33
_____________________________________________________________________________________ Fatec Garça CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL LUCAS RODRIGUES HONORATO [email protected] EMPILHADEIRA AUTOMATIZADA: Automação de Ambientes de Armazenamento. Garça - SP Dezembro/2013

Fatec Garça CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA … · Garça - SP Dezembro/2013 ... O estoque de mercadorias é composto por um conjunto de prateleiras onde são ... Outra característica

  • Upload
    haduong

  • View
    217

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

_____________________________________________________________________________________

Fatec Garça

CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

LUCAS RODRIGUES HONORATO

[email protected]

EMPILHADEIRA AUTOMATIZADA: Automação de Ambientes de Armazenamento.

Garça - SP Dezembro/2013

_____________________________________________________________________________________

Fatec Garça

CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

LUCAS RODRIGUES HONORATO

[email protected]

EMPILHADEIRA AUTOMATIZADA: Automação de Ambientes de Armazenamento.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

à Faculdade de Tecnologia de Garça –

FATEC, como requisito para conclusão do

Curso de Tecnologia em Mecatrônica

Industrial.

Profº Ms. Ildeberto de Gênova Bugatti

Profº Dr. José Antônio Poletto Filho

Profº Ms. Marçal Luiz Bissoli

Data da Aprovação: 03/12/2013

Garça - SP Dezembro/2013

1

EMPILHADEIRA AUTOMATIZADA: Automação de Ambientes de Armazenamento.

Profº. Ms. Ildeberto de Gênova Bugatti e Lucas Rodrigues Honorato²

RESUMO: O objetivo desse trabalho foi projetar e construir uma empilhadeira

automatizada para ser utilizada no armazenamento de produtos e organização de

estoques. Atualmente as organizações necessitam realizar trabalhos de forma

eficiente, garantindo cada vez mais a segurança das pessoas, instalações e

processos. A robótica e a automação aliada a conceitos e técnicas da mecatrônica

possibilitam a obtenção de soluções que disponibilizam segurança e também

eficiência com aumento de produtividade. A empilhadeira automatizada

desenvolvida contribui com aumento de segurança, eficiência e organização do

estoque de empresas que atuam no mercado atacadista. Esse trabalho apresenta

resultados relevantes na logística inerente ao controle e organização do ambiente

físico e virtual de um estoque. Pois a empilhadeira estará interligada diretamente

com o sistema de controle administrativo e logístico da empresa. A segurança no

ambiente de trabalho é também obtida, tanto através da eliminação de funções

repetitivas e monótonas que podem gerar problemas de saúde e induzir acidentes

causados por operadores de empilhadeiras, quanto como a consequente

organização do tráfego de empilhadeiras no ambiente físico do estoque.

A empilhadeira desenvolvida apresenta os benefícios descritos com uma relação de

custo/benefício adequada.

Palavras-chave: Automação, Robótica, Logística, Empilhadeira, Estoque.

2

AUTOMATED FORKLIFT: Automation of Storage Environments.

Profº. Ms. Ildeberto de Gênova Bugatti and Lucas Rodrigues Honorato²

ABSTRACT: The objective of this work was to design and build an automated forklift

to be used in products storage and organization inventory. Currently organizations

need to carry out work efficiently, ensuring increasing the security of people, facilities

and processes. Robotics and automation combined with concepts and techniques of

mechatronics allow to obtain solutions that provide safety and also efficiency with

increased productivity. The developed automated forklift helps with increased safety,

efficiency and organization of the stock of companies that operate in the wholesale

market. This work presents results relevant in logistics inherent to control and

organization of the physical and virtual environment of a stock. Because the forklift

will be linked directly with the management control system and logistic company.

Safety in the workplace is also obtained, both by eliminating repetitive and

monotonous functions that can lead to health problems and induce accidents caused

by forklift operators, as the consequent organization of forklifts traffic on the physical

environment of the stock. The developed forklift presents the described benefits with

a proper benefit-cost ratio.

Keywords: Automation, Robotics, Logistics, Forklift, Inventory.

3

1 INTRODUÇÃO

Na sociedade atual e nos centros tecnológicos, há uma crescente necessidade de

se realizar trabalhos com eficácia, precisão, economia e, principalmente, com

segurança. Existem trabalhos a serem realizadas em lugares onde a presença

humana se torna difícil, arriscada e até mesmo impossível, tais como: dutos,

câmaras frigoríficas, fornos, ambientes fabris e hospitalares que apresentam

toxidade, no fundo do mar, na imensidão do espaço, locais atingidos por fenômenos

naturais, como terremotos e inundações e locais atingidos por radioatividade e

outras contaminações acidentais.

Os robôs são criados e adaptados para sobreviverem em ambientes

grosseiros, onde mesmo a vida humana não suportaria. Por exemplo, em

ambientes com elevados níveis de temperatura, radiação. Com os robôs

não se tem uma preocupação que teria com o ser humano. (CAMARGO,

Daiana e SILVA, Mario, 2010, p. 01).

Há uma crescente preocupação e leis que buscam soluções em relação à

insalubridade em ambientes de trabalho e riscos de acidentes gerados por

repetitividade e, como consequência, o entediamento e a desatenção do operador.

Para realizar esses trabalhos e evitar situações de risco, faz-se necessária a

presença de dispositivos autônomos, entre eles robôs, que realizem tarefas de

localização, deslocamento, movimentação e transporte de cargas sem colocar em

risco as pessoas ou trazer prejuízos ao patrimônio da organização.

Com um sistema de deslocamento por coordenadas, assistido via câmera, por

dispositivo de reconhecimento visual ou sistema de sensoriamento, é possível criar

dispositivos robóticos que executem diversas tarefas de movimentação e transporte

com níveis de precisão adequada para as mais diversas aplicações. A criação de

sistemas robóticos eficientes envolve pesquisa e domínio das seguintes informações

ou áreas de conhecimento: características e formas de sensoriamento, formas e

características de atuação e controle; características de dispositivos e ferramentas

instaladas no sistema robótico, formas de movimentação, localização de objetos,

identificação de obstáculos, sistemas microcontrolados e microprocessados,

tomadas de decisão e da sinergia e integração entre todas essas informações.

4

A robótica trata de máquinas multifuncionais e reprogramáveis que podem

executar tarefas normalmente associadas a seres humanos, possuindo

também a capacidade de identificar alterações nas condições e restrições

colocadas pela tarefa e/ou pelo meio envolvente, decidir quais ações que

devem ser tomadas e planejar a sua execução. (J. NORBERTO PIRES,

2002, p. 14 e 15).

A robótica é uma área que torna possível o desenvolvimento destes dispositivos; é

uma área multidisciplinar, ativa, que busca o desenvolvimento e a interação de

técnicas e algoritmos para a criação de robôs, com inteligência com capacidade

identificar analisar informações e tomar decisões confiáveis e adequadas ao

processo em execução.

O presente trabalho tem por objetivo geral o desenvolvimento de um sistema

robótico de deslocamento por coordenadas capaz de reconhecer os terrenos por

onde deve trafegar e suas obstruções e obstáculos de forma autônoma e

automatizada.

Desta forma, outros objetivos, os específicos, entram em cena, tais como:

desenvolvimento de sistema robótico de deslocamento por coordenadas com baixo

custo, capaz de realizar leitura do local ou terreno onde se encontra e realizar

tarefas que estiverem programadas utilizando as ferramentas ideais, trafegar e

realizar trabalhos em locais de difícil acesso e tarefas de risco para os seres

humanos.

Estes objetivos foram os norteadores para o desenvolvimento do protótipo robótico.

1.1 AMBIENTE MODELO

O projeto tem como finalidade suprir uma demanda real de um mercado atacadista

instalado na cidade de Marília; em automatizar o processo de transporte de

mercadorias no interior de suas instalações.

Realizando uma pesquisa no ambiente modelo, foi possível constatar três aspectos

principais que deverão ser tratados pelo sistema, são eles: mapa do ambiente (I),

modo de endereçamento (II) e obstáculos do ambiente.

Inicialmente será feita uma simulação do sistema em um protótipo e em um

ambiente reduzido, porém com as mesmas características do ambiente real.

5

1.2 MAPA DO AMBIENTE

Durante o levantamento de requisitos e estudo do ambiente que servirá de modelo

para o desenvolvimento do projeto, foram detectadas características fundamentais

que auxiliarão na forma de endereçamento das mercadorias no estoque e de

execução e implantação de transporte de carga de forma automatizada no ambiente

proposto.

O estoque de mercadorias é composto por um conjunto de prateleiras onde são

armazenados os pallets que acondicionam as mercadorias. As prateleiras estão

dispostas em corredores (figura 1.1) denominados ruas e avenidas, por onde

trafegam as paleteiras (veículos que transportam pallets).

As prateleiras de armazenagem são constituídas de quatro níveis de altura e seis

colunas, formando um total de vinte e quatro vãos, onde são armazenados os

pallets. Os vãos ainda são subdivididos em duas lacunas (direita e esquerda), sendo

que cada lacuna armazena um único pallet. Com essas informações chega-se ao

número total de quarenta e oito pallets suportados por cada prateleira (figura 1.2).

Figura 1.2. Prateleira

Figura 1.1. Corredores

6

1.3 ENDEREÇAMENTO

Tendo como base uma etiqueta de endereçamento (figura 1.3), que é gerada após a

mercadoria ser endereçada pelo sistema da empresa, um funcionário leva o produto

até o endereço definido

São identificadas várias informações na etiqueta gerada, sendo que a única que

realmente interessa para o sistema em desenvolvimento é o endereço, representado

na figura 1.3 como “h.149.2”. Essa forma de representação de endereço é

interpretada da seguinte maneira:

“h”: corredor onde se localiza a prateleira

como essa seqüência de números termina com um número ímpar, isso indica

que a prateleira está do lado esquerdo do corredor.

“149”: contém as seguintes informações:

O número “1” da seqüência “149” indica qual o nível da prateleira o pallet se

encontra, sendo que os níveis são numerados com “100”, “200”, “300” e

“400”, onde “100” é o nível mais alto e “400” o nível mais baixo;

O número “49” da seqüência “149” indica a coluna da prateleira onde esta

endereçado o pallet;

O dígito 9 indica um número impar, e essa informação indica o lado da

prateleira no corredor. Impar do lado esquerdo e par do lado direito.

Todo o número “149” indica o vão que está armazenado o pallet, sendo que

cada vão é como um ponto que indica o cruzamento entre os níveis da

prateleira e suas colunas, isso pode ser melhor exemplificado na figura 1.4.

Figura1.3. Etiqueta de Endereçamento

7

O número “2” indica qual lacuna do vão está o pallet. Cada vão possui duas

lacunas, como informado no item “1.1 Mapa do Ambiente”. Cada lacuna é

numerada com os números “1” ou “2”, onde o número “1” indica o lado

esquerdo do vão e o número “2” indica o lado direito do vão.

Seguindo essas informações, conclui-se que o pallet está armazenado no

corredor “h”, prateleira da esquerda, no nível “100” dessa prateleira, na coluna

“49”, no vão “149” e na lacuna “2”.

Figura 1.4. Vãos da Prateleira

1.4 OBSTÁCULOS

Durante o estudo do ambiente modelo, após realizar visita ao local e entrevista com

funcionários do mesmo, puderam ser constatados alguns obstáculos que podem ser

encontrados nas ruas e avenidas do ambiente, sendo que os mesmos serão

tratados pelo sistema autônomo. Os obstáculos identificados são:

8

1.4.1 Pessoas: No ambiente de estudo para o projeto de automação, deslocam-se

várias pessoas que podem interferir no deslocamento do pallet até seu endereço.

Funcionários, promotores de marcas e clientes, inclusive alguns acompanhados de

crianças e carrinhos de bebê, circulam pelo ambiente e com freqüência interrompem

o andamento normal do transporte das mercadorias.

1.4.2 Carrinhos de compras: o ambiente que serve de modelo, é a estrutura de um

mercado atacadista, que por ser um comércio que permite que o cliente selecione

seus produtos em prateleiras, o mesmo fornece carrinhos para que seus clientes

possam carregar com mais facilidade suas compras, entretanto os carrinhos

constantemente são abandonados nas ruas e avenidas, dificultando a passagem do

pallet.

1.4.3 Pallets: o pallet deva estar alocado em seu endereço, quando não, o mesmo

deve ser armazenado no RM (recebimento de mercadorias). Entretanto muitos

pallets sem produto algum são deixados nas ruas e avenidas por um período de

tempo.

1.4.4 Mercadorias: Embora as mercadorias sejam colocadas constantemente em

ordem, podem ser encontrados produtos derrubados nas ruas e avenidas, sendo

este um empecilho no andamento normal do transporte.

1.5 ENDEREÇAMENTO IMPLEMENTADO

Realizando a análise do ambiente modelo para o desenvolvimento do sistema, foi

constatado que o sistema de representação de endereço não é o mais adequado

para o sistema autônomo identificar o caminho que ele deve percorrer para alcançar

seu destino e alocar a mercadoria no espaço desejado.

O modelo não apresenta algumas características fundamentais para que o carrinho

do sistema autônomo possa localizar o endereço de destino como, por exemplo, a

identificação da prateleira em uma variável separada das demais, pois a

identificação dessa variável é feita identificando se o final do endereço é par ou

ímpar. Outra característica constatada do modelo é que o mesmo apresenta uma

grande quantidade de representação de endereços e a notação utilizada não é de

fácil interpretação para as pessoas que não atuam no controle de estoque.

9

Para sanar essas questões, foi idealizado um modo de endereçamento que tem

como base o modelo, mas que utiliza outra identificação das variáveis de endereço.

A principal mudança realizada foi criar um modelo de identificação para as

prateleiras.

Na nova forma de endereçamento cada prateleira é numerada de “1” à “5”, sendo

cinco o número máximo de prateleiras encontradas em uma rua (figura 1.5),

lembrando que o sistema autônomo é adaptável a qualquer outro tipo de ambiente,

com mais ou menos prateleiras e com um maior número de ruas. Seguindo o mapa

de disposição das prateleiras (figura 1.1), nota-se que a rua “A” possui duas

prateleiras, portanto elas serão numeradas como “1” e “2”, a rua “D” possui cinco

prateleiras que serão numeradas de “1” à “5” e assim sucessivamente.

Com essa mudança, foi determinado que o endereço que é tratado pelo sistema

autônomo é composto pela identificação da rua, da prateleira, do vão, da lacuna e

do nível respectivamente. Assim, o tratamento e decodificação do endereço pelo

sistema automatizado também será feito nessa ordem.

O novo método de endereçamento é representado da seguinte maneira:

R P V L N

Onde “R” identifica a rua; “P” identifica a prateleira, “V” identifica o vão, “L” identifica

a lacuna e “N” identifica o nível onde será armazenada a mercadoria.

A quantidade de informações será a mesma do modelo, entretanto cada variável

será tratada independentemente uma da outra ao contrario do que acontecia no

ambiente modelo, onde a rua era tratada primeiro, depois um número de três dígitos

que identificava a prateleira, o vão e o nível ao mesmo tempo e finalmente a lacuna.

10

Figura 1.5. Mapa Modelo.

11

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização do trabalho, baseado no referencial teórico como fundamento para

a situação apontada, por meio de documentos disponibilizados na literatura coerente

com o tema, optou-se como metodologia a construção de um protótipo de

empilhadeira automatizada que tem como aplicação e estudo de caso, a execução

de tarefas de armazenamento de produtos em um ambiente de um supermercado

atacadista. Sua construção permite utilizar e otimizar sistemas de controle de

posicionamento e interoperabilidade entre sistemas mecânicos, eletrônicos e

computacionais.

Assim, juntamente com a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo sobre

sistemas robóticos semelhantes e já existentes, que são essenciais para o

desenvolvimento do protótipo, será possível determinar construção, funções,

recursos e soluções do dispositivo. Esse procedimento metodológico possibilitou a

construção de um dispositivo capaz de executar tarefas de deslocamento em

armazéns através de coordenadas.

2.1 COMPONENTES UTILIZADOS NO PROTÓTIPO

Os itens que seguem descrevem os materiais e componentes utilizados na

construção do protótipo, tais como: microprocessador, motores, sistemas mecânicos,

sensores e atuadores e ferramentas de software.

2.1.1 Microcontrolador: PIC 16F877A-40P

O microcontrolador PIC, da Microchip, foi utilizado no projeto por oferecer

versatilidade, boa capacidade de memória e de portas de I/O aliados ao baixo custo

do componente, além de atender todas as necessidades requeridas pelo protótipo.

[...] o microcontrolador está provido internamente de memória de programa,

memória de dados, portas de entrada e/ou saída paralela, timers contadores

comunicação serial, PWMs, conversores analógico digitais, etc. [...]

(Desbravando o PIC, Souza, David José, 2005, p. 22).

12

As características principais pesquisadas no data-sheet do fabricante estão

relacionadas na Figura 2 e Tabela 1.

Figura 2: Diagrama de Pinos

Fonte: Disponível em < http://ww1.microchip.com/downloads/en/DeviceDoc/39582C.pdf>

Tabela 1: Recursos do Dispositivo

Fonte: Disponível em http://ww1.microchip.com/downloads/en/DeviceDoc/39582C.pdf

13

2.1.2 Sensor Ultrassônico HC-SR04

Os sensores ultrassônicos são muito utilizados em ambientes e aplicações

industriais através do uso de ultra-sons. Estes sensores são capazes de detectar a

passagem de objetos ou pessoas, detectar presença de pessoas e objetos e

também medir níveis de substâncias armazenadas em reservatórios apropriados.

Eles se caracterizam por emitir um tipo de radiação limpa e não sujeita a

interferência eletromagnética, sendo eficiente na detecção de objetos e pessoas em

distâncias curtas ou longas. Baseia-se no princípio do Sonar, observado em

morcegos que utilizam essa técnica para identificar obstáculos e presas. Por essas

características este sensor torna-se o mais adequado na aplicação do protótipo, que

é a identificação de obstáculos, obstruções e pessoas em seu trajeto, e de acordo

com a distância do obstáculo detectado, tomar diferentes decisões com auxílio do

programa desenvolvido e instalado na placa de controle projetada.

Sinais ultra-sônicos são como ondas de som audíveis, porém com

frequências muito mais altas. Os trandutores ultra-sônicos têm cristais

piezoelétricos que ressonam a uma frequência desejada e convertem

energia elétrica em energia acústica e vice-versa. [...] Um sinal de saída do

transdutor é produzido para executar algum tipo de indicação ou controlar

uma função (Sensores Industriais, Thomazini, D. e Albuquerque, P., 2011,

p. 37).

O sensor escolhido foi o HC-SR04, conforme Figura 3, que consegue medidas com

precisão de 3 mm em distância contidas entre 2cm até 400cm e um ângulo de

medição de 15º. Em uma mesma placa encontramos o emissor, receptor e circuito

de controle com alimentação de 5Vcc.

14

Figura 3: Sensor Ultrassonico HC-SR04

Fonte: Autor (2013)

Seu funcionamento também é simples. Para iniciar uma medição precisamos dar um

pulso de 5V com duração mínima de 10µs no seu pino de entrada de Trigger. Após a

borda de descida deste pulso ele emite 8 ciclos de um ultrassom de 40KHz e

aguardo o “eco”. O Eco permite calcular a distância que o objeto se encontra em

uma largura de pulso proporcional à distância real. O Diagrama de Tempo está

representado conforme Figura 4.

Figura 4: Diagrama de Tempo

Fonte: Disponível em <http://elecfreaks.com/store/download/HC-SR04.pdf (2013)

15

A expressão que segue permite determinar a distância de um obstáculo detectado

(Range). Um dos cálculos para se chegar à distância é determinada pela equação 1:

Equação 1: Diagrama de Tempo

Fonte: Disponível em <http://elecfreaks.com/store/download/HC-SR04.pdf (2013)

2.1.3 Alimentação

Para possibilitar autonomia de trabalho do protótipo, foi utilizada para alimentar com

energia o protótipo uma bateria selada de chumbo ácido de 12V/7Ah, que permite

uma autonomia de aproximadamente 5 horas de uso ininterrupto ao protótipo.

Fatores como custo/benefício, tamanho e capacidade de fornecimento de carga ao

protótipo foram decisivos na escolha da bateria. A única dificuldade em utilizar esta

bateria é seu peso devido ao chumbo, que causará um consumo mais elevado de

carga por parte dos motores que a transportarão. A bateria utilizada é apresentada

na Figura 5.

Figura 5: Bateria utilizada no protótipo

Fonte: Autor (2013)

16

2.1.4 Motores de passo

O motor de passo consiste num motor de corrente contínua (DC) de magnetização

permanente ou de relutância variável que apresenta as seguintes características de

desempenho:

1. Rotação em ambas as direções;

2. Variações incrementais de precisão angular;

3. Repetição de movimentos bastante exatos;

4. Um torque de sustentação à velocidade zero; e

5. Possibilidade de controle digital.

Um motor de passo pode mover-se em incrementos angulares bastante exatos,

conhecidos como passos, em resposta a pulsos digitais aplicados a um driver a

partir de um controlador digital, no nosso caso um circuito digital contido na placa de

controle gera os pulsos na intensidade e frequência adequada para os

deslocamentos do robô. A quantidade de pulsos e a cadência com que estes pulsos

são aplicados controlam a posição e a velocidade do motor, respectivamente.

Geralmente os motores de passo podem ser fabricados com 12, 24, 72, 144 e 200

passos por revolução, que resultam em incrementos de 30, 15, 5, 2.5, 2 e 1.8 graus

respectivamente.

O motor de passo (“Stepper Motor” ou “Step Motor”), pode-se dizer, que se

trata de um transdutor que converte pulsos elétricos em movimento

mecânico de rotação. A rotação do eixo do motor é caracterizada por um

especifico ângulo incremental de passo para cada pulso de excitação. Esse

ângulo incremental é repetido precisamente a cada pulso, gerado por um

circuito excitador apropriado. O erro que possa existir num determinado

ângulo incremental, é geralmente menor que 5%, sendo este erro não

acumulativo. O resultado é preciso e de movimento fixo, sendo que a cada

pulso tem-se o movimento de um único ângulo incremental de passo, o que

possibilita um eficiente controle de posição. (Motor de Passo, Souza, Paulo

José Alves de, 2006, p. 4).

Os motores de passo utilizados no protótipo possuem uma precisão de 1.8º por

passo, 1.2A de corrente e tensão de 12V e são do fabricados pela empresa

Minebea Astrosyn. A Figura 6 apresenta imagens desse motor.

17

Figura 6: Motores de Passo utilizados no Protótipo

Fonte: Autor (2013)

Os motores de passo podem ser bipolares, que requerem duas fontes de

alimentação ou uma fonte de alimentação de polaridade comutável, ou unipolares,

que requerem apenas uma fonte de alimentação.

Em ambos os casos as fontes utilizadas são de tensão contínua e requerem um

circuito digital que produza as sequências de passos para gerar movimento de

rotação do motor. No controle de um motor de passo nem sempre é necessária a

implementação de uma estratégia de realimentação, mas a utilização de um

encoder, ou de outro sensor de posição poderá assegurar uma melhor precisão. A

vantagem de operar sem realimentação é que deixa de ser necessário um sistema

de controle em malha fechada.

2.2 FERRAMENTAS UTILIZADAS

O código a ser desenvolvido para controle do protótipo deve ser escrito e depois

armazenado na memória de programa do microcontrolador. Normalmente o software

é escrito, testado e compilado em um PC e então o código de máquina é transferido

para a memória de programa (memória FLASH) do microcontrolador. Nos

microcontroladores da família PIC, o desenvolvimento da programação pode ser

realizado com auxílio do ambiente IDE- MPLAB. Este software está disponível para

download grátis na página www.microchip.com. Através dele é possível programar

em uma linguagem de baixo nível, muito próxima à linguagem de máquina,

18

denominada de Assembler, porém gera inúmeras linhas de programação para

realizar uma pequena tarefa, economizando muita memória, mas torna muito

extenso o trabalho do programador. Para facilitar esta tarefa, existem compiladores

de linguagem de alto nível disponíveis permitindo programar o PIC com maior

eficiência. O projeto utilizará um compilador da linguagem C denominado

PIC_C_Lite, fornecido pela empresa HiTech, para o ambiente de desenvolvimento

MPLAB.

[...] o desenvolvimento em C permite uma grande velocidade na criação de

novos projetos, devido às facilidades de programação oferecidas pela

linguagem e também à sua portabilidade, o que permite adaptar programas

de um sistema para outro com um mínimo esforço. (Microcontroladores PIC

– Programação em C, Pereira, Fábio, 2003, p. 18).

2.2.1 Compilador PIC_C_Lite da HiTech

O compilador PIC_C_Lite disponibiliza uma biblioteca de funções para muitas

aplicações e pré-definições de hardware do controlador. Cada programa contém um

cabeçalho com instruções de como executar o exemplo, e se necessário, as

instruções das ligações elétricas dos dispositivos externos. Quando um programa é

compilado gera-se um arquivo com as definições em hexadecimal. A extensão

desse arquivo é “.hex”. O compilador inclui muitas funções em forma de bibliotecas

para acessar o hardware do controlador.

2.2.2 Ambiente Integrado de Desenvolvimento “IDE_MPLAB”

O software IDE_MPLAB é um ambiente de programação e gerenciador no

desenvolvimento de projetos dos microcontroladores da família PIC da Microchip, e

é distribuído gratuitamente pela própria Microchip. O MPLAB integra num único

ambiente o editor de programa fonte, compilador, simulador e quando conectado às

ferramentas da Microchip,o gravador e emulador.

19

O MPLab é um programa para PC, que roda sobre a plataforma Windows, e

serve como ambiente de desenvolvimento de programas para PICs. Ele é

uma ferramenta muito poderosa e um dos principais responsáveis pela

popularização do PIC, pois junta, no mesmo ambiente o gerenciamento de

projetos, a compilação, a emulação e a gravação do chip. [...] (Desbravando

o PIC, Souza, David José, 2005, p. 51).

O código fonte, ou simplesmente fonte do programa, é uma sequência de texto,

escrita numa linguagem de programação que será convertida em códigos de

máquina para ser gravado no PIC.

O Compilador é o programa que converte a fonte em códigos de máquina. O

Simulador é o programa que simula o funcionamento da CPU (PIC), conforme o

programa fonte desenvolvido. O Projeto no MPLAB é um conjunto de arquivos e

informações em um ambiente integrado que dizem qual o PIC utilizado, qual a

frequência de clock, qual a linguagem de programação utilizada.

O MPLAB se integra ao ambiente Windows e Linux, permitindo cópia de arquivos de

textos de um aplicativo para outro de uma forma simplificada.

2.2.3 Proteus

Software para desenvolvimento de diagramas eletrônicos esquemáticos com

diversas ferramentas de testes e simulação de circuitos e componentes. Através do

desenho esquemático ele também gera o layout para a confecção da placa de

circuito impresso do circuito projetado. Ele disponibiliza também uma lista de

materiais que foram utilizados e visualização tridimensional. O circuito eletrônico de

controle do protótipo foi desenvolvido utilizando este ambiente de criação e

simulação de circuitos. Outra ferramenta muito importante disponibilizada pelo

software é a capacidade de simular o microcontrolador e o código fonte gerado no

ambiente IDE_MPLAB, possibilitando assim a construção da placa e testes em

menor tempo com segurança e confiabilidade. A Figura 7 mostra uma tela gerada no

software Proteus.

20

Figura 7: Software Proteus no desenvolvimento do circuito

Fonte: Autor (2013)

2.3 ESTRUTURA MECÂNICA

Na construção do veículo foi utilizado o princípio de tração diferencial em suas duas

rodas frontais. Cada roda possui um motor responsável por tracioná-las. Quando

são acionadas simultaneamente no mesmo sentido e com a mesma velocidade o

carro se desloca para frente ou para trás. Quando reduzimos a velocidade de uma

das rodas ele realiza curvas com um raio de acordo com a velocidade em cada roda,

quanto mais rápida uma das rodas e mais lenta a outra menor é o raio da curva, e a

curva é feita para o lado com menor rotação. Se umas das rodas for travada e a

outra continuar em movimento o carro fará uma curva em torno da roda travada. Se

cada roda for colocada em movimento, porém em sentido de rotação contrária, o

veículo gira em torno de seu próprio eixo. O terceiro ponto de apoio é composto por

uma esfera de transferência de movimento (ponto louco), responsável por equilibrar

e dar estabilidade à estrutura mecânica.

Essas características de deslocamento garantem ao protótipo grande mobilidade e

graus de liberdade para realizar manobras e trafegar em ambientes com espaço

reduzido, para acomodação das mercadorias e superação de obstáculos.

21

Sua estrutura mecânica, mostrada nas Figuras 8 e 9, composta pelas laterais direita

e esquerda, duas hastes traseiras, buchas das hastes traseiras, base da esfera de

transferência de movimento, mancais, eixos e polias sincronizadas são

confeccionadas em alumínio, pois ele apresenta elevada rigidez necessária para a

aplicação do protótipo garantindo um fator de segurança superior a dez, e por ser

muito mais leve que o aço, garantindo maior eficiência e eficácia no deslocamento e

consumo de energia do projeto. Todas essas peças foram obtidas através de

processos de fabricação mecânica, neste caso usinagem, exceto as polias

sincronizadas que foram retiradas de impressoras matriciais. Os mancais, eixos,

hastes e buchas foram fabricados em um torno CNC, enquanto que as laterais e a

base da esfera de transferência de movimento foram fabricadas em uma fresa CNC.

Figura 8: Estrutura mecânica do Projeto

Fonte: Autor (2013)

22

Figura 9: Estrutura mecânica do Projeto em vista Explodida no software SolidWorks

Fonte: Autor (2013)

As laterais possuem dois oblongos cada, para que quando fixada a haste com

porcas de forma à obter um ajuste na altura do terceiro ponto de equilíbrio, caso haja

alguma rampa, para que ela possa transpo-la sem dificuldades.

As buchas das hastes são as responsáveis pelo ajuste das distâncias entre as

laterais e o posicionamento da base da esfera de transferência de movimento que

possui dois furos passantes para as hastes. Foram utilizadas duas hastes, pois

quando fixadas junto com as buchas e a base da esfera temos como resultado da

distância adotada entre as duas hastes, a estrutura mecânica, o chassi do protótipo.

As rodas foram feitas em nylon, por ser um material de fácil usinagem, menor custo

e com a resistência adequada à aplicação. Como pneus foram utilizados anéis de

vedação do tipo O-ring, para dar melhor atrito, evitando patinações que podem gerar

imprecisões nos movimentos. Foram utilizadas polias sincronizadas, conforme

Figura 10, com o principal intuito de amortecer e absorver possíveis vibrações

geradas pelo motor de passo em determinadas faixas de rotação para não serem

transferidas para as rodas do veículo, causando desvios de trajetória. Outras

características importantes fornecidas pelas correias e polias sincronizadas, foram a

23

possibilidade de posicionar em outro local os motores para melhor distribuição de

massa do veículo, e aumento do torque em virtude da relação de transmissão de

1,5, pois a polia sincronizada primária possui dez dentes, enquanto que a

secundária possui quinze dentes.

Figura 10: Polia e correia sincronizada do Protótipo

Fonte: Autor (2013)

Também foram utilizados dois rolamentos, conforme Figura 11, fixos de uma carreira

de esferas da NSK em cada lateral e mancal em conjunto com o eixo, pois ter-se-á

somente cargas radiais e torque baixo, sendo este tipo o ideal por possuir um custo

mais baixo.

Figura 11: Rolamento do Protótipo

Fonte: Autor (2013)

Como base para a bateria, a placa de controle, os motores de passo, sensores e

dispositivo de elevação, foi utilizada uma placa de acrílico.

24

O dispositivo de elevação de cargas inicialmente empregado era o conjunto de

motor elétrico de corrente contínua de 12V, em um suporte com duas barras

roscadas em alumínio apoiadas por dois rolamentos interligadas ao eixo do motor

por meio de uma transmissão por correia e polias lisas e uma peça de nylon nas

barras roscadas. Quando o motor é ligado em um sentido a peça de nylon sobe,

elevando a carga, e quando reverte-se a rotação do motor a peça de nylon desce,

descendo também a carga, porém para a aplicação não obteve um desempenho

favorável, pois permitia apenas elevação de pequenas cargas, por ser um sistema

que exige muita força para elevar cargas. Sugere-se a utilização de um sistema

composto por guias dois guias lineares com buchas com rolamento associado à um

sistema de polias e correias em conjunto com o motor de corrente contínua.

Inicialmente apresenta um custo e complexidade maior do que o sistema de

elevação anteriormente empregado, porém pode apresentar resultados mais

expressivos quanto à elevação de cargas.

25

2.4 Placa de Controle

A placa de controle da empilhadeira automatizada, mostrada na Figura 12, é

responsável pelo controle dos motores de passo e seu posicionamento,

gerenciamento de saídas de acordo com as condições de leitura das variáveis de

entrada e tomada de decisão.

Figura 12: Placa de Controle do Protótipo

Fonte: Autor (2013)

26

Na construção da placa foram utilizados diversos tipos de Circuito integrados (CI’s),

a saber: 4017(Contador Johnson), 4027(Flip-Flop JK), 4051(Mux/Demux),

4070(Exclusive Or de 2 entradas), 4508(Latch/Trinco), 4511(decoder de BCD para 7

segmentos), 4518(Contador BCD dual), 4585(Comparador de magnitude de 4 bits),

40106 (Porta inversora com Schmitt Trigger), transistores (BC557), transistores de

potência para alimentação dos motores de passo de 1,2A (TIP122), resistores,

diodos, relés, capacitores, oscilador de 20MHz, capacitores, leds, conectores e

acopladores ópticos (4N25) nas entradas e saídas com o intuito de eliminar ruídos e

possíveis correntes e tensões que possam gerar danos ao controlador.

A placa de controle dispõe de 6 entradas de sinal para sensores, um botão de Start

(quando acionado inicia a trajetória salva em sua memória e sequencia de decisões

definidas pelo programa), um botão de Reset (reinicia todos os parâmetros,

interrompe a programação em andamento e volta para a condição inicial aguardando

o comando de start), um botão adicional para qualquer função extra definida pelo

programador, um buzzer para emitir alerta sonoro quando em funcionamento e um 8

saídas à relé para acionamentos externos. Neste projeto foram utilizados 2 relés

para o gerenciamento de energia dos motores de passo, que quando não

necessitarem de travamento, eles cortam sua alimentação para aumentar a

autonomia do protótipo e economizar a carga da bateria. Mais 2 relés foram

utilizados no sistema de elevação de carga, ligados com um motor DC de 12V, e são

responsáveis pela reversão dos polos, proporcionando assim uma reversão na

rotação do motor, possibilitando elevar e baixar a carga a ser transportada.

A placa de controle também incorpora um sistema eletrônico de controle do motor de

passo. Este sistema eletrônico utiliza a técnica half-step (meio-passo), por

possibilitar maior precisão e torque. Este sistema de controle recebe uma frequência

de clock. A partir de cada clock o sistema de controle gera uma sequencia nas fases

do motor de passo, denominada de passo. A cada clock é dado um passo, fazendo

com que o motor se gire. É a partir da frequência de clock que é determinada a

velocidade do motor. Neste projeto o clock é constante e a variação de velocidade

será realizada através de circuitos integrados (4017 Mux/demux) acionados e

gerenciados pelo microcontrolador. Outra função disponibilizada pelo circuito é a

possibilidade de reversão da rotação através de um bit enviado pelo

microcontrolador ou controle manual para a reversão da sequencia gerada para as

27

fases do motor de passo. Entre os motores de passo e o circuito de controle existe

um driver de potência, responsável por amplificar a tensão e corrente necessárias

para o motor de passo (através dos acopladores ópticos e transistores TIP122), sem

comprometer o funcionamento do circuito de controle, pois ele também isola os dois.

O diagrama eletrônico do controle de motor de passo, está conforme a figura 13.

Figura 13: Diagrama eletrônico do controle de motor de passo

Fonte: Autor (2013)

Os pulsos de clock são paralelamente enviados para outro subcircuito responsável

por convertê-los em código BCD e enviá-los para um quatro displays de 7

segmentos que nos mostrarão a quantidade de clocks enviados ao motor. Este

subcircuito também possui a tarefa de enviar uma palavra de 16 bits dividida em dois

pacotes para o microcontrolador, contendo a informação de clocks necessários de

um ponto a outro, percorrido pelo protótipo. A outra tarefa é de informar ao

microcontrolador que o número de clocks definido já foi atingido e parar o envio de

clock. O subcircuito de contagem e dos displays está conforme as figuras 14 e 15.

28

Figura 14: Diagrama eletrônico do controle dos Displays

Fonte: Autor (2013)

Figura 15: Diagrama eletrônico do controle dos Displays

Fonte: Autor (2013)

A placa de controle possui entradas que também possibilitam a inserção manual

(função manual) de parâmetros de controle. A função manual possibilita a inserção e

determinação dos pontos que define a trajetória do protótipo, gerando, através do

software de controle gerar o número de clocks necessários para percorrer o trajeto

pré determinado e quais os recursos que serão utilizados para o protótipo atingir o

objetivo. O software de controle contém as seguintes funções para executar o

trajeto: função de curvas, curvas com raio, curvas em torno do próprio eixo,

comando de parada, redução de velocidade. O controle manual possui importância e

relevância para solucionar situações e problemas emergenciais.

29

3 Considerações Finais

A pesquisa realizada para elaboração do artigo do Trabalho de Conclusão de Curso

foi baseada nas fontes disponíveis na literatura atual e pertinente ao tema escolhido,

e como estudo de caso foi desenvolvido um robô controlado por microcontrolador

PIC16F877A. Para elaboração do circuito foi utilizado o software Proteus, e para a

programação do microcontrolador PIC16F877A em linguagem C a IDE MpLab e

compilador PIC C Lite da HiTech.

Por meio das ferramentas empregadas, foi elaborado um robô com capacidade

percorrer trajetórias pré-definidas via controle manual com alta eficiência e baixo

consumo.

O protótipo provou que funciona proporcionando segurança e precisão, tornando

possíveis mudanças significativas no desenvolvimento interno dos ambientes de

armazenagem, reduzindo os acidentes e custos desnecessários no processo de

estocagem, armazenamento e transporte de materiais e outros recursos, podendo

ser utilizado nestes ambientes.

Conclui-se que a prática, por meio do protótipo, é condizente com a teoria, pois a

aplicação demonstrou que há possibilidades de implementação de uma empilhadeira

em dimensões reais totalmente robotizada, gerando significativa contribuição na

segurança dos ambientes de armazenagem e eficiência no transporte, alocação e

acomodação de mercadorias.

30

Figura 16: Protótipo Pronto

Fonte: Autor (2013)

O protótipo inicial foi apresentado e contribuiu para a obtenção dos objetivos do

trabalho. No entanto, inúmeros melhoramentos e funções são visualizados. Existe

interesse em dar continuidade no projeto e fica como sugestão a geração de

integração do protótipo com sistemas de gestão e logística de estoques, com

utilização de softwares que se comuniquem e troquem informações com a

empilhadeira automatizada, como: posicionamento; trajetos; rotas alternativas;

alertas de segurança e situações anômalas no ambiente.

31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Disponível em <http://elecfreaks.com/store/download/HC-SR04.pdf>. Acesso em

16/03/2013.

AUTOMAÇÃO “Robôs estão chegando às pequenas e médias indústrias”.

Disponível em: <http://www.nei.com.br/artigos/artigo.aspx?i=88>. Acesso em:

18/04/2012.

ASSIS, W. O.; COELHO A. D. Automação industrial e robótica. 2009. Disponível

em: <http://www.mecatronicaatual.com.br/secoes/leitura/569>. Acesso em: 28 mar.

2012.

CAMARGO, Daiana e SILVA, Mario, Fundamentos de Robótica, 2010, p. 01

FIALHO, A. B.SolidWorks Premium 2009, Editora Erica,, 1a Edicao, São Paulo,

2009.

JONES, J.L.; FLYNN A.M. Mobile robots: inspiration to implementation. Wellesley

(Mass): A.K.Peters, 1993.

MAES P. Designing autonomous agents. MIT Press / Elsevier, (3rd printing) 1994.

MARTINS, Agenor. O que é robótica. 1. ed. Brasília/DF: Brasiliense, 1993.

MAYER, Raymond R. Administração da produção. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1990.

NIKU, B. S. Introduction to robotics: Analysis, systems, aplications. New Jersey:

Prentice Hall, 2001.

NORBERTO PIRES, J., Os Desafios da Robótica Industrial, Universidade de

Coimbra, 2002, p. 14 e 15.

PEREIRA, Fábio. Microcontroladores PIC – Programação em C, 2003, p. 18.

SOUZA, David J. Desbravando o PIC, 2005, p. 22.

SOUZA, David J. Desbravando o PIC, 2005, p. 51.

SOUZA, Paulo J. A. de. Motor de Passo, 2006, p. 04.

THOMAZINI, D.; ALBUQUERQUE, P.; Sensores Industriais, 2011, p. 37.