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Prof. Thais de A. Almeida
Anatomia e histologia:
Peso: 50g
Tamanho: 8,0 x 6,0 x 3,0cm
idade
paridade
Corpo –
camadas histológicas
Ciclo menstrual:
Início – mestruação
desprendimento de 1∕2 a 2∕3 do endométrio
Fase proliferativa:
granulosa – estrogênio crescimento do endométrio
▪ glândulas retas, células altas,
sem vacúolos citoplasmáticos
▪ estroma denso
Ciclo menstrual:
Ovulação – início da produção de progesterona
declínio dos níveis de estrogênio
Fase secretora:
progesterona
▪ glândulas tortuosas e dilatadas,
células com vacúolos citoplasmáticos
Progesterona menstruação
Endometrite:
Inflamação do endométrio
Sangramento uterino disfuncional (SUD)
Dor abdominal
Corrimento purulento
Infertilidade
Endometrite:
▪ Aguda
pós parto ou abortamento
etiologia bacteriana – streptococcus β hemolítico;
Staphilococcus sp.
Retenção de restos placentários ou fetais
Neutrófilos
Tratamento – curetagem semiótica + antibioticoterapia
Endometrite:
▪ Crônica
DIP crônica
pós parto ou abortamento
DIU
tuberculose – disseminação sanguínea; salpingite
Plasmócitos, macrófagos, linfócitos
Tratamento - antibioticoterapia
Endometriose:
Acomete 10% das mulheres em idade fértil
Presença de tecido endometrial fora do endométrio:
Ovário – endometrioma.
Miométrio – adenomiose.
Ligamentos uterinos, peritônio, intestinos, cicatriz
de cesariana ou laparotomia, apêndice, etc.
Endometriose:
- Clínica:
dor cíclica:
dismenorréia, dor pélvica, dispareunia
irregularidade menstrual
disúria – bexiga
dor à defecação - reto
infertilidade – 30 a 40%
Endometriose:
▪ Nódulos avermelhados a castanhos
sofrem sangramento cíclico
▪ Glândulas e/ou estroma endometrial
Pólipos endometriais:
Projeções sésseis do endométrio
Únicos ou múltiplos
Crescem por estimulação estrogênica
Não respondem à progesterona
▪ Clínica:
assintomático
sangramento uterino disfuncional (SUD)
Pólipos endometriais:
Hiperplasia endometrial:
↑ glândulas endometriais > estroma endometrial
Estimulação estrogênica prolongada sem oposição da
progesterona:
anovulação (tumores ovarianos, SOP)
reposição hormonal
obesidade
Sangramento uterino disfuncional (SUD)
Espessamento endometrial à U.S.G.
Hiperplasia endometrial:
(arquitetura / atipia celular)
▪ Simples sem atipia:
glândulas de tamanho e formas
variadas, dilatadas, em quantida-
de aumentada
1% - adenocarcinoma
Hiperplasia endometrial:
(arquitetura / atipia celular)
▪ Simples com atipia:
arquitetura semelhanta à simples
sem atipia
núcleos vesiculares, com perda
da polaridade e nucléolo evidente
8% - adenocarcinoma
Hiperplasia endometrial:
(arquitetura / atipia celular)
▪ Complexa sem atipia:
grande quantidade de glândulas
aglomeradas e ramificadas
glândulas ainda individualizadas
3% - adenocarcinoma
Hiperplasia endometrial:
(arquitetura / atipia celular)
▪ Complexa com atipia:
arquitetura semelhanta à complexa
sem atipia
núcleos vesiculares, com perda
da polaridade e nucléolo evidente
23 a 48% - já apresentam adenocarcinoma (histerectomia)
Adenocarcinoma de endométrio:
Mulheres menopausadas (55 – 65 anos)
Sangramento uterino disfuncional
Aumento do tamanho uterino – tardio
Estimulação estrogênica prolongada
Padrões histológicos:
Tipo I (endometrioide) – mais comum
Tipo II (seroso / células claras / tumor mülleriano misto)
Adenocarcinoma de endométrio:
▪ Fatores de risco:
nuliparidade
ciclos menstruais irregulares anovulação
infertilidade
terapia estrogênica
tumores produtores de estrógenos
obesidade
diabetes mellitus
Adenocarcinoma de endométrio:
▪ Fatores de risco:
menarca precoce
menopausa tardia
hipertensão arterial
mutações genéticas –
gene PTEN (hiperplasia endometrial)
gene PIK3CA (invasão estromal)
gene p53 – tipo II
Adenocarcinoma de endométrio:
Tumoração polipoide ou espessamento
difuso do endométrio
Infiltração de miométrio, serosa, órgãos
adjacentes
invasão de tubas uterinas e ligamentos
Microscopia –
proliferação de glândulas atípicas alternadas com áreas
sólidas
Adenocarcinoma de endométrio:
▪ Tipo I (endometrioide):
Mais comum (85%)
Surge a partir da hiperplasia endometrial
Adenocarcinoma de endométrio:
▪ Tipo I (endometrioide):
Grau 1 - bem diferenciado:
< 5% de áreas sólidas
Grau 2 – moderadamente diferenciado:
5-50% de áreas sólidas
Grau 3 – pouco diferenciado:
> 50% de áreas sólidas
Adenocarcinoma de endométrio:
▪ Tipo II:
Menos comum (15%)
Mulheres mais velhas - 65 a 75 anos
Sempre pouco diferenciados (grau 3) - pior prognóstico
Subtipos –
seroso
células claras
tumor mülleriano misto maligno
Adenocarcinoma de endométrio:
▪ Tipo II:
Surge a partir da atrofia endometrial e carcinoma
endometrial intraepitelial.
Adenocarcinoma de endométrio:
▪ Fatores prognósticos:
tipo histológico
grau de diferenciação
profundidade de invasão do miométrio
invasão de colo uterino, trompas, ovários
invasão de estruturas adjacentes
presença de metástase linfonodal
presença de metástase à distância
Leiomioma uterino:
Tumor benigno - músculo liso (miométrio)
Múltiplos > únicos
▪ Clínica:
assintomático
sangramento uterino disfuncional
sintomas compressivos (bexiga)
infertilidade
abortamento, parto prematuro, apresentações anômalas
Leiomioma uterino:
Nódulos bem circunscritos, firmes, fasciculados,
esbranquiçados
Tamanhos variáveis
Localizações:
intramural
submucoso
subseroso
Leiomioma uterino:
Feixes de células musculares lisas
Ausência de atipia celular
Raras mitoses
Ausência de necrose
Leiomiossarcoma uterino:
Tumor maligno originado no músculo liso do miométrio
Mulheres > 40 a 60 anos
Recorrentes
Metástases –
pulmão, ossos, cérebro
Sobrevida em 5 anos – 40%
Leiomiossarcoma uterino:
Massa volumosa invadindo parede miometrial
Geralmente, único
Aspecto macroscópico semelhante
ao leiomioma
Necrose
Hemorragia
Leiomiossarcoma uterino:
Celularidade ↑
Atipia celular
Índice mitótico ↑
Necrose
Anatomia e histologia:
Tamanho: 4,0 x 2,5 x 1,5cm
Córtex –
tecido conjuntivo
células estromais
folículos ovarianos
Medula –
mesênquima
nervos, vasos, células epiteloides
Cistos:
▪ Cisto de inclusão epitelial:
Muito comuns
Não neoplásico
Invaginação do epitélio da superfície ovariana
Cistos:
▪ Corpo lúteo:
Não neoplásico
Ruptura – reação peritoneal
Hemorragia
Microscopia –
células da granulosa luteinizadas
Cistos:
▪ Folículos císticos:
Origem no folículo de Graaf
Não neoplásico
Múltiplos
Tamanho:
< 2,0cm
> 2,0cm – cisto folicular
Líquido claro
Doença ovariana policística:
3 a 6% das mulheres
Anovulação
Obesidade (40%)
Hirsutismo (50%)
Virilismo
↑ LH estimula folículos a produzirem andrógenos
em excesso
Doença ovariana policística:
Tamanho aumentado
Superfície lisa, lobulada
Cistos com conteúdo líquido claro
Microscopia –
Numerosos folículos císticos e
cistos foliculares
epitélio superficial
Origem histológica células germinativas
estroma
Metastáticos
benignos (80%) – 20-45 anos
Agressividade limítrofes
malignos – 45-65 anos
▪ Clínica:
dor abdominal
distensão abdominal
sintomas compressivos (TGI / urinários)
sangramento vaginal
fraqueza, perda de peso, caquexia
ascite
Fatores de risco:
Nuliparidade / baixa paridade
História familiar
Tabagismo – tumores epiteliais mucinosos
Mutações genéticas –
gene KRAS e BRAF
gene p53
genes BRCA1 e BRCA2
- risco 20 a 60% aos 70 anos
- também eleva incidência de câncer de mama
Fatores de risco:
Epiteliais:
Maioria
Formam cistos e áreas sólidas
Classificados de acordo com o tipo de epitélio presente -
▪ Serosos – epitélio colunar semelhante ao tubário
▪ Mucinosos – epitélio colunar com vacúolo citoplasmático
(semelhante ao intestinal ou cervical)
▪ Endometrioides – formam glândulas semelhantes às
endometriais
Serosos:
Tumores epiteliais mais comuns (50%)
Maioria benigno ou limítrofe (70%)
Uni ou bilaterais
Tumores císticos – conteúdo líquido claro
Células colunares ciliadas ou não
Serosos:
Mucinosos:
Maioria benigno ou limítrofe (80%)
Bilaterais (<5% - menos comum que os serosos)
Tumores císticos – conteúdo gelatinoso
Células colunares com mucina apical, semelhante ao epitélio
cervical ou intestinal
Mucinosos:
Mucinosos:
▪ Pseudomixoma peritonei –
tumor mucinoso em ovário
ascite mucinosa
implantes tumorais peritoneais
aderências
Geralmente, o tumor mucinoso primário é extra-ovariano
(apêndice)
Obstrução intestinal
Serosos e mucinosos:
(cistoadenomas)
▪ Benignidade:
Macroscopia – unilateralidade
superfície externa lisa
unicavitados
parede interna lisa ou com poucas papilas
delicadas
septos finos
ausência de áreas sólidas
Serosos e mucinosos:
(cistoadenomas)
▪ Benignidade:
Microscopia – camada epitelial única
papilas simples
ausência de atipia nuclear e pleomorfismo
ausência de invasão do estroma
poucas mitoses, típicas
Serosos e mucinosos:
(cistoadenocarcinomas)
▪ Malignidade:
Macroscopia – bilateralidade
superfície externa com projeções papilíferas
multicavitados
parede interna irregular, com muitas papilas
septos espessos
áreas sólidas
necrose e hemorragia
Serosos e mucinosos:
(cistoadenocarcinomas)
▪ Malignidade:
Microscopia – epitélio estratificado
papilas complexas
atipia nuclear e pleomorfismo
mitoses atípicas
necrose e hemorragia
calcificação (psamomas)
invasão do estroma
Serosos e mucinosos:
▪ Fatores prognósticos:
grau de diferenciação (atipia celular) -
baixo grau – bem diferenciados
alto grau – moderadamente e pouco diferenciados
disseminação peritoneal (ruptura da cápsula) –
implantes
pseudomixoma peritonei
Endometrioides:
Raros
Mais frequentemente malignos do que os serosos e mucinosos
Concomitância de adenocarcinoma de endométrio – 15 a 30%
Mutação nos genes PTEN, KRAS e β-catenina
Bilaterais em 40%
Tumores císticos e sólidos
Formam glândulas tubulares semelhantes às endometriais
Teratoma:
Tumor de células germinativas mais comum
benignos (maduros)
malignos (imaturos)
adultos jovens, idade fértil
assintomático (achados)
síndrome paraneoplásica –
produção e liberação de hormônios
Teratoma:
▪ Maduro:
bilateral em 10 a 15%
cisto uniloculado –
pêlos, material sebáceo, dente, osso, cartilagem
Teratoma:
▪ Maduro:
parede revestida por epitélio escamoso estratificado e
anexos cutâneos
cartilagem, osso, tecido neural (3 linhagens germinativas)
1% - malignização
Teratoma:
▪ Imaturo:
adolescentes, jovens (18 anos)
crescimento rápido
disseminação local e à distância
mais volumosos
sólidos
necrose e hemorragia
presença de tecido embrionário e fetal imaturo (neuroepitélio)
Disgerminoma:
Metade dos tumores de células germinativas
2ª e 3ª décadas de vida
Unilaterais – 90%
Sempre malignos
Bom prognóstico -
sensível à quimioterapia
Disgerminoma:
Sólidos
Tamanho variável
Células grandes, citoplasma claro e limites bem definidos
Organizadas em cordões
Estroma fibroso rico em linfócitos
Fibromas / Tecomas / Fibrotecomas:
4% dos tumores ovarianos
Maioria benigna
Unilaterais
Massa pélvica
Dor abdominal
Ascite
Hidrotórax Sindrome de Meigs
Tumor ovariano
Fibromas / Tecomas / Fibrotecomas:
Sólidos, duros
▪ Fibroblastos (fibroma), células fusiformes
com lipídio no citoplasma (tecomas) ou
misto (fibrotecomas)
▪ Tecido conjuntivo colagenoso
Metástases:
Tumores bilaterais
Útero, trompa uterina, ovário contralateral
Mama, melanomas, TGI
Tumor de Krukenberg – células em anel de sinete (estômago)