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Leucemias mieloproliferativas Profª: Rosa Guedes

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Leucemias mieloproliferativas

Profª: Rosa Guedes

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Afecções mieloproliferativas

Doenças proliferativas clonais que afetam linhagem de células granulocíticas, monocíticas,eritróides e megacariocíticas.

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Haematopoese01.jpg

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Quais são?

1. Policitemia vera : Proliferação predominante da série eritróide2. Mielofibrose com mielofibrose: Proliferação de megacariócitos associada

a uma proliferação secundária de fibroblasto com resultante fibrose da medula óssea.

3. Trombocitemia especial: Proliferação megacariocítica com nº de plaquetas entre 1 a 2 milhões / ul

4. Metaplasia mielóide sem fibrose , em que a proliferação de neutrófilos predomina , mas em um padrão muito menos agressivo do que na leucemia mielogênica crônica.

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Leucemias mielóides agudas ( Classificação FAB)

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LM1- Blastos sem maturação, com poucos grânulos e presença de Bastão de Auer. Muitas vezes requer citoquímica para visualizar o Bastão de Auer

Bastonete de auer

LMA M2: Blastos com maturação granulocítica, citoplasma mais abundante e grânulos facilmente identificáveis.

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LMA M3: Conhecida também como promielocítica devido ao predomínio de promielócitos, com grânulos muito evidentes e típicos desta célula

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LMA M5a: Conhecida por monoblástica. O esfregaço é dominado por células grandes, núcleos bilobados ou dobrados, com nucléolos, caracterizando os monoblastos.

LMA M5b: Conhecida por leucemia monocítica aguda, devido ao expressivo número de monócitos.

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LMA M6: Eritroleucemia Aguda. Se caracteriza por presença expressiva no sangue periférico de grande quantidade de eritroblastos em todas as fases de evolução.

LMA M7: Leucemia Megacarioblástica. Na medula óssea os megacarioblastos se encontram em grande quantidade. São pequenos e incapazes de produzir plaquetas.

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Estratificação de risco

• Fatores prognósticos: citogenética, idade, performance Status, comorbidades.

• Fatores associados com mortalidade precoce: idade avançada, disfunção orgânica, pobre perfomance status (3-4).

• Fatores associados à resistência à quimioterapia: alteração citogenética.http://www.laleukemianet.org/esp/2_Leukemia/22_AML/AML.htm

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http://www.laleukemianet.org/esp/2_Leukemia/22_AML/AML.htm

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Principais anormalidades genéticas (super-expressão de RNAm ou mutações) e impacto prognóstico em indivíduos portadores de LMA com cariótipo intermediário

• FLT3 (mutação) - Fetal liver tyrosine kinase 3: sua presença confere mau prognóstico.• NPM1 (mutação) – Nucleophosmin: esta mutação em pacientes sem mutação do FLT3 é de bom prognóstico.• BAALC (super-expressão) - brain and acute leukemia, cytoplasmic: mau prognóstico.• CEBPA (mutação) - CCAAT/enhancer binding protein (C/EBP)-alpha: esta mutação confere melhor prognóstico• MLL - mixed-lineage leukemia: mau prognóstico.• ERG (super-expressão) - v-ets erythroblastosis virus E26 oncogene like: fator de mau prognóstico.• EVI-1 (super-expressão) – ecotropic viral integration: mau prognóstico. Diagnóstico diferencial.• Pseudoleucemia: proliferação aumentada de promielócitos após recuperação de agranulocitose.• Medula hipoplásica: anemia aplásica, mielodisplasia, e leucemia aguda – avaliação citológica cuidadosa da MO.• Reação leucemoide e pancitopenias não leucêmicas: não apresentam blastos na MO.• Leucemia bifenotípica.

http://www.laleukemianet.org/esp/2_Leukemia/22_AML/AML.htm

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Citometria de Fluxo

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Citometria de Fluxo

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Manifestações clínicas

1. Fadiga e fraqueza secundárias à anemia

2. Sangramento ou equimoses anormais devido a trombocitopenia

3. Febre e toxicidade sistêmica a partir de uma infecção refletindo

função fagocítica prejudicada dos granulócitos

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Leucemia mieloblástica 75% das leucemias não linfocíticas

1. Achados físicos:- Palidez- Petéquias- Pequenas equimoses- Anemia severa

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Leucemia mieloblástica Achados laboratoriais

1. Anemia normocítica e normocrômica2. Nº baixo de reticulócitos3. Nº baixo de plaquetas 4.Medula hipercelular com presença de mieloblastos

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Leucemia promielocítica

1. Sangramento2. Deficiências nos fatores de coagulação sanguínea: V e V III

Leucemia mielocítica

1. Hipertrofia da gengiva e presença de úlcera orais2. Infiltrados cutâneos3. Baço palpável4. Ulcerações anorretais5. Acomete SNC 6. Nº de leucócitos altos : predomínio de monoblastos e monócitos

imaturos

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Leucemia megacarioblástica

1. Paciente pode apresentar febre2. Baço pode ser palpável ou não3. Anemia e leucopenia4. Presença de poucos blastos5. Presença de plaqueta gigantes

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TratamentoTerapêutica inicial para induzir uma remissão

1. Citarabina

A citarabina (citosina-arabinosídio, ara-C) é um antimetabólito específico da fase S

Convertido pela desoxicitidina cinase no 5´-mononucleotídio (AraCMP)

Metabolizada ao trifosfato (AraCTP), que inibe competitivamente a DNA polimerase e resulta em bloqueio da síntese de DNA

Incorporada ao RNA e DNA

Resulta em interferência no alongamento da cadeia e na ligação defeituosa de fragmentos de DNA recém-sintetizado.

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TratamentoTerapêutica inicial para induzir uma remissão

DaunorrubicinaInterfere na atividade da polimerase e da topoisomerase II

Regulando a expressão de genes e as reações de oxidação/redução (gerando radicais livres altamente reativos/altamente tóxicos).

Atividade citotóxica máxima durante a fase S

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Leucemia mielóide crônica

• É uma doença mieloproliferativa clonal resultante da transformação maligna de uma célula-tronco hematopoética pluripotente, que envolve as linhagens mielóide, eritróide, megacariocítica, linfócitos B e as vezes linfócitos T.

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Diagnóstico laboratorial:

• LEUCOCITOSE > 100.000/mm³• TROMBOCITOSE > 600.000/mm³• ANEMIA• NEUTROFILIA COM TODAS AS FORMAS MATURATIVAS MAS

COM PREDOMÍNIO DE MIELÓCITOS A SEGMENTADOS.• BASOFILIA

Leucemia mielóide crônica

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CITOGENÉTICA:

Citogenética clássica:Citogenética clássica:

• Ph+ em 95% dos casos de LMC (análise de 20 a 30 células)

• Ph– em 5% dos casos de LMC. A translocação críptica só é detectável por FISH ou PCR

O Ph não é patognomônico da LMC!O Ph não é patognomônico da LMC!

25-50% das LLA de adulto

5% dos casos de LLA infantil

2% das LMA de adulto

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CITOGENÉTICA:

90-95% dos pacientes com lmc têm a t(9;22) clássica.

2-10% dos casos têm uma translocação variante envolvendo o 9q34 e o 22q11 com um terceiro ou mais cromossomos.

Pacientes com a translocação clássica e variante são clínica e hematologicamente semelhantes.

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CITOGENÉTICA

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FASES DA DOENÇA:

• Fase crônica: fase inicial, com expansão clonal mielóide, apresentando leucocitose com todas as fases de maturação. Duração de 3-4 anos. Blastos na medula óssea: <10%

Leucemia mielóide crônica

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Achados laboratoriaisHemograma

1. Leucócitos : entre 20.000 e 50.000 no início da doença e acima de 100.000 até 400.000 cels/ul em pacientes com doença avançada não tratada.

2. Predomínio de neutrófilos com presença de bastonetes e metamielócitos , aumento de eosinófilos e basófilos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Basof%C3%ADlico

Leucemia mielóide crônica

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Achados laboratoriaisHemograma

Leucemia mielóide crônica

3. Hemácias : anemia normocítica e normocrômica 4. Plaquetas: trombocitose leve a moderada devido a diminuição da proliferação megacariocítica à medida que a proliferação granulocítica se torna mais agressiva; supressão da megacariopoiese pela quimioterapia e sequestro de plaquetas pelo baço.Medula óssea

5. Hipercelularidade

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Rev. Bras. Hematol. Hemoter. vol.30  suppl.1 São Paulo Apr. 2008

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Rev. Bras. Hematol. Hemoter. vol.30  suppl.1 São Paulo Apr. 2008

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Evolução, complicações e tratamentoTabela 01. Diferenças entre LMC e reação leucemóide

Parâmetro LMC Reação leucemóide

Baço Palpável Raramente palpável

Mieloblastos e promielócitos

Presentes em nº significativo no esfregaço sanguíneo

Raramente encontrados no esfregaço sanguíneo

Eosinófilos e basófilos

Aumentados no esfregaço sanguíneo

Diminuídos no esfregaço sanguíneo

Morfologia das hemácias

Pode ser encontrada hemácias nucleadas

Normalmente não há normalidade nas hemácias

Fosfatase alcalina leucocitária

Baixa ALta

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Leucemia mielomonocítica crônica Hemograma

1. Anemia moderada ( Hb de 10g/dL por exemplo ): presença de hemácias macrocíticas e podem ser encontradas células com pontilhado basófilo

2. Nº aumentado de leucócitos na maioria dos pacientes 3. Redução do nº de plaquetas 4. Medula óssea hipercelular por:- Nº aumentado de células jovens- Nº aumentado de células das linhagens granulocíticas e monocíticas- Diminuição da eritropoiese - Número normal de megacariócitos sem morfologia displásica

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Mielofibrose com metaplasia mielóide

Fibrose na medula óssea e metaplasia mielóide ( proliferação de granulócitos e megacariócitos ) no baço, fígado e , em menor quantidade nos linfonodos.

1. Esplenomegalia

2. Leucoeritroblastose

3. Medula óssea fibrótica

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Mielofibrose com metaplasia mielóide

Achados clínicos

1. Pacientes acima de 40 anos

2. Fadiga

3. Perda de peso

4. Sudorese noturna

5. Equimoses

6. Dor óssea

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Mielofibrose com metaplasia mielóideAchados laboratoriais

1. Anemia severa 2. Nº de leucócitos diminuídoa até máximo de 50.000 cels/ul3. Hemácias em forma de lágrimas ou ovais4. Leucócitos imaturos até estpagio de blastos5. Plaquetas grandes e bizarras6. Medula óssea: Fibrose

Outros achados

1. Àcido úrico aumentado2. Fosfatase sérica aumentada em pacientes com osteoporose

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Mielofibrose primária

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Policitemia vera

Fases da doença

1. Eritrocitose discreta2. Leucocitose e trombocitose associadas3. Citopenias, fibrose medular e hematopoiese extramedular.

http://www.manualmerck.net/?id=186&cn=1459

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Policitemia vera

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Trombocitopenia essencial

Doença mieloproliferativa caracterizada pela hiperproliferação megacariocítica e trombocitose.

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Referências Bibliográficas

1. - Burtis A. C. Fundamentos de Química Clínica. Ed. Elsevier, 6ª edição, São paulo.

2. - Ravel R. Laboratório clínico – aplicação dos dados laboratoriais. Ed. Guanabara, 6ª edição, são

paulo.

3. - Zago A. M. Hematologia- fundamentos e prática . Ed. Atheneu. 4ª edição. São paulo.

4. Grotto. W.Z.H. Interpretação clínica do hemograma. Ed. Atheneu. 4ª edição. São paulo.

5. Guerra. C.C.C.Clínica e laboratório. Ed. Sarvier. 1ª ed., são paulo.