Modificações dietéticas, reposição hídrica,suplementos alimentares e drogas:comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/9/2019 Modificaes dietticas, reposio hdrica,suplementos alimentares e drogas:comprovao de ao ergognica e po

    1/10

    Suplemento Rev Bras Med Esporte Vol. 15, No 3 Mai/Jun, 2009 3

    Modi i di t ti , r po io h dri ,up m nto im nt r drog :ompro o d o rgogni pot n i i ri o p r d

    Di t ry h ng , w t r r p m nt, ood upp m nt nd drug :id n o rgog ni tion nd pot nti h th ri k

    A rtigo o riginAl

    INTRODUOA Sociedade Brasileira de Medicina do Exerccio e do Espor-

    te (SBME) mostrou preocupao com o crescente consumo desuplementos alimentares e drogas quando editou sua primeirapublicao sobre o tema em 2003. Naquela ocasio, contou comcolaboradores renomados em suas reas de atuao que produzi-ram um texto que passou a ser referncia na elaborao de traba-lhos e matrias sobre o assunto. Este grupo de trabalho, acrescidode nomes no menos importantes, atualizou essas informaes,conferiu dogmas e verificou novidades na rea sempre tendo asade e o bem-estar daqueles que praticam atividade fsica regularcomo seu principal objetivo.

    Nesta reviso, que mantm a estrutura da primeira publicao,

    constatamos que mudanas ocorreram, embora o consumo des-sas substncias ditas ergognicas continue e seja crescente, muitasvezes so oferecidas como sendo a nica resposta ao melhorrendimento nas diversas modalidades e prticas esportivas.

    Devemos saudar o maior envolvimento das autoridades res-ponsveis pela regulamentao e fiscalizao do comrcio legal eilegal destas substncias em nosso pas, ainda tmido, mas vindoao encontro das necessidades e anseios daqueles que trabalhame pesquisam nas cincias dos esportes.

    Infelizmente, pudemos tambm testemunhar o aparecimen-to de novas drogas e mtodos, lcitos e ilcitos, que interferemno rendimento e so utilizados principalmente por atletas dealto rendimento, no obstante seu consumo ocorra tambm emacademias, clubes e escolas de esportes, nas mais variadas mo-dalidades, alm da crescente utilizao de substncias proibidas,no uso e fabricao, mesmo sem interferir diretamente no de-sempenho esportivo.

    Arnaldo Jos Hernandez e Ricardo Munir Nahas

    I. MODIfIcaes DIeTTIcasNo restam dvidas quanto s mudanas favorveis da com-

    posio corporal e a influencia positiva sobre o desempenhoesportivo de atletas aps o manejo diettico, atravs do uso dasuplementao alimentar para casos especficos.

    A alimentao saudvel e adequada quantidade de trabalhodeve ser entendida e compreendida pelos atletas de alto rendi-mento como sendo o ponto de partida para obter o desempenhomximo e as manipulaes nutricionais caracterizam uma estra-tgia complementar.

    As orientaes que constam nesta seo destinam-se a atletassaudveis, adultos e adolescentes em fase de maturao sexualfinal. Para os indivduos que praticam exerccios fsicos sem maiores preocupaes com o desempenho, uma dieta balanceada,que atenda s recomendaes dadas populao em geral, suficiente para a manuteno da sade e possibilitar bom de-sempenho fsico.

    avalIaO NUTRIcIONalPonto de partida para se conhecerem os hbitos alimentares

    e detectar imperfeies, a avaliao nutricional tem na anamnesecriteriosa a oportunidade de estabelecer vnculo entre o atleta eo profissional de sade, que permitir mudanas favorveis comobjetivo de otimizar seu desempenho esportivo, sem prejuzo sade, respeitando suas preferncias e regras atuais, e permitindoque as transforme em rotina.

    As necessidades nutricionais podem ser calculadas atravsde protocolos apropriados, sendo estimadas por meio de tabelasprprias. Aqui, devem ser levados em considerao a modalidadeesportiva praticada, a fase de treinamento, o calendrio de compe-ties e os objetivos da equipe tcnica em relao ao desempe-nho, dados referentes ao metabolismo basal, demanda energtica

    editor : arn do Jo H rn nd z Ri rdo Munir N hco ditor : Tnia Rodrigues, Flvia Meyer, Paulo Zogaib, Jos Kawazoe Lazzoli, Joo Ricardo Turra Magni, Joo Carlos Bouzas Marins, Tales de Carvalho, FlixAlbuquerque Drummond, Samir Salim Daher.P rti ip nt :Antonio Cludio Lucas da Nbrega, Carlos Alberto Werutski, Cludio Baptista, Clayton Macedo, Cibele Crispin, Daniel Kopiler, Hldio FortunatoGaspar de Freitas, Helosa Vidigal Guarita Padilha, Jomar Souza, Marcos Aurlio de Oliveira Brazo, Marcos Giro, Marcelo Leito, Marcelo Regazzine, PabliusStaduto Braga Silva, Paula Baptista, Serafm Borges, Suzana Bonum

    R iz o: Sociedade Brasileira de Medicina do Exerccio e do Esporteapoio: Gatorade Sports Science Institute (GSSI)

    Prim ir Pub i oeditor: Tales de Carvalho

    co ditor : Tnia Rodrigues, Flvia Meyer, Antonio Herbert Lancha Jr. e Eduardo Henrique De RoseP rti ip nt : Antonio Claudio Lucas da Nbrega, Arthur Haddad Herdy, Carlos Alberto Werutski, Eney de Oliveira Fernandes, Flix Albuquerque Drummond,Glaycon Michels, Ileana Kazapi, Kharla Medeiros, Jos Kawazoe Lazzolli, Luis Fernando Funchal, Luiz Aragon, Magnus Benetti, Marcelo Bichels Leito, MarceloSalazar, Marcos Aurlio de Oliveira Brazo, Michel Dacar, Ra ael de Souza Trindade, Ricardo Munir Nahas e Turbio Leite de Barros Neto

    clNIca MDIca NO

    exeRccIO e NO esPORTe

  • 8/9/2019 Modificaes dietticas, reposio hdrica,suplementos alimentares e drogas:comprovao de ao ergognica e po

    2/10

    Suplemento Rev Bras Med Esporte Vol. 15, No 3 Mai/Jun, 20094

    de treino, necessidades de modificao da composio corporale fatores clnicos presentes, como as condies de mastigao,digesto e absoro. As necessidades energticas so calculadaspor meio da soma da necessidade energtica basal (protocolo delivre escolha), gasto energtico mdio em treino e consumo extraou reduzido para controle de composio corporal.

    Levando-se em considerao o consumo calrico total e otempo entre digesto e aproveitamento metablico, determina-se

    a quantidade necessria de macronutrientes, ou seja, carboidratos,protenas e lipdios, essenciais na manuteno ou melhora dodesempenho esportivo e sade do corpo humano.

    Em relao aos micronutrientes, ou seja, vitaminas, minerais eoligoelementos, permanece o conceito de que, quando presentesem dietas balanceadas e com diversidade de alimentos, so sufi-cientes para a demanda requerida pelos praticantes de atividadefsica regular, ficando a suplementao para ocasies especiais,como em praticantes de atividade fsica com anemia ferropriva,gestantes, por exemplo.

    O ajuste das dietas, em termos de macronutrientes, s maioresnecessidades calricas decorrentes das atividades desportivas,deve proporcionar um concomitante ajuste no consumo dos mi-cronutrientes. Recomenda-se que sejam consideradas as orien-taes nutricionais destinadas populao em geral, calculadasproporcionalmente cada 1.000 quilocalorias ingeridas. Dessemodo, o incremento na oferta de micronutrientes proporcionalao aumento calrico da dieta, mantendo-se o equilbrio ou ba-lano nutricional em nveis adequados.

    RecOMeNDaes) v or d t x ri tot d im nt o

    O equilbrio de energia pode ser definido como a resultantezero entre a ingesto de alimentos, bebidas e suplementos, e seuconsumo, pelo metabolismo basal, efeito trmico do alimentoe a atividade fsica voluntria. Ingesto insuficiente de macro emicronutrientes, resultando em balano calrico negativo, podeocasionar perda de massa muscular e maior incidncia de leso,disfunes hormonais, osteopenia/osteoporose e maior frequnciade doenas infecciosas, ou seja, algumas das principais caracters-ticas da sndrome doovertraining, comprometendo o treinamentopela queda do desempenho e rendimento esportivo.

    A necessidade calrica diettica influenciada pela heredi-tariedade, sexo, idade, peso e composio corporal, condiciona-mento fsico e fase de treinamento, levando em considerao suafrequncia, intensidade e durao e modalidade. Para esses, oclculo das necessidades calricas nutricionais est entre 1,5 e 1,7vezes a energia produzida, o que, em geral, corresponde a consu-mo entre 37 e 41kcal/kg de peso/dia e, dependendo dos objetivos,pode apresentar variaes mais amplas, entre 30 e 50kcal/kg/dia. Tabelas com gasto energtico estimado por minuto de prtica

    esto disponveis em diversas publicaes, sinalizando para atletasdo sexo masculino, praticantes de modalidades de longa durao,consumos que vo de 3.000 a 5.000kcal por dia. As necessidadesenergticas para adultos de ambos os sexos, saudveis, leve amoderadamente ativos, de 2.000 a 3.000kcal por dia.

    Por outro lado, quando a necessidade de reduo de mas-sa gorda um dos objetivos do acompanhamento nutricional,devem-se monitorar os resultados periodicamente, para que aperda no seja tambm de massa magra, efeito indesejvel pararendimento esportivo e sade do atleta. Alm disso, distrbiosalimentares podem ser desencadeados, dependendo da pressoque o atleta sofre para perder peso, e devem ser imediatamenteinibidos, especialmente nas mulheres por serem mais suscetveis

    a essas variaes.O ritmo de perda de peso em programas de reduo de massacorporal deve ser de 0,5 a 1kg por semana, devidamente acon-selhada e monitorada por um profissional capacitado, atravs daingesto calrica reduzida com a escolha de alimentos de baixadensidade energtica e pobre em gordura.

    Em atletas, a reduo de 10 a 20% na ingesto calrica totalpromove alterao na composio corporal, com reduo de mas-sa corporal de gordura, no induzindo fome e fadiga, como ocorrecom dietas de muito baixo valor calrico. A reduo drstica da

    gordura diettica pode no garantir a reduo de gordura corporale ocasionar perdas musculares importantes por falta de nutrientesativos na recuperao aps o exerccio fsico, como as vitaminaslipossolveis e protenas.

    b) c rboidr toO exerccio prolongado reduz acentuadamente os nveis de

    glicognio muscular, obrigando a constante preocupao com suacorreta reposio, fundamental para manter seu efeito ergognico,necessrio em todas as atividades esportivas, em todos os seusnveis, mas principalmente nos de alta intensidade e longa dura-o. No entanto, observa-se baixa adeso dos atletas, de diferentesmodalidades, ao seu consumo na quantidade correta.

    A escolha dos alimentos fontes de carboidrato, assim comoa preparao da refeio que antecede o evento esportivo, deverespeitar as caractersticas gastrintestinais individuais dos atletas.A recomendao do fracionamento da dieta em trs a cinco re-feies dirias deve considerar o tempo de digesto necessriapara a refeio pr-treino ou prova. O tamanho da refeio e suacomposio em quantidades de protenas e fibras podem exigirmais de trs horas para o esvaziamento gstrico. Na impossibili-dade de esperar por esse tempo para a digesto, pode se evitaro desconforto gstrico com refeies pobres em fibras e ricas emcarboidratos. Sugere-se escolher uma preparao com consistn-cia leve ou lquida, com adequao na quantidade de carboidra-tos. Assim, a refeio que antecede os treinos deve ser suficientena quantidade de lquidos para manter hidratao, pobre emgorduras e fibras para facilitar o esvaziamento gstrico, rica emcarboidratos para manter a glicemia e maximizar os estoques deglicognio, moderada na quantidade de protena e deve fazerparte do hbito alimentar do atleta.

    A energia consumida durante os treinos e competies de-pende da intensidade e durao dos exerccios, sexo dos atletase o estado nutricional inicial. Quanto maior a intensidade dosexerccios, maior ser a participao dos carboidratos como for-necedores de energia. A contribuio da gordura pode ser im-

  • 8/9/2019 Modificaes dietticas, reposio hdrica,suplementos alimentares e drogas:comprovao de ao ergognica e po

    3/10

    Suplemento Rev Bras Med Esporte Vol. 15, No 3 Mai/Jun, 2009 5

    portante para todo o tempo em que durar o exerccio, tendendoa se tornar mais expressiva quando a atividade se prolonga e semantm em intensidade francamente aerbia. Contudo, a pro-poro de energia advinda da gordura tende a diminuir quando aintensidade de exerccio aumenta, o que exige maior participaodos carboidratos. A protena, com a maior durao do exerccio,aumenta sua participao, o que contribui para a manuteno daglicose sangunea, principalmente por meio da gliconeognese

    heptica.Estima-se que a ingesto de carboidratos correspondentea 60 a 70% do aporte calrico dirio atende demanda de umtreinamento esportivo. Para otimizar a recuperao muscularrecomenda-se que o consumo de carboidratos esteja entre 5 e8g/kg de peso/dia. Em atividades de longa durao e/ou treinosintensos h necessidade de at 10g/kg de peso/dia para a ade-quada recuperao do glicognio muscular e/ou aumento damassa muscular.

    A quantidade de glicognio consumida depende, natural-

    mente, da durao do exerccio. Para provas longas, os atletasdevem consumir entre 7 e 8g/kg de peso ou 30 a 60g de car-

    boidrato, para cada hora de exerccio, o que evita hipoglicemia,depleo de glicognio e fadiga. Frequentemente, os carboidratosconsumidos fazem parte da composio de bebidas especial-mente desenvolvidas para atletas. Aps o exerccio exaustivo,recomenda-se a ingesto de carboidratos simples entre 0,7 e1,5g/kg peso no perodo de quatro horas, o que suficiente paraa ressntese plena de glicognio muscular.

    ) Prot nAs necessidades proteicas de atletas tm recebido ateno

    especial dos investigadores nas ltimas dcadas por fazeremparte essencial no reparo de microleses musculares decor-rentes da prtica esportiva. Essas necessidades aumentam como tipo de exerccio praticado, sua intensidade, durao e fre-quncia e no h uma definio em relao a diferenas quantoao sexo.

    Os exerccios de fora exigem maior consumo de protenasquando comparadas com as demandas exigidas pelos trabalhosde resistncia. Para aqueles que tm por objetivo aumento demassa muscular, sugere-se a ingesto de 1,6 a 1,7 gramas porquilo de peso, por dia. Para os esportes em que o predomnio a resistncia, as protenas tm um papel auxiliar no fornecimentode energia para a atividade, calculando-se ser de 1,2 a 1,6g/kg depeso a necessidade de seu consumo dirio.

    Os atletas devem ser conscientizados de que o aumento doconsumo proteico na dieta alm dos nveis recomendados no levaaumento adicional da massa magra. H um limite para o acmulode protenas nos diversos tecidos.

    d) lipdioUm adulto necessita diariamente cerca de 1g de gordura por

    kg/peso corporal, o que equivale a 30% do valor calrico total(VCT) da dieta. A parcela de cidos graxos essenciais deve serde 8 a 10g/dia. Para os atletas, tem prevalecido a mesma reco-

    mendao nutricional destinada populao em geral, ou seja, asmesmas propores de cidos graxos essenciais, que so: 10% desaturados, 10% de polinsaturados e 10% de monoinsaturados.

    Alguns estudos sugerem um efeito positivo de dietas relativa-mente altas em gorduras no desempenho atltico e tm propostoa suplementao de lipdios de cadeia mdia e longa, poucashoras antes ou durante o exerccio, com a finalidade de poupar oglicognio muscular. Diante da falta de evidncias cientficas con-

    sistentes, recomenda-se no usar esse tipo de suplementao.Por outro lado, os praticantes devem seguir essas recomenda-es gerais e assegurar que a ingesto de lipdios no seja exces-sivamente baixa. Estudos sugerem que nveis abaixo de 15% doVET j produzem efeitos negativos. Quando dietas com restrio delipdios forem necessrias, as cotas em relao ao aporte calricototal devem conter menos do que 8% para as gorduras saturadas,mais do que 8% para as monoinsaturadas e de 7 a 10% para aspolinsaturadas.

    ) vit minPara atletas em regime de treinamento intenso, tem sido su-

    gerido, o que tem gerado controvrsia, o consumo de vitami-na C entre 500 e 1.500mg/dia (proporcionaria melhor respostaimunolgica e antioxidante) e de vitamina E (aprimoraria a aoantioxidante). A documentao cientfica permite que os profissio-nais qualificados, nutricionistas e mdicos, prescrevam de formasistemtica vitamina C e E para atletas, com a ressalva de que estaatitude se baseia em baixo grau de evidncia cientfica.

    ) Min r i

    O zinco est envolvido no processo respiratrio celular e suadeficincia em atletas pode gerar anorexia, perda de peso significa-tiva, fadiga, queda no rendimento em provas de resistncia e riscode osteoporose, razo pela qual tem sido sugerida sua suplemen-tao alimentar. Entretanto, as evidncias cientficas no justificamo uso sistemtico do zinco em suplementao nutricional e, sim,quando o acompanhamento determinar a necessidade.

    Atletas do sexo feminino, em dietas de restrio calrica, po-dem sofrer deficincias no aporte de minerais. o caso do clcio,envolvido na formao e manuteno ssea. Recomenda-se que adieta contenha a quantidade mnima de 1.000mg/dia de clcio.

    A baixa ingesto de ferro, que ocorre em cerca de 15% da po-pulao mundial, causa fadiga e anemia, afetando o desempenhoatltico e o sistema imunolgico. Recomenda-se ateno especialao consumo de alimentos com ferro de elevada biodisponibili-dade, com oferta recomendada de 15mg/dia para a populaofeminina e 10mg/dia para a masculina. Para as gestantes, a re-comendao diria (RDI) se eleva para 30mg. Tais necessidadespodem ser contempladas pela manipulao diettica, no sendonecessria a suplementao.

    g) antioxid ntOs estudos demonstram que os mecanismos regulatrios

    promovidos pela ingesto combinada ou isolada de vitaminasC, A, E, de cobre e zinco e da coenzima Q10 produzem efeitosantioxidantes.

  • 8/9/2019 Modificaes dietticas, reposio hdrica,suplementos alimentares e drogas:comprovao de ao ergognica e po

    4/10

    Suplemento Rev Bras Med Esporte Vol. 15, No 3 Mai/Jun, 20096

    No entanto, sua suplementao est reservada para atletasde alto desempenho, em que a oferta desses nutrientes atravsda dieta balanceada, suficiente na maioria dos casos, mostrar-seinsuficiente. Altas doses podem no apresentar os efeitos espe-rados e ainda trazer prejuzos a sade.

    II. RePOsIO HDRIcaUma hidratao apropriada durante a atividade fsica de car-

    ter recreativo ou competitivo pode garantir que o desempenhoesperado seja atingido e que problemas de sade sejam evitados.Os procedimentos para assegur-la requerem conhecimento defatores que influenciam quando e o quanto beber de gua. Asrecomendaes dependem do tipo de atividade e de fatores in-dividuais, como condicionamento fsico, idade, modalidade pra-ticada, estresse ambiental, entre outros.

    O estresse do exerccio acentuado pela desidratao, que au-menta a temperatura corporal, prejudica as respostas fisiolgicas eo desempenho fsico, com riscos para a sade. Esses efeitos podemocorrer mesmo que a desidratao seja leve ou moderada, com

    at 2% de perda do peso corporal, agravando-se medida que elase acentua. Com 1 a 2% de desidratao inicia-se o aumento datemperatura corporal em at 0,4oC para cada percentual subse-quente de desidratao. Em torno de 3%, h reduo importantedo desempenho; com 4 a 6% pode ocorrer fadiga trmica; a partirde 6% existe risco de choque trmico, coma e morte.

    Como o suor hipotnico em relao ao sangue, a desidra-tao provocada pelo exerccio pode resultar em aumento daosmolaridade sangunea. Tanto a hipovolemia como a hiperosmo-laridade aumentam a temperatura interna e reduzem a dissipa-

    o de calor pela evaporao e conveco. A hiperosmolaridadeplasmtica pode aumentar a temperatura interna, afetando ohipotlamo e/ou glndulas sudorparas e retardando o incio dasudorese e da vasodilatao perifrica durante o exerccio.

    A desidratao afeta o desempenho aerbio, diminui o vo-lume de ejeo ventricular pela reduo no volume sanguneoe aumenta a frequncia cardaca. So alteraes acentuadas emclimas quentes e midos, pois a maior vasodilatao cutneatransfere grande parte do fluxo sanguneo para a periferia, em vezda musculatura esqueltica, ocasionando importantes reduesda presso arterial, do retorno venoso e do dbito cardaco. Areposio hdrica em volumes equivalentes aos das perdas degua pela sudorese pode prevenir declnio no volume de ejeoventricular, sendo, tambm, benfica para a termorregulao, poisaumenta o fluxo sanguneo perifrico, facilitando a transfernciade calor interno para a periferia.

    O reconhecimento dos sinais e sintomas da desidratao fundamental. Quando leve a moderada, ela se manifesta com fa-diga, perda de apetite e sede, pele vermelha, intolerncia ao calor,tontura, oligria e aumento da concentrao urinria. Quandograve, ocorre dificuldade para engolir, perda de equilbrio, a pele

    se apresenta seca e murcha, olhos afundados e viso fosca, disria,pele dormente, delrio e espasmos musculares.

    A seguir (tabela 1), um resumo das principais alteraes dadesidratao induzida pelo exerccio, conforme resultados de di-versos estudos.

    T b 1.Alteraes provocadas pela desidratao

    aUMeNTO ReDUO

    Frequncia cardaca submximaConcentrao de lactatoe osmolaridade sanguneandice de percepo de esforoNuseas e vmitosRequerimento de glicogniomuscular Temperatura interna: hipertermiaDoenas do calor: cibras, exaus-to ou choque trmico

    Volume plasmticoVolume sistlico, dbito cardaco eVO2maxFluxo sanguneo para pele e msculosativos, fgado e outros rgos Taxa de sudorese Tempo para atividade contnua, pro-longada e intensaPresso arterialComponentes cognitivosMotivao

    Foi demonstrado ainda que a ingesto de lquidos, indepen-dente da presena de carboidrato, melhora o desempenho paraa primeira hora de exerccio aerbio em alta intensidade. Comoa desidratao decorrente do exerccio pode ocorrer no apenasdevido sudorese intensa, mas, tambm, devido ingesto in-suficiente e/ou deficiente absoro de lquidos, importante re-conhecer os elementos que influem na qualidade da hidratao.

    guA gua uma boa opo de reidratao para o exerccio por

    ser facilmente disponvel, barata e ocasionar esvaziamento gstricorelativamente rpido. Entretanto, para as intermitentes, de mais deuma hora de durao, ou para as atividades de menor duraoe de elevada intensidade como o futebol, basquetebol, tnis ehandebol, poder apresentar as desvantagens de no conter sdioe carboidratos e de ser inspida, favorecendo a desidratao volun-tria e dificultando o processo de equilbrio hidroeletroltico. A de-sidratao voluntria verificada quando se compara a hidrataocom gua com a hidratao com bebidas contendo sabor.

    sdioAs reservas de eletrlitos, como a concentrao de sdio no

    sangue, por exemplo, so muito bem reguladas pelos rins atravsde respostas hormonais da aldosterona e vasopressina. Porm,em muitas situaes de exerccio intenso e prolongado e hbitosalimentares restritivos, justifica-se a adio de alguns eletrlitoss bebidas esportivas, principalmente o sdio, e tambm cloro epotssio, a qualquer tempo.

    A perda de sdio atravs da sudorese justifica sua ingestodurante o exerccio, em algumas situaes. Sua concentrao nosuor varia individualmente, de acordo com fatores como a idade,grau de condicionamento e a aclimatizao ao calor. A concen-trao mdia de sdio no suor de um adulto est em torno de40mEq/L. Supondo que um indivduo de 70kg corra por trs horase perca dois litros de suor por hora, a perda total de sdio de240mEq, ou seja, 10% do total existente no espao extracelular.Essa perda seria irrelevante, no fosse o risco de hiponatremia,concentrao de sdio plasmtico menor que 130mEql-1, de-corrente de reposio hdrica com lquidos isentos de sdio oucom pouco sdio, principalmente em eventos muito prolongados.A diminuio da osmolaridade plasmtica produz um gradienteosmtico entre o sangue e o crebro, causando apatia, nusea,vmito, conscincia alterada e convulses, que so algumas dasmanifestaes neurolgicas da hiponatremia.

  • 8/9/2019 Modificaes dietticas, reposio hdrica,suplementos alimentares e drogas:comprovao de ao ergognica e po

    5/10

    Suplemento Rev Bras Med Esporte Vol. 15, No 3 Mai/Jun, 2009 7

    A incluso de sdio nas bebidas reidratantes promove maiorabsoro de gua e carboidratos pelo intestino durante e aps oexerccio. Isso se d porque o transporte de glicose na mucosa doentercito acoplado com o transporte de sdio, resultando emmaior absoro de gua.

    Em exerccios prolongados, que ultrapassam uma hora de du-rao, recomenda-se beber lquidos contendo de 0,5 a 0,7g.l-1 (20a 30mEql-1) de sdio, que corresponde a concentrao similarou mesmo inferior quela do suor de um indivduo adulto, reco-mendao a ser estudada caso a caso quando o exerccio for dealta intensidade e para algumas modalidades, mesmo que emmenor durao.

    c rboidr toA ingesto de carboidratos durante atividades prolongadas,

    acima de uma hora, melhora o desempenho e pode retardar afadiga nas modalidades esportivas que envolvem exerccios inter-mitentes e de alta intensidade. A ingesto de carboidratos previnea queda da glicemia aps duas horas de exerccio. Existem estudosindicando que uma bebida com 8% de carboidrato ocasiona maiorlentido na absoro e no esvaziamento gstrico, em comparaocom a gua e as bebidas que contm at 6% de carboidrato. Pre-ferencialmente, deve ser utilizada uma mistura de glicose, frutosee sacarose. O uso isolado de frutose pode causar distrbios gas-trintestinais e retardar sua absoro.

    A reposio necessria de carboidratos para manter a glicemiae retardar a fadiga de 30 a 60g por hora, com concentrao de 4 a8g/decilitro. Mesmo com uso combinado de diversos carboidratos,sua ingesto no deve exceder 80g/hora.

    Maior concentrao de carboidratos poder ser ingerida em in-tervalos maiores de tempo, por exemplo, 20 a 30 minutos, situaesvivenciadas em exerccios de baixa intensidade e longa durao,como nas provas de aventura, caminhadas longas, expedies emaltitudes elevadas ou mesmo em treinamento de natao.

    A utilizao de gel energtico durante o exerccio vem sen-do cada vez mais frequente e cumpre o papel na reposio decarboidratos. Porm, seu uso deve ser acompanhado da ingestoregular de gua, para que a associao garanta a manuteno dodesempenho de um organismo corretamente hidratado.

    A seleo da bebida deve ser precedida de leitura cuidadosa deseus componentes. Normalmente, os valores so para pores de

    100ml. Assim, uma bebida que contenha 60g/litro ter 6g/100ml decarboidratos. Por fora da lei, as informaes nutricionais constamdo rtulo do produto.

    Outro m nto qu t m i i d um b bidportiO esvaziamento gstrico facilitado com a ingesto de lquidos

    com baixo teor calrico, sendo a absoro intestinal otimizadacom lquidos isosmticos, entre 200 e 260mosmol/kg. A ingestode lquidos hipertnicos poderia causar a secreo de gua doorganismo para a luz intestinal. Vrios outros fatores referentes

    palatabilidade do lquido afetam a ingesto voluntria, comoa temperatura, doura, intensidade do gosto e acidez, alm dasensao de sede e das preferncias pessoais.

    A ingesto de bebidas geladas influi apenas na palatabilidade,facilitando sua ingesto. No existem evidncias atuais de quebebidas geladas facilitem a absoro da gua ou nutrientes que

    as acompanham. Alguns afirmam que ao chegar ao estmago, atemperatura do lquido ingerido j ser prxima da temperaturacorporal.

    cRIaNas e aDOlesceNTesCrianas apresentam menor taxa de sudorese quando com-

    paradas com os adultos para esforos que se assemelham emintensidade e durao e em condies trmicas idnticas, emambiente laboratorial. No entanto, elas se desidratam seme-lhana do adulto. A influncia da desidratao no desempenhofsico ainda no est bem esclarecida.Nessa populao, a palatabilidade fator importante no est-mulo reposio de gua, visto que pesquisas mostram que suaingesto voluntria aumenta quando so adicionados sabor: sdio(20 a 25mEq/L) e carboidrato (6%), evitando a desidratao.

    IDOsOsH diminuio de fluxo sanguneo cutneo e da taxa de su-

    dorese com o envelhecimento, atenuada naqueles com estilo devida ativo.

    A menor sensibilidade dos barorreceptores faz com que ido-sos tenham menor percepo da sede e saciedade, expondo-os

    com mais facilidade s armadilhas da desidratao. A utilizaode lquidos aditivados com sdio e carboidratos deve receberanlise individual, pois alguns contam com restries dietticasdecorrentes de doenas crnicas preexistentes.

    R om nd d r po io d quidoDevemos ingerir lquidos antes, durante e aps o exerccio. Para garantir que o indivduo inicie o exerccio bem hidratado,

    recomenda-se que ele beba cerca de 250 a 500ml de gua duashoras antes do exerccio.

    Durante o exerccio recomenda-se iniciar a ingesto j nosprimeiros 15 minutos e continuar bebendo a cada 15 a 20 minu-

    tos. O volume a ser ingerido varia conforme as taxas de sudorese,geralmente entre 500 e 2.000ml/hora. Se a atividade durar maisde uma hora, ou se for intensa do tipo intermitente mesmo commenos de uma hora, devemos repor carboidrato na quantidadede 30 a 60gh-1e sdio na quantidade de 0,5 a 0,7gl-1. A bebidadeve estar em temperatura em torno de 15 a 22oC e apresentarum sabor de acordo com a preferncia do indivduo, favorecendoa palatabilidade.

    Aps o exerccio, deve-se continuar ingerindo lquidos paracompensar as perdas adicionais de gua pela diurese e sudorese.Deve-se aproveitar para ingerir carboidratos, em mdia de 50g

    de glicose, nas primeiras duas horas aps o exerccio para que sepromova a ressntese do glicognio muscular e o rpido armaze-namento de glicognio muscular e heptico.

    A hiperidratao com lquidos contendo glicerol pode au-mentar o risco de hiponatremia pela maior diluio, e a vontadede urinar durante a competio.

    Mesmo que boa hidratao durante o exerccio prolongadono calor favorea as respostas termorregulatrias e de performance ao exerccio, no podemos garantir que, em situaes de extremoestresse trmico, ela seja suficiente para evitar fadiga ou choquetrmico. Recomendaes especficas foram elaboradas pelo Co-mit em Medicina do Esporte e Condicionamento da AcademiaAmericana de Pediatria (tabela 2). O grau de estresse trmico segueo ndice de bulbo mido e temperatura de globo (IBUTG, ou WBGTdo inglswet bulb globe temperature), que combina as medidas detemperatura do ar (Tdb), umidade (Twb) e radiao solar (Tg), deacordo com a equao WBGT = 0,7 Twb + 0,2 Tg + 0,1 Tdb.

  • 8/9/2019 Modificaes dietticas, reposio hdrica,suplementos alimentares e drogas:comprovao de ao ergognica e po

    6/10

    Suplemento Rev Bras Med Esporte Vol. 15, No 3 Mai/Jun, 20098

    R tri d ti id d i d ordoom o n i d tr trmi o

    IBUTG (oc) R tri d ti id d

    < 24 Qualquer atividade permitida. Em atividades prolongadas,observar os sinais iniciais de hipertermia e desidratao.

    24-25,9 Fazer intervalos mais prolongados na sombra, estimular aingesto de lquidos a cada 15min.

    26-29 Interromper as atividades daqueles que no esto aclima-tizados ao calor ou que apresentam algum outro fator derisco. Limitar as atividades para todos os outros.

    > 29 Cancelar qualquer atividade atltica.

    American Academy of Pediatrics, 2000.

    III. sUPleMeNTOs alIMeNTaResProt n

    A ingesto proteica deve ser obtida por uma dieta normal evariada, sendo a suplementao uma forma prtica e segura deadequar sua ingesto de boa qualidade e a biodisponibilidadede aminocidos, para as demandas aumentadas de um atleta emtreinamento e competio. O horrio e seu tipo parte de umprograma de treinamento e tem por objetivo principal melhorara recuperao muscular.

    Para se estabelecer o valor adequado para ingesto de prote-na, necessrio, antes de tudo, determinar, alm das caractersticasindividuais (sexo, idade, perfil antropomtrico, estado de sade,etc.), parmetros bsicos a respeito da atividade fsica praticada,

    tais como intensidade, durao e frequncia.Para indivduos sedentrios, recomenda-se a ingesto de 0,8gde protena por kg/dia. J indivduos ativos, com a ingesto de 1,2a 1,4g/kg/dia, teriam sua demanda atendida. Visando hipertrofiamuscular, atletas ou no teriam suas necessidades atendidas como consumo mximo de 1,8g/kg/dia contempladas perfeitamenteem uma alimentao equilibrada, salvo situaes especiais.

    Estudos recomendam que o uso dos suplementos proteicos,como a protena do soro do leite ou a albumina da clara do ovo,deve estar de acordo com a ingesto proteica total. O consumoadicional desses suplementos proteicos acima das necessidadesdirias (1,8g/kg/dia) no determina ganho de massa muscularadicional, nem promove aumento do desempenho.

    Ingesto proteica, aps o exerccio fsico de hipertrofia, favo-rece o aumento de massa muscular, quando combinado com aingesto de carboidratos, reduzindo a degradao proteica. A doserecomendada de 10g de protenas e 20g de carboidratos. Esseconsumo deve estar de acordo com a ingesto proteica e calricatotal. O aumento da massa muscular ocorre como consequnciado treinamento, assim como a demanda proteica, no sendo oinverso verdadeiro.

    amino idoO consumo de aminocidos, sob a forma de suplementao,

    tem sido sugerido como estratgia que visa atender a uma solici-tao metablica especfica para as necessidades do exerccio. Aingesto de aminocidos essenciais aps o treino intenso, adicio-nados a solues de carboidratos, determinaria maior recuperao

    do esforo seguido de aumento da massa muscular. Do consumode aminocidos isolados, apenas os essenciais apresentam algumasustentao na literatura cientfica.

    Os efeitos da suplementao com BCAA no desempenho es-portivo so discordantes e a maioria dos estudos realizados pareceno mostrar benefcios ,no sendo justificvel seu consumo comfinalidade ergognica. Outro ponto que carece de confirmaocientfica seu uso com objetivo de melhora do sistema imuno-lgico aps atividade fsica prolongada.

    con id r p i iOs aminocidos de cadeia ramificada (leucina, isoleucina e

    valina), por serem potentes moduladores da captao de tripto-fano pelo sistema nervoso central, aumentariam a tolerncia aoesforo fsico prolongado. Entretanto, esses dados, relatados emalguns estudos, so pouco reprodutivos, no sendo justificvel seuconsumo com finalidade ergognica. Outro ponto que carece decomprovao seu consumo visando aprimoramento da ativi-dade do sistema imunolgico aps atividade fsica intensa. Dessemodo, recomenda-se que no seja utilizada a suplementao de

    aminocidos de cadeia ramificada com finalidade ergognica.A glutamina, aminocido que age como nutriente para asclulas de diviso rpida, como as intestinais e imunitrias, porexemplo, tem sido utilizada para aumentar a defesa imunolgicade atletas, durante perodos de treinamento intenso. Quandoa ingesto oral, o elevado consumo pelas clulas intestinaisinviabiliza sua disponibilidade para outras regies do organismo,tornando invivel a justificativa de sua suplementao oral, mesmopara os participantes de exerccios fsicos muito desgastantes.

    Atualmente, no existe evidncia cientfica suficiente demons-trando que a glutamina altere a funo imune e previne leses em

    atletas saudveis que consomem nveis adequados de protenas,o que torna sua suplementao necessria apenas em casos emque a avaliao individual assim indicar.

    A ornitina e a arginina so aminocidos que produzem maiorsecreo de hormnio de crescimento quando oferecidos atra-vs de infuso intravenosa, sendo, entretanto, seu consumo porvia oral ineficaz. No recomendada a suplementao destesaminocidos.

    cr tinA creatina tem sido apontada como o suplemento nutricional

    de maior eficincia na melhora do desempenho em exercciosde alta intensidade e no aumento de massa muscular. J seu usocomo recurso ergognico em atividades fsicas prolongadas noencontra nenhum suporte na literatura cientfica. A melhora, ouno, do desempenho em exerccios com predominncia aerbia pouco documentada.

    Embora com resultados ainda controversos, muitos estudostm sugerido que a creatina teria efeito ergognico em indivduosnos quais se constata diminuio de aporte da creatina exgenaalimentar, como os vegetarianos e os indivduos idosos, sendosomente para estes casos especficos, aps boa anlise do pro-fissional especializado, mdico e/ou nutricionista, justificvel seuuso, embora, ainda, com fraco grau de recomendao.

    Somente para atletas competitivos de eventos de grande in-tensidade e curta durao, ou sejam, atividades nas quais predomi-na a utilizao de fosfagnios, sempre em carter excepcional, seuuso permitido. Portanto, mesmo nesses casos, a recomendao

  • 8/9/2019 Modificaes dietticas, reposio hdrica,suplementos alimentares e drogas:comprovao de ao ergognica e po

    7/10

    Suplemento Rev Bras Med Esporte Vol. 15, No 3 Mai/Jun, 2009 9

    a de que em geral no se deve usar a suplementao de creatina,sendo seu uso aceito em raras ocasies. Para os demais desportis-tas fica estabelecida a recomendao de nunca usar.

    Desse modo, recomenda-se que a utilizao da creatina comosuplemento, com finalidade ergognica, seja analisada individual-mente, caso a caso, de acordo com as necessidades analisadas.

    b-hidroxi-b-m ti butir toO uso deb-hidroxi-b-metilbutirato (HMB) tem sido cogitado

    como um potencial agente para o aumento da fora e massamagra corporal, por promover ao anticatablica. Porm, aindafaltam estudos cientficos que comprovem de maneira inequvocaa eficcia do suplemento nessa ao ergognica, a no ser emalgumas situaes especficas, como o caso de populaes deidosos que participam de programas de exerccios fsicos visandoo ganho de fora muscular.

    Para a populao em geral, mesmo quando se trata de atletasde competio, no existe recomendao para seu uso, devendoprevalecer a orientao de que no se deve usar.

    Iv. sUBsTNcIas lcITas e IlcITasSubstncias ilcitas so aquelas cuja utilizao, de acordo coma Agncia Mundial Antidoping (WADA) e o Comit Olmpico In-ternacional (COI), caracteriza uma infrao de cdigos ticos edisciplinares, podendo ocasionar sanes aos atletas, bem comoaos seus tcnicos, mdicos e dirigentes. A lista atualizada de subs-tncias e mtodos proibidos pode ser obtida no incio de janeirode cada ano, no site da Agencia Mundial Antidoping (www.wada.awa.org ) e esclarecimentos adicionais pelo [email protected] .

    I. autoriz o p r u o d ub tn i r trit proibid

    Existem excees a serem consideradas, visando s eventuaissolicitaes de autorizaes para uso teraputico de frmacos queconstam na listas de substncias restritas e proibidas. So exemplosdisso o uso de beta2-agonistas e corticosteroides por asmticos; ouso de diurticos por portadores de hipertenso arterial sistmica;e o uso de insulina por diabticos. Nesses casos, deve ser enca-minhada solicitao formal de permisso especial confederaoou federao do esporte do atleta solicitante.

    Uma vez feita, a solicitao poder ser deferida aps anlise dodiagnstico e da indicao do frmaco. Para essa finalidade, exis-tem formulrios especiais de indicao do uso teraputico (TUE),disponveis como anexo na cartilha, disponvel nosite do COB.

    O documento solicitando permisso especial deve ser en-caminhado autoridade mdica competente 21 dias antes dacompetio, para que seja devidamente avaliado pela AgnciaBrasileira Antidoping, que poder aprov-la, ou no, para eventosnacionais e orientar nos casos de eventos no Exterior.

    a gum on id r di ion i :) s3:Beta-2-agonistas, que so drogas proibidas com exceo

    do formoterol, salbutamol, salmeterol e terbutalina. As demais dro-gas beta-2- agonistas exigem a solicitao de permisso especialpor meio do formulrio abreviado (aTUE). Convm ressaltar queconcentraes de salbutamol superiores a 1.000ng/ml resulta-

    ro sempre em resultado analtico adverso, ou seja, positivo paradoping.

    b) s5: Diurticos, que so considerados agentes mascarantese sua utilizao exige permisso especial autorizada, obtida pormeio do TUE.

    ) s8: Substncias antes permitidas, que foram includas noprograma de monitoramento de 2008, portanto atualmenteproibidas: bupropiona, cafena, fenilefrina, fenilpropranolaminapipradol, pseudoefedrina, sinefrina. So permitidas: adrenalinaassociada com agentes anestsicos para uso local (ex.: nasal, of-tlmico); catina apenas quando a concentrao na urina for infe-rior a 5microgramas/L; efedrina e metilefedrina apenas quando aconcentrao for inferior a 10 micro gramas/L.

    d) s9: Glicocorticoides (via oral, retal ou endovenosa), cujouso exige permisso especial concedida, via TUE. O uso em todasas outras rotas (intra-articular, periarticular, peritendinosa, epi-dural, intradermal e inalatria) exige permisso obtida por meiodo formulrio abreviado (aTUE). O uso dermatolgico, inclusiviontoforese e fonoforese, permitido. O mesmo acontece com o

    uso nasal, oftalmolgico, gengival e perianal.) oo b t b oqu dorso substncias permitidas emtodos os esportes, exceto em alguns que fazem parte de listas es-peciais. A lista referente ao lcool consta na pgina 38 e a referenteaos betabloqueadores na pgina 39 da cartilha do COB.

    ) R o d gun rm o p rmitido :para tratamentode asma brnquica, a lista de frmacos permitidos est na pgina45; a lista de contraceptivos permitidos na pgina 47; cremesdermatolgicos permitidos, na pgina 47 da cartilha COB.

    g) amino ido , i min r i , it min : so permitidos,mas cabe a ressalva de que o uso exige cautela, tendo em vistaa possibilidade de que conste intencionalmente na composiosubstancia proibida no referida no rtulo. Existe ainda a pos-sibilidade de que a substncia proibida conste no produto porcontaminao.

    II. sub tn i proibid (i it )s1. ag nt an b i o .

    1. Esteroides andrognicos anablicos (EAA):a. EAA exgenos.b. EAA endgenos.2.Outros agentes anablicos, dentre outros, clembuterol, mo-

    duladores seletivos de receptores, andrognicos (MSRAs, SARMstibolona, zeranol, zilpaterol.

    s2. Hormnio , sub tn i a in u f tor dlib r o:

    1. Eritropoietina (EPO);2. Hormnio do crescimento humano (hGH), fator de cres-

    cimento semelhante insulina (IGF-1) e fatores de crescimentomecnicos (MGFs);

    3. Gonadotrofinas (hCG,LH etc.) proibidas somente em ho-

    mens;4. Insulinas;5. Corticotrofinas;6. Outras substncias com estrutura qumica similar ou efeito

    biolgico(s) similar(es).

  • 8/9/2019 Modificaes dietticas, reposio hdrica,suplementos alimentares e drogas:comprovao de ao ergognica e po

    8/10

    Suplemento Rev Bras Med Esporte Vol. 15, No 3 Mai/Jun, 200910

    s3. B t -2- agoni t : Todos os beta-2-agonistas, tanto ismerosD- como L-, so proibidos.s4. ag nt om ati id d anti-e trogni .

    1. Inibidores da aromatase, dentre outros, anastrozola, letrozo-la, aminoglutetimida, exemestano, formestano, testolactona.

    2. Moduladores de receptor seletivo a estrgenos (SERMs),dentre outros, raloxifeno, tamoxifeno, toremifeno.

    3. Outras substncias antiestrognicas, dentre outras, clomi-

    feno, ciclofenila, fulvestranto.4.Agentes modificadores da funo(es) da miostatina, dentreoutros, inibidores da miostatina.

    s5. Diurti o Outro ag nt M r nt : Diurticos, epi-testosterona, probenecida, inibidores da alfa redutase, (como afinasterida, dutasterida), expansores de plasma (como a albumina,o dextran e o hidroxietilamido) e outras substncias com efeito(s)biolgico(s) similar(es).

    III. M todo proibidoM1. aum nto do c rr m nto d Oxignio:

    .Doping sanguneo, incluindo o uso de sangue autlogo,homlogo ou heterlogo, ou de produtos contendo glbulosvermelhos de qualquer origem.

    b. Aumento artificial da captao, transporte ou aporte deoxignio, dentre outros, perfluoroqumicos, efaproxiral (RSR 13) eprodutos base de hemoglobina modificada (como substitutos desangue com base em hemoglobina e produtos com hemoglobinamicroencapsulada).

    M2. M nipu o Qumi f i :1. Manipular ou tentar manipular, visando alterar a integri-dade e validade das amostras coletadas no controle de dopa-gem, como, dentre outras possibilidades, a substituio e/oualterao da urina.

    2. Infuses intravenosas so proibidas. Em caso de emergnciamdica em que o mtodo for necessrio, Iseno de Uso Terapu-tico retroativa ser necessria..

    M3. Doping G nti o:O uso no teraputico de clulas, genes,elementos genticos, ou a modulao da expresso gentica, quetenham a capacidade de aumentar o desempenho do atleta, proibido.

    Iv. sub tn i m todo proibido momp tio.

    Alm das categorias S1 a S5 e M1 a M3, definidas anteriormen-te, que so proibidas em competio, devem ser consideradas:

    sub tn i Proibid m G r :s6. e timu nt : Todos os estimulantes so proibidos, in-

    cluindo seus ismeros ticos (D- e L-) quando relevantes, excetoderivados de imidazol para uso tpico e aqueles estimulantesincludos no programa de monitoramento de 2008.

    s7. N r ti o : Buprenorfina, dextromoramida, diamorfina(herona), fentanil e seus derivados, hidromorfona, metadona, mor-fina, oxicodona, oximorfona, pentazocina e petidina.

    s8. c n binoid : Canabinoides (Exemplos: haxixe e ma-conha).

    s9. G i o orti o t roid : Todos os glicocorticosteroides soproibidos quando administrados por via oral, retal, intramuscularou endovenosa. Seu uso teraputico requer a aprovao de umaIseno de Uso Teraputico (TUE).

    sub tn i Proibid m D t rmin do e port :P1. oo :lcool (etanol) proibido somente em competi-

    o, nos esportes abaixo relacionados. A deteco ser feita poranlise respiratria e/ou pelo sangue. O limite permitido (em va-lores hematolgicos) por cada Federao ou Confederao estindicado entre parnteses.Aeronutica FAI (0,20 g/L)

    Arco e flecha FITA, IPC (0,10 g/L)

    Automobilismo FIA (0,10 g/L)

    Boliche CMSB, IPC (0,10 g/L)

    Lancha de potncia UIM (0,30 g/L)

    Karat WKF (0,10 g/L)

    Motociclismo FIM (0,10 g/L)Pentatlo Moderno (em tiro) UIPM (0,10 g/L)

    P2. B t b oqu dor - Quando no especificados, betablo-queadores so proibidos somente em competio nos seguintesesportes:Aeronutica FAI

    Arco e flecha (proibido tambm fora de competio) FITA, IPC

    Automobilismo FIA

    Bilhar WCSB

    Bobsleigh FIBT

    Boliche CSMB, IPC

    Boliche com 9 pinos FIQ

    Bridge FMB

    Curling WCF

    Esqui/Snowboarding (salto com esqui e estio livre emsnow board) FIS

    Ginstica FIG

    Lancha de potncia UIM

    Luta FILA

    Motociclismo FIMPentatlo Moderno (para disciplinas envolvendo tiro) UIPM

    Tiro (proibido tambm fora de competio) ISSF, IPC

    Vela (somente para os timoneiros em match race) ISAF

    sub tn i e p i i d :Beta-2-agonistas, quando usados porinalao, exceto o salbutamol superior a 1000ng/ml e clembuterol;Inibidores de alfa-redutase e probenecida; Catina, cropropamida,crotetamida, efedrina, etamivan, famprofazona, fenprometamina,heptaminol, isometepteno, levmetanfetamina, meclofenoxato,p-metilanfetamina, metilefedrina, niquetamida, norfenefrina, oc-topamina, ortetamina, oxilofrina, propilexedrina, selegilina, sibutramina, tuaminoheptano, e qualquer estimulante no mencionadoespecificamente na seo S6, quando o atleta preencher as con-dies l descritas; Canabinoides; Glicocorticoesteroides; lcooBetabloqueadores.

  • 8/9/2019 Modificaes dietticas, reposio hdrica,suplementos alimentares e drogas:comprovao de ao ergognica e po

    9/10

    Suplemento Rev Bras Med Esporte Vol. 15, No 3 Mai/Jun, 2009 11

    leITURa RecOMeNDaDa PRIMeIRa PUBlIcaOI. Modi i di tti1. Beard J, Tobin B. Iron status and exercise. Am J Clin Nutr 2000;72: S594-7.2. Bowden VL, McMurray RG. Effect of training status on the metabolic responses to high carbohydrate

    and high fat meals. Int J Sport Nutr Exerc Metab 2000;10:16-27.3. Brun JF, Bouchahda C, Chaze D, Benhaddad AA, Micallef JP, Mercier J. The paradox of hematocrit in

    exercise physiology: which is the normal range from an hemorheologist's viewpoint?. Clin HemorheolMicrocirc 2000;22:287-303.

    4. Burke LM, Cox GR, Culmmings NK, Desbrown B. Guidelines for daily carbohydrate intake: do athletesachieve them? Int J Sports Med 2001; 31:267-99.

    5. Burke LM. Energy needs of athletes. Can J Appl Physiol 2001;26:202-19.6. Carrithers JA, Williamson DL, Gallagher PM, Godard MP, Schulze KE, Trappe SW. Effects of post-exercise

    carbohydrate-protein feeding on muscle glycogen restoration. J Appl Physiol 2000;88:1976-82.7. Clarkson PM, Thompson HS. Antioxidants: what role do they play in physical activity and health? Am J

    Clin Nut 2000;72:S637-46.8. Faff J. Effects of the antioxidant supplementation in athletes on the exercise-induced oxidative stress.

    Biology of Sport 2001;18:3-20.9. Garlick PJ, McNurlan MA, Ballmer PE. Influence of dietary protein intake on whole-body protein turnover

    in humans. Diabetes Care 1991; 14:1189-98.10. Ginsburg GS, OToole M, Rimm E, Douglas PS, Rifai N. Gender differences in exercise-induced changes

    in Sex hormone levels and lipid peroxidation in athletes participation in the Hawaii Ironman triathlon.Ginsburg-gender and exercise induced lipid peroxidation. Clin Chim Acta 2001;305:131-9.

    11. Glesson M, Bishop NC. Elite athlete immunology: importance of nutrition. Inter J Sports Med2000;21:S44-50.

    12. Hassapidou MN, Manstrantoni A. Dietary intakes of elite female athletes in Greece. J Hum Nutr Diet2001;14:391-6.

    13. Jeukendrup AE, Saris WHM, Wagenmakers AJM. Fat metabolism during exercise: a review. Int J SportMed 1998;19:371-9.

    14. Kiens B. Diet and training in the week before competition. Can J Appl Physiol 2001;26:S56-63.15. Lemon PW. Effects of exercise on dietary protein requirements. Int J Sport Nutr 1998;8:426-47.16. Manore MM. Effect of physical activity on thiamine, riboflavin, and vitamin B-6 requirements. Am J Clin

    Nut 2000;72:598S-606S.17. Maughan RJ. Role of micronutrients in sport and physical activity. Br Med Bull 1999;55:683-90.18. Maughan R. The athletes diet: nutritional goals and dietary strategies. Proc Nutr Soc 2002;61:87-96.19. McConell G, Snow RJ, Projetto J, Hargreaves M. Muscle metabolism during prolonged exercise in humans:

    influence of carbohydrate availability. J Appl Physiol 1999;87:1083-6.20. Micheletti A, Rossi A, Rufini S. Zinc status in athletes: relation to diet and exercise. Eur J Physiol

    2002;443:791-7.21. Nakamura M, Brown J, Miller WC. Glycogen depletion patterns in trained rats adapted to a high-fat or

    high carbohydrate diet. Int J Sports Med 1998;19:419-24.22. Nieman DC, Pedersen BK. Exercise and immune function recent developments. Sports Med

    1999;27:73-80.23. Nutrition and athletic performance. Med Sci Sports Exerc 2000;32:2130-45.24. Pendergast DR, Leddy JJ, Venkatraman JT. A perspective of fat intake in athletes. J Am Coll Nutr

    2000;19:345-50.25. Poortmans R, Dellalieux O. Do regular high protein diets have potential health risks on kidney function

    in athletes? Int J Sports Med 2000;20:28-38.26. Sacheck JM, Decker EA, Clarkson PM. The effect of diet on vitamin E intake and oxidative stress in response

    to acute exercise in female athletes. Eur J Appl Physiol 2000;83:40-6.27. Schroder H, Navarro E, Mora J, Seco J, Torregrosa JM, Tramullas A. The type, amount, frequency and

    timing of dietary supplement use by elite players in the First Spanish Basketball League. J Sports Sci2002; 20:353-8.

    28. Sen CK. Antioxidants in exercise nutrition. Sports Med 2001;31:891-908.29. Spivak JL. Erythropoietin use and abuse: when physiology and pharmacology collide. Adv Exp Med Biol

    2001;502:207-24.30. Stannard SR, Constantini NW, Miller JC. The effect of glycemic index on plasma glucose and lactate levels

    during incremental exercise. Int J Sport Nutr Exerc Metab 2000;10:51-61.31. Tauler P, Aguilo A, Fuentespina E, Tur JA, Pons A. Diet supplementation with vitamin E, vitamin C andbeta-carotene cocktail enhances basal neutrophil antioxidant enzymes in athletes. Eur J Physiol 2002;443:

    791-7.32. Thompson JL. Energy balance in young athletes. Int J Sport Nutr 1998; 8:160-74.33. Van Erp-Baart AM, Saris WH, Binkhorst RA, Vos JA, Elvers JW. Nationwide survey on nutritional habits in

    elite athletes. Part 1. Energy, carbohydrate, protein and fat intake. Int J Sports Med 1989;10:S3-10.34. Vasankari T, Kujala U, Sarnas S, Ahotupa M. Effects of ascorbic acid and carbohydrate ingestion on exercise

    induced oxidative stress. J Sports Med Phys Fitness 1998;38:281-5.35. Wigernaes I, Hostmark AT, Stromme SB, Kierulf P, Birkeland K. Active recovery counteracts the post-exercise

    rise in plasm-free fatty acids. Int J Sport Nutr Exerc Metab 2000;10:404-14.36. Xia G, Chin MK, Girandola RN, Liu RY. The effect of diet and supplements on a male world champion

    lightweight rower. J Sports Med Phys Fitness 2001;41:223-8.37. Zachwieja JJ, Ezell DM, Cline AD, Ricketts JC, Vicknair PC, Schorle SM, et al. Short-term dietary energy

    restrition reduces lean body mass but not performance in physically active men and women. Int J SportsMed 2001;22:310-16.

    II. R po io hdri1. American Academy of Pediatrics. Climatic Heat Stress and the Exercise Child and Adolescent. Pediatrics

    2000;106:158-9.2. American College of Sports Medicine. ACSM Position Stand on Exercise and Fluid Replacement. Med

    Sci Sports Exerc 1996;28:i-vii.

    3. American College of Sports Medicine. Position Stand: Heat and cold illnesses during distance running.Med Sci Sports Exerc 1996;28:i-x.4. Below PR, Mora-Rodriguez R, Gonzalez-Alonso J. Fluid and carbohydrate ingestion independently improve

    performance during 1 h of intense exercise. Med Sci Sports Exerc 1995;27:200-10.5. Berry PL, Belsha CW. Hyponatremia. Pediatr Clin North Am 1990;37: 351-163.6. Clowes GHA, O'Donnel TF Jr. Heat stroke. N Engl J Med 1974;291: 564-7.7. Coggan AR, Coyle EF. Carbohydrate ingestion during prolonged exercise: effects on metabolism and

    performance. Exerc Sport Sci Rev 1991; 19:1-40.8. Coyle EF, Montain SJ. Benefits of fluid replacement with carbohydrate during exercise. Med Sci Sports

    Exerc 1992;24:S324-30.9. Coyle EF, Coggan AR, Hemmert MK, Ivy JL. Muscle glycogen utilization during prolonged strenuous

    exercise when fed carbohydrates. J Appl Physiol 1986;61:165-72.10. Coyle EF. Cardiovascular drift during prolonged exercise and the effects of dehydration. Int J Sports Med

    1998;19:S121-4.11. Crane RK. The gradient hypothesis and other models of carrier-mediated active transport. Rev Physiol

    Biochem Pharmacol 1977;78:100-59.12. Davies MJ, Lamb DL, Pate RR, Slentz CA, Burgess WA, Bartoli WP. Carbohydrate-electrolyte drinks: effects

    on endurance cycling in the heat. Am J Clin Nutr 1988;48:1023-30.13. Fortney SM, Wenger CB, Bove JR, Nadel ER. Effect of blood volume on forearm venous and cardiac stroke

    volumes during exercise. J Appl Physiol 1981;55:884-90.14. Gisolfi CV, Copping JR. Thermal effects of prolonged treadmill exercise in the heat. Med Sci Sports Exerc

    1974;6:108-13.15. Gisolfi CV, Summers RW, Schedl HP, Bleiler TL, Opplinger RA. Human intestinal water absorption: directvs indirect measurements. Am J Physiol 1990;258:G216-22.

    16. Greenleaf JE, Sargent R. Voluntary dehydration in man. J Appl Physiol 1965;20:719-24.17. Gruskin AB, Baluarte HJ, Prebis JW, Polinski MS, Morgenstern BZ, Perlmen SA. Serum sodium abnormalities

    in children. Pediatr Clin North Am 1982;29:907-32.18. Hamilton MT, Gonzalez-Alonso J, Montain SJ, Coyle EF. Fluid replacement and glucose infusion during

    exercise prevents cardiovascular drift. J Appl Physiol 1991;71:871-7.19. Horswill CA. Effective fluid replacement. Int J Sport Nutr 1998;8:175-95.20. Hubbard RW, Sandick BL, Matthew WT, Francesconi RP, Sampson JB, Durkot MJ, et al. Voluntary dehydra-

    tion and alliesthesia for water. J Appl Physiol (Respirat Environ Exercise Physiol) 1984;57:868-75.21. Ivy JL, Lee MC, Brozinick JT, Reed MJ. Muscle glycogen storage after different amounts of carbohyd

    ingestion. J Appl Physiol 1988;65: 2018-23.22. Leiper JB, Maughan RJ. Absorption of water and electrolytes from hypotonic, isotonic, and hyperton

    solutions. J Physiol 1986;373:90.23. Leiper JB. Gastric emptying and intestinal absorption of fluids, carbohydrates, and electrolytes. In: Spo

    Drinks: Basic and Practical Aspects, 2001;89-128.24. Maughan RJ, Leiper JB, Shirreffs SM. Factors influencing the restoration of fluid and electrolyte bala

    after exercise in the heat. Br J Sports Med 1997;31:175-82.25. Meyer F, Bar-Or O. Fluid and electrolyte loss durante exercise: the pediatric angle. Leading article. Sp

    Med 1994;18:4-9.26. Meyer F, Bar-Or O, MacDougall D, Heigenhauser G. Sweat electrolyte loss during exercise in the he

    effects of gender and level of maturity. Med Sci Sports Exerc 1992;24:776-81.27. Montain SJ, Coyle EF. Fluid ingestion during exercise increases skin blood flow independent of increas

    in blood volume. J Appl Physiol 1992;73:903-10.28. Nadel ER, Fortney SM, Wenger CB. Effect of hydration state on circulatory and thermal regulations. J A

    Physiol 1980;49:715-21.29. Noakes TD, Goodwin N, Rayner BL, Branken T, Taylor RKN. Water intoxication: a possible compl

    during endurance exercise. Med Sci Sports Exerc 1985;17:370-5.30. Passe HD. Physiological and psychological determinants of fluid intake. In: Sports Drinks: Basic a

    Practical Aspects, 2001;45-87.31. Pitts GC, Johnson RE, Consolazio FC. Work in the heat as affected by intake of water, salt, and gluco

    Am J Physiol 1944;142:253-9.32. Rivera-Brown AM, Gutirrez R, Gutirrez JC, Frontera WR, Bar-Or O. Drink composition, voluntary dr

    and fluid balance in exercising, trained, heat-acclimatized boys. J Appl Physiol 1999;86:78-84.33. Rothstein A, Adolph EF, Wills JH. Voluntary dehydration. New York: Interscience, 1947.34. Saltin B. Circulatory response to submaximal and maximal exercise after thermal dehydration. J Ap

    Physiol 1964;19:1125-32.35. Sawka MN, Gonzalez RR, Young AJ, Dennis RC, Valeri CR, Pandolf KB. Control of thermoregulatory s

    during exercise in the heat. Am J Physiol 1989;257:R311-6.36. Sawka MN, Young AJ, Francesconi RP, Muza SR, Pandolf KB. Thermoregulatory and blood respo

    during exercise and graded hypohydration levels. J Appl Physiol 1985;25:149-52.37. Sawka MN, Pandolf KB. Effect of body water loss on physiological function and exercise performance

    Gisolfi CV, Lamb DR, eds. Perspectives in Exercise and Sport Medicine. Fluid Homeostasis during ExerIndianapolis: Benchmark Press Inc, 1990;1-30.

    38. Sawka MN, Young AJ, Latzka WA, Neufer PD, Quigley MD, Pandolf KB. Human tolerance to heat during exercise: influence of hydration. J Appl Physiol 1992;73:368-75.39. Sawka MN. Physiological consequences of hypohydration: exercise, performance, and thermoregulation

    Med Sci Sports Exerc 1992;24:657-70.40. Senay L. Temperature regulation and hypohydration: a singular view. J Appl Physiol 1979;47:1-7.41. Shapiro Y, Moran D, Epstein Y. Acclimatization strategies Preparing for exercise in the heat. Int J Sp

    Med 1998;19:S161-3.42. Shi X, Gisolfi CV. Fluid and carbohydrate replacement during intermittent exercise. Sports Me

    1998;25:157-72.43. Shirreffs SM, Maughan RJ. Volume repletion following exercise-induced volume depletion in ma

    replacement of water and sodium losses. Am J Physiol 1998;43:F868-75.44. Szlyk PC, Sils IV, Francesconi RP, Hubbard RW, Armstrong LE. Effects of water temperature and flav

    on voluntary dehydration in men. Physiol Behav 1989;45:639-47.45. Wilk B, Bar-Or O. Effect of drink flavor and NaCl on voluntary drinking and hydration in boys exerc

    in the heat. J Appl Physiol 1996; 80:1112-17.

    III. sup m nto im nt r1. Butterfield G. Amino acids and high protein diets. In: Perspectives in exercise science and sports medicin

    Ergogenics-enhancement of performance in exercise and sport. Lamb DR, Williams MH, eds. MiamCooper Publishing, 2001.

    2. Casey A, Greenhaff PL. Does dietary creatine supplementation play a role in skeletal muscle metabolis

    and performance? Am J Clin Nutr 2000;72:S607-17.3. Chrusch MJ, Chilibeck PD, Chad KE, Davison KS, Burke DG. Creatine supplementation combined resistance training in older men. Med Sci Sports Exerc 2001;33:2111-17.

    4. David JM, Alderson NL, Welsh RS. Serotonin and central nervous system fatigue: nutritional consideratioAm J Clin Nutr 2000;72:573-8.

    5. Hargreaves MH, Snow R. Amino acids and endurance exercise. Int J Sport Nutr Exerc Metab 2001;11:145.

    6. Harris, RC, Soderlund K, Hultman E. Elevation of creatine in resting and exercise muscle of normal subjby creatine supplementation. Clin Sci 1992;83:367-74.

    7. Hultman E, Soderlund K, Timmons A, Cederblad G, Greenhaff PL. Muscle creatine loading in men. J APhysiol 1996;81:232-7.

    8. Paul GL, Gautsch TA, Layman DK. Amino acid and protein metabolism during exercise and recovery.Wolinsky I, ed. Nutrition in Exercise and Sport. Florida: CRC Press, 1998.

    9. Persky AM, Brazeau GA. Clinical pharmacology of the dietary supplement creatine monohydrate. Phamacol Rev 2001;53:161-76.

    10. Poortmans JR, Francaux M. Adverse effects of creatine supplementation. Sports Med 2000;30:155-7011. Rasmussen BB, Tipton KD, Miller SL, Wolf SE, Wolfe RR. An oral essential amino acid-carbohydrate s

    ment enhances muscle protein anabolism after resistance exercise. J Appl Physiol 2000;88:386-92.12. Slater GJ, Jenkins D.b-hydroxy-b-metilbutyrate (HMB) supplementation and the promotion of muscle

    growth and strength. Sports Med 2000; 30:105-16.13. Tarnopolsky MA. Protein and physical performance. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 1999;2:533-7.14. Terjung RL, Clarkson P, Eichner ER, Greenhaff PL, Hespel PJ, Israel RG, et al. American College of

    Medicine roundtable. The physiological and health effects of oral creatine supplementation. Med SciSports Exerc 2000;32:706-17.

    15. Tipton KD, Wolfe RR. Exercise, protein metabolism, and muscle growth. Int J Sport Nutr Exerc M2001;11:109-32.

    16. Wagenmakers AJM. Amino acid supplements to improve athletic performance. Curr Opin Clin NuMetab Care 1999;2:539-44.

    Iv. Drog it i it1. American College of Sports Medicine Position Stand on the Use of Blood Doping as an Ergogenic Ai

    Med Sci Sports Exerc 1996;28.2. American College of Sports Medicine. Use of anabolic androgenic steroids in sport. Med Science Spo

    Exer 1987;19:534-9.3. Comit Olmpico Brasileiro. Http://www.cob.org.br4. De Rose EH, Nbrega ACL. Drogas Lcitas e Ilcitas. In: Ghorayeb N, Barros T. O Exerccio. So

    Atheneu, 1999.5. Eichner ER. Ergogenic Aids: What athletes are using and why. Phys Sports Med 1997;25:97.6. Feder MG, De Rose EH. O uso de medicamentos no esporte. Rev Bras Med Esporte 1996;2.7. Gruber AJ, Pope HG Jr. Psychiatric and medical effects of anabolic-androgenic steroid use in women

    Psychoter Psychosom 2000;69:19-26.8. International Olympic Committee Antidoping code. Http://www. olympic.org?uk/organisation/comis-

    sions/medical/antidoping uk.asp9. International Olympic Committee. www.olympic.org/uk/news/publications/press uk.asp? release = 11310. International Olympic Committee. www.olympic.org/uk/news/publications/press uk.asp? release = 17311. International Olympic Committee. Http://www.olympic.org/uk/news/publications/press. uk. asp?rel12. International Olympic Committee. Http://multimedia.olympic.org/pdf/en report 21.pdf 13. International Olympic Committee. Http://multimedia.olympic.org/pdf/en report 22.pdf 14. Pardos CL, Gallego VP, Rio-Mayor MJ, Martin AV. Dopaje sanguineo y Eritropoietina. Archivos de Me

    Del Deporte 1998;64:145-8.15. Stephen MB, Olsen C. Ergogenic supplements and health risk behaviors. J Fam Pract 2001;50:696-9.

  • 8/9/2019 Modificaes dietticas, reposio hdrica,suplementos alimentares e drogas:comprovao de ao ergognica e po

    10/10

    Suplemento Rev Bras Med Esporte Vol. 15, No 3 Mai/Jun, 200912

    I. Modi i di ttiSwinburn B, Ravussin E. Energy balance or fat balance? Am J Clin Nutr. 1993;57(suppl):766S-71S.Montoye HJ, Kemper HCG, Saris WHM, Washburn RA. Measuring physical activity and energy expenditure.Champaign (IL): Human Kinetics Ltd; 1996.Katch FI, McArdle WD. Introduction to nutrition, exercise, and health. 4th ed. Philadelphia (PA): Lea&Febiger; 1993Grandjean AC. Diets of elite athletes: has the discipline of sports nutrition made an impact? JNutr.1997;127(suppl):874S-7S.Position of the American Dietetic Association: Nutrition Intervention in the treatment of anorexianervosa, bulimia nervosa, and binge eating. J Am Diet Assoc. 1994;94:902-7.Brownell KD, Rodin J, Wilmore JH. Eating, body weight, and performance in athletes: disorders of modernsociety. Philadelphia (PA): Lea & Febiger; 1992.Sundgot-Borgen J. Eating disorders. In: Berning JR, Steen SN, eds. Nutrition for sport and exercise.Gaithersburg (MD): Aspen Publishers; 1998:187-203.Thompson RA, Sherman RT. Helping athletes with eating disorders. Champaign (IL): Human KineticsPublishers; 1993.Position of the American Dietetic Association and Dietitians of Canada: Nutrition and Womens HealthJournal of the American Dietetic Association June 2004; 6:984-1001.Horowitz JF, Mora-Rodriguez R, Byerley LO, Coyle EF. Substrate metabolism when subjects are fedcarbohydrate during exercise. Am J Physiol. 1999; 276:E828-35.Burke LM, Cox GR, Cummings NK, Desbrow B. Guidelines for daily carbohydrate intake. Do athletesachieve them? Sports Med. 2001;31(4):267-99.Zalcman I, Guarita HV, Juzwiak CR, Crispim C, Antunes HK, Edwards B, Tufik S, Mello MT de . Nutritionalstatus of adventure racers. Nutrition. 2007; 23:404-411.Zalcman I, Crispim C, Juzwiak CR, Antunes HK, Edwards B, Waterhouse J, Tufik S, Mello MT de . Nutri-tional intake during a simulated adventure race. International Journal of Sport Nutrition and ExerciseMetabolism, v. 18, p. 152-168, 2008Jeukendrup, A.E. Carbohydrate intake during exercise and performance. Nutrition. 2004; 20, 669677.Wilson J, Wilson GJ. Contemporary Issues in Protein Requirements and Consumption for Resistance Trained Athletes. JISSN. 2006;3(1):7-27.Lemon PW. Effects of exercise on dietary protein requirements. Int J Sport Nutr 1998;8:426-47.Davis JM, Bailey SP. Possible mechanisms of central nervous system fatigue during exercise. Med SciSports Exerc. 1997;29:45-57.Lambert, C., et al. Macronutrient considerations for the sport of bodybuilding. Sports Medicine. 2004;34:317-27.Tarnopolsky, M. Protein requirements for endurance athletes. Nutrition 2004; 20:662-668.Butterfield GE. Whole-body protein utilization in humans. Med Sci Sports Exerc. 1987;19(suppl):S157-65.Horvath PJ, Eagen CK, Ryer-Calvin SD, Pendergast DR. The Effects of Varying Dietary Fat on the NutrientIntake in Male and Female Runners. J. Am. Coll. Nutr. 2000:19;42-51.

    II. R po io hdriAmerican College of Sports Medicine: Sawka MN, Burke LM, Eichner ER, Maughan RJ, Montain SJ,Stachenfeld NS. American College of Sports Medicine Position Stand: Exercise and fluid replacement.Med Sci Sports Exerc. 2007; 39:377-90.National Athletic Trainers Association (NATA). Position Statement: fluid replacement for athletes. J Athl Train 2000; 35(2): 212 224.

    Sawka MN. Physiological consequences of hypohydration: exercise, performance, and thermoregulation.Med Sci Sports Exerc. 1992;24:657-70.Nadel ER, Fortney SM, Wenger CB. Effect of hydration state on circulatory and thermal regulations. JAppl Physiol 1980;49:715-21.Coyle EF. Cardiovascular drift during prolonged exercise and the effects of dehydration. Int J SportsMed 1998;19:S121-4.Nadel ER, Fortney SM, Wenger CB. Effect of hydration state on circulatory and thermal regulations. JAppl Physiol 1980;49:715-21.Lieberman HR. Hydration and cognition: a critical review and recommendations for future research. JAm Coll Nutr. 2007; 26(5): 555S-561S.Murray B. Hydration and physical performance.J Am Coll Nutr. 2007; 26(5 Suppl):542S-548S.Judelson DA, Maresh CM, Anderson JM, Armstrong LE, Casa DJ, Kraemer WJ, Volek JS. Hydration andmuscular performance: does fluid balance affect strength, power and high-intensity endurance? SportsMed. 2007; 37(10):907-21.Baker LB, Conroy D, Kenney LW. Dehydration impairs vigilance-related attention in male basketballplayers. Med Sci Sports Exerc. 2007a; 39(6):976-983.Baker LB, Dougherty KA, Chow M, Kenney LW. Progressive dehydration causes a progressive declinein basketball skill performance. Med Sci Sports Exerc. 2007b; 39(7):1114-1123.Below PR, Mora-Rodriguez R, Gonzalez-Alonso J, Coyle E. Fluid and carbohydrate ingestion indepen-dently improve performance during 1 h of intense exercise. Med Sci Sports Exerc.1995; 27: 200-210.Hubbard RW, Sandick BL, Matthew WT, Francesconi RP, Sampson JB, Durkot MJ, et al. Voluntary dehydra-tion and alliesthesia for water. J Appl Physiol (Respirat Environ Exercise Physiol) 1984;57:868-75.Passe D. Physiological and Psychological determinants of fluid intake. Sports Drinks. In. Maughan R.;Murray, R. (Ed). Boca Raton: CRC, 2001.

    Hsieh M. Recommendations for treatment of hyponatraemia at endurance events. Sports Med. 2004;34(4):231-8.Murray R, Stofan J, Eichner ER. Hyponatremia in athletes. Sports Science Exchange. 2003:16, 1-6.Leiper JB. Gastric emptying and intestinal absorption of fluids, carbohydrates, and electrolytes. In: SporDrinks: Basic and Practical Aspects, 2001;89-128.Sharp RL. Role of whole foods in promoting hydration after exercise in humans. J Am Coll Nutr. 2007;26(5):592S-596S.Meyer F. Bar-Or O. (1994). Fluid and electrolyte loss during exercise: The pediatric angle. leading artiSports Medicine. 1994; 18:4-9.Wilk B, Bar-Or O. Effect of drink flavor and NaCl on voluntary drinking and hydration in boys exerciin the heat. J Appl Physiol. 1996; 80:1112-1117.Wilk B, Kriemler S, Keller H, Bar-Or O. Consistency in preventing voluntary dehydration in boys who da flavored carbohydrate-NaCl beverage during exercise in the heat. Intern J Sport Nutr. 1998; 8:1-9.Rivera-Brown AM, Gutirrez R, Gutirrez JC, Frontera WR, Bar-Or O. Drink composition, voluntary driand fluid balance in exercising, trained, heat-acclimatized boys. J Appl Physiol. 1999;86:78-84.Horswill CA, Passe DH, Stofan JR, Horn MK, Murray, R. Adequacy of fluid ingestion in adolescentsadults during moderate-intensity exercise. Pediatric Exercise Sci. 2005; 17:41-50.Wilk B, Rivera-Brown AM, Bar-Or O. Voluntary drinking and hydration in non-acclimatized girls exercin the heat.Eur J Appl Physiol. 2007, 101(6):727-34. Rivera-Brown AM, Ramrez-Marrero FA, Wilk B, Bar-Or O. Voluntary drinking and hydration in traheat-acclimatized girls exercising in a hot and humid climate. Eur J Appl Physiol. 2008; 103(1):109-1Dufour A., Candas V. Ageing and thermal responses during passive heat exposure: sweating and sensoryaspects. Eur J Appl Physiol. 2007; 100:19-26.Kenney WL, Chiu P. Influence of age on thirst and fluid intake. Med Sci Sports Exerc. 2001; 33 (9):1524-Shirreffs SM, Armstrong LE, Cheuvront SN. Fluid and electrolyte needs for preparation and recovefrom training and competition. J Sports Sci. 2004; 22:57-63.Coyle EF. Fluid and fuel intake during exercise. J Sports Sci. 2004; 22(1): 39-55.Marino FE, Kay D, Cannon J. Glycerol hyperhydration fails to improve endurance performance anthermoregulation in humans in a warm humid environment. Pflugers Arch. 2003; 446 (4): 455-62.Latzka WA, Sawka MN. Hyperhydration and glycerol: thermoregulatory effects during exercise in hoclimates. Can J Appl Physiol. 2000; 25(6):536-45American Academy of Pediatrics. Climatic Heat Stress and the Exercise Child and Adolescent. Pediatric2000;106:158-9.

    III. sup m nto im nt rBill Campbell B, Kreider RB, Ziegenfuss T, Bounty PB, Roberts M, Burke D, et al. International SocSports Nutrition Position Stand: Protein and Exercise. J Int Soc of Sports Nutr. 2007; 4:8.Lowery L, Forsythe CE. Protein and Overtraining: Potential Applications for Free-Living Athletes.J InSoc of Sports Nutr. 2006;3(1): 42-50.Volek JS, Forsythe CE and Kraemer V.Nutritional aspects of women strength athletes-Br. J. Sports Me2006;40;742-748.Cockburn E, Hayes PR, French DN, Stevenson E and Gibson ASC. Acute milk-based protein-CHO supmentation attenuates exercise-induced muscle damage; Appl. Physiol. Nutr. Metab.2008; 33: 775-783Gaine PC, Pikosky MA, Bolster DR, Martin WF,Maresh ,CM and Rodrigues NR. Postexercise WholeProtein Turnover Response to Three Levels of Protein Intake. Med Sci Sports Exerc. 2007; 39(3):480-Howatson G, Someren KAV . The Prevention and Treatment of Exercise- Induced Muscle Damage. Spor

    Med. 2008; 38 (6): 483-503.Tang JE, Manolakos JJ, Kujbida GW, Lysecki PJ, Moore DR and Phillips SM. Minimal whey proteincarbohydrate stimlates muscle protein synthesis following resistance exercise in trained young men;Appl. Physiol. Nutr. Metab. 2007;32: 1132-1138Kreider RB: Effects of creatine supplementation on performance and training adaptations. Mol CellBiochem 2003, 244:89-94Hultman E, Bergstrom J, Spreit L, Soderlund K: Energy metabolism and fatigue. In Biochemistry Exercise VII Edited by: Taylor A, Gollnick PD, Green H. Human Kinetics: Champaign, IL; 1990:73-9Uchida MC, Bacurau AVN, Aoki MS, Bacurau RFP. Consumo de Aminocidos de Cadeia RamificadaAfeta o Desempenho de Endurance. Rev Bras Med Esporte Vol. 14, No 1 Jan/Fev, 2008;Blomstrand E, Hassmn P, Ekblom B, Newsholme EA. Influence of ingesting a solution of branchedchnamino acids on perceived exertion during exercise. Acta Physiol Scand 1997; 159: 41-9Joyner MJ, Glutamine and Arginine: Immunonutrients and Metabolic Modulators? Exercise and SporSciences ReviewsKristensen, Julio Boza and Bente Klarlund Pedersen Karen Krzywkowski, Emil Wolsk Petersen, KennOstrowski, Jens Halkjr. Effect of glutamine supplementation on exercise-induced changes in lym-phocyte function. Am J Physiol Cell Physiol 281:1259-1265, 2001)

    Iv. Drog l it I itInformaes Sobre o Uso de Medicamentos no Esporte, 7 edio, RJ-Brasil, 2008 (www.cob.org.br ).N. A. Mark Estes III et al. Task Force 9: Drugs and Performance-Enhancing Substances, in BETHECONFERENCE REPORT. JACC 2005; 45 (8): 1368-9.World Anti-Doping Agency (WADA). Athletes Guide to the Doping Control Program. Available at:http:// www.wada-ama.org .

    leITURa RecOMeNDaDa PRIMeIRa RevIsO