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As Santas Missões Populares Formação dos Fiéis Leigos O Conteúdo do Querigma: Da Criação à Parusia “Não te envergonhes, pois, de dar testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro; pelo contrário, participa do meu sofrimento pelo evangelho, confiando no poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com vocação santa, não em virtude de nossas obras, mas em virtude do seu próprio

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As Santas Missões PopularesFormação dos Fiéis Leigos

O Conteúdo do Querigma:

Da Criação à Parusia“Não te envergonhes, pois, de dar testemunho de nosso Senhor,

nem de mim, seu prisioneiro; pelo contrário, participa do meu sofrimento pelo evangelho, confiando no poder de Deus, que nos

salvou e nos chamou com vocação santa, não em virtude de nossas obras, mas em virtude do seu próprio desígnio e graça. Essa graça, que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos

eternos, foi manifestada agora pela aparição de nosso Salvador, o Cristo Jesus. Ele não só destruiu a morte, mas também fez brilhar

a vida e a imortalidade pelo Evangelho, para o qual fui constituído pregador, apóstolo e doutor.” (2Tm 1,8-11)

Apostila 3/3 Pe. Genival Antônio Pessotto

Abril/2015

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Índice

1. Deus tem a iniciativa do Amor Redentor Universal 032. A função do Espírito Santo na Ressurreição da Humanidade 043. A Igreja: Corpo Místico de Cristo (Unidade da Humanidade) 064. Vida Pós Morte 08 4.1. O Céu 08 4.2. Purgatório 09 4.3. O Inferno 10 4.4. O Juízo Final e Novo céu e nova terra 105. A Oração 12 5.1 A oração do Pai Nosso: o modelo de oração 12 5.2 Os 3 passos da Verdadeira Oração 14

5.3 Uma reflexão sobre a Oração em Mateus 6,24—7,14 14 5.4 Uma reflexão pessoal sobre a verdadeira oração 16 5.5 A mais bela profissão do homem é rezar e amar (Cura D´Ars) 16

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Pai NossoNaquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Quando orardes, não

useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. Vós deveis rezar assim:

Pai nosso que estás nos céus,santificado seja o teu nome; (1°)

venha o teu Reino; (2°)seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. (3°)

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. (4°)Perdoa as nossas ofensas,

assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. (5°)E não nos deixes cair em tentação, (6°)

mas livra-nos do mal. (7°)

De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.

(Mateus 6,7-15)

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1. Deus tem a iniciativa do Amor Redentor Universal

§604 Ao entregar seu Filho por nossos pecados, Deus manifesta que seu desígnio sobre nós é um desígnio de amor benevolente que antecede a qualquer mérito nosso: "Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele quem nos amou e enviou-nos seu Filho como vítima de expiação por nossos pecados" (1Jo 4,10). "Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores" (Rm 5,8).

§211 O Nome divino "Eu sou" ou "Ele é" exprime a fidelidade de Deus, que, apesar da infidelidade do pecado dos homens e do castigo que ele merece, "guarda seu amor a milhares" (Ex 34,7). Deus revela que é "rico em misericórdia" (Ef 2,4), indo até o ponto de dar seu próprio Filho. Ao dar sua vida para libertar-nos do pecado, Jesus revelará que ele mesmo traz o Nome divino: "Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que “EU SOU" (Jo 8,28).

§605 Este amor não exclui ninguém. Jesus lembrou-o na conclusão da parábola da ovelha perdida: "Assim, também, não é da vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca" (Mt 18,14). Afirma ele "dar sua vida em resgate por muitos" (Mt 20,28); este último termo não é restritivo: opõe o conjunto da humanidade à única pessoa do Redentor que se entrega para salvá-la. A Igreja, no seguimento dos apóstolos, ensina que Cristo morreu por todos os homens sem exceção: "Não há, não houve e não haverá nenhum homem pelo qual Cristo não tenha sofrido".

§402 Todos os homens estão implicados no pecado de Adão. São Paulo o afirma: "Pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores" (Rm 5,19). "Como por meio de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, assim a morte passou para todos os homens, porque todos pecaram..." (Rm 5,12). A universalidade do pecado e da morte o Apóstolo opõe a universalidade da salvação em Cristo: "Assim como da falta de um só resultou a condenação de todos os homens, do mesmo modo, da obra de justiça de um só (a de Cristo), resultou para todos os homens justificação que traz a vida" (Rm 5,18).

§634 "A Boa Nova foi igualmente anunciada aos mortos..." (1Pd 4,6). A descida aos Infernos é o cumprimento, até sua plenitude, do anúncio evangélico da salvação. É a fase última da missão messiânica de Jesus, fase condensada no tempo, mas imensamente vasta em sua significação real de extensão da obra redentora a todos os homens de todos os tempos e de todos os lugares, pois todos os que são salvos se tomaram participantes da Redenção.

§635 Cristo desceu, portanto, no seio da terra, a fim de que "os mortos ouçam a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem vivam" (Jo 5,25). Jesus, "o Príncipe da vida", "destruiu pela morte o dominador da morte, isto é, O Diabo, e libertou os que passaram toda a vida em estado de servidão, pelo temor da morte" (Hb 2,5). A partir de agora, Cristo ressuscitado "detém a chave da morte e do Hades" (Ap 1,18), e "ao nome de Jesus todo joelho se dobra no Céu, na Terra e nos Infernos" (Fl 2,10). Um grande silêncio reina hoje na terra, um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio porque o Rei dorme. A terra tremeu e acalmou-se porque Deus adormeceu na carne e foi acordar os que dormiam desde séculos... Ele vai procurar Adão,

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nosso primeiro Pai, a ovelha perdida. Quer ir visitar todos os que se assentaram nas trevas e à sombra da morte. Vai libertar de suas dores aqueles dos quais é filho e para os quais é Deus: Adão acorrentado e Eva com ele cativa. "Eu sou teu Deus, e por causa de ti me tornei teu filho. Levanta-te, tu que dormes, pois não te criei para que fiques prisioneiro do Inferno: Levanta –te dentre os mortos, eu sou a Vida dos mortos." (Homilia da Vigília Pascal na Liturgia das Horas)

2. A função do Espírito Santo na Ressurreição da Humanidade

§686 O Espírito Santo está em ação com o Pai e o Filho do início até a consumação do Projeto de nossa salvação. Mas é nos "últimos tempos", inaugurados pela Encarnação redentora do Filho que ele é revelado e dado, reconhecido e acolhido como Pessoa. Então este Projeto Divino, realizado em Cristo, "Primogênito" e Cabeça da nova criação, poderá tomar corpo na humanidade pelo Espírito difundido: a Igreja, a comunhão dos santos, a remissão dos pecados, a ressurreição da carne, a Vida Eterna.

§687 "O que está em Deus, ninguém o conhece senão o Espírito de Deus" (1 Cor 2,11). Ora, seu Espírito que o revela nos conhecer Cristo, seu Verbo, sua Palavra viva, mas não se revela a si mesmo. Aquele que "falou pelos profetas" faz-nos ouvir a Palavra do Pai. Mas, ele mesmo, nós não o ouvimos. Só o conhecemos no momento em que nos revela o Verbo e nos dispõe a acolhê-lo na fé. O Espírito de Verdade que nos "desvenda” o Cristo "não fala de si mesmo". Tal apagamento, propriamente divino, explica por que "o mundo não pode acolhê-lo, porque não o vê nem o conhece", enquanto os que creem em Cristo o conhecem, porque ele permanece com eles (Jo 14,17).

§690 Jesus é Cristo, "ungido", porque o Espírito é a unção dele, e tudo o que advém a partir da Encarnação decorre desta plenitude. Quando finalmente Cristo é glorificado, pode, por sua vez, de junto do Pai, enviar o Espírito aos que creem nele: comunica-lhes sua glória, isto é, o Espírito Santo que o glorifica. A missão conjunta se desdobrará então nos filhos adotados pelo Pai no Corpo de seu Filho: a missão do Espírito de adoção será uni-los a Cristo e fazê-los viver nele: A noção da unção sugere... que não existe nenhuma distância entre o Filho e o Espírito.

§692 Ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, Jesus o denomina o "Paráclito", literalmente: aquele que é chamado para perto de, "advocatus" (Jo 14,16.26; 15,26; 16,7). "Paráclito" é habitualmente traduzido por "Consolador", sendo Jesus o primeiro consolador. O próprio Senhor chama o Espírito Santo. “Espírito de Verdade".

§705 Desfigurado pelo pecado e pela morte, o homem continua sendo "à imagem de Deus", à imagem do Filho, mas é "privado da Glória de Deus", privado da "semelhança". A promessa feita a Abraão o inaugura a Economia da salvação, no fim da qual o próprio Filho assumirá "a imagem" e a restaurará na "semelhança" com o Pai, restituindo-lhe a Glória, o Espírito "que dá a vida".

O termo Economia da salvação pode ser traduzido por Plano da Salvação.

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O fato de estarmos aqui neste mundo passageiro (ilusório), nos sentindo separados de Deus não significa que de fatos o estamos, como disse o texto permanecemos unidos a Ele. Precisamos apenas recuperar a nossa semelhança aceitando a expiação, corrigindo os nossos erros, as nossas mentes e nos entregarmos a Deus.

§706 Contra toda esperança humana, Deus promete a Abraão a uma descendência, como fruto da fé e do poder do Espírito Santo. Nela serão abençoadas todas as nações da terra. Esta descendência será Cristo, no qual a efusão do Espírito Santo fará "a unidade dos filhos de Deus dispersos". Ao comprometer-se por juramento, Deus já se compromete a dar seu Filho bem-amado e "o Espírito da promessa... que prepara a redenção do Povo que Deus adquiriu para si".

§720 Finalmente, com João Batista o Espírito Santo inaugura, prefigurando-o, o que realizará com e em Cristo: restituirá ao homem "a semelhança" divina. O Batismo de João era para o arrependimento, o Batismo da água e no Espírito será um novo nascimento.

§725 Finalmente, por Maria o Espírito Santo começa a pôr em Comunhão com Cristo os homens, "objetos do amor benevolente de Deus", e os humildes são sempre os primeiros a recebê-lo: os pastores, os magos, Simeão e Ana, os esposos de Caná e os primeiros discípulos.

§726 Ao final desta missão do Espírito, Maria torna-se a "Mulher", nova Eva, "mãe dos viventes", Mãe do "Cristo total". É nesta qualidade que ela está presente com os Doze, "com um só coração, assíduos à oração" (At 1,14), na aurora dos "últimos tempos" que o Espírito vai inaugurar na manhã de Pentecostes, com a manifestação da Igreja.

§734 Pelo fato de estarmos mortos, ou, pelo menos, feridos pelo pecado, o primeiro efeito do dom do Amor é a remissão de nossos pecados. É a comunhão do Espírito Santo (2Cor 13,13) que, na Igreja, restitui aos batizados a semelhança divina perdida pelo pecado.

Como foi explicado sobre a queda, a separação de Deus nos torna como que “mortos”. Deus vem ao nosso encontro enviando Jesus Cristo para assumir a nossa natureza (encarnação) e apagar os nossos pecados (expiação) e o Espírito Santo nos une.

§736 É por este poder do Espírito que os filhos de Deus podem dar fruto. Aquele que nos enxertou na verdadeira vida nos fará produzir "o fruto do Espírito, que é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, autodomínio" (Gl 5,22-23). "Se vivemos pelo Espírito", quanto mais renunciarmos a nós mesmos, tanto mais "pelo Espírito pautemos também a nossa conduta": Por estarmos em comunhão com Ele, o Espírito Santo torna-nos espirituais, recoloca-nos no Paraíso, reconduz-nos ao Reino dos Céus e à adoção filial, dá-nos a confiança de chamarmos Deus de Pai e de participarmos na graça de Cristo, de sermos chamados filhos da luz e de termos parte na vida eterna.

Fomos enxertados em Cristo, ou seja, unidos a Ele. Devemos renunciar ao nosso Ego, deixarmos de ser separados para sermos unidos.

João 16,12: 12 Tenho ainda muito que vos dizer, mas não podeis agora suportar . 13Quando vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à verdade plena, pois não falará de si mesmo, mas

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dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas futuras. 14Ele me glorificará porque receberá do que é meu e vos anunciará. 15Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse: ele receberá do que é meu e vos anunciará.

Resumindo

O Espírito Santo está em ação com o Pai e o Filho do início até a consumação do Projeto de nossa salvação.

O Espírito Santo não fala de si mesmo, mas da expiação realizada por Jesus Cristo. A missão do Espírito Santo será unir a humanidade a Cristo e fazê-la viver nele. O Espírito Santo é "Paráclito", ou seja, o “Advogado”, aquele que nos defende contra o

Diabo (divisão) e do nosso ego (concupiscência, viver separado de Deus). Ele nos defende de todo tipo de separação.

Desfigurado pelo pecado e pela morte, o homem continua sendo "à imagem de Deus", à imagem do Filho, mas é "privado da Glória de Deus", privado da "semelhança". O ser humano mantem o seu espírito intacto (imagem), mas está privado da semelhança pois sua mente e o seu corpo se sente separado de Deus e precisa ser restaurada por Cristo. O ser humano neste mundo está privado da Glória de Deus, ou seja, da união com Ele, privado da plenitude, da abundância, da vida.

Com Abraão se manifesta a Economia da Salvação, Deus revela que tem um plano para nos conduzir de volta para a unidade, para o céu.

O Espírito Santo nos unifica e nos une com Deus. O Espírito Santo nos devolverá a Semelhança divina nos unindo novamente a Deus. Eva é símbolo da humanidade que aceitou a proposta da separação e Maria é símbolo

da humanidade que disse “sim” aceitando a proposta da união, por isso gerou Jesus Cristo. Todos que aceitam a união com Deus, geram dentro de si Cristo.

Nós devemos renunciar a nós mesmos (ego/mente separada) para aceitarmos a união com Cristo. (Fazei de nós um só corpo e um só espirito)

3. A Igreja: Corpo Místico de Cristo (Unidade da Humanidade)

§737 A missão de Cristo e do Espírito Santo realiza-se na Igreja, Corpo de Cristo e Templo do Espírito Santo. Esta missão conjunta associa a partir de agora os fiéis de Cristo à sua comunhão com o Pai no Espírito Santo: o Espírito prepara os homens, antecipa-se a eles por sua graça, para atraí-los a Cristo. Manifesta-lhes o Senhor ressuscitado, lembra-lhes sua palavra, abrindo-lhes o espírito à compreensão de sua Morte e Ressurreição. Torna-lhes presente o mistério de Cristo, eminentemente na Eucaristia, a fim de reconciliá-los, de colocá-los em comunhão com Deus, a fim de fazê-los produzir "muito fruto".

A Igreja a que se refere o parágrafo acima não é a “Instituição”, mas sim o corpo místico de Cristo, ou seja, a união dos fiéis, as mentes unidas.

§738 Assim, a missão da Igreja não é acrescentada à de Cristo e do Espírito Santo, senão que é o Sacramento dela: por todo o seu ser e em todos os seus membros, a Igreja é enviada a

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anunciar e testemunhar, atualizar e difundir o mistério da comunhão da Santíssima Trindade: Nós todos, que recebemos o único e mesmo espírito, a saber, o Espírito Santo, unimo-nos profundamente entre nós e com Deus. Pois embora sejamos numerosos separadamente e embora Cristo faça com que o Espírito do Pai e o dele habite em cada um de nós, este Espírito único e indivisível reconduz por si mesmo à unidade os que são distintos entre si... e faz com que todos apareçam como uma só coisa nele mesmo. E, da mesma forma que o poder da santa humanidade de Cristo faz com que todos aqueles em quem ela se encontra formem um só corpo, penso que da mesma maneira o Espírito de Deus que habita em todos, único e indivisível, os reconduz todos à unidade espiritual. (São Cirilo de Alexandria)

A Igreja é neste mundo sacramento, ou seja, sinal da unidade total que será quando voltamos para o céu. (União com Deus)

§775 "A Igreja é, em Cristo, como que o sacramento ou o sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano." Ser o sacramento da união íntima dos homens com Deus é o primeiro objetivo da Igreja. Visto que a comunhão entre os homens está enraizada na união com Deus, a Igreja é também o sacramento da unidade do gênero humano. Nela, esta unidade já começou , pois ela congrega homens "de toda nação, raça, povo e língua" (Ap 7,9); ao mesmo tempo, a Igreja é "sinal e instrumento" da plena realização desta unidade que ainda deve vir.

§823 "A Igreja... é, aos olhos da fé, indefectivelmente santa, pois Cristo, Filho de Deus, que com o Pai e o Espírito Santo é proclamado o 'único Santo', amou a Igreja como sua Esposa. Por ela se entregou com o fim de santificá-la. Uniu-a a si como seu corpo e cumulou-a com o dom do Espírito Santo, para a glória de Deus." A Igreja é, portanto, "o Povo santo de Deus", e seus membros são chamados "santos".

§948 O termo "comunhão dos santos" tem, pois, dois significados intimamente interligados: "comunhão nas coisas santas (sancta)" e "comunhão entre as pessoas santas (sancti)". "Sancta sanctis!" (o que é santo para os que são santos): assim proclama o celebrante na maioria das liturgias orientais no momento da elevação dos santos dons, antes do serviço da comunhão. Os fiéis (sancti) são alimentados pelo Corpo e pelo Sangue de Cristo (sancta), a fim de crescerem na comunhão do Espírito Santo (Koinonia) comunicá-la ao mundo.

§955 A união dos que estão na terra com os irmãos que descansam na paz de Cristo de maneira alguma se interrompe; pelo contrário, segundo a fé perene da Igreja, vê-se fortalecida pela comunicação dos bens espirituais."

§959 ... na única família de Deus. "Todos os que somos filhos de Deus e constituímos uma única família em Cristo, enquanto nos comunicamos uns com os outros em mútua caridade e num mesmo louvor à Santíssima Trindade, realizamos a vocação própria da Igreja."

§962 Cremos na comunhão de todos os fiéis de Cristo, dos que são peregrinos na terra, dos de juntos que estão terminando a sua purificação, dos bem-aventurados do céu, formando, todos juntos, uma só Igreja, e cremos que nesta comunhão o amor misericordioso de Deus e de seus santos está sempre à escuta de nossas orações."

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João 14,18-20: 18Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós. 19Ainda um pouco e o mundo não mais me verá, mas vós me vereis porque eu vivo e vós vivereis. 20 Nesse dia compreendereis que estou em meu Pai e vós em mim e eu em vós.

Resumindo Quando nos unimos e nos unimos com Deus formamos a Igreja, corpo místico de Cristo.

Utilizamos então o termo “Igreja” para designar a união das pessoas entre si mesmas e com Cristo para voltar a ser um com Deus. Isso não tem nada a ver com a instituição. É essa Igreja (povo de Deus unido) que Cristo se refere e não as instituições (Igreja católica, Assembleia de Deus, Luterana, Ortodoxa, Universal, etc.)

Esta Igreja, corpo místico de Cristo é sacramento (sinal) da vida nova na unidade no céu. Por isso a Igreja é por natureza anunciadora e promovedora da unidade de todos os seres humanos e de todos os seres humanos com Cristo.

Todos estamos unidos, não somente entre nós que estamos aqui na Terra, mas também unidos com todos os que partiram.

Os unidos comunicam entre si o Amor.

4. Vida Pós Morte

4.1. O Céu

§1024 A vida perfeita com a Santíssima Trindade, a comunhão de vida e de amor com ela, com a Virgem Maria, os anjos e todos os bem-aventurados, é denominada "o Céu". O Céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva.

§1026 Por sua Morte e Ressurreição, (expiação) Jesus Cristo nos "abriu" o Céu. A vida dos bem-aventurados consiste na posse em plenitude dos frutos da redenção operada por Cristo, que associou à sua glorificação celeste os que creram nele e que ficaram fiéis à sua vontade. O céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão perfeitamente incorporados a Ele.

§1027 Este mistério de comunhão bem-aventurada com Deus e com todos os que estão em Cristo supera toda compreensão e toda imaginação. A Escritura fala-nos dele em imagens: vida, luz, paz, festim de casamento, vinho do Reino, casa do Pai, Jerusalém celeste, Paraíso. "O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam" (1Cor 2,9).

Marcos 1,14-15: 14Depois que João foi preso, veio Jesus para a Galiléia proclamando o Evangelho de Deus: 15“Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e credes no Evangelho”.

Lucas 17,20-21: 20Interrogado, pelos fariseus sobre quando chegaria o Reino de Deus, respondeu-lhes: “A vinda do Reino de Deus não é observável. 21Não se poderá dizer: ‘Ei-lo aqui! Ei-lo ali!’, pois eis que o Reino de Deus está dentro de vós”.

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Resumindo O céu é o estado de espírito onde todas as mentes são unidas no Amor. Todos unidos

entre si e unidos a Trindade. Seremos todos incorporados no Cristo. “Fazei de nós um só corpo e um só espírito”. O céu está dentro de nós é um estado de espírito.

4.2. Purgatório

§1030 Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu.

§1031 A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório sobretudo no Concílio de Florença e de Trento. Fazendo referência a certos textos da Escritura, a tradição da Igreja fala de um fogo purificador: No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo, que, se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será  perdoada nem presente século nem no século futuro (Mt 12,32). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro.

§1032 Este ensinamento apoia-se também na prática da oração pelos defuntos, da qual já a Sagrada Escritura fala: "Eis por que ele [Judas Macabeu) mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado" (2Mc 12,46). Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos: Levemo-lhes socorro e celebremos sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício de seu pai que deveríamos duvidar de que nossas oferendas em favor dos mortos lhes levem alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer nossas orações por eles. (São João Crisóstomo)

Resumindo O céu é o estado de espírito onde todas as mentes são unidas no Amor. Todos unidos

entre si e unidos a Trindade. O purgatório é o estado de espírito das pessoas que ainda não aceitaram esta união

total, que estão se purificando para aceitarem a Expiação. Quem for para o purgatório terá salvação eterna garantida. Devemos rezar pelos mortos não para que Deus os acolha no céu, porque Deus está de

portas abertas para recebe-los, mas rezamos para que os mortos aceitem a redenção e se entreguem a Deus na união total.

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4.3 O Inferno

§1033 Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos: "Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele" (1Jo 3,14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves dos pobres e dos pequenos que são seus irmãos. Morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de autoexclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra "inferno".

O nosso saudoso, e agora Beato, Papa João Paulo segundo na sua carta encíclica sobre “O Espírito Santo na vida da Igreja e do Mundo” nos explica essa questão da auto-exclusão quando fala sobre o pecado contra o Espírito Santo. O parágrafo 46 deste documento (cf. apostila 2/3 p. 33-34

Resumindo O inferno é o estado de espírito das pessoas que não fizeram a opção livre de amar a

Deus e se entregar a Ele. O inferno é o estado de espírito de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados.

Segundo o Beato Papa João Paulo II: As portas da redenção permanecem sempre abertas na economia da Salvação.

Sempre digo quando me perguntam: o Inferno existe? Sim, respondo eu, mas espero que ele esteja vazio. Ou seja, a possibilidade de alguém não aceitar a expiação e preferir ficar eternamente separado de Deus existe, mas espero que ninguém faça essa opção, que no final todos aceitem a graça da salvação dada gratuitamente por Deus.

4.4 O Juízo Final e Novo céu e nova terra

§679 Cristo é Senhor da vida eterna. O pleno direito de julgar definitivamente as obras e os Coração dos homens pertence a Ele, enquanto redentor do mundo. Ele “adquiriu” este direito pela sua cruz. Por isso, o Pai entregou “ ao Filho todo o poder de julgar ” (Jo 5, 22). Ora, o Filho não veio para julgar, mas para salvar e dar a vida que tem em Si. E pela recusa da graça nesta vida que cada qual se julga já a si próprio, recebe segundo as suas obras e pode, mesmo, condenar-se para a eternidade, recusando o Espirito de amor.

§1040 O Juízo Final acontecerá por ocasião da volta gloriosa de Cristo. Só o Pai conhece a hora e o dia desse Juízo, só Ele decide de seu advento. Por meio de seu Filho, Jesus Cristo, Ele pronunciará então sua palavra definitiva sobre toda a história. Conheceremos então o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais sua providência terá conduzido tudo para seu fim último. O Juízo Final revelará que a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que seu amor é mais forte que a morte.

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§1044 Neste "universo novo", a Jerusalém celeste, Deus terá sua morada entre os homens. "Enxugará toda lágrima de seus olhos , pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais. Sim! As coisas antigas se foram!" (Ap 21,4).

§1045 Para o homem, esta consumação será a realização última da unidade do gênero humano, querida por Deus desde a criação e da qual a Igreja peregrinante era "como o sacramento". Os que estiverem unidos a Cristo formarão a comunidade dos remidos, a cidade santa de Deus (Ap 21,2), "a Esposa do Cordeiro" (Ap 21,9). Esta não será mais ferida pelo pecado, pelas impurezas, pelo amor-próprio, que destroem ou ferem a comunidade terrestre dos homens. A visão beatífica, na qual Deus se revelará de maneira inesgotável aos eleitos, será a fonte inexaurível de felicidade, de paz e de comunhão mútua.

§1046 Quanto ao cosmos, a Revelação afirma a profunda comunidade de destino do mundo material e do homem: Pois a criação em expectativa anseia pela revelação dos filhos de Deus (...) na esperança de ela também ser libertada da escravidão da corrupção (...). Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos interiormente, suspirando pela redenção de nosso corpo (Rm 8,19-23).

§1047 Também o universo visível está, portanto, destinado a ser transformado, "a fim de que o próprio mundo, restaurado em seu primeiro estado, esteja, sem mais nenhum obstáculo, a serviço dos justos", participando de sua glorificação em Cristo ressuscitado.

§1050 "Com efeito, depois que propagarmos na terra, no Espírito do Senhor e por ordem sua, os valores da dignidade humana, da humanidade fraterna e da liberdade, todos estes bons frutos da natureza e de nosso trabalho, nós os encontraremos novamente, limpos, contudo, de toda impureza, iluminados e transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o reino eterno e universal. Deus será, então, "tudo em todos" (1Cor 15,28), na Vida Eterna: A vida, em sua própria realidade e verdade, é o Pai que, pelo Filho e no Espírito Santo, derrama sobre todos, sem exceção, dons celestes. Graças à sua misericórdia também nós, os homens, recebemos a promessa indefectível da Vida Eterna.

Resumindo Jesus recebeu do Pai o direito de julgar os vivos e os mortos mas, Jesus não veio para

julgar e sim para salvar, o seu julgamento consistirá em acabar com o Pecado Original e nos levar de volta para o Pai.

O Juízo Final revelará que a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que seu amor é mais forte que a morte. Deus vencerá toda a separação.

Neste dia o próprio Deus Pai enxugará as lágrimas de cada rosto. No juízo final Deus Pai unirá toda a humanidade querida por Ele desde a criação. Deus então será tudo em todos.

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5. A Oração5.1 A oração do Pai Nosso: o modelo de oração

Pai Tratar Deus como um Pai amoroso que providencia o que nós precisamos e não como um chefe, um patrão que me exige deveres e obrigações.

Ele é o nosso Pai Criador, amoroso, bondoso, providente. A primeira palavra da Oração do Senhor é uma bendição de adoração,

antes de ser uma imploração. Pois a Glória de Deus é que nós o reconheçamos como “Pai”. (Catecismo § 2781)

Com efeito, Deus, que nos predestinou à adoção de filhos, tornou-nos conforme ao Corpo glorioso de Cristo. Doravante, portanto, como participantes do Cristo, vós sois com justa razão chamados “cristos” (Catecismo §2782 citação de São Cirilo de Jerusalém, catequeses mistagógicas 3,1)

nosso Reconhecer que Deus é Pai de todos. Exprime a Aliança de Deus com o seu povo. Exprime também a certeza de

nossa esperança na última promessa de Deus; na Jerusalém celeste dirá ele: “eu serei seu Deus e ele será meu filho (Ap 21,7)” (Catecismo § 2778)

que estais no céu O céu, o eterno, o mundo do conhecimento. Esta expressão bíblica não significa um lugar, “o espaço”, mas uma maneira

de ser; não o afastamento de Deus, mas sua majestade. Nosso Pai não está “em outro lugar”, ele está “para além de tudo” (Catecismo § 2794)

O que é, é, o que não é não é. O que é nunca vai deixar de ser e o que não é, nunca será (Parmênides)

santificado seja o vosso nome

Louvar a Deus, agradecer, bendizer. Crer que a sua santidade nos santifica pois somos seus filhos

venha a nós o vosso Reino

Na Oração do Senhor trata-se principalmente da vinda final do Reinado de Deus mediante o retorno de Cristo (Marana Tha = Vem, Senhor Jesus) (Catecismo §2817)

O Reino de Deus pode significar o Cristo em pessoa, a quem invocamos com nossas súplicas todos os dias e cuja vinda queremos apressar por nossa espera. Assim como ele é nossa Ressurreição, pois nele nós ressuscitamos, e assim também pode ser o Reino de Deus, pois nele nós reinaremos. (Catecismo § 2816)

Que a unidade do Reino de Deus assuma toda a separação deste mundo, causada pelo pecado original.

seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu

É vontade do nosso Pai “que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,3-4). Ele “usa de paciência, porque não quer que ninguém se perca” (2Pd 3,9). Seu mandamento, que resume todos os outros, e que nos diz toda a sua vontade, é que “nos amemos uns aos outros, como ele nos amou” (Jo 13,34) (Catecismo § 2822)

Pedimos ao nosso Pai que una nossa vontade à de seu Filho para realizar sua Vontade, seu plano de salvação para toda a humanidade. (Cat. § 2825)

Que aceitemos a expiação de Cristo e voltemos para Ele. Que sejamos novamente um com Ele.

o pão nosso de cada dia nos dai hoje

“Daí-nos”: é bela confiança dos filhos que tudo esperam de seu Pai. Providência Divina (Catecismo § 2828)

Viver somente com o necessário, não acumular

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“Hoje” é também uma expressão de confiança. É o hoje de Deus. (Catecismo § 2836)

Partilhar os bens materiais Pensar apenas no hoje, no momento presente

perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos os que nos tem ofendido

Nosso pedido de perdão não será atendido a não ser que tenhamos antes perdoado os outros. (Catecismo § 2838)

Ora, isso é tremendo, este mar de misericórdia não pode penetrar em nosso coração enquanto não tivermos perdoado aos que nos ofenderam. O amor, como o Corpo Místico de Cristo, é indivisível: não podemos amar o Deus que não vemos, se não amarmos o irmão, a irmã, que vemos. Recusando-nos a perdoar nossos irmãos e irmãs, nosso coração se fecha, sua dureza o torna impermeável ao amor misericordioso do Pai; confessando nosso pecado nosso coração se abre a sua graça. (Catecismo § 2840)

Confessar nosso pecado significa não negar e nem projetar a nossa culpa nas outras pessoas

Aceitar o processo de expiação realizado por Cristo na cruz Perdoar todo mundo como Deus nos perdoa, ajudar a Cristo no processo da

expiação. Como dizemos na missa: “Fazei isto em memória de mim”, e o que Ele fez e que pede para que nós façamos também é perdoar a todos.

Ter consciência que se eu não perdoo, não serei perdoado por eu mesmo.e não nos deixeis cair em tentação

O termo grego significa: “não permitas entrar em” (Catecismo § 2846) Significa que não devemos entrar na sedução de permanecermos separados (pecado original)

A catequese da Serpente: Querer ser Deus, mas sem Deus. Ora, um tal combate e uma tal vitória não são possíveis senão na oração.

Foi pela oração que Jesus venceu o Tentador, desde o começo. (Catecismo § 284) Isso significa que na oração entramos em comunhão com Deus, nos tornamos um com Ele e é isso que nos liberta de toda tentação de vivermos separados Dele.

mas livrai-nos do Mal Diabo (Divisor), aquele que “se atravessa no meio” do plano de Deus e de sua “obra de salvação” realizada em Cristo. (Catecismo § 2851)

A ultima petição ao nosso Pai também esta incluída na oração de Jesus: “Não peco que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno” (Jo 17, 15). Ela diz-nos respeito, a cada um pessoalmente, mas somos sempre “nos” que rezamos, em comunhão com toda a Igreja, pela libertação de toda a família humana. A oração do Senhor não cessa de nos abrir as dimensões da economia da salvação. A nossa interdependência no drama do pecado e da morte transforma-se em solidariedade no corpo de Cristo, em “comunhão dos santos”. (Catecismo § 2850)

Amém Que isto se faça (Catecismo § 2856) É um ato de fé de confiança

5.2 Os 3 passos da Verdadeira Oração

1º passo: Reverter a projeção percebendo que a culpa não está no outro, mas em mim. Eu sou responsável por tudo que vivencio em minha vida, pois ou eu crio a situação ou a atraio para mim. Devo parar de projetar nos outros a fonte dos meus problemas. Pois os pensamentos nunca largam a sua fonte.

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2º passo: Agora que assumi que sou responsável por tudo que vivencio em minha vida como consequência do Pecado Original, devo aceitar a Expiação (Perdão dos Pecados) dada gratuitamente por Cristo. Devo escolher ser filho inocente de Deus, em lugar do filho culpado do ego. Após aceitar a Expiação devo me perdoar e aceitar o Amor incondicional de Deus. Assumir que Cristo me justificou e me tornou santo, inocente.

3º passo: Entregar as minhas culpas, o meu medo, os meus pecados, os meus problemas nas mãos do Espírito Santo para que Ele que habita em mim desfaça todos os males e me liberte de todas as minhas prisões. Após ter entregue ao Espírito Santo todos os meus problemas devo confiar Nele e me entregar totalmente a Ele para que Ele possa me levar de volta a união com Deus Pai.

O primeiro e o segundo passo dependem de mim, e o terceiro do Espírito Santo, se eu não der os dois primeiros passos o Espírito Santo não poderá dar o terceiro.

5.3 Uma reflexão sobre a Oração em Mateus 6,24—7,14

6 24Ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro.

Dinheiro aqui simboliza o mundo, ou seja, o Ego, “não podeis servir a Deus e ao Ego”. O Ego quer permanecer separado de Deus, quer ficar aqui neste mundo passageiro.

Toda vez que peço algo a Deus com o objetivo de satisfazer o ego, não serei atendido.25Por isso vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida quanto ao que haveis de comer,

nem com o vosso corpo quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que a roupa? 26Olhai as aves do céu: não semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros. E, no entanto, vosso Pai celeste as alimenta. Ora, não valeis vós mais do que elas? 27Quem dentre vós, com as suas preocupações, pode acrescentar um só côvado à duração da sua vida? 28E com a roupa, por que andais preocupados? Aprendei dos lírios do campo, como crescem, e não trabalham e nem fiam. 29E, no entanto, eu vos asseguro que nem Salomão, em toda sua glória, se vestiu como um deles. 30Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que existe hoje e amanhã será lançada ao forno, não fará ele muito mais por vós, homens fracos na fé? 31Por isso, não andeis preocupados, dizendo: Que iremos comer? Ou, que iremos beber? Ou, que iremos vestir? 32De fato, são os gentios que estão à procura de tudo isso: o vosso Pai celeste sabe que tendes necessidade de todas essas coisas. 33 Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. 34Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã se preocupará consigo mesmo. A cada dia basta o seu mal.

Vemos neste texto a Providência Divina, não precisamos pedir nada, pois Deus providenciará tudo que precisamos.

Devemos buscar o Reino de Deus, ou seja, a união com Deus e tudo nos será dado gratuitamente. Devemos escutar a voz do Espírito Santo que fala dentro de nós.

7 1 Não julgueis para não serdes julgados . 2Pois com o julgamento com que julgais sereis julgados, e com a medida com que medis sereis medidos. 3Por que reparas no cisco que está no olho do teu irmão, quando não percebes a trave que está no teu? 4Ou como poderás dizer ao teu irmão: 'Deixa-me tirar o cisco do teu olho', quando tu mesmo tens uma trave no teu? 5Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o cisco do olho do

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teu irmão. 6Não deis aos cães o que é santo, nem atireis as vossas pérolas aos porcos, para que não as pisem e, voltando-se contra vós, vos estraçalhem.

Como vimos no texto sobre o pecado original (Apostila 1) não devemos projetar a culpa em ninguém. Fazemos isso quando julgamos as pessoas.

Devemos assumir a nossa responsabilidade quanto ao que acontece em nossas vidas, devemos ser 100% responsáveis por todas as nossas experiências.

Jogar o que é santo aos cães ou perolas aos porcos significa querer mudar os outros, a partir do meu julgamento, pois quando eu penso em corrigir os outros, primeiro eu os estou acusando de terem feito algo de errado, novamente estou projetando neles os meus problemas e isso “volta-se pra mim”.7 Pedi e vos será dado; buscai e achareis ; batei e vos será aberto; 8pois todo o que pede

recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá. 9Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? 10Ou lhe dará uma cobra, se este lhe pedir peixe? 11Ora, se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedem!

Deus tem prazer em nos providenciar o que precisamos. Ele nos ama e quer o melhor para nós.

Na oração não pedimos nada e recebemos tudo.12 Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles , pois

esta é a Lei e os Profetas. Ver no outro Cristo e não um inimigo. Sem nenhum julgamento. Ver no outro uma oportunidade de cura. Todas as pessoas que se aproximam de nós

possui apena um dos dois propósitos: ou é para que nós a amemos e entremos em comunhão com elas e com Deus partilhando a unidade ou para que nós vejamos nelas o que projetamos de nosso inconsciente neles e portanto deve ser corrigido em nós.

Como estamos todos unidos, tudo o que eu fizer ao outros estarei fazendo a mim mesmo.

A Lei e os Profetas simbolizam a Palavra de Deus, a Bíblia.

13Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que entram por ele. 14Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à Vida. E poucos são os que o encontram. A porta é estreita não porque é difícil, mas porque possui apenas uma maneira de ser: a

entrega nas mãos de Deus, enquanto que a porta larga simboliza muitas formas de ser, mas todas são do ego e não conduzem a lugar nenhum. (Padre Paiva, retiro espiritual do clero, dia 15 de fevereiro de 2012 em Itaici)

5.4. Uma reflexão pessoal sobre a verdadeira oração

A oração é o maior dom com que Deus abençoou a sua criatura. A oração é a voz que o Criador e a criação compartilham. Na oração a harmonia é interminável, assim como é interminável a abençoada aliança de amor. Quando se ora a ligação entre o Criador e a criatura se torna perfeita e deste modo, se estende a criação. O amor que compartilham é aquilo que toda a oração haverá de ser por toda a eternidade, quando o tempo tiver terminado.

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Para nós que, por um breve período, estamos no tempo e espaço (mundo passageiro), a oração manifesta-se na forma que melhor satisfaça as nossas necessidades. Nós temos, somente, uma necessidade. O que Deus criou uno, apenas tem de reconhecer a sua unicidade e regozijar-se pelo fato de que o que as ilusões aparentemente separavam, é uno, para sempre, na Mente de Deus. A oração tem de se converter, agora, no meio através do qual a criatura abandona os seus objetivos e interesses separados, e se dirige, em santo júbilo, à verdade da sua união com o Pai e consigo mesmo.

A oração é uma forma que o Espírito Santo nos oferece de chegarmos a Deus. Não deve ser uma pergunta ou um pedido. Não se pede nada e recebe tudo pela providência divina. É impossível rezar a ídolos (ego) e esperar encontrar Deus. A verdadeira oração deve evitar converter-se em pedidos. Devemos pedir, isso sim, ao Espírito Santo que nos ajude a voltar para Deus, restaurar a união que o pecado original quebrou e nos sentirmos novamente filhos de Deus, onde não se precisa pedir nada pois como filhos queridos pelo Pai receberemos tudo de suas mãos paternas. Como vimos no texto acima: Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. (Mt 6,36)

O segredo da verdadeira oração é esquecermos do que cremos necessitar. Pedir coisas concretas é como contemplar o pecado original, acreditando que estamos separados de Deus e que por isso para sermos felizes devemos preencher as nossas vidas com coisas ou pessoas deste mundo, tendo com elas um relacionamento afetivo (apego) como vimos na apostila do Pecado Original, e depois queremos que o pecado original se afaste de nós. Isso não o afastará, e sim atrairá mais separação, culpa, medo como consequência mais problemas e sofrimento. Ao orar devemos desvalorizar as nossas necessidades específicas tal como as vemos e entrega-las nas Mãos de Deus.

Orar é colocar-se de lado: uma renúncia, um tempo de sossegada escuta e amor. Não deve confundir-se com nenhum tipo de pedido, uma vez que a oração é uma forma de recordar a nossa santidade, de que somos filhos de Deus. A oração é uma oferenda: uma renúncia de nós mesmos para que possamos tornar-nos uno com o Amor. Não há nada para pedir, porque não há nada que possamos querer deste mundo a não ser nos unirmos a Deus. Como diz santa Tereza, doutora da Igreja: Nada te perturbe, nada te espante, tudo passa Deus não muda, a paciência tudo alcança. Quem a Deus tem nada lhe falta, só Deus basta. (Cat. §227)

5.5 A mais bela profissão do homem é rezar e amar (Cura D´Ars)

São João Maria Vianney nasceu em Lião (França) no ano de 1786. Depois de superar muitas dificuldades, pôde ser ordenado sacerdote. Tendo-lhe sido confiada a paróquia de Ars, na diocese de Belley, o santo nela promoveu admiravelmente a vida cristã, através de uma pregação eficaz, com a oração e a caridade. Revelou especiais qualidades na administração do sacramento da penitência; por isso, acorriam fiéis de todas as partes para receber os santos conselhos que ele dava. Morreu em 1859.

Vamos ver o que ele nos escreveu sobre a oração tirado do Catecismo de São João Maria Vianney, presbítero que se encontra na Liturgia das Horas do dia 04 de Agosto – Dia do Padre.

Prestai atenção, meus filhinhos: o tesouro do cristão não está na terra, mas nos céus. Por isso, o nosso pensamento deve estar voltado para onde está o nosso tesouro. Esta é a

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mais bela profissão do homem: rezar e amar. Se rezais e amais, eis aí a felicidade do homem sobre a terra.

A oração nada mais é do que a união com Deus. Quando alguém tem o coração puro e unido a Deus, sente em si mesmo uma suavidade e doçura que inebria, e uma luz maravilhosa que o envolve. Nesta íntima união, Deus e alma são como dois pedaços de cera, fundidos num só, de tal modo que ninguém pode mais separar. Como é bela esta união de Deus com sua pequenina criatura! É uma felicidade impossível de se compreender.

Meus filhinhos, o vosso coração é por demais pequeno, mas a oração o dilata e torna capaz de amar a Deus. A oração faz saborear antecipadamente a felicidade do céu; é como o mel que se derrama sobre a alma e faz com que tudo nos seja doce. Na oração bem feita, os sofrimentos desaparecem, como a neve que se derrete sob os raios do sol.

Outro benefício que nos é dado pela oração: o tempo passa tão depressa e com tanta satisfação para o homem, que nem se percebe sua duração. Escutai: certa vez, quando eu era pároco em Bresse, tive que percorrer grandes distâncias para substituir quase todos os meus colegas que estavam doentes; nessas intermináveis caminhadas, rezava ao bom Senhor e podeis crer, o tempo não me parecia longo.

Há pessoas que mergulham profundamente na oração como peixes na água, porque estão inteiramente entregues a Deus. Não há divisões em seus corações. Ó como eu amo estas almas generosas! São Francisco de Assis e Santa Clara viam nosso Senhor e conversavam com ele do mesmo modo como nós conversamos uns com os outros.

Nós, ao invés, quantas vezes entramos na Igreja sem saber o que iremos pedir. E, no entanto, sempre que vamos ter com alguém, sabemos perfeitamente o motivo por que vamos. Há até mesmo pessoas que parecem falar com Deus deste modo: “Só tenho duas palavras para vos dizer e logo ficar livre de vós...”. Muitas vezes penso nisto: quando vamos adorar a Deus, podemos alcançar tudo o que desejamos, se o pedirmos com fé viva e coração puro.

Depois disto, que dizer ainda? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Deus, que não poupou seu próprio Filho, mas o O Conteúdo do Querigma: Da Criação à Parusia - Apostila 3/3 – Pe. Genival – Abril/2015 17

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entregou por todos nós, como é que, com ele, não nos daria tudo o mais? Quem acusará os escolhidos de Deus? Deus, que justifica? Quem condenará? Cristo Jesus, que morreu, mais ainda, que ressuscitou e está à direita de Deus, intercedendo por nós? Quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada? Pois está escrito: "Por tua causa somos entregues à morte, o dia todo; fomos tidos como ovelhas destinadas ao matadouro". Mas, em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou. Tenho certeza de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potências, nem a altura, nem a profundeza, nem outra criatura qualquer será capaz de nos separar do amor de Deus, que está no Cristo Jesus, nosso Senhor.

(Rm 8,31-35)

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