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O Batismo Cristão, Catecismo de Doutrina Bíblica, por W. R. Downing

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O Batismo Cristão William R. Downing

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Traduzido do original em Inglês

A Catechism on Bible Doctrine (Version 1.7)

An Introductory study of Bible Doctrine in the Form of a Catechism with Commentary

By W. R. Downing • Copyright © 2008

O presente volume consiste somente em um excerto da obra supracitada

Publicado por P.I.R.S. PUBLICATIONS

Um Ministério da Sovereign Grace Baptist Church (www.sgbcsv.org)

Publicações Impressas nos Estados Unidos da América

ISBN 978-1-60725-963-3

Todos os direitos reservados somente ao autor. Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida

em qualquer forma que seja sem a permissão prévia do autor.

Tradução por Hiriate Luiz Fontouro

Revisão por Paul Cahoon, Benjamin Gardner, Albano Dalla Pria e Erci Nascimento

Edição Inicial por Calvin G. Gardner

Revisão Final por William Teixeira e Camila Rebeca Almeida

Edição Final e Capa por William Teixeira

Imagem da Capa: São Paulo perante o Areópago, por Rafael (Domínio Público)

1ª Edição: Fevereiro de 2016

As citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF

Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Publicado em Português como fruto de uma parceria entre os websites oEstandarteDeCristo.com e

PalavraPrudente.com.br, com a graciosa permissão do amado autor W. R. Downing (Copyright ©

2008) e do amado, saudoso e agora glorificado, Calvin G. Gardner.

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O Batismo Cristão Por William R. Downing

[Excerto de Um Catecismo de Doutrina Bíblica, por William R. Downing • Parte IX]

Pergunta 155: Quais são as duas Ordenanças da igreja Neotestamentária?

Resposta: As duas Ordenanças da igreja Neotestamentária são o Batismo e a Ceia do

Senhor.

Mateus 28:19: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome

do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.

1 Coríntios 10:16: “Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do

sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo?”.

Comentário

A Igreja de Roma tem sete sacramentos: Batismo, Crisma, Eucaristia, Penitência, Extrema

Unção, Santa Ordem e Matrimônio. O Protestantismo mantém dois, o Batismo e a Ceia do

Senhor. Estes dois, Batistas e alguns Evangélicos chamam de “Ordenanças”, como estas

têm sido comandadas por nosso Senhor (Lat. “ordinare” colocar em ordem). Um sacra-

mento (Gr. musterion, “mistério;” Lat. sacramentum, “secreto”, e sacer, “sagrado”) é um

ritual físico que postula algo misterioso e além dos elementos físicos na comunicação da

graça. Histórica e teologicamente, portanto, o termo “Ordenança” distingue o Batismo e a

Ceia do Senhor como sendo apenas simbólicos e representativos em natureza, e os consi-

dera como meios da graça somente na medida em que conduzem a mente e o coração a

serem focados nas realidades espirituais assim simbolizadas. O termo não pressupõe

qualquer significado místico como meio da graça.

Pergunta 156: O que é Batismo?

Resposta: O Batismo é uma Ordenança do Novo Testamento, instituída pelo Senhor Jesus

Cristo, para servir à pessoa batizada como um símbolo e testemunho da sua união com o

seu Senhor em Sua morte, sepultamento e ressurreição de vida.

Mateus 28:19. “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome

do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.

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Veja também: Mateus 3:7-17; 28:18-20; Marcos 1:4; 16:16; Atos 1:21-22; 2:36-41; 19:1-4;

Romanos 6:2-6; 1 Coríntios 1:13-17; 1 Pedro 3:20-21.

Comentário

O primeiro e determinante distintivo dos Batistas não é que nós imergimos aqueles que

demonstram uma profissão de fé credível no Senhor Jesus Cristo. É, antes, que nós consis-

tentemente sustentamos as Escrituras, tanto na doutrina quanto na prática e, portanto,

batizamos somente os crentes, e isso por imersão de acordo com o ensino e exemplo

bíblico. Sola Scriptura é, de fato, o principal distintivo Batista do qual todos os outros distinti-

vos bíblica e logicamente seguem. Veja a Pergunta 13.

O Batismo, se realizado biblicamente e sobre um sujeito bíblico, é ao mesmo tempo um ato

de obediência, identificação e submissão. Ele é o primeiro ato de obediência, o primeiro

testemunho externo do novo crente correspondendo à Palavra de nosso Senhor: “Quem

crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Marcos 16:16). Esta

afirmação revela que aquele que está verdadeiramente convertido desejará estar exterior-

mente identificado com e em obediência à Palavra de seu Senhor e Salvador (Atos 2:36-

42; 8:36-38; 9:17-19). Ela também refuta a ideia de que o Batismo é essencial para a

salvação.

Segundo, é um ato de identificação. Os termos Gr. baptizein e baptisma derivam da raiz

baph, que significa “profundidade”. Estes termos denotam literalmente “mergulhar ou lavar

por imersão”. Há também um uso figurado da palavra “batizar”, significando identificar ou

uma mudança de identidade. João, o Batista, era João o “Identificador”, ou seja, ele não

apenas imergia seus convertidos, mas era o único cujo ministério era preparar um povo

para o Senhor e identificá-lo para Israel (Mateus 3:13-17; João 1:29-33). Nosso Senhor

mesmo, em Sua tristeza e sofrimento, usou este termo em sentido figurado de sua própria

identificação com os nossos pecados (Mateus 20:22-23; Marcos 10:38-39; Lucas 12:50).

Nenhum sentido de identificação, no entanto, deve substituir a verdade do Batismo por

imersão.

Com o que ou com quem os crentes são, então, identificados? O ato de ser “sepultado” na

água do Batismo e então levantado da água é o símbolo da união do crente com Cristo

(Romanos 6:3-5). Esta união espiritual, que o Batismo nas águas simboliza, é uma união

tanto em Sua morte quanto em Sua ressurreição. Veja a Pergunta 77. A união na morte de

Cristo significa necessariamente que o poder reinante do pecado foi quebrado. O verda-

deiro crente comete atos de pecado (1 João 2:1), mas ele já não vive em pecado como um

princípio reinante de sua vida (Romanos 6:6, 14; 1 João 3:9). A união em sua ressurreição

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de vida significa, necessariamente, que o mesmo Espírito que ressuscitou o Senhor dos

mortos agora habita e torna-se a graciosa dinâmica da vida do crente. Assim Paulo pôde

categoricamente declarar: “O pecado não terá domínio sobre vós” (Cf. Romanos 6:1-14).

Os crentes não estão mais sob um mero princípio externo de comando, mas um princípio

interno de graça capacitadora. Veja a Pergunta 95. Nós sustentamos que Romanos 6:3-5

refere-se a nossa união com Cristo, e o termo “batizado” é usado no sentido figurado. Se

esta passagem se referisse ao Batismo com água literal, então, um forte argumento poderia

ser feito pela regeneração batismal. Tomar a terminologia figuradamente tanto refuta a ideia

da regeneração batismal, quanto também se estabelece a importância e necessidade tanto

do modo e o sujeito do Batismo, ou seja, o Batismo do crente por imersão.

Terceiro, o Batismo é um ato de submissão. Algumas passagens afirmam que os ouvintes

foram batizados em Nome do Senhor Jesus (por exemplo: Atos 2:38; 8:16; 19:5). Isto não

contradiz Mateus 28:18-20, que ensina claramente o batismo em nome da Divindade

Triuna. Estas passagens ao contrário enfatizam que os crentes pública e voluntariamente

estão sob o Senhorio de Jesus Cristo: sob a autoridade de Seu Nome (Atos 2:36; Romanos

10:9; 2 Coríntios 4:5). Isto teve grande significado para os judeus e prosélitos que foram

convertidos do Judaísmo, e outros de origens pagãs, que tomaram o Nome do Senhor

Jesus publicamente no Batismo. Ele significava uma ruptura definitiva com a antiga vida e

religião deles, e frequentemente com famílias e todos os relacionamentos passados. Ele

ainda deve transmitir o mesmo.

Você foi biblicamente batizado? Você identificou-se publicamente com o Senhor Jesus

Cristo e Seu povo?

Pergunta 157: Qual é o modo bíblico e quem são os sujeitos adequados para o Batismo?

Resposta: O modo bíblico é por imersão e os únicos sujeitos apropriados são os crentes.

Atos 8:35-38: “Então Filipe, abrindo a boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a

Jesus. 36 E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis

aqui água; que impede que eu seja batizado? 37 E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o

coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. 38 E mandou

parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou”.

Veja também: Mateus 3:5-9; Marcos 1:5, 8; Marcos 16:16; Lucas 3:7-8; Atos 2:38-39, 41;

8:12; 9:17-18; 10:44-48; 16:14-15; 1 Coríntios 1:13-16.

Comentário

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E quanto ao modo de Batismo? O termo Gr. rhantizein denota “polvilhar;” a palavra proschu-

sis denota “derramar” ou “aspersão;” e a palavra louō denota “lavagem” ou “banho”. Estes

são os termos do Novo Testamento, e poderiam ter facilmente sido usados para “batismo”

(baptizein, baptisma) se estes designassem o modo. No entanto, tanto o modo quanto os

sujeitos podem ser argumentados a partir dos termos decorrentes do termo raiz baph

(profundidade), o simbolismo do batismo nas águas, e sua relação bíblica com a união do

crente com Cristo. Se, como Romanos 6:1-14; Gálatas 3:27; Colossenses 2:12 ensina

claramente, a união do crente com Cristo é descrita sob a figura do Batismo, então tanto o

modo quanto os sujeitos estão estabelecidos. Veja a Pergunta 156.

Primeiro, apenas a submersão e a imersão seriam apropriadamente transmitidas pela

terminologia utilizada.

Segundo, somente estas poderiam simbolizar adequadamente a união na morte e

ressurreição de nosso Senhor.

Terceiro, somente os crentes têm o direito e o privilégio de identificar-se simbolica-

mente com nosso Senhor nesta união espiritual.

Historicamente, a imersão era o modo habitual e normal do Batismo, mesmo na Igreja de

Roma, até pelo menos o século XII.

Por que, então, os argumentos para a aspersão infantil?

Primeiro, estes derivam de uma mentalidade sacramentalista que no início da história da

igreja substituiu o símbolo pela realidade e resultou no erro da regeneração batismal (c.

150 AD). O Pedobatismo tornou-se arraigado por decreto imperial até o quinto século sob

os Imperadores Justino e Justiniano. Os Reformadores do século XVI mantiveram este

conceito sacramentalista em uma forma modificada. A partir do terceiro século em diante,

o “batismo clínico” por derramamento ou aspersão foi praticado pela Igreja Estatal em casos

de doença ou morte iminente. A grande transição de imersão para aspersão, no entanto,

não prevaleceu, mesmo no Protestantismo, até o século XVI.

Em segundo está a ideia de que o Batismo é supostamente esse de lavagem ou limpeza,

em vez de mergulho, e o significado triplo que o Novo Testamento dá a entender. Vários

argumentos têm sido feitos para a aspersão ou derramamento como um modo adequado

para o Batismo. Tais argumentos baseiam-se em passagens que falam figuradamente

sobre ser lavado no sangue de Cristo, a lavagem da regeneração ou a lavagem dos

pecados (Atos 22:16; Tito 3:5; 1 Pedro 20-21). Quanto ao termo baptisma, é usado da

“lavagem de ‘mesas’”, sendo alegado que não poderiam ser imersas (Marcos 7:4). O termo

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“mesa” (klinōn) no entanto, refere-se a uma cama de doente, almofada ou colchão, que

pode ser imerso. Do Antigo Testamento Grego (A Septuaginta), duas passagens foram

utilizadas no argumento pela aspersão: a primeira é Isaías 52:15: “Assim borrifará muitas

nações...”. A palavra traduzida como “borrifar” (thaumazein) corretamente significa “assus-

tar”, e isso por si só se encaixa de forma coerente no contexto da v. 13-15. O segundo texto

é Daniel 4:33, em que o termo ebaphē deve ser tomado como uma hipérbole, “batizado”,

ou seja, “encharcado com o orvalho do céu”. Nenhum destes deixa de lado o modo bíblico

de imersão, o único que está de acordo com a terminologia e uso bíblico. O ensino claro do

Novo Testamento da imersão dos crentes não pode simplesmente ser anulado por um outro

sujeito e outro modo, sem alterar todo o significado do Batismo. Tal seria uma contradição

absoluta da verdade revelada.

Em terceiro lugar, a maioria dos protestantes tendem a se posicionar, por assim dizer, no

Antigo Testamento, e ver o Novo Testamento pelos olhos do Antigo. Os Batistas se posicio-

nam no Novo Testamento, e veem o Antigo Testamento pelos olhos do Novo, ou seja, os

Protestantes, nunca tendo totalmente saído da sombra de Roma, têm uma perspectiva

predominantemente dominada pelo Antigo Testamento, enquanto os Batistas têm uma

perspectiva decididamente Neotestamentária. Assim, tanto o Romanismo e muito do

Protestantismo têm uma tendência a exercer uma “mentalidade do Antigo Testamento”, que

vê o Novo Testamento como uma mera continuação do Antigo, negando, em essência, o

princípio completo da revelação progressiva nas Escrituras do Antigo Testamento da “som-

bra” (contorno escuro, tipo) (Hebreus 10:1) para a realidade (cumprimento, antítipo) do

Novo Testamento cumprida em realidades do Evangelho. Afirma-se que os ritos e cerimô-

nias do Antigo Testamento foram meramente substituídos por novos ritos e cerimônias do

Novo em vez de verdades plenas e finais do Evangelho, ou seja, que o Batismo substituiu

a circuncisão como um sinal da aliança e a Ceia do Senhor substituiu a Páscoa. Esta é a

fonte de ideias, tais como o sacerdócio Romano com os seus alegados poderes místicos,

paramentos e rituais, e a ideia de que o Batismo substituiu a circuncisão. O argumento que

o Batismo substituiu a circuncisão como o sinal ou selo da aliança foi usado pela primeira

vez por Ulreich Zwingli e Heinrich Bullinger em suas disputas com os Anabatistas no início

do século XVI, e tem sido trazido até o presente como o argumento essencial para o

Pedobatismo Protestante.

Deve-se notar que em Romanos 4:9-11, um dos principais textos-prova para este argu-

mento, que Abraão foi circuncidado como um crente, e que a circuncisão foi para ele pes-

soalmente um selo de sua fé, a fé que ele tinha antes de sua circuncisão! O antítipo do

Evangelho do Novo Testamento na circuncisão é a regeneração, a “circuncisão espiritual”,

e não o Batismo; é uma operação espiritual realizada apenas por Deus em cortar a carne

para que esta não tenha a preeminência (Romanos 2:28-29; Romanos 6:1-14; Colossenses

2:11-13). Se o Batismo é “o sinal ou selo da (Nova ou Evangélica) aliança”, então se refere

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necessariamente apenas aos crentes, ou seja, aqueles que são regenerados. Aqueles da

Antiga Aliança eram circuncidados, os do Novo ou Evangelho Pacto passam por uma

“circuncisão espiritual”, ou seja, regeneração. Assim, de forma consistente e inevitável-

mente somos trazidos ao Batismo de crentes. Veja a questão 83.

(Nota: O tipo nunca é igual totalmente ao antítipo ou realização. Levamos em conta que o

tipo, o sinal do Antigo Testamento ou “sombra” era meramente preparatório. Nem todos os

circuncidados foram incluídos na aliança, por exemplo, Ismael e muitos israelitas eram ape-

nas nominalmente o povo da aliança. A regeneração, o antítipo ou realização, dá a pleni-

tude e a finalidade da verdade. Todos os regenerados estão incluídos na Nova ou Aliança

Evangélica).

Além disso, a Páscoa não foi substituída pela Ceia do Senhor, mas foi cumprida no próprio

Cristo (1 Coríntios 5:7).

Você já foi biblicamente batizado em obediência à, em identificação com, e em submissão

ao nosso Senhor?

Pergunta 158: Os filhos de crentes professos devem ser batizados?

Resposta: Os filhos dos crentes professos não devem ser batizados, porque não há

mandamento nem exemplo nas Escrituras para o Batismo deles.

Atos 2:38-39: “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em

nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; 39

porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a

tantos quantos Deus nosso Senhor chamar”.

Atos 16:32-34: “E lhe pregavam a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua

casa. 33 E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e

logo foi batizado, ele e todos os seus. 34 E, levando-os à sua casa, lhes pôs a mesa; e, na

sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa”.

Veja também: Marcos 16:16; Atos 2:41; 8:35-39; 18:8; 22:13-16.

Comentário

É indiscutível que o Novo Testamento ensina claramente o Batismo de crentes, e que o

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modo simboliza a união dele com Cristo, ou seja, um sepultamento e uma ressurreição

espirituais. Veja a Pergunta 77. Sustentar outra maneira seria necessariamente mudar o

sentido, o modo e os sujeitos do Batismo.

Os argumentos para batismo infantil ou Pedobatismo, em oposição ao Batismo de crentes

são:

Primeiro, que o Batismo substituiu a circuncisão, e, por isso, os filhos de crentes pro-

fessos devem ser batizados. Já foi demonstrado que apenas para Abraão, pessoal-

mente, a circuncisão foi como um selo da justiça da fé que ele já possuía, ou seja,

Abraão foi circuncidado como um crente (Romanos 4:9-11). Veja a Pergunta 157. O

Novo Testamento não tem qualquer exemplo da prática de Pedobatismo. O argu-

mento que a transição da circuncisão para o Batismo foi tão grande e penetrante que

ele não precisa ser mencionado é um argumento de silêncio que contradiz os fatos e

práticas conhecidos.

Segundo, que os batismos domésticos no Novo Testamento devem ter incluído os

filhos também é contrário aos fatos conhecidos, como em cada exemplo está registra-

do que toda a família ouviu o Evangelho e creu.

Terceiro, um dos principais textos-prova, Atos 2:39, estende a promessa de “a vós e

a vossos filhos”, mas também estende a promessa do Evangelho “a todos os que

estão longe, a tantos quantos o Senhor nosso Deus chamar”. Omitir a última parte do

versículo não fortalece o argumento para o Pedobatismo.

Existe um perigo inerente em considerar os infantes, isto é, os bebês e as crianças pe-

quenas como “filhos da aliança” ou “dentro dos limites da igreja”, e de alguma forma no con-

texto da graça salvadora embora distantes do Evangelho e da fé pessoal. A regeneração

presuntiva pode provar em muitos casos ser um obstáculo ao Evangelho e evangelismo,

pois ao tornarem-se adultas, as crianças podem tornar-se confiantes de sua salvação sem

a necessidade de crer e de arrependerem-se de seus pecados.

Onde está a sua confiança e a sua esperança de salvação? Está colocada no Senhor Jesus

Cristo pela fé? Em qualquer lugar ou qualquer outra pessoa que nunca salvará você?

Sola Scriptura! • Sola Gratia! • Sola Fide! • Solus Christus! • Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.