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O Apostolo Paulo Conta Os Devaneios da Cidade de Santos

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O Livro.

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Este livro é baseado em fatos reais.

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Dedicatória Ao Povo Brasileiro

Este livro é uma produçãoindependente de responsabilidade doautor, que não gostaria de colocar onome para não reconhecerem, mas estouvendo que vai ser muito dificil nãocolocar o nome, porque sofri bastantepara escrever este livro, que diga-se depassagem, é o primeiro e

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“possivelmente” o ultimo. Não gostariade deixar isso logo na folha de rosto,mas que a verdade seja dita!

Gostaria de compartilhar minhahistória e assim, se for a vontade demeus guias espirituais... Poder viveruma vida simples, cumprindo asobrigações do lar com uma esposacompreensiva e que tenha apreciadominha obra. Não quero atrair um grupode fãs que me faça sentir objeto dedesejo nem coisa do tipo, mas sim,pensamentos em prol de um futuro

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promissor para todos.

São Vicente

2015

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Índice

01. Aceitando a Missão

02. Conhecendo a Capoeira Espiritual

03. Pela Segunda Vez no PrimeiroColegial

04. Cansei, Vou Fazer o SupletivoMesmo

05. Trabalhar de Carteira Assinada

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06. O Mundo da Voltas

07. Do Jeito Que Você Vive é o JeitoQue Recebe as Coisas

08. Não Adianta Fugir, o Legado Vaite Procurar

09. Vai Achando Que Esta Bom

10. Faculdade é Importante

11. Pancada na Cabeça

12. Entenda e Aprenda

13. Conhecendo o Inimigo

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14. Um Lugar Cheio de Médiuns ePessoas Abençoadas

15. Tomando Chicotadas da Vida

16. Sendo Eu Mesmo

17. Jesus Apareceu

18. Paulo Malandro

19. Começando a Arrebentar Com aCara do Mal

20. Revelações Muito Importantes

21. Arrebentando de Vez Com a Cara

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do Mal

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SUMÁRIO

INFORMAÇÕES DO AUTOR

CONVITE

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AGREDECIMENTOS ESPECIAIS

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01. Aceitando a Missão

Sonhei minha vida toda até o diade hoje em escrever um livro... Sempresonhei em ser o personagem de umahistória cheia de aventuras e também demuitas lições importantes de vida, iguaisaquelas que eu assistia quando criança,ou naqueles filmes que eu sempre ficavahoras pensando a respeito, assim como o

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“Bicho de Sete Cabeças”, “Besouro” ou“Cidade de Deus”. Nunca imaginei portoda minha vida que eu teria umamissão, a qual é de fato, aquela quetodos nós nascemos e recebemos atémesmo antes desse acontecimento.

Sonhei muito com o fato de podermudar o mundo, acreditei que isso fossepossível ouvindo Charlie Brown Jr,Legião Urbana ou Raul Seixas, enfim,percebi que talvez isso, ou aquilo medariam verdadeiras menções do rumoque eu deveria tomar em minha vida, e

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sempre pensei que fosse fácil descobriras coisas mesmo não tendo noçãonenhuma do que é melhor para todos.Nunca consegui terminar de ler um livro,aliás, nunca tive paciência suficiente praconseguir terminar este feito. Jáconsegui talvez terminar de ler aqueles“livrinhos de escola” que contam umahistorinha fácil de imaginar o fim, e porterem poucas paginas me fizeram ter abendita da paciência que eu tantodesprezei pelos 20 e tantos anos de vidaque me encontro agora. Não sei se minhahistória é exemplo pra alguém, nem faço

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ideia de como seria a reação daspessoas depois de lerem “meu livro” ecomentarem comigo o que pensaram...Talvez eu esteja imaginando isso agoraque estou escrevendo... Sim, estou!

Não sei por onde começar ehouveram coisas tão inexplicáveisrecentemente, que as vezes chego apensar se estou delirando, ousimplesmente estou imaginando assimcomo faço a “todo instante” em minhavida. Vou começar pelo começo, o que émuito difícil pra uma pessoa que pensa

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que a vida é um quebra-cabeça, cheio depeças, daqueles que não da nem praimaginar o tipo da imagem que ocompreende.

A principio, o que consigo melembrar agora é este lugar a minhavolta... A Cidade de São Vicente, aondeestou deitado em minha cama com onotebook, apoiado em minhas cochas,com a mãos no teclado, tentando fazersentido as coisas da minha mente emletras.

Aqui no terreno aonde me

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encontro, se fez uma infância bastantefeliz, um pouco conturbada pelasquestões sociais encontradas nessacidade, mas cheia de verdades e sonhos.Lembro dos meus avós de parte do meupai, os quais me ensinaram a ter e seresse poço de amor que tenho certeza metornei... Meu avô o qual não citarei onome, assim como todas as pessoasdeste humilde livro, foi a pessoa maissignificativa e idolatrável que consigolembrar. Meu avô que viveu até os 92anos, me ensinou muitas coisas, até meus16 anos de idade, que foi a data marcada

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pelo universo da viagem que ele teve defazer, com certeza mais uma viagem...Pois a mais significativa para mim, aquiem terra, foi feita em meados dos anos50, que após o período da 2ª guerramundial, toda Europa estava em crise,principalmente os países menores.Crescer em uma família de estrangeirosnunca é fácil, pois você presenciacostumes diferentes e um choque culturalque muitas vezes é assustadordependendo de suas raízes... Não foidiferente comigo. Também não foi poracaso a imigração pra essas terras,

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porque naquela época houve umaimigração em massa pra esse mesmolugarzinho aonde estou me despedindorecentemente.

A infância, antes que eu meesqueça, pois já li duas vezes essecomecinho do livro pra ver se ficoubom, foi bem, digamos assim, sincera.Não fui uma criança má e sei quetambém não fui o exemplo de criança doséculo XX, mas fiz o possível pra meenquadrar nos parâmetros da sociedade.Lembro que ainda muito novo, sentia e

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via “coisinhas” um tanto quantoinexplicáveis, mas ao meu vertotalmente normais dadas ascircunstancias a que me refiro. Nasci emum ano privilegiado pelas estrelas, nãosei como, mas o passar da vida explicacoisas que ficaram lá atrás de uma formaquase mágica, ou para algumas pessoas,totalmente mágica.

Difícil pensar em assuntos quesejam interessantes para todos, quandosó pensando no que é interessante pra si,até porque é complicado demais expor

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uma ideia que aceitem ou entendam damelhor forma... Não é possível chegarem uma pessoa e dizer; Dessa maneiraque você vai viver sua vida de agora emdiante, isso porque aquelas pessoas queaprenderam errado pensam ser o certo,independente das criticas ou o que lhe éfalado, porém, todos nós somos capazesde distinguir o caminho a se percorrer,isso porque, quando entendemos o que écerto ou o que é errado, temos odiscernimento de nossos pensamentospara melhorar. Como quando fazemosalgo errado e acreditamos não haver

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consequências, que de fato pensandoassim já estamos aderindo asconsequências... Errar é humano e todosnós já erramos e estamos propensos aoerro, isso porque a humanidade tem amuito tempo seguido em diante pormuitos e muitos erros, erros que foramcometidos por pessoas e tornaram outraspropensas de um erro originado nopassado.

Eu já errei muito, mas cheguei aconclusões muito fortes, e dependendo

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de nossos erros as consequências são deacordo com eles; Os erros.

Muito difícil escrever umahistória de vida pra alguém, ainda maispra alguém que não conhecemos, pois oque pensam as pessoas que nãoconhecemos? E se ao invés de nosperguntarmos isso, porque não nosperguntamos; Quais são as boasqualidades que cada pessoa que nãoconhecemos tem? Sempre fiqueiperguntando isso por todos que vejo

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passando por perto, isso mostra o quepenso e da um indício do decorrer daminha história.

Como é possível alguém que não émais criança, não ver maldade naspessoas?

E se TODOS fossem assim,haveria um mundo melhor ou maiscriminalidade no mundo? Nesse sentido

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eu prefiro pensar que nem criança.

A vida de todas as pessoas sãorepletas de acontecimentos, algunschocantes infelizmente... Aqui voumostrar e provar, que quando fazemoscoisas erradas em nossa vida, e nosarrependemos sinceramente do quefizemos ou causamos para nós mesmos epra outras pessoas, há sempre umrecomeço e uma maneira de contornar ahistória sempre da melhor forma.

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O Primeiro choque veio logo nosmeus primeiros anos de vida, quelembro bem, eu era sim muito pequeno eassim como qualquer criança eu estavadesprevenido das questões adultas,“perdendo meu tempo” combrincadeiras de faz de conta e asodisseias até a esquina de casa. Foi umgolpe muito forte, ter que sentar ao sofáe ouvir os pais dizendo que a mãe ia terde ir embora, pois os dois não maisficariam juntos, coisa que foi tãodolorosa que até pra escrever isso estouchorando só de lembrar daquela cena...

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Foi provavelmente o momento maistriste da minha infância, e o mais cruelpara uma sociedade conjugal. Minhamãe então foi embora de casa, apósmuitas brigas e cenas das quais fuipoupado de presenciar, tanto por minhairmã que é mais velha, quanto por meusavós que moravam duas casas dedistancia da minha.

Desde então, meu pai, passou pormomentos delicados, tendo a presençade seus filhos e não mais de sua“esposa”, se assim podemos dizer, pois

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nunca foram casados. Reza a lenda quemeu pai foi um fiscal de uma empresa deônibus, e minha mãe a cobradora de umdos veículos, o qual pelas circunstanciasdo acaso os fizeram se encontrar e gerarjuntos a vida da minha irmã e a minha,mas meu pai já tinha outro filho, que euacho que deveria escrever um livrotambém, afinal esse é um cara comhistórias pra contar, mas enfim, o livro ésobre o Apóstolo não sobre os irmãosdele, o que você leitor deve estar seperguntando, é porque raios o nome dolivro é o Apóstolo Paulo e o que ele

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estaria fazendo em Santos? Tenha calma,acontecem tantos cálculos por trás dosplano Divino, que é certeiro todos osfatos que acontecem, o que vai talvezesclarecer o título do livro por hora; Agrande parte da minha família é deascendência católica, e desde criança euvia minha avó aos pés da cama, orandoa frente daquele “presépio” de santinhosem cima da cômoda... Minha mãereligiosamente já um pouco diferente,veio do Norte do Brasil, lá nascabeceiras do país, para aqui nessacidade de devaneios tentar ganhar a

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vida, após deixar aquela imagemtipicamente Nordestina da família commuitos irmãos, contrastando com arealidade pobre do lugar.

À propósito, minha mãe é algochamado “espírita”, e por momentos emminha existência ouso me intitulartambém. Quando criança lembro dasvezes que minha mãe me levava aocentro (lugar das reuniões mediúnicas),as quais eu adorava ir, pois sempre iaaos fins de semana que era o dia dacorrente das crianças, que eu saía de lá

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com alguns doces e balas.

Desde aquele tempo da correntedas crianças e dos “passes” que eu mesubmetia, fazendo parte dos cultosmediúnicos, já havia uma espécie deconsciência formada a respeito do quepodemos chamar, de “mundo invisível”,o mesmo que eu usava pra passear commeus anjos amigos pros lugares que eugostaria de estar, seja em cima do morroque parecia a parede da minha casa, ouo céu que eu fazia meus voos noturnosno momento do sono.

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Naquela infância havia muitaspessoas, as quais eu lembroprecisamente de cada um, seja aqueleamigo que era mais era enfermo dasatitudes desleais, ou até mesmo aquelehomem com o peito tatuado “Naide”,que não saía dos botecos da vizinhança.Fui definitivamente um garoto cheio deamigos, amigos que assim posso chamar,isso quando se é criança, não se vêmaldade nas pessoas, nem se desconfiados olhares falsos ou calculistasalheios... Olhares que infelizmente atéhoje fazem parte do meu cotidiano.

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Em meio aquela infância magica ecativante, conheci uma arte que aomesmo tempo é dança, as vezes luta, seassim você precisar, que foi a capoeira,algo muito interessante que conheciatravés daquele amigo com costumes deme colocar em situaçõesconstrangedoras. Foi então que eu fui láconhecer aquele negócio de fazer“miserêr” com as pernas, que eu pareceque eu já sabia que existia, mas só fuidescobrir o nome desde então;Capoeira.

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02. Conhecendo a Capoeira Espiritual

Chegando lá naquela casa, que noquintal a molecada se reunia, inclusiveaquele amigo, que gostava de me por emsituações constrangedoras usufruindo daamizade sincera, não porque ele faziaisso só comigo, mas tenho certeza comtodos os amiguinhos da rua, os quais nãogostavam muito de ficar na presença

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dele, mas sei lá, eu era um tantodiferente... Mesmo sabendo, que ele erao cara que chutava a bola pra me acertarna brincadeira do paredão, e mesmosabendo que ele tinha o costume de ser“mais sabidão”, ainda sim eu suportavaa companhia dele, cumprindo meu papelde amigo.

Lá naquela capoeira, naquelequintal, tinha um “contramestre”, nãoesses de profissão naval, mas como umahierarquia na arte que estoumencionando.

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Aquele contramestre era umhomem definitivamente estranho! Tinhacostumes estranhos, e um jeito de sertambém tão estranho quanto aquela calçade laicra que ele usava, seja rajadatigrado ou listrada igual zebra, ele tinhatambém, assim como um homem que nãosaia dos botecos da vizinhança,tatuagens nas costas, tão mal feitas damesma maneira que foi feito aquele“Naide”... Eram rabiscos tortos emostravam um atabaque com duasfiguras jogando a capoeira, tudo umconjunto com aquele bigode mal feito e

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o costume de fumar no momento deensinar a capoeira. Fui acolhido poruma atitude de companheirismo,confiado a mim um cordão simbolizandoser parte do grupo, o qual foi amarradoem minha cintura e eu precisaria usarpra correr nas ruas, respondendo aocoro nas canções da capoeira, poisassim era feito em parte das aulas, SãoVicente a fora.

Por ventura, eu não consegui ficartreinando muito tempo a capoeira

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naquele lugar, porque além de assustaraquele “contra-mestre”, repreendendouma atitude egoísta que ele teve,motivada de querer me expulsar dasaulas após dar um conselho muitopessoal as atitudes dele, minha famíliase mostrou muito preconceituosa apósconhece-lo, porque as tatuagens era umtabu muito grande para uma família amoda antiga.

Naquele tempo, a vida era menossufocante, pois haviam muitas arvores,

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por exemplo carambola na esquina darua, ao lado da casa de outro amigo.Naquele Lugar, naquela época, tudofazia sentido. Nada era confuso nemfrustrante, porque havia o morro logo nofim da rua, uma feira ao ar livre uma vezpor semana, padarias próximas, e umboteco quase em cada esquina; Tudosoava feliz e todas as coisas eramperfeitas, desde as goiabas no quintal decasa, quanto as goiabeiras na rua de trás,aonde eu costumava muito ficar subindo.E não era só eu que costumava ir lánaquelas goiabeiras, iam também outros

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amigos que eu conhecia como“Baianos”, por ser de onde vinham asraízes de toda aquela gente muitosimpática e carinhosa.

Essas pessoas fizeram parte daminha vida até os dias de hoje, sempreao abrir o portão de casa eu os via, tantoseus filhos que brincavam comigo,quanto os pais deles que sempre forammeus amigos e também da minhafamília... Foi em uma dessas idas até asgoiabeiras da rua de trás, que certa vezme dei muito mal! Fiquei esperando os

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irmãos colherem as goiabas enquanto euestava sentado no “meio-fio” dacalçada; uma moto “apareceu”, e quandoeu percebi já estava passando por cimado meu pé, o qual me rendeu algunsossinhos quebrados; Foi o primeiro diada minha vida que precisei pedir promeu “santinho” me ajudar a curar aquelador, e dar paz e calma para a criança...O Irmão mais velho que vou chamar deGrande Amigo foi quem me levou nosbraços até um socorro próximo, e aquelacena não sai da minha cabeça. Se omenino chorou por estar a noite aonde

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não deveria, também chorou pela dorfísica que a consequência o trouxe,posso lembrar também com clareza queo Grande Amigo também chorou, poissabia que a dor acontecera com seuamigo. O Irmão mais novo que vouchamar de Segundo Amigo, me ajudoupsicologicamente, revertendo a dor naamizade, e mostrando que quandoconfiamos nas pessoas que nos querembem, as forças surgem de onde menosesperamos.

Até certo ponto daquela infância

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bem vivida, eu não queria saber de maisnada, a não ser ficar em cima dasarvores, brincar com os amigos e ir até apraia quase todos os dias, até mesmonos dias de chuva, porque a praia eratão perto, e não havia nada que meimpedisse de ir lá, a única coisa que mepreocupava, era não poder ir aonde euqueria, a hora que eu queria.

A infância deu espaço quase queder repente para a pré adolescência,quando me dei conta os anos haviampassado tão rapido, e as coisas

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aconteciam de uma forma bem natural enormal, minha mãe já morava em outracidade e eu ainda continuava em SãoVicente, respirando o ar fresco omáximo que eu podia, pois sabia que umdia tudo isso acabaria e eu talvez tivesseum caminho diferente do que eu sempresonhei pra trilhar. Fui em determinadomomento morar com minha mãe, masnão aguentei mais do que alguns meseslonge da praia, em um lugar aonde nãome gerava perspectivas positivas devida a não ser estar perto da pessoamais importante do meu viver.

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Minhas histórias de adolescentecomeçaram a acontecer assim que euestava na oitava série, em uma escolabastante evangélica, aonde desde o“prézinho” havia a rotina de cantar efazer louvores, sempre antes da entradaaté a sala de aula, lá naquela escola tivemuitos amigos bastante sinceros, assimcomo eu era, lembro-me de um delesque vou chamar de Loier, o qual era umrapaz muito bacana e de aparênciainconfundível; Um amigo muito amigomesmo, que me ajudava nas lições dematemática, algo que hoje sou muito

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grato, isso porque sempre tive grandesdificuldades com números, mas enfim,graças a ele e a professora dematemática, que era muito paciente, saído primário e fui experimentar ocolegial.

Parece que a vida da malícia edos verdadeiros perrengues começamaos 15 anos de idade, e de toda acerteza, isso definitivamente foi real.Chegando no colegial, o ar da vida écompletamente diferente, e você começaa mostrar muito mais forte sua

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personalidade, tornando assim umamarca registrada que vai levar para avida toda... Enfim, estou me lembrandoda época que cursei o colegial, inclusivea época mais corrida da minha história,tive que mudar de escola a qual haviaficado até a oitava série, chegando enfimo momento de tomar o início daquelerumo que todos falam na nossa jornada,como sendo o momento aonde asescolhas do que faremos no futuro emdiante tem efeito.

Nessas horas que você ouve um

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monte de histórias, do tipo: “Após os 15anos se prepara, que o tempo passavoando”, o que de fato ecoou nos meuspensamentos até hoje. Dito e feito! Otempo passa de uma maneira muitorápida e as coisas vividas nessa idade,parece que são tão significativas, aponto de definir toda história que vocêvai suceder em sua jornada mundana.

Consegui finalmente comprar umskate, porque minha família conseguiume doar um dinheirinho pro mesmo, poisnaquela casa haviam muitas outras

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prioridades e muitas outras coisas maisimportantes aonde se empregar odinheiro.

Após conseguir o tão sonhadoskate, aquele objeto peculiar que mecausava absurda inquietação e aomesmo tempo, total sensação deliberdade, conjunta com um sereno véude alívio por todo o momento que meapegava aquele “simples” pedaço demadeira com rodinhas.

Fui então ganhar o meu mundo,esquecendo completamente que a escola

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era uma etapa importante na vida e queprecisava ser concluída com atenção.Não deu outra! Mais outro anoprecisando refazer o primeiro colegial,pois eu não aguentava ficar além da horado intervalo, e aquelas 5 horas de estudose resumiam em apenas 2, tornando-meum completo escravo da liberdade. Orepetente voltou, e quer saber, não mearrependo de ter conhecido o skate comaquela idade, pois a saúde deixou“sequelas”, as quais serei eternamentegrato! Enquanto muitos amigos e colegasse perdiam na tecnologia, encarcerados

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em casa, tendo os jogos de vídeo game ede computadores como principal e únicomeio de lazer, eu estava vivendo o skate,mas sempre com olhos para atecnologia; Sabia que havia um mundomuito interessante por trás da tela de umcomputador, e que isso podia vir acalhar quando temos a certeza quevivemos em um mundo de muitosoportunistas... Minhas indagações sãoruins, eu sei! Mas fazer o que, nãoterminei a faculdade ainda, masvoltando ao colegial, deixe-melembrar... Foi na segunda vez que cursei

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o primeiro colegial, que coisas muitointeressantes aconteceram, assim comomeu primeiro amor.

Aqui vai um Salve praquelesamigos que citei, o qual eu nunca entreiem contradições com eles, e também nãopretendo entrar agora, cumpri meu papelde amigo e estou usando o exemplodeles pra mostrar que quando somosamigos de verdade, a vida geraoportunidades mais significativas alongo prazo. Ainda sim colhi muitas

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lembranças boas com estes amigos, poiso jeito que eles tinham de ser e agir, mefizeram perceber e entender que oalicerce de uma pessoa em qualquerclasse social é a família, e secumprirmos o papel de bom familiarnesta vida, teremos muitas e muitasgratificações ao longo dela que nosfaram ser sempre grandes aos olhos dequalquer pessoa, tanto a que criamosquanto os que nos veem cria-los. Entãomeus amigos, devo lhes dizer; Eutambém amo vocês, e não é pouco, émuito mesmo.

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03. Pela Segunda Vez no Primeiro

Colegial

Repetente! Essa palavra sempreme causou um certo arrepio. Parece aomeu ver, se referindo a um alunocompletamente desinteressado, com totalfalta de atenção para aquilo que estávoltado a aprender, só que, “com ar” dese falar a palavra REPETENTE commais provocação, assim como a palavra;

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MACONHEIRO! (Risos).

Bom, nesta fase eu conheci umamigo muito estranho, que tinha umaaparência muito exótica, este gostava deum estilo musical que fazia jus avestimenta que ele adotava, eu ainda simo achava incompreendido aos demais,porque este, por sua vez, agarrado aopróprio mundo, mantinha uma barreiraaos demais que o olhavam de fora. Masadivinha só, fui o grande amigo destesendo o que mais o entendia.

Nos muitos e inúmeros assuntos

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que nos fazíamos interessados emdiscutir, tais como o mundo, o dinheiro ea ignorância humana por váriosmotivos... Nas aulas de filosofia haviaum interesse muito grande, e isso nosfazia sentar juntos e mesmo sem a genteperceber na primeira fileira da sala, mastambém só nessa matéria mesmo.Aqueles assuntos relacionados ateologia, formas de governo e aconsciência pertinente aos fatos daevolução da humanidade, era algo quenós, com certeza, esbanjávamosinteresse.

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Em uma de nossas aulas defilosofia, que de fato era um professorque eu não lembro o nome, pois pareceque o salário era tão ruim, que nãoficava o mesmo professor durante o anoletivo inteiro. O professor estavaexplicando a matéria, e eu indaguei umaobservação importante. Claro que játinha passado por aquela aula antes, omesmo estava um tanto desconfortávelcom meu olhar penetrante e muitoanalítico na aula, tão desconfortável queeu podia sentir aquela energia no ar, maso verdadeiro motivo eu realmente não

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sabia. Foi então que o professor olhoupra mim e perguntou meu nome... Eurespondi serenamente, e na sequenciaele perguntou: “Que dia você fazaniversário?” Eu respondi semquestionar, pois ele estava com a fichade chamada na mão... Aquela altura euestava esperando ele perguntar se eu erarepetente, mas a pergunta foi outra; Eleme perguntou então, se eu tinha raízes deoutro país, dado a circunstancia nãocabia aquela pergunta para nada da aulaque estava acontecendo, mas mesmoassim eu respondi:

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- Sou descendente de estrangeiro.

Em seguida perguntei o porquedaquela pergunta, se aquilo não tinhanada a ver com o que estavaacontecendo na aula... Foi então que oprofessor disse exatamente assim:

- Vou fazer uma “homenagem” pravocê.

Eu olhei firmemente nos olhosdele e respondi balançando a cabeça,negando aquela fala, no mesmo momentoque uma colega de classe, botou mão na

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boca e soltou um suspiro pra dentro.

Então eu disse:

- Nem tenta! Vai bater lá do outrolado e vai voltar em você, igual umespelho!

O tom de ambição eraextremamente expressivo no olhardaquele professor, e me parecia um tantopensativo em razões de ceitas malignas,tais quais aquelas que ele praticara, masde fato, é mais uma pessoa daquelas queninguém desconfia. A aula daquele dia

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acabou, mas eu me coloquei em guardadiante dos meus fundamentos espirituais,e fui pra casa com a certeza quesonharia algo muito interessante. Naaula seguinte a este fato, pude notar oprofessor procurando alguma alguém, láde trás da mesa que ele estava sentado,aonde todos os professores a usavampara lecionar, e procurava com um olharmuito preocupado. Foi então que eu nãome segurei e tive que perguntar, seja por“provocação” ou por ofício:

- Eaí professor, sonhou com o

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espelho essa noite?

No mesmo momento do final daminha pergunta, ele arregalou os olhossoltou a ficha de chamada e a caneta namesa, me olhou no meio da minhassobrancelhas, fechou os olhos, respiroubem fundo e abriu novamente os olhos,foi aonde ele teve um choque!

Olhou pra cima da minha cabeçacom uma expressão de extremo espanto,até aonde a vista não alcançava, tendoque levantar a cabeça pra ver até aondea energia da minha aura fugia do meu

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corpo.

Muito tremulo, o professor meperguntou quase que gritando:

- Quem, é, você???

Então eu respondi sorrindo nocanto da boca, depois de mostrar com osolhos, que eu estava olhando em voltadele, aquela aura muito vermelha, muitoambiciosa, a qual depois da minharesposta, pude ver tomando a coloraçãopreto sombreada:

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- Eu ainda não sei, mas quando eusouber, eu te falo.

O “baque” foi tão grande praqueleprofessor, que ele precisou sair pratomar um copo d'agua e voltou quaserecomposto, e me disse bem calminho“quase” com medo, dessa maneira:

- Quando você descobrir, me fala,mesmo que você não esteja mais nessaescola... Possivelmente eu estarei aindaaqui.

Por minha vez respondi que

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voltaria, e ele me fez prometer que eurealmente voltaria, o que me fezsalientar automaticamente a seguinteobservação:

- Olha lá em, não vai ficar loucodepois em...

O professor me olhou muitotremulo e totalmente desconcertado...Dado a circunstancia desta lembrançaque estou mencionando aqui no livro, melembrei de outra coisa, pois esteprofessor disse que uma mulher queriame olhar, daquele mesmo jeitinho que

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ele olhou quando estava atrás daquelamesa. Eu respondi tudo bem, e ele faloutambém que era uma amiga, a qual elepermitiria entrar na escolaexclusivamente para trocar um olharcomigo, a mesma apareceu talvez quaseque na mesma sequencia das aulas, eprocurou ver minha aura, a qual hesiteitalvez por extinto ou por ofício.

Aquela mulher ficou de frente pramim durante um tempo, e respiravafundo e ofegante, esperando eu cruzar osolhos ou simplesmente dar a atenção que

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ela queria. Na mesma hora de frente pramim, e do lado do professor, nocorredor da escola, ela disse aoprofessor, que eu estava hesitante emtrocar essa informação com ela... Eu melembro, era uma mulher alta,aproximadamente 40 anos, que usavauma calça e sandália de salto, com umablusinha com formas geométricas nosdetalhes do véu que compreendiam ablusa.

Depois de trocar aqueles olharessinistros e aquelas respirações

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ofegantes, que eu lembro troqueitambém, ela perguntou se eu era areencarnação de um apóstolo eperguntou qual era meu guia ou meumentor espiritual. Claro que eu nãosabia e nem fazia ideia do que eraaquilo, mas eu respondi com debocheperguntando pro professor, porquetrouxera aquela mulher “aqui”, a mesmaolhou no meu rosto, colocou a mãosuavemente na minha cabeça e disse:

- Escuta aqui!

- Você não tem o direito de invadir

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o sonho das pessoas, e eu te proíbo defazer isso de novo.

Fiquei olhando pra ela com totalmenosprezo e ridicularizando a atitudedela só com o olhar, foi então que eladisse exatamente assim:

- Eu vou mandar a “pomba gira”entrar na sua vida, só pra ver o que vocêvai fazer...

O professor perguntou se issopodia, e ela disse que podia por no meucaminho, mas que não tinha poder

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suficiente pra fazer qualquer outra coisacontra mim.

Essa foi a primeira experiênciatotalmente consciente que eu pudeentender, que se há pessoas que praticama tal da “magia negra”, existe também asque praticam a magia branca, que é amagia do amor; A qual você está lendosobre agora.

Um esclarecimento básico aqui...“Pomba gira” foi o nome dado por

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aquela mulher naquele momento daminha vida, coisa que eu não tinha idéiado que ela se referia, não estou criandoapelidos pras pessoas, apenas contandoo que foi dito, pois a história se baseiaem fatos reais. O que tenho certeza quevai dar o que falar por motivo desterelato, oque de fato não estou causandopolêmica, só estou expressando o queaquela mulher disse pra deixar o leitorinformado e esclarecido, de como é avida de um adolescente e o que aspessoas que passam por nossas vidaspodem causar.

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Os meses iam se passando e eunão parava de olhar pelas janelas commolduras de alumínio da escola, omundo lá fora, dia ensolarado, diachuvoso... Todos os dias eu ia com obendito do skate fincado na mochila e acalça com quase 1 palmo além da linhada canela, sem contar o tênis! Que era omesmo sempre! Consegui um tênis demarca famosa americana com um amigoque vou chama-lo de Lucio, que era umrapaz bem bacana, e já andava de skate

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a muito mais tempo do que eu, do tipoenquanto eu entrei na capoeira, eleestava entrando na vida do skate... Porum preço camarada, consegui aqueletênis usado apenas 1 vez que ele nãogostou. Esse era eu em plenaadolescência, e não tirava o mp3 playerdo ouvido, escutando minhas ideologias.

Consegui entender que naquelaépoca os jogos on-line viciavam edavam dinheiro, se eu conseguisseinvestir 10 horas do dia jogando nocomputador, conseguiria também um

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possível curso de inglês pelo fato de terjogadores no mundo todo, dava até praconverter o dinheiro do jogo emdinheiro real caso encontrasse alguémdisposto a gastar.

Os dias seguiam, e em meio asgarotas, sempre fui tímido, mas sabiaconversar e expressar bem umsentimento sincero. Conheci uma pessoamuito amável e simpática, que tinha 1ano a menos da minha idade.

Aquela garota não eraextravagantemente linda ou sensual, mas

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tinha uma expressão tão serena ecalmante, a qual, pensando em dividir ossentimentos em igual tamanho, iniciamosum relacionamento. Nunca antes euhavia tido uma relação sexual, e pelacerteza ela também não. Foi quando eume aproximei e me apresentei, ela meachou uma boa pessoa e com muitaatitude pela aparência que euexpressava. Nos conhecemos compalavras sinceras, tanto de respeita-la efaze-la a base do meu sentimento,dividindo posteriormente a pureza daalma... Consumamos um dia, o momento

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mais puro que pudéssemos ter emclareza ao que cortejamos. Foi aí quenasceu uma semente de amor no coraçãode um jovem que estava começando aviver a vida.

Eu e a Serena éramos semprepróximos, pois todos os dias ou quasetodos os dias, dávamos um jeito de nosver, e ficarmos pela calçada da casa,aonde ela morava com a mãe... Osfatores mediúnicos com aquele purorelacionamento, puderam me fazer abriros olhos para uma nova percepção

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divina, se assim posso dizer, mas eu nemsei como explicar. Tendo em miúdos,parece que eu abri um novo campo devisão para a vida e a alma. Você nãodeve estar entendendo mas eu vouexplicar:

Serena tinha muitas amigas nasruas de baixo, e nas ruas ao lado, sejade escola ou amigas de amigas... Haviauma em especial, que vou chamar deEmília, em uma noite julgada por mimnormal, estávamos naquela soleira dacasa da Serena, conversando como todas

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as noites habituais, e na esquina passouduas amigas conversando e uma delas acumprimentou gritando, que respondeutambém aos berros de euforia. Não mepergunte como, e nem por quem, eu ouvidentro da minha mente a seguinte fala:

- Aquela menina vai desencarnar!

Seguida de um arrepio estranho naespinha que eu nunca tinha sentido antes.Na mesma hora fiquei de olhosarregalados e falei bem baixinho comigomesmo:

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-Eu tenho que avisar ela, chamaela.

Enquanto isso Serena me dizia:

- Você acredita que aquela meninatem 12 anos de idade? Olha o corpoesbelto que ela tem, que lindo!

Continuei estático com aquelarevelação absurda e aterrorizante daminha cabeça, que a Serena tinha ouvidoeu terminar de falar; Chama ela.

Serena me perguntou:

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- O que você falou?

E eu respondi que sei lá, eu achoque estou ficando louco... E penseidentro da minha mente:

- Ou estou querendo mencionar umabsurdo para deixar aquela meninaassustada e sem sossego.

Previ um fato muito triste, quetenho certeza, foi um dos pioresacontecimentos que o bairro possa terpassado. Fiquei muito triste, muitoarrasado por saber da notícia alguns

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dias depois, não lembro precisamente seforam 3 ou 7 dias, mas eu via um amigode infância daquela escola evangélica,chorando muito na rua, soluçando efalando palavras sem parar, quando euparei ao lado dele e perguntei o motivotentando consola-lo, com as palavras deque a vida é certa, e por mais difícil queseja o acontecido, temos que ter certezaque tudo acontece na hora que Deuspermite, porque há um plano Divino emtodos os acontecimentos, principalmentenaqueles mais difíceis de superar. Entãoele me contou sem economizar uma

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palavra, que a Emília perdeu a vida porconta de um roubo na frente de casa, ouseja, na rua ao lado.

Fiquei pasmo! Sem reação,esqueci completamente a direção dascoisas e do tempo espaço... Deixeiaquele rapaz aos cuidados de um amigomais próximo que estava presente, eandei até a rua da Emília, pude ver umveiculo de recolhimento de corpos, masfoi bem de longe, aquela rua exalava umcheiro de dor, ódio, revolta, e emanavaum tom acinzentado no ar por toda

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aquela vizinhança. Ao entender o quetinha acontecido, depois de confirmarcom o pessoal na rua, o que eu já haviaescutado daquele que não continha ochoro em soluços, segui em direção acasa de Serena e chamei-a, ela desceu eviu estampado em meu rosto o completovazio. Me perguntou o que acontecera,esboçando também suave intendência detristeza... Eu falei, vamos para a rua“tal”, que eu acho que uma pessoa quevocê conhece faleceu, talvez fosse suaamiga. E levei ela com minha bicicleta...Até então eu não conhecia aquela moça

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que teve a vida interrompida, por umgaroto de aproximadamente 11 anos deidade. E tão pouco lembrava que Emíliaera o nome daquela menina que Serenatinha mencionado, como sendo a meninade um corpo esbelto, porém a idade deuma pré-adolescente.

Tem que falar de maioridade penaltambém no livro? Acho que tem...Porque o pai da Emilia pode ficar tristecomigo, o que de fato eu ficaria muitotriste se ele ficasse também, acredito

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que a redução da maioridade penal tornaaquele fator amor menos aplicável, oque de fato toda criança precisa muitodisso, que provavelmente gera este tipode coisa se não houver. Com certezapessoas que cometem crime são pessoassem amor no coração, o que geracriminosos ao longo da vida. Existemcasos de pessoas que deram muito amorpra seus filhos, e infelizmente mesmoassim, caiu no lado da criminalidade...O que de fato é possível sabe porque?Porque o mal está presente na terra porenquanto, e estamos aqui pra combate-

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lo, fazendo assim o mundo sempre esempre um lugar melhor para nossosfilhos e os filhos dos nossos filhos. Umdia poderemos ir pra outro planeta,então, enquanto ficamos por aqui usandoa terra, vamos cuidar bem dela e dequem vive nela.

Eu não sabia como tinha previstoou recebido aquela mensagem, masdurante muito tempo, fiquei com estegrande vazio na consciência, tendo postosobre mim, a culpa de ter sido o ouvinte

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de algo como este, e não ter feito o quetodos agora neste momento do livro,penso eu, estão extremamentedesapontados com minha capacidademediúnica, sendo desperdiçada pelaingenuidade jovial cometida.

Fiquei muitas noites, lembro bem,sempre antes de dormir, pensando muitoneste fato, e julgando a mim mesmo porestar fazendo parte, de uma maneiraintermediária do ocorrido... Se eudissesse agora que sonhei com Emília, eque os ventos na videira sopram muito

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forte em cima de mim ao escrever estetrecho do livro, você provavelmente vaiachar que estou mentindo, mas nãoestou.

Após muito tempo refletindo, tivea imagem da Emília em uma figurabranquiada em meu quarto. Naquelanoite o vento também fazia as cortinasda janela balançarem, e ela passou“correndo”, como da janela para a portado quarto, dizendo: “Eu estou bem”, edepois voltou da porta do quarto(fechada) para a janela que estava

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aberta, sorrindo como se fosse o risoalto de uma criança brincando com umpapagaio (pipa) correndo por um campode flores.

Acordei na mesma hora naquelequarto, pensando naquele fato, parafinalmente hoje acrescenta-lo a estaobra, não conversei até então com ospais de Emilia e espero um dia conhece-los.

Lembro certa vez, lembro dos pais

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da Emilia, estarem conversando com adiretora do colégio, e me olharem combastante atenção pela janela da sala dasecretaria, pois eu queria dizer algumacoisa e não sabia como, tenho certezaque eles pensaram isso... Então aquiestá.

O ano ia passando, e com ele,aquela juventude irresponsávelaflorando. Os dias eram muito comunsaté acontecer uma “decepção aceitável”,do tipo Serena, buscar atenção em um

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rapaz que tinha uma condição financeiramelhor, para assim agradar a atençãodela. Coisa que eu também não souSanto, e antes dela fazer isso eu tinhatocado os lábios de outra menina, aquiloque Serena sabia. Mas enfim... Nem tudosão flores, e eu não tenho nem um tipode rancor por isso, assim como elatambém não tem, porque ninguém éperfeito.

Vou deixar outra coisa bem claraaqui, tenho certeza que hoje a Serena é

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uma mulher MUITO BEM casada, etenho certeza que o marido dela étotalmente consciente que sou uma boapessoa e ele também. O que de fatodesejo toda a imensa felicidade domundo pra ambos e família.

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04. Cansei, Vou Fazer o Supletivo

Mesmo

Era difícil o convívio com aqueladiretora que vou chamar de Régia, eladefinitivamente não gostava da minhapessoa. Lembro-me que houve uma“modinha”, de muito mal gosto naquelaescola, que era de soltar bombas pelopátio a fora, coisa que eu não faziaparte... Como essa brincadeirinha ficou,

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é claro, fora do controle, certa vezforam eu, e mais uma dezena de “alunosproblema”, trancados na quadra defutebol antes da entrada da aula, pormotivo de suspeita coletiva dos estouroscausados. Mas este é um fato a parte, sópra mostrar o quão suspeito eu sempreseria aos olhos da Régia. Mais um diade aula, agora é passar na padaria ecomprar um pão de frios, pra ir assistiros guerreiros que ficam com cabelosamarelos (desenho japonês) comosempre eu fazia.

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O dono da padaria me conheciacomo sendo um grande amigo. Era umtal de... Deixa eu ver, Tunico, quetambém me defendia argumentando coma diretora da escola, em prol dos alunosnas reuniões, que ir de skate pra escolanão é crime. E que não se deve ficaroprimindo o aluno, a ponto de deixa-loaté expressar pro dono da padariatamanha indignação, sobre a forma deregência da escola que não esta sendoum modelo. Foi através dele que tenhocerteza, a diretora passou a me respeitarmais, ou talvez menos, indiferente.

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Minhas ações e atitudes eramigualitárias ao sistema de tratamento, emprol do respeito mútuo, o qual sempreme mostrava que eu nunca tinha razão,mas mesmo assim, sempre sensato aosmeus olhos.

Pra você ter uma ideia de tamanhaperseguição que eu sofria lá, narematrícula da repetência, que foiefetuada; Sumiu o meu nome da lista das4 salas do primeiro ano que haviam, oque deixou meu pai indignado, porque“negar” a vaga de um aluno, tendo a

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possibilidade de encaixa-lo em umaturma, é um crime. Meu pai falou:

”- Espera ai que eu estou indoconversar então.”

E foi direto no conselho tutelar,seguido de uma ligação amena dadiretora, chamando meu pai paraapresentar o campus, e conversar sobredisciplina e a escola.

Lembro muito bem da diretoramostrando grades e muros, os mais altosque ela tinha conhecimento dentro da

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escola, e falava pro meu pai, queaqueles muros e grades pra mim, nãoeram obstáculos, pois eu escalava epulava todos, o que pra mim não fezmuito sentido, pois eu costumeiramentesó pulava 1, que era de acesso à rua, osoutros estavam lá só de enfeite. Mostroutambém o “mesão” da escola, lugaraonde era feito as refeições no pátio, edisse ao meu pai que eu utilizava amesão, como obstáculo de performancesde skate no momento das aulas (risos).

Eram tantas coisas que ela falava,

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e meu pai mantinha a posição de quequeria que eu ficasse naquela escolapara concluir o colegial, ela não pôdefazer nada, a não ser me matricular devolta.

Bom, aqui vai um pequeno olápara a Régia, pois sei que ela estavatentando proteger a escola contra umpossível marginal que no caso seria eu,sei que ela ainda vai ouvir falar de mim,então, não quero que ela sempre se sintaculpada por ter me perseguido, atéporque não guardo ressentimentos e sei

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que ela não gostaria de pronunciar arespeito, pois todos nós aqui nestemundo, temos a nossa parcela de culpareferente aos pecados, ficarei infeliz desaber que nos dias atuais ela é o malexemplo da história, até porque ostempos passaram e hoje, somos maismaduros perante a vida. Então por favordeixem a diretora em paz, porque elasabe como reger uma escola e se nãosoube, aprendeu. Obrigado.

O ano ia mal como sempre nasmatérias, com exceção de Filosofia e

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Língua portuguesa, que eu gostavabastante.

Meu boletim de notas ficou umpouco mais azul e eu fui direto prosupletivo, concluindo em 1 ano osegundo e o terceiro colegial. Naquelaescola do supletivo, eu só me recordavada fama ruim que a compreendia, do tipo“escola de bandidagem”, ou “escola detrombadinhas”. O que provavelmentenão era verdade, essa fama se davasimplesmente ao fato, da escola estar emruas escuras, ou seja, com baixa

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luminosidade, o que infelizmente atraíapessoas mal intencionadas pra cometerpossíveis assaltos, infelizmente.

As coisas que ensinavam naescola eram pouco interessantes pramim, e as coisas da vida que mechamavam atenção não correspondiammuito a sala de aula. O tempo passava, ea sexualidade aumentava... Talvez umassunto muito delicado para se tomar emum livro de conteúdo “espírita”, entãoaviso que se você leitor, procurava umlivro com conteúdo não explicito,

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desculpe, mas errou de livro. Aquiretrata-se a minha vida como um livroaberto, vim para incentivar a uniãouniversal. Não estou preocupado com orumo que minha vida vai tomar, assimque este livro for publicado, até porqueas ideias são livres, e provavelmentenão vai haver uma terceira chance, entãovou fazer desta a minha melhor.

Dado a sequencia; Com meus 18anos, aprendi o que era o “apegocarnal”. A capoeira me dava aserenidade necessária pra compreender

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os caminhos, me fazendo são praenfrentar o dia-a-dia. Muito meticulosoe detalhista, preguei autoformas de meconduzir a capoeira de maneiraespiritual, pois há em toda passagem daarte, em nossas raízes brasileiras, acompleta e indiscutível relação com areligiões afro brasileiras. Semprebusquei o conhecimento através daintuição, e nunca me dava por satisfeito,se não soubesse qual o começo e o fimde todas as coisas mundanas ouespirituais.

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Me recordei então do cordão queo contramestre de capoeira meemprestou no começo da iniciação doesporte, que era de lã. Que ele haviatransado pouco antes do iniciar dasminhas primeiras aulas... Um trançadode camadas de lã, não sei dizer se eramem uma sequencia específica, mas eramcores muito contrastantes que nuncasaíra da minha cabeça aquelas cores.

Foi então que eu compreisimbolicamente guias nas casas deartefatos “afro e religiosos”. Passei a

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adotar uma conduta comportamentaldentro da filosofia de vida da capoeiraantiga, e fiz também votos como a“lenda” dos corpos-fechados, queestaria também com o inicio do usodaquela guia, apto a receber osverdadeiros conhecimentos da capoeiraespiritual, mal sabia eu o que estavafazendo.

O tempo ia passando, e eu sempretreinava com um grupo, os quais haviamexcelentes professores e alunos hojeformados, aprendi coisas incríveis e

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impressionantes que não se resumem emum livro, pois demoraram em média 17anos de doutrina para aprender, então euteria que demorar também 17 anosdoutrinando para repassar nos caminhosda capoeira. Em meio os treinos dacapoeira, era mesmo comum encontrarcapoeiristas cidade a fora comensinamentos mediúnicos, pois umcapoeirista completo tem um sextosentido, e uma terceira visão,desenvolvidas para agregar a mandingapropriamente dita. Tendo em vista estatese, que afirmo ser real, conheci um

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professor. Este era um capoeirista muitobem desenvolvido espiritualmente, poisme recordo que foi uma das pessoas,que nas cantigas de roda de capoeiraconseguiu ver minha aura, e me reveloua sua muito rara, vermelho brilhante comprata; Um capoeirista que sabe fazer jusao nome que a capoeira lhe batizou, poisainda estou pra ver alguém que reze umacanção melhor do que ele.

Havia outro professor que eramuito bem desenvolvido espiritualmentee se mostrou a aura mais rara que eu já

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havia visto até então, e tenho certezanunca conseguirei ver em outra pessoa,pois este foi o responsável por meensinar o verdadeiro caminho dacapoeira espiritual, a verdadeiracapoeira antiga que não pode serperdida com o tempo e tenho certezaabsoluta, não deixará nunca de existir,porque este livro é mais um impulsopara o nosso patrimônio cultural.Através deste professor que me colocouno verdadeiro caminho da capoeiraespiritual, conheci outro que tem ahabilidade única de movimentar-se em

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todas as direções, o que todos ao meuver acham impossível e confuso, masafirmo ser possível. Isso porque umcapoeirista verdadeiramente treinado,física e espiritualmente, pode realizarfeitos que na hora do perigo, se tornamevidentes pela necessidade do acaso.

Com estes Mestres aprendi a serum verdadeiro discípulo e a eles devocom certeza “papeis coloridos”, saúde eobrigações.

O Supletivo era “bacana”, porqueacompanhava meu ritmo, com total

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liberdade pra sair da escola semprecisar pular o bendito do muro, casoprecisasse. Conheci pessoas mais velhasnaquele meio, e saí de lá com a certezade buscar um emprego com carteiraassinada... Mas não foi isso que euencontrei.

Em plenos 18 pra 19 anos,conheci uma mulher em um site derelacionamento pela internet, e ossentimentos se mostraram muito fortes,pois além de eu me passar por umsuposto garoto de programa, estiguei a

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atenção e o interesse dela para assimsatisfazer minhas ambições pelo desejo.Conseguimos finalmente nos encontrar eo que eu via era interessante... Umamulher de 38 anos de idade, com peleclara, cabelos bastante claros e umaexpressão muito atraente. Um corpototalmente dentro do padrão das belasmulheres da “idade da loba”, fiqueiencantado pelo desejo e pelacuriosidade. Não pude me conter e claroque nem queria. Naquele mesmo diafomos passar a noite em um motel.

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Aquele apego tomou conta demim, mesmo sabendo que ela morava nacapital do estado, não tive interesse emter relações com outras mulheres. Fuilogo contar o ocorrido pro meu melhor emais confiável amigo, aquele quegostava de usar roupas “largadas”, vouchama-lo de Adão.

Contei toda a história ainda semacreditar naquele sucesso que possadizer, seria “o sonho” de qualquer rapazdaquela idade. O fato de estar serelacionando com uma mulher mais

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velha, ao meu ver, abria espaço para acompreensão do sexo de uma maneiraexplicita e proporcional aos desejos,que naquela idade eram muitos. Meuamigo Adão, tinha minhas histórias deaventura como um tipo do sucesso daadolescência, pois bastante magro einseguro de si, um tanto diferente daminha aparência, ele as vezes sedenominava inferior aosrelacionamentos que a vidaproporcionava por motivo da aparência.

“ Então se você, caro leitor, é por

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acaso magro, não sinta-se ofendido, poisa aparência corporal é um reflexo doscuidados de nosso corpo e mente, e sevocê não atingiu ainda o corpo quedeseja, seja vigorado ou esbelto,procure se alimentar com legumes efrutas, porque estes são o sinônimo dasaúde em nossas vidas. Importantetambém é praticar exercícios físicosregularmente. Imagine que o corpo é ointerruptor da mente, então pra ficar coma mente verdadeiramente ligada, temosque estar em comunhão com nosso corpoda melhor maneira possível, e a maneira

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mais eficaz de atingir essa comunhão émeditando.”

Caso você goste de ser muitomagro ou acima do peso, não temproblema nenhum. O que importa é oque está dentro do coração.

Antes que eu me esqueça, esterapaz, o Adão, era muito próximo deoutro amigo, o qual também conheci

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através dele, este era amigo do Adãodesde a infância, e por conta do acaso,estudamos na mesma escola durante ocolegial. Era um garoto muito quieto,com um semblante puro e inocente,acontece que este morava com a mãeporque os pais eram separados, gostavamuito de vídeo games e dividia estegosto com Adão, mas ainda não é horadeste entrar na história porque eleestava um tanto preocupado em seguir asobrigações que a mãe impunha, pormotivo da vida religiosamente rigorosaque seguiam.

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Fui uma espécie de primo maisvelho pra este rapaz, que vou entãochama-lo de João. Parece que nocomeço da nossa amizade, ele nãogostava muito de mim. Euera popular naescola e tinha uma vida muito dentro dasminhas próprias iniciativas, ignorandoas placas de aviso em prol da minhadiversão (skate)... Talvez ele me achasseum tanto “folgado”, pois eu cuspia asminhas realidades ao vento, nãoimportando se as palavras machucariam,ao meu ver, tentando despertar aspessoas a minha volta pro que chamava

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de “realidade”.

A adolescência era boa de seviver. Com um olhar penetrante,podemos ganhar a “malícia” dasexualidade das pessoas, tornando isso anosso favor pra se fazer real quandoexiste um sentimento sincero.

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05. Trabalhar de Carteira Assinada

Com o passar dos meses, iamaparecendo as necessidades maisimportantes, tais como fazer um cursoprofissionalizante e procurar estudar oque realmente interessava. Fui entãoprocurar um emprego de final de ano,pra poder pelo menos comprar roupasnovas, pois isso se eu não tivesse pordoação, seria por “rolos” (trocas).

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Consegui um emprego como vendedorde calçados, o qual fui no centro dacidade procurar. O gerente daquela loja,era um homem de cabelos grisalhos...Tinha uma cara de ambicioso, poisquando falava era sempre procurandosatisfazer o interesse próprio, semimportar com aos detalhes quesubmeteria os funcionários, comohorário de trabalho não remunerado porhoras extras, sem direito de valerefeição e com total disponibilidade dehorário, pois você só ganharia 5 porcento por comissão daquilo que

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venderia. Foi F0d4! Desculpe a palavra,ter que aceitar uma proposta dessas, masera natal e eu não tinha dinheiro nem pracomprar um lanche na rua, então não vioutra opção a não ser “aceitar” serescravo em pleno século XXI.

Após “aceitar” a porcaria daproposta que me deixou muito bravo ecom cara de idiota, havia um gerente demaior status visitando a loja, o qual fuiinstruído a esperar os dois irem “tomarum cafezinho” enquanto testavam minhapaciência e necessidade pela oferta.

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Fiquei então sentado naquelas cadeirasde plástico coletivas, de frente para ocaixa da loja, aonde haviam 3 meninastrabalhando. Após ja estar cansado deesperar os que foram tomar o“cafezinho”, que já estava demorandomais de 1 hora, só pra saber o que erapreciso trazer para dar início a jornada,fiquei mapeando de vista o lugar, e pudeperceber que uma das meninas do caixame olhava atentamente... Foi então queeu ouvi uma voz:

- Olha aqui pra mim menino.

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Então olhei pra menina do caixa,que parecia ter seus 20 e tantos anos,com uma expressão bastante caridosa,definitivamente uma pessoa humilde ecomprometida com as responsabilidadesdo lar. Foi quando ela enxugou umalagrima enquanto eu olhava nos olhosdela e percebi uma nuvem de luz claraem volta dela que não me recordo muitobem a cor, mas era com tonalidadebranca. Nessa mesma hora o gerentechegou e foi direto nela, na minha frente,e perguntou pra moça bem baixinho praque eu não ouvisse:

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- Eaí, viu?

Ela respondeu emocionada:

“- Sim, é bem clarinha...”

(Coisa que me deixou tambémemocionado, porque quando osentimento é reciproco, não precisamosde muitas palavras faladas pra entenderquem tem bom coração).

Então o gerente virou-se pra mime disse:

- Você me trás os documentos

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dessa lista e vamos começar amanhã!

Foi um emprego muito deslealcom as necessidades humanas, poislevantar as 7 da manhã pra voltar pracasa as 10 da noite, realmente fariaqualquer um sucumbir ao cansaço emprol da exploração empresarial, que éconstante e pouco fiscalizada nocomercio. Não fiquei mais do que 2meses naquele emprego, lembro que ogerente queria me registrar comoajudante de estoque, mas eu não tinhainteresse em ficar, apenas de comprar

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umas roupas novas.

A vida era boa, e eu não tinhamuito do que reclamar, pois em casa nãofaltava comida, a não ser a presença daminha mãe, que eu sentia apertando nopeito quando me recordava da falta queela fazia, tanto pra me orientarespiritualmente, como pra me consolarnas caminhadas da vida. Ainda sim eu avisitava em um ciclo de talvez 2 vezesao ano, mas nem de longe isso erasuficiente. Lembro triste de quando eu iapraquela escola no primário, muito

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jovem, e os coleguinhas de classe asvezes riam de mim ou da minha roupa,que não era exemplo de cuidados, poisnão tinha quem as lavar, e minha irmãestava passando pelos mesmosproblemas “escravatórios” do trabalhono comércio aqui mencionados. Tudobem! Ja passou, hoje sei lavar minhaprópria roupa pelo menos.

Consegui finalmente fazer umcurso que eu queria, voltado prainformática, bem pertinho de casa,depois de alguns anos mexendo no

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computador que tinha sido comprado emuma loja conhecida na Baixada Santista,senti a necessidade de aprofundar osconhecimentos naquela ferramenta, poisse era natural lidar com a maquina,possivelmente seria natural ter umemprego pra se ganhar dinheiro. Fui mematricular na escola de cursos, com apretensão de aprender a consertarcomputadores. Chegando lá, tinha umgerente magro e alto, pouco cabelo, umjeito de se movimentar muito meticulosoe com certeza o cara mais expressivocom as palavras que eu já havia

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conhecido até então.

Sentei a frente dele e sanei asinformações pertinentes ao curso,percebi então que este homem podiatalvez me oferecer uma oportunidade,pois ele era muito seguro das coisas quedizia e as falava com naturalidade emotivação, me motivando também acriar uma oportunidade. Tinha umaaparência que lembrava aquele amigo deinfância, o mesmo que mencionei nocomeço da obra, porém, com uma idadetotalmente diferente, o fato era que

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aquele amigo, estava infelizmente presona cadeia naquela altura da minha vida,pois os ventos sopram em direçõesvariadas, e se você segue a direção praonde ele te leva, com certeza vai chegarem algum lugar, cabe a você entender seo lugar é bom ou ruim.

Muitos amigos de infânciaestavam presos por dar vazão e fluênciade suas atitudes, sem dar conta queexistem vidas a sua volta, e o universo é

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um imenso espelho, o qual pode refletirseu futuro da maneira que você vive seupassado e presente. Portanto se o amorfoi aplicado ou por ventura ainda não...Não procure conhecer o caminho domal, porque este será cruel com você enão te deixara até você se arrependersinceramente de tudo que causou e geroude ruim na vida dos outros. Caso vocêtenha conhecido o caminho do mal,procure se redimir, tratando todas aspessoas que estão e aparecem a suavolta da mesma maneira que gostaria deser tratado.

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Gentileza atrai gentileza.

Fui entrando em assuntosdetalhados de empregabilidade com ogerente, fui comentando como era servendedor de loja de calçados e fuifalando um pouco sobre como a vida éjusta quando você se dedica a ela comum objetivo sincero ao bem... pronto!Saí de lá matriculado e empregado.

Agora com “salario” fixo, metas acumprir, objetivo na vida e cursosprofissionalizantes pra vender, fuiprocurar dar intendência e vasão ao que

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a profissão pode realizar. Impus metasnas etapas da minha vida enquantoestivesse lá, e dei novo rumo aosinteresses, naquela altura eu eraexemplo de sucesso entre os amigos,principalmente Adão, que eu dividiamuitas noites do final de semanaconversando sobre ainda os assuntospertinentes a nosso interesse, Joãoparece que tinha passado por coisas navida tão inexplicáveis e realmentepositivas, que eu não mais o via desdeaqueles dois anos do colegial, entãocomecei a vê-lo novamente nas mesmas

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noites que dividia com Adão em suacasa... Ele mudara muito, parou de usarroupas folgadas pra esconder a magrezae começou a frequentar a academia,alcançando um corpo saudável evisivelmente forte, fiquei muito contentepor ter um amigo novo\velho pra poderir nas academias ao ar livre da praia deSantos, treinar e conversar sobre asmulheres que naquele tempo haviam aosmontes para escolher.

Tudo ia muito bem, em meio acidade sempre ensolarada de Santos e

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São Vicente, as andanças de skate commeu amigo Lucio, a capoeira SãoVicente a fora e as coisas que a vida meproporcionava conhecer... Certo diavoltando pra casa, depois do trabalho,passei na padaria e pude ver o dono comuma cara muito preocupada, talvezesboçando medo ou total apreensão doacaso, vi também um homem no balcãotomando uma cerveja, então peguei umrefrigerante retornável e prometientregar a garrafa no mesmo dia.Voltando pra entregar a garrafa para oSr. Tunico, percebi que a padaria estava

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fechando muito cedo, e o mesmo veioem minha direção, gaguejando e pedindoamparo psicológico. Chegou próximo demim e perguntou se eu era amigo dele,então eu respondi, claro que sou...

Tunico falou:

- Então me faz um favor porque euestou com medo.

- Você viu aquele homem nobalcão bebendo cerveja não viu? Poisbem...

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- Ele chegou na padaria pedindouma cerveja e bebeu. Mas no momentode pagar invés de tirar a carteira, o queele tirou era uma arma!

- Anunciou o assalto, levandoassim todo o dinheiro que eu tinha nocaixa, o qual vai me fazer muita falta,pois além do negócio ultimamente estarindo mal, ainda o pouco que consigocom esforço, esta sendo roubado.

- Ligue pra policia pois além deme assaltar, o assaltante ainda está aqui!

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Olhei em volta e percebi aquelehomem que estava no balcão, andandopela calçada, mas eu não liguei para apolícia, mesmo tendo dito ao Sr. Tunicoque havia ligado no dia seguinte ao fato,porque eu percebi que além de o homemestar por perto, ele havia ouvido opedido de socorro do Sr. Tunico pramim. Um detalhe muito importante é que;Havia um fluxo de muitos viciados pelarua, dormindo atras dos entulhos oudebaixo dos caminhões e carretasestacionados por lá..

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O crack era presente, o vício ruasa fora explícito e o descaso do serhumano era total.

Não me arrependo por não terligado pra polícia aquele dia, porquealém do Sr. Tunico ter tomado uma dose,me deixando em dúvida se o assaltorealmente acontecera, pois exalava umcheiro etílico forte, o que eu percebilogo de cara, não queria ligar prapolicia relatando um crime que possanão ter acontecido.

Eu queria ensinar uma lição

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praquele homem que supostamenteroubou a padaria, uma lição que elepossa levar pra vida toda e possa comessa lição, entender que a cadeia nãoresolveria o problema e sim adiaria oproblema que ele estava passando. Àpropósito, vou chamar o homem que“assaltou” a padaria de Crocodilo, poisse a vida é selvagem, então só os maiscaridosos sobrevivem.

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06. O Mundo da Voltas

Realidade cruel, pessoasmesquinhas e inverdades tratadas comoverdades. O mundo me tornava cada vezmais desumano, e cada vez mais crenteque tudo gira em volta de umaengrenagem impossível de mudar. Ossonhos só faziam sentido quandosonhados com sinceridade, e o pesadelodo viver só se mostrava cada vez mais,

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não fazendo sentido sonhar em sersincero, pois ninguém nunca era comigo.

Conheci uma moça mais velha queeu, aproximadamente 8 anos... Era umamoça bonita, de baixa estatura, vozrouca, com um semblante peculiar detotal interesse de suas conquistas edeveres, também era completamentefocada na família, interesses da igrejaevangélica, e tinha uma irmã muitoparecida com ela. Foi definitivamenteinusitado essa moça ter entrado na minhahistória, pois eu e a loba, não mais

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estávamos em sintonia, pois aconteceraum fato totalmente estranho que me fezpensar se eu estava sendo enganado ousimplesmente usado assim como umobjeto. Estávamos eu e a “loba” em umapousada, como sempre, que em uma“certa” noite, muito tarde da noite...Alguém bateu apressadamente na porta eas coisas estavam muito mais queestranhas, percebi ela se retraindo eficando muito preocupada, até mesmoporque não é comum um funcionário teresse tipo de atitude, mas tudo bem, eunão sabia e não desconfiava de nada até

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então... Mas ela respondeu assim:

- Vai embora, ele não tem culpa denada!

Foi então que eu percebi que arealidade é intensa e vai acima dequalquer sentimento, pois a verdade,esta sim esta além do bem e do mal. Sehá algo entre o céu e o inferno, algo quefica no meio destes dois planos, afirmoa você que é a verdade! E dessa meuamigo leitor, ninguém escapa! Nãoadianta fechar os olhos para não vê-la,pois a verdade é incolor, inodora e pura;

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A verdade vai além da compreensãohumana em todos os sentidos... Averdade é quem machuca e quem cura aomesmo tempo.

A partir daquele momento, percebique tudo faz parte de um ciclo muitasvezes inquebrável; Que é a falsidade...O qual só pode ser quebrado quandodepositamos a confiança que temos emnós mesmos nas pessoas que amamos,coisa que não estava sendo aplicada,pois eu era enganado e já inclusivemuito antes do fato, tinha confessado que

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não era e nunca fui o garoto de programaque me apresentei, e sim um “menino”com vontade de contar uma história queos amigos ficassem empolgados deouvir.

Pra minha sorte, as batidas naporta pararam, e no dia seguinte só sevia o receio da loba em sair da toca, oque não provocou nenhum acontecimentoposterior.

Agora lembrando daquela moçada voz rouca... Era uma certeza ter aatenção dela, pois eu não tinha mais

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nada, a não ser um “bico” muito ruim emuma lan house. Conheci ela através deum amigo em comum segundo ela, o qualeu não sabia quem era, mas poucoimportava, afinal eu já estavaconversando com ela a bastante tempo.Vou chamar essa moça de Jade, pois elame ensinou uma lição preciosa.

Jade trabalhava naquele tempo,em uma loja, no comércio da cidade. Eusempre ia busca-la no final doexpediente, pois a vida estava um tantoatrapalhada, consegui terminar o curso

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de informática, mas não estava maisempregado na escolinha de cursos,trabalhei através de uma cooperativa detrabalho e como não era de se esperar,saí de lá sem direito a absolutamentenada, pois eu não tinha entendido comoera o registro em carteira porque nãohavia.

Jade era uma moça muito bemestruturada e de respeito, me fazia sentirum rei, pois cuidava de mim de ummaneira totalmente atenciosa e comfervor. Chegou a levar roupas minhas

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pra casa e as trouxe lavadas, algo que eufiquei muito comovido e feliz pelaatitude, que me fazia pensar cada vezmais, que seria essa, o tipo de mulherque eu gostaria de ter na minha casaprópria... Jade gostava também decoisas materiais, algo que me deixavaum pouco desconfortável, pois objetospra mim, eram contados nos dedos, oberimbau, o computador e o skate.

Eu estava feliz com a vida denamorado sério, e os dias iam passando,quando ela disse que queria conversar

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sobre uma coisinha um tanto delicada,que eu não fiquei muito contente, pois jáimaginava que algo suspeito estavasurgindo... Ela me contou assim:

- Sabe o que é...

- Lembra que eu te falei que tinhaum amigo em comum, então...

- Eu estava olhando seu perfil nosite de relacionamentos procurando umacompanhante pra minha amiga

- Pois o dono de uma lan house

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era quem eu ia fazer par, pois é umamigo do tempo de escola ecombinamos de sair pouco antes de eu teconhecer.

Lá vinha de novo aquele gostinhode desconfiança, que não é nada bom...Jade me convenceu a conversar com elee explicar a história, coisa que eu fizsem hesitar pois além de naquelemomento “patrão”, era também umamigo e eu não podia ser o faltante daamizade. Fiquei mais aliviado por sercompreendido, mas ainda sim com cara

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de bobo.

Aqui vai outro pedido singelo dedesculpas, pois pra se contar umahistória é preciso ter os personagens enão guardo nenhum tipo de rancor porninguém, espero que não guardem pormim também, porque o motivo dahistória não é constranger e simmelhorar a vida de todos nós. Isso servepra todos mesmo!

Ao passar dos meses, messestornavam-se anos e a vida repleta deacontecimentos... Consegui finalmente

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um emprego “descente”, com plano desaúde, salario fixo e até comissão. Nãoera talvez o melhor emprego do mundo,mas pelo menos era o que eu gostava defazer, conversar com as pessoas econvence-las de comprar algo bom praelas. Na mesma loja que eu tinhacomprado o computador que tinha emcasa, foi aonde consegui o emprego,inclusive trabalhava do lado da irmã daminha namorada... Fui um funcionárioexemplar, tenho certeza. Entrei naquelabendita época de natal, tendo assim quetrabalhar em horários que iniciaram as

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10 da manhã até as 10 da noite.

Mas a necessidade sempre falavamais alto, afinal eu tinha conseguido umemprego e pensava na possibilidade deadquirir bens que me fizessem maisseguros do meu futuro. Foi trabalhandobastante que pude entender o quanto évalorizado o dinheiro que se ganha,mesmo sendo pouco, ainda sim épossível fazer milagres com um saláriomínimo, mínimo mesmo.

As quinzenas de natal passaram eeu consegui ser registrado, mesmo tendo

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um patrão muito mal educado, quetratava os funcionários como contagemde “cabeças de gado”. Foi realmentedifícil ter que engolir certas indagações,e foi difícil lidar também com gerentesde diferentes setores que caíam quaseque “de paraquedas” pra trabalharnaquela empresa, tive experiências ruinscom alguns deles, me lembro bem de umdeles, que tinha uma resposta automáticapra quando algum funcionário dissesseque precisava fazer a hora do almoçoque é de direito... A resposta erasempre, “espera um pouquinho que já

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tem gente fazendo e depois eu techamo.”

Foi, e é uma empresa de feitos ehistórias controversas, a qual lembrotambém que na sequencia saiu estegerente pra entrada de um outro um tantopior... Não sei o que o dono daquelaempresa queria, se era simplesmenteganhar dinheiro usando as costas dosoutros como degrau, ou se ele achavaque estava fazendo algum bem,proporcionando um sistema inevitávelde salario baixo com acumulo de

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funções em prol do crescimento damarca. Acredito que tudo era umobjetivo só, porque a maioria dosgerentes eram mais carrascos que oscarrascos das histórias medievais,cheguei a ter a infelicidade de quebrarum produto da loja por motivo de umacidente, porque a escada do estoqueera muito grande e escorregadia, o qualfizeram até um boleto descontando ovalor total da mercadoria que precisavapagar em parcelado. Eram coisasabsurdas, coisas que não faziam sentido,a intendência que eu acumulava era de

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estar sendo utilizado meus talentos semser dado o devido valor... Era comoganhar 700 e poucos, se eu pudesseganhar 2 mil.

Mudei de loja, indignado etranstornado, para outra loja da mesmaempresa, a qual só aumentava minhavontade de por um basta, sendo com umprocesso pois tenho certeza aquelaempresa já acumulava muitos, ou“chutando o balde” algum dia, botandopra fora toda aquela energia ruim que seacumulava atendendo as pessoas

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passando as informações e politicas detroca e dos direitos do consumidor, tudopara tornar a empresa sempre a frentedos interesses das pessoas que aprocurassem.

Fui então trabalhar em outroshopping, aonde era uma loja menor eque com certeza me deixou maisaliviado, ainda sim indignado com todaa sujeira debaixo do tapete, porém comaquela famosa e inevitável necessidadedo emprego, pois quando se étrabalhador brasileiro, o governo não te

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da muitas opções.

Indignado e aborrecido naquelaloja e naquela empresa, comecei arefletir toda essa indignação na mesmamoeda que eu estava recebendo, entendique a alma do negócio era o dinheiro esimplesmente isso era o que importava.Então “fiz jus” a profissão de vendedor,buscando a comissão em cima dosserviços péssimos de garantiaoferecidos, os quais garantiam a certezade um salario maior e comoconsequência, um maior numero de

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clientes insatisfeitos.

De casa para o trabalho, dotrabalho pra casa. Era assim, e assimseguia a vida. E adivinha só quem foimorar na frente da minha casa? O donoda empresa? Não! o Crocodilo... Pravocê ver como o mundo dá voltas.

Não acreditei que aquele mesmohomem que tinha “assaltado” a padaria,algum tempo depois seria meu vizinho!Não tinha entendido aqueleacontecimento e não fazia ideia doporque aquilo havia acontecido...

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Porque o mesmo cara, que em sãconsciência cometera um crime, voltassea cena do crime e ainda nãosimplesmente pra dar uma olhadinha,mas pra morar. Percebi que o mundo davoltas e eu tivesse pagando por não teracionado a polícia, pois bem. Lá estavao Crocodilo, todos os dias na frente daminha casa, todos os dias cruzando osolhares com os meus e todos os diasentrando e saindo daquele portão, que eunão fazia ideia do que ele queria, massabia que não era boa coisa uma pessoasempre saindo e entrando a qualquer

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hora do dia e da noite, me parece queeste não tem emprego fixo e de fato nãotinha.

As vendas com a tal da garantiaestendida contratual me colocaram emsituações de retorno do universo econtribuíram pra tal acontecimento...Jade estava muito preocupada com meushorários de trabalho, que sempre erammuito extensos, e eu não conseguia dar aatenção que queria praquela moça, poisse o dia tem 24 horas, eu já perdiametade trabalhando daquele jeito, então

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as horas que restavam, eu precisavafazer minhas necessidades, a qual nãosobrava tempo nem tomar um chá,enquanto o espera esfriar. Fiquei emmeio um dilema de total incompreensão,não sabia quando era dia e não sabiamais quando era noite, mas enfim,entendi que Jade não estava tambémconseguindo organizar sua vida, mesmoquerendo que eu ainda permanecessenela.

Foi uma conversa rápida eobjetiva. Sentei na frente de Jade e

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“desabafei”, falei o quanto estava difíciltrabalhar e conciliar minhas horas dodia com meus deveres e necessidades,os quais não sobravam nem o final desemana pra compartilhar com ela,porque o bendito do shopping “nunca”fechava! Ela entendeu, abaixou a cabeçae demos uma certa distancia... Ainda simnos víamos e ela não mais trabalhava emshopping, mas sim em uma profissãomuito importante. Como interprete deLIBRAS (Lingua Brasileira de Sinais)em escolas da Baixada Santista. Oshorários dela eram bons, pois haviam

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poucas escolas com surdos pra se fazero trabalho e era sim muito fácil pra ela,ter tempo suficiente pra gastar com oque bem entendesse... Jade queriamesmo que eu fizesse parte da vida delae eu queria mesmo era ter tempo prafazer que eu queria e o que gostava. Emuma de nossas conversar comentei comela que gostaria muito de comprar umamoto, seria bom pra dar inicio nafaculdade pois a carta de motorista eu jáhavia conseguido tirar.

Até então eu não imaginava o que

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estava acontecendo e nem esperava nadado tipo. Foi quando Jade apareceu emminha casa, alegando que por morar emuma residencia aonde não tinha garagem,precisaria deixar guardada em minhacasa “como um favor” sua moto nova,que por coincidência, era igual omodelo da moto que eu havia comentadoque compraria... Tudo bem, deixei elaguardar a moto na minha casa, e semprea via empoeirada parada na garagem,pois ela não tinha carta de motorista, eprovavelmente demoraria um pouco prater, foi quando ela disse que eu poderia

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usar a moto pois era um bem que elagostaria de dividir comigo.

Você acha que eu fiquei contentecom isso? Não, não fiquei. Percebi queo lado materialista dela estava memostrando o que vemos muito por aí;Pessoas se aproximando das outras porinteresses materiais, os quais nunca vãotrazer a real compreensão da verdadeem suas vidas, e só as faram cada vezmais escravas do processo regressivoda humanidade.

Disse eu, a Jade, que havia

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perdido o interesse com motos, pois eugostaria mesmo era de ter um carro, oqual já estava me preparando em planospara comprar, um carro que vai meproporcionar além de um meio dedeslocamento seguro, ser possívelvisitar minha mãe com mais frequência.A cara que a Jade fez foi de decepção.Um rosto expressando total frustraçãodo acaso, mas ela não foi embora aindada minha vida e sim, fez outra coisa quevocê não vai nem acreditar... Ela vendeua moto quase que imediatamente efinanciou um carro 0Km da mesma

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marca e modelo que eu queria comprar eveio então com o mesmo argumento quenão tinha garagem e não tinha apossibilidade de dirigir por não ter acarta de motorista. Foi então que eu meví obrigado a recusar a oferta de guardare usar o carro. Disse eu que precisavade coisas novas na minha vida, e quetinha sede de conquista-las com esforçoe provação de minha própriacapacidade. Ela levou o carro emboracom a ajuda de um amigo e não a vimais.

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Desculpe Jade, pois se não quiserfalar mais comigo eu até entendo, mas oque ninguém entenderia é a históriaassim como muita gente não entendecomo é possível uma coisa dessas. Vocênão é somente valiosa, é também umajóia. Obrigado por tudo e me desculpetambém!

Dias cansativos de trabalho vão evem, conheci então uma moça, essa eraum anjinho... Uma moça muito bonita eatraente, que trabalhava em uma loja debrinquedos na esquina do shopping, uma

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moça que tinha algumas tatuagens nopulso e outras pequenas no corpo.Conheci ela através de uma amiga deescola, lá daquela escola que fui orepetente perseguido, e por acaso essaera uma menina que se dizia apaixonadapelo meu amigo Adão naquele tempo...Me apresentou sua amiga de trabalhoque quando vi, parece que havia vistominha alma refletida em um corpofeminino, era uma moça cheia de atitudee com um jeito de conversar ecompartilhar as coisas muito cativante.Não sei porque ela era triste, com

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apenas 20 e bem pouquinhos anos deidade, ela era uma moça linda ecompletamente capaz de qualquer coisaque decidisse fazer, porém, ainda simera triste.

Eu não entendia como elaconversava comigo, me dava esperançasde “ficar” com ela e ainda se fazia tristepela vida. De vez em quando eu davauma escapada da loja aonde trabalhava,só pra dar um oi pra ela, alegando irusar o banheiro do shopping só praespiar ela um pouquinho. Sempre

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pegava ela desprevenida pensando,sempre olhando pro chão e sempre comuma carinha de “futuro incerto”... Foiquando minhas esperanças se fizeram,quando minha amiga da época de escolae também amiga dessa moça, que vouchamar de Anja, disse pra mim que, aAnja disse que tinha vontade de dar “unsbeijos” e tem que ser hoje.

Meus olhos brilharam e eu fiqueique nem sentinela esperando próximo aloja que a Anja trabalhava. Quando elasaiu, fomos até uma rua próxima, pra

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conversar e trocar nossos carinhos,quando eu a abraçava podia sentir umdesconforto nela, e ela parecia com umtanto de nervosismo pois se coçavabastante na região do pescoço e do ladoda barriga... Uma coceirinha queaumentava as vezes, ela chegou até a mepedir pra coçar um pouco suas costas,algo que me senti feliz em fazer, pois eratotal meu interesse por aquela menina.Agora neste momento da minha obra,estou escrevendo este trecho e acabo deolhar pro céu, me deu uma vontade tãogrande de chorar! Estou contendo as

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lágrimas e estou totalmente emocionadode escrever isso pois parece que temalguém do meu lado lendo junto comigo.

Naquela noite, depois do trabalho,tentava beija-la mas só conseguia“selinhos”(bitoquinha) e abraçossinceros, abraços cheios de vontade,mas com um véu de receio.

Não consegui dar aquele beijocinematográfico que eu estavaesperando, mas pelo menos conseguiconvence-la de leva-la até sua casa, quenão era muito longe com minha

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bicicleta. Ela aceitou a carona nabicicleta e la fomos nós, sentindo ocheirinho do cabelo dela e imaginandoquando eu poderia a ver de novo...Quando no meio do caminho começouuma garoa muito fina, uma chuvinhaparecida com a relva que vai no campoantes do amanhecer, ela disse queprecisava parar, pois a chuva a deixavacom a imunidade baixa e poderia ficargripada, mesmo 1 quadra antes de suacasa. Eu disse a ela que era rapidinhoque chegaríamos no apartamento dela eacelerei as pedaladas perguntando

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quando nos veríamos de novo, pois ofinal de semana estava chegando e eutinha planos de passar algum dia comela.

Anja combinou comigo um dianaquele mesmo lugar aonde parei abicicleta pra ela atravessar a rua e subirpro prédio que morava, fui embora sementender como uma pessoa pode quererparar pra se abrigar com uma chuva quenem os cabelos pode molhar... Fui pracasa pensando ser recompensado por terque aguardar até o dia que sairíamos de

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novo.

Enfim o dia chegou... E fui eu comminha bicicleta espera-la naquelemesmo lugar aonde parei pra ela subirem seu prédio, mas naquele dia a Anjanão apareceu. Fiquei muito chateado,fiquei até mesmo pensando que a vidadaquela garota talvez fosse igual a vidadas moças e mulheres que medecepcionaram; Pensei que ela já tinhaarrumado um encontro melhor e maisajeitado que o meu.

A semana continuou e não fui se

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quer até a loja aonde ela trabalhava.Não fui porque estava esperando ela viraté mim, pois quem faltou ao encontrofoi ela e eu não estava contente com aideia de ir atrás de uma pessoa que medeixou esperando... Mas eu não aguenteie fui, passados por volta de 1 semana.Entrei na loja e vi um rapaz de óculos,um atendente. Um rapaz que inclusive jahavia visto trabalhando lado a lado comela e perguntei;

- Oi, cadê a Anja?

Ele levantou as sobrancelhas,

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olhou nos meus olhos e perguntou;

- Você é amigo dela? Ou Cliente?

Eu respondi que era amigo...Então o rapaz falou assim:

- Poxa, você não soube?

Eu:

- Soube do que???

O atendente:

- Ela estava doente, teve

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pneumonia...

- Também estava com um quadrode depressão eu acho, então infelizmenteela não resistiu...

Eu olhei pro atendente, olhei prochão... Olhei em volta da loja e não faleimais nem uma palavra. Ele, até melembro, gritou pra alguém trazer umcopo d'agua e eu não aceitei, saindo daloja em seguida... Com uma sensaçãohorrível de profunda tristeza, umasensação de ter mergulhado em umvazio, de ter encontrado o que chamam

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de fundo do poço. Voltei pra loja decomputadores que eu trabalhava e senteina escada do estoque e chorei muito.Chorei como uma criança, tremia esoluçava... Não tinha forças pratrabalhar, não tinha vontade de ficar empé e tão pouco a mínima noção do queeu faria dalí em diante. Foi um choque,foi uma sensação de total abandono.

Agora um pequeno pedido dedesculpas pros gerentes, pois não seiaonde estavam com a cabeça quandofizeram o que fizeram comigo... Aliás,

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como eu não guardo mágoas de ninguém,não gostaria que guardassem de mim,então se eles aprenderam a lição de quenão importa seu cargo em uma empresa,pois isso não te torna mais humano queos outros, portanto você não terá queusar as pessoas como bem entender, poisse você tem um cargo alto,provavelmente teve que aprender e senão gostou do jeito que aprendeu, entãoporque faz igual pra ensinar?! Apenaspensem nisso da melhor maneira quemteve atitudes ruins ao longo da profissãoe melhorem para os outros, pois assim

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estarão melhorando para sí próprios.

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07. Do Jeito Que Você Vive é o Jeito

Que Recebe as Coisas

Como se recuperar de um vazioque tende a ser infinito? Como entendero significado das pessoas que aparecemem nossa vida? O que existe por trás dosvínculos sociais que criamos? Praquelaaltura do meu viver eu só tinhaperguntas, só tinha vontade de obter

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respostas, não compreendia de nenhumaforma o que foi posto na minha vida, oscaminhos que precisava percorrer ouaonde eu iria chegar... Eu era comcerteza a pessoa mais incompleta queconhecia, olhando em volta sem saberaonde ia chegar, sem ter chão, sem terum ombro amigo, e sem ter nenhum tipode amparo. Ninguém me entendia, nemmesmo meus amigos mais próximos...Era o típico exemplo do que chamamosde homem sem rumo na vida.

O único que me ajudava ainda era

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aquele objeto, o skate, mesmo sem saberaonde ir, mesmo olhando sempre osmesmos lugares, as mesmas calçadas eas mesmas ruas que eu passava andando,ainda sim o achava meu maior e melhoramigo, eu não precisava falar umapalavra, não precisava esboçar nenhumolhar, o que eu podia fazer era apenasrespirar e soltar aquele suspiro, que meparecia que já estava sendo confortado.Fui com certeza uma pessoa muito tristenaqueles meses de trabalho, fuicompletamente escravo do meuachismo... Ficava horas argumentando

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com minha própria mente que talvez eufosse um para-raios de acontecimentosruins, fiquei com total apreensão emviver do jeito mais sábio e comecei afazer do jeito errado. Não me importavamais com o emprego, não me importavamais com o trabalho. Não me importavase quer se eu fosse parar em um caminhoobscuro.

Os meses iam acontecendo, meudinheiro não vinha mais com tantaglória, era apenas papéis coloridos quetodo mundo pensa que tem valor. Eu não

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o empregava, não investia e não faziaplanos, apenas o gastava, de qualquermaneira, seja com qualquer tipo decomida, ou qualquer tipo de coisa inútilque eu tinha certeza que não usaria...Mas a vida queria mais de mim, e eu nãoestava disposto naquele momento a dar,quando então apareceu um dentista naloja.

A loja estava cheia, tinha atéfuncionários de outras lojas da empresaajudando, porque o fluxo de clientes eragrande, a empresa pedia que fosse feito

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menos tempo de almoço e pediam que oempenho no atendimento fosse maior,não só eu, mas tinham outros colegas detrabalho que com aquele emprego,pagavam suas faculdades e as contas decasa, era cansativo e estressante pratodo mundo ser cobrado conforme apossibilidade de ganhos.

Quando um funcionário novo naempresa vindo de outra loja meperguntou se uma tv já vinha comconversor digital, e eu respondiautomaticamente sim. Tanto porque não

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estava interessado em explicar o modode instalação do mesmo pra pessoasleigas, sendo que eu não estava nem comvontade, muito menos ânimo de estar lá,perdendo aquele precioso tempo daminha vida, enriquecendo um patrão quenão dava a mínima pra qualquer pessoadaquela empresa. O dentista que estavasendo atendido por aquele funcionárionovo, e um gerente também novo naempresa, fecharam o negócio, e euestava atendendo outros clientes... Entãoo Dentista ficou com dúvidas sobre oproduto e a garantia, que de fato eu não

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tinha obrigação de explicar, pois alémde vendedor, eu era consultor detecnologia, faxineiro, repositor deestoque, técnico responsável e o braçodireito do gerente, tudo isso, ganhandoapenas o salário de vendedor.

Antes do dentista sair da loja elefalou rindo pro gerente, que estavaajudando o funcionário novo a fecharaquele negócio;

- Olha lá em, se der alguma coisaaqui na minha tv, eu volto e vou morreraqui na loja porque tenho ponte de

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Safena em...

Aquilo com certeza chamou minhaatenção, mas eu não estava interessadomais em questões espirituais, poisquanto mais eu me dedicava em quererajudar, ainda tinha as piorescircunstancias contra mim. Não gostavamais nem um pouco de fazer aqueleexcelente atendimento, porque sabiacom a experiência do emprego, que osclientes voltariam 1, 2, 3 vezes, só praficar perguntando sobre o produto,enquanto entravam pessoas dispostas a

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gastar dinheiro, e sempre tinha aquelesfuncionários mais sabidos, pregados naporta da loja, apenas sanando oatendimento pra ver se era “problema”,ou “cifrão” entrando...

Os dias passaram e eu fuitrabalhar no período da tarde comosempre. E vi uma cena muito estranhaquando eu entrei... Tinha uma mesa deexposição de notebooks arrastada e umbreu por toda loja, talvez até um pesonos meus ombros só de passar da portapra dentro. Quando eu vi aquela cena,

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perguntei pra todo mundo que estava meolhando sem saber o que dizer:

- Que cara de velório é essa,morreu alguém?

Um gerente respondeu:

- Morreu sim!

- Exatamente aí aonde você estápisando.

Então fui começar a entender ahistória... Aconteceu que segundo umdos gerentes; Recebeu uma ligação de

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um homem muito nervoso, alegando tercomprado uma tv que não funcionavadevidamente e que iria com a tv até aloja... O gerente pelo telefonerespondeu, segundo o procedimento, queo prazo de troca já havia passado e aúnica coisa que poderia fazer era dar oendereço da assistência técnicaresponsável pela garantia de fábrica doproduto.

“Vou agora falar um pouco dosgerentes que estavam presentes no diado ocorrido... Nenhum deles eram maus

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gerentes, pois os tempos estavammudando e os gerentes eram maisamigos dos funcionários, pelo menosnaquela loja menor. Por motivo de termenos funcionários, então orelacionamento interpessoal podia sermelhor, o que de fato naquela lojagrande poderia ter sido melhor tambémcaso tivesse mais gerentes para apoiaros funcionários, não sobrecarregandoassim um único gerente para muitosfuncionários.

Nenhum deles teve culpa do

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ocorrido, porque estavam cumprindoordens referente a politica de trocaimposta pela empresa. Coisa que sefosse diferente, provavelmente não teriaacontecido o que aconteceu. Infelizmentenão tive noticias de nenhum tipo deamparo aos familiares do dentista,vieram ordens do dono para que nãofalássemos nada sobre o caso comninguém que perguntasse sobre isso,coisa que eu gostaria muito que tivessehavido pois tenho certeza aquele era umpai de família. O detalhe maisimportante deste fato é que nenhum

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funcionário teve ou manteve contato comos familiares do dentista, porquesimplesmente não houve repercussãoeste caso e com certeza os familiaresestavam abalados demais com oocorrido a ponto de não procuraremninguém da loja, o que acredito eu quenenhum funcionário também falaria arespeito, pois além de precisaram dobem dito emprego, não gostariam de terque responder contra um patrão que“vivia” em cima de processos, pois osprocessos de funcionários insatisfeitoscom seus direitos eram muitos.”

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Após ter passado as informaçõespor telefone... O dentista foi até a lojacom a tv debaixo do braço, e pelafilmagem de segurança que o dono pediupara retirarem do computador, que nãofoi eu quem retirou... Pude ver o clientese exaltando, até em certo momentoabrir o jaleco branco, na altura do peito,pra mostrar a cicatriz da cirurgia docoração, o qual, ele gritava, muitonervoso, que ia morrer naquele local senão fosse dado atenção na compra queele fez da maneira correta.

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Posso sentir o peso em meusombros, no quarto que me encontroescrevendo estre trecho do livro. Semdúvidas eu me coloquei como sendoautor de mais uma morte. Fuiindiscutivelmente pego pela consciênciae jogado no meu próprio umbral. Nãoqueria mais trabalhar lá e tive vontadede ser demitido porque dessa maneira eupoderia descansar bastante e talvezassim direcionar meus pensamentos praoutras coisas mais felizes, o que nãoestava acontecendo.

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O clima dos funcionários era deprofunda rivalidade, porque algunstinham obrigações financeiras julgadasmais importantes que as dos outros,havia também inveja, porque aonde umfuncionário podia gastar dinheiro comum tênis caro, o outro precisava usar odinheiro pra comprar o leite do filho...Eram coisas desproporcionais aoentendimento humano que emanavamnaquele lugar. Eram energias tãointensas que parecia definir as intrigasentre os funcionários, os clientesirritadiços que chegavam, os problemas

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em casa que todos tinham, toda a energiaque emanava naquele lugar, era ligadauma energia ruim que precisava sertratada.

Ainda sim, pensando em coisasruins na minha vida, pensandoseriamente em ter sido o centro do malde muitas circunstancias ocorridas, euqueria namorar. Tinha a necessidade,tinha a vontade e tinha o interesse... Nãoqueria restringir meu corpo sadio dosprazeres da carne. Precisava de umacompanheira e pelo espelho que tinha,

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em frente a loja, colado na parede, euconseguia ver uma mulher da mesmaidade que eu, sempre ficava desejandoela pelo espelho... Sempre ficavaolhando as curvas do corpo dela eimaginando me perder ali mesmo. Erauma mulher que tinha tanta farturacorporal, coxas, quadris largos, peitosvolumosos, tudo acompanhados de umrosto inconfundível.

Com certeza era a razão dos meusdesejos, e eu a olhava com totalardência, absoluta vontade, assim como

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um cachorro olhava um pedaço de carne.

Foi quando tomei coragem e fuifalar com ela, a vontade era tanta de meperder naquelas curvas, que eu nãoeconomizei palavras, falei o quanto elatinha se tornado parte dos meus desejose o quanto eu sonhava acordado comela, principalmente estando entre 4paredes de portas fechadas. Usei todasas formas que eu sabia de sedução, useitambém meus sentimentos sinceros pracoloca-la no meu caminho, usei até oencanto proibido do olhar, porque eu

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queria e queria muito.

Eu sempre antes de ir protrabalho, que era no período da tarde,passava quase todas as manhãs na casadela. O pai dela trabalhava longe e acasa era livre pois não tinha maisninguém morando lá, só os dois.

Com certeza era uma maratonaincansável, eu a queria e ela também.Tinha total liberdade de pedir o quequisesse pra ela. Realizamos asfantasias que tínhamos direito. Eu era odesejo e vivia em prol daquilo. Não

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importava mais nada, apenas o sexo.

A cidade de São Vicente era umlugar que eu costumava andar, Seja deskate madrugada a fora, ou de diaquando estava de folga. Tinha lá nocentro da cidade também, ou ainda tem...Uma banca que vendia apenas livros, eujá tinha entrado naquela banca algumasvezes ao longo da vida e fui lá perguntarse tinha um livro do autor Alan Kardec...A dona da banca disse que era o lugarcerto, pois alí era uma banca espírita...E me perguntou qual dos livros eu

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queria, me apresentando em seguida osque ela tinha disponível. Eu não soubedizer o que queria, tanto porque nãolembrava qual era que minha mãesempre lia antes de dormir, só disse adona da banca que era um livro grande,com muitas e muitas paginas que pareciauma bíblia, um livro que minha mãesempre nos miúdos da minha infânciacontava as passagens. Ela disse quetinha um livro grande do Alan Kardec,mas não era este, então perdi o interesseda leitura. Quando eu saí da banca eandei pela calçada, vi uma senhora se

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aproximando... Uma senhora bemsimpática, que parece que estava meolhando de longe! Ela veio andando nãoexatamente na minha direção, mas aintenção dela era sim parar praconversar comigo. Quando seaproximou, olhou pra mim sorrindo echamou: “Paulo”. Então eu respondiquase que como se fosse outra pessoadentro de mim, enquanto mudeitotalmente minha expressão, trocando atesta franzida por olhos serenos erepletos de paz interior, e respondi umtanto inconscientemente:

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- Ooi

Imediatamente voltando aonormal, e dizendo: - Mas meu nome nãoé Paulo senhora. Meu nome é “tal”.

Então ela disse:

- Mas ja foi Paulo...

Foi quando eu vi a Aura daquelasenhora, como se fosse uma linha,fazendo curvas sobre a cabeça dela,indo direto pro céu. Era uma linha de luzbranca, quase que prata, pois era muito

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brilhante e inconfundível. Percebitambém que ela viu a minha, e notei aslagrimas nos olhos daquela senhora,dizendo:

- Tão bonzinho...

- “Tão Puro...”

Ela me pediu um abraço, quemesmo sem conhece-la e mesmoachando que ela estava me confundindocom outra pessoa, eu a abracei e percebio quanto isso foi significativo pra ela.

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Eu estou chorando tanto praescrever essa lembrança na obra, quefica evidente que tem coisas tãoinexplicáveis na vida que vão além dacompreensão humana, vai além dequalquer explicação que possa ser dada,científica ou cética.

Aquela senhora me perguntousobre minhas raízes, perguntou o lugarmediúnico que eu frequentava...

Quando ela perguntou o lugarmediúnico que eu frequentava, hesiteiem falar o exato, mas falei um que fica

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muitíssimo próximo, apenas algumasruas de distancia que tenho certeza é tãobom quanto o que eu frequentava, poisnaquele tempo contava nos dedos asvezes que eu tinha ido lá.

Foi tão mágico escrever estalembrança no livro, que vou amanhãmesmo naquela banca entregar apenaseste trecho.

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Aqui e agora o passado cruza ofuturo, e acabo de retornar da banca delivros... Entreguei apenas este trechoque menciona a banca de livros nocentro da Cidade de São Vicente, a qualtem o nome de André Luiz. Eu queriamuito ver a reação daquela Senhoradona da banca e cheguei ungido peloespirito santo da verdade, havia nobalcão um senhor que é marido dela, eaquela senhora sentada lago mais aolado, parei na frente da banca e disse:

- Bom dia!

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- A senhora que é a dona da bancaque sempre ficou aqui?

Ela respondeu que sim...

Então eu disse:

- Meu amigo Jesus pediu que euviesse aqui entregar uma bilhete prasenhora...

Ela, por sua vez, ficou achandoque Jesus era alguém encarnado e ficouum tanto sem entender, mas logo emseguida falou:

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- Quem, Jesus Cristo?

Eu respondi, sim, esse mesmo. Eladisse com muita felicidade, enquantoolhava pro marido:

- Caramba, nosso prestígio estagrande então!

Falei que sim, está mesmo! E euvou provar pra senhora o quanto está...Diga-me aonde tem uma lan housepróxima daqui, que eu possa imprimir amensagem (que estava dentro do pendrive no meu bolso).

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Era feriado aquele dia na cidadede São Vicente, então fui de bicicleta atéSantos e trouxe o papel com a mensagemenviada de Jesus.

Cheguei de volta na banca eentreguei o papel, e disse queinfelizmente não poderia ficar pra ver areação dela, mas queria muito ver... Masfiquei. Foi tão mágico quanto escrever otrecho que levei até lá, fiquei olhando oslivros da banca que estavam embaladosno plástico, enquanto ela lia amensagem.

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A dona da banca parou de ler eolhou pra mim, disse que lembrava demim, e disse que minha leitura era muitogostosa, cheia de verdade, que chegavaaté a dar um arrepio nela. Não mecontive e meus olhos se encheram delágrimas. Pude ver que aquelamensagem tinha tocado o coração dela efiquei emocionado por ser elogiado,fiquei emocionado por estar de frente auma pessoa de muita luz que entendeu osignificado da minha obra.

A folha impressa com a mensagem

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foi colada na banca em um lugar quemuitos clientes podem ver, acredito queainda permanece no mesmo lugar aondeaquela senhora disse que colaria comfita adesiva.

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08. Não Adianta Fugir, o Legado Vai

te Procurar

E a vida continua... Entre trancos ebarrancos, fazendo do jeito errado eachando que estava certo. Deus pra mimera apenas uma palavra. Era como umnome simplesmente criado pra definir oque ninguém consegue explicar, eraapenas pra economizar palavras, era aomeu ver, a palavra reflexo de alguém

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que não queria explicar pra um leigo,assim como eu não tinha a explicação doque era conversor de tv digital.

Mesmo tendo feito algo quemartelava a minha cabeça, busqueiforças da onde não havia e tentei tocar avida da melhor maneira, acreditando quepensando apenas em si, é possívelconseguir mais do que pensando nosoutros. E lá estava eu, ainda “naquelaloja”, ainda naquela “porcaria deemprego”, ainda naquelas porcarias depensamentos.

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Agora voltando a falar daquelesdias de trabalho na loja decomputadores... Vou chama-la de Ivete.Pois ela era muito fã dessa cantora. Eu eIvete éramos próximos, éramos como avela e a chama. Não tinha nenhumproblema de contar coisas espirituaispra ela, pois ela com certeza meentendia. Me entendia tanto, que noprimeiro dia que nos relacionamossexualmente, eu estava com uma guia,daquelas que eu citei ter compradosimbolicamente nas lojas de artigosreligiosos.

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Ela mandou até eu tirar antes denos deitarmos, o que eu vi que não ia tercomo acontecer se eu não tirasse antes.Ivete era provavelmente uma pessoa quenão apareceu por acaso no meu caminho,e eu estava adorando a possibilidadedela permanecer na minha vida, pois agente falava juntos da personagem de umfilme, como sendo o futuro nome danossa filha, porque era tão bonito aqueledesenho, que a gente até ficava imitandoa fala dos personagens o tempo todo, erao meu favorito. Eu não sabia, mas entãodescobri o porque dela ter mandado eu

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tirar a guia do corpo antes da relação, enão era por acaso.

Ivete, era iniciada da ReligiãoUmbanda, e inclusive frequentava umtipo de casa junto com a família. Eu nãovia problema nenhum, aliás, eu achei atélegal saber daquilo, porque eu tinhamuita curiosidade de conhecer um lugardaqueles, achava fascinante a religiãoque usa objetos para simbolizar energiaespiritual. Fiquei tão curioso que logoque ela tinha falado, me coloquei comovoluntario pra conhecer o lugar. Então

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ela me levou.

Chegando lá, era uma casa comuma tenda, tinha um portão de madeira,era fechada completamente, e lá,segundo Ivete, tinha um Pai de Santo quetrabalhava para o governo com a Mãe deSanto que era a esposa dele. Entrei nacasa com muito respeito, mesmo semacreditar em nada sobre orixás, mesmosem dar a mínima pra questõesimportantes que mais tarde eu iavivenciar. Fui recebido como se jáfizesse parte do lugar, eu nunca tinha

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visto uma família tão educada comoaquela, que abriu as portas da casa prauma pessoa “desconhecida”,proporcionando um ar afetivo de muitocarinho e compaixão. Fiquei atéemocionado agora por lembrar daqueledia. Enfim, acho que vou ter um “tréco”antes de terminar de escrever este livro.

Eu gostei de estar lá, o Pai deSanto me recebeu na casa em um dia quenão havia culto, acredito eu queexclusivamente pra me conhecer, pois aIvete tinha com certeza dito pro pai de

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santo que conseguiu ver minha aura, etalvez, isso tenha estigado a curiosidadedele. Certa vez, quando deixei Ivete naporta da casa dela, após sairmos pra umencontro, fiquei olhando o rosto dela, aalguns passos de distancia... Ela estavatão feliz comigo, tão realizada com amaneira que eu estava a tratando, comtotal respeito. O mesmo respeito que eutinha prometido pro pai dela que atrataria.

A aura da Ivete era completamentediferente das que eu havia visto, era uma

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aura apaixonante. Tinha o mesmo brilholuminoso vermelho que a do mestre decapoeira, talvez porque espiritualmente,fizesse jus a mesma nação, mas eraintensa nuvem de vermelho brilhoso comrosa. Era completamente apaixonante,lembro que ela viu minha aura e sentiutotal apego emocional, foi mais ummomento inesquecível na minha vida. Láno terreiro, o pai de santo me apresentouo lugar, perguntou se eu tinha influenciasda umbanda, então expus um pouco daminha vida... Trocamos conhecimento emostrei aonde a capoeira dava as mãos

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nas religiões afro.

Lembro que trocamosconhecimento de canções e eu fiqueimaravilhado em saber, que erapraticamente iguais em algumascantigas, com os cânticos da capoeira.Sem dúvida eu estava no lugar certo!

Era legal a vida de namoradosincero, de namorado amigo, denamorado companheiro... Eu era felizem estar com Ivete, e procurava sempredeixa-la feliz por estar comigo. Ivetetinha costume de frequentar a casa do

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Pai de Santo junto com a família, poistodos eram muito amigos, assim melembro bem. Eram joguinhos de baralhoque uniam as famílias, e eu estava quasesem perceber fazendo parte da roda. Emuma dessas idas na casa, sentei-me aolado dele, o Pai de Santo, e ao lado deuma mesa cheia de quitutes, era mais umdia de confraternização... Senti queestava sendo observado, senti que nãoera um dia comum e não por acasoprecisava estar ali.

Escutei aquela voz conhecida de

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novo na minha mente, tipo uma conexão“sem fios”. Olhei pro pai de santo queestava sentado ao meu lado e ele, nomesmo momento abriu os olhos, olhandopra cima da minha cabeça, em seguida“fazendo beiço”, no mesmo momentoque balançava a cabeça e levantava assobrancelhas. Pude ver aquela nuvemamarela em volta dele, expressando totalsabedoria e conhecimento do que via,mostrando que é sim um verdadeiro Paide Santo. Foi no mesmo momento quecochichou no ouvido da esposa queestava sentada ao seu lado, e ela,

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pareceu que ficou um tanto interessadapelo que ouvia.

Comentei com ele apenas com osorriso que tinha visto também algo beminteressante... Foi então que outro amigoda família, botou as mãos nos olhos edisse:

- “Ai meu santinho”, eu não viisso, eu não vi.

Do tipo falando “de brincadeira”,mas eu sabia que ele tinha visto sim, oque também o que o Pai de Santo viu em

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mim.

Naquela noite da confraternização,o Pai de Santo chamou Ivete e eu, entãofalou bem assim chamando meu nome:

- Você já ouviu falar na históriados apóstolos de Cristo?

Eu respondi que não... Então elepediu pra eu falar o nome dos 12apóstolos.

Eu respondi:

- Paulo, Pedro... Ah, eu não sei,

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nunca liguei pra isso. Nunca preciseisaber de uma informação dessa. Masporque?

Então o pai de santo falou:

- Devia começar a aprender sobreisso, inclusive sobre este primeiro nomeque você falou.

- Acontece que você é um tipo depessoa única, e Ivete... Ver o que vocêviu nele, aquela cor, acho que vai serdificil ver em outra pessoa na vida.Trate bem este rapaz.

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Então perguntei que cor que vocêviu Ivete?

Ela respondeu:

-Ahh, vai dizer que aquele dia medeixando na porta de casa, você tambémnão viu a minha?

Eu respondi que era uma corvermelho mas era por causa de um carroque estava passando na rua, isso porqueeu não sabia muito bem o que tinhavisto. O pai de santo disse que eu nãoera daquela casa, daquela tenda, mas já

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tinha meus guias definidos em outrolugar, os quais falou exatamente todos,que hoje tenho certeza eram os mesmosque ele citou naquela noite.

Fiquei achando à princípio, queera mais uma daquelas “jogadinhas demarketing”, do tipo, eu te digo umafigura, e se você se identificar, você fazparte do grupo, cumprindo as“obrigações” da casa. Achei que erauma forma de me colocar naquelareligião, quase que “por tabela”... Namesma sequencia da conversa o Pai de

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Santo disse:

- E tem mais!

- Quem é esse homem vestido debranco atrás de você?

- Ele quer que você escreva logo!O que? Eu não sei.

Fiquei totalmente incomodadocom aquela revelação, e fiquei achandoque era talvez, uma indagação de totalinteresse financeiro.

Do tipo; Você tem que vir aqui

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tratar esse “problema espiritual”,existem coisas e objetos que eu vendoaqui, e vai ser esses, que vão tirar essa“alma penada” de cima da suas costas.“Até porque, assim como nos filmes,todo fantasma veste branco”.

Eu não tinha comentado pra Ivetesobre aquilo, porque ela ainda nãotrabalhava lá no shopping quandoaconteceu, foi um fato estranho e meincomodou. Parece que após o Pai deSanto ter me revelado isto, ele tinhaficado perturbado com alguns beliscões

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que tomou aquele dia “invisivelmente”.

Mas adivinha só? Eu não estavanem aí... Pobre de mim.

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09. Vai Achando Que Esta Bom

Os meses se tornaram anos, e euestava “sempre feliz”, não importava aocasião. Acreditava piamente que afelicidade não é um estado de espirito,mas só da vontade. Eu queria estar feliz,eu precisava ser feliz... E queria serfeliz fazendo o que gostava, podendo tera liberdade que sempre tive, não era

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possível ser pensando que felicidadefosse sinônimo, de passar os outros pratrás. Eu estava totalmente contaminadocom o mal que não é da humanidade,totalmente cego, a única coisa que eupodia enxergar era só meu próprioumbigo.

Lembro que era muito raro trazeruma mulher em casa, a não ser que fossecerteza de um relacionamentoduradouro, pois antes eu só tinha trazidoapenas uma mulher em casa, e claro,trazer Ivete pro meu aniversário de 20 e

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poucos anos, era minha provávelvontade... Só que eu tinha uma pessoa nafamilia, que era muito a moda antiga.Ela não gostava de praticamente nada,só “gostava” de ficar trancada no quartodormindo. Não saía fora de casa praabsolutamente nada! Se saísse era poruma razão extrema. Ainda sim tínhamosum convívio próximo, porque ela era adona da casa e eu que a escutava todosos dias. Sempre demonstrandoapreensão ao viver, procurando maismotivos para ficar dentro de casa do queaproveitar o ar fresco que as plantas e

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arvores proporcionam... Etecétera.

Ainda sim eu a amava, não porqueela tinha pago meu curso sobreinformática, ou me ajudado a inteirar odinheiro da carteira de motorista, masporque a primeira coisa que vocêaprende desde cedo, é que família éfamília, e isso não pode ser mudado,mas sim melhorado.

Então ela recebeu Ivete naqueledia do meu aniversário e a tratou mal.Fiquei muito bravo com ela, pude verque Ivete estava mesmo muito triste ao

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ter ido cumprimenta-la e ter sido julgadapela aparência. Ivete usava uma bolsaaparentemente muito cara e tinha umcorpo que “qualquer um” pagariaprovavelmente, uma fortuna praconhecer. Fiquei tão sem jeito ao ouvirIvete dizendo, que queria ir embora,quase que no mesmo momento de terchegado, logo depois de cumprimenta-la.

Complicado ter alguém na famíliaque esta passando por momentos assim,não é mesmo? O fato é que, a

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comunicação quando é dificultada,temos que entender que é necessarioprocurar mais efeto nestes casos, porqueuma pessoa que esta triste, entendemosque isso não é um estado natural edevemos melhora-lo, por isso entende-se que ser diferente do errado é o certo.

O aniversario que era pra ser umdia feliz, foi um dia triste. Então tive queconversar com Ivete sobre como édifícil entender o que não explicamdireito e que eu conversaria a respeito, ecomo é complicado conciliar isso com a

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vida moderna, mas pensando positivotudo se resolve.

PAROU TUDO!!!

PAROU TUDO!!!

Acabei de ter uma das visões maisimportante desta obra!

Acabei de entender quem é apessoa que está relacionada com odentista que foi citado nesta obra, tiveuma espécie de “estalo” na minha mente,e tenho certeza que não estou errado

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mesmo me baseando no “achismo”, tantoporque o rosto do dentista é totalmenteparecido com uma das pessoas queultimamente conheci, uma pessoa queconheci apenas em um dia normal dotrabalho dela, e vou precisar entregarpessoalmente este livro pra ela. Estaprecisa mais do que qualquer outrapessoa, que esteja relacionada a obraem saber a verdade. Talvez a verdadeque mais me tirou o sono até hoje. Vouprecisar mencionar o fato deste capítulomais pra frente.

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Não estou acreditando que veiocomo uma mensagem tão clara aquiloque eu não desconfiava, hoje esta sendoum dia de tantas revelações, desdeentregar a mensagem na banca de livros,até mesmo receber uma revelaçãodessas, tão importante. O tempo aqui naterra é curto, e se não for feito otrabalho, você vai ter que reencarnar denovo, de novo e de novo... Até conseguirconcluir o ciclo de sua total existêncianeste mundo.

Agora é a parte do livro que eu

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entro na faculdade... Talvez a parte maisdifícil de ser contada, porque oconstrangimento é enorme, e eu nãogosto nem um pouco de ter que falarsobre isso, inclusive uma coisa quemuito me incomoda, algo que me deixatotalmente desconfortável pra “falar”,ainda mais sabendo que todo mundo viráfalando sobre e espremendo ouvirminhas palavras a respeito. Não queroter o direito de calar as pessoas quandoquiserem comentar comigo o quepensam, afinal a ideia é livre precis serrespeitada.

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Comecei a me concentrar mais navida, então fui me matricular em umcurso da faculdade que eu gostasse, eclaro, foi voltado para a área deinformática.

Escolhi dentre os cursosoferecidos, o que mais se adequavam asminhas habilidades, que inclusive erampoucas, ou quase nenhuma, mas euestava com um objetivo, e isso bastava.Comprei até uma moto pra conseguiradequar o ritmo de vida que eu levava,visando o “fácil” deslocamento no

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transito de Santos, eu podia optar porusar o ônibus, mas estava cansado deficar exprimido naquele monte de gente,principalmente nos dias de sol, quefaziam aquela “lata de sardinhas”superaquecer. Não tinha mais bicicleta,e estava cansado de ficar sem asbicicletas. Todas que eu tive foramroubadas, a única coisa que restava erao cadeado quebrado no poste, ou asimples lembrança do meu transporteque custou caro.

A faculdade era um mundo a parte,

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eu me sentia mais importante estando emum lugar famoso pelo nome; Faculdade,meu pai se orgulhada em falar que ofilho estava cursando, a faculdade. Eununca pensei que seria capaz, até porquenão tinha interesse, as épocas da vidame geravam interesse só naquilo que euenxergava e poder enxergar a faculdade,era um novo mundo. Eu queria vivenciaraquele clima de “barzinho” sexta feira anoite, queria ter amigos quecompartilhassem o mesmo ritmo de vidaque eu, pra agregar meu futuro de formapositiva, mas não foi bem assim que

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aconteceu.

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10. Faculdade é Importante

Faculdade era importante, e eramesmo... Tanto eu tinha começado essaetapa na vida, e a Ivete também tinha, láconheci pessoas que eram boas, pessoasque pareciam más, pessoas que queriamcurtir gastando a grana dos pais, epessoas que gastavam do própriodinheiro pra conseguir algo na vida, da

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maneira que eu estava fazendo, aomenos tentando.

Com o passar dos dias, ficavacada vez mais difícil ver a Ivete, porqueera difícil, você sabe, aquela velhahistória do tempo que temos no dia, euachava, e ainda acho... Que o diaprecisa de mais horas pra genteconseguir fazer pelo menos, tudo queprecisa, não somente o que é necessário,mas vai dizer isso “pro chefe”, ele vaiarrumar outra pessoa pra por em seulugar.

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Os dias iam passando, as matériasiam se dificultando, e eu ia meconfundindo. Ivete me tratava comosendo uma opção, talvez porque tivesseoutras na faculdade, o que de fato eraverdade, e eu sabia que aquela mulherchamava atenção por onde passava, euficava ainda mais preocupado em pensarna possibilidade de estar sendo traído.Não estávamos mais na mesmafrequência, e eu sabia que o fimchegaria. Triste não?

Realmente tenho que pedir

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desculpas pra todo mundo que mencionono livro? Me sinto na obrigação de fazerisso. Então desculpa ter mencionadovocê também, aliás, todo mundo que estáno livro. Porque eu precisava provarque estou certo e pra isso tinha que teralgo pra contar.

Eu conversava muito com aqueleamigo, o Adão, e ele estava bastanteentretido fumando maconha em suaprópria casa, tentando entender opropósito da vida, quando voltamos anos falar após passado um bom tempo,

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acontece que, ou melhor, aconteceuque... Ele estava morando em outroestado. Comecei também a fumarmaconha.

Depois de Ivete me fazer ficarmuito bravo, por ter feito brincadeirasde mal gosto comigo, me causandociúmes e me fazendo acreditar no queaconteceu... Eu não tenho isso como oinício do meu vício, mas como fatorcontribuinte de me fazer apegar a algumpassatempo.

Aqui outro amigo se juntou a

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história, vou chama-lo de Vitor. Este eraum que eu apresentei ao Adão, este jáfumava maconha antes de mim, e eucomecei tarde comparado aos amigos domeu ciclo. Mas enfim, eu não estava nemaí, eu queria curtir a vida da “melhor”maneira possível, fazendo simplesmenteo que viesse a cabeça.

Havia sempre uma reunião na casado Adão, com o Vitor e João, as vezesaparecia também um tal de Jonas, queera um conhecido da época do colegial,mas este eu não gostava muito da

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companhia, pois era provavelmente ocara mais “espertinho” que eu conhecia,gostava muito de “talaricar” a namoradados outros na escola. Mas enfim.

As reuniões na casa do Adão eramregadas a bastante Maconha, conhecidatambém como Cannabis-Sativa (risos)...Também havia um vídeo game, que eraaonde a atenção dos olhares sevoltavam, drogas pesadas não haviam.Era só um bando de “moleques”, falandoum monte de palavrões, enquantoficavam comentando sobre as

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experiências sexuais com “Fulana,Ciclana e Beltrana”.

Ir pra faculdade estava começandoa virar festa, eu não queria saber denada, eu só queria farrear. Entrava nasbiqueiras pra comprar a maconha,porque eu tinha a moto e pensava que sefosse pego na volta, não levantariasuspeita, por ter uma cara que eupensava “ninguém desconfiaria”.

Aqui vai uma novidade pra quemacha que ir na biqueira ou simplesmentepassar na frente dela não significa nada;

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O lugar que o traficante fica é pesado,em todos os sentidos, imagina só oquanto de viciados, principalmente emcrack, que matam por ini motivos,influenciados pelo vicio, e vão até abiqueira comprar a droga... Sim, muitosmesmo.

Nas biqueiras eu ia quase todos osdias, fiz até, imagina só, por ironia dodestino, “amizades”. Eu sei queprovavelmente sou o cara que menossabe fazer amizades no mundo, mas edaí, quanto mais amigos melhor. Apesar

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disso tudo, lá estava Jesus meobservando, me olhando ir na biqueirapra buscar a planta proibida. Mesmoassim ele ia comigo, só pra garantirminha segurança, pois este sabia maisdo que ninguém, que eu era quem falavaa verdade a qualquer momento.

Só pra constar, amanhã tenho queir até a irmã do dentista pra pelo menos,falar “cavalinho na costas”, o que eu nãosei o que significa, mas penso que erauma brincadeira de criança, de levarmontado nas costas, pois já são 4 horas

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da matina e eu não consigo dormir.Parece que o dentista não quer que eupare de escrever, então vamos lá.

Eu estava completamente largadoda vida, e queria mesmo não ser quemeu sou, porque além de me intitular“Ateu” naquele tempo, eu estavatotalmente tomado pela maldade, entãoeu fiz sim o que nunca tinha imaginadoque faria na minha vida, segura essaleitor: Fui de novo, você ouviu bem,quer dizer, leu; Naquelas lojas de“artigos religiosos”, mas não era

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simplesmente uma loja de artigosreligiosos comuns e comprei de novo,adivinha só? Aquela guia totalmente semfundamento que eu achava que era, masdessa vez, o momento foi diferente...Chegando lá, tinha uma mulher, “parece”que me esperando chegar. Eu iapassando pela frente da loja de artigos eolhei aquelas cores de novo. Tipo umahipnose que eu sempre ia em direção melembrando daquele cordão que o“contra-mestre” me emprestou nainfância.

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Quando eu entrei na loja deartigos, a mulher veio me atender, comum ar de total ironia, e eu já chegueiperguntando quanto era aquele item, elaolhou a guia e falou:

- Não sei se você pode usar essa.

- Qual tua idade?

Então respondi. E em seguida faleique eu podia sim usar. E que euprecisava usar aquela, porque era a“correta”... Mal sabia eu do que estavafalando, apenas queria e pronto, porque

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as cores me traziam lembranças eestavam chamando minha atenção.

Ela disse o preço que era, lembromuito bem. Apenas “7 dinheiros”, queela até perguntou se eu podia pagar, poisna realidade, ela queria era me daraquele item de graça... Porque estamulher, é a mesma que foi lá no corredorda escola, a mando do professor defilosofia. Sei bem do que estou falando eessa mulher esta no “meu caderninho”...Ainda vou visitar o sonho dela (Se elanão se arrepender das coisas ruins que

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fez).

Se eu estou louco escrevendoisso? Sim.

Continuando... paguei, e saí de lácom a guia (objeto específico sem aorientação de alguém de confiança).Botei no pescoço e fui desfilar por aí meachando o “malvadão”.

Eu estava “preso” aquele empregoainda... E fiz uma coisa “desprezível”.Eu tinha uma moto e queria estar maispróximo da maldade.

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Só que eu não estava apenas meachando, eu de fato era. Meu amuletocomeçou a ser uma faca, não apenasporque os capoeiristas a moda antiga,usavam navalhas pra fazer jus a fama“traiçoeira” que capoeira tinha na épocada “pernada brasileira”, mas porque euestava me tornando um obcecado em ser“alguém na vida”, mesmo que fosse damaneira errada.

Então meus caros leitores, voucontar o que eu fiz, que é algo que nãome orgulho nem um pouco. Eu fui atrás

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de um Travesti. fui porque queria, e fuiporque estava desejando corporalmenteme perder em uma aventura sexual semnenhum fundamento.

Queria deixar bem claro, que otermo que coloquei aqui no livro éapenas porque, aquela mulher queapareceu na escola falou. Não soupreconceituoso e não recrimino quem éhomossexual. O que aliás tive 2 vezes orelacionamento homossexual, o qual nãolembro da segunda vez, e só conseguilembrar recentemente, por motivo de

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tantas coisas absurdas que temacontecido em minha vida.

Como isso é possível? Eu não sei,tenho feito coisas boas ultimamente ecom isso, estou lembrando de algunsfatos que me aconteceram e estouconseguindo respostas positivas, talvezum dia, quem sabe, eu tenha maisrespostas. Coisa que não quero lembrar,porque o trauma é grande.

Fui ter a relação sexual porque“desejei”, e se eu contar que não queria,porque sou uma pessoa pura e etecétera,

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etecétera. Eu estarei mentindo! Comcerteza é muito difícil dar detalhes sobreaquela relação sexual/Assexuada, ousimplesmente assexuada, mas eu fiz sim.

Espero que meu amigo me perdoee me ajude enquanto eu ficar refletindosobre o que fiz, no umbral, que tenhocerteza, passei por lá varias vezes,mesmo em vida. Não tem coisa pior doque passar pelo umbral estando na terra.

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11. Pancada na Cabeça

Foi muito difícil finalizar ocapítulo 10, pelo fato de ter sidoextremamente difícil confessar oconstrangimento que estou passando.pelo que fiz, então fui pra rua sentir o arpuro e sair um pouco do quarto.

Acabei de voltar da casa de umamigo, alguém muito amigo mesmo. Que

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por hora vou chama-lo de Soldado, esteé um amigo que só tenho boaslembranças. Este ainda me lembro dequando era criança, ficávamos atacandomamonas com estilingue (badoque) umno outro. Este meu amigo Soldado, éuma pessoa que hoje, precisava daminha ajuda mais do que qualquer outrapessoa. Estou escrevendo minhahistória, mas parei um pouco pra fazeruma coisa que eu estava julgando “semsentido”. Lá veio Jesus de novo meorientar sobre meu trabalho, saí na ruadepois de escrever os capítulos

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anteriores. Fui então, fazer o que euachava, o dentista estava me pedindopra fazer, mas não era este o trabalho dodia. Acredito que Jesus, o meu amigo;Estava querendo me mostrar mais umacoisinha antes.

Saí pra fazer o que eu pensava, sero trabalho de falar “cavalinho na costa”pra irmã do dentista, mas na verdade erauma batalha espiritual. Ontem a noitechoveu muito! Choveu demais... Aquiem casa antigamente, entrava agua até ojoelho, mas como foi feito uma

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reforminha a alguns anos, a agua ficou 2dedos antes de entrar em casa, parandona soleira da porta. Subi ontem mesmoem cima do muro, completamente louco,achando que estava fazendo algumasimpatia ou coisa do tipo. Fiquei emcima do muro de casa com 2 gravetosfazendo gestos e pedindo pra chuvaparar, então a chuva milagrosamentecessou aos poucos. Não sei se pelo fato,que isso atrasaria esta obra, podendoatrasar meu trabalho, ou pelo fato defazer minha madrinha parar de chorar,como sempre ela fazia quando a chuva

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ficava muito forte. A chuva parou, e hojeneste dia ensolarado, peguei mais 2gravetos e saí pra guerrear contra omal...

Ví de longe lá na esquina, oSoldado, que estava indo mais um diasatisfazer o vício. Saí de bicicleta e fuiatrás dele. Chegando perto, ocondecorei soldado, Então com o poderque Jesus me concedeu. Peguei um dos 2gravetos e entreguei em suas mãos, faleique aquela era a arma dele, contra omal. Ele já estava “pinado”(Sob efeito

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de cocaína). Já estava na fissura dadroga, pois não dormia como sempre euo via.

Então ele ficou curioso com meujeito e me convidou a ir com ele nacaminhada... Eu fui, claro. Quem nãoquer estar na presença de um bomsoldado? Ele deixou o graveto nocaixote da bicicleta cargueira. E eucontei pra ele, sobre o propósito que eletinha na própria vida. Comprado o“pino” (cocaína) e a pedra de crack,voltamos... Pelo mesmo lugar, só que eu

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estava balançando o graveto como seestivesse mesmo guerreando, o caminhotodo. Mesmo sabendo que não estava,mesmo não estando sob o efeito denenhuma droga. Antes de voltarmos, eleparou em um terreno baldio, um terrenoque fica, ou ficava... Não sei em que anovocê esta lendo este livro, mas enfim...Perto aqui de casa. E chegando lá, eledisse que queria dar uma “cachimbada”,com os outros usuários de lá, que elechamou de irmãos. Eu não estavaevidentemente querendo entrar lá,porque nunca gostei desse nome Crack,

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muito menos de estar perto de pessoasque o usa. Mas eu fui. E entrando lá,adivinha só? O Crocodilo estava entre ogrupo, que era de uns 6 usuários se nãome engano, porque tinha alguns debaixode suas barracas improvisadas, eu podiaaté ver uma mulher, debaixo de uma dasbarracas, feitas com plasticos e qualquerguarda-chuva velho que “servisse”como abrigo. Olhei pro Crocodilo esimplesmente dei um pequeno oi.

Enquanto o Soldado entravadebaixo de uma das barracas pra

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“cachimbar”, eu fiquei fazendo gestoscom a cabeça, como se estivesse falandocom alguém, antes deixei a bicicleta nochão e segurei o graveto, como se fosserealmente uma espada medieval. Fizisso com o intuito do Crocodilo me vermesmo, e achar que eu estava sendotragado pelo vício, assim como eleestava sendo a muitos e muitos anos.

Depois de “simular” que estavaconversando com alguém e que estavaentendendo o que estava sendo dito, tipoaquelas conversas de filme antes do

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combate... Peguei a “espada” (ograveto) e comecei a dar uma de ninja!Estava destruindo geral! Estavapicotando mesmo todos os espíritosruins que estavam lá... Até o o próprioSoldado depois da cachimbada ficou meolhando, daí ele me chamou, com ograveto dele na mão e disse:

- “Vamo! Vamo pinar mais lá emcasa! Já ta doidão mó cara né?”

O que de fato ele sabia que eu nãoestava, pois este é um amigo que sabeque eu não uso e não usei estas drogas.

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Acho eu que Jesus o fez falar aquilo, prafazer o Crocodilo acreditar que eu eraapenas mais um viciado com “inimigos”(Que vou entrar em detalhes mais prafrente, sobre estes inimigos).

Quando o Soldado me chamou prair embora, eu falei;

- Espera aí que tem mais umaqui...

E tentei dar um mortal pra trás,mas saiu um gato, apenas com uma mãono chão (Esquiva na capoeira), e

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continuei a fazer aqueles gestos de lutacom o graveto, picotando o inimigo emvários pedaços.

E lá fomos nós pra casa doSoldado, supostamente pra usar drogas.Soldado estava com 2 pinos na mão(cocaína) que ia entregar pro dono dabicicleta, pois ele estava apenas indobuscar em troca, da pedra de crack. Umdos pinos abriu no caminho, deixando apalma da mão dele branca, e ele cheiroua mão toda, se lamentando por ter caídoo “carreto” que estava fazendo... Ficou

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cheio de pó branco impregnado na barbamal feita. Me perguntou até se estavasujo, eu respondi... Claro que está! E elelimpou.

Entregou a bicicleta, e fomos até acasa dele, ambos com os gravetos nasmãos, ví até um colega de infância, quefalou “eaí”, pro Soldado e pra mimfalou, “eaí boiola”. Não respondi nada efiquei sem expressões, olhando pra elede cima da bicicleta em movimento.Mais pra frente, um pouco antes da casado Soldado, estava chegando um senhor,

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de barba e cabelos brancos... Com umaRoupa de empreiteiro, botas deempreiteiro e óculos de sol estiloaviador. Foi quando eu disse, espera aíSoldado que tem mais um aqui no meioda rua... Larguei a bicicleta no chão esaí correndo com o graveto na mão,mandei um arco íris, que é um golpeacrobático de capoeira, seguido devarias “picotadinhas” no coisa ruim.

O Soldado dava risada...Entramos na casa dele, e lá estavammais 2 amigos dele. Os quais eu não

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conhecia até então, mas sabia que eramtambém viciados. Uma mulheraproximadamente 30 anos, e um outrohomem aproximadamente a mesmaidade. Quando entrei na casa, Soldadome apresentou e disse; Este é o meuamigo, que o conheço desde quando eleera pequenininho. A mulher me olhou,com aquele graveto na mão e disse queeu era bonito, o outro “confirmou”, meelogiando também... O Soldado disseque foi no “corre” e que estava com o“bagulho”, e em seguida me falou, dandorisada, enquanto eu olhava os dois

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expressando um olhar de ajuda que euestava trazendo...

Soldado:

- Aqui ó, dale as gravetadas nelaque essa ta precisando... (E ria enquantofalava isso).

A mulher olhou pra mim e falou:

-Não... Não faz isso não. Eu tocom medo dele. Ele veio aqui pra mebater é?

Então, olhei pra ela e falei:

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- Não.

- Eu vim aqui pra ajudar, não foipra te bater não...

- Vem aqui e me dá um abraço, porfavor.

Ela encheu os olhos de lágrimas,me abraçou e chorou...

Agora, neste momento... Praescrever este trecho, as lágrimas

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correm...

Cumprimentei em seguida ohomem que estava sentado em um bancode carro, na varanda da casa, enquantoolhava nos olhos dele. E o Soldado meconvidou pra entrar... Estava lá noportão, na calçada, também aquelesenhor, que vou chamar de Enviado.Mas parece que este tinha demorado praentrar, porque foi buscar alguma coisa.

Entrando na casa, pude ver o que

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já esperava... Tudo sujo, tudo jogado,em alguns cômodos lembrava até aqueleterreno que o Soldado foi dar a“cachimbada”. Entrando na casa, eupodia sentir um a energia pesada. Nãopor ser uma casa ruim, mas pelosespíritos ruins do vício que lá estavam,sugando aos 3 moradores.

O Soldado sentou na cama. Aindatinha agua no quarto Que podia cobrir ospés. E começou a preparar o cachimbo.A mulher sentou em um sofá ao lado. Eeu comecei a chorar, de pé no meio do

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quarto, com o graveto na mão. Euchorava que eles viam minhas lágrimasdescendo. E falei pros espiritosobssessores que os habitantes daquelacasa, não os queriam lá, não era praestarem lá. Sugando aquelas almas quehabitam este mundo terrestre.

Na tv via-se um filme, pausado emuma cena explícita. O radio estavaligado com o volume alto... O Soldadopediu que a mulher saísse do quarto,tirou o boné e abaixou por um momentoa cabeça.

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Em seguida eu desliguei o radio ea tv, e o condecorei um General doexercito de Deus alí mesmo. E coloqueio graveto sobre seus ombros, igual umritual medieval. Tornando este nome amissão dele.

Depois de feito isso, orientei ele alimpar a casa em uma faxina que seriatambém espiritual, com produtos delimpeza mesmo, porque o lugar limponão atrai espíritos ruins. Eu queriaajudar, mas ele ainda queria usar adroga. Foi quando aquele homem de

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barba e cabelos brancos, chamou lá defora o General... E foi entrando com suabicicleta. Tinha no guidão da bicicleta,uma sacola pendurada, o qual me lembromuito bem, quando trabalhei em umaempresa que já já vou falar sobre ela, opessoal ficou colocando a trilha sonorada conversa.

A mulher, e o homem que estavasentado no banco de carro, que erausado como cadeira da varanda, saíramum pouco antes dele chegar. Aquelehomem, que eu chamei de Enviado,

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trazia alguns pedaços de peixe, e a contade agua que estava na caixa de cartas dacasa do General.

Me cumprimentou, e falou quehavia trazido um peixe pro General, umpeixe que ontem, no temporal, tinhavindo na enchente... Na enchente porqueSantos e São Vicente tem muitos canaisa céu aberto, o qual é comum, quando amaré sobe, transbordar devido a chuvaforte. Segundo o Enviado, o peixe eragrande, o que eu achei estranho virapenas uma tigela pequena, pois na casa

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moram 3, não apenas uma pessoa. Mastudo bem, a comida quando é doada debom coração, ela faz milagres mesmosendo pouca. O Enviado era um homemde meia idade... Uma senhor simpático,que me ensinou muitas coisas mesmoestando na minha frente por poucosminutos. Chegou botando uma musica doLegião Urbana pra tocar no própriocelular, enquanto o General disse que iana rua buscar umas sucatas, que tinhavisto amontoadas ao lixo, tipo umrefrigerador velho e pedaços dealumínio. O Enviado sentou na soleira

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da porta e falou sobre o filho, contandouma história. Contou que certa vez estetinha saído pra uma “curtição”, e perdeubastante dinheiro por conta do álcool, eque seu filho estava naquele diamaltrapilhos por conta de uma noitadaque não tinha acabado bem... Dissetambém que seu filho estava com medode tomar uma chamada, do tipo: “Estavalá fazendo coisa errada, então tem quese dar mal mesmo! Pra aprender!”

Ao contrário disso, o que Enviadodisse que fez, foi emocionante:

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- Vem aqui filho, me da umabraço... Porque o dinheiro, depois vocêrecupera. O que eu não queria mesmo,era receber uma ligação ou a visita dealguém pedindo que eu comparecesse aoreconhecimento de corpos.

Fiquei muito comovido comaquilo, com aquela mensagem que eleme transmitiu. Mostrando que o amor émais curativo do que qualquer outramaneira, hoje empregada pelasociedade.

Imagine uma bola, que esta

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murcha... A única maneira de enche-la écolocando o ar dentro dela não é? Então,se um pessoa está vazia, a maneira deenche-la é colocando amor dentro dessapessoa.

Este capítulo do livro, parece sero futuro, contrastando com o passado.Tudo isso que eu contei neste capítulo,aconteceu em um único dia... Mas o dianão acabou, agora é noite e precisovoltar ao trabalho, então vamosescrever! Ou melhor, ler.

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Acabei de voltar da rua, poisrecebi uma ligação no final da tarde deum familiar, pedindo “o detetive...”Peguei todas as minhas coisas, inclusiveo pen drive com o livro e corri pra casado Pai de Santo. Pelo fato de eu terlembrado que ele trabalhara progoverno. Imaginei que estavamextorquindo meu familiar, porque quemme ligou, falou baixinho que queria umdetetive, mas chegando na casa do Paide Santo, percebi que eu era quem

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estava meio alterado, pois ele nãoestava “me esperando”, e também mallembrava de mim, então saí de lá “maistranquilo” e fui comer um lanche, porqueestou ficando até mais magro pois nãoestou parando de escrever... Escrevo evou fazer o que o Jesus pede, ou o que ocoração manda, caso você seja um leitormais cético. Da casa do Pai de Santo devolta a minha casa, parei no caminho epedi um lanche, naqueles carrinhos quetodo mundo já viu, e sentei enquanto viaos carros passarem.

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Lá estava vindo uma alminhaandando... Não uma alma daquelasdesencarnadas, mas eu chamo dealminha todas as pessoas do mundo,porque queira ou não, todos nós temosuma. E lá vinha aquele homem, sepreferir. Este era um homem que vouchamar de Wilian. Este era um daquelescaras que todo mundo acha que estáperdido, e até parecia mesmo. Vinhacaminhando descalço na chuva fina quecaía. Estava de bermuda e um casacobranco encardido... Eu lembrei dele delonge! Na época que eu namorava com a

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Ivete, estivemos na praia a noitecaminhando enquanto este mesmohomem, o Willian, vinha caminhando em“nossa direção”. Na verdade ele sóqueria passar, mas eu estava com medo,porque entendia que um usuário ésinônimo de possível assalto prestes aacontecer, mas não era bem assim.

Quando ele viu que eu fiquei commedo e Ivete também, ele deu um: “Boanoite, beleza?” Mostrando o polegar praque Ivete, nem eu, ficássemos com medodele, mostrando que ele era uma boa

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pessoa, só estivesse em um momentomuito ruim. Então hoje, quando eu vi elevindo andando... Lembrei exatamentedaquele dia, que isso aconteceu, emesmo sem ele lembrar de mim e sequerme conhecer, o chamei com aquelefamoso “psiu”. Foi quando me olhou,sentado do lado do carrinho de lanches eveio até mim, eu perguntei se ele estavacom fome, ele respondeu que sim, entãopuxei uma cadeira sem se importar comquem estava por perto, se ia gostar ounão, de ver alguém com aquelaaparência sentando por alí. E pedi mais

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um X-Salada, e comecei a conversarcom o Willian... Falei exatamente quelembrava dele, e expliquei porque. Elecom certeza não lembrava de mim, nãome importei. Começamos a conversarcomo se fossemos amigos de longa data,rimos de algumas coisas que a gentefalava, ele pediu uma latinha derefrigerante e eu também comprei. Faleipra ele assim antes de sair nosso lanche:

- Sabe Willian, não importa o quea gente fez lá no passado, nessa nossavida.

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- Porque quando, a gente searrepende sinceramente do que fez, ecomeçamos a fazer coisas boas e comamor... Parece que vai cobrindo ascoisas ruins que a gente fez.

- “Parece” que vai absorvendo emandando embora aquele mal que agente fez ou causou.

- Eu ouvi dizer, que vai sair umlivro... Que vai ser muito bonito, de umcara que sei lá, é igual eu e você. Quenasceu nessa mesma cidade que nós. Eque vai ficar tão conhecido esse livro,

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que vai inspirar um monte de gente poraí a fazer o bem usando muito amor.

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12. Entenda e Aprenda

Depois de ter feito aquilo que “eunão queria”, lá no final do capítulo 10,fiquei pensando que estava tudo bem,enquanto o mal invadia e consumia meucorpo, eu achava que era um tipo de forada lei... Me sentia um cara “livre” detodo o achismo mundano. Pensava queestava vivendo a vida da maneira que a

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o planeta terra, precisa que seushabitantes vivam, mas é claro, que eunão estava fazendo do jeito certo. Eracada vez mais: Casa do Adão, saídaspra lugares que não fazia sentido nenhumfrequentar, do tipo saindo de madrugada,não mantendo horários pra nada,acordava sempre tarde, quase que nahora de ir trabalhar, só pra poder ficarde madrugada por aí, podendo andarcom o skate na maioria das vezessozinho como eu sempre fazia... Eu nãoqueria saber e nem ouvir falar dapossibilidade, de ir em um lugar

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espiritual, ou de frequentar aquelecentro que na infância eu gostava, poiseu não dava a mínima pra nada.

Eu frequentava bastante oemissário submarino em Santos, porquetinha uma pista de skate lá, e eu curtiademais ficar lá... Conheci até o Chorão,pessoalmente, que eu tenho certeza jáconhecia de outra vida, pois quandofiquei de frente a ele, este ficou meolhando bastante, não sei o que eleestava vendo em mim.

Fui lá nas caminhadas da vida

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continuar fazendo o errado... E adivinhasó quem apareceu na loja que eutrabalhava pra me fazer “uma visitinha”?O travesti. Que passou na frente e ficoucontando pros “amigos” do grupinho,que eu era uma pessoa, “assim eassim”... Eu já não sabia aonde enfiar acara! Mostraram da porta alguma coisapros funcionários, mas eu não dei bola,“não me importei”... Mesmo muitoincomodado com o fato de entrarem lá, eficarem fazendo aquele crime de 171(Artigo criminal) que eu tenho certezaera este o propósito do negócio.

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Ridicularizar o cliente que jáhavia pago pelo serviço, o fazendo ficardoente psicologicamente, tomando assimseu dinheiro e seus bens, prometendofalsamente não retornarem.

Mas “parece” que eu estava“preparado” praquilo, alias meu ódiointerior era tanto naquele tempo, que separasse na minha frente, o que ia levarcom certeza não era dinheiro, muitomenos bens materiais, era muitapancadaria, isso sim.

Fiquei perturbado durante um

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tempo, mesmo não pensando nisso todosos dias, lembro que naquele dia, que ogrupinho de travestis passou na frente daloja, eu até pude escutar um falando:

- “Espera ele ter um filho, amiga...Daí é fácil, fácil, ter o que quiser”.

Mas eu sei lá, estava sendosegurado por alguém, nem preciso ficardizendo quem.

Chegou finalmente um gerente quejá era da empresa, pra “por ordem”, oumelhor, demitir quem estava insatisfeito

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com o emprego... Usando umas folhinhasanônimas de questionamento desatisfação do funcionário com aempresa, e é claro, falei tudo que podia,e então, fui demitido.

Parece que não tinha época melhorpraquilo acontecer, além de me livrardaquele lugar que eu não queria voltar enem passar perto tão cedo, eu tinha melivrado do travesti e da culpa... Fiqueientão, o máximo que pude sem trabalhar,mas eu não estava afim de ficar tãoparado, não queria ter tempo pra ficar

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pensando nas coisas... Não queria talvezentrar no famoso e aterrador umbral, quede fato eu nem sabia o que significavanaquele tempo.

Eu tinha “esquecidocompletamente” do passado noshopping. Parece que eu tinha“desistido” da minha missão. Procureibastante um emprego que valorizasseminhas habilidades, estava muitoapreensivo por não estar encontrando,então recebi uma oferta de emprego comum salario bom, que eu nem acreditei. E

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fui lá trabalhar.

Vou registar mais um pouco dasminhas lembranças, que de fato sãomuitas apesar do tempo de vida acreditoeu, ser pouco. Estou ultimamenteachando que terminei o bendito do“livro”, mas não é bem assim como eutenho pensado, porque quanto mais ofuturo vai acontecendo, eu voudesenvolvendo mais a mediunidade etornando meus fatores mais apurados,por este motivo os mais velhos devemser sempre ser mais e mais respeitados,

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porque se um médium consegue sermédium ainda jovem, imagine ummédium idoso o quanto respeito merece?Eu estou imaginando neste momento.

Muito ouve-se falar no termo“pretos velhos” pelas religiões afro-brasileira Brasil a fora, e eu hojeentendo muito o porque, tanto porque éum termo de muito respeito, quanto prase tornar detentor de um, é necessárioser como um; Muito inteligente ecaridoso. Aqui chegou uma revelaçãoque preciso muito adicionar, porque

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apesar de ter ficado pouquíssimo temponaquele trabalho, ainda sim conseguiviver uma história digna de se contar. Aspessoas que aparecem em nossas vidas,tem histórias também pra contar, eesquecer de quem nos ensina é o mesmoque ter negado o aprendizado. Então láestava eu, em uma empresa do ramoLogística, consegui entrar no empregopra lidar com informática, que era aminha praia.

Conheci então, um gerente muitoboa pessoa, e também, pessoas muito

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abençoadas, cada uma delascomprometidas com seus ideais e outrasprecisando de ajuda, foi um lugar quelembro muito bem como era, pois oclima logo que entrei foi de profundarivalidade, eu não entendia mas sabiaque precisava de um bom emprego prapoder ter aqueles bens materiaisjulgados mais importantes que tudo, talcomo um carrinho ou sei lá, talvez umacamisa daquelas bem bonitas e tambémé claro, ter um porta-joias... Não estetipo de porta-joias que você estápensando, e sim aquele que todo mundo

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sonha em ter, pra guardar o melhortesouro que pode-se ter, que é umacasinha... Aonde você pode guardar seusfilhos que é a mais valiosa jóia queexiste, até que possam sair para voar.

Recebi um cargo muito importantee só havia eu para desempenha-lo. Eraum armazém de containers, e havia umpátio muito grande, com containers queviajavam ao redor do mundo nos navios.Era um lugar de muita responsabilidade,porque não era fácil fazer aquele tipo detrabalho em qualquer setor daquele

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lugar. Quando cheguei, fui muito bemrecebido por muitas pessoas einfelizmente, algumas tinham aquelesolhares calculistas... Mas enfim, nuncame importei com isso, e sempre fingique não via, porque quando você sente ainveja, pode ficar com ela no pensando,então melhor mesmo é fingir que nãoexiste, pois assim realmente nunca vaiexistir.

Haviam pessoas muito jovens lá, eeu por ventura era o mais jovem de todoo quadro de funcionários, me senti

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importante demais por isso, porque alémde ser o mais jovem, eu conseguiriamais cedo chegar ao sucesso, porque avontade de fazer as coisas darem certoda maneira correta, é o que todaempresa séria busca dentro de umfuncionário; O bem aplicado aatividade.

Havia também muitas mulheresbonitas trabalhando lá, e uma moça emespecial era a que mais trabalhavaseriamente, não com aquela expressãocompenetrada de só o trabalho e nada

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mais, mas porque ela estava buscandoalguma coisa, algo que eu esperosinceramente que tenha encontrado.

Quando entrei lá, não percebinada com relação aos relacionamentosalheios nem com os olhares quedespertei, mesmo não querendo terdespertado; Dado momento do trabalho,esta moça muito merecedora de coisasboas na vida, que vou chamar de Denise,me tratou muito bem apresentando o meuserviço a ser feito naquele ambiente, mefazendo familiarizar com a equipe, coisa

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que fiquei muito feliz em fazer, porque émuito importante chegar em um lugarsendo apresentado, porque assim vocêfica se sentindo importante, e sentir-seassim é ótimo para a estima de qualquerpessoa, que precisa sempre estar emalta. Denise era muito bonita em todosos sentidos, não porque eu percebiaquilo fervorosamente, mas porque todomundo perceberia, sem duvida umamulher com uma verdadeira recompensapra alcançar.

Quando comecei meu trabalho,

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que aliás, era muito complicado, porquenão tinha suporte correto à distancia enem treinamento suficiente fora dado,tenho certeza o que toda empresa quer, éganhar dinheiro, nem que pra isso, tenhaque jogar uma responsabilidade grandenas costas de alguém que não foipreparado corretamente, tal como eu nãoestava, devido ao treinamento incorretoque recebi, coisa que precisa muitomudar antes que pessoas tenhamproblemas psicológicos, decorrentes atamanha responsabilidade nãocorrespondentes a função.

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Logo que eu cheguei após algunsdias de trabalho, senti uma necessidadede perguntar uma coisa um tanto pessoalpra Denise, não porque sou enxerido(risos). Mas porque a função meobrigava. Perguntei se havia alguémpróximo que ela sentia saudade e ela“simplesmente”, ficou me olhandodesconfiada, tanto porque pergunteiexpressando saber de alguma coisa,quanto porque algo estava pra acontecer,e Denise queria saber mais.

Eu não fazia a mínima ideia que

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tinha conseguido fazer aquilo, porquenunca, absolutamente nunca tinhaconseguido, e até então não imaginavaque tinha acontecido... Em dadomomento, levantei-me da cadeira queficava de frente a Denise, e caminhei“inconsciente” até ela, pedi quelevantasse com muita educação e“falei”:

- “Oi filha”.

Seguido dos olhos dela cheios delagrimas, acreditando muito no queestava acontecendo. Isso porque

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acredito, fazer muito tempo que o pai deDenise tenha desencarnado. Preciso ésaber, que lá do outro lado, existe umtempo para que seja feita umacomunicação, e não é feito em umperíodo de tempo curto, porque além decada alma desencarnada precisar do quedizemos aqui na terra: “Tempo” (NãoClimatico). Para deixar as coisas esituações mundanas para trás, ainda sim,leva tempo para adaptar-se ao mundoespiritual após deixarmos a carne.

Naquele momento depois de ter

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dito o que estou mencionando como foi,virei-me para o lado e “falei”:

- “Eu não gosto de você”...

Virando novamente para o rostode Denize e dizendo:

- “Filha, se quer sonhar com opapai, dorme pensando”...

Seguido de um “Lhoon”, que foium gesto com o indicador tocando aponta do nariz de Denize.

Lá vem aquele famoso e inevitável

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gostinho de rivalidade... Aquelemuitíssimo conhecido como “desafio”.Após ter passado este fato que duroupoucos minutos, mas para outros umaeternidade.

Veio outro funcionário que vouchamar de Jhony, colocou-se em minhafrente com ciúmes, e perguntou porqueeu “não gostava dele”. Por motivo de eunão fazer idéia do que tinha acontecido,questionei a atitude de Jhony, porquequando estamos sob o efeito daespiritualidade, também não temos

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consciência no momento da ação, e eunão sabia que Danize tinha um caso comJhony.

Complicado demais chegar em umlugar pra trabalhar, sendo confrontadopor algo que você esta fazendo mesmosem saber não é?

Após ter me tornado “inimigo” deJhony, sem ter idéia do que estavaacontecendo, além disso outra mulher domesmo local de trabalho, uma mulherque adorava colecionar desafios... Coisaque não deve ser feita, muito menos

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deveria ter sido feita; Esta que vouchamar de Gitana, tinha também um casocom outro funcionário que não eraJhony. O qual também ficou com muitociúmes de mim, porque?! Eu não sei!Mas fazer o que? Quem está na chuva épra se molhar.

Após eu ter me tornado umainimizade do Jhony sem ter idéia de quetinha me tornado, porque nunca gostariade ter inimigos, muito menos trabalharem clima de não união, o qual estavaacontecendo mesmo sem eu saber. Eu

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era muito jovem e ingênuo, também nãoestava interessado em roubar a mulherde ninguém, eu na verdade queria equero ter, apenas uma. Não tinhainteresse em trabalhar daquela maneira esei que ninguém gostaria.

Gitana era uma mulher atraente,tinha uma aparência chamativa, porquenão aparentava ter a idade que tinha etambém, porque ela tinha o rosto muitobonito. Mas enfim, agora que temos ospersonagens principais, vou contar o quecada um protagonizou.

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Aquele homem que chamava-seJhony, tinha uma motocicleta muitobonita, daquelas que todo mundo gostade admirar e ver passando na rua. Tudobem ter algo que você se esforçou praconseguir, com provação de seumerecimento pra conseguir, porém umconjunto de imagens tanto homem comotransporte, ao ver da sociedademoderna, nunca precisa ser impecável.

Penso eu que tudo o que fazemosda maneira errada, no futuro retorna anós mesmos, igual a um espelho. Não

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estou julgando Jhony não ser merecedorde um bem material, o que não estavasendo merecedor era de uma amizadesincera, porque este não estava sendosincero, e isso é grave aqui na terra; Ascobranças vem de cima, e não da prafugir.

As coisas iam sempre muitocorridas naquele trabalho. Parecia pramim, que eu não ficaria muito tempo,tanto porque o serviço a ser feito eracomplicado demais, quanto porque otreinamento não foi adequado a função.

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Eu já havia antes vivenciado problemascom pessoas que não querem a presençapor perto, então quanto a isso não estavame importando, estava me importandoapenas em poder crescer naquelaempresa, mostrando um bom serviço,coisa que estava muito difícil de fazer,porque eu estava sendo muitorequisitado o tempo todo pelosfuncionários, por ser o único atuante naárea de informática do local.

Então quando eu estava pensandoque a qualquer momento tomaria um

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soco no meio da cara, porque estavagerando ciúmes em quem estava antescom toda atenção, foi que Jhony arrumouuma proposta muito boa de trabalho emoutro lugar pra dar sequencia na vida.

Agora eu estava mais “tranquilo”,porque pelo menos, não tinha um rivalquerendo a qualquer momento me“ferrar” pro chefe. Facil saber quequando há ciúmes deste tipo em local detrabalho, tudo o que é falado é sempredirecionado para o lado errado doentendimento. Coisa que pra se haver um

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bom trabalho, nunca deve acontecer.

Lá estávamos todos trabalhando,fazendo as coisas darem certo na vida,sendo melhores para nós mesmos, ecada um daqueles funcionários juntandoas pecinhas do quebra-cabeças da vida,para assim melhor conduzirem o futuro efazer sempre da maneira correta. Todossabiam que um bom trabalho, merecerecompensas. Eu modéstia parte, gosteibastante de estar entre aquelas pessoas.O lugar apesar de um clima forte derivalidade, ainda havia aquelas

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brincadeiras pra descontrair, o quesempre quebrava o gelo, fazendo opessoal ficar mais motivados e contentespra trabalhar.

Aquela moça chamada Gitana, quesabe o que não pode ser feito. Porqueesta queria muito alguma coisa comigo,e infelizmente estava também querendomachucar outro funcionário que entrouno jogo dela. Acontece, ou melhor,aconteceu... Que a Gitana era umaespécie de médium, algo muitodiferenciado. O qual ninguém podia

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saber que ela era, mas eu descobrimesmo sem querer. Depois de entenderque eu continuaria sempre jogandolimpo na minha vida, pra poder ter meulugarzinho ao sol, fazendo da maneiracorreta e não usando “habilidadesespeciais” pra se tornar a frente dosoutros, e sim ajudar os outros da melhormaneira possível... Expliquei pra Gitanaque era bom no meu jogo que era o dacapoeira, e este que eu estava jogando,era um tipo de “reza com facas”, asquais meninas não jogam.

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Pobre de mim, ela queria jogar dequalquer maneira. E chegou varias vezesfazer muitas declarações fortes pra mim,até mesmo na frente dos funcionários, asquais não podiam ter sido feitas, porquemesmo ela pensando que eu era daqueletipo difícil, que precisa que a mulherfique rastejando aos meus pés pra teralgo com elas, mesmo parecendo queera assim o jogo que eu estava fazendo,não era nada disso que eu estavaquerendo pra mim. Foi quando eudescobri o dom especial que Gitanatinha, o qual não era pra ela ter me

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mostrado, mas mostrou.

Um dia cheguei no trabalho, umpouquinho mais cedo, pois saí de casasem pressa. Coisa que era fundamental,porque a motinha que eu tinha, pareciauma pipa quando passava um caminhãodo meu lado, mas fazer o que... Era oque eu tinha e precisava utilizar, casocontrario não chegaria a lugar algum.Foi então que aquela mulher se mostroumuito boa de jogo e trouxe um “baralho”pro trabalho... Foi aí que eu conheci ojogo de Tarô, o qual eu não fazia idéia

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do que era capaz. Sentei-me ao ladodela, esta queria jogar e eu não entendianada de jogos, apenas o da capoeira...Gitana estava determinada em saber meufuturo, coisa que eu não estava muitointeressado em fazer, pois não gostavade coisas que veem o futuro dos outros,apenas porque acredito que o futurodeve ser uma surpresa e esta surpresa,somos nós que preparamos, sempre damelhor maneira. Correto? Pois bem.

O jogo foi rápido, e eu estava umtanto “zonzo” com uma energia que

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nunca tinha visto ou presenciado. Foientão que ela me fez passar maispressão ainda das quais eu já estavapassando, e pediu que eu batesse emcima de uma carta, o que eu não tinhaidéia do que significava e fiqueihesitante em fazer. Então falei:

- Não posso fazer isso... Acho quenão vale a pena.

- Não foi falado as regras do jogo,então não me parece um jogo justo.

Foi então que Gitana disse:

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- Este é um jogo de meninas.

- Você sabe a capoeira e eu seieste aqui.

- Agora bate sua mão em cima dacarta, rápido!

- Antes que algo ruim aconteçacomigo!!!

E imagina só? Dava pra ver atécoraçõezinhos voando depois de baterem uma carta. Coisa que me deixoumuito confuso e eu não devia ter feito,

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assim como ela também não devia terfeito. Mas fazer o que, era ela queestava dando as cartas, e eu não sabiajogar muito bem aquele jogo.

Agora “vamos” falar um pouco do“baralho” e das pessoas que jogam...Saber jogar um jogo, tudo bem. Mastrapacear no jogo, não é nada bom.

As consequências que geram fazeralgo que os outros não queiram sãofortes, e dependendo do que for feito,sempre tem a famosa consequência pornossos atos.

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Pessoas com dom mediúnico“sabem” como manipular oráculosespecíficos, e quando fazem estãomanipulando coisas que precisam saberque também existem.

Quando você joga um jogo,precisa ter regras, e se você não sabe oque existe no jogo... Você simplesmentenão deve ser jogador, pra nada que nãoqueira não acontecer. Caso você, caroleitor, pense que estou querendo acabarcom o Tarô ou um baralho, isso não éverdade, porque jogador é quem da as

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cartas. O que quero é apenasconscientizar as pessoas, porque tenhomuito respeito com todos que fazemcoisas para o bem, e o Tarô, é e semprefoi, apenas usado para o bem. Todos osTarólogos sabem disso.

Agora o Jhony e a Gitana... Suasvidas serão repletas de felicidade comotenho a certeza que será a de qualquerum que esteja do lado do bem. Vocês sãojoias que foram muito bem guardadaspara voar, assim como qualquer pessoadeste humilde e harmonioso lugar, a

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arvore da vida... Obrigado por terempassado por minha vida.

Não “durei” mais do que 3 mesesnaquele emprego. Além de estar muitoentretido usufruindo das maldadesmundanas, dos prazeres carnais e daminha ignorância total de querercontinuar sendo o “carinha normal queninguém suspeitava”, eu já estavaentrando em outro campo diferente dafrequência do campo energético da terra.Eram energias de baixa, muito baixafrequência, infelizmente.

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A vida nos 20 e pouquinhos anos,era de curtição. Eu queria e queria muitoser feliz, não conseguia muito fazeraquilo, então tentei a “qualquer custo”ser, o tempo que eu usava pra “não fazernada”, eu usava pra frequentar oemissário submarino de Santos, ia demoto nas biqueiras e a casa do Adão,com os amigos de sempre... João, Vitor,Jonas e as vezes andava com o Lucioque sempre nos víamos nas andanças deskate. Eu então conheci uma pessoa, queé uma das razões deste livro, umapessoa que eu não queria ter conhecido

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se eu soubesse antes quem era.

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13. Conhecendo o Inimigo

Era outra a expressão no meusolhos, não tinha mais aqueles olhos daverdade, tinha só os olhos calculistas,estava afundando no vazio daescuridão... Eu estava preocupado emser mais conhecido no lugar, porquesabia aonde vendia planta, talvez não sóporque eu fumava maconha todos os

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dias, mas porque todo mundo fumavatambém, e o fato de ter moto,“facilitava” a ida até as biqueiras, queera um lugar que ninguém queria ir, maseu já estava gostando de ir. Os carascurtiam me ver chegando, não que eufosse lá comprar um monte de erva, masporque eu trocava uma ideia, sentava lá,falava sobre coisas interessantes... Eu“parecia ser” sempre quem estavamprocurando. Eu buscava mesmo só prasatisfazer meu vício, o fato era que eutalvez quisesse entrar no ramo deplantas, mas não queria me envolver

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mais que isso, com certeza. Eu gostavade fumar Cannabis, e talvez algum diajogar sementes por aí a céu aberto,daqui a 9 meses podia ser, quem sabe...Colhido alguma coisa. O que é óbvioque se eu fosse pego, seria preso uns 5anos na cadeia, mas eu estava totalmentepesado! Eu queria correr o risco em prolde algo que eu achasse que valia a pena.

Você planta hoje, colhe amanhã etalvez se dê muito mal, ou muito bem.Coisa que provavelmente eu nãopensaria em fazer, caso a maconha

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estivesse legalizada. O que alias iadiminuir o consumo. Isso porque, ir nasbiqueiras pra comprar é pelo fato de nãovender na farmácia, entendeu? Entra nosbairros e nas vielas... Um dia conhecium “empresário”, assim tenho certezaque ele se sentia. Estava usando suacamisa de time de futebol novinha e suascorrentes valiosas... Quando eu chegueilá e fiz o pedido da Cannabis, pagandopor aproximadamente 25 gramas, paradividir entre os 5 amigos. Ele pegoulogo uma peça de maconha que ele disseser 1 KG, que era a erva mais verdinha

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que eu já tinha visto, me ofereceu porum preço “quase” que irrecusável. Oque de fato eu não tinha. Eu acho mesmoque ele estava me testando pra ver se euqueria fazer parte dos negócios, entãoexpliquei que era apenas usuário, o queeu estava fazendo era buscar 25 gramase ficar com apenas 5, dividindo entre osamigos que estavam pagando por suaparte.

Isso porque naquele tempo, euestava fumando demais, passando meutempo que não era trabalhando, nem

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estudando, mas sim consumindoCannabis e frequentando quase todos osdias o Emissário Submarino.

Certo dia, conheci um grupo depessoas que ficavam por lá noEmissário Submarino. Eram pessoasjovens, algumas mais velhas... Todascom o mesmo objetivo de se divertir, terqualidade de vida, fazer novasamizades, tudo aquilo que o lugarproporcionava etecetera e etecetera.Tinha lá, um homem que era umpouquinho mais velho que eu, moreno,

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com a cabeça raspada, magro, e era ocara mais popular naquele grupo. Erasim uma pessoa cheia de conversas,cheio de histórias tanto pra ouvir comopra contar. Quando então é claro, eu oconheci... Ele chegou em mim quasenaturalmente, e ficamos amigos. Eu tinhae tenho sempre o costume de usar apalavra amigo, pois desde sempreacreditei que todo mundo é meu amigo,até provar o contrario.

Este homem vou chama-lo deFormiga. Era provavelmente estranho,

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mas ninguém desconfiava e nem eu. Nãotinha como desconfiar, aliás ele eraprofessor. Era um professor de filosofia,tinha seu diploma e já algum tempolecionava. Fiquei mais empolgado aindapela amizade dele, é claro, já tinha ditoque filosofia era minha matéria favorita.A qual inclusive, perguntei o que eleestava lecionando, ele “meio” que nãosoube dizer, então eu falei ironizando:

- “Tem problema não né”? Ascrianças são apenas o futuro do país“então que se dane”...

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Ele ficou me olhando com umacara desafiadora, dava pra perceber queele era um professor acomodado,daqueles que fica só seguindo a apostila.Comentei com ele que tive um professor,que inclusive era do supletivo, o quallecionava ditando a matéria, pois aqueleera simplesmente o maior exemplo deverdadeiro professor que eu já tinhaconhecido.

Adivinha só? Notei até os dentesrangendo de raiva ou inveja, talvezambos. Mas eu não sabia quem ele era,

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não fazia ideia... Eu queria mesmo erafarrear, queria estar lá com a galera ecurtir adoidado tudo que podia.

Comecei até a ficar mais famosoque o próprio formiga, além deconversar com todo mundo, assim comoele fazia, eu era mais simpático do queele, e isso o deixava com ciúmes, osquais eu não enxergava que estavagerando. Foi quando apareceu umamoça, da mesma idade que eu, que tenhocerteza gostou muito de mim.

Era uma moça que vou chamar de

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Nubia... Ela estava cursando faculdadena área de saúde, e frequentava o lugarporque não morava longe, eu a via lá,quase sempre. Foi quando Nubia, notouque eu a tratava como uma verdadeirairmã, não só pelo fato dela parecer uma,mas porque eu não me interessava porqualquer mulher que me desse bola, ouque simplesmente quisesse “ficar”comigo, eu acreditava, e aindaacredito... Que tudo tem que ter umsignificado, até mesmo pra fazer “sexo”,você precisa gostar de alguma coisainconfundível naquela pessoa pra poder

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ir em diante. Nubia entendeu aquilo, masainda sim estava tentando jogar umcharme pra me deixar com vontade, oque não acontecia, acontecia só o fato dagente se aproximar como amigos.

Foi então que, o Formiga chamougeral pra ir em sua chácara, ou melhor,segundo ele, na chácara do pai dele... Eclaro, todo aquele pessoal, ficou muitointeressado, porque a propaganda foigrande, alias já tinham ido uma vez, enaquela vez eu ia. Nubia era muitopróxima de mim, e o Formiga via

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tamanha atenção que eu recebia daquelamoça... Estava só filtrando tudo queestava vendo, tudo que estava ouvindo,tudo que eu conversava com ela. Foiquando o Formiga se aproximou deNubia com algumas intenções a mais.Nubia tinha outras opções, mas “caiu”nas conversas do Formiga, então o diade ir pra chácara chegou. Lá fomos nóscom uma caravana de carros. Erabastante gente indo pro litoral sul, eram3 carros lotados. Formiga até tinha meperguntado como eu tinha conseguidoaquela guia, ficou interessado em saber,

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mas eu não quis conversar muito arespeito, falei que a consegui nacapoeira, o que não era verdade. Poisele dizia que não acreditava em “MagiaNegra” nem em Igrejas, nem em coisasdo tipo espiritual. Ele simplesmente nãoentrava em detalhes, por isso nãoconversamos sobre.

Chegamos lá a noite, a viagem foilonga, assim que chegamos ligamos osom na maior altura e a festa começou.Até beber, que era algo que eu nuncafazia e nem faço, consegui fazer. Fiquei

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muito bêbado mesmo! Fazíamos jogospra virar as bebidas, era uma festa só.Todo mundo estava curtindo um feriadoprolongado e eu “também”. A energiaque estava naquela chácara eraestranha... Lembro que antes de irembora, Formiga até me mostrou umfacão enorme e muito afiado, o qualdisse logo que ví, que de facas eu“entendia”! Peguei o facão na mão,estava estranho demais tudo aquilo, eataquei em uma arvore que ele estavatentando finca-lo, logo na minhaprimeira tentativa acertei exibindo uma

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habilidade que o deixou muitoimpressionado.

Apesar das coisinhas estranhasque aconteceram naquela chácara, asquais me fizeram ficar pensando arespeito, nada de depravações oufantasmas, saí de lá pensando muitosobre aquele lugar.

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14. Um Lugar Cheio de Médiuns e

Pessoas Abençoadas

Aquela vida de garoto problemaestava me cansando, eu não queria ficarsendo alguém que eu não era. Eu queriater um bom emprego, queria trabalhar,terminar a faculdade, e ter salariosuficiente pra não ter interesse de fazercoisas ruins na vida. Eu estava com

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vontade de conhecer uma pessoa boa pramim, que pudesse me ajudar a limparmeu mal ou o mal que me envolvia,queria muito me ver livre do que meatrasava, e fazer uma história que eupudesse ter orgulho de contar, ou quepelo menos pudesse ser entendido aocontar. Eu imaginava que teria umemprego, o qual já estava ficandodesesperado por não estar conseguindo,que levantasse meu moral, que pudessepor o astral pra cima.

Foi quando, depois de tentar com

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muita vontade me redimir, tentar sercompreendido ou sei lá, buscar umanova etapa da vida, consegui umaoportunidade única que não podiaperder. Fui chamado pra uma entrevistana capital do estado (São Paulo), a qualeu sabia que era a possibilidade debuscar um caminho de glória, umcaminho de luz.

Fui então fazer a entrevista... Abrimeu coração para a oportunidade e aagarrei com vontade, fui contratado praprestar serviço em uma fábrica grande...

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Eu era o cara mais sortudo do mundo!Estava notando que as coisas iamcomeçar a ficar boas pra desse jeito,mesmo que quase não merecendo, penseique talvez aquela perseverança aplicadaao meu jeito de ser, alegre e amigo, metraria o tão sonhado sucesso. Ao mesmotempo, conheci uma menina, que eramuito novinha... Uma menina que eu meapaixonei, que eu queria torna-la minhaesposa. Era a alminha mais bonita queeu já tinha visto, era tipo um anjinho,uma carinha linda, um rostinho lindo, umjeitinho que eu tive vontade de cuidar.

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Eu definitivamente estava sentindoo gosto da felicidade, tinha arrumado oque pensava ser o “emprego da minhavida”, e a “mulher da minha vida”. Fuide coração aberto pro primeiro dia detrabalho, deixei até aquela guia em casa.Só a usava pra me exibir mesmo... Fui láfazer o tão esperado encontro com o“chefe”.

Vou chamar a fábrica de Estelar.Chegando na fábrica Estelar, fuiconhecer o “chefe”, com meu pequenocoraçãozinho totalmente aberto, pra

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poder fazer entender e mostrar que nofundo, no fundo, eu era uma boa pessoa,eu não fazia nem ideia de como era, sótinha ouvido falar, fui procura-lo pramostrar o quanto eu poderia ser útil... Evocês não vão acreditar! Pois nem euacreditei! Pelo menos não acreditava.

Chegando na fábrica, pra prestarmeus serviços de informática, estava asala cheia, todos trabalhando, eperguntei pra uma pessoa quem era o“Senhor Levy”, porque este era meu“chefe”... Me apontaram o Senhor Levy,

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que estava sentado de cabeça baixa.Com um caderninho, ele estava com oscotovelos sobre a mesa e o caderninhono meio dos cotovelos, o computador aolado, e ele estava esfregando a testa erespirando ofegante, o qual fiquei umpouco com receio de atrapalhar.

Cheguei dando aqueles passinhosmiúdos, enquanto me aproximava. OSenhor Levy, tenho certeza, estavafalando comigo telepaticamente, poisquanto mais eu me aproximava, podiaouvir uma voz falando: - Mais perto,

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mais perto...

Foi quando eu disse:

- Senhor Levy?

Ele levantou a cabeça com osolhos fechados e os abriu... Eu podiaperceber que ele estava lendo minhaaura. Provavelmente lendo, porque eleera uma pessoa diferenciada. Olhou aminha luz saindo pra cima e acompanhoucom a visão... No mesmo momento viaquela luz vermelha um tanto“ambiciosa” pra descobrir quem eu era,

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seguida de uma nuvem amarela queficava em volta de todo o corpo dosenhor Levy... Ele parecia que nãoestava acreditando no que estava vendo,mas sabia com certeza o que estavavendo. Eu expressei pra ele que percebia aura que ele estava expondo, a auradele era idêntica a aura do Pai de Santoque fiz referencia nesta obra. Era umaaura de extrema inteligência eintendência Divina, uma pessoaadmirável!

No mesmo momento que ele viu e

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que trocamos aquele olhar de saber oque estávamos vendo, ele olhou nosmeus olhos, e disse:

- Oi, Paulo!

Aquele foi um dos maioreschoques que eu passei! Não melembrava da reação que eu tinha, só foifazer sentido depois o que eu fiz... Euquase fiquei sem o globo ocular quandoele disse aquele nome, o nome que eunão escutava desde a época da banca delivros... Fiquei com as pernas bambasquase caindo de joelhos.

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No mesmo tempo que o SenhorLevy falou aquele nome, e eu expresseiaquela sensação, um funcionário, queinclusive vou falar muito bem dele aqui,bateu a mão na mesa e disse com aquelevoz e jeito que lembro muito bem eletinha, porque este é um rapaz muitoalegre:

- Eu não acredito! Esse cara émago! Não é possível!

Foi tudo muito especial pra mim...No momento que o Senhor Levy havia

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falado meu nome, respondi quandovoltei ao normal:

- Desculpe, acho que o Senhor seenganou.

- Meu nome é... “Pessoa deconfiança”.

Levy respondeu:

- Mas já foi Paulo...

O senhor Levy, lembro muito bemque falou que estava preocupado comaquele tom cinza que viu, o qual eu não

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tinha ideia do que ele estava falando eperguntei “como assim”, seguidodaquele famoso “deixa pra lá” que eleteve que me dar.

Sentei-me a frente do Senhor Levye este me pediu que eu falasse um poucosobre mim, falei todas as coisas boasque eu podia lembrar que estavam lá nofundinho do meu coração, falei dos meussonhos, falei que era uma pessoaesforçada, e ele respondeu: - “Tenhocerteza que sim”...

Tão difícil escrever falando com

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exatidão o que acontecera, nas coisasque eu me lembro que passei, que eufico chorando muito. Parece que o planodivino esta em nossas mãos, parece queeu sou o condutor de um avançosignificativo pra muitas pessoas...

Vamos lá continuar, não possoparar pra ficar chorando agora, temmuita coisa pra escrever ainda...

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Depois de entrar na fabricaEstelar, fui conhecer então aquele rapazque chamou o Senhor Levy de “mago”(risos).

Este foi uma espécie de anjo queentrou no meu caminho, este rapaz, que é1 ano mais novo do que eu, já tinha tantabagagem nas costas, tinha filho e estudoscomplementares, tinha uma vida que euestava buscando alcançar de verdade...Eu provavelmente me tornei fã dele,porque este rapaz é tão alegre, tão capazde fazer tanta coisa naquela fábrica, que

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eu imediatamente fui na direção dele.Este rapaz é um líder nato! Sabe colocaras pessoas pra trabalhar, não porqueconhece como dar uma ordem, masporque ele faz isso indo junto na ação, oque de fato, toda empresa tem queentender que este é o verdadeiro chefeque todo mundo precisa, aquele que élíder ao pé da letra... Não aquele chefeque manda fazer e sim o que incentiva,que busca o que há de melhor dentro decada um, e aquele rapaz tem este dom.

O senhor Levy me apresentou a

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ele e orientou que me instruísse, porqueeu era um novato prestando um trabalhoe precisava de um acompanhamento praentender a função. E lá fomos nóscomeçar aquela jornada de serviço... Euestava com a pessoa certa, no lugarcerto, com todo o vento soprando a meufavor, então fui fazer o que precisava...Trabalhar!

Eu nunca vi em todo minha vidaum lugar tão cheio de “Médiuns” quenem aquele, no desenvolver do meutrabalho naquele lugar, eu estava

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buscando o melhor de mim, Estavabuscando ser reconhecido pelos meusesforços, eu queria fazer um degrauaparecer para que eu pudesse irsubindo... Começaram a falar comigoaquelas pessoas, as quais eu julgavamuito importantes. Era difícil trabalharem um bom emprego e provavelmentetodo mundo que estava lá estavamerecendo cada pedaço da glória que oscabia. Eu fui feliz trabalhando lá, muitofeliz mesmo.

Com as idas pro trabalho, eu em

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seguida dava toda atenção que podia pranamorada, que inclusive era bemnovinha, eu fazia ela se sentir umaprincesa, fazia ela se sentir o maisamada possível. Ainda sim, ela sabiaque eu fumava maconha, o que ela nãofazia. Acontece que eu sou o malexemplo da história, porque estavamarcado pela vida, estava com culpasque eu não poderia remover comqualquer tipo de produto de limpeza,apenas com a verdade eu poderiaremover a sujeira que estava meimpregnando.

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Eu já tinha esquecido da vidapassada, e fui então dar continuidadenesta etapa mantendo meus esforços prachegar em algum lugar. Eu aindafrequentava a casa do Adão, que porventura era sempre a mesma coisa. Sóque eu tive uma experiência diferente.Além de estar convivendo com um malem pessoa, mesmo sem saber, eu estavatambém querendo descobrir coisasnovas. Foi quando eu descobri que haviaa história de um ácido que eraalucinógeno, um tal de LSD... Que porventura, era tido como “aguçador” da

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criatividade... Eu já era uma pessoamuito criativa, mas queria mesmoexperimentar pra saber por si qual era aexperiência, então fui procurar sabermais sobre aquela droga; O “Doce”. Euachava que não tinha problema nenhumexperimentar.

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15. Tomando Chicotadas da Vida

O tempo ia passando, e afaculdade ficou complicada demais praeu me concentrar, não porque era muitodifícil as matérias, mas porque eu estavasendo arrastado pelo meu ego, aquele dequerer saber mais que os outros, o qualeu só tinha o ego mesmo, porqueinteligência; Eu não tinha nenhuma.

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Então, depois da vontade de tomar“o doce” ficar aumentando, eu estavaquerendo, mas ainda achava que não eraa hora. Não estava preparado na minhaconcepção pra isso acontecer... Foiquando a minha namorada (ex), aquela“novinha”, que vou chamar de Luiza,quis experimentar a erva, não sei se eraporque todo mundo na escola que elaestudava estava fumando também, ou seera porque tinha gente próxima aestigando mais do que eu, coisa que eusabia que seria inevitável, se ela nãofumasse comigo a erva, ela faria isso

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com alguém, e eu não queria que elacorresse nenhum risco por ter nascidohumana, que de fato, a vontade a pedissepra fazer.

Foi então que eu a “deixei”experimentar observando as reaçõesdela, fiquei monitorando o uso que elafazia, o que ela não simplesmente queriater só experimentado, mas queria eracontinuar, porque ela não trabalhavamais e também não tinha “nada prafazer” a não ser, “curtir a adolescência”da maneira que queria. Eu não via como

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impedi-la, mas estava sempre alertando.Eu não queria ser um “cara chato”, nemqueria que ela saísse de perto de mim,porque eu me julgava o melhor pra ela, equeria muito poder provar que era, masela estava com vontade de experimentarcoisas novas, coisas que a adolescênciaa permitia fazer... Eu não podia impedirmesmo, porque além de trabalhar eestudar, eu não podia estar todo tempoolhando o que ela estava fazendo.

Os pais da Luiza eram pessoascomo qualquer outra família, com seus

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momentos felizes e aqueles problemasfamiliares que todo mundo tem. Elesdeixaram eu entrar na vida da Luizaporque mostrei que tinha sentimentossinceros com ela, eu era uma pessoa quequeria fazer dar certo, queria mesmocom muito força... Eles notaram isso, ecomeçaram a ser meus grandes amigos.

Os dias iam tornando-se meses, eeu estava cada vez mais perdido, nãotinha concentração nenhuma. O estilo devida que eu estava levando era de umapessoa perdida, de novo. Eu não fazia as

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aulas da faculdade como devia, nãopodia ficar calmo dentro da sala de aula,Luiza queria mais de mim, queria que eufosse constantemente presente em seudia-a-dia, o que eu não estava é claroconseguindo fazer, ela não aceitavanenhum argumento sobre horários,chegava até ser violenta nas atitudes. Oque chegou um dia a acontecer foifrustrante, foi uma mágoa grande... Luizarepentinamente queria terminar orelacionamento, o que eu concordei queseria melhor, então ela na verdade foibuscar atenção em outra pessoa, que de

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fato só queria um prazer corporal, nãoum relacionamento... Ao perceber issono mesmo dia, ela voltou chorando,confessando ter feito o que eu nãoconseguia entender, e ela queria serperdoada.

Mas é claro que minha dor foigrande, e eu estava com mais ódio doque amor dentro de mim. Fui buscar osconselhos dos amigos... Chegando nacasa do Adão, desabafei com visívelódio que meus olhos refletiam. Estavaaté o João, junto comigo pra me mostrar

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que mesmo acabando umrelacionamento, ainda tinha umrecomeço, pois a vida é um constanterecomeço.

Eu estava tão infeliz de ódio emágoa, me lembrava tudo que tinha feitopor ela, tudo que tinha buscado fazer etudo que eu demonstrava... Só que nãotinha sido suficiente, o que parecia quenunca era.

Achei que não tinha melhor hora

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pra experimentar “o Doce”, que naverdade, é muito amargo.

Fui buscar o tão falado doce, e lá,naquela casa, eu tomei... Era um“pedaço de papel adicionado umasubstância LSD, o qual tinha que ficar nalíngua dissolvendo pra fazer efeito...Tem gente que pensa que pra passar peloumbral tem que ficar viciado, tem quemorrer, ou tem que sei lá o que... Eudescobri que pra passar pelo Umbral,era apenas preciso tomar aquele doce...

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Foi uma experiência horrível.

Eu via as piores coisas que jamaispensava em ver, via mortes em todo olugar, me tranquei, lembro bem, dentrodo carro que estava na garagem e fiqueitremendo que os queixos batiam. Fiqueicompletamente maluco! Queria ir atrásdo cara que esteve com Luiza, queria irna casa da Luiza, queria distribuirfacadas a esmo, coisa que por sorte eunão tinha disponível naquele momento,fiquei na casa delirando, falando comdemônios, fiquei discutindo com a vida

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e a morte.

Os amigos que estavam na casa,foram até pro mercado comprar vinho,tentando me embriagar pra que eusimplesmente dormisse e parasse decausar medo neles. Eles não queriamficar por perto. Nunca me viram daquelejeito. Um jeito que eu lembro muito bem,e não gosto nem um pouco de lembrar...Naquela noite, quando eles saíram pracomprar o vinho, eu estava alucinadodemais. Em um momento de muitainlucidez, travando aquela batalha

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interior contra os obssessores queestavam a minha volta e contra todo omal que estava me rodeando e tentandotomar conta... Levantei da cadeira queeu estava sentado, uma cadeira deplástico, no meio do quintal da casa.Levantei-me e gritei:

- Você não tem poder contra mim!

Foi quando exatamente no mesmomomento, houve um total apagão nacidade. Fiquei rindo como um maluco...Fiquei rindo pelo que tinha conseguidofazer. Deixei o mal com medo de mim,

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que toda a luz que tinha na cidadeapagou. Após alguns minutosretornando, inclusive meus amigos, coma garrafa de vinho na mão. Comentandosobre o apagão que tinha acontecido nomomento que estavam pagando pelabebida.

Lembro que bebi um pouquinho dovinho, mas eu não estava nem um poucointeressado na garrafa, estavainteressado mesmo em vingança. Foram12 horas intensas de Umbral, as 12horas que duraram o efeito daquela

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droga.

Não gosto de lembrar disso... Saíagora na rua pra caminhar, estivecaminhando igual ao Willian, descalçotambém. Eu tenho passado tantas doresde cabeça, estou em uma maratona dechoro, é coração sendo tocado aqui,Jesus pedindo pra eu fazer uma coisinhaali... Parece que Pra quem lê não fazsentido, ou talvez se este livro virar umsucesso, alguém diga que queria ser eu,o que eu não gosto de estar sendo agora.

Como estou me sentindo contando

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tudo que aconteceu na minha vida atéentão? Muito mal e muito bem ao mesmotempo.

Momentos difíceis ou fases navida? Não se preocupem, com fé eacreditando em Deus, tudo se resolve.Aqui apareceu outra historia pra me tiraro sono... O sono é algo sagrado e quantomais precisamos dele, parece que apalavra sono se torna uma completailusão. Muitas circunstancias pessoaistiram o sono de uma pessoa, e érealmente difícil dormir quando temos

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aquele inquietante sentimento de tentarrespirar fundo e se sentir feliz, de bemcom a vida, essas coisas que todos tem odireito de fazer por obrigação, mas asvezes não conseguem, porque háproblemas a serem resolvidos.

Infelizmente ainda existe umsistema que geram circunstanciasduvidosas pra quem é inocente, algo queme entristece muito e poderia serdiferente, porque quando olhamos prolado e vemos quem está mais próximode nós, vemos nossos familiares. E

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como não querer ajudar um familiarquando ele lhe pede ajuda?Principalmente quando você só tem boaslembranças da pessoa. Alias, não da prater lembranças ruins de alguém quandovocê pensa com aquele sentimentoinfantil, puro, sincero... Com o coração.

Nunca pensei que isso fossepossível acontecer, até porque secolocar no lugar de alguém é o mesmoque vivenciar uma necessidade, issoacontece quando você pensa em ajudar.

Ajudar é um verbo pouco

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conjugado recentemente, todos estão tãopreocupados em atingir seus própriosobjetivos, suas próprias metas, que esteverbo fica perdido e ninguém sabe comoconjugar... Eu, tu, ele, nós, vós, eles eelas. Mas foi algo que eu conjuguei nopretérito e estou me dando muito mal nopresente.

Eu não quero apenas salvar a mimmesmo, quero poder salvar todo mundo,ao menos um pouco de todo mundo, equem sabe se eu conseguir muito decada um... Quero resgatar o que há de

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melhor em cada pessoa, queria melhorara vida de quem esta lendo minhaspalavras e também, ajudar aqueles queestão sem acreditar que podem comcerteza ser salvos. Com certeza sim,porque não importa pra Deus os errosque você cometeu, importa apenas o quevocê aprendeu e aonde esta melhorando,importa só o que você fez a partir dequando se arrependeu e começou aseguir adiante.

Eu queria poder ver todo mundomorando bem, em uma casa confortável,

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com bastante comida no armário,sorrindo em tempo integral, tendo acompanhia dos filhos e dos entesqueridos por perto, queria tambémcompartilhar dessa felicidade, mas omundo tem sido tão singular, não há maisplural, não vemos mais aqueles verbosbonitos sendo conjugados recentemente.

Porque ajudar os outros?

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Porque sempre me preocupei comquem gosto pensando em ser tratado damesma maneira que trato, oque todomundo deve praticar; Ajudar o próximocomo se estivesse pensando ajudar a simesmo.

Nunca pensei que a conjugaçãodeste verbo pudesse ser tão perigosa,isso porque eu sequer tinha ideia do queestava fazendo, mas enfim, acreditei efiz. Chorar por um familiar... O que jáchorei bastante e pensei que nãochoraria mais. Me enganei de novo,

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estou aqui chorando mais uma vez, edessa vez não foi eu quem errou. Eutinha um emprego naquela época daFabrica Estelar, e ainda tinha uma motoque estava pagando, o salario erasuficiente naqueles tempos pra podersobrar um pouquinho, ajudar minha mãequando pudesse e usufruir da juventudecom a namorada.

Mas tem horas que o dinheiro “fazfalta”, porque sem os papéis coloridospassamos por dificuldades, somadas ascircunstancias que vivemos, entendemos

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que o chamado dinheiro tem sidonecessário. Tudo que é necessáriojulgamos importante, por isso durantevários e vários anos, pensamos; Assimque é feito e assim “sempre será”.

Aceitei ajudar meu familiar, queestava querendo muito financiar um bemque não conseguiria, porque já haviaoutro sendo financiado. Dois bens muitoimportantes hoje em dia... Um carro euma casa. O que todas as pessoasprecisam indiscutivelmente de um; Queé a casa, e na maioria dos casos, o carro

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serve pra que seja possível encher oarmário de comida. Eu entendo isso, damesma maneira que todo mundo entendesem precisar se aprofundar do assunto.

Naquele tempo este familiar viviajunto com uma mulher, que eu sempreachei muito simpática, porque famílianão se escolhe, vai aparecendo e vocêaceita, convive, respeita e se tornaparte. Gosto muito de pessoas, e gostomais ainda de pessoas que gostam depessoas: Principalmente aquelas queamam nossos familiares. Moravam os

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dois em uma casa pequena, então meufamiliar pediu que aceitasse colocar emmeu nome o financiamento de umveiculo, que segundo ele possibilitariainiciar o financiamento de umaresidência mais favorável a suasnecessidades. O qual não demorariamuito pra voltar ao nome dacompanheira, porque o intuito erasimplesmente conseguir aquele imóvelque seria recusado um financiamentocaso houvesse outra divida corrente nonome deles. Como sendo a pessoa deconfiança mais próxima, era necessário

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minha ajuda e que não me prejudicaria enão seria demorado.

Fiquei apreensivo, mas confiei emmeus familiares, então assinei oscontratos de financiamento daquelecarro... Quem gostaria de contar umahistória como esta? De que o própriosangue do sangue o colocou em mauslençóis. Existem muitas histórias por aía fora, parecidas com essa, mas quem seatreve a contar? Quem falaria da própriafamília e dos casos embaraçosos queacontecem? Acredito simplesmente

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apenas quem não tem muito a perder porjá ter perdido muito.

A internet é algo muito bom quefoi criado e os recursos são infinitos praquem busca, e eu não havia buscadodesde então, porque o fato deste trechofoi ajudar e não desconfiar... O pretéritoacabou e agora estou no futuro dopresente tempos depois de ter conhecidoum amigo... Mas o caso não é loucura, éfalta de sono mesmo.

Depois de muito tempo com oveiculo no meu nome, implorando para

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tira-lo, porque estou muito desgostosocom o lugar aonde moro e não tenhoemprego, muito menos dinheiro praretomar a faculdade. O que vou fazer oua quem vou recorrer? Além de ir até acasa do meu familiar que é um poucolonge, o mesmo mandou falar com quemsupostamente vai ficar com o carro,porque esta sendo vendido. Comoassim?! Não está certo uma coisadessas, mas ele diz que sabe o que estáfazendo e é pra eu confiar nele. Já nasbuscas pela internet vi que existe apossibilidade que eu seja preso por

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atraso nos pagamentos ou multasdirecionadas ao meu nome, me assusteicom o que existe de casos e reclamaçõespor motivos de carros e financiamentossão absurdas, o que aumentou aindamais minhas preocupações. Não bastoupassar por momentos ruins, agora estoupassando pelas maiores preocupaçõesque poderia. Porque eu colocaria esteocorrido no livro? Isso porque acreditomuito na minha obra e sei que aquilo queé feito notadamente as pessoas querementender, então, se houver umarepercussão na minha vida, não gostaria

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de entrar em contradições por terescondido um fato inxesplicado, porquemoto eu já havia dito que conseguicomprar uma, mas e o carro que passoupelo meu nome de onde veio?

Aqui está o depoimento, não queroficar com o que não tive provação daminha própria capacidade pra conseguir.Até porque ir na faculdade pedir umplano de descontos com uma carta doórgão de cobrança de atraso, é provavelnão conseguir retomar os estudos.

Quem nesse mundo acha justo

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alguém inocente ter que ir pra cadeia outalvez morrer lá? Só me resta, a esperade um milagre. Vou tomar um café... Masnão se escreve igual.

Quero provar que o Brasil ainda éum país de muito respeito, por isso vouprotestar em silêncio, porque todas aminhas palavras estão aqui. E estoupercebendo que estou sendo seguidoaonde vou. Agora, cabe ao povo buscara verdade.

Aqui acabou o livro.

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De volta ao pretérito:

Eu estava ainda frequentando oEmissário, em Santos, só que muitíssimo

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mais triste do que nunca. Aí que a gentefala que não pode ficar pior as coisas,mas infelizmente ficou.

Dei um “tempinho” com a Luizapra tentar me recuperar, eu estava sendoobservado o tempo todo pelo mal,estava sendo observado por amigos quese diziam amigos... E com certeza estavatambém sendo observado pelo bem,ainda bem.

O tempinho não foi maior do queuma semana, eu estava transtornado,estava até fazendo coisas sem sentido no

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trabalho, eu tinha um cargo importante,eu não podia vacilar, porém, é óbvioque uma pessoa que esta passando pormomentos ruins, vai ficar vacilando atépelo menos conseguir concertar o queesta errado.

Foi então que frequentando oemissário, como sempre eu fazia, estavalá aquele inimigo “me sugando”... Sóque eu estava entrando na dele mesmo,ele estava me conduzindo pro mal, euaté conversava com ele as vezes eprovavelmente soltava tudo que ele

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queria saber, foi quando então, ele ficouvendo meu “alto índice de maldade”.Porque eu andava com a faca no bolso otempo todo, pra mim era apenas umdescascador de frutas, mas quem sabe odia de amanhã né? Eu acho que nenhumapessoa vai querer conversar muito comalguém que carrega uma faca, porqueisso sim é intimidador. Ninguém sabe doque uma pessoa é capaz, e esseargumento era o que me mantinha vivo.

O Formiga estava ficandopróximo, e de repente ele me perguntou

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quem eu era, eu respondi que era mal...Muito mal!

Eu podia ver aquele “sorrisão” nacara dele, de orelha-a-orelha... Entãoele me chamou pra conversar. Falou quetinha um projeto, que era um filme e queeu ia ser o ator principal, mas nãocontou que tipo de filme era... Falei praele que já tinha sido convidado pra serantes, claro que eu estava mentindo,porque nem sabia do que ele estava mefalando, apenas comecei a desconfiar dojeito muito estranho e sinistro dele.

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16. Sendo Eu Mesmo

Não aguentei ver a Luizaimplorando desculpas pra poder voltarcomigo, tanto porque eu queria ficarcom ela e também, porque eu achava quese ela tinha errado, talvez ela entendessetambém um erro que eu tinha cometidono passado, que era de ter tido relaçãosexual com um travesti.

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Voltamos com o namoro eadivinha só? Eu continuava trabalhandode qualquer jeito, que de fato ainda simestava tentando fazer certo, mas nãoconseguia, sabe porque? Porque além daLuiza estar me fazendo joguinhos deciúmes que eu não suporto, aliasninguém suporta, ela ficava falando queficaria com outra pessoa, caso eu nãoatendesse as “vontades” dela.

“Essa menina aderiu muita energiaruim das maldades em volta, então não

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tem culpa das coisas que aconteceramcom ela, pois assim como eu fui, elatambém foi consumida pelo mal, e eugostaria muito de vê-la muito feliz e bemcasada com quem ela possa fazer feliz,fazendo ela feliz também, ela temqualidades admiráveis e precisam sernotadas.”

Eu era um “escravo” daquelamenina, não só porque eu a achava lindae era apaixonado por ela, mas porque eutinha errado, e tinha errado muito feio,

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estando completamente arrependido doque tinha feito, e queria muito poderredimir meu erro, poder ficar com ela epoder ser aceito por ela... Só importavaela e mais ninguém. Eu não mepreocupava com o que as pessoasachavam ou diziam.

Luiza naquele tempo, conheciatodos os amigos que eu tinha, sabiaaonde eu ia, sempre sabia aonde euestava... Eu não tinha coragem de trairela e também não era de fazer isso comas mulheres que eu tinha assumido

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compromisso... Eu era um brinquedo, euera um fantoche. Quando então oFormiga se aproximou ainda mais.

Eu estava prestes a perder oemprego, mas não perdi... Além disso,apareceu uma visitinha lá na fábrica pramostrar pra todo mundo que estavapensando que eu era uma bomba relógio,quem eu fui.

Foi em um dia que eu julgava umdia normal de trabalho... Eu procuravadeixar tudo de ruim que carregavacomigo lá do portão pra fora da fábrica,

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mas o que eu carregava de ruim comigona verdade, estava no meu pescoço, queera aquela guia.

Fui então fazer um conserto em umcomputador na sala de uma pessoa, queinclusive devo milhões de obrigados praela, que aconteceu o momento que todomundo provavelmente estava esperandopra ler... na Fabrica Estelar, tinha umapessoa que vou chamar de Lívia.

Lívia, ficava me regulando sempreque podia, porque ela sabia que tinhaalgo muito errado comigo... Ela sabia

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mesmo, talvez mais do que ninguém.Então pediu que eu fosse na sala dela, eprecisava ser eu porque estava ocomputador dela com um defeito quesupostamente eu tinha causado, e fui.Chegando lá, Lívia perguntou se euconhecia sobre “rede sem fio”, respondisegundo os termos técnicos o que era,mas não era este tipo de conexão que elase referia... Quando eu fui olhar ocomputador dela, Lívia falou umapalavrinha que eu pude ouvir ecoandona minha cabeça, então eu perguntei seela tinha dito alguma coisa, e claro que

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ela não tinha... Este era o tipo de “redesem fio” que ela se referia. Eratelepatia.

Como faz isso???

Você só vai conseguir, meu caroleitor, fazer isso, se realmente for umapessoa dotada do dom da caridade, queé fazer o bem sem ficar pensando quevai receber em troca aquele papel

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colorido que todo mundo pensa que temvalor (dinheiro). Então o primeiro passopra você conseguir desenvolver estedom, é começar a fazer a caridade, nãotem outro jeito! Se não for uma pessoapredestinada a faze-la (Que é fazer comsinceridade de ajudar, indo junto aação), você nunca vai ter. Simplesassim... Ou quem sabe em uma próximareencarnação. A sim, quase iaesquecendo de falar, ou melhor,escrever... Vai ser muito difícil você teruma próxima reencarnação se mataralguém. Então a primeira coisa que

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devemos entender é que: Matar éimperdoável para sí próprio, e comcerteza quem fizer isso não vai tersossego até cumprir muitas missões decaridade. O único jeito de você poderreencarnar de novo, é promovendo“incansavelmente” a caridade e agentileza... O melhor jeito de serperdoado por ter causado uma morte, écontornando sua história da maneiracorreta, tendo entendido que todos tem omesmo direito de viver que você. Nãoestou dizendo pra ficar obcecado pelacaridade. Tem hora pra descansar

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também. Dormir e comer é preciso aquina terra.

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17. Jesus Apareceu

Continuando... Quando eu tinhaperguntado o que ela tinha dito pormotivo da telepatia, Lívia falou que nãoera nada. Então eu me virei e ela veiodireto com a mão na minha testa emandou eu “dormir”. Eu caí sentado nahora! Bati até a cabeça na parede, queeu posso lembrar disso pois eu estava lá

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em espírito.

Quando bati a cabeça na parede,botei a mão na cabeça e falei com vozde criança:

- “Ai tia, a cabeça do menino”!(Foi uma ação totalmente inconsciente).

Lívia pediu desculpa, e tirouminhas mãos da minha cabeça, beijou olocal da batida como um gesto carinhosode muito amor paterno, me abraçandopra que ficasse mais calma a criançadentro de mim, podendo então por a

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outra mão em cima de onde tinha batido.Falou pra mim que estava lá pra ajudar.E ficou espantada porque pensou que eraapenas um espírito de criança travessadentro do meu corpo (Erê).

Foi lá na origem do meu mal ecomeçou a perguntar quem estava lá,quem era o espirito obssesor que estavatomando o meu corpo... Perguntavaordenando e orando pra que a entidadese revelasse, para que ela pudesseexpulsar o mal que estava tentandoconsumir minha alma.

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Eu lembro muito bem que tinhagente do lado de fora perguntando seestava tudo bem, então ouvi dizerem queeu tinha desmaiado e era pra trazerajuda... Então lá vieram algumaspessoas da fabrica.

Primeiro lembro que fiqueidormindo, como se estivesse em transe...Pois quem conseguiu me deixar daquelejeito foi a Lívia usando todo podermediúnico que tinha, ou só uma partedele, não sei.

A sala encheu de funcionários, que

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na verdade não eram simplesfuncionários, eram todos médiuns epessoas muito abençoadas. Começouentão a batalha, fui amarradoespiritualmente com as mãos pra trás,acho que eu babava igual aqueles filmesde terror... Que o possuído fica sedebatendo e falando um monte depalavrão tentando se soltar.

Ela perguntou de novo quemestava lá, e pediu que todos os médiunse as pessoas abençoadas, dessem asmãos pra fazer a corrente de oração

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pressionando assim o mal a se tornar“visível”. Ordenou que eu falasse tudoque tinha feito de ruim, ordenou que eucontasse absolutamente tudo. Eu conteimesmo sem querer, porque é claroquando a gente não faz coisas que quer,estamos sendo induzidos pelas forças domal. Então eu me revelei, ou melhor, ohomem que fez aquela guia... Comosendo (espirito obssessor).

Então tenho certeza que o a oraçãose intensificou naquele lugar, além do“coisa ruim” não querer ir embora de

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mim, ele precisava sofrer um pouco,talvez o mesmo tanto que estou sofrendopra escrever este livro.

Chegou Jesus Cristo no meio dasala, no meio daquela corrente depessoas. Era uma luz! Não sei explicarmuito bem... Era uma luz extremamentebrilhante! Era totalmente dourada!

Assim que Jesus chegou, teve atéquem não se conte-se com tamanhaenergia e caísse de joelhos semacreditar que era o próprio Jesus, foi ummomento único, foi um momento que sei

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que ninguém vai jamais esquecerdaquela fabrica que estava naquela sala,naquele dia.

Jesus falou que eu era um Anjo eprecisava de amparo e intendênciadaqueles homens, porque eu haviaencarnado na terra para acabar comaquela sujeira que estava impregnando opaís, principalmente a respeito daquelesistema de extorsão que estava sendofeito o qual eu tinha “propositalmente”entrado para romper, expondo a minhahistória de vida com este livro.

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Aqui vai uma coisa fabulosa queaconteceu no momento que todosestavam naquela sala, na fábrica estelar,algo que eu não lembrava e só fuilembrar dias depois de ter “terminado”o livro. Que de fato é uma parteimportantíssima neste livro a qual eu jáestava esquecendo, esquecendo porquesou humano e isso mostra o quanto o serhumano, que lembramos mais de nósmesmos e esquecemos as pessoas querealmente são importantes em nossasvidas. Muitos personagens que eulembrei precisam ser mencionados pra

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gente ver o quanto de pessoasabençoadas existem a nossa volta.

La no meio da sala, aonde fuiatormentado psicologicamente porespiritos obssessores, tentandomanipular meus “poderes” pro lado domal, o qual “eu” tinha conseguido causarraiva naqueles que estavam apenastentando me ajudar, tentei serpreconceituoso e assustador com aspalavras praquelas pessoas. Até mesmocuspindo no rosto do chefe de maiorpatente que eu jamais tinha visto no

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ramo que eu trabalhava, tentei mealimentar do medo que estava tentandocausar naquelas pessoas, como porexemplo dizendo em voz alta que queriamatar o homem que deu um soco naminha cabeça, no momento que abriu aporta e me viu tentando atacar a Lívia,tentando morde-la, arranha-la, algoassim... Não me recordo muito bem dascoisas absurdas que fiz naquele dia.

Minha sorte, eram “todosmédiuns” mesmo sem saberem, tinha atémesmo pastores de igreja, os quais

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estavam ali pra me ajudar e eramextremamente poderosos contra o mal,eram pastores de rebanho de ovelhas osquais nunca deixavam nenhuma ovelhapor mais desorientada que fosse, seperder do rebanho divino, tinha até amãe de um desses médiuns, que estavadormindo, enquanto o espirito estava lána sala me ajudando de uma forma muitoespecial. A batalha foi longa e aquelesnobres cavalheiros e damas do planodivino, estavam cansados porqueficaram lá o tempo todo, sem me deixarsozinho, ouvindo minhas confissões,

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ouvindo minha batalha interna earrebentando com a cara do mal damaneira que sabiam.

Já estava na hora de voltar promeu corpo, porque eu estava “cansado”de ficar voando pela sala, preso ao meucordão de prata que havia posto meuespírito pra fora, enquanto toda abatalha estava acontecendo, o inimigotinha percebido que nem comigo, nemcom nenhuma pessoa daquela sala tinhachances, o que de fato eu sou muitosortudo por lembrar de tudo. Isso me

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torna um médium verdadeiro.

Assim consigo entender e repassaro que acontece e como aconteceu emuma obssessão, coisa que acredito serimpossível de lembrar, praquelaspessoas que querem continuar sendo omal em pessoa, dizem nunca lembraremdas maldades que fizeram ou causaram,a não ser quando se arrependem deverdade de suas maldades. isso é umpequeno levante do tanto de pessoaspresas na cadeia que dizem serinocentes, pra mostrar que o amor

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resolverá o problema de superlotaçãonos presídios, resolver talvez sim,porque não custa nada tentar dessamaneira: Substituindo o ódio eincompreensão por amor e gentileza.Isso porque infelizmente ainda tempessoas que inxistem em continuarerrando, até quando não aguentam mais emorrem, literalmente... Entendam comoquiser.

Eu de fato, nunca tinha chegadotão perto da morte daquele jeito. Mas

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tive sorte...

Só que aquela batalha teve umpreço e eu ia ter que pagar, pelo menosachava que ia ter de pagar, então eufiquei no meio da sala rodeado poraqueles médiuns, estirado no chão.Lembro que eu estava falando pra Líviame devolver pro meu corpo, ou eumorreria se não voltasse, e adivinhasó?!

“Lívia sabia puxar o cordão de

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prata, mas não sabia devolve-lo”...

Ninguém sabia fazer aquilo,nenhum daqueles médiuns, e o dia detrabalho na Fabrica Estelar estavanormal, exceto por uma obsessão que eutinha sofrido.

Óbvio que ninguém ia saircorrendo pelos corredores da fabricafalando que tinha um possuído, e queprecisavam de um voluntario pracolocar o “cordão de prata” de volta nolugar, até porque imagina só alguémcorrendo por aí no seu trabalho, pedindo

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pelo amor de Deus pra alguém “botar” ocordão de prata de alguém no lugar,possivelmente vão ligar para asautoridades, pensando se tratar de umfurto.

Mas naquele momento não eramomento de risos, até porque não tinhanada engraçado acontecendo... A mortede uma pessoa. Eu estava de fato“aceitando” que iria morrer ali, porquenão tinha nenhum voluntario bom porperto que conseguisse desfazer o quetinha sido feito, e também não tinha um

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médium que soubesse resolver meucaso, que era bem específico.

Foi quando “aceitando” o destino,pensei em pelo menos morrer fazendotodo mundo dar risada, e não chorando,porque nunca gostei muito desse negóciode tristeza e com certeza não querianinguém chorando a minha morte e simfazendo uma festa, talvez dançando umchachado o mais nordestino possível,mas não foi assim que eu fiz, foi quandocomecei a contar a história de quando eutinha sido o Apóstolo Paulo na época

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que Jesus tinha pisado na terra.

Contei fazendo o novo e o velhoPaulo ao mesmo tempo, queria misturargírias que eu gostava de usar,desabafando um pouco e sendo o maiseu possível. Falei depois qu Jesus tinhasido morto crucificado, e apósconstatado a morte algumas horasdepois, ele foi levado para um túmuloque havia sido lacrado, o qual estavamduas mulheres lá sempre o vigiando, oque de fato também havia soldadosromanos por perto, pra ver se o corpo

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não seria roubado, para os Romanos,Jesus era tão odiado, que até bruxaria domal tinha sido acusado. Foi quando eume vi obrigado a arrancar risos daquelepessoal dentro da Fabrica Estelar, eprecisava fazer isso porque todo mundoqueria chorar, porque minha respiraçãoestava cada vez mais baixa. Conteicomo os apóstolos se reuniram para obanquete, da maneira que eu lembrava ovelho e o novo Paulo.

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18. Paulo Malandro

“Então, né... Estávamos todos nós,os apóstolos, lá numa sala a céu aberto,porque era uma construção semtelhados, comendo peixe, fazendo umbanquete e tal... Só que todo mundoestava meio chateadão né, porque oparça, o Jesus, tinha morrido e pá.

Daí eu velho Paulo, estava la

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segurando meu peixe tipo uma cocha defrango, comendo, olhando aquelafogueirinha no meio da sala, daí chegouum cara que nem vi quem era, eu sóestava lá entretido nas chamas dafogueira e mordendo meu peixinho e tal.Daí chegou um carinha do meu lado efalou:

- Pô mano, dá um néca desse peixeaí na humilda e pá.

Só que eu tava intertidão naquelaschamas subindo, que automaticamentesegurando o peixe, tirei da boca e

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estiquei o braço pro lado e falei:

- Suave, pega aí parça.

Daí nem desviei os olhos dafogueirinha, então todos os apóstolosficaram em choque, fico todo mundoolhando e pá, de boca aberta no maiorabsurdo e panz... Daí eu percebi quetodo mundo tava olhando aquele caraque tinha acabado de chegar, tipo assimdo nada, e já sentou do meu lado e tavaintertidão comendo o peixe... Daí euolhei pra cara do cara, e po, era Jesus...O mesmo que tinha morrido e pá.

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Daí todo mundo nem acreditounaquela fita que tava acontecendo. Entãoele tava olhando pra minha cara, tipocomo se fosse pegadinha, daí eu tomeimó susto e falei; Taloco catchorro!? Tapagando de loco numa dessa, como isso,tu morre e fica lá vários dias sem comere depois vem aqui, chega do nada, todomundo achando que ia ser o próximo pramorrer, nem fala nada que ia fazer apegadinha, as mulhé tudo la seeguelando de chorar, e tu nem morreudireito, ta aqui, sei la... Ressuscitou, que

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fita é essa?!

Na mesma pegada do momento,chegou uns guarda, tipo dois Romanoinvocadão... E olhou logo na minha caraporque sabia que eu não ia mentir efalou assim;

- Aí, cade o Jesus? Nem adiantamentir que eu vi ele entrando aqui!

Daí eu falei assim:

-Iíí Jão, ta pagando de loco! Vemdizer que Jesus saiu andando de lá

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daoende vocês tinham trancado ele,como tu vem dizer que ele ta aqui, e tavivo ainda?!

Os Romano:

- Não, tu ta escondendo ele aqui,porque eu vi ele correndo pra se entocaraqui dentro.

Daí eu logo falei:

- Então tu ta dizendo que Jesus,ele ressuscitou e fugiu daoende tavapreso, e veio logo se entocar aqui?!

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- Tão querendo o que? Tãoquerendo virar um Apóstolo, é isso?

- Isso é mentira, como ia serpossível isso?

- Vo sair daqui falando pra geralque vocês é apóstolo, todo mundo vaiacreditar...

Os Romano:

- Não, não Paulo, digo, CidadãoPaulo, desculpe.

- Faz o seguinte, não diz pra

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ninguém não que a gente esteve aqui, jáera, já era...

Na mesma hora eu logo falei praJesus, que tava suave, que já podia sairde traz de um barril tipo aquele de umseriado, que já tava suave pra continuarcomendo o peixe denovo... Antes delesair fora, sei lá pra onde”.

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19. Começando a Arrebentar Com a

Cara do Mal

Dava pra notar risos e choro aomesmo tempo naquela sala, aonde tive apossessão, eu estava quasedesencarnando lá no meio da sala comtodos aqueles médiuns e pastores rindoe chorando ao mesmo tempo, dessahistória de “adolescente” problemático,

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coisa que eu falei totalmenteinconsciente... Só que não foi assim queera pra eu morrer, eu imediatamente nomeio da sala, após estar deitado e comdificuldades de respirar, usei minhasultimas forças pra ficar em posição deLotus, e meditei. Recitei mantras, canteimusicas de capoeira, fiz o possível pravoar por aí em forma de anjo, (Que defato todo mundo consegue ao meditarcom amor) E eu realmente consegui.

Procurei pela fábrica todas asauras das pessoas, porque eu sabia que

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ia por intuição, encontrar algo muitoespecial, iria provavelmente encontrarquem me salvaria.

E lá estava ele... Dava pra se verde longe o ouro reluzindo. Era uma auradifícil de encontrar, talvez uma dasauras mais raras do mundo, ou a maisrara que existe. Todo mundo pensa que aaura esta toda coloridinha em volta docorpo, ou só com uma cor em volta docorpo... Normalmente sim, porque avisualização da aura define em queencarnação a pessoa está. As cores mais

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raras são pessoas em espirito maiselevados, pessoas que alcançaram osúltimos estágios de reencarnação ouentão o ultimo dele... Coisa que sealguém disser, que sua aura é uma cordigamos assim muito comum, nãoacredite, se você achar isso, poderá seruma pessoa menos capaz do que asoutras, vai sempre dar “brecha” pra serpsicologicamente inferior, então o maupoderá se fazer... A Leitura da aura édiferente, quem as faz é o médium, oupessoa abençoada, seja lá como vocêqueira chamar,

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Não estou dizendo que sóEspiritas, Monges, Crentes,Evangélicos, por exemplo... Conseguemter este dom. Toda e qualquer religiãoou filosofia de vida voltada ao amortambém conseguem desenvolver estedom.

Enfim... Todas as culturas ereligiões ao redor do mundo, sabem queexiste estes dois tipos de pessoas, asque veem a aura e as que leem a aura.Existe ambas em uma só. Existe tambémaqueles que dizem que aura não existe...

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Ta bom. Eu respeito também, mas saibaque você está perdendo toda a magicade viver, acreditando nisso.

Pessoas que não se importam comas coisas mundanas (bens materiaissuperfulos), são as que tem a aura maisrara, pessoas que conseguem ser alémde simplesmente humanos, pessoas quesão e serão a nova raça de sereshumanos na terra, ou seja, pessoas quefazem o bem. Estas são os verdadeiros“super heróis” que existem, e esta raça éque vai continuar existindo daqui pra

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frente: Raça não é de cores, estoufalando agora de humanos, o único douniverso que quer diferenciar a própriaraça por espécies, o que felizmente vaiacabar. Porque raça; Aqui na terra,existe “apenas” a humana, entendeu?Caso não, entenda como quiser. Nãoentender apenas uma estrofe da musica,não acaba com a “magia” da canção.

Afirmo que ainda há pessoasquerendo incentivar a maldade, além deestar contando as reencarnações defrente pra trás, ou seja, regredindo.

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Vai sempre ser menos inteligente ecapaz do que as outras, resultando emproblemas que vão se acumulando, quevai continuar aumentando e só vão parar,quando o bem sincero começar a serfeito. (Caso você esteja por exemplo nacadeia lendo isso, não se desespere!Não pense que tudo esta acabado na suavida e quando sair tudo vai estaracabado... Da pra recuperar o tempoperdido ainda, isso é uma claramensagem pra pessoas que podem serpresas por motivo deste livro).

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Agora tem pessoas pensando queeu sou infantil, por estar escrevendo ummonte de coisas que todo mundo jásabia, mas enfim, o Ser Humanoregrediu tanto nos últimos tempos pormotivo de muitos derramamentos desangue, e coisas do tipo, que parece quetem que falar bem explicado o que já éóbvio, mas enfim, ainda existe gente poraí tentando promover o mal, o que defato vai se dar mal, então a lei douniverso é clara e até esta escrito emuma medalha, que bebe do próprioveneno quem tenta promove-lo.

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Aqui vai “outra coisinha” quemuito se ouve falar aqui no Brasil, que épor exemplo um pais com muitosespíritas e também religiões afro-brasileiras, que é esse termo de“podar”... Que de fato não existe. Issoporque uma pessoa quando nasce com odom mediúnico ou abençoado, ou seja lácomo as pessoas falam, é simplesmenteimpossível podar os “poderes” daquelapessoa, porque o mal feito com inveja ecoisas desse tipo, não surtem efeito praquem é boa pessoa. Então digonovamente que se alguém ouviu falar

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que vai fazer uma má fé, do tipobruxaria do mal pra quem é do bem. Nãoda certo. Simples assim. Só vai perdertempo na vida, podendo até ficar doentecaso não se arrependa sinceramente dosatos incorretos que cometeu, não osfazendo mais e contornando-os damelhor maneira.

Agora chega de suspense, voufalar como é a aura de um monge...Neste caso a reencarnação de um mongeTibetano, este camarada, estava lá, nasalinha aonde trabalha, normalmente

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como todos os dias que ele trabalha,então eu vi lá de cima através deparedes como em um sonho, parecendoque havia um “sol” em miniatura dentrode um cômodo da fabrica. Desci até olocal e lá estava um jovem, não melembro muito bem do rosto dele...Quando eu o ví, ele estava de costas“pra mim” olhando a tela docomputador, então imediatamente oreconheci como sendo um legítimo serBudico, uma pessoa especial em todosos sentidos, muito calmo, expressandomuita paz interior e muita intendência

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das pessoas que andam pela terra emquaisquer circunstancias. Não tinhatempo pra muitas explicações, entãoapareci na forma de anjo pra ele (O quetodos nós somos no momento dameditação ao sair voando por aí), ou namente daquele monge, caso queirapensar assim o que também é correto.Expliquei que estava em outro lugar dafabrica e precisava colocar o cordão deprata de volta no lugar porque tiraram enão sabiam colocar da maneira correta.Aquele era um caso bem específico eele ia entender quando visse, caso isso

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não acontecesse eu não escreveria olivro e não completaria minha missão.

O Monge era uma pessoa comensinamentos de outro Monge muitoimportante, assim como todos osMonges que existem e existiram, enfim,mesmo estando em forma de anjo nameditação, o que retorno a afirmar quetodos podem fazer, que é umacombinação de paz interior com amorem busca da compreenção do amor,dentro de sí mesmo, ou seja, pra vocêentender melhor o que é a meditação,

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então precisará praticar. Se por acasovocê for um fazedor de maldadesprocurando respostas neste livro...Lamento, além de estar perdendo tempona vida, nunca saberá como é ser umanjo.

Nas primeiras mensagens, vi queele escutou meu chamado e me viu comoimagem, porém não queria acreditar noque estava recebendo de mensagem, aomenos não conseguia. Se sentia o mesmohonrado por estar falando com ele,assim como ele estava se sentindo por

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estar falando comigo. Era o meusalvador. Quando eu vi que não davamais tempo e ele estava “gaguejando”demais pra falar comigo, isso porque euestava em espirito de anjo com muitasfacilidades de expressão edeslocamento, porém ele estava emforma humana, empurrei a cadeira comele em cima com força, e ele foideslizando pela sala com a cadeira derodinhas até bater na parede efinalmente entender que precisava ser omais rápido possível.

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Aqui está uma explicação“básica” de como foram feitos asconstruções megalíticas ao redor domundo.

Lá veio o Monge de pressa, o qualficou batendo na porta da sala que meucorpo se encontrava pra abrirem o maisrápido possível, e me viu no chão emposição de lótus, porém caído para trás,a mesma maneira que é possível ver

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monges mumificados por conta de entrarno estado do que chamam de “Nirvana”.Ninguém entendia porque ele estava lá,de fato ele quase arrebentou a porta dasala de tanto bater apenas pra salvaruma vida. Foi explicando o queaconteceu enquanto todos na salacolocavam-me de volta na cadeira, oque já tinha acontecido tanta coisa queninguém mais duvidaria de nada.

O Monge fez os movimentosnecessários para voltar o cordão deprata pro lugar e finalmente funcionou

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porque ele sabia muito bem o que estavafazendo. Um verdadeiro Mongemeditador. Devo muito dinheiro a ele, oque estou frustrado por não poderpagar... Você me entende.

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20. Revelações Muito Importante

Aqui vai uma revelação que euachava que nunca tinha passado, tantoporque lembrei (Após ter supostamenteterminado o livro), porque quando eutrabalhei como vendedor autônomo dedoces na praia com a Luiza, havia umgrupo de jovens de uma igrejaevangélica, uma igreja que fiquei até

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curioso em conhecer mesmo sendoMaconheiro e Ateu naquele tempo.(Risos)

No momento que eu estava comLuiza vendendo os doces na praia maiscom o intuito de ajudar a mãe dela comalgumas despesas do lar, havia umamoça no meio daqueles jovens da igreja,os quais estavam animados pra valer,tinha um rapaz com violão e botas estilocountry, lembro que tinha também umamoça que usava belos brincos artesanaisda feirinha hippie, com penas e filtro do

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sonhos pendurados, coisa que Luizatambém usava, e belas pulseiras depedrinhas, tinha também um tal deCapitão do exercito dos jovens, que eraapenas um menino. E quando eu e Luizaíamos chegando, aquela moça que vouchamar de Abençoada, porque este nomeas pessoas da igreja evangélica adorammencionar e ser chamados também,então aqui vai um salve pra esse povoabençoado.

Cheguei com aquele sorrisãoestampado no rosto, com a Luiza ao

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lado, e então ofereci os doces praalgumas pessoas sentadas naquelesbancos de pedra, e fui fazendo asequencia com a Luiza sempre agarradaao meu braço, me ajudando, e aensinando nas vendas... Foi entãoquando aquela “tal” de Abençoada, deuum berro estridente, um gritoabsurdamente alto de tanta euforia eclaro, todo mundo ficou olhando pra elae parece que até esqueceram dos nossosdoces. Aquela menina que parecia terseus 20 e tantinhos anos de idade gritouassim:

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- Ai meu Deus, não acredito!!!Quer dizer, acredito!!! Acredito sim!!!Sim, acredito!!!

Não acredito que o Apóstolo estaaqui! Quer dizer, acredito sim Jesus!Obrigado!!! Acredito!

- Eu sou Abençoada! Eu sou aAbençoada!!!

Todo mundo foi ver o porquedaquele ataque de euforia que a meninatinha tido, que inclusive eu nãolembrava tão bem disso e só pude

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lembrar por motivo de meditação, agoravou falar da Abençoada.

La veio ela na minha direção... Eóbvio, eu pensei:

“- Ferrou! Ela vai se empolgarmais do que está, porque todo crenteadora pessoas trabalhadoras e ajuda deuma maneira que, pelo amor... Pareceque a pessoa vai morrer se não for eles

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que os ajudarem” (Risos).

Obvio minhas bochechas ficaramvermelhas de vergonha. Além de estarcom a cestinha de doces na mão, lávinha uma menina “louca” fazer o“maior fuzuê”, pra gente conseguirvender mais docinhos do que o normal.O que na verdade era ótimo, porque elanão tinha vergonha de fazer apropaganda por nós, e além de compraro docinho, ela ia oferecer pra todomundo muito melhor do que nós, eu e

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Luiza estávamos, é claro, muitoenvergonhados de estar todo mundoolhando pra gente, com a cestinha dedoces na mão, enquanto a Abençoadasubia em cima do banco de pedras edizia:

- Olha gente!!! Eles estãovendendo docinhos! Vamos comprar osdocinhos quem tem o dinheiro a mais evai ser agora!

La veio aquela montanha de“alminhas” da igreja que eu acho queera Pentecostal, com aquelas moedinhas

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e notinhas trocadas querendo comprar,muitos sem saber até o que a genteestava vendendo... Foi então que ela, aAbençoada, queria falar a revelação queJesus tinha dado pra ela de que eu era oPaulo, o que eu vi que ela ia falar aquelenomezinho mágico de novo e ia talvez,me fazer cair de joelhos no chão que foio que o Senhor Levy da Fabrica Estelarquase tinha conseguido fazer. Então eubotei o dedo indicador em cima daminha boca para que a Abençoada nãofizesse a magica. Estávamos nósvendendo os docinhos, sendo felizes,

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fazendo amizades... Foi quando aAbençoada falou exatamente as palavrasque eu estava ontem falando sozinhomadrugada a fora, as quais não lembravaque ela tinha dito no momento dasvendas do doce, ela falou assim:

- “Deixa eu ser a Tecla, porfavor”???

Luiza, aquela noite, olhou comuma cara “estranha”, porque aquelegostinho de ciúmes ela estava sentindo,e eu estava vendo... Mas eu não faziasequer ideia de quem era a Tecla, só fui

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saber antes de ontem, quando assistialguns documentários sobre isso, Euentão respondi pra abençoada:

- Eu não entendi, porque vocêquer ser uma tecla?

Ela respondeu que queria muitoser, pra poder orar comigo, porque onovo p-a-u-l-o, tinha muitas teclas noteclado... Eu não entendi absolutamentenada do que aquela “menina” estavafalando então ela disse assim:

- O General esta doentinho... Tem

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que ajudar ele, ajuda ele tio, ChicoXavier é uma boa pessoa...

Foram coisas que me chamaramatenção, mesmo não fazendo ideia dequem era um General, nem porque elame chamou de “tio”, tendo a mesmaidade que eu. Fiquei comovido por elater falado o nome do grande ChicoXavier. Sempre pensei nele com muitorespeito, pela maneira que ele falava,mesmo não sendo fã ainda, apenas pelofato da minha mãe ter falado muito dequem ele foi. Vendemos os docinhos pra

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galerinha da igreja e na hora de medespedir do pessoal, a Abençoadapegou minha mão e derramou umalágrima em cima, o que vi haviagotejado no meio daquela multidão de“alminhas abençoadas”, mas pensei queera apenas uma gota de chuva, issoporque o tempo estava feio aquele dia,em todos os sentidos, com exceçãodesse acontecimento. Ontem eu faleisozinho tarde da madrugada, enquantoestive “pagando de louco” madrugada afora... “Pagar de louco” é uma gíriamuito usada em Santos, uma pessoa que

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faz isso está com certeza sendo muitofeliz nas atitudes, mesmo que pra ummonte de gente a sua volta isso não façasentido, mesmo que todo mundo fiquecom “cara de taxo”, estagnado,observando as atitudes “totalmentedesproporcionais” ao comportamentoem publico, só que ontem, eu estava“pagando de louco” sozinho em casa,estive na mesa colocando o restinho depizza do dia anterior no forno, praesquentar, enquanto fiquei andando pelacasa e falando que nem criança enquantoa pizza esquentava, que o General estava

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doentinho, que tinha que ajudar, e queChico Xavier foi uma boa pessoa, aomesmo tempo chorando e sentindo agotinha de lágrima caindo na minha mão.

Quando eu fui me afastando com aLuiza naquele dia do EmissárioSubmarino... Ao se afastar da turminhada igreja, dava pra ouvir a Abençoadaincentivando todo mundo a “pagar deloco” em nome de Jesus, porque estava“todo mundo doidão de Jesus”, que erapra todos dançar Chachado pra Jesus, eera pra todo mundo pagar de louco de

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tanta felicidade. Dava pra ver o Bailedo Chachado pra Jesus acontecendo aolonge, enquanto eu me afastava com aLuiza, enquanto discutíamos sobremotivos de ciúmes. Perdemos até umbaile de Chachado, que é uma raridadehoje em dia, o qual só os Nordestinosfazem melhor do que ninguém.

Pronto Abençoada, você virouuma tecla! Obrigado por tudo, seumarido é outro abençoado!!!

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De repente minha visão carnalestava começando a voltar, porque euestava falando do final da perturbaçãoobsessora lembra? Aquela que quase mematou mesmo sem eu saber. Estava eusentado na cadeira com o queixo quaseencostado no peito, as mãos em cima dacoxa, totalmente desproporcional amaneira que achava que estava fazendo,que era em pé indo olhar o computadorda Lívia.

A Lívia estava escrevendo quando

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fui recuperando a consciência, o quepude perceber que tinha falado algumaspalavras enquanto voltava a sí. Quandoterminei dizendo: “Foi isso queaconteceu...” Lívia parou de escrever,me olhou e perguntou:

-Eaí, voltou?

Eu queria saber se tinhadesmaiado, perguntei o que aconteceumeio confuso da situação... Perguntei sejá tinha visto o computador. Elarespondeu que eu só tinha tido um brevedesmaio, e que já tinha consertado o

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computador.

Voltando pro meu posto detrabalho, pude ver que as horas tinhampassado voando, me apressei então prafazer mais um atendimento, onde fiqueide frente com uma pessoa importanteque muito me ajudou. Fui até a sala deoutro funcionário, e fui “consertar” outrocomputador, mas na verdade estavasendo interrogado de novo pra testaremminha capacidade de intendência dasituação, inclusive do lado havia umamulher, ou seja, outra médium

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extremamente poderosa que eu quaseconsegui machucar quando fiqueidescontrolado pela obssessão, porqueela estava com muito medo de mim nomomento da batalha, foi só um risco dearranhado na pele que eu fiz com a pontada unha... (Desculpe a você que eu fizisso, porque não era eu fazendo).

Tive a revelação de todos essesacontecimentos ao longo de algunsmeses que passaram, os quais aindaaconteceram muitas coisas que voumencionar pra poder então acabar esta

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obra, frisando o que passei e minhaexperiência de vida, como o escolhidopor Jesus.

Não quero me vangloriar por serum anjo, assim como Jesus disse aqueledia, o que acredito piamente que eledisse só para que eu não fosse preso,porque lá, eu tinha cometido um pequenodelito. O qual eu achava que ninguémficaria sabendo, que de fato já sabiammelhor do que eu. Eu não devia tercometido, mas infelizmente cometi. Foium roubo, o que vou passar um bom

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tempo refletindo sobre, assim comoestou fazendo com todos os momentosda minha vida. A propósito, já devolvi opequeno delito, antes de me arrependermais, porque a consciência pesou muito.

Isso é também uma lição pra quemcometeu um roubo, o que é “facilmente”perdoável, então se você cometeu umroubo, e se arrependeu do que fez...Procure devolver da melhor maneirapossível caso ainda seja possível,porque aqui na terra, o trabalho éimportante pra você conseguir o que

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tanto gostaria de ter, todo mundo se devemostrar merecedor do que tanto precisaou deseja. Não acontecerá nenhum malcom você se for de coração aberto fazerjus a essa tese, não temas, porque oarrependimento é tão puro quanto oespirito santo divino, este sim, carrega odom da verdade.

Estou em tanta comunhão com oEspirito Santo nestes últimos dias, queestou deixando de fazer até aquelasmanias que eu tinha, manias sujas emanias de total falta de consideração

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com os princípios terrestres, não estoufalando pra você, caro leitor, se tornar“um Santo” parando assim de teraquelas alegrias que o corpo carnalproporciona... Só estou dizendo paranão faze-las a esmo. O que você faz aesmo tornando-se costume, torna-seentão um vício, o que torna-se ruimevidenciando a palavra vício, que é osinônimo de um mal.

O vício faz o dia que tem 24horas, tornar-se mais curto, fazendoassim, você perder momentos muito

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significativos que poderia estarempregando na família e nas pessoasque ama, tornando-as mais cheias comaquele fator chamado amor.

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21. Arrebentando de Vez Com a Cara

do Mal

Vou agora contar simplesmente acoisa mais real que existe e que muitagente acha que não existe. O queprovavelmente também, muita gente vaificar falando que eu sou um mentirosode marca maior, mas quer saber? Não tonem aí!

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Pode me chamar de mentiroso,isso e aquilo que não me atinge! Foiquando o Formiga me falou que eu seriaum protagonista de um filme, coisa queeu nem imaginava o que era. Lá noemissário submarino em Santos,Formiga já estava cansado de me versempre sorridente, então me chamou “decanto” e falou:

- “Escuta aqui, eu sou seu mestre.E você vai ser uma entidade do mal,senão vai aparecer umas fotinhas suaspor aí”.

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- “Esse negócio do mal, aí no seupescoço sou eu quem faz, e você achaque foi por acaso chegar em mim”?

- “Deixa eu ver sua aura”?

Então foi aí que eu entendi quasetudo... E permiti que ele a visse, talvezpor instinto ou por oficio, eu falei:

- Olha lá em... Por sua conta emrisco!

Formiga falou:

- “Se for aquele tom de azul

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escuro eu vou te zuar”!

Eu falei então sorrindo no cantoda boca:

- Não é azul... Pode ver.

- Só não vai ficar com “medinho”depois.

O formiga parou na minha frente,enquanto eu estava sentado, respiroufundo... Olhou no centro dos meus olhose fechou os olhos. Aguardou algunssegundos enquanto eu fiquei quietinho.

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Quando o Formiga abriu os olhos,abriu aquele bocão sem acreditar no queestava vendo... Acompanhou com acabeça até o céu a luz que eu refletia.

Foi aí que ele disse sem acreditarno que via:

- “Você é mestre”???

Eu respondi segundo osensinamentos da capoeira que não. Euainda era aluno, porque mestre eu estavacaminhando pra ser. Foi aí que elerangeu os dentes e falou que era clara

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demais, com um tom de voz expressandoextrema raiva do que via.

Quando Formiga saiu andando domeu lado, parecendo que tinha “nojo” demim. Eu pisquei meus olhos e pude ver aaura dele, mesmo sem ele estar olhandopra mim. Foi a aura mais pesada que eujá havia visto... Era completamentepreto, era sombreada, tinha até raiospretos estourando em volta do corpodele, pude ver também o rosto dele,parecendo até, que a pele do corpo doFormiga estivesse com a cor de chumbo.

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Fiquei é claro sem entender o que via,achei que, além de estar conversandocom ele sobre a capoeira e sobre asmaldades que possivelmente euestivesse interessado em fazer, fosse umjogo apenas de quem blefa melhor.

Na mesma sequencia, minutosdepois, o Formiga chegou em mim eperguntou quem eu era, e começou afalar nomes de varias entidades que eleachava que eu tinha me apadrinhado. Eurespondia em todos que ele perguntavacom total ironia. Ele então me perguntou

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o que eu fazia, que atividade ilegal queeu fazia. Então eu disse que ia bastantenas biqueiras... Foi aí que ele balançoua cabeça e disse:

- “Aah, então você é umtraficante”...

Eu na verdade não era, talvezmesmo todo mundo pensando que eufosse, mas falei pra ele se calar e falarbaixo, simplesmente porque eu estavamesmo interessado em saber exatamenteo que ele fazia, dando a entender pra eleque eu era. Foi que ele disse que era

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171 (artigo criminal). Eu não tinhaentendido exatamente qual era aempreitada dele, mas fiquei pensando arespeito... Foi aí que ele disse queacrescentaria um tom de cinza em minhaaura, porque estava precisando de um“falso mestre” para ajuda-lo.

Eu então disse que queria tornarminha aura uma cor mais forte, o que naverdade, queria saber quais eram osverdadeiros segredos que ele escondiapor trás da magia ruim, tendo em menteo propósito de entender mais sobre

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aquilo. O que de fato eu sabia, que sevocê ficar atraindo com muita ambiçãopra sí, terá efeito, que são asconsequências... Então eu disse que eletomasse cuidado, porque poderia voltar3 vezes pra ele, simplesmente pelo fatodaquele velho ditado: O que desejamosde mal aos outros, volta 3 vezes em nósmesmos. Então, que o Formiga disse,que se fosse feito “certinho nuncavoltaria”.

Entendi então que a chácara deleera o terreiro de pratica de magia ruim,

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em sua pagina no site derelacionamentos, ele tinha muitas fotoscom vários animais, cachorrinhos e atéum bode preto, os quais eu tinhacomentado rindo, porque não sabia:“Que isso, é pra magia negra?” E pudeperceber certa vez que ele haviaexcluído meu comentário eletrônico.

Agora uma pequena pausa pro“pobrezinho” do Bode, que tem tododireito de ter uma cabra, porque assimpodem ter cabritinhos... Etecetera.

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Naquela altura da minhacaminhada, aos olhos do Formiga, eu eraoutro fazedor de magia, eu era talvez umsimpatizante de ceitas malignas, e eutalvez fosse um obsessor mais sabido doque ele. O que não era verdade, euapenas ligava meu lado espiritual comos treinamentos das aulas da capoeira, eaquilo me tornava contido de minhasações, não as voltando para o mal.

Naquele tempo eu era ingênuo e

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não sabia se quer o que estavaacontecendo ao meu redor, mas sabiaque estava causando inveja por ondepassava. Eu era um cara bastantecomunicativo e ficava pregandopalavras de amor ao próximo, não meimportando como as pessoas meintitulassem. Foi então que meu empregona Fabrica Estelar acabou, mas eu sai delá sem muitas respostas pra sonhos queeu tive, os quais aumentaram depois queeu havia acabado meus serviços lá.

Sonhei varias vezes que minha

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vida, ao contrario do que muitospensam, vai ser muito boa por conta dasvendas deste livro, o que na verdade vaiser muito cansativa, vou precisar fazermuita e muita caridade com o dinheiroque vai entrar por conta desta obra, aqual estou esperando o momento chegarpra fazer.

Bom, agora, vai chegar o momentoque vai arrebentar de vez com a cara domal, o que todo mundo talvez pensasseque faria se estivesse em meu lugar. Oque de fato não fiz, porque minha carne

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estava sendo manipulada, mas meuespirito com certeza sempre intacto. Foientão que depois de ver o quantopotencialmente eu poderia ser perigoso,apertaram ainda mais a corda que estavaem meu pescoço, tornando assim publicatodas as fotos que tinham quando euentrei naquele jogo que ele era o chefe.Começaram a me chamar de váriosnomes de baixo escalão em minhavizinhança... Muitas pessoas que meviram crescer, não mais me olhavamcomo antes. Não olhavam pra mim comoaquele homem esforçado que sempre

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saia de casa pra trabalhar ou pra andarcom o skate. Comentaram que tinham sedecepcionado demais comigo e eu nãosabia nem imaginava porque.

Fizeram então o comentário quefotos minhas tinham sido deixadas emsuas caixas de carta, fotos que atédistribuíram em dispositivos dearmazenamento externos (pen drives).Eu não podia acreditar... Eu não queriaacreditar! Foi a maior decepção daminha vida. Foi totalmente o fundo dopoço. Eu queria muito poder contar uma

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história feliz, que todo mundo tivesseorgulho de mim, queria mesmo poder seruma pessoa inteiramente pura e feliz,mas não estava sendo e ali é que nãoseria mesmo. Fui ridicularizado, fuiinsultado, fui até mesmo chamado denomes que não quero nem lembrar,porque eu choro muito por lembrar...Pensar que todos estes amigos que meviram crescer, virariam a cara pra mim,me tornando sempre culpado de tudo quefiz, ainda mais, cada vez mais.

Você leitor, deve estar pensando

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que eu queria me matar, que eu quisessetalvez matar quem fez aquilo comigo, ousimplesmente ir experimentar o crack,claro que isso passou pela minhacabeça, porque quando não sabemos nosconter dentro de nós mesmos, isso podeinfelizmente acontecer, por isso éimportante estes tipos de palavras,mesmo pra quem nunca pensou ouimaginou que isso fosse possível, coisaque é possível, tente imaginar aspessoas a sua volta, o que não vai serpossível caso você se mate. A alma dealguém que se mata é triste, é uma alma

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vagante em um lugar diferente... Umlugar que é muito dificil de sair, masnão. Não foi isso que eu fiz, então conteio que estava passando para Luiza, sobreeu estar sendo insultado aonde moro,por ser exposto um erro que eu tiveracometido... Só que a vida estava sendotão cruel comigo, tão mal comigo, queeu descobri que Luiza tinha me traídocom meus amigos mencionados nahistória, não porque ela fossepromiscua, mas porque queria talvez sevingar daquilo que eu tinha feito e nãocontado. Meus amigos me disseram com

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poucas palavras o que tinha ocorrido, ouquase nenhuma, porque sabiam que euandava com um descascador de frutas nobolso e pudesse usa-lo a qualquermomento. Nem Luiza também tinha medito, porque sabia que ninguém temideia do que uma pessoa que anda comuma faca é capaz.

“Não sou triste não por ela terfeito o que fez, porque não me atirei aovicio nem a uma atitude que me fizessearrepender pelo resto da vida. Não

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tenho e nunca vou ter rancor ou mágoasdaquela alminha linda que ela tem,apenas quero pedir da melhor maneirapossível pra ela seguir adiante e fazersempre do jeito certo”...

Então me tranquei em casa ecomecei a escrever... Escrever e aomesmo tempo sendo orientadoespiritualmente ao meu dever.

“Qualquer um” ficaria maluco, seatiraria nas drogas, ou cometeria um

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assassinato... Talvez quisesse até mesmose vingar de cada um de seus amigos,mas não foi assim que aconteceu:

Fui na casa do Adão e o perdoei...Adão se dizia “meu amigo”, assim comoLucio, João, Vitor e Jonas.

Fui pego totalmente pelas forçasmalignas pra ser derrubado, insultado, eaté tentaram me adoecer com injeçãocontendo o vírus da AIDS, mas aindasim, me curei pelos poderes milagrosos

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da verdade, peguei todas as pedras queatacaram em mim, e agora vou construirmeu castelo, e um Brasil melhor paratodos.

Aonde eu construiria um castelo?Me perguntei muito isso quando termineiesta ultima “estrofe” da canção...Precisava mostrar o quanto a busca paraprovação dos meus atos vividos nestavida são reais. Tão reais que chegaramaté a base da loucura.

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Ficar louco é como querer provaralgo muito bom pros outros, é comosentir-se incompreendido sem ter quempossa te entender, é igual estar em umlugar aonde todos falam português evocê fala um idioma diferente, semsaber aquele idioma que estão falando.Eu queria provar pra todo mundo que naverdade a loucura era boa.

Da mesma maneira que mepurificou, eu poderia purificar os outrostambém, ao menos ajuda-los a fazer

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isso. Ajudar o próximo é como estarcom o coração transbordando, comouma garrafa que você enche até ogargalo e não há mais espaço, nestemomento você precisa doar todagratificação que transbordou pra todosque precisam, daí é necessário buscaroutro coração pra transbordar. Se eufiquei louco de verdade? Fiquei sim.

Eu queria muito ajuda pra publicareste livro, precisava mesmo ser ouvido,ou simplesmente lido as palavras, não

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digo minhas palavras, porque não sou odetentor de todas elas... Quando se vai acampo voando por aí, você conhecepessoas tão significativas, que guardampalavras dentro de sí, com conversasdaquelas bem proveitosas, guardacarinho dentro das conversas, e comisso, esta recebendo tesouros um poucoaqui, outro pouquinho ali, entende efiltra tudo que há de melhor dentro decada garrafinha, e assim vai enchendo asua também quando precisa.

Fui então tentar ser ouvido em

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meio a multidão, e lembrei daquelaFabrica aonde eu havia trabalhado...Precisava muito ir até lá porque pramim, tudo foi tão real, quanto está sendoo sonho de publicar este livro. Sonhoque eu quero realizar com muita vontademesmo, tanta que eu precisava ser muitoouvido. Muitos poderiam pensar; Porquenão foi procurar um amigo praconversar? Porque na verdade eu estavamesmo sem amigos, estava machucado eprecisava me curar, botar pra fora tudoque estava me incomodando por dentro,então fui procurar meus amigos,

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procurar um lugar que eu fui muito bemacolhido pelas amizades em local detrabalho, fui procurar essas pessoas quetinham os maiores corações que eu játinha visto, mas eu estava tão desleixadoda aparência, que encontrei um portãofechado, catracas que precisavam decartões pra passar, e guardastrabalhando... Algo que eu queria estarfazendo também, mas não estavaconseguindo. Precisava conversar,precisava muito salvar vidas, ajudar asalvar pessoas, eu gostaria de devolverjóias pro porta jóias, estava tentando

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muito fazer aquilo e precisava mesmopublicar minhas ideias, as quais junteide todos que passaram pela minha vida.

Eu não estou lembrando ao certoas minhas atitudes naquele dia em frentea Fabrica Estelar, mas sai correndo epulei sem ter o bendito do cartão,porque queria mesmo salvar alguém. Elá vieram os seguranças, eram grandes efortes, eram pessoas fazendo o seutrabalho. Lembro muito bem que fuiandando fabrica a dentro e procurandopessoas para salvar, andava

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determinado a achar alguma coisa,algum trabalho pra fazer. Foi quando osseguranças me conduziram até umasalinha, porque eu estava descontrolado,estava querendo falar muita coisa eestava querendo caminhar, correr, serouvido... Lá na salinha eu fiquei sentadosendo ouvido, não estava sendomachucado, porque lá tinham pessoasmuito grandes e fortes e eles sabiam queeram de coração.

No momento das conversas queforam muito sem sentido, chegou uma

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das chefes que eu prestei meus serviçosde informática, não era bem uma chefe,mas sim uma líder, com certeza. Chegoucom os olhos cheios de lagrimas, porqueestava muito comovida com a minhasituação. Queria me ajudar mas nãosabia como, precisava fazer algumacoisa por mim, porque minha situaçãonão estava nada boa. Foi aí quechegaram os “homens de cinza”, quenada podiam fazer, porque o que euprecisava não era de cadeia, nem dedelegacia, mas sim de um Doutor.

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Homens compreensivos, homenshumanos, deixaram que viesse o carrogrande com luzinhas vermelhas em cima,porque não havia caso, e sim uma causa.Chegou então a ambulância, e um casacogrande junto, além do casaco grandehavia outra coisa muito grande, que nãoé coisa e sim uma humano... Tão grandeque parecia um armário, acho que eleera tão grande pra poder caber dentro dopeito o coração dele que também éimenso. Chegou com o casaco grande namão e logo de cara viu que eu nãoprecisava muito daquilo, porque o

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verdadeiro profissional, reconhece oscasos e sabe trata-los da maneiracorreta.

Fui então ser medicado e tratado,entrei na ambulância e fui ser tratado damaneira correta. Com muito respeito ecom muito amor ao que se faz, porqueisso naquela profissão é fundamental eninguém sabe disso melhor do que oDoutor, o Doutor Bonzinho.

Chegando no hospital, entreicantando uma canção, porque a conversano carro grande com luzinhas, foi tão

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boa que me fez chegar feliz da vida nolugar. Eu estava contente demais porquetinha encontrado o que tinha saído praprocurar; Uma amizade.

Todos me olhavam no hospitalcom aquela cara que você imagina bemcomo é, ninguém acreditando que umjovem estava naquele estado, quedeixasse ter passado por aquelas coisasque eu passei, isso porque converseibastante com o pessoal que trabalhavalá, e porque todos foram muitoatenciosos e carinhosos comigo, o

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suficiente pra não precisar mais retornarnaquelas condições.

O hospital era simples, em algunslocais simples até demais. Dava pra verque precisava de um equipamento aqui,outro alí, uma reforma considerável emtodos os locais, e provavelmente maisfuncionários iguais a enfermeira Jóia e oDoutor Bonzinho.

Como é vestir uma camisa grandee reforçada?! Provavelmente é muitodesconfortável, mas eu não queriaexperimentar, eu queria mesmo era ser

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ouvido, ser compreendido, por isso faleibastante da camisa reforçada e entendique dadas as circunstancias, necessáriomesmo é a conversa e não a força.

Pedi que nem criança pra usar ocasaco, porque estava com frio e nãosabia aonde tinha posto ou deixado cairo casaco que eu estava usando, que erauma camisa de botões. Deixaram que euvestisse o “casaco” só pra verem umlouco feliz, e conseguiram, apesar dacena ser triste... Eu estava e continuomuito feliz mesmo. Devo isso ao Doutor

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Bonzinho e a Enfermeira Jóia, queconversaram coisas boas comigo e euconsegui sair de lá muito mais feliz doque entrei. Obrigado a todos que estãonesta humilde história, e podemacreditar que tudo vai dar certo, assimcomo eu sempre acreditei e nunca deixeide acreditar.

Muitos me chamaram de louco,muitos me chamaram de drogado, outrosme insultaram... Eu só estava esperandoo momento certo pra mostrar que a

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loucura, seja talvez, o grau mais elevadoda inteligência.

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Legião Urbana – Monte Castelo

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Sumário:

Zuar: tirar sarro, curtir, zombar...Sinônimo de Bulling.

“Ficar”: Beijar de lingua.

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Pedaço de papel colorido que todomundo pensa que tem valor: Dinheiro.

Trombadinha: Meliante, arruaceiro,delinquente juvenil.

Talaricar: Chavecar a mulher dopróximo, roubar a namorada do amigo.

“Fulana, Ciclana e Beltrana”: Refere-

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se a pessoa feminina que não se sabe, ounão se lembra o nome.

Mandinga: Segundo os ensinamentos dacapoeira é a forma de se evadir doperigo por meio da fé.

Lan House: Cyber café, Lugar aonde háos computares para acesso a internet poraluguel de horas.

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Se esguelando: Gritando muito altocomo euforia ao acaso.

Estigar: Fazer passar vontade, fazerficar com vontade.

Cair de paraquedas: Chegar no lugarsem saber o que estar acontecendo ousem ser avisado.

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“Pomba Gira”: Segundo a atendente dacasa de “artigos religiosos”, é umsinonimo de travesti.

Biqueira: Lugar das vendas de drogas.

Passes Mediúnicos: Limpeza da aura,atividade mais simples que o Reiki comefeito parecido.

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Dar Brecha: Dar trela, deixaracontecer, abaixar a guarda.

“Cachorro”: O melhor amigo dohomem. (E dos animais, se alguémdisser que estou insinuando o que nãoestou).

“E pá”: Gíria de sequência a umaargumento, mesmo que reticências.

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“Panz”: Gíria de sequencia a umargumento. Mesmo que onomatopéia deexclamação.

“Parça”: Gíria de sinônimo paraparceiro.

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Biografia

Após procurar saber muito sobrelivros digitais internet a fora, muitasindicações de tutoriais para livroseletronicos, dizem que as informaçõessobre o autor, devem ser inseridassempre no final do livro. Mas como eujá fiz isso no livro inteiro, acho que eudeveria simplesmente ignorar essa

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parte... Como estou em duvida, creioque não há outra alternativa a não serescrever alguma coisa sobre mim emuma folha especifica, então aqui vai.Estou hoje desempregado e meditandosempre que posso em um lugar secreto,isso quando não estou trancado no meuquarto editando este livro, que pareceum desafio interminavel. Acredito quevou virar um andarilho ou coisa dotipo... Igual aquelas pessoas que vemospor aí, longe de casa, e pedindo umaajuda pra poder comer alguma coisa,por estar passando dificuldades e

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tentando encontrar motivação paraseguir adiante.

Se eu vou passar por maioresdificuldades, eu não sei. Isso porque jápassei varias, mas graças a Kshna, aindanão passei fome e espero não passar.Por isso, estou também tentando meprevenir escrevendo esta folha. Gostariade ter papéis coloridos suficiente paraser possível “encher” o armario daminha família com comida eóbviamente, ajudar os outros que estãopassando por dificuldades parecidas

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com as que passei. Por isso escrevi umlivro simples de se entender. O intuitofoi não foi simplesmente, pedir perdãopra esposa que quero conhecer, mastambém fazer algo parecido com o queJesus fez quando pisou na terra, issoporque penso que todos aqueles feitosnotaveis que fizeram, ou fazem em prolda humanidade, devem ser levados emconsideração e dado o devido valor.Lembrando que dinheiro não tem valor.Então vou pedir um preço baixo pelomeu livro. Quanto vale a história daminha minha? Ou quanto vale a história

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da sua vida? Vou pedir um preço baixoporque já paguei pra me fazerem mal,agora eu gostaria de receber de volta oque gastei pra ser ajudado a fazer o bem.O que cabe a cada um é acreditar ou nãoem mim. Se acredita, aprecie o convite,obrigado.

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Convite:

Convido a você, que teve aoportunidade de ler esta obra, a fazer umdepósito de qualquer quantia que lhecaiba o coração e as condiçõesfinanceiras;

Esta quantia será convertida emmaior parte, para ter efeito em ajuda deamparo aos viciados em drogas,

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principalmente os usuários de crack.

O General do exército de Deus,hoje precisa de ajuda, a qual porintermédio desta obra, arrecadarei ovalor para ser iniciada e dar sequenciana missão do mesmo se ele aceitar (Seique vai porque eu acredito!).

Dependendo de nossa força emquantia, daqueles papéis coloridos quetodos pensam que tem valor, vamos

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espalhar a chama violeta por todo oBrasil e eu conseguirei doar também, umpouco de dinheiro pra quem me ajudou acombater o mal, porque essas pessoastambém vão usa-lo para fazer o bem.

Depósitos em: Banco do Brasil, parauma pessoa de confiança:

Carlos Alberto dos Santos Oliveira

DOC/TED:

510.005.484-7

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Agradecimentos Especiais:

Líder, o índigo

Reencarnação de Dião Cássio Díos

Lívia

Funcionários da Fábrica Estelar quemuito me ajudaram e apoiaram em

momentos difíceis

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Toque de São Bento, o mais poderosodo mundo contra o mal

Os Monges, é óbvio... Que não queremdinheiro.

Raça Azul, isso mesmo, UMA raça deet’s

Reencarnação de um bom e justo Rei

Reencarnação de um Samurai

Pastores de ovelhas perdidas para oscampos de Deus

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Reencarnação de um da raça azul, peritoem tecnologia

Reencarnação de uma Freira Milagrosa

Reencarnação de um homem quecontinua usando um belo bigode

MESTRES de capoeira que muito meensinaram e hoje sou eternamente grato a

eles

Vários espíritos

Chico Xavier que desencarnado está...Trabalhando mais e mais porque tem

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mais tempo

Espirito do Dentista, que era e é ummédium poderoso demais, e sabia ficar

em terra ajudando

Reencarnação de um Padre muitoconceituado

Monges do mundo todo que sabem voarmelhor do que todos

Malandragem que ensina na Capoeira

A Capoeira

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Igrejas Abençoadas

Católicos

Todos Que Acreditam

Os Professores que MUITO meensinaram mesmo ganhando POUCO

Espirito de um Senhor Chamado Celsocom traços orientais que era Policial

Anja

Reencarnação de uma pessoa que estacompletamente regenerada nesta vida

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Igreja Bola de Neve, porque lá tem ummontão de abençoados e me fizeram

acreditar

Igreja dos Jovens Pentecostal que fazema maior farra abençoada por aí

Igrejas que não competem entre si praver quem consegue mais abençoados

Igrejas e Religiões que não mentem paraseus adeptos

Pessoas que sabem dançar chachado

Pessoas a frente de seu tempo

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Pessoas que meditam

Quem plantou sementes

Só os loucos que sabem

Pai de Santo com a nuvem muitoamarela

Mãe de Santo que faz parte da nuvemmuito amarela

Pai de Santo sonhador que gosta deMPB

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Skatistas, patinadores, scooters e bikers

Praticantes de Jiu-Jitsu, Karate,Capoeira, Taekwondo, Boxe, Muai Thay

e Kung Fu

Pessoas que tem plantas, ortas ouarvores, ou tudo isso em casa

Enfermeira Jóia

Doutor Bonzinho

Pessoas que conseguiram parar de fumar

Monge Especial

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Mestre Pastinha, Preto Velhoeternamente

Pessoas muito importantes que meensinaram ser assim

Lideres espiritas

Centros espiritas

Grupo de jovens do espiritismo quepossuem a Telma

Todos que fazem doações de papéiscoloridos pela causa, pois estão sendo

vistos e recompensados

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Os que trazem FOLHA de arvore ouplanta para explicar pra que serve (sem

arrancar)

Arqueiro pela idéia

Mestre Maior

Espirito de crianças travessas

TODOS MENCIONADOS NA OBRA

TODOS QUE PASSARAM PORMINHA VIDA

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Pessoas a frente de seu tempo

Inimigos que presenciam meu sucesso

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Desagradecimentos Especiais:

Pessoas que acreditam que o errado é ocerto

Pessoas que não gostam da fauna porque

precisamos dela para a flora

Pessoas que não gostam da flora porqueprecisamos dela para a fauna

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Penitenciarias super-lotadas

Pessoas ambiciosas

Políticos desonestos

Hospitais sem infraestrutura

Falsos profissionais

Preconceituosos

Pessoas perdidas no tempo

Pessoas que malham muito os trapéziospara aliviar o peso da culpa sobre os

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ombros. (Quando se arrependersinceramente o peso vai embora.)

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