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EXEMPLAR GRATUITO Edição: 415 Jornal da UNIBAN Brasil Ano 12 . 19 de outubro de 2009 O crítico de cinema Rubens Ewald Filho: “Eu sempre me preocupo com quem está do outro lado, seja em rádio, jornal ou televisão. E se me queixo de alguma coisa é que as pessoas caram mais burras hoje em dia. E me queixo de outra coisa: os colegas críticos caram mais burros também”. (págs. 8 e 9) Foto: Amana Salles UNIVERSITÁRIA FOLHA A polêmica quanto ao m da obri- gatoriedade do diploma de Jornalismo tem mais um capítulo. Uma Proposta de Emenda Constitucional promete reverter a decisão do STF. (pág. 4) Cultura Em meio às comemorações da descoberta do continente americano, a enigmática vida do descobridor Cris- tóvão Colombo é revisitada em séries televisivas, lmes e livros. Saiba mais sobre o navegador genovês. (pág. 17) Esperança olímpica Com a conrmação da cidade do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, a reportagem da Folha Universitária foi ao Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), na cidade de São Paulo. Lá, conheceu o diferenciado trabalho de base que acontece em 10 modalida- des distintas, além de conversar com técnicos e jovens atletas. Alguns de- les, principalmente aqueles entre 13 e 15 anos de idade, deverão atingir o ápice da técnica e da forma física da- qui a sete anos, exatamente quando a Olimpíada no Brasil será realizada. (págs. 10 e 11) Pós-Graduação Carreira & Mercado O renomado prof. dr. Guy Brousseau apresen- ta palestras para os estu- dantes do curso de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Matemática. (pág. 6)

Folha Universitária: 19 de Outubro de 2009

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Folha Universitária: 19 de Outubro de 2009

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Page 1: Folha Universitária: 19 de Outubro de 2009

EXEMPLAR GRATUITO

Edição:

415Jornal da UNIBAN Brasil Ano 12 . 19 de outubro de 2009

O crítico de cinema Rubens Ewald Filho: “Eu sempre me preocupo com quem está do outro lado, seja em rádio, jornal

ou televisão. E se me queixo de alguma coisa é que as pessoas fi caram mais burras hoje em dia. E me

queixo de outra coisa: os colegas críticos fi caram mais burros também”. (págs. 8 e 9)

Foto: Amana Salles

UNIVERSITÁRIAFOLH

A

A polêmica quanto ao fi m da obri-gatoriedade do diploma de Jornalismo tem mais um capítulo. Uma Proposta de Emenda Constitucional promete reverter a decisão do STF. (pág. 4)

Cultura

Em meio às comemorações da descoberta do continente americano, a enigmática vida do descobridor Cris-tóvão Colombo é revisitada em séries televisivas, fi lmes e livros. Saiba mais sobre o navegador genovês. (pág. 17)

Esperança olímpicaCom a confi rmação da cidade do

Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, a reportagem da Folha Universitária foi ao Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), na cidade de São Paulo. Lá, conheceu o diferenciado trabalho de base que acontece em 10 modalida-des distintas, além de conversar com técnicos e jovens atletas. Alguns de-les, principalmente aqueles entre 13 e 15 anos de idade, deverão atingir o ápice da técnica e da forma física da-qui a sete anos, exatamente quando a Olimpíada no Brasil será realizada. (págs. 10 e 11)

Pós-Graduação

Carreira & Mercado

O renomado prof. dr. Guy Brousseau apresen-ta palestras para os estu-

dantes do curso de Pós-Graduação Stricto Sensu

em Educação Matemática. (pág. 6)

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Vigorexia afeta jovens que apresentam problemas de personalidade

Diploma de Jornalismo entra na pauta da Câmara dos Deputados

O consagrado Prof. Dr. Guy Brousseau, durante o mês de outubro, dá aula na Instituição

Rubens Ewald Filho fala com exclusividade sobre sua vida e, claro, cinema

A nova geração de atletas que representará o Brasil, nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro

Alunos do curso de Letras utilizam a linguagem teatral para aperfeiçoar ensino

Um perfil de Cristóvão Colombo, o homem que descobriu o Novo Mundo

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Índice Editorial

02 Editorial

EXPEDIENTE: Reitor: Prof. dr. Heitor Pinto Filho ([email protected]). Vice-Presidente da Fundação UNIBAN: Américo Calandriello Júnior. Assessora-chefe de Comunicação: Mariana de Alencar. Editor e Jornalista responsável: Cleber Eufrasio (Mtb 46.219). Direção de Arte: Ronaldo Paes. Designers: Marcio Fontes e Ricardo Neves. Editor: Renato Góes. Repórteres: Francielli Abreu, Isabelle de Siqueira, Karen Rodrigues e Manuel Marques. Fotos: Amana Salles. Diário Oficial UNIBAN - Edição e Coordenação: Francielli Abreu. Colaboradores: Analú Sinopoli e Wilson Lanera. Estagiária: Luciana Almeida. Impressão: Folha Gráfica. Cartas para a redação: Rua Cancioneiro Popular, 28 - 5º andar, Morumbi, São Paulo, CEP 04710-000. Tel. (11) 5180-9881. E-mail: [email protected] - Home page: www.uniban.br/folha - Tiragem: 30.000.

FALE COMO

REITOR

Opine, critique e dê sugestões sobre as matérias publicadas na Folha Universitária. Mande suas cartas para [email protected]

Ver a emoção de nossos representan-tes em Copenhague ao receber a confi r-mação de que o Rio de Janeiro fora esco-lhido sede dos Jogos Olímpicos em 2016 foi espetacular. Derrotar Japão, Espanha e Estados Unidos de uma única vez foi o máximo. Nunca tinha visto e nem senti-do nada parecido. Levou-nos às lágrimas. Foi um dia vitorioso. A forte presença de algumas autoridades no evento pare-ce ter surtido efeito. Muitos não aposta-vam e com seus devidos motivos. Depois do anúncio tão sonhado, o que mais se fala é a respeito da estrutura, verba e seus desvios, promessas, legado e por aí vai... Pouco ou quase nada vemos ou ouvimos sobre o que de fato será feito para tornar o Brasil uma potência olímpica. A China deu o exemplo na Olimpíada de Pequim. Não apenas sediou os jogos, como foi re-cordista em número de medalhas de ouro. Ou seja, organização dos pés à cabeça.

Agora a pergunta: Em sete anos con-seguiremos dar um salto de qualidade e incentivo ao esporte olímpico? A repor-tagem de capa desta edição levanta este tema. Como o país irá trabalhar com seus

futuros atletas? Para entender as nuances que recaem sobre a preparação de um atleta olímpico visitamos, em São Paulo, o Centro Olímpico de Treinamento e Pes-quisa. Um espaço referência, que integra vários esportes e pede atenção e um olhar mais criterioso dos governantes.

Já aproveito o gancho para destacar um assunto de saúde preocupante e que está afetando a cabeça e o físico de muitos jovens. Hoje em dia, vemos com frequ-ência jovens com o físico fora do padrão natural. O uso indiscriminado de anabo-lizantes e o culto ao corpo têm levado alguns a um transtorno psicológico ain-da pouco conhecido, chamado Vigorexia. Este transtorno pode, em muitos casos, estar relacionado a problemas de perso-nalidade. Leia na página ao lado o depoi-mento de um ex-fi siculturista que esteve no auge e agora enfrenta seu verdadeiro maior desafi o: viver normalmente.

Boa leitura!

Cleber Eufrasio Editor

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Saúde 03

Por Karen Rodrigues

Conquistar o corpo perfeito com o objetivo de se enquadrar nos padrões de beleza impostos pela sociedade moderna tem levado muitos jovens a práti-cas excessivas de atividades físicas. Para muitos deles, qualquer sacrifício é pouco para conseguir a melhor forma. O problema é que por mais que malhem, eles nunca se sentem satisfeitos com sua imagem.

Isto pode ser um sinal de um transtorno que tem acometido principalmente homens de 15 a 25 anos, a Vigorexia. Segundo o psicólogo Niraldo de Oliveira Santos, da Divisão de Psicologia do Hos-pital das Clínicas, trata-se de uma preocupação acen-tuada com a forma física. “Eles apresentam idéias persistentes de que precisam melhorar a aparência corporal e se preocupam de não estarem parecendo fortes o sufi ciente”, explica.

Conquistar massa muscular por meio de exercícios, alimentação saudável, ou até mesmo com suplementos alimentares, requer dos atletas disciplina e paciência para esperar que a musculatura seja moldada. “O fato é que ultimamente as pessoas estão com cada vez me-nos tempo, menos paciência e menos disciplina para esperar este resultado a médio e longo prazo. Quanto maior a insatisfação com a imagem corporal e com outras áreas na vida, mais eles vão querer compensar tudo isso com anabolizantes”, diz o psicólogo.

Preocupação exagerada

com a forma física

De acordo com o psi-cólogo, as vítimas deste transtorno difi cilmente procuram ajuda, porque enquanto estão aumentan-do a musculatura elas se sentem bem e sempre que-rem mais. “Como que uma pessoa que se sente magra e que está vendo que está aumentando a massa muscular vai parar, se ele está chegando cada vez mais perto daquilo que é o ideal? Só que o ideal não pode parar nunca. Eles só recorrem quando surge um problema físico”.

Geralmente são os familiares que percebem que o “atleta” precisa de ajuda. Cabe a eles orientá-los a pro-curar apoio profi ssional e não deixar que percam de vis-ta suas metas e as abandonem para cuidar do corpo.

Sentimento de baixa estima pode desencadear a Vigorexia

Imagina ser alvo de piadinhas durante 22 anos por conta da magreza e não ter sequer o prazer de ir à praia e tirar a camiseta. Não é nada fácil, concorda? Estes foram alguns dos motivos que levaram o músico clássico Maurício Abdala a buscar melhor condi-cionamento físico por meio da musculação.

Cansado de chacotas, o músico começou a malhar sério. O que ele não esperava é que iria gostar tanto. No primeiro ano conseguiu aumentar três quilos. Para ele, não era sufi ciente e passou a desejar cada vez mais e partiu para o uso de esteróides anabolizantes. “Comecei a crescer e conquistar a credibilidade das pessoas. Elas já não zuavam mais, pelo contrário, tinham medo de apanhar. Não que eu seja agressivo, mas as pes-soas menosprezam os seres mais fracos por não terem um poder de destruição”, relata Abdala.

Jovens são as principais vítimas de um transtorno psicológico conhecido como Vigorexia. É um transtorno vinculado a problemas de personalidade

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Com o uso frequente de anabolizantes, o jovem conseguiu o físico ideal para se tornar um fi sicultu-rista. “Me tornei um atleta de ponta e patrocinado. Saí em folders pelo País inteiro. E eu que pesava 57kg, cheguei a 95kg, 48 de braço, 74 de coxa. Quem ia imaginar que aquele magricelo fosse se tornar um fi siculturista”, lembra.

Maurício, um autodidata sobre os efeito e riscos do anabolizante, revela que embora sou-

besse que poderia ir a óbito, não tinha medo. Apenas pensava

em se superar. “Quando se torna competidor, é um

querendo ser melhor que o outro, que-rendo fi car maior. Nessa fase você está possuído, sua cabeça está domi-nada pela droga. A gente vanglo-ria aquela massa

muscular. Deixei meu violão de lado

e quando percebi, já estava totalmente con-

sumido por isso”.Abdala conta que usou

todos os esteróides, inclusive substâncias indicadas para uso animal.

E como consequência do uso excessivo das drogas, ele teve ginecomastia (aumento das mamas), hepato-megalia (aumento do fígado) e os glóbulos verme-lhos foram destruídos.

Depois de cinco anos como fi siculturista, o atleta deixou a competição. Ele comenta que decidiu parar porque não tinha mais dinheiro pra investir. “O fi si-culturista toma uma substância cara. E precisa tomar outra substância mais cara ainda para combater os efeitos colaterais. Se ele quiser se jogar na droga e

não converter o efeito colateral, ele vai pro cai-xão”, explica.

O jovem revela que nunca procurou ajuda médica para auxiliá-lo nesta pior fase que é a abstinência. Ele conta que pelo fato de ter

perdido massa e o físico ter mudado, aboliu o uso de camisetas regatas durante o

treino, e agora faz a série de exer-cícios de blusa.

Ele é enfático em afi r-mar que não se sente feliz sem os anabolizantes. Por ele continuaria usando, po-

rém encontrou uma com-pensação. “Procuro na músi-

ca descarregar tudo. Me sinto impotente, é como se tivesse

conhecido o tatame, a derrota. Mas ao mesmo tempo a música me faz pensar que sou vencedor”, fi naliza.

A vigorexia acarreta problemas tantos físicos, quanto psicológicos. “A prática compulsiva pode fazer com que a pessoa fi que fechada nela mesma e na própria imagem, perdendo o contato com as relações sociais. Pode comprometer a vida escolar ou profi ssional e atrapalhar também as relações amorosas, porque ela pode entrar numa condição narcísica”.

Já no ponto de vista físico, os esteróides anaboli-zantes sobrecarregam o fígado e os rins, que vão ter que fi ltrar uma carga de hormônio muito grande, po-dendo levar ao surgimento de neoplasias como câncer de testículo, de fígado e rim.

Aman

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lles

Divulgação

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04 Carreira & Mercado

dania (CCJC) da Câmara dos De-putados. “Sinto um clima mui-to favorável. Estamos tra-balhando para que a PEC seja votada nos pró-ximos dias, por-que é a propos-

ta que está mais adiantada. Já enca-

minhamos à CCJC. Se aprovada, o presi-

dente da Câmara Mi-chel Temer (PMDB-SP)

instalará uma comissão especial para debatê-la, aí sim

vai à Plenária”, diz.Sérgio Murillo ressaltou que

“o momento é propício para que os apoiadores do diploma saiam em defe-sa e intensifi quem contatos para sen-sibilização dos membros da CCJC da Câmara pela aprovação da PEC”. Para tanto, o site da Fenaj criou um espaço exclusivo, o “Eu apoio a Regulamen-tação”, em www.fenaj.org.br/apoiar_campanha. Lá, os interessados pela causa se identifi cam e escrevem uma mensagem de apoio à obrigatoriedade do diploma de Jornalismo.

Defesa do diploma de Jornalismo ganha força na Câmara dos Deputados

Por Isabelle de Siqueira

A polêmica em torno do fi m da exigência do diploma universitário de jornalismo para o exercício da profi s-são ainda está dando o que falar entre jornalistas, estudantes, entidades da classe e representações políticas.

A causa ganhou ainda mais for-ça após a Câmara dos Deputados instaurar uma Frente Parlamentar específi ca em defesa da certifi cação. Coordenada pela deputada federal Rebecca Garcia (PP-AM), a iniciativa busca o fortalecimento, a promoção e a defesa de norma legal pela exigência do diploma para obtenção do registro profi ssional de jornalismo.

Em entrevista à Folha Universitária, a deputada explica que não há inten-ção de confrontar o Supremo Tribunal Federal (STF) e sim estabelecer regras para uma profi ssão tão importante como do jornalista. “A decisão pelo fi m da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profi s-são foi equivocada. Nós sabemos da importância que valores como a ética têm. Assim como a imparcialidade, isso também se aprende durante a graduação. Onde está a qualifi cação do profi ssional que não passou pela universidade?”, questiona.

O presidente da Federação Na-cional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade, compartilha da mesma opinião. Para ele, não existe contradição entre a exigência do di-ploma e a liberdade de expressão, um dos principais argumentos utilizados na audiência que tornou inconstitu-cional a graduação para exercício do Jornalismo. “A alegação do STF mis-tura o trabalho técnico exercido pelo jornalista e a livre expressão de opini-ões, que são conceitos absolutamente diferentes”, defende.

PEC em tramitação na Câmara dos Deputados

A Frente Parlamentar também é um importante mecanismo de adesão de uma Proposta de Emenda Consti-tucional, a PEC 386/09. Criada pelo

Aman

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lles

Div

ulga

ção

deputado federal Paulo Pimen-ta (PT-RS), ela defende que o exercício da pro-fi ssão é exclusi-vo de portador do diploma de Comunicação Social em Jorna-lismo, expedido por curso reco-nhecido pelo Mi-nistério da Educação (MEC). E abre duas exceções: uma permite a presença nas redações da fi gura do colaborador, não diplomado em jornalis-mo, “assim entendido aquele que, sem relação de emprego, produz tra-balho de natureza técnica, científi ca ou cultural, relacionado com sua es-pecialização, para ser divulgado com o nome e qualifi cação do autor”. A outra exceção é para jornalistas provi-sionados, que obtiveram esse tipo de registro especial perante o Ministério do Trabalho.

De acordo com Rebecca, há ex-pectativa de que essa proposta seja aceita ainda nesta semana na Comis-são de Constituição, Justiça e Cida-

Proposta de Emenda Constitucional pelo restabelecimento do

diploma de Jornalismo será avaliada nesta semana pela

Casa

“Sinto um clima muito favorável. Estamos trabalhando para que a PEC seja votada nos próximos dias, porque é a proposta que está mais adiantada”, diz a deputada federal Rebecca Garcia (PP-AM)

Page 5: Folha Universitária: 19 de Outubro de 2009

05

O CIEE dispõe de 6.510 vagas, que podem ser conferidas no site

Site: www.ciee.org.br ou telefone: (11) 3046-8211.

2.839 oportunidades de estágio para jovens talentos

Site: www.nube.com.br ou telefone: (11) 4082-9360.

TRAINEE EVENTO

Começa em outubro o processo seletivo para o Programa de Estágio 2010, da empre-sa de telefonia celular Oi. São 420 vagas nas áreas dos cursos de Direito, Economia, Ad-ministração, Comunicação (Relações Públi-cas, Jornalismo e Publicidade e Propaganda), Ciências Contábeis e da Computação, Enge-nharia de Produção, Análises de Sistemas e Informática, entre outros. Para ser Estagiário Oi, você precisa ter previsão de formatura entre Janeiro/2011 e Janeiro/2012; Conheci-mentos em informática; Inglês intermediário. As fases do processo seletivo são composta de provas online, dinâmicas de grupo, prova de inglês oral, painel executivo e entrevistas. A duração do estágio é de 12 meses, prorro-gáveis por mais um ano. Os selecionados re-cebem uma bolsa-auxílio mensal e benefícios extras como: auxílio transporte, vale refeição, plano celular específi co para este grupo e se-guro de vida. Para concorrer a uma vaga, os interessados devem se inscrever até o dia 25 de outubro no site: www.oi.com.br

Estão abertas as inscrições para o Pro-grama de Trainee 2010 na empresa Única Indústria de Móveis, com salário de R$ 3 mil após o período de treinamento, além de be-nefícios como auxílio educação, participação nos resultados, ajuda de custo para moradia e hospedagem, alimentação, plano de saú-de e transporte. O candidato deve ter dis-ponibilidade para viajar e morar em outras cidades do Brasil. Previsto para iniciar em janeiro de 2011, o programa, em seu pro-cesso seletivo, consiste em avaliação online, dinâmica de grupo e entrevistas individuais. Para se candidatar é necessário ter entre 24 e 28 anos e ensino superior completo ou em fase de conclusão nas áreas de administra-ção, arquitetura, comércio exterior, ciências contábeis, engenharia de produção, direito e design. Os interessados devem se cadastrar no site: www.unicamoveis.com.br/projete-seufuturo - até o dia 30 de outubro.

A 33ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo acontece em diversas salas e cineclubes da cidade de 23 de outubro a 05 de novembro. A Mostra contará com uma seleção de mais de 400 fi lmes sendo 143 brasileiros, reunindo fi lmes de todas as partes do mundo que permitam uma visão aberta e pluralista da realidade e novas ex-periências estéticas. Lançamento de livro, debates e uma grande lista de convidados internacionais em São Paulo completam o programa. Para saber mais sobre valores, pacotes promocionais e ingressos individu-ais, acesse o site: www.mostra.org. O des-conto a estudantes não se estende às per-manentes e aos pacotes promocionais.

ESTÁGIO

Cursos Vagas Menor Valor Maior ValorAdm. de Empresas 38 R$ 400,00 R$ 800,00 Administrativa/Marketing 1 R$ 620,00 R$ 800,00 Arquitetura e Urbanismo 12 R$ 484,21 R$ 900,00 Biomedicina 2 R$ 600,00 R$ 800,00 Ciências da Computação 3 R$ 600,00 R$ 862,50 Ciências Econômicas 1 R$ 600,00 R$ 800,00 Comercial/Marketing 1 R$ 700,00 R$ 800,00 Publicidade e Propaganda 5 R$ 648,00 R$ 800,00 Curso Sup. De Gastronomia 2 R$ 450,00 R$ 600,00 Des. Industrial - Progr. Visual 1 R$ 600,00 R$ 800,00 Design Digital 1 R$ 600,00 R$ 800,00 Direito 35 R$ 650,00 R$ 1.320,00Educação Física 2 R$ 500,00 R$ 800,00 Educação Infantil/Educação 1 R$ 300,00 R$ 450,00 Engenharia Civil 9 R$ 800,00 R$ 1.000,00Engenharia Elétrica - Eletrônica 3 R$ 800,00 R$ 1.100,00Farmacêutica / Farmácia 2 R$ 400,00 R$ 500,00 Fisioterapia 1 R$ 465,00 R$ 500,00 História 1 R$ 750,00 R$ 900,00 Letras 2 R$ 600,00 R$ 700,00 Marketing/Marketing 1 R$ 700,00 R$ 1.706,00Matemática 2 R$ 311,67 R$ 700,00 Moda 1 R$ 500,00 R$ 800,00 Nutrição 1 R$ 692,59 R$ 900,00 Odontologia 1 R$ 500,00 R$ 800,00 Pedagogia 7 R$ 565,00 R$ 900,00 Programação/Informática 3 R$ 800,00 R$ 900,00 Tecnol.Gestão em Logística 1 R$ 698,00 R$ 800,00 Tecnologia em Logística 1 R$ 500,00 R$ 800,00 Web Design (SEQ.) 1 R$ 600,00 R$ 900,00 Web Design/Design 2 R$ 750,00 R$ 900,00

Curso Semestre Bolsa-auxílio OEAdministração de Empresas Concl. do 2º sem. de 2010 R$ 4,72 / hora 43839Administração de Empresas 3º ao 6º sem. R$ 700,00 67465Análise de Sistemas 3º ao 5º sem. R$ 750,00 60080Bacharelado em Logística Concl. do 2º sem. de 2010 R$ 650,00 58864Ciências da Computação 4º ao 6º sem. R$ 813,00 67387Ciências da Computação Concl. do 2º sem. de 2010 R$ 825,00 67316Comunicação Social 1º ao 6º sem. R$ 2000,00 59222Direito Concl. do 2º sem. de 2011 R$ 1192,00 51009Direito 7º ao 9º sem. R$ 750,00 67235Economia 1º ao 4º sem. R$ 465,00 66312Engenharia Elétrica Concl. do 1º sem. de 2011 R$ 850,00 67345Engenharia de Produção Concl. do 1º sem. de 2010 R$ 1000,00 63958Engenharia de Produção 5º ao 8º sem. R$ 1000,00 66313Engenharia Telemática 5º ao 9º sem. R$ 700,00 67225Estatística 2º ao 7º sem. R$ 888,00 65427Jornalismo 5º ao 7º sem. R$ 600,00 67469Letras / Tradutor Concl. do 1º sem. de 2010 R$ 750,00 67466Marketing 1º ao 4º sem. R$ 500,00 65394Marketing 1º ao 4º sem. R$ 500,00 65390Psicologia 5º ao 7º sem. R$ 470,00 67438Publicidade e Propaganda 1º ao 6º sem. R$ 465,00 66466Publicidade e Propaganda 1º ao 7º sem. R$ 500,00 63732Secretariado Executivo 1º ao 2º sem. R$ 500,00 67453Técnico em Eletrônica Concl. do 1º sem. de 2008 R$ 450,00 57816Técnico em Eletrônica 1º ao 5º sem. R$ 500,00 33091Técnico em Gestão 1º ao 5º sem. R$ 400,00 67463Técnico em Gestão 1º ao 5º sem. R$ 400,00 67462Técnico em Turismo e Hotelaria 1º ao 3º sem. R$ 600,00 66552Tecnologia em Design Gráfi co 2º ao 4º sem. R$ 500,00 66353Tecnologia Gestão da Qualidade Concl. do 1º sem. de 2010 R$ 818,71 55989Turismo 1º ao 6º sem. R$ 465,00 65750

Page 6: Folha Universitária: 19 de Outubro de 2009

Por Karen Rodrigues

Desde o último dia 7, o Programa de Pós-Gradu-ação Stricto Sensu em Educação Matemática conta com a ilustre presença do renomado prof. dr. Guy Brousseau, que durante o mês de outubro ministrará o curso monográfi co “Estudos Experimentais e Te-óricos de Situações Didáticas em Matemática”.

O curso destinado a pesquisadores, professores e alunos da pós-graduação em Educação Matemática, tem por objetivo apresentar e discutir o impacto e evolução da Teoria das Situações Didáticas em pes-quisas na área da Educação Matemática de modo a contribuir e fomentar a produção acadêmica e a for-mação de recursos humanos pós-graduados. Permi-tindo assim, desenvolver capacidades, consolidar e ampliar o pensamento crítico do professor e pesqui-sador visando à melhoria da qualidade do ensino.

Professor Brousseau é autor da Teoria das Situações Didáticas, um dos principais quadros teóricos da Di-dática da Matemática Francesa e um dos principais pilares de fundamentação teórica das pesquisas na área de Educação Matemática em nível internacio-nal.

De acordo com o docente da UNIBAN Ubiratan D’Ambrósio, outro importante nome na Educação Matemática, Brousseau percebeu como se organiza o ensino de forma científi ca e com isso se tornou um dos líderes da didática matemática. “Isso foi no início dos anos 70. Toda a contribuição dele foi re-conhecida pela Comunidade Internacional de Edu-cadores de Matemática, chamada ICMI (Internatio-nal Commission on Mathematic Instruction), que

06 Pós-Graduação

UNIBAN recebe o líder

mundial da Teoria das Situações

Didáticas em Matemática

Fotos: Karen Rodrigues

concedeu a ele a medalha Félix Klein Award, que é um reconhecimento para os colegas que contribu-íram de forma muito signifi cante para o avanço da área”, explica D’ Ambrósio.

Brousseau revela que estava um pouco cansado e recusando vários outros convites para apresen-tações. Mas o convite feito pela professora Tânia Campos o fez decidir por vir, porque seria uma boa ocasião para fazer uma síntese e falar mais uma vez das contribuições e das idéias que desenvolveu ao longo de toda sua carreira.

O pesquisador francês já veio ao Brasil várias ve-zes, em conferências e apresentações pontuais. No entanto, esta é a primeira vez que vem ao País para ministrar um curso sobre o conjunto de suas obras, trabalhos e pesquisas.

Com muito bom humor, Brousseau revela que na sua idade não tem muitas expectativas. “Mas gosta-ria muito que as questões que apresento ainda sejam estudadas por jovens pesquisadores na área de edu-cação matemática, e que encontrem mais respostas para estas questões”, concluiu.

Na opinião do prof. D’Ambrósio, a UNIBAN se destaca internacionalmente ao receber este renomado pesquisador. “Qual-quer universidade que tem um curso de de-terminada área, neste caso de Educação Ma-temática, e recebe um professor visitante por

um mês, uma das pessoas mais renomadas do mun-do, a importância eu não preciso elaborar muito. A UNIBAN se torna uma estrela na área por ter aqui uma estrela como ele. A UNIBAN se projeta inter-nacionalmente e isso é muito importante”.

No próximo dia 21, o prof. Guy Brousseau irá abordar o tema “Fenômenos macrodidáticos”, no qual irá tratar sobre as avaliações de massa, práticas de professores e resultados escolares e a deontologia do ensino e da pesquisa em Educa-ção Matemática. Esta será a última etapa do curso, que será ministrada em duas sessões: das 13h30 às 15h e das 15h30 às 17h, no auditório do Campus Marte (MR).

Mestre francês Brousseau ministra curso sobre o conjunto

de suas obras, trabalhos e pesquisas

“Gostaria muito que as questões que apresento ainda sejam estudadas por

jovens pesquisadores na área de educação matemática, e que encontrem mais respostas para

estas questões”, diz o prof. Guy Brousseau

Page 7: Folha Universitária: 19 de Outubro de 2009

07

“O livro: ‘A História e suas Epidemias – A Convivência do Homem com os Microorganismos’ relata de forma bastante didática as batalhas que vem sendo travadas entre o ser humano e os microorganismos: bactérias, fungos e vírus durantes os séculos. O texto mostra como nossos antepas-sados entendiam as epidemias e como de forma precária a combatiam e também qual a visão que hoje temos destes microorganismos em nossa vida diária, como microorga-nismos bons, que nos ajudam na conservação de alimentos e dos microorganismos letais, que dizimam populações. É uma leitura atual sobre o de-senvolvimento de vacinas e de como estes microorganismos nos ajudaram nas descobertas científi cas”.

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O Fireworks CS3 é um editor de layouts de sites. Suas funcionalidades focam a publicação gráfi ca na Internet, por isso reúne todas as ferramen-tas necessárias para escrever, desenhar e animar um site. O Fireworks CS3 oferece fl exibilidade para editar vetores e imagens de mapa de bits, uma bi-blioteca geral de recursos pré-desenvolvidos e a integração que economiza tempo com os softwares: Photoshop CS3, Illustrator CS3, Dreamweaver CS3 e o Flash CS3; favorecendo a projeção, edição e preparação de layouts visuais de sites. Com o livro Firewoks CS3 – Projetando Sites, o leitor apren-derá a criar e otimizar imagens para web, manipular imagens, criar barras de navegação, menus, hollovers, hotspots, animações de objetos, utilizar e aplicar fi ltrose efeitos, confi gurar e exportar arquivos, editar objetos, utilizar camadas e muito mais. O livro aborda todos os tópicos necessários para o desenvolvimento de trabalhos e projetos para sites, utilizando vários exem-plos práticos e objetivos. Disponível para empréstimo.

Foto: Cleber Eufrasio

Firewoks CS3 – Projetando Sites

Autores: Fernando Lobo Blumer, Wellington da Silva Rehder

Prof. Dr. Paulo Celso Pardi - Leciona a disciplina de

Laboratório Clínico no curso de Biomedicina – Campus ABC. Trabalha no Laboratório de Patologia Experimental e Aplicada. Mestrado Profissional em Farmácia – UNIBAN.

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Page 8: Folha Universitária: 19 de Outubro de 2009

Por Manuel Marques

Se o leitor tiver a curiosidade de comparar as resenhas das estréias desta semana nos cinemas verá que a maio-ria delas é muito parecida. É como se os críticos bebessem da mesma fonte: cópia da cópia da cópia... Existem al-gumas exceções e Rubens Ewald Filho é a mais fulgurante delas. Já comple-tam quatro décadas que ele é o crítico de cinema mais importante do País. Autor de obras como o Dicionário de Cineastas e os belos ensaios Os 100 Maiores Filmes de Todos os Tempos e Cult-movies do Século 20, seu nome acabou se tornando indispensável para qualquer pesquisador da sétima arte. Mais que isso: Ewald contou com a sorte de ser o mais conhecido crítico brasilei-ro graças ao trabalho que desenvolveu nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja, Fo-lha de S. Paulo, UOL, além de HBO, Telecine e TNT, onde atualmente faz o programa TNT+Filme e comenta as entregas do Oscar e do Globo de Ouro. Nascido em Santos, em 7 de março de 1945, Rubens Ewald descobriu o cine-ma ainda criança, quando produziu as primeiras resenhas. Como se não bas-tasse, conseguiu tempo e competência para atuar em alguns fi lmes brasileiros como ator, além de escrever diversos roteiros para minisséries, novela (Éra-mos Seis) e dirigir peças teatrais. Há dois meses, ele lançou mais um guia, desta vez comemorando os 30 mil fi lmes assistidos e devidamente criti-cados (ainda criança, começou a es-crever em um caderno – guardado até hoje - os fi lmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, di-retor, diretor de fotografi a, roteirista e outras informações). Ele recebeu a reportagem da Folha Universi-tária em seu apartamento, na região central de São Pau-lo. Em meio a milhares de DVDs, documentos, quadros e livros so-bre cinema, tivemos

08 Entrevista

uma longa e agradável conversa. Nes-sa entrevista ele fala um pouco de si, da sociedade moderna, do seu ofício e claro, sobre a sétima arte de todas as épocas.

Folha Universitária – Ewald, queria dar início ao nosso bate-papo pelo começo, desde seus primeiros anos e a atenção desperta para o cinema.

Rubens Ewald Filho – (...) Só lembro dos fi lmes que eu assisti, mais nada. É engraçado isso. Eu sempre brinco que essa época era A Rosa Púrpura do Cairo (fi lme de Wood Allen, que aborda a temática da ilusão do cinema) porque o cinema era a minha droga.

F.U. – No lançamento do seu úl-timo livro você me mostrou um caderninho com as primeiras ano-tações. Com que idade você come-çou a criticar os fi lmes?

R.E. - Comecei a escrever de dez pra 11 anos. Eu nunca contei, mas quem começou a fazer eu anotar os fi lmes foi um primo meu, que chama-se Luis Carlos Ewald (o economista do programa Fantástico, da Rede Globo). Foi a partir desses cadernos que comecei a anotar o que

Memória viva do cinemaO crítico de cinema Rubens Ewald Filho recebe a

reportagem da Folha Universitária em sua casa para um bate-papo sobre cinema

mais tarde se transformou no Dicionário de Cineastas e onde me preparo para a transmissão do Oscar.

F.U. – Parece que você fez de tudo um pouco.

R.E. – Eu fi z quatro faculdades ao mesmo tempo: Direito de manhã, História e Geografi a à tarde e Jornalismo à noite. Ainda fi z inglês, fi z francês, fi z italiano. Eu tinha 21 pra 22 anos.

F.U. – Que obsessão pelo saber.R.E. – E sou obsessivo até hoje. Eu faço muitas coisas ao mesmo tempo, mas todas de forma obsessiva. Não dá pra ter uma vida particular, mas é assim que eu gosto. Tudo que fi z, fi z por prazer porque me sentia bem fazendo.

R.E. – E a opor-tunidade pra fa-zer as primeiras críticas, como surgiu?R.E. – (...) Os meus colegas de faculdade me pediram um curso de cinema. E fui dando esses cursos. Isso saiu em jornal, meu professor fi cou

sabendo e me convidou para ir

pro jornal, já como crítico. Uma coisa

leva a outra. Se eu não tivesse feito de graça os

cursos eu não estaria aqui hoje.

F.U. – Então foram várias decisões acertadas.

R.E. – A vida é feita disso, de escolhas. E são escolhas mais sérias também. (...) Eu nunca fi z uma concessão, nunca me corrompi de nada. (...) Só para citar um exemplo, o fi lme Salve Geral só existe porque eu levei pra Paulínia. (...) Não interferi artisticamente, mas me dou o direito de ver o fi lme e dizer: ‘não gostei’. Essa minha isenção chega a esse ponto. As pessoas podem me acusar de qualquer coisa, menos de desonesto. A única coisa que eu tenho é credibilidade e é fundamental que a gente tenha credibilidade.

F.U. – Com mais ou menos cre-dibilidade, o certo é que a crítica do Brasil é muito ruim, você não acha?

R.E. – É uma catástrofe.

F.U. – Isso é um refl exo do nosso cinema, ou o cinema brasilei-

ro é bom e a crítica, não?

Page 9: Folha Universitária: 19 de Outubro de 2009

09

R.E. – Nós temos um cinema sofrível e uma crítica péssima. O que eu fi co chocado é que em 40 anos de carreira, a crítica não melhorou (...)

F.U. – Mesmo tendo uma formação intelectual sólida, você se comunica muito bem com o público, digamos, pop. Como consegue isso?

R.E. – Aí é que tá. Eu me resguardei com essa formação intelectual que você mencionou. Eu fi z tudo que você puder imaginar, mas fi z isso pra ter e saber, e usar da maneira mais conveniente. Eu sempre pleiteei e lutei por uma comunicação com o leitor. Ou seja, não adianta você ser um intelectual brilhante se ninguém consegue ler o seu texto.

F.U. – E wald, se ninguém consegue ler o que você escreve é porque você não é um intelectual, e muito menos brilhante.

R.E. – (rindo) É verdade, eu sempre pensei assim. Eu sempre me preocupo com quem está do outro lado, seja em rádio, jornal ou televisão. (rindo, quase gargalhando) E se me queixo de alguma coisA é que as pessoas fi caram mais burras hoje em dia. E me queixo de outra coisa: os colegas críticos fi caram mais burros também. (...) Você pega, por exemplo, uma crítica do Blow-Up, que eu escrevi quando tinha 24 anos e ela é mais profunda do que as críticas que a gente escreve hoje.

F.U. – Por que houve esse processo de emburrecimento generalizado?

R.E. – Porque o veículo não pede uma crítica inteligente, porque os outros também são burrinhos. (...) E não somos só nós não. O mundo está mais burro. Antigamente, a arte era o culto do belo, hoje é o culto da baixaria, da violência, da grosseria. (...) Não tem cabimento. Os bárbaros ganharam a guerra e essa é a tristeza.

F.U. – Mas Ewald, falando especifi -camente do cinema, já que tivemos tantas obras-primas cinematográ-fi cas no passado, esse espectador moderno não deveria estar molda-do?

R.E. – Eu acho que as gerações subsequentes não se moldam no passado. (...) E o cinema refl ete um pouco isso (...).

F.U. – Você consegue destacar al-gum cineasta hoje em dia que ainda nos faz pensar?

R.E. – Olha, eu fi quei surpreendido com o Lars von Trier. Ele já fez tanta coisa ruim, tanta vigarice e golpe publicitário. Mas o último fi lme (Anticristo) dele me parece muito denso, muito sério, dolorido. Foi o fi lme que mais me impressionou este ano. Eu adoro Almodóvar. Pra

eu acertando todo ano. No quarto ano eles queriam um debate lá, e me chamaram. Era eu, o (Arnaldo) Jabor e o (Luís Carlos) Barreto. Os dois só falavam mal do Oscar e bem do cinema brasileiro. É a cara deles. (...) Hoje eu faço o Oscar na TNT e tenho contrato já assinado por mais dois anos. Eu faço com prazer.

F.U. – Só os melhores ganham o Os-car?

R.E. – Não digo que ele é um prêmio justo, mas digo que ele é honesto. Ninguém rouba, como acontece nos Cannes da vida. Aliás, Cannes e os outros festivais funcionam como o nosso Congresso Nacional: ‘você vota em tal pessoa que eu voto naquele, se você fi zer isso eu produzo seu fi lme seguinte’. Todo festival tem isso, é da essência do júri. Onde pessoas se reúnem há essa patota, troca-troca. Em Oscar as pessoas não se encontram. Cada um vota de sua casa, não tem negociação.

F.U. – Além do olhar crítico, a gran-de qualidade de suas críticas é a beleza do texto. Quando começou seu trabalho, lá em Santos, ele já era assim.

R.E. – Esse bem escrever que você está falando é um valor que eu só vou adquirir quando entro no Jornal da Tarde, em que você não era avaliado se era ou não bom caráter, mas se escrevia bem ou não. “Hum, esse aí tem bom texto”. Se você tinha, era um deus.

F.U. – Você ajudou a formar várias gerações de cinéfi los. Destaque 10 fi lmes para a nova geração.

R.E. – Eu começaria por Amarcord, que é o fi lme do coração do Fellini. Noites de Cabíria, por exemplo, eu acho esplêndido, um fi lme humano. A Estrada da Vida é um poema. Mas Fellini 8 1/2 é um fi lme que me pegou desde a primeira vez que vi. Trata da crise do artista, quando seca a fonte. O Fellini é um pouco a gente. Ele é um cineasta que criou um universo. Mas o meu cineasta preferido é (Ingmar) Bergman, que quanto mais revejo mais gosto. Pra citar apenas um dele, Gritos e Sussurros. Tem ainda os fi lmes do (Vittorio) De Sica, 2001 – Uma Odisséia no Espaço, West Side Story, Quanto Mais Quente Melhor, que revejo sempre, A Malvada, que é uma obra-prima, Crepúsculo dos Deuses e Era uma Vez na América (...).

Aliás, o ator que faz o fi lho é muito ruim. A Andréa Beltrão é boa atriz, mas o público não gosta de mocinha que dá pro bandido, a não ser pra salvar o fi lho. O roteiro é uma bosta e consegue contar uma história de São Paulo sem São Paulo. Mas quanto ao Oscar, eu acho que na comissão tinha que indicar quem sabe: Walter Salles, Fernando Meireles, Bruno Barreto. Enfi m, os brasileiros que são sócios da Academia e não professora do cassete a quatro, que não tem noção. Aliás, não é culpa dela, a culpa é do secretário do audiovisual, que não soube escolher a comissão. Acho que ele até não fez por mal, fez por incompetência. Azar dele, mais uma vez nos ferramos. O pior de tudo é que a expectativa acabou com esse fi lme. A imprensa e o público vão ver, dois minutos depois põem no Twitter e o Brasil inteiro sabe que o fi lme é uma merda. O boca-boca é imediato.

F.U. – Conte um pouco como come-çou sua história com a transmissão do Oscar.

R.E. – (apontando para um canto da sala) Olha, é nesse lugar que você está sentado. Aqui a gente fazia a festinha do Oscar. Reunia uns amigos e a gente assistia. Até que um dia a Globo ligou perguntando se eu podia cobrir. Aí, me entrevistaram antes e depois. E eu acertei. E foi

assim durante três anos e

mim é o maior cineasta vivo, mas o último fi lme dele, que ainda não chegou ao Brasil, é uma bobagem. Mas esse fi lme do Lars von Trier foi o que mais me marcou neste ano. (...) Eu tento não ser o velho que fala de fi lme antigo, mas até o cinema italiano, que é o meu preferido, está decadente.

F.U. – Para um homem que viu mais de 30 mil fi lmes, essa declaração de amor ao cinema italiano vale tanto quanto um Oscar. O que mais te chamou a atenção no cinema da-quele país?

R.E. – Eu acho que, de todos os povos, eles são os que mais parecem os brasileiros. Eles conseguem tirar sarro de si próprios. (...) Como se não bastasse, eles tinham os melhores diretores, os melhores fotógrafos, fi gurinistas, melhores diretores de arte, o melhor estúdio. Eles tinham tudo. Como te falei, o que me espanta é que hoje acabou tudo. A foto, por exemplo, é uma merda hoje em dia. Até em fi lmes bons fi cam devendo tecnicamente. Pior do que o Brasil, que já não era mesmo, é a Itália, que era e perdeu.

F.U. – Falando em perda, Salve Ge-ral, que você não gostou, vai perder o Oscar?

R.E. – Esse fi lme se perde desde o começo. Quando ele insiste em contar a história da mulher, e faz essa mulher dar pro chefão, que é um cara gostosão, e em nenhum momento ela fala do fi lho, está tudo perdido. Aliás, o fi lho também é um bosta. No momento que esse fi lho deu um tiro e matou, perdeu. O público não gosta d e l e .

Saiba mais:

Confi ra a íntegra da entrevista, além de uma seção de fotos no nosso site www.unban.br/folha

Page 10: Folha Universitária: 19 de Outubro de 2009

10 Reportagem da Semana

Jovens promessas olímpicas

A Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, levanta a esperança de futuros atletas participarem do evento. A dúvida é quanto ao apoio, pois até o

momento o assunto é apenas estrutura

Por Renato Góes

Podemos afi rmar que o dia 2 de outubro de 2009 vale ouro para o esporte nacional. Nesta data, o Co-mitê Olímpico Internacional (COI) confi rmou a ci-dade do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olím-picos de 2016. Além de ser a primeira competição deste porte no continente sul-americano, o evento irá trazer mudanças signifi cativas na estrutura da ca-pital fl uminense, além de mexer positivamente com a auto-estima do povo carioca e brasileiro.

Mas apesar do anúncio ter sido comemorado nos quatro cantos do País, muitas questões permanecem no ar. Os mais céticos acreditam que essa vai ser mais uma oportunidade para que haja superfatura-mento de obras, a exemplo do que aconteceu nos Jogos Pan-americanos de 2007. Os mais otimistas enxergam a chance da cidade maravilhosa melhorar questões como transporte público e segurança, além de um forte incentivo ao turismo e ao esporte em geral. Todos esses aspectos são importantes, mas e o material humano que atende pelo nome de atletas?

Todo brasileiro sabe que vivemos no País do Fu-tebol e que os outros esportes são deixados de lado. Somente em época de Olimpíadas é que as atenções se voltam para outras modalidades, sejam elas cole-tivas como o voleibol e o basquete, ou individuais como o atletismo e a natação. Mas nesse intervalo de quatro em quatro anos, a maioria desses atletas sofre para conseguir patrocínio e continuar treinando em alto nível para competir de igual para igual com atle-tas de países considerados potências olímpicas.

Dentro deste contexto pouco animador, pode-se afi rmar que o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP) da cidade de São Paulo é uma bela exceção. O local reúne uma infra-estrutura de primeira, além de técnicos e coordenadores gabaritados e que já foram atletas de destaque no Brasil. O local é composto por três quadras poliesportivas cobertas, uma piscina olímpica aquecida e coberta, campo de futebol e espaços dedicados à prática da ginástica olímpica, judô, luta olímpica e boxe. A pista de atletismo atualmente passa por reforma. Neste amplo espaço, centenas de crianças e jovens aprimoram

seus respectivos talentos para, quem sabe em 2016, representarem o País.

Se a tradição do COTP continuar, é quase certo que alguns desses jovens estarão nos Jogos Olím-picos do Rio. Vários atletas de destaque no esporte mundial passaram pelo centro ao longo destes 33 anos de história. No vôlei se destacam o atacante Montanaro (prata nas Olimpíadas de Los Angeles – 1984) e a levantadora Fofão (ouro em Pequim – 2008). O nadador Ricardo Prado (também prata em Los Angeles), a rainha do basquete Hortência (prata em Atlanta – 1996), o judoca Henrique Gui-marães (bronze em Atlanta) e o impagável João do Pulo (bronze em Montreal – 1976 e Moscou – 1980) são outros bons exemplos a serem seguidos pelos jovens atletas.

Para Ismar Barbosa, coordenador do COTP, a confi rmação do Rio como sede olímpica é um estí-mulo a mais, principalmente para os atletas que terão idade para competir em 2016. “É claro que depen-de da modalidade esportiva. Mas na última semana, numa competição de natação, rolou um comentá-

Fotos: Amana Salles

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O jovem nadador Gabriel Yoshimoto Miranda, que tem se destacado no COTP

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Saiba mais:

www.centroolimpico.prefeitura.sp.gov.br www.adcentroolimpico.com.br

rio de que o César Cielo tinha participado daquele mesmo evento sete anos atrás. Hoje ele é campeão mundial e olímpico. Talvez, daqui a sete anos, alguns deles estejam competindo na Olimpíada e trazendo alguma medalha”, comenta.

Um ponto destacado por Barbosa é sobre o le-gado deixado quanto à cultura esportiva no País. O que deve ser levado em conta é: que papel o Brasil vai ter nos Jogos? “Nos Jogos de Pequim, o traba-lho que a China fez ao passar os EUA no quadro de medalhas de ouro foi incrível. Qual vai ser o objetivo do Brasil? Se quer melhorar a colocação no quadro de medalhas, tem que ser feito um trabalho junto às confederações esportivas para que isso aconteça. O que mais ouço na mídia é que vão construir, se vai ter superfaturamento, rede hoteleira, mas não ouço falar nada sobre os atletas. Que planejamento vai ser feito para os atletas até 2016? Nós vamos fazer uma festa bonita para os outros ou vamos participar desta festa?”, contesta.

Em busca dos novos talentos

Basta circular uma tarde pelas dependências do COTP para que se tenha uma pequena noção da importância do trabalho de base realizado. No dojô, espaço dedicado para o judô, conversamos com o técnico Sidnei Franco da Silva, que quer muito que algum atleta treinado por ele participe dos Jogos em 2016. “Só que mais do que eu, eles é quem devem querer participar de uma Olimpíada. Como aqui é um local de formação de atleta, temos um supor-te para treiná-los até a fase adulta, por volta dos 21 anos. Dali pra frente é que ele tem que ver se é isso que ele quer mesmo: ser um lutador de judô profi s-sional”. Ele comenta que os alunos são conscientes da tradição do judô brasileiro em competições, afi nal de contas eles são treinados também pelo medalhista olímpico Henrique Guimarães.

Sobre sua aposta para 2016 ele procura se esqui-var. Mas sobre 2012 (Olimpíadas em Londres), ele

aponta uma candidata qualifi cada. É a judoca Maria Portela, 21 anos, que já faz parte da seleção brasileira na categoria até 70kg. Natural de Santa Maria, Rio Grande do Sul, ela conta que “estou com a prepara-ção focada para 2012, mas a possibilidade de disputar 2016 no Rio de Janeiro, no Brasil, é um grande estí-mulo pra mim. Na época estarei com 28 anos, mas se eu continuar treinando, manter um bom nível e fazer um trabalho ainda melhor, quem sabe?”. De acordo com Portela, o maior desafi o será disputar uma vaga com a nova geração de judocas que irá surgir, afi nal de contas esses novos atletas estarão com uma von-tade enorme de disputarem uma Olimpíada em seu próprio país.

Mais ao lado se localiza a piscina olímpica, aqueci-da e coberta, onde vários jovens treinam sob as orien-tações do técnico Luiz Fernandes Barbosa. Ele acre-dita que “alguns desses jovens que treinam hoje com a gente, daqui a sete anos terão idade para competir uma Olimpíada. A gente conversa com eles e diz que depende da perseverança de cada um”. Quando per-guntado sobre quem ele aposta as fi chas, ele aponta o jovem Gabriel Yoshimoto Miranda, 14 anos de idade e oito de COTP. “Em 2016 ele estará com 21 anos. Se continuar treinando forte estará no ápice da forma física”, comenta o professor. Ele tem tido destaque nos campeonatos de natação e tem como ídolos Mi-chael Phelps e César Cielo. “Com os Jogos aconte-cendo no Rio, vai haver mais incentivo aos atletas, para novas gerações. Vamos poder mostrar pra todo mundo que temos atletas bons, o que falta mesmo é apoio”, comenta. Mas para chegar lá, ele sabe que precisa treinar muito. Sua rotina de treinos é pesada, de segunda a sábado ele chega a nadar de nove a dez mil metros. “Domingo é o único dia que eu não trei-no. Aí eu passo longe da piscina”, brinca.

O boxe pode ser considerado uma modalidade es-portiva marginalizada que quase não tem apoio. No COTP a história é diferente, já que conta com uma academia só para os boxeadores com toda estrutura

necessária para os atletas. Quem afi rma isso é Mes-sias Gomes, técnico da equipe de boxe. Durante o papo, ele lembra que a última medalha brasileira foi a do boxeador “prata da casa” Servílio de Oliveira, nos Jogos Olímpicos do México, em 1968. “É muito tempo sem medalha”, comenta. Mesmo assim, ele enxerga a confi rmação dos Jogos do Rio como uma maneira de dar visibilidade ao boxe. Gomes também comenta sobre vários destaques da equipe, tanto no feminino quanto no masculino.

Mas a aposta dele para 2016 é Joedison Jesus Teixeira, o “Chocolate”, jovem de 15 anos que tem se destacado nos campeonatos de boxe na categoria 54kg. Com o boxe em seu DNA, afi nal de contas é fi lho do boxeador Jocival Lima, os colegas de acade-mia reforçam a opinião do treinador e tecem elogios ao garoto. “Não tem jeito, a Olimpíada no Rio cria uma grande expectativa. Eu sei que o caminho é lon-go, mas consigo me imaginar disputando uma me-dalha. É um grande sonho. Vou continuar treinando forte e manter a esperança”, disse o jovem.

No setor das quadras poliesportivas, conversa-mos rapidamente com a técnica da equipe de bas-quete feminino, Vânia Paulette, que também dirige categorias de base da seleção sub-15 e sub-16. Aliás, três jovens de 15 e três jovens de 16 que treinam no COTP já foram convocadas. Em 2016, elas estarão com 22, 23 anos. Vânia faz suas previsões. “Algu-mas jovens jogadoras dessa boa geração vão estar no auge da carreira, nos seus 27 anos. Essa mescla com novatas de 23 anos é muito benéfi ca. Vai ser uma mudança grande, mas acho que dessa vez o Brasil virá com tudo no basquete feminino. Mas para che-gar lá tem que ter muito trabalho”.

À esq., a judoca Maria Portela, esperança do judô brasileiro para Londres 2012. À dir., o boxeador

Joedison Jesus Teixeira, o “Chocolate”, atleta com idade para disputar os

Jogos Olímpicos Rio - 2016

Page 12: Folha Universitária: 19 de Outubro de 2009

Por Isabelle de Siqueira

Desde a Antiguidade o teatro é um dos mais po-derosos recursos pedagógicos. De um lado, possibilita o contato vivo e refl exivo com a obra artística de au-tores consagrados, bem como a recriação de contex-tos históricos e o estudo de costumes. De outro, leva à auto-descoberta, ao auto-conhecimento, ao controle emocional, ao estudo psicológico, à expressão de senti-mentos e ao domínio dos recursos corporais e vocais.

Nesta perspectiva, acadêmicos do primeiro ao ter-ceiro ano curso de Letras da UNIBAN campus Osasco (OS) se reuniram – sob orientação da aluna e atriz Ka-thrine Butieri e supervisão da professora Regina Uma-ras - com a fi nalidade de discutir e apresentar o teatro como uma efi ciente estratégia de ensino nas salas de aula, principalmente para abordar a Literatura.

Diversos encontros depois, esse mesmo grupo de alunos já tinha um nome, o Letras em-cena, e uma peça pronta para ser apresentada, com direito a muita pre-paração. Os estudantes participaram ativamente de todo o processo até a data de estréia da peça, no início de outubro. Eles aprenderam técnicas de interpreta-ção, linguagem corporal, produção cenográfi ca e de fi gurinos.

Para o grande dia, foi produzido o texto “Contos Lituanos – um momento de magia”, baseado em dois contos do livro “Lendas e Contos Lituanos”, de au-toria das professoras Regina e Maria Cristina Bessa, devidamente adaptados por Kathrine. “Nós quisemos falar sobre a Lituânia pelo fato da cultura desse país ser pouco conhecida pelos brasileiros, por estar come-morando mil anos de seu nome e pela sua capital Vi-lnius, que foi nomeada a Capital da Cultura Européia de 2009”, explica Regina.

Com uma platéia participativa e numerosa, formada por familiares, docentes e discentes da universidade, a primeira apresentação mostrou que o ensino de litera-tura pode ser atraente e divertido. “Os alunos fi caram muito entusiasmados. A nossa idéia agora é propor o projeto do teatro, como uma importante ferramenta de conhecimento, a outros cursos da UNIBAN”, revela a entusiasmada professora.

12 UNIBAN Brasil

Alunos de Letras

apresentam peça teatralA ideia surgiu para mostrar que

o teatro pode ser um importante recurso didático nas salas de aula

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No próximo dia 31/10, o grupo Letras em-cena fará uma apresentação especial na UNIBAN do campus Campo Limpo (CL), durante a “Tarde Lituânia”. Confi ra a programação completa do evento no Diário Ofi cial desta edição ou no site: www.uniban.br/folha/calendario_eventos.asp

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Por Isabelle de Siqueira

Os alunos do ensino fundamental vivem dizen-do: “Por que devo estudar o que já passou?”, “Pra quê guardar todas estas datas?” ou “O que esses fatos têm a ver com a minha vida?”. Ensinar His-tória está longe de ser uma tarefa fácil, ou melhor, estava longe. É que o professor de História Antiga e Medieval, e Metodologia do Ensino de História da UNIBAN, André Wagner Rodrigues, criou uma ferramenta de apoio aos educadores de História.

Após um bom tempo de pesquisa e troca de idéias com os próprios alunos, ele desenvolveu o livro “A História através de Conceitos – Metodo-logias e práticas de ensino voltadas a uma Educa-ção para o Pensar”. A obra propõe alternativas de trabalho com o conhecimento histórico e o desen-volvimento de metodologias de ensino que possi-bilitem o educador ensinar e desvendar a História por meio de conceitos, como Renascimento, Impe-rialismo, Reforma Protestante, entre outros.

esvendando a História

Segundo Rodrigues, são inúmeras as difi culda-des do professor de História em sala de aula. “Há uma tendência em representar os conceitos histó-ricos superfi cialmente e, muitas vezes, de maneira imprecisa”, comenta. Quando questionado sobre as consequências da incompreensão do aluno pela disciplina, ele explica: “o contato com essa infi nida-de de termos históricos, nem sempre bem compre-endidos, se torna frustrante para o aluno, porque provavelmente ele não aprendeu da maneira mais correta os signifi cados históricos que estão envolvi-dos no estudo desses conceitos. E o livro veio para evitar que isso aconteça”, defende.

Professor da UNIBAN cria livro que aborda metodologias e práticas de ensino voltadas

ao ensino da História nas salas de aula

Título: A História através de Conceitos – Metodologias e práticas de ensino

voltadas a uma Educação para o PensarAutor: André Wagner Rodrigues

Editora: Andreoli

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Page 15: Folha Universitária: 19 de Outubro de 2009

mail: [email protected] Vende-se Titan, vermelha, 2005. Valor: R$ 3.800,00 + R$ 600,00 doc. Anderson. Tel.: 7330-7051. E-mail: [email protected]

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Vende-se Roteador D-Link, DI-524, ban-da de 54Mbps. Valor:R$ 150,00. Lidyane. Tel.: 9956-7404. E-mail: [email protected]

Vende-se aparelho da sony ericsson, mo-delo F305, preto, com carregador, cartão de memória e cordão para pulso. Valor: R$ 400,00. Jaqueline. Tels.: 8051-3108/7321-7371

Vende-se Fusca 1300, 1977, documentos ok. Valor: R$4.200,00. Amaro. Tel.: 9607-6451. E-mail: [email protected]

Vende-se academia em São Bernardo do Campo. Valor: R$ 60mil. Marcio. Tel.: 8514-0243/3423-2243. E-mail: [email protected]

Vende-se Escort 99 GL 1.8 GAS/GNV 4P, verde, original, ótimo estado, c/manual, R$ 12 mil. José. Tel.: 9546-5287. E-mail: [email protected]

Vende-se Pick-Up Corsa, 96/96, branca, 1.6, alarme, trava elétrica, documentos ok. Valor: R$ 12 mil. Priscila. Tel.: 9717-2963. E-mail: [email protected]

Vende-se Uno, 1995, trava e vidro elétrico, desembaçador traseiro, com cd. Valor: R$ 8.500,00. Rodrigo. Tels.: 8815-2957/4121-6469. E-mail: [email protected]

Vende-se Celta 2005, 04 portas, prata, gasolina, com ar condicionado, vidro elétrico, travas, alarme, 43 x 570,10 ou preço a vista R$ 19.000,00. Patrícia. Tels.: 7690-9903/6642-3088. E-mail: [email protected]

Vende-se corsa wind 94, com rodas, tra-va mult-lock, cd player e insul-fi lm. Valor R$10.000,00. Luis Fernando. Tel: 8050-9562. E-mail:[email protected]

Vende-se Chevette 89 SL, Gasolina, trava mult-lock, alarme, documentação ok. Va-lor: R$ 5.500,00. Iara ou Alan. Tel.: 2228-4206. E-mail: [email protected]

Vende-se Fiesta 1.0, 98/98, 2P, motor Endura. Valor:R$ 10.500,00. Bruno/Carol. Tels.: 9752-6070/9689-9833. E-mail: [email protected]

Procuro carona solidária do Campus ABC/São Bernardo para a Zona Leste – noturno. Divido as despesas. Mariana. Tels.: 6631-8346/2101-3713/2735-3626. E-mail: [email protected]

Vende-se carrinho de churrasco inox. Pamela. Tel.: 9899-2175. E-mail: [email protected]

Ofereço carona solidária para região da Vila Formosa / Vila Guarani. Período Noturno/Campus MC. Thiago. Tel.: 8225-9707. E-mail: [email protected]

Vende-se cilindro de GVN, grande. Valor: R$ 400,00. Fábio. Tel.: 6745-4224.

Vende-se bicicleta ergométrica. Valor: R$ 400,00. José Carlos. Tel.: 2922-0014. E-mail: [email protected].

Troco escova giratória elétrica (Polishop) por um secador de cabelo profi ssional ou por um DVD ou uma esteira elétrica. Éri-ka. Tels.: 3735-7419/9255-6183. E-mail: [email protected]

Faço tradução de qualquer texto de portu-guês para inglês. Inclusive TCC. E dou au-las particulares de Inglês básico, interme-diário e avançado. Kátia. Tel.: 6655-3328. E-mail: [email protected]

Vende-se aparelho de musculação. Mesa de supino, barra para anilhas/prisilhas, barras para bicepis/prisilhas. Valor: R$ 600,00. Josué. Tels.: 5925-4908/9169-7284.

Vende-se Bicicleta ergométrica, Esteira mecânica e Pedalinho. Valor: R$ 500,00. Douglas. Tels.: 2971-3186/9630-5047

Vende-se um remo. Valor: R$ 400,00. José Carlos. Tel.: 2922-0014. E-mail: [email protected].

Vende-se uma esteira. Valor: R$ 350,00. José Carlos. Tel.: 2922-0014. E-mail: [email protected]

Vende-se apartamento em Mongaguá, dormitório, sala americana, sacada, cozi-nha, lavanderia, móveis embutidos, 1 vaga na garagem. Valor: R$70.000,00. Douglas. Tels.: 29713186/96305047.

Vende-se Suzuki EN125 YES, 07/08, pra-ta, 8000 Km, 2 capacetes, bauleto, alarme. Valor: R$ 4.200,00. Alex. Tel:. 9279-0069. E-mail: [email protected]

Vende-se Tornado, 2008. Valor: R$ 8.900,00. Rodrigo. Tel.: 4121-6469. E-

15Classificados

Vende-se Peugeot, 1995, 205 XSI, com rodas, TE, VE, LT, des. tras., preto, docs ok. Valor: R$ 8 mil. Wagner. Tels.: 4518-3501/6375-9989. E-mail: [email protected]

Vende-se Renault 19RT Sedan, ano 98/98, doc. em dia. Valor: R$ 6.500,00. Daniel. Tel.: 3685-4850. E-mail: [email protected]

Vende-se Parati 1.6 GIII, ano 00, cinza, 4 p, gasolina, D.H, alarme, trava elétrica, rodas de liga leve e insulfi lm. Valor: R$ 17 mil. Camila. Tels.: 8612-027/3024-9517. E-mail: [email protected]

Vende-se Corsa Wind 1997, cinza, 2p, Insulfi lm, alarme, rodas 13”. Valor: R$ 10.500,00. Felipe. Tel.: 7371-2503. E-mail: [email protected]

Vende-se Escort 1997, 4 portas, vinho, gasolina e gás natural, ar condicionado. Valor: R$ 7 mil + 2.500,00 (dívida). Fran-cisco ou Zelândia. Tel.: 3461-8015. E-mail: [email protected]

Vende-se Fusca 74, vermelho, 3 auto fa-lantes. Valor: R$ 4mil. Danilo. Tel.: 7520-5323. E-mail: [email protected]

Vende-se Palio EX FIRE 2002/2002, 4p. Valor: R$15.500,00 + 08 parcelas de R$250,00 ou R$17.500,00. Marcio. Tel.: 6739-0335

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12 de outubro de 1492. Não conseguiu um atalho para a Ásia, mas descobriu a América, um Novo Mundo. Retornou à Espanha triunfante, e nos próximos seis anos completou mais três viagens ao pa-raíso descoberto.

Embora saibamos alguns detalhes dessa aventura, já que tudo foi registra-dos em diários de bordo, não podemos afi rmar o mesmo no que tange ao ho-mem Cristóvão Colombo. No entanto, alguns pontos de sua vida são unânimes na visão de historiadores, como sua re-ligiosidade, e o nascimento em Gênova, em 1451. Mas um ponto de sua vida também é muito claro: de bobo o velho Colombo não tinha nada. A começar pela negociação que estabeleceu com a coroa, exigindo dos espanhóis dez por cento de todos os lucros nas terras no-vas de que viesse a tomar posse.

Nem é preciso dizer ao leitor que essa parte do trato não foi honrada pelos velhos castelhanos. Aliás, os descenden-tes de Colombo processaram a Coroa espanhola para obter parte dos lucros do comércio com a América, mas per-deram a causa cinquenta anos mais tar-de. Razoavelmente rico devido ao ouro que os seus homens tinham acumulado, Colombo faleceu 14 anos após a desco-berta mais famosa da humanidade. As histórias de que morreu pobre sãos fi c-tícias, mas é verdade que não desfrutou quase nada do paraíso que descobriu.

17Cultura

Por Manuel Marques

O desenho do mundo que temos hoje devemos a esse sujeito, que sempre atribuiu suas viagens ao desejo de converter novos povos ao Cristianismo. Usando vestes de franciscano, ele descre-via suas explorações ao paraíso como parte do plano divino, que culminaria com o último julgamento e consequente-mente o fi m do mundo. Curiosamente, à medida em que ia envelhecen-do, essa crença se inten-

sifi cava com mais força. Tanto que ele ga-

rantiu ouvir vo-zes divinas e propôs a alguns monarcas europeus que organizassem uma nova cruza-da para capturar Jerusalém. Não leitor, não estou falando desses pregadores que marcam presen-

ça semanalmente na TV brasilei-ra. Falo de Cristóvão Colombo,

o navegador celebrado em todo o mundo no mês de outubro, data que

remonta à descoberta da América.As poucas fontes biográfi cas não dão

tanta informação a respeito desse per-sonagem tão importante no redesenho

do nosso mundo. A vida de Colombo sempre foi cercada

de mitos, e pouco se sabe sobre seus primeiros anos. Já houve

até historiador que o acusou de matador de índio. Sabe-se também que, a partir do ano 1477,

o navegador ge-novês empreendeu

uma série de viagens a lugares como Irlanda,

Groenlândia e tantos ou-tros. Nessas aventuras ele

aprendeu tudo o que pôde sobre os sistemas de ventos

do Atlântico. Acumulou co-nhecimento para empreender a viagem dos seus sonhos:

descobrir a rota marítima oci-dental para Ásia.

E foi com esse desejo em mente que Colombo buscou apoio ao longo de seis anos. Finalmente recebeu-o da realeza espanhola. Partiu para o oceano Atlânti-co em 3 de agosto de 1492, numa singela embarcação (denominada de Santa Ma-ria) de 100 toneladas e uma tripulação de 52 homens. E era seguida por duas outras caravelas menores, respectivamente de 50 e 40 toneladas cada. E assim, dez sema-nas depois, imaginando que seguia para as Índias, aportou num belo litoral que hoje conhecemos como Bahamas, em

A distribuidora Versátil apresenta uma ótima minissérie da TV Italiana RAI: Cristóvão Colombo. Trata-se de uma superprodução histórica fi lma-da em vários países, com fi gurinos e direção de arte impecáveis. Com quase cinco horas de du-ração, a série é uma espetacular aula de história. O material está disponível para venda ou mes-mo aluguel nas locadoras mais qualifi cadas em fi lmes que transcendem o padrão Blockbuster. Mas para quem prefere ver em película os pre-parativos, a viagem, o contato com os índios, os anos iniciais de colonização do novo continente, até a morte do genial explorador genovês pode

O descobrimento do Novo Mundo

Em outubro de 1492 após cruzar o Atlântico atrás de

novas rotas comerciais, o navegador Cristóvão

Colombo chega a América com as caravelas Santa

Maria, Pinta e Nina

conferir também em DVD um fi lme de Ridley Scott: 1492 - A Conquista do Paraíso, distribuido pela Vídeo Arte. Nessa narrativa, o diretor de Alien preferiu focar no cotidiano desgastante, dos motins da tripulação e de toda a incerteza que cercava uma expedição naquela época. O fi lme focaliza também o espírito vanguardista de Colombo, suas negociações com a coroa es-panhola e a tentativa de estabelecer colônias na América. Se o leitor quiser saber mais sobre o tema, dentre tantas fontes, recomendo a coleção Grandes Personagens da História Universal, editado pela Editora Abril nos anos 70.

Veja Colombo

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CRUZADASTV UNIBAN

19Entretenimento

Destaques da Semana de 19 a 25/10

São Paulo - canal 11 (NET); São Paulo - canal 71 (TVA); Osasco - canal 20 (NET Osasco); ABC - canal 18 (Net ABC).

Salada Mista(2ª parte) O editor da Folha Universitária, Renato Góes, nos mos-tra mais um pouco do continente sul americano. Nesta viagem, os destaques são: Lago Titicaca no Peru e o Salar de Uyuni na Boli-via. CNU/SP: 3ª – 4h e 12h / 5ª – 8h / 6ª – 19h / Sab. – 4h

Revista UnibanApresentação de peça teatral do CRU (Centro de Reabilitação Uni-ban) / Jornada de Fisioterapia / Professor de Nutrição da Uniban cria blog sobre o tema / Alunos de Rádio e Tv criam programa de rádio na internet. CNU/SP: 2ª – 12h / 3ª – 6h / 4ª – 19h / 5ª – 4h e 16h / 6ª – 12h

P2O Grupo GATTU interpreta obra do autor Nelson Rodrigues. “Dorotéia” é considerada uma das peças míticas do autor. Neste programa, os atores tentam desvendar os mistérios de seus perso-nagens. CNU/SP: 2ª – 4h / 4ª – 12h / Sáb. 18h.

UNIBAN DiscuteNeste programa, convidamos o Prof. Arilson Pereira para discutir um tema que é muito comentado por todos: inserção profi ssional. O professor conceitua o tema e dá explicações valiosas aos teles-pectadores. CNU/SP: 2ª – 21h / 5ª – 1h e 19h / Sab. – 12h

Concorra a 3 pares de in-gressos para o fi lme Terror na Antártida. Acesse o hotsite da Folha Universitária (www.uniban.br/folha) e clique no link “Promoção”. Depois preencha os dados corre-tamente junto com o título do fi lme. Os nomes dos ga-nhadores saem na próxima edição.

PROMOÇÃO

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