acrescentada a seção IV-A, que trata “da Educação Profissional

Técnica de Nível Médio”, com a inserção de quatro novos artigos: 36-A, 36-B, 36-C e

36-D. Foi acrescentado, ainda, um novo parágrafo ao art. 37, já na seção V, que trata

“da Educação de Jovens e Adultos”. Finalmente, foi alterada a denominação do

Capítulo III do Título V, para tratar “da Educação Profissional e Tecnológica”, bem

como foi alterada a redação dos dispositivos legais constantes dos arts. 39 a 42 da

LDB. Em 13 de julho de 2010, a CEB concluiu longo e proveitoso debate, definindo

Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, pela Resolução

CNE/CEB nº 4/2010, com fundamento no Parecer CNE/CEB nº 7/2010, os quais estão

sendo considerados neste Parecer. Mais recentemente, esta Câmara ainda aprovou a

Resolução CNE/CEB nº 2/2012, com base no Parecer CNE/CEB nº 5/2011, que definiu

Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, os quais também estão sendo

aqui considerados.

É neste contexto de atualização geral do conjunto das Diretrizes Curriculares

Nacionais para todas as etapas e modalidades de Educação Básica que deve ser

entendida a demanda atual, que é objeto do presente Parecer. Trata-se,

especificamente, da definição de novas orientações para as instituições educacionais e

sistemas de ensino, à luz das alterações introduzidas na LDB pela Lei nº 11.741/2008,

no tocante à Educação Profissional e Tecnológica, com foco na Educação Profissional

Técnica de Nível Médio, também definindo normas gerais para os cursos e programas

destinados à formação inicial e continuada, ou qualificação profissional, bem como para

os cursos e programas de especialização técnica de nível médio, na perspectiva de

propiciar aos trabalhadores o contínuo e articulado desenvolvimento profissional e

consequente aproveitamento de estudos realizados no âmbito dos cursos técnicos de

nível médio organizados segundo a lógica dos itinerários formativos.

A Educação Profissional Tecnológica, de graduação e pós-graduação, prevista

no inciso III do art. 39 da atual LDB, será objeto de outro Parecer e respectiva

Resolução, produzidos a partir de estudos conduzidos por uma Comissão Especial

Bicameral, constituída no âmbito do Conselho Pleno, com a finalidade de

“redimensionar, institucionalizar e integrar as ações da Educação Profissional Técnica

de Nível Médio, da Educação de Jovens e Adultos e da Educação Profissional e

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Tecnológica.

Para os sujeitos escolares a Educação Profissional proporciona formação

humana e profissional que articule o trabalho, a cultura, a ciência e a tecnologia na

perspectiva da formação integrada.

A Educação Profissional desenvolvida através de ações intencionais e

sistematizada sobre uma sólida base de educação geral, científico-tecnológica e sócio-

histórica por concepção, é parte integrante e indissociável da Educação Nacional.

Kuenzer e Garcia (2008, p.53), em referência as Diretrizes Orientadoras do

MEC/SETEC para a implantação da Educação Profissional Técnica Integrada ao

Ensino Médio, consideram a formação humana com base na integração de todas as

dimensões da vida no processo educativo, visando à formação unilateral dos sujeitos

através das dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura, tanto que no

documento do MEC (2007) consta a seguinte menção:

O trabalho compreendido como realização humana inerente ao ser (sentido ontológico) e com a prática econômica (sentido histórico associado ao modo de produção); a ciência compreendida como conhecimentos produzidos pela humanidade que possibilita o contraditório avanço das forças produtivas; e a cultura que corresponde aos valores éticos e estéticos que orientam as normas de conduta de uma sociedade (BRASIL, 2007, p. 33).

Será fundamental considerar as possibilidades de organização do Currículo

Integrado na Educação Profissional Técnica Integrada ao Ensino Médio, sob os

seguintes pressupostos:

a) que conceba o sujeito como ser histórico-social concreto capaz de transformar a realidade em que vive; b) vise à formação humana como síntese de formação básica e formação para o trabalho; c) tenha o trabalho como princípio educativo no sentido de que o trabalho permite, concretamente, a compreensão do significado econômico, social, histórico, político e cultural das ciências e das artes; d) seja baseado numa epistemologia que considere a unidade de conhecimentos específicos e numa metodologia que permita a identificação das especificidades desses conhecimentos quanto à sua historicidade, finalidades e potencialidades; e) seja baseado numa pedagogia que vise á construção conjunta de conhecimentos gerais e específicos, no sentido de que os primeiros fundamentam os segundos e esses evidenciam o caráter produtivo concreto dos primeiros; f) seja centrado nos fundamentos das diferentes técnicas que caracterizam o processo de trabalho moderno,

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87

tendo como eixos o trabalho, a ciência e a cultura (RAMOS, 2005, p.108-109).

A concepção de Currículo Integrado pode ser compreendida como aquela

própria de todo Ensino Médio, que compreende o conhecimento básico, o tecnológico e

o técnico como unidade, tendo cada um deles uma especificidade em termos

epistemológicos:

O currículo integrado organiza o conhecimento e desenvolve o processo de ensino-aprendizagem de forma que os conceitos sejam apreendidos como sistema de relações de uma totalidade concreta que se pretende explicar e compreender (RAMOS, 2005, p.116).

Para Silva e Colontino (2008), ao tratar da Educação Profissional Técnica

Integrada ao Ensino Médio, que contempla a educação como formação científica e

tecnológica, tomando o trabalho como princípio educativo, demonstram que [...]

a função social, pedagógica e histórica da escola, é a de promover a articulação entre trabalho manual e intelectual, entre teoria e prática, entre ciência, cultura e trabalho enquanto componentes histórico-culturais da formação do indivíduo (SILVA; COLONTINO, 2008, p.98-99).

O Currículo Integrado, desse modo, “é aquele que compreende conhecimento

básico-tecnológico-técnico, como unidade, tendo cada um deles especificidade em

termos epistemológicos” (RAMOS, 2007, p.10).

Frigotto, Ciavatta e Ramos (2005, p.116), também expõem sobre Currículo

Integrado afirmando que o mesmo “organiza o conhecimento e desenvolve o processo

de ensino e aprendizagem” e, nesta concepção, compreende-se que as disciplinas são

responsáveis por permitir a aprendizagem dos conhecimentos já construídos em sua

especificidade conceitual e histórica.

Para organização do trabalho docente é preciso considerar a relação entre o

currículo e o planejamento: do planejamento (definição das concepções, do perfil, dos

conhecimentos, das formas metodológicas, das disciplinas, dos processos de

acompanhamento), à efetividade do currículo em ação, quer dizer, a materialização

dessas intencionalidades no cotidiano das salas de aula (SILVA; COLONTINO, 2008,

p. 99).

JUSTIFICATIVADO CURSO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO INTEGRADO AO

ENSINO MÉDIO

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88

A presente proposta busca apresentar a reformulação curricular do curso Médio

técnico integrado em Administração, do setor terciário da economia a ser implantada a

partir de 2005.

O Decreto-lei nº 5.154 de 23/07/2004 no seu artigo 4º § 1º inciso l, “a articulação

entre a educação profissional técnica de nível Médio dar-se-á de forma: integrada,

oferecida somente a quem já tenha concluído o Ensino Fundamental.”

A proposta de oferta do curso Médio Técnico em Administração integrado nasce

da necessidade de incrementar o setor terciário da economia. O curso Médio Técnico

em Administração Integrado caracteriza-se como Área de Gestão de acordo com a

Resolução 04/99 – CNE (Conselho Nacional de Educação). Tal Área compreende

atividades de administração e de suporte logístico á produção.

A oferta do Curso Médio Técnico em administração integrado justifica-se, posto

que a globalização e consequentemente quebra de fronteiras tem novos paradigmas e

uma visão das relações de mercado. Isto aponta para a necessidade de uma formação

que propicie ao educando á aquisição do conhecimento tecnológico, cientifico, sócio

Cultural, político e econômico, tornando-o apto a enfrentar os desafios.

O Curso Técnico em administração em Nível médio, com organização curricular

integrada, tem como propósito o desenvolvimento pessoal e profissional do educando,

procurando formá-lo com uma visão critica capaz de analisar as atividades

econômicas, financeiras, mercadológicas, patrimoniais e outras atividades afins, assim

como, ser um agente capaz de interferir na sociedade.

JUSTIFICATIVA DO CURSO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO SUBSEQUENTE

A sociedade moderna exige um novo tipo de profissional de administração com

capacidade de harmonizar o pensamento e a ação, o planejamento e a execução.

Exigindo-se ainda, além do domínio cientifico e tecnológico dos fundamentos da sua

atividade, a capacidade critica e de iniciativa, oportunizando a compreensão das

relações sócias, onde se inserem as praticas políticas e produtivas, viabilizando

propostas de transformação e soluções dos problemas do cotidiano.

A presente proposta busca apresentar a reformulação curricular do curso técnico

em Administração, Nível Médio na forma subsequente, do setor terciário da economia,

a ser implantado a partir de 2005.

A legislação educacional brasileira permite proposta através de leis e normas,

conforme segue:

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89

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, lei nº 9394/96, art. 39 a 41 (Educação

Profissional e da organização da Escola).

O Decreto-lei nº 5.154 de 23/07/2004 no seu artigo 4º §1º inciso lll, “a articulação

entre a Educação Profissional Técnica de Nível Médio e o Ensino Médio dar-se-á de

forma: Subsequente, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino Médio”.

Parecer nº 16/99 – CNE, Diretrizes curriculares Nacionais para Educação

Profissional. Resolução nº 04/99 – CNE Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais

para Educação Profissional de Nível Técnico. Deliberação nº 002/2000 – CNE, Normas

Complementares ás Diretrizes curriculares Nacionais da Educação profissional de Nível

Técnico.

A proposta de oferta do Curso Técnico em Administração – Subsequente, nasce

da necessidade de incrementar o setor terciário da economia. O Curso Médio Técnico

em Administração – Subsequente caracteriza-se como Área de Gestão, de acordo com

a Resolução 04/99 – CNE (Conselho Nacional de educação). Tal Área compreende

atividades de administração e de suporte á produção.

O mundo do trabalho exige cada vez mais qualidade e produtividade, portanto

faz-se necessária a implantação de cursos técnicos capazes de atender a demanda

local e regional, formando profissionais que além da qualificação necessária a sua área

de atuação, sejam também flexíveis ás mudanças, cujos conhecimentos ultrapassem

os limites de uma formação específica, permitindo a sua atuação em qualquer

segmento produtivo.

A oferta do Curso Médio Técnico em administração – Subsequente, justifica-se,

posto que a globalização e consequentemente quebra de fronteiras tem novos

paradigmas e uma visão das relações de mercado. Isto aponta a necessidade de uma

formatação que propicie ao educando á aquisição do conhecimento tecnológico,

cientifico sociocultural, político e econômico, tornando-o apto a enfrentar os desafios.

Assim sendo, a sociedade atual está envolvida em um processo intenso de

mutação em suas estruturas. A necessidade da empresa, o interesse do trabalhador, á

própria sociedade e a qualificação para o trabalho exige estratégias integradas,

construídas mediante articulação e parcerias entre governo, educadores trabalhadores

e empresas, preparando o educando para enfrentar os desafios do século XXl,

beneficiando os setores modernos da economia e a sociedade como um todo.

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90

O referido curso foi autorizado em 2005 com o seguinte corpo administrativo e

especialistas:

Nome Função Habilitação

Moacir Marchi Furtado Diretor Letras – Português

Agostino Munaro Diretor Auxiliar Educação Física

Elsa Maria Taschin Secretária Magistério

Klayre E. Linden Baldissera Coordenador de Curso Ciências Contábeis

Olga A. Marafon dos Santos Orientadora Pedagogia

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91

4 PROPOSTA DE TRABALHO DA ESCOLA PARA ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA

E COMUNIDADE (Marco Operacional)

A Escola como instituição educacional está voltada para a formação da

cidadania, dando suporte em todas as dimensões: técnica, física, política, cultural,

pedagógica e social, comprometida com a modernização e formação humana. Por isso,

almeja-se um aluno comprometido com a educação, participativo, responsável, crítico,

persistente, interessado, que tenha gosto pelo conhecimento e constitua-se como

agente transformador da sociedade, respeitando as individualidades.

Acredita-se, que a superação da alienação e a reinvenção do poder somente

serão construídas pela prática do dia a dia, com a participação de todos os envolvidos

no processo educacional, com a finalidade de superar a apatia e o ceticismo dos que

não acreditam ser possível à construção de uma sociedade. A Escola pretende manter:

A organização escolar que favoreça o convívio entre as pessoas e ofereça

condições para o desenvolvimento das atividades de ensino-aprendizagem;

Oportunizar aos alunos com dificuldades de aprendizagem atividades de

recuperação de estudo com orientação e acompanhamento dos professores;

Garantir a unidade do planejamento no trabalho escolar, condição para uma

educação emancipadora, democrática e de qualidade para todos;

Estimular a realização de atividades pedagógicas que atendam as necessidades

da construção do conhecimento científico, que estimulem o gosto pela leitura e

pesquisa.

Aspira-se uma escola que valorize o conhecimento científico, e uma

aprendizagem que faça a diferença construindo sua própria identidade. Fazer a

diferença na escola constitui-se essencialmente pela mediação pedagógica, pela

integração do professor e aluno como sujeito social, em que a aprendizagem

significativa aconteça. Para isso, procurar ser mais exigente na cobrança da realização

das atividades pedagógicas de todos os envolvidos.

Nesse processo pedagógico pressupõe atitudes e ações concretas do professor

onde o aluno apropria-se do conhecimento e precisa demonstrar interesse em

aprender, dedicação em superar as dificuldades e postura mental favorável à

realização das atividades como memorizar, compreender, aplicar, analisar, sintetizar e

avaliar. Os professores serão orientados e incentivados para a busca contínua de

metodologias, instrumentos e materiais que favoreçam a efetivação de posturas

Page 92: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

92

anteriormente citadas.

Em relação a atitudes e ações do professor, como mediador do processo

pedagógico implica em leitura, interpretação, significação do conhecimento e que

acontecem em momentos distintos, antes, durante e depois da aula. No primeiro

momento, ao preparar a sua aula o professor deverá predispor sobre o que vai

executar com seus alunos em relação à organização do conteúdo, metodologia,

recursos necessários e as formas de avaliação.

No segundo momento o trabalho do professor consiste na apresentação o

conteúdo de forma gradativa com explicitação, informações, questionamentos aos

alunos, correção de atividades, sua importância e necessidade, criando condições

favoráveis à aprendizagem dos alunos e apropriação do conhecimento. No terceiro

momento as atitudes e as ações do professor deverão estar voltadas à análise do

trabalho realizado em relação à apreensão de ter alcançado os objetivos propostos, ou

não; a expectativa em relação ao que os alunos farão na prática com os conhecimentos

e a disposição em rever o processo de ensino-aprendizagem, caso seja necessário.

O professor deverá fazer análise critica dos procedimentos didático-pedagógicos

utilizados durante a realização do trabalho coletivo e individual que sempre devem

propiciar a autonomia de aprendizagem aos alunos. A equipe pedagógica

acompanhará os professores durante a hora-atividade, planos de trabalho docente e

nos encontros de planejamento e replanejamento de conteúdos e atividades a serem

desenvolvidas no decorrer do processo do tempo escolar.

Na gestão democrática avaliar o trabalho escolar, o trabalho docente, a

aprendizagem dos alunos, de forma progressiva e contínua, por intermédio da

organização de encontros pedagógicos com os professores, para melhorar sua

autoestima, desempenho e interesse em classe. Criar atitudes positivas de vida com os

alunos, oferecendo sugestões de leitura, dos mais diversos temas que estimulem a

informação, o aprendizado, a participação em atividades extracurriculares e projetos

significativos.

Na gestão democrática busca-se amplo envolvimento dos pais em reuniões

periódicas, visado à integração, troca de experiências, análise e do desempenho

escolar, com troca de informações e estudos, palestras e discussões para efetivação

da aprendizagem dos alunos.

Na gestão democrática a representatividade da comunidade escolar se faz

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93

pelos diferentes segmentos: pais de alunos, professores e funcionários representados

pela associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF); pelos representantes de

turma; dos professores no Conselho de Classe de forma coletiva; e pelos diferentes

segmentos da escola no Conselho Escolar, que contribuem significativamente a partir

da compreensão das suas atribuições e visualizam resultados positivos na

aprendizagem dos alunos, na conservação física do ambiente escolar e sua melhoria;

na execução do projeto pedagógico, na aplicação de recursos financeiros provindos da

esfera pública ou através de promoções.

Para efetivar-se na prática, continua-se contando com a participação dos

colegiados não apenas em reuniões específicas, mas, com participação em

assembléias, reorganização do PPP, Regimento Escolar, Plano de ação da Escola,

Plano de Trabalho Docente, bem como no auxílio na tomada de decisões do cotidiano

escolar.

É conciso democratizar as próprias relações dentro da escola com autonomia

criando espaços permanentes de discussão, como reuniões para professores e

funcionários, APMF, Conselho Escolar e pais e alunos promovendo a autonomia que

expressa-se na qualificação contínua, para buscar alternativas tanto pedagógicas

quanto administrativas.

Para os alunos, a autonomia conquista-se pela participação nas decisões e pela

possibilidade de aprender a democracia na escola, entendendo que é possível e

desejável vivê-la no seu espaço escolar, familiar, de trabalho e comunitário. Assim, os

alunos participam do Pré-Conselho de Classe, nas escolhas de líderes de turma,

professores regentes, eleições para diretores, escolha de uniformes pelos 3º anos do

Ensino Médio. Implementar a participação dos representantes de turma, convidando-os

para reuniões com a coletividade escolar e em sala de aula e estudos.

Outra ação para a efetivação da gestão democrática no nosso Colégio será de

facilitar a capacitação continuada dos professores e funcionários oferecidos pela

instituição, que vincula com os profissionais da educação que é a Secretaria de

Educação e Cultura, pelos encontros descentralizados organizados pelo Núcleo

Regional de Educação, ou através de cursos à distância ou presenciais proporcionados

pelas diferentes esferas públicas SEED/MEC e instituições particulares para

aperfeiçoamento e qualificação.

A formação continuada será efetivada por intermédio de várias modalidades de

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94

eventos educacionais, encontros, cursos, seminários, projetos, leitura de livros de

fundamentação teórica destinada a professores, grupos de estudo organizados, pela

própria instituição educacional, oportunizando momentos de estudo em hora atividade

por disciplina, realizada no horário escolar, que implica na discussão sobre os saberes

como: o saber da experiência, conhecimentos científicos e pedagógicos que são

vivenciados pela prática docente.

O processo de formação é coletiva relacionada à construção contínua de todos

os envolvidos no trabalho escolar por que permite aprender o significado social das

relações que reproduzem-se no cotidiano da escola entre professores, funcionários e

alunos na Semana Pedagógica. Pretende-se, cada vez mais, contar com a participação

de todo o coletivo escolar, incentivando-os e valorizando sua participação. A avaliação

de aprendizagem será feita de forma integrada e contínua ao processo de ensino

aprendizagem, por meio de atividades que envolvam:

A leitura de imagens, de dados, de documentos e de diferentes fontes de

informação, priorizando o conhecimento clássico e científico;

A utilização de oficinas práticas em ambientes diversificados;

A produção de textos;

Questionamento, reflexão e argumentação;

Exposições orais;

Trabalhos em equipe, em um ambiente cooperativo, priorizando os

desempenhos coletivos e democráticos.

A avaliação como diagnóstico tem por escopo avaliar atos e situações, tendo em

vista tomar decisões no sentido de criar condições para maior satisfatoriedade do que

estejam buscando ou construindo, através da compreensão da aprendizagem,

oferecendo meios que integram as experiências, obtendo os melhores resultados,

auxiliando o aluno em seu desenvolvimento de maneira a obter maior integração na

apropriação dos conhecimentos, habilidades, hábitos e convicções. Assim, para cada

instrumento de avaliação nas diferentes disciplinas, serão estabelecidos critérios que

facilitarão a quantificação de resultados.

Nenhuma avaliação poderá ocorrer sem critérios previamente definidos. Estes

devem ser do conhecimento de todos os alunos. São critérios fundamentais, entre

outros: organização e clareza na apresentação dos resultados da aprendizagem,

correção, articulação das partes, sequência lógica, rigor na argumentação, criatividade.

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95

Para a avaliação foi coletivamente decidido que todos os instrumentos terão o peso

10.0 (dez) e será realizado no mínimo duas avaliações durante o trimestre, gerando

assim, duas recuperações.

O resultado das avaliações será forma aritmética, anual; com exceção do Curso

Técnico de Administração Subsequente que é semestral. A todos os alunos será

possibilitada a recuperação de estudos, de forma paralela, sempre imediata, e ao

longo, do período escolar com intervenção pedagógica com nova explicação do

professor, realização de trabalhos individuais e/ou monitoria, apresentações de

atividades complementares e/ou elaboração de acordo com as exigências de cada

disciplina. A obrigatoriedade de estudos de recuperação consta na Lei nº 9394/96,

artigo 24, inciso V, alínea e.

Um instrumento sistematizador, organizador do processo educativo escolar,

onde materializa-se a ação educativa;

Envolver intenções e práticas para sua concretização;

Um conjunto de escolhas que ocorrem na escola vai até a sala de aula e em

cada aula;

Um gerenciador de efeitos, que contribui para a construção das identidades,

como uma instituição e professor, de um conhecimento que fica em cada aluno, com

marcas diferenciadas, mas que estão presentes.

Torna-se imprescindível interagir com os alunos a análise de suas produções e

resoluções, transformando eventuais erros em situações de aprendizagem, orientando-

os para reconhecerem seus avanços e dificuldades. É na interação com o professor e

com os demais colegas que o aluno busca meios de superar suas dúvidas, atingindo

resultados positivos na aprendizagem.

Compreendendo que a diversidade é inerente ao ser humano, o professor deve

ter ciência dos recursos didáticos utilizados no processo da aprendizagem e, para

contemplar essa diversidade que caracteriza o universo de sala de aula, utiliza os

diferentes instrumentos de avaliação como: trabalhos individuais, resumos, elaboração

de textos, redações, confecção de materiais, provas orais e escritas dissertativas,

trabalhos em grupo, testes individuais e seminários. Pesquisas de campo, entrevistas e

coletas de dados, técnicas diversificadas que envolvem o desempenho dos alunos.

A avaliação de aprendizagem do aluno é o resultado do seu desempenho nas

atividades desenvolvidas durante o período escolar e expresso em símbolos

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96

numéricos, notas de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados são registrados

em diários de classe do professor, transcritos para a secretaria da escola em canhoto

de notas, para transcrição em documentos escolares e comunicação aos alunos em

boletim escolar, com realização de reuniões com os pais, programadas.

Nesse momento ocorre a troca de experiências e os avanços na aprendizagem

com exercícios de reflexão, mensagens numa relação de amizade e cooperação onde

as pessoas possam se integrar com a sua cultura e meio de vida. As escolhas devem

ser feitas de maneira coletiva, onde o planejamento, a implantação e a avaliação deve

ser tarefa de cada um e requer responsabilidade ao futuro dos alunos.

Por isso, com a articulação família-escola, reuniões de pais, e a sua presença na

escola, descobre-se o efeito positivo da ajuda com ideias, diálogo, esclarecimentos e

procedimento adequado na execução das atividades escolares e melhoria de ensino-

aprendizagem. Acredita-se que a grande questão está na adequação do currículo, para

deixar-se entrar na vida e na escola, envolvendo todas as áreas do conhecimento e

com as necessidades dos alunos e da comunidade.

Desenvolver atividades acessíveis a todos os alunos, dentre os quais aqueles,

com necessidades especiais, por intermédio da sensibilização, inovação, adaptação

curricular, formação e apoio. Com o objetivo de reconhecer e respeitar as diferenças,

diminuir as desigualdades e construir uma escola para todos, busca-se desenvolver,

atividades organizadas que propiciem questões de ordem social política, cultural e

econômica, visando a integração humana e a promoção do conhecimento científico.

Oportunizar e desenvolver atividades em áreas sociais básicas como saúde,

educação ambiental, educação fiscal, discriminação étnico racial, de gênero, sócio

econômica, religiosa e física. Aos professores, funcionários e demais segmentos da

escola são oportunizados períodos destinados à formação continuada com estudo,

reflexão e discussão de temáticas que proporciona a troca de ideias e possibilita a

reconstrução de concepções teóricas que são aplicadas na prática pedagógica.

A contribuição da família ocorre por meio de reuniões com abordagens de temas

referentes à ação educativa. A partir das informações obtidas há a integração e o

comprometimento família-escola que acontece num sentido paralelo ao processo

educativo voltado a aprendizagem dos alunos, a construção da cidadania e a

transformação da escola no espaço de aprendizado para a vida.

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97

4.1PLANEJAMENTO

Em geral, o planejamento escolar é feito para o ano inteiro e acontece antes do

início das aulas. Nesse período, a escola agenda uma semana pedagógica (que pode

durar de 3 a 5 dias, conforme orientações da SEED), durante a qual discute-se o que

acontecerá nos próximos 200 dias letivo, o Plano de Ação do ano anterior e o PPP que

é o documento que define a identidade da escola e indica os caminhos para o ensino

de qualidade."O planejamento nasce a partir do estabelecimento de metas e de

objetivos que a escola deseja alcançar. Ele é um momento importantíssimo para a

construção de conhecimento sobre gestão e didática, articulação com a comunidade,

constituição de uma equipe colaborativa e qualificação das ações", diz Barbosa (2013),

consultora de GESTÃO ESCOLAR.

Essa atividade é assegurada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação

(LDB), de 1996, que garante que todos os profissionais que trabalham em uma escola

tenham um tempo reservado para planejar a rotina. No entanto, não é só porque está

na lei que ele deve ser cumprido. O planejamento é indispensável para a gestão do

tempo, de materiais, de pessoas e de espaço, porque, ao colocar tudo o que a escola

realizará ao longo do ano na ponta do lápis, é possível ter uma ideia do cenário e

alocar os recursos de acordo com as necessidades dos períodos do ano. Considera-se

durante a elaboração do planejamento anual da escola os seguintes itens:

Recepção dos professores novatos;

Troca de experiências entre os professores e gestores;

Apresentação e análise dos resultados do ano anterior;

Estabelecimento de metas e objetivos;

Apresentação do calendário escolar, de acordo com o disponibilizado pela

Secretaria de Educação;

Revisão do Projeto Político-Pedagógico e criação de planos de ação;

Definição da grade horária das disciplinas;

Divisão das turmas;

Organização das salas e dos materiais;

Recepção dos alunos;

Planejamento pedagógico, levando em consideração a avaliação do ano anterior

e a distribuição dos conteúdos de ensino e aprendizagem.

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98

Como é plausível ver, o planejamento do ano não começa da estaca zero. O

trabalho já inicia-se no ano anterior, quando a equipe escolar realiza a avaliação do

último plano. Na semana pedagógica, trabalha-se em cima dos resultados obtidos e

com a troca de experiência sobre as turmas entre os docentes, visando sempre

melhorar o que tem sido feito. É claro que as pautas das reuniões de planejamento

podem mudar, a depender de seu objetivo. Em um encontro sobre diagnóstico, por

exemplo, não se discutirá questões como a organização da sala de aula, mas sim

sobre a forma de descobrir os saberes das crianças. "A pauta do planejamento

depende sempre de quem está participando da reunião", diz Barbosa (2013).

Ao longo dos meses, é importante acompanhar as ações previstas no

planejamento têm sido implantadas e se as estratégias estão dando certo. Essa

avaliação pode ocorrer à trimestre ou, ainda, semestralmente. Nessa altura, algumas

perguntas são essenciais: tudo o que estava programado deu certo? Por que tal

atividade deu errado? Como pode-se melhorar para os próximos meses? Com as

respostas dessas perguntas em mãos, inicia-se o replanejamento. Toda comunidade

escolar participa da elaboração do planejamento porque ele influencia a escola inteira.

Portanto, devem comparecer aos encontros os gestores, os professores e os

funcionários. Os membros da equipe discutirão o funcionamento da instituição como

um todo, e também, as funções pelas quais são responsáveis. Isso significa que todos

devem pensar juntos sobre qual é a missão e os objetivos da escola, por exemplo. Ao

realizar-se, o planejamento de forma integral significa conhecer a realidade e as

necessidades da comunidade escolar, estabelecer metas e objetivos, destinar recursos

financeiros e materiais e gerir tempo e pessoas.

Assim, é possível antecipar problemas e antever ações para contribuir com o

desenvolvimento educacional dos alunos. Em poucas palavras, o planejamento

significa conhecer a realidade e as necessidades da comunidade escolar, estabelecer

metas e objetivos, destinar recursos financeiros e materiais e gerir tempo e pessoas.

Assim, é possível antecipar problemas e antever ações para contribuir com o

desenvolvimento educacional dos estudantes.

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99

4.2 CALENDÁRIO ESCOLAR

Este estabelecimento de Ensino elaborará anualmente o calendário escolar

próprio de acordo com instrução especifica da SEED. Após a elaboração, o Calendário

Escolar será encaminhado para apreciação e aprovação do Conselho Escolar e

posteriormente será enviado ao Núcleo Regional de Educação para a homologação. A

Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu artigo nº 24, inciso

I, determina uma carga horária mínima anual de 800 (oitocentos) horas, distribuídas por

um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar. A carga horária deverá

ser cumprida por todas as instituições de ensino que ofertam a Educação Básica. Para

o curso Técnico em Administração Nível Médio Integrado está constituída em 4.000

horas dividida em quatro anos e o Curso Técnico de Administração Subsequente em

1.200 horas dividido em um ano e meio, ou seja, dois semestres.

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100

4.3 AÇÕES DIDÁTICASPEDAGÓGICAS

O ato operacional esquematiza as mudanças significativas a serem alcançadas,

e define as grandes linhas de ação e a reorganização do trabalho pedagógico da

escola na perspectiva administrativa, pedagógica, financeira e político educacional. Em

relação às realidades em que a qualidade é levada em consideração, tem-se o alicerce,

ou melhor, a pedra angular de toda prática pedagógica bem sucedida. A todo o

momento o ser humano planeja suas ações, suas decisões, seu trabalho, sua vida,

enfim, com o ofício docente não é diferente. As boas práticas em sala de aula mostram

eficientes e eficazes no cenário educacional justamente porque foram planejadas, a

partir de uma postura reflexiva sobre a prática a ser empreendida.

O plano de ação da Escola, do Gestor, do Pedagogo, do Professor e do Agente

de Execução é à base de todo o currículo escolar. Planos de ensino, diretrizes,

parâmetros, planos anuais, planos de aula, planos de atividade, todos, cada um em sua

instância, são tarefas a serem cumpridas, visando sempre um ensino de qualidade. É a

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101

partir do plano de ação destas instâncias que o professor, o pedagogo, o gestor, enfim,

a escola, podem reanalisar sua atuação e possibilitar um resultado eficaz e eficiente.

Assim, entendem-se que é importante desencadear um processo de repensar todo o

ensino, buscando um significado transformador para os elementos curriculares básicos:

- objetivos da educação escolar (para que ensinar e aprender?);

- conteúdos (o que ensinar e aprender?);

- métodos (como e com o que ensinar e aprender?);

- tempo e espaço da educação escolar (quando e onde ensinar e aprender?);

- avaliação (como e o que foi efetivamente ensinado e aprendido?).

4.3.1 Redimensionamentos da organização do trabalho pedagógico

Faz necessário redimensionar, reconstruir o projeto pedagógico institucional

para que passe a integrar todas as ofertas formativas em um conjunto sistêmico,

consistente, coerente e intencionado de atividades pedagógicas, voltadas,

indissociavelmente, para o ensino, a pesquisa e a extensão, que devem ocorrer em um

ambiente de constante interação com o mundo do trabalho e a sociedade em geral.

Além disso, a ação da Instituição deve estar fundamentada pelos princípios

emanados da Constituição Federal e da LDB, de forma que suas ações educativas

devem ser pautadas pelos seguintes princípios: liberdade de aprender, ensinar,

pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e

de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância; valorização do

profissional da educação; gestão democrática; garantia de um padrão de qualidade;

valorização de experiência extraescolar; e vinculação entre a educação escolar, o

mundo do trabalho e as práticas sociais.

4.4 CELEM (CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRA MODERNA)

Curso de Língua Espanhola oferecido gratuitamente nas escolas públicas

estaduais de educação básica aos alunos, professores, funcionários e também à

comunidade escolar como um curso extracurricular. No estado do Paraná, o CELEM

trabalha com os idiomas: espanhol, inglês, alemão, francês, mandarim, polonês e

ucraniano. Professores e funcionários da rede pública podem frequentar as aulas do

CELEM, aos quais são disponibilizadas 10% das vagas. Já para os membros da

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102

comunidade que comprovem ter no mínimo ensino fundamental inicial completo são

ofertadas 30% das vagas. O CELEM entra como uma opção para as escolas.

Nesta instituição o CELEM contempla o Espanhol e esta língua, objeto de

estudo, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se

fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o ensino de

Espanhol na Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender línguas, é também ensinar

e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar

subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos

comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido.

As aulas de Espanhol se configuram como espaços de interações entre

professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que revelam-se no

dia-a-dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-políticas-econômicas

da nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica

a respeito do papel das línguas na sociedade.

Com objetivos de promover a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna

(LEM) Desenvolver a compreensão de valores sociais;

- Adquirir conhecimentos sobre outras culturas.

O ensino de LEM justifica-se com prioridade, pelo objetivo de desenvolver a

competência comunicativa (linguística, textual, discursiva e sociocultural), ou seja, este

desenvolvimento deve ser entendido como a progressiva capacidade de realizar a

adequação do ato verbal às situações de comunicação.

O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados (DCE, 2008, p. 63). “O trabalho realizado através do CELEM tem contribuído de maneira significativa na realidade educacional do Paraná com oportunidades de melhoria na perspectiva profissional, conhecimento das línguas e preservação da cultura das etnias formadoras do seu povo” “Não se habita um país, habita-se uma língua” (Emil Cioran, filósofo romeno).“Não conhece nem a sua própria língua quem somente ela conhece” (CELEM/DEB/SEED, 2011).

Essa concepção de escola orienta para uma aprendizagem específica,

colocando em perspectiva o seu aspecto formal e instituído, o qual diz respeito aos

conhecimentos historicamente sistematizados e selecionados para compor o currículo

escolar. Nesse sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada

em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem

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103

(internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes

conscientizarem-se da necessidade de “...uma transformação emancipadora. É desse

modo que uma contra consciência, estrategicamente concebida como alternativa

necessária à internalização dominada colonialmente, poderia realizar sua grandiosa

missão educativa” (MÈSZÁROS, 2007, p. 212).

Um projeto educativo, nessa direção, precisa atender igualmente aos sujeitos,

seja qual for sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às

possíveis necessidades especiais para aprendizagem. Essas características devem ser

tomadas como potencialidades para promover a aprendizagem dos conhecimentos que

cabe à escola ensinar, para todos. Dentro desta perspectiva o Celem – Espanhol tem

por objetivos:

· Capacitar os alunos a ler, interpretar e produzir textos orais e escritos, em Língua

Espanhola, constituindo-se em mais uma possibilidade de ampliação do universo

cultural, favorecendo o acesso e a apropriação do conhecimento de outra língua.

Estabelecendo relações de compreensão da Cultura Espanhola, vivenciada no

cotidiano social.

· Propiciar e promover atividades que possibilitem ao aluno o uso oral e escrito de

Língua Espanhola, tornando-o cada vez mais competente e capaz de organizar seus

discursos dentro de uma nova língua, adquirindo domínio da Língua Espanhola, e

assim compreender as diversidades linguísticas.

Desenvolver o uso da Língua Espanhola considerando as peculiaridades

linguísticas e culturais que a envolvem, e assim fazendo com que o aluno tenha a

oportunidade de aprender sobre si mesmo e sobre a pluralidade mundial, marcada

culturalmente de diversas maneiras e, mais especificamente, sobre todo o mundo

hispânico.

Empregar elementos gramaticais como forma da estrutura e organização da

Língua Espanhola, envolvendo a construção de significados, de conhecimentos e

análise, adequando os recursos expressivos à variedade e estilo nos diferentes

contextos comunicativos.

Oportunizar ao aluno o contato direto com a Língua Espanhola e suas variadas

situações linguísticas, estabelecendo maiores possibilidades de proporcionar

aprendizagem dos conhecimentos que estão em constante transformação. Fazendo

Page 104: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

104

com que o aluno, reflita mais sobre sua cultura, sua forma de comunicação, e analise o

seu entorno social com maior profundidade.

Através da leitura, oralidade e escrita, oportunizar ao aluno a possibilidade de

construção do seu conhecimento, a formação cidadã, a oportunidade de adquirir o

domínio de Língua Espanhola e assim, a comunicação e a partilha com semelhantes e

diferentes.

4.5 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIDADECURRICULAR

• Reunião no início do ano com pais ou responsáveis para apresentação da

equipe pedagógica da escola, objetivos, conteúdos e cronogramas; Convite para

encontros posteriores de formação;

• Encontros para pais ou responsáveis com profissionais que trabalham com

formação pessoal, autoestima e limites;

• Proporcionar encontros com os pais a fim de orientá-los quanto ao auxílio de

seus filhos nos estudos e quanto aos distúrbios emocionais, que por ventura, sofram;

• Entrevistar alunos, pais ou responsáveis para detectar influências do meio

familiar prejudicial ao aprendizado e à conduta do aluno;

• Encaminhamento de alunos para profissionais competentes ou grupo de apoio e

acompanhamento;

Visitas dos alunos dos cursos técnicos as industrias para conhecerem como

funcionam as mesmas;

Palestras que venham de encontro com os anseios dos alunos e também com

temas da realidade local;

Visitas dos alunos à UFFS e visitas dos alunos das séries finais as demais

faculdades mais próximas demais com o objetivo de conhecer os cursos a que ofertam.

Entendida numa concepção político pedagógico e de instituição capaz de

colaborar na formação humana e cidadã do educando, colocando a classe trabalhadora

no processo de transformação das relações sociais, visando à diminuição da exclusão

a que é submetida a grande maioria da população em relação aos benefícios e

serviços produzidos pela sociedade, entre eles, especialmente, o escolar,

possibilitando a construção da cidadania. A instituição escolar tem como compromisso

garantir o acesso aos saberes elaborados socialmente, pois, esses constituem-se

como instrumento para o desenvolvimento, a socialização, o exercício da cidadania

Page 105: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

105

democrática e a atuação no sentido de reformular as deformações dos conhecimentos,

as imposições de crenças dogmáticas e a petrificação de valores.

A escola, ao tomar para si a finalidade de formar cidadãos capazes de atuar

com competência e dignidade na sociedade, buscará eleger, como objetos de ensino,

conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que marcam cada

momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as consideradas essenciais

para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres. Portanto, ainda é

necessário que a instituição escolar garanta um conjunto de práticas planejadas com o

propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de maneira crítica e construtiva

dos saberes.

A escola, por ser uma instituição social com propósito explicitamente educativo,

tem o compromisso de intervir efetivamente para promover o desenvolvimento e a

socialização de seus alunos. É nesse universo que o aluno vivência situações

diversificadas que favorecem o aprendizado, para dialogar de maneira competente com

a comunidade, aprendendo a respeitar e a ser respeitado, a ouvir e a ser ouvido, a

reivindicar direitos e a cumprir obrigações, a participar ativamente da vida científica,

cultural, social e política do país e do mundo O professor deve assumir o papel de

motivador e articulador na busca de recursos que atendam à necessidade de

aprendizagem do aluno, sensibilizando-o na construção do conhecimento e propiciando

ambiente sócio afetivo favorável ao alcance da autonomia intelectual, moral e social,

utilizando- se de todos os recursos disponíveis.

A inclusão de alunos público alvo da Educação Especial é um grande desafio,

pois muitos professores da classe comum alegam desconhecimento para o

atendimento pedagógico a esse grupo de alunos, apoiados em um discurso de que não

foram preparados para ensinar alunos com necessidades educacionais especiais.

Diante desta realidade, é fundamental que o professor da classe comum seja orientado

à busca de novas práticas educativas. Por sua vez, os professores da Educação

Especial, por serem especializados e por acumularem conhecimentos no trabalho

pedagógico, deveria atuar como apoio aos professores das diferentes disciplinas na

escolarização desses alunos no contexto comum de ensino. Desta forma, Brizolla

(2009) destaca que a Educação Especial e o ensino comum devem estabelecer um

trabalho de cooperação, pois, se de um lado a Educação Especial dispõe de serviços e

recursos especializados para o atendimento das especificidades dos alunos com

Page 106: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

106

necessidades educacionais especiais, por outro lado, o ensino comum responsabiliza-

se pela escolarização desses alunos. Nesse sentido, é estabelecida uma relação de

parceria e colaboração entre os níveis educacionais e a modalidade de Educação

Especial, na qual uma categoria depende da outra para a realização do trabalho

pedagógico, ou seja, cooperam.

Para que o trabalho colaborativo e das diferentes disciplinas ocorra com

sucesso, é necessário que os profissionais envolvidos mantenham um diálogo

constante, somem suas responsabilidades quanto ao processo de ensino, e após

conhecer as necessidades e potencialidades do aluno, estabeleçam objetivos comuns

a serem alcançados, como possibilitar o acesso e a flexibilização curricular, a avaliação

diferenciada, a organização de metodologia e estratégias pedagógicas, de forma a

atender às necessidades educacionais especiais dos alunos..

4.6 FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Inclusão Educacional é o direito à igualdade de oportunidades, o que não

significa um “modo igual” de educar a todos e sim de dar a cada pessoa o que

necessita, em função de suas características e necessidades educacionais. O conceito

de inclusão parte de um paradigma no qual a deficiência não é responsabilidade

exclusiva de quem a tem, cabendo à sociedade modificar-se para propiciar uma

inserção total da qualquer pessoa, independentemente de seus déficits ou

necessidades.

Sociedade, aqui, representada pela escola, uma vez que estamos tratando da

inclusão educacional. Falamos em um paradigma porque na busca pelo atendimento

às necessidades educacionais das pessoas com deficiência, historicamente, a

Educação já passou por vários momentos, podemos dizer, das práticas de extermínio à

inclusão - proposta atual.

A inclusão, portanto, requer uma revolução de paradigmas. Não significa apenas

colocar pessoas “diferentes” num lugar em que não costumavam estar, a classe

regular. Significa não mais conceber as necessidades especiais como imutáveis ou

incapacitantes. Significa, ademais, rever o papel da escola e conscientizá-la de que sua

responsabilidade é educar a todos, sem discriminação. Logicamente, isso exige uma

reviravolta estrutural na sociedade, como um todo (KAFROUNI e SOUZA PAN, 2001,

p. 33).

Page 107: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

107

Onde buscar amparo legal, para as ações inclusivas no cotidiano da escola?

Existem inúmeros documentos internacionais e nacionais que tratam do atendimento

às pessoas com deficiência no campo educacional, os quais orientam, recomendam

e/ou determinam como deve ser o processo inclusivo nas escolas regulares. A

flexibilização do ensino na inclusão de alunos com deficiência, que apresentam

necessidades educacionais especiais na sala de aula comum do ensino regular,

evidenciou que a prática pedagógica tradicional, baseada apenas na transmissão de

conhecimento, é ineficaz para ensinar grande parte dos alunos.

De acordo com Blanco (2004), a escola, tradicionalmente, focalizou sua atenção

em satisfazer necessidades comuns, delineando objetivos sem considerar as

características específicas de cada aluno. Essa postura tradicional, no âmbito

curricular, é demonstrada por propostas rígidas e homogeinizadoras, que

desconsideram os diversos contextos nos quais ocorrem os processos de ensino e

aprendizagem. Como consequência, é possível observar a alta ocorrência de

dificuldades de aprendizagem, repetências, absenteísmo e fracasso escolar (BLANCO,

2004).

O movimento de inclusão escolar revelou que a educação, com seus métodos

tradicionais, exclui cada vez mais alunos, ao invés de incluí-los (FREITAS, 2006).

Dessa forma, foi evidenciado que considerar as especificidades de cada aluno é

fundamental para garantir a qualidade de ensino para todos os alunos, e não apenas

para aqueles que apresentam dificuldades mais evidentes. Lembramos que todos os

alunos apresentam características físicas, comportamentais e emocionais próprias,

sendo que devido à existência de tais características, uma prática de ensino voltada

para um conjunto homogêneo de alunos não alcança êxito.

Segundo Perrenoud (2001), grande parte das estratégias de ensino utilizadas

pelo professor deve ser adaptada às características dos alunos, à composição da

classe e a história das relações entre os educandos e entre eles e o professor. Em

vista disso, fica clara a importância da realização de adaptações curriculares para a

inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais, principalmente para

àqueles que apresentam deficiência mental. No nosso país a necessidade de

desenvolver um currículo que garanta não apenas o acesso, mas também a

permanência na escola regular e o sucesso do aluno com deficiência estão expressos

no documento denominado Parâmetros Nacionais. Neste texto adota-se a terminologia

Page 108: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

108

necessidades educacionais especiais (NEE´s) para os alunos que apresentarem,

durante o seu processo educacional: [...] dificuldades acentuadas de aprendizagem ou

limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das

atividades curriculares, compreendidas em dois grupos: a) aquelas não vinculadas a

uma causa orgânica específica; b) aquelas relacionadas a condições, disfunções,

limitações ou deficiências; dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos

demais alunos, demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis; altas

habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar

rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes (Brasil, 2001, p. 02).

Assim, o professor tem que conhecer o processo de aprendizagem dos alunos,

entender como cada um aprende os conhecimentos historicamente acumulados

apresentados no espaço escolar. Na proposta educacional inclusiva o currículo deve

ser pautado também da ideia da diferença e não é o aluno que se ajusta, se adapta as

condições de ensino, mas a leitura do movimento da inclusão educacional é justamente

contrária, é a equipe escolar que tem que prover as mudanças necessárias para que o

aluno consiga acessar o currículo (Aranha, 2003)

4.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

A presente Proposta Pedagógica Curricular foi desenvolvida a partir de

encontros, debates, discussões e análise das reais necessidades para a escolarização

de todos, pautada nas Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná. Visa atender a

diversidade escolar oportunizando a todos a aquisição de saberes científicos e a

preparação para o exercício da cidadania. Fundamenta a organização do trabalho

pedagógico e o desenvolvimento das atividades educacionais onde os conteúdos

disciplinares devem ser tratados, de modo contextualizado, estabelecendo-se relações

entre eles, para contribuir na compreensão e a crítica das contradições sociais,

políticas e econômicas do mundo contemporâneo.

E educação, enquanto processo social deve propiciar aos alunos, jovens e

adultos oriundos de classes trabalhadoras, urbana e rural a oportunidade de analisar a

realidade de diferentes campos de conhecimento, expressar suas opiniões, exercitar a

liberdade de decisão em suas ações individuais e a condição de participação em ações

coletivas. É imprescindível a formação humana baseada nos princípios morais, éticos,

sociais e filosóficos que favoreçam o debate, a reflexão e a promoção da vida.

Page 109: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

109

Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural e a

pluralidade das identidades que caracterizam os grupos e a sociedade que compõem a

comunidade escolar. Essa pluralidade deve garantir uma interação harmoniosa na

convivência das pessoas favorecendo a inclusão e a participação de todos. Mas, só há

inclusão real e construção da cidadania na efetivação dos direitos individuais e

coletivos e a consciência do cumprimento dos deveres.

A prática educativa frente aos Desafios Educacionais Contemporâneos em todas

as disciplinas contempla análise, reflexão, discussão e problematizarão acerca das

questões da Cidadania e Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação Fiscal,

Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, e os

temas da Diversidade quais sejam Gênero e Diversidade Sexual, História da Cultura

Afro-Brasileira, Africana e Indígena e Educação do Campo.

4.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ELEMENTOS

O Projeto Político Pedagógico (PPP) compreende as propostas e programas de

ações planejadas, para serem executadas e avaliadas em função dos princípios e

diretrizes educativas. Relaciona-se, ainda, às finalidades que cada instituição pretende

alcançar, sendo um documento norteador das políticas escolares e também articulador

das intenções, das prioridades e das estratégias para a realização de sua função

social. Sintetiza bem o que se pode compreender por Projeto Político-Pedagógico,

embora utilize outra terminologia O Projeto Educativo é, visivelmente, um documento

de planificação escolar que poderia caracterizar seguinte forma, a longo prazo, quanto

à sua duração; integral quanto à sua amplitude, na medida em que abarca todos os

aspectos da realidade escolar; flexível e aberto; democrático porque elaborado de

forma participada e resultado de consensos.

Os PPP‟s apresentam uma característica prospectiva, a busca de um rumo, de

uma direção, é uma construção intencional, em busca de um compromisso coletivo, no

sentido de aperfeiçoar a realidade presente. Por ser processo, não apresenta-se de

modo linear e conclusivo, abre possibilidades de rever, de refazer, de repensar. Dessa

forma, apresenta-se como espaço para constantes mudanças, discussão das

preocupações, das práticas, das possibilidades, das limitações para o alcance dos

objetivos da escola, dos princípios e fins da Educação Nacional.

Page 110: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

110

O Projeto Político- Pedagógico da escola apresenta duas dimensões interdependentes: a política que supõe o conjunto de decisões quanto à organização, aos propósitos e aos modos operativos da escola e a pedagógica que supõe o elenco de decisões/ações de ordem educativa e pedagógica, viabilizadora de suas intencionalidades quanto à formação do cidadão. http://www.portalensinando.com.br.

A administração escolar, nela incluída o ato de planejar as ações educacionais

através do PPP, pode ser feita de forma centralizada e autoritária, ou de forma

participativa e democrática. Quando a mesma assume a forma participativa, permite

uma maior eficiência social e educacional, havendo a necessidade de ser elaborada

em conjunto com todos os interessados ao sistema educativo, sendo estes: educandos

e seus familiares, educadores, funcionários e membros da comunidade.

Neste sentido, o PPP tem a necessidade de expressar as reflexões e o trabalho

realizado em conjunto por todos os profissionais da escola, bem como às necessidades

locais e específicas de sua clientela, caracterizando o cidadão que se pretende formar.

Neste sentido, segundo Ferreira (2003, apud FERREIRA, 2006, p 17), o PPP:

[...] deve ser pensado, estudado, refletido, debatido e construído coletivamente com o que existe, no mundo, de mais atual, mais avançado e de melhor qualidade para formar “seres humanos fortes intelectualmente, ajustados emocionalmente, capazes tecnicamente e ricos de caráter.

A construção do (PPP), antes de tudo, não pode ser nem mera reprodução do

“senso comum pedagógico” vigente, nem implantação de propostas “novidadeiras”. Tal

instrumento (PPP) exige uma verdadeira e corajosa prática do senso crítico-filosófico. É

esta dimensão que fará com que a proposta seja segura, sustentável e viável. No

fundo, revelará que tipo de sociedade e de educação os envolvidos assumem.

Segundo Vasconcelos (2002, p. 183): “Aqui são expressas as grandes opções do

grupo (utopia fim). Contém os critérios gerais de orientação da instituição”.

Na concepção de Vasconcelos (2002, p. 183), os seguintes pontos são imprescindíveis

para a elaboração e construção do PPP de toda e qualquer instituição:

- Que tipo de sociedade queremos construir?

- Que tipo de homem/pessoa humana queremos colaborar na formação?

- Que finalidade queremos para a escola? Que papel desejamos para a escola em

nossa realidade?

Toda escola deve ter definida, para si mesma e para sua comunidade escolar,

uma identidade e um conjunto orientador de princípios e de normas que iluminem a

ação pedagógica cotidiana. O Projeto político pedagógico vê a escola como um todo

Page 111: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

111

em sua perspectiva estratégica, não apenas em sua dimensão pedagógica. É uma

ferramenta gerencial que auxilia a escola a definir suas prioridades estratégicas, a

converter as prioridades em metas educacionais e outras concretas, a decidir o que

fazer para alcançar as metas de aprendizagem, a medir se os resultados foram

atingidos e a avaliar o próprio desempenho.

A escola deve ser um espaço onde todos participem do planejamento e

execução de todas as suas ações, onde o conjunto de valores, normas e relações

obedecem a uma dinâmica singular e viva (VEIGA e RESENDE, 1998). Para alcançar

tal objetivo, é necessário que o planejamento de todas as suas ações (PPP) sejam de

forma coletiva e democrática, dando a todos que estão direta ou indiretamente ligados

a escola, oportunidade de participarem da elaboração de um “projeto de vida”, de um

projeto que irá afetar de forma positiva ou não os destinos de todos que por ele serão

influenciados.

Cita-se ainda Vasconcellos (1995), que dá grande ênfase ao planejamento das

ações educacionais, afirmando que “cabe ao planejamento a oportunidade de repensar

todo o fazer escolar, como um caminho de formação dos educadores e dos educandos,

bem como de humanização, de desalienação e de libertação.” Nesse contexto o projeto

político pedagógico, passa a ser um instrumento democrático para que a comunidade

escolar possa se organizar e construir dentro de seu espaço, a sua autonomia, que

será o impulsionador da descentralização de suas ações e o fortalecimento de atitudes

democráticas e comunicativas.

A autonomia e a gestão democrática da escola pública a qual nos referimos, se

faz necessária para a democratização do espaço escolar e das ações por ela

planejada. A montagem do seu plano de educação com base em um “projeto de vida”,

que deve envolver toda a comunidade, tornando essa escola um local de educação

para todos e não apenas para os seus alunos, permitindo com isso, mobilizar essa

comunidade na construção de um projeto que permita o surgimento de uma nova

sociedade, onde a sua cultura e os seus valores possam ser preservados e ensinados,

e que todos possam participar dos rumos dessa nova escola. Para nós, esse projeto é

o Projeto Político-Pedagógico.

Page 112: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

112

4.9 CURRÍCULO COMO ELEMENTO FUNDAMENTAL NA ORGANIZAÇÃO DA

ESCOLA E SUA RELAÇÃO COM O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O currículo pode ser definido pelo conjunto de saberes produzidos na escola.

Ele reflete todas as experiências em termos de conhecimento que serão

proporcionados aos alunos de um determinado curso.

O mais antigo e persistente significado que se associa a currículo é o de

matérias, geralmente organizadas como disciplinas escolares que foram escolhidas

para serem ensinadas a alguém. Frequentemente tanto para educadores como leigos,

o currículo é, ainda, equivalente ao conteúdo dos livros de texto usados pelos

professores nas suas aulas. Muitas vezes, também, o currículo é visto como um

programa publicado (ou impresso) ou um guia para os professores de uma disciplina ou

conjunto de disciplinas.

No Brasil, não existe um currículo único nacional, porém, os Parâmetros

Curriculares Nacionais trazem como sugestão, uma forma de definição das disciplinas

e distribuição dos conteúdos entre os componentes curriculares propostos. Devido à

dimensão territorial e à diversidade cultural, política e social do país, nem sempre os

Parâmetros Curriculares chegam às salas de aula.

Falar em currículo escolar é falar também na vida do aluno e da escola em

constante e em dinâmica ação, ou seja, educandos e educadores, no espaço escolar,

constroem e formam, através de processos de valorização e do cotidiano que

vivenciam, o currículo ideal para o desenvolvimento de habilidades necessárias ao

desempenho escolar dos alunos. Mesquita (in http://www.webartigos.com) apresenta

ainda outras características do currículo nos dias atuais:

[...] o currículo escolar passa a ser definido como sendo todas as situações vividas pelo aluno dentro e fora da escola, seu cotidiano, suas relações sociais, as experiências de vida acumuladas por esse aluno ao longo de sua existência, as quais contribuem para a formação de uma perspectiva construcionista educacional. [...] Logo, o que se quer dizer é que a escola deve buscar na experiência cotidiana do aluno elementos que subsidiem a sua ação pedagógica e, ao mesmo tempo, recursos que contribuam para a formação do currículo escolar.

Todas as atividades de cunho educativo que venham a ser exploradas pela

escola constituem elementos essenciais e de mesma importância na formação do

currículo escolar, o qual interfere de maneira significativa na formação do caráter e da

personalidade dos alunos. Considerando que a personalidade humana se caracteriza

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113

pelo modo próprio de ser apresentado por cada indivíduo, acredita-se na força de sua

expressão como fator operante nas teorias do currículo.

O currículo escolar é importantíssimo por ser um instrumento que norteia o

trabalho desenvolvido na escola, e ser marcado pela visão de mundo da sociedade do

momento; e sua prática reflete na visão de mundo expressado nos documentos

orientadores por meio das formas efetivas de ação dos agentes educacionais, e, dos

valores, normas, hábitos, atitudes que governam as relações nas salas de aula.

Nesse sentido, o currículo é o mediador entre escola e comunidade, e ao realizar

essa mediação, o currículo possibilita a construção da ação pedagógica através da

articulação entre os conhecimentos construídos na prática social e transmitidos,

organizados e transformados na pratica escolar, por isso, o currículo também precisa

estar em consonância com o Projeto Político-Pedagógico da instituição.

Em contrapartida tem-se que a perfeita observação de todos esses elementos

direciona à verdadeira práxis do currículo, ou seja, a articulação entre a teoria e a

prática curriculares em sala de aula. Construir o currículo na sala de aula requer

profissionalismo e competência por parte dos professores quanto à utilização de uma

importante ferramenta pedagógica: a vivência sociocultural das crianças.

Além do Currículo explícito na prática escolar, existe também o Currículo oculto

o qual não é tão aparente aos nossos olhos, porém pode ser muito significativo na vida

escolar e na percepção do aluno. Um exemplo da presença do currículo oculto nas

salas de aula é a própria forma de organização da classe. Geralmente as carteiras são

dispostas em filas indianas em que cada aluno tem sua atenção voltada sempre para

frente com o fim único de interromper toda e qualquer forma de comunicação com os

outros alunos. Esse exemplo é reflexo de uma grande relação de poder em que o

professor ocupa a posição central da sala e é detentor do conhecimento produzido e

acabado. Os alunos são considerados como sujeitos pacientes desse tipo de

organização educacional e, no geral, são simples reprodutores do conhecimento

recebido.

Para a perspectiva crítica, o que se aprende no currículo oculto são fundamentalmente atitudes, comportamentos, valores e orientações que permitem que crianças e jovens se ajustem da forma mais conveniente às estruturas e às pautas de funcionamento, consideradas injustas e antidemocráticas e, portanto, indesejáveis, da sociedade capitalista. Entre outras coisas o currículo oculto ensina, em geral, o conformismo [...] Numa perspectiva mais ampla, aprendem-se através do currículo oculto, atitudes e valores próprios de outras esferas sociais, como, por exemplo, àqueles ligados

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114

à nacionalidade (SILVA, 2005, p. 29).

Assim, o currículo oculto transforma a escola em um espaço de transmissão da

doutrina capitalista, a qual, segundo SILVA (2005) produz e legitima os interesses

econômicos e políticos das elites empresariais. O que ocorre é que a escola, de modo

particular a sala de aula, passa a ser um local exclusivo do reprodutivismo dos valores,

das atitudes e dos comportamentos da classe privilegiada. Estes elementos acabam

sendo impostos nos currículos escolares, mas não são parte integrante da vida e do

cotidiano de muitas crianças, as quais são preparadas para a absorção de uma cultura

que não as satisfaz e que, portanto, nada tem a contribuir em sua formação.

Contudo, o currículo oculto reproduz, através da cultura escolar, as estruturas

sociais e a ideologia dominante do capitalismo. Com isso, o currículo oculto interfere na

subjetividade dos alunos, os quais passam a ser inibidos e impedidos de manifestarem-

se quanto à própria atuação no mundo. Vale ressaltar que o currículo escolar precisa

ser analisado e elaborado com muita atenção e reflexão, pois os currículos em nossas

escolas atendem a massificação do ensino, ou seja, não se planeja para cada aluno,

mas sim para muitos alunos, numa hierarquia de séries.

Numa proposta de Projeto de aprendizagem é preciso rever essa organização

curricular, pois, a proposta é trabalhar projetos com grupos de alunos que tenham

interesses comuns, partindo deles a escolha dos temas de estudo. Daí a ideia de

disciplina aos poucos vai se tornando interdisciplinar, e o professor poderá organizar

para que, alguns temas sejam trabalhados em todos os grupos, explorando a

criatividade e os diferentes pontos de vista. Nessa perspectiva, a ideia da

aprendizagem de determinados conteúdos por séries, deixa de ter sentido, pois nessa

dimensão nos apoiamos nas ideias de Piaget, onde a aprendizagem parte daquilo que

o aluno já sabe, ou seja, das suas certezas provisórias em busca das respostas às

suas dúvidas, e essas respostas poderão abranger diferentes séries e disciplinas,

enriquecendo a grade de conteúdos.

Dessa forma, a construção e reconstrução do currículo devem ser a todo

instante refletidos e como tais eles não seguem uma direção única, mas de acordo com

cada contexto as reflexões serão diferentes. Nesta perspectiva, o Projeto Político-

Pedagógico e a prática pedagógica devem estar diretamente relacionados ao currículo

e ao local em que estes se concretizarão.

Page 115: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

115

4.10 CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA

O Currículo Escolar proposto pelo artigo 26 da lei 9394/96 está estruturado em

disciplinas ou componentes curriculares, segundo uma lógica conservadora que induz

à transmissão de um conteúdo fragmentado ao aluno.

Entende-se que devemos romper com essa lógica conservadora, trabalhando o

currículo de forma integrada e interdisciplinar, a fim de reduzir o isolamento e a

fragmentação. Nesse sentido compete aos professores discutirem os fatores que

condicionam a seleção e a organização dos conteúdos curriculares.

A nova LDB, Lei 9394/96, no seu artigo 12, inciso I estabelece, que os

estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de

ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica, baseada

em sua grade curricular.

Para isso, faz-se necessário que a escola, ao tomar para si o objetivo de formar

cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade, realize junto

com sua equipe pedagógica e equipe docente atividades sistemáticas, cuidadosamente

planejadas, em torno das quais o conteúdo e a forma articulem-se inevitavelmente,

onde o professor e o aluno compartilhem parcelas cada vez maiores de significados

com relação aos conteúdos do currículo escolar, ou seja, o professor guia suas ações

para que o aluno participe de tarefas e atividades que o façam se aproximar cada vez

dos conteúdos que a escola tem para ensinar.

A metodologia de ensino é compreendida como um instrumento eficiente e

eficaz para organizar as atividades de sala de aula com experiências

significativas.Dentro dessa visão, o professor, nessa perspectiva, deve estabelecer

uma nova relação com quem está aprendendo, passar do papel de “salista” ao de

“acompanhante”, formando não mais alguém que transmite conhecimento, mas aquele

que ajuda seus alunos a encontrar,organizar e gerir o saber, guiando, porém não

modelando os espíritos e demonstrando grande firmeza quanto aos valores

fundamentais que devem orientar toda a vida.

O trabalho pedagógico do professor consiste em averiguar o que o aluno já sabe

e como raciocina, com a finalidade de formular a pergunta precisa, no momento exato,

de modo que possa construir seu próprio conhecimento. Visando essa reflexão, o papel

do professor é promover a interação aluno/objeto de conhecimento, assim como o seu

compromisso com a formação do cidadão.

Page 116: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

116

O aluno esta construindo o conhecimento, mas o professor trabalha como

mediador dessa construção. Essa mediação não funciona com autoritarismo, com

imposição de conhecimento, porém, como um catalisador químico que, presente numa

relação, facilita ou acelera e até mesmo possibilita essa reação. Como mediador o

professor não se perde no processo, mas acelera e até possibilita a aprendizagem,

respeitando a natureza do sujeito e do objeto e, principalmente, do processo de

construção do conhecimento. Partindo principio que o aluno é quem constrói o

conhecimento em interação com o meio, o professor intervém, dispondo o ambiente

com seus materiais e instaurando um clima democrático de autonomia e reciprocidade.

4.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO DE

JORNADA – AETE

O Programa de Atividades Complementares Curriculares visa à expansão de

atividades pedagógicas realizadas na escola como complementação curricular,

vinculadas ao Projeto Político Pedagógico, a fim, de atender às especificidades da

formação do aluno e de sua realidade. Tem como, a expansão gradativa da jornada

escolar e da Educação em Tempo Integral para a Educação Básica Estadual do

Paraná.

Este Programa deve ser concebido como um projeto educativo, integrado, coma

ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas, visando maior abrangência

do sistema educacional através do contato com os equipamentos sociais e culturais

existentes na escola em que está situada. Assim, este Programa estará contribuindo

para uma cidade educadora visualizando e ampliando as possibilidades educativas fora

do espaço escolar, ou seja, espaços externos poderão ser usados em parcerias com

órgão se entidades locais, sempre de acordo com o Projeto Político Pedagógico da

escola.

O Programa de Atividades Complementares Curriculares funcionará em contra

turno, na nossa instituição é ofertado à modalidade de voleibol e atenderá os anseios

da comunidade visando obter resultados para o aluno escola e comunidade. O

Programa será organizado por área de conhecimento articuladas aos componentes

curriculares nos seguintes macrocampos: aprofundamento da aprendizagem; as aulas

especializadas em treinamento esportivo constitui-se, de atividades integradas ao

Currículo Escolar, que oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do

Page 117: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

117

aluno. O atendimento do programa é para alunos que se encontram em situação de

vulnerabilidade social, bem como para as necessidades sócio educacionais,

considerando o contexto social descrito no Projeto Político Pedagógico da Escola e o

baixo IDEB.

A oferta das Atividades Complementares Curriculares em contra turno, foi

regulamentada na e na Instrução n.º 007/2012- Seed/Sued, e deve estar

contemplada nos projetos políticos-pedagógicos, garantindo desta forma a

continuidade das atividades. Para tanto, é necessário que a escola estabeleça critérios

de avaliação das atividades complementares ofertadas, observando os benefícios para

a comunidade escolar.

As Atividades Complementares Curriculares em contra turno estão organizadas

nas áreas do conhecimento, articuladas aos componentes curriculares, nos seguintes

Macrocampos: Aprofundamento da Aprendizagem, Experimentação e Iniciação

Científica, Cultura e Arte, Esporte e Lazer, Tecnologias da Informação, da

Comunicação e uso de Mídias, Meio Ambiente, Direitos Humanos, Promoção da

Saúde, Mundo do Trabalho e Geração de Rendas.

Por meio desse programa, cada escola pode propor uma atividade de ampliação

de jornada por modalidade de ensino, cujo objetivo é: promover a melhoria da

qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades

educativas em contra turno, na escola ou no território em que ela está situada, a fim de

atender às necessidades sócio educacionais dos alunos; ofertar atividades

complementares ao currículo escolar vinculadas ao Projeto Político Pedagógico da

Escola, respondendo às demandas educacionais e aos anseios da comunidade;

Possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade,

democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

4.12 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Uma equipe multidisciplinar pode ser definida como: “um grupo de indivíduos

com contributos distintos, com uma metodologia compartilhada frente a um objetivo

comum, cada membro da equipe assume claramente as suas próprias funções, assim

como os interesses comuns do coletivo, e todos os membros compartilham as suas

responsabilidades e seus resultados” (ZURRO, FERREROX e BAS,1991, p. 29).

Page 118: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

118

Quando fala-se em equipe multidisciplinar não pode-se deixar de falar em

interdisciplinaridade. Segundo Severino (1989) a interdisciplinaridade implica no plano

prático operacional em que se estabelece mecanismos e estratégias de efetivação de

um diálogo solidário no trabalho científico, tanto na prática da pesquisa no ensino.

A interdisciplinaridade é fundamentada num regime de cooperação,

possibilitando o diálogo entre as diversas áreas, o que leva a uma interação, condição

indispensável para a efetivação do trabalho em equipe. Uma equipe multidisciplinar de

apoio a educação, visa, inicialmente, encaminhar os alunos com dificuldade de

aprendizado, transtorno de déficit de atenção, hiperatividade, dificuldades

socioeconômicas que, atrasam e dificultam não somente o aprendizado, mas, na

maioria das vezes, inviabilizam o trabalho em sala de aula do professor que, em razão

do total desconhecimento de como agir, eis que, sua missão é transmitir

conhecimentos, educar, sente-se frustrado, angustiado e, sedento de ajuda.

A Equipe multidisciplinar de Educação criada é atualmente composta por um

Pedagogo, um Agente Educacional, um Representante das Instâncias Colegiadas, um

Professor/a da área de Humanas, um Professor/a da área de Exatas e um Professor/a

da área de Biológicas, e, bem como aponta os profissionais necessários ao aluno,

visando assegurar seu aprendizado, elevara autoestima, evitando a evasão escolar e

condutas antissociais. Os mesmos se reúnem a cada quinze dias, nas escolas e em

turno contrário com o objetivo de planejar as atividades a serem trabalhadas em sala

de aula e na escola com a comunidade escolar; também utiliza-se espaços públicos

para gincana e apresentações dos alunos com tema referente ao assunto, tais como:

dança, teatro, poemas, músicas, paródias, etc.

4.13 PLANO DE CURSO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Educação Profissional, em nível médio, será desenvolvida de forma integrada

ou subsequente ao Ensino Médio e Educação Profissional Integrada à Educação de

Jovens e Adultos, visando à formação humana para apreensão dos conhecimentos

sócio históricos, científicos e tecnológicos.

§ 1º - Serão observados os seguintes princípios:

a – articulação com a Educação Básica; b – o trabalho como princípio educativo; c – integração com o trabalho, a ciência, a cultura e a tecnologia; d – estímulo à educação permanente e contínua.

Page 119: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

119

A Educação Profissional deverá garantir ao aluno uma sólida formação

científico-tecnológica, indispensável ao exercício da cidadania, à efetiva participação

nos processos sociais e produtivos e à continuidade dos estudos

4.14 INTRODUÇAO GERAL DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

Nos últimos tempos, as mudanças e a evolução da humanidade têm

impressionado a todos quanto à velocidade e as exigências que os novos tempos

imprimem. A educação institucionalizada e principalmente a escola preocupada com os

problemas que afetam a humanidade, pode através do conhecimento científico mudar a

realidade. É necessário conscientizar-se das novas exigências para o processo de

ensino e aprendizagem. As diretrizes curriculares norteiam a atividade educativa. A

legislação atual da educação, Lei 9394/96 garante o acesso, a permanência, o padrão

mínimo de qualidade de ensino e o estabelecimento da proposta curricular a ser

trabalhada para o desenvolvimento do aluno.

A Proposta Pedagógica Curricular visa atender a diversidade escolar

oportunizando a todos a aquisição de saberes científicos, e a preparação para o

exercício da cidadania. Fundamenta a organização do trabalho pedagógico e o

desenvolvimento das atividades educacionais onde os conteúdos disciplinares devem

ser tratados, de modo contextualizado, estabelecendo-se relações entre eles, para

contribuir na compreensão e a crítica das contradições sociais, políticas e econômicas

do mundo contemporâneo. E educação, enquanto processo social deve propiciar aos

alunos, jovens e adultos oriundos de classes trabalhadoras, urbana e rural a

oportunidade de analisar a realidade de diferentes campos de conhecimento, expressar

suas opiniões, exercitar a liberdade de decisão em suas ações individuais e a condição

de participação em ações coletivas.

Não há como pensar em construção da cidadania, a qual se traduz em

consciência real dos direitos e deveres como forma de garantir a autonomia pessoal, se

não houver inclusão social. A mesma não limita à inserção física das pessoas com

necessidades educacionais especiais. Em sentido amplo, a inclusão é o processo que

garante a efetivação dos direitos individuais e coletivos. É a plena integração dos

sujeitos no ambiente social em todos os aspectos e dimensões: econômico, político,

educacional, cultural e outros, para compartilhar saberes, de reconheceras diferenças e

promover a aprendizagem e apropriação do conhecimento científico.

Page 120: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

120

É imprescindível a formação humana baseada nos princípios morais, éticos,

sociais e filosóficos que favoreçam o debate, a reflexão e a promoção da vida. Essa

compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural e a pluralidade das

identidades que caracterizam os grupos e a sociedade que compõem a comunidade

escolar.Essa pluralidade deve garantir uma interação harmoniosa na convivência das

pessoas favorecendo a inclusão e a participação de todos. Mas, só há inclusão real e

construção da cidadania na efetivação dos direitos individuais e coletivos e a

consciência do cumprimento dos deveres.

A prática educativa frente aos Desafios Educacionais Contemporâneos em todas

as disciplinas contempla análise, reflexão, discussão e problematização acerca das

questões da Cidadania e Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação Fiscal,

Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, e os

temas da Diversidade quais sejam Gênero e Diversidade Sexual, História da Cultura

Afro-Brasileira, Africana e Indígena e Educação do Campo.

4.14.1 Justificativa

A reestruturação Curricular do Curso Técnico em Administração visa o

aperfeiçoamento na concepção de uma formação técnica que articule trabalho, cultura,

ciência e tecnologia como princípios que sintetizem todo o processo formativo. O plano

ora apresentado teve como eixo orientador a perspectiva de uma formação profissional

como constituinte da integralidade do processo educativo. Assim, os componentes

curriculares integram-se e articulam-se garantindo que os saberes científicos e

tecnológicos sejam à base da formação técnica. Por outro lado, as ciências humanas e

sociais permitirão que o técnico em formação se compreenda como sujeito histórico

que produz sua existência pela interação consciente com a realidade construindo

valores, conhecimentos e cultura. O Curso Técnico em Administração vem ao encontro

da necessidade da formação do Técnico numa perspectiva de totalidade e constitui-se

numa atividade com crescente exigência de qualificação. A organização dos

conhecimentos, no Curso Técnico em Administração, enfatiza o resgate da formação

humana onde o aluno, como sujeito histórico, produz sua existência pelo enfrentamento

consciente da realidade dada, produzindo valores de uso, conhecimentos e cultura por

sua ação criativa.

Page 121: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

121

OBJETIVOS: a) Oferecer um processo formativo que assegure a integração

entre a formação geral e a de caráter profissional de forma a permitir tanto a

continuidade nos estudos como a inserção no mundo do trabalho; b) Organizar

experiências pedagógicas que levem à formação de sujeitos críticos e conscientes,

capazes de intervir de maneira responsável na sociedade em que vivem; c) Articular

conhecimentos científicos e tecnológicos das áreas naturais e sociais estabelecendo

uma abordagem integrada das experiências educativas; d) Oferecer um conjunto de

experiências teóricas e práticas na área com a finalidade de consolidar o “saber fazer”;

e) Destacar em todo o processo educativo a importância da preservação dos recursos

e do equilíbrio ambiental; f) Propiciar conhecimentos teóricos e práticos amplos para o

desenvolvimento de capacidade de análise crítica, de orientação e execução de

trabalho na área de administração; g) Formar profissionais críticos, reflexivos, éticos,

capazes de participar e promover transformação no seu campo de trabalho, na sua

comunidade e na sociedade na qual está inserido.

4.15 LEGISLAÇÃO ARTICULADA AO CURRÍCULO

Legislação vigente que deve estar articulada ao currículo escolar nas etapas e

modalidades de ensino da Educação Básica. Legislação Federal Súmula Lei Federal nº

2.848/1940, artigo 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de quem tem posse ou a

detenção. Constituição da República Federativa do Brasil 1988 Artigo 5º- X e XXVIII

(direito de imagem). Lei Federal n° 8.096/1990 Estatuto da Criança e do Adolescente.

Lei Federal n° 9.394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Federal nº

10.436/2002 Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, esta é reconhecida

como meio legal de comunicação e expressão; os sistemas educacionais devem

garantir sua inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de

Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior. Lei Federal nº

10.639/2003 Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as

diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de

Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras

providências. Lei Federal nº 10.741/2003 Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras

providências.

A prática educativa frente aos Desafios Educacionais Contemporâneos em todas

as disciplinas contempla analise, reflexão, discussão e problematização acerca das

Page 122: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

122

questões da Educação Ambiental na Atualidade, Enfrentamento à Violência na Escola,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal, e os temas da Diversidade

quais sejam Educação das Relações Étnico-Raciais, de Gênero, Cultura Afrobrasileira

e Africana, Saúde e Prevenção nas Escolas e Sexualidade. A temática Educação do

Campo também será abordada

O estudo dessas temáticas visa atender a diversidade escolar oportunizando a

todos a aquisição de saberes científicos e a preparação para o exercício da cidadania.

Fundamenta a organização do trabalho pedagógico e o desenvolvimento das

atividades educacionais onde os conteúdos disciplinares devem ser tratados, de modo

contextualizado, estabelecendo-se relações entre eles, para contribuir na compreensão

e a crítica das contradições sociais, políticas e econômicas do mundo contemporâneo.

A educação, enquanto processo social deve propiciar aos alunos, jovens e

adultos oriundos de classes trabalhadoras, urbana e rural a oportunidade de analisar a

realidade de diferentes campos de conhecimento, expressar suas opiniões, exercitar a

liberdade de decisão em suas ações individuais e a condição de participação em ações

coletivas.

É imprescindível a formação humana baseada nos princípios morais, éticos,

sociais e filosóficos que favoreçam o debate, a reflexão e a promoção da vida. Essa

compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural e a pluralidade das

identidades que caracterizam os grupos e a sociedade que compõem a comunidade

escolar.

As temáticas serão trabalhadas nas diferentes áreas do conhecimento

articulados devidamente aos conteúdos de cada disciplina. Nesta perspectiva, os

“desafios educacionais e os temas da diversidade” no currículo devem pressupor ser

parte desta totalidade. Portanto eles não podem se impor à disciplina numa relação

artificial e arbitrária, devem ser “chamados” pelo conteúdo da disciplina em seu

contexto e não ao contrario transversalizando-o ou secundarizando- o (SEED/PR,

2003).

4.15.1 Cidadania e Direitos Humanos

Sabemos que a função social da escola pública é formar pessoas com

condições de compreender e atuar na sociedade, por isso a demanda de Educação

em/para os direitos humanos se faz necessária nas nossas escolas. É oportuno dizer

Page 123: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

123

que a utilização da expressão “em/para” visa remeter ao trabalho não somente teórico,

mas também, e principalmente, à prática dos direitos humanos no dia-a-dia da escola e

da sociedade.

Compreendemos então, que, os direitos do cidadão é uma prática efetiva, fruto

de conscientização política e educacional do individuo, que dotado de direitos, deveres,

pode coletivamente promover a justiça, a igualdade e a liberdade (Filosofia do direito),

portanto, Direitos Humanos apresenta-se como direitos fundamentais que todos devem

usufruir sem nenhuma discriminação étnica, social, sexual, econômica, jurídica,

política, ideológica, de nacionalidade, cor, faixa etária, profissão, condição de saúde

física e mental, religião, nível de instrução e julgamento moral, que tem como eixo

principal o reconhecimento do direito a vida, sem o qual todos os demais direitos

perdem o sentido. Eles são condições indispensáveis para se alcançar uma

convivência em que todos sejam respeitados indistintamente. Assim:

A educação para o respeito aos direitos humanos deveria ser o conteúdo mais básico, essencial, fundamental e inicial de qualquer processo educativo, afinal de contas, respeitar (o)a outro(a) pela simples condição de ser uma pessoa igual a mim (humana), deveria ser a primeira e mais importante das aprendizagens da vida de qualquer pessoa” (Volpi, 1998).

Portanto, a formação desta cultura significa criar, influenciar, compartilhar e

consolidar mentalidades, costumes, atitudes, hábitos e comportamentos que decorrem

dos valores que devem ser transformados em práticas pedagógicas na escola, através

dos conhecimentos teóricos e práticos na valorização do ser humano como pessoa

dotada de inteligência que propicia o desenvolvimento de suas potencialidades.

Dessa maneira não se trata somente de uma questão didática e pedagógica,

mas é muito mais amplo em sua complexidade, uma vez que envolve questões

culturais e históricas, marcadas por poderes arbitrários.

Quando se trata de direitos humanos trata-se também de educação para a

cidadania com a formação de cidadão participativo e solidário, consciente de seus

deveres e direitos. É um processo extremamente complexo e difícil, que pode se

concretizar a longo prazo, visto que os resultados podem se estender ao longo da vida

dos educandos.

4.15.2 Educação Ambiental (Lei 9.795/99)

A crise ambiental é marcada pela degradação socioambiental e fruto da

fragilidade dos valores que orientam a relação que se estabelece entre o ser humano e

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124

a natureza. Esta relação se intensifica ao longo do tempo de forma mais acentuada,

resultando na miséria, no consumismo e na exclusão social e econômica. Esta

deterioração gera crises que interferem no conhecimento.

Nesse contexto, a educação é vista como um processo de desenvolvimento

humano, responsável pela mudança de mentalidade a fim de compreender melhor a

educação ambiental, através de um trabalho efetivo por meio do conhecimento

sistematizado, pela formação de um sujeito histórico capaz de pensar e agir na

transformação social.

O enfoque pedagógico da Educação Ambiental deve ser abordado a partir da

realidade escolar com debates, articulações políticas e econômicas presentes nos

contextos locais, regionais, mundiais e suas consequências. A temática abordada deve

estar amparada na regulamentação que orienta o trabalho na legislação aplicada ao

Meio Ambiente, tanto no âmbito rural como urbano com vista ao desenvolvimento

humano e mudança nas estruturas políticas e sociais.

4.15.3 Educação Fiscal

A inserção da temática Educação Fiscal tem como objetivo estimular a mudança

de valores, crenças e culturas do indivíduo, na perspectiva da formação de um ser

integral, como meio de propiciar o exercício da cidadania e a transformação social.

O processo de ensino e aprendizagem pode contribuir permanentemente para o

desenvolvimento e conscientização dos direitos e deveres no que se trata do valor

social do tributo e ao controle social do estado. A prática pedagógica deve voltar-se

para a organização, mobilização e estimulo à participação social quanto às situações

tributárias, às finanças e gastos públicos do governo federal, estadual e municipal,

como também as verbas que são designados para estes.

A partir desse enfoque, a educação fiscal representa um mecanismo de

transformação social, deve se nortear pelos princípios políticos estético e ético das

Diretrizes Curriculares Nacionais, pela legislação educacional vigente, respeitando as

diretrizes nacionais, estaduais e municipais e pela autonomia das instituições de

ensino.

É necessário que haja um processo de reflexão na promoção de ações que

motivem o educando cidadão a dar conta dos problemas que o cerca e desperte para

Page 125: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

125

uma responsabilidade participativa efetiva e assumir o desafio de promover mudanças

para construir uma sociedade com novos valores.

Nesse sentido, os professores devem trabalhar com diferentes formas de

abordagem, nos conteúdos das disciplinas, contemplando reflexões acerca da função

socioeconômica dos tributos, possibilitando o conhecimento da administração pública,

bem como incentivando o acompanhamento pela sociedade, da aplicação dos recursos

públicos, criando assim, condições para uma relação democrática entre o Estado e o

cidadão.

4.15.4 Enfrentamento à Violência na Escola

A temática violência escolar, nos dias atuais, traz muitas indagações, pois, as

mudanças sociais, políticas, econômicas e demográficas influenciam para aumentar a

violência. Ao versar sobre violência afere que associa-se a desorganização da ordem,

a perda do sentido moral e ético, a perda da compreensão, causados pelo uso de

drogas, a exploração sexual, das ameaças, discussões e agressões morais e físicas. E

preciso compreender que a violência escolar acontece em tempos e espaços diferentes

como no decorrer do período escolar, dentro da sala de aula, nos ambientes internos,

na relação professor aluno.

Essa dimensão abrange a estrutura social, política econômica, cultural e familiar

que ocasiona uma desorganização e desestruturação onde surge a consequência que

recai na escola e na sociedade. A relação de poder e violência constituem-se pelas

relações entre os sujeitos da escola, inúmeros profissionais que atuam nela, como

ainda entre alunos, Arendt (1994, p.90), propõe uma concepção que procura superar o

senso comum de que poder é violência ou violência é poder e argumenta que em

verdade ela destrói o poder e que a cada diminuição no poder é um convite a violência,

esclarecendo que:

O poder só é efetivado enquanto a palavra e o ato não se divorciam, quando as palavras não são vazias e os atos não são brutais, quando as palavras não são empregadas para velar intenções, mas para revelar realidades, e os atos não são usados para violar e destruir, mas para criar relações de realidade.

Diante dessa constatação, a violência escolar não é um problema fácil de ser

resolvido, pelo fato de estar relacionada a uma situação histórica e de grande

complexidade. Estabelece-se, de um lado, pelas ações que visam o cumprimento das

leis e das normas determinadas pelos órgãos centrais e de outro pela dinâmica dos

Page 126: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

126

grupos internos que permitem a troca de ideias, palavras e sentimentos, onde criam-se

laços de afetividade entre os professores, educandos e toda a comunidade escolar.

Dessa maneira, os estabelecimentos de ensino devem ser um espaço educativo

que além da transmissão dos conhecimentos técnicos e científicos também exercem

importante função de educar, isto significa, contribuir para o desenvolvimento integral

da personalidade do educando através da formação de hábitos e atitudes positivas que

permitem ao mesmo tempo sentirem-se mais estimulados e motivados desenvolvendo

um ambiente de amizade, bem estar e segurança.

Trabalhar em parceria com a Patrulha Escolar, Conselho Municipal dos Direitos

da Criança e do Adolescente e Conselho Tutelar na prevenção e enfrentamento à

violência.

4.15.5 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas

A Prevenção ao Uso indevido de drogas tem como escopo refletir sobre o

consumo de drogas no contexto atual e as possíveis consequências geradas por elas

ao indivíduo e à sociedade.

Tratar a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas deve buscar constantemente o

conhecimento científico que vai além das discussões do campo biológico e afetivo. As

abordagens feitas por meio de palestras de orientação e prevenção devem contemplar

informações sobre seus males e consequências estimulando a questão da qualidade

de vida, bem como orientações sobre comportamento e atitudes positivas e negativas.

Apoiar e orientar o dependente químico e a família para tratamento de acordo com as

possibilidades da escola, encaminhando para as instituições competentes.

Mostrar que ter uma ocupação, trabalho e atividade de lazer é importante na

recuperação e oferecer apoio pedagógico domiciliar. Além disso, a ética é um elemento

fundamental, pois o conjunto de atitudes e sentimentos inter-relacionados, partem do

respeito ao ser humano e natureza em sua forma mais ampla, passam pela vida

pessoal, familiar, profissional e culminando nos princípios morais para a convivência

social.

4.15.6 Temas da Diversidade- Gênero e Diversidade Sexual

Gênero é um conceito construindo historicamente com a função de análise das

relações sociais entre os seres humanos, refletir sobre as diferenças de gênero entre

Page 127: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

127

os seres humanos, refletir sobre as diferença de gênero entre homens e mulheres.

Analisar como as desigualdades são produzidas e reproduzidas no cotidiano escolar

por meio da socialização é fundamental, pois, assim podem-se pensar uma educação

mais democrática, repensar conceitos e preconceitos que contribui com as relações de

dominação.

O Objetivo principal ao trabalhar gênero e diversidade sexual nas escolas é a

disseminação de práticas pedagógicas de enfrentamento ao preconceito e à

discriminação desencadeando ações que visem educar a sociedade para o respeito, a

valorização da diversidade e do ser humano. É preciso trabalhar na perspectiva de que

as pessoas não tenham os seus direitos negados por motivos que envolvam a

sexualidade e sua identidade sexual, mas que sejam respeitadas em sua orientação

sexual.

Portanto, precisa-se ficar atentos à formação continuada da comunidade

escolar, tendo em vista o conhecimento científico, a superação do senso comum e o

enfrentamento as diversas formas de violência.

4.15.7 História da Cultura Afro Brasileira Africana e Indígena (Lei 10.639/03; LEI

11.645/08)

Abrange-se, a esta proposta o trabalho com a Educação das Relações

Etnicorraciais e Afrodescendência, o cumprimento da Lei nº 10639/03 e a Lei nº

11645/08, que estabelece a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e

Indígena. Visando a promoção do reconhecimento da identidade, da história e da

cultura da população negra paranaense, assegurando e afiançando a igualdade e

valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, europeias e asiáticas a partir

do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Considera-se assim a

diversidade cultural paranaense sob uma perspectiva de inclusão e igualdade social

proposta nas Diretrizes Curriculares da educação Básica Estadual.

A História da Cultura Afro Brasileira, e Africana e Indígena reflete questões

amplas e polêmicas, uma vez que envolve e abrange a educação e a cultura de povos

no sentido de fazer um resgate, uma imagem positiva do homem negro e indígena,

sem discriminação de cor, etnia e situação social. Ainda, de acordo com a Lei nº

10.639 de 09 de janeiro de 2003, tornou-se obrigatória a inclusão nos currículos do

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128

Ensino Fundamental e Médio conteúdos relacionados à História da Cultura Afro

Brasileira e Africana, até então, inexistentes ou inadequadamente trabalhados.

É necessário e cogente que a escola como instituição educacional assuma o

compromisso de desenvolver um trabalho específico sobre o tema, com a finalidade de

resgatar, respeitar e valorizar a cultura do povo negro e indígena por intermédio do

conhecimento de sua religiosidade, hábitos, costumes, etc. A prática pedagógica

carece envolver o coletivo da escola. Com o auxilio dos professores, equipe

pedagógica, direção, funcionários e alunos, deve ser realizado um trabalho com

seriedade e responsabilidade em prol da valorização da vida.

Ao abordar a temática é importante e relevante, que os professores façam

abordagens positivas na perspectiva de contribuir para que os alunos pertencentes a

esses grupos mirem-se, bem como os demais, positivamente, quer pela valorização da

história de seu povo, da cultura de matriz africana, da contribuição para o país e para a

humanidade.

A educação das relações étnica raciais engloba a produção de conhecimentos,

assim como, de atitudes, posturas e valores que preparem os educandos para uma

vida em fraternidade e partilha, formando cidadãos conscientes e responsáveis a fim de

terem mais respeito e dignidade humana. A escola precisa investir numa interpretação

da realidade, que possibilite a construção de conhecimentos potencializadores, de

modelos de agricultura, de novas matrizes tecnológicas, da produção a economia e de

relações de trabalho e de vida que garantam a melhoria da qualidade de vida dos que

vivem e sobrevivem no e do campo, e daqueles que dele dependem, pois, não existem

espaços melhores ou piores, mas espaços diferentes que coexistem, e a educação

está presente em ambos, por isso, deve evidenciar a potencialidade e a capacidade de

cada um, considerando suas especificidades.

4.16 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A Avaliação Institucional é hoje um desafio para todas as instituições de ensino,

pois, possibilita analisar suas ações administrativas, técnicas e pedagógicas de

maneira crítica e participativa, permitindo perceber suas possibilidades e limitações,

bem como, apontar caminhos para a tomada de decisão em relação ao pensar e o agir

institucional, em busca de melhor qualidade de ensino.

Page 129: ESTADO DO PARANÁ SEED SECRETARIA DE ESTADO DA …

129

Com isso, a escola manifesta à sociedade o que quer, no intuito de melhorar-se

e para isso se torna aberta, flexível, autocrítica, revelando-se uma instituição séria e

comprometida com seu processo de qualificação. A avaliação institucional é um

momento muito importante, pois, é nesta parada para reflexão que todos os

profissionais da instituição: professores, direção, pedagogos, alunos, pais, funcionários,

A.P.M.F., Grêmio Estudantil, Conselho Escolar e outros segmentos, tomam consciência

de tudo que está funcionando na instituição e de tudo que precisa ser melhorado, ou

seja, buscam replanejar, repensar, dar outro sentido ou significado nas suas ações.

Pretendendo, portanto, diagnosticar, planejar e agir.

4.17 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP

O conhecimento das atividades propostas e apresentadas no PPP deverá ser

feita durante todo o ano letivo, por toda a comunidade escolar. Pelo menos, durante o

ano letivo deverá ser feita uma análise dos resultados atingidos e retomadas de metas,

que será organizada pela Equipe Pedagógica com a participação dos docentes,

funcionários, APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil. A escola realiza o estudo

do PPP através da hora atividade onde o pedagógico dialoga com os professores, nas

reuniões pedagógicas e nas formações em ação e de fato utilizamos o PPP. Após

análise, elaborar novas propostas de trabalho, conforme as dificuldades e problemas

encontrados. O PPP deverá ser estudado e analisado pelo menos duas vezes durante

o ano letivo com toda comunidade escolar e o mesmo estará para consulta com livre

acesso no site da instituição.

Para a elaboração e construção do PPP, foi imprimido cópias que ficaram a

disposição dos professores para lerem, analisar e fazer os apontamentos necessários.

Após para o debate e discussão do mesmo para chegar a um consenso, foi usado

quatro aulas divididas entre a semana; em seguida a esse debate entre professores, foi

estipulado uma data para que os professores trabalhassem as duas últimas aulas em

sala de aula com os alunos e registrassem a opinião dos mesmos, também, e em

reunião com membros da APMF e Conselho Escolar houve estudo e debate; onde o

PPP foi construído de maneira democrática com a participação de toda a instituição.

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130

Um mestre funciona como um catalisador, cuja simples presença estimula.

É o que o sol faz com as flores, dando-lhes Encorajando-as delicadamente.

O sol simplesmente cria o clima no qual elas podem desabrochar.

Um desejo interior surge dentro delas, as flores se abrem e começam a exalar a sua fragrância.

Exatamente como o trabalho do mestre...

Ele não pode entregara você aquilo que conhece, mas pode criar um certo campo de energia no qual suas pétalas podem se abrir, no qual as suas sementes são encorajadas, em que você pode criar coragem suficiente para dar o salto, no qual o milagre torna-se possível.

Osho

Realeza, 18 de abrilde2017.

Moacir Marchi Furtado

Diretor – Res. Nº. 741/ 2016

D.O.E. 04/03/2016

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