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i Índice Introdução............................................... 2 Objectivos.............................................. 2 Metodologia............................................. 2 1 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS...............................3 1.1 Características dos Investimentos...................3 1.1.1 Valor Presente Liquido (VPL)....................4 1.1.2 Taxa interna de retorno (TIR)...................4 1.1.3 Playback........................................5 1.2 Análise económica de investimentos..................6 1.3 Analise Financeira de investimentos.................6 1.4 Análise de risco de investimentos...................7 1.4.1 Tipos de riscos.................................7 1.4.2 O risco financeiro e o grau de alavancagem financeira............................................9 1.5 Análise do crescimento de criação de valor.........10 Conclusão............................................... 12 Bibliografia............................................13

Analise de viabilidade de investimento

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Page 1: Analise de viabilidade de investimento

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Índice

Introdução..........................................................................................................................2

Objectivos......................................................................................................................2

Metodologia...................................................................................................................2

1 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS................................................................................3

1.1 Características dos Investimentos............................................................................3

1.1.1 Valor Presente Liquido (VPL)..........................................................................4

1.1.2 Taxa interna de retorno (TIR)...........................................................................4

1.1.3 Playback............................................................................................................5

1.2 Análise económica de investimentos.......................................................................6

1.3 Analise Financeira de investimentos.......................................................................6

1.4 Análise de risco de investimentos............................................................................7

1.4.1 Tipos de riscos...................................................................................................7

1.4.2 O risco financeiro e o grau de alavancagem financeira....................................9

1.5 Análise do crescimento de criação de valor...........................................................10

Conclusão........................................................................................................................12

Bibliografia......................................................................................................................13

Page 2: Analise de viabilidade de investimento

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Introdução

Diariamente os gestores das empresas se encontram com a necessidade de criar novos

negócios, adquirir crédito ou até mesmo utilizar o património líquido da empresa. Em

geral antes de se executar qualquer tipo de projecto deve ser feito a avaliação do que

pode ser conseguido de retorno com o mesmo capital que pretende ser utilizado no

projecto, ou seja, verificar o custo de oportunidade é extremamente importante e

indispensável para qualquer análise de viabilidade económica.

Muitas empresas hoje em dia não realizam um estudo da viabilidade do investimento

em que pensam fazer, analisando seus riscos, retornos e até mesmo analisando a

situação do mundo, e após realizarem o investimento, sem qualquer análise da

viabilidade, percebem que o capital foi mal investido, mal utilizado, ou utilizado no

momento em que não era para ser utilizado. Desse modo não conseguem os resultados

em que foi esperado ou em muitos casos ficam com saldos negativos após terem feito o

investimento sem análise de viabilidade.

Objectivos

Objectivo Geral:

Mostrar como é feito a análise de viabilidade de um investimento;

Objectivos Específicos:

Falar da importância de se realizar uma análise dos riscos e análise de

crescimento e criação de valor;

Demonstrar a importância de cada critério de decisão, utilizado na análise de

viabilidade de novo investimento.

Metodologia

A metodologia usada para a elaboração deste trabalho, baseou-se na pesquisa

bibliográfica de várias obras físicas, assim como virtuais.

Page 3: Analise de viabilidade de investimento

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1 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

Toda empresa tem necessidade de obter procedimentos para avaliar seus investimentos,

principalmente aqueles de longo prazo. Com o decorrer dos anos as empresas são

obrigadas a tomar decisões de investimentos sejam ela por causa de reformas, ou seus

activos estão desgastados, e o orçamento de capital avalia e escolhe os investimentos de

longo prazo de acordo com os objectivos da organização (LIMA, 2008).

Existem situações em que o gestor se depara com dois ou mais projectos, e tem que

avaliar e verificar sua viabilidade, em algumas situações esses projectos possuem o

mesmo objectivo, porém de maneiras diferentes, então em caso de escolha de um

projecto o outro não vai ser implantado esses casos são chamados de projectos

mutuamente exclusivos eles competem entre si, e possuem também os projectos

independentes, ou seja, mesmo que um dos projectos seja implantado o outro não vai ser

eliminado necessariamente.

1.1 Características dos Investimentos

Segundo CASAROTTO, os investidores ao realizarem determinado investimento, estão

com o objectivo de aumentar seu capital, seja ele em acções, debéntures, poupança e

títulos. Nenhum investidor qualquer que seja, aplica o seu dinheiro, pensando em perdê-

lo, dessa forma na medida em que se faz um estudo detalhado antes de aplicar o capital

aumenta a chance de se conseguir fazer com o que o seu capital após o investimento

seja aumentado e não existem muitos tipos de investimentos e devido essas dúvidas que

são criadas sobre o que é melhor se investir, onde aplicar o dinheiro no maior lucro ou

no menor risco, é que economistas mostram maneiras que podem ser utilizadas a fim de

ajudar o investidor, a saber, onde é melhor se investir de acordo com o que ele procura,

ou seja, o profissional encarregado de avaliar a viabilidade de um investimento deve

determinar qual é o melhor método a ser aplicado em cada caso.

Em casos de análise de decisão sobre investimentos com dispêndios de capital

diferentes, o investimento que proporcionar maior taxa de retorno e Valor Presente

Líquido é o que proporcionará maior retorno para a empresa.

Apresento a seguir as três técnicas de análise de investimento trabalhadas nesta

pesquisa: o Valor Presente Líquido, a Taxa Interna de Retorno e o Payback. Variáveis a

ter em conta na Avaliação de viabilidade de Investimentos.

Page 4: Analise de viabilidade de investimento

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1.1.1 Valor Presente Liquido (VPL)

Para WESTERFIELD, o valor presente líquido é a concentração de todos os valores

esperados de um fluxo de caixa na data zero. O autor afirma ainda que o VPL, com

certeza, é a técnica robusta de análise de investimento mais conhecida e mais utilizada.

Quanto aos ganhos e retornos do projecto, LAPPONI (2000), afirma que os ganhos de

um projecto podem ser representados tanto por entradas de caixa, quanto por economia

obtida em função da implantação, por isso vale avaliar o custo benefício do projecto de

investimento. Esse tipo de técnica desconta os fluxos de caixa da empresa a uma taxa

especificada.

Essa taxa refere-se ao retorno mínimo que deve ser obtido no projecto, de forma a

manter inalterado o valor de mercado da empresa. As taxas utilizadas podem ser

chamadas de taxa de desconto, custo de oportunidade ou custo de capital.

Portanto, o VPL é definido como o valor presente dos fluxos de caixa deduzidos o valor

inicial do investimento, isto é:

VPL=FC0

(1+i)0 +FC1

(1+i)1 +FC 2

(1+i)2 +FC 3

(1+ i)3+…+

FCn

(1+i)n

Onde:  FC0, FC1, FC2, FC3, FCn: representam os retornos gerados, o valor das

entradas do fluxo de caixa;   i: taxa, concebe o que a empresa espera do investimento,

ou seja, a taxa mínima de atractividade do investimento, a fim de avaliar se as entradas

proporcionam um VPL positivo.

Para a tomada de decisão através deste indicador deve ser observado que se o VPL for

positivo, então o projecto é viável. Se for negativo a taxa é menor que a esperada e é

melhor não correr o risco de investir.

1.1.2 Taxa interna de retorno (TIR)

Taxa Interna de Retorno é a taxa de desconto que iguala o Valor Presente dos fluxos do

investimento inicial. Para WESTERFIELD, (1995), a Taxa Interna de Retorno é o

melhor indicador para comparar investimentos dentro do mesmo ramo de negócio. E

para comparação de projectos diferentes, o melhor indicador é a grandeza do Valor

Presente.

O indicador obtido com o cálculo da TIR serve para analisar a alternativa risco e

retorno.

Page 5: Analise de viabilidade de investimento

v

Segundo WESTERFIELD, (1995), na dimensão retorno ela pode ser interpretada como

um limite superior para a rentabilidade de um projecto de investimento.

Para o cálculo da TIR usa-se a seguinte fórmula:

FCj: Fluxo de caixa líquido no momento; n: Duração do projecto.

Entre vários investimentos, o melhor será aquele que tiver a maior Taxa Interna de

Retorno Matematicamente, a Taxa Interna de Retorno é a taxa de juros que torna o valor

presente das entradas de caixa igual ao valor presente das saídas de caixa do projecto de

investimento. A TIR é a taxa de desconto que faz com que o Valor Presente Líquido 

(VPL) do projecto seja zero. Um projecto é atractivo quando sua TIR for maior do que o

custo de capital do projecto.

1.1.3 Playback

Este indicador indica o período de tempo necessário para que a empresa recupere o seu

investimento. Ele é o principal método não exacto, que mede o tempo necessário para

que a somatória das parcelas anuais seja igual ao investimento inicial.

Segundo CASAROTTO (2008) o payback deve ser utilizado como parâmetro, pois ele

irá medir, com base na geração de caixa, em quanto tempo o dinheiro investido

retornará, na forma de rendimento.

Calculado no fluxo de caixa de vida útil de dez anos, o payback apresenta-se de várias

maneiras para cada tipo de empresa.

CASAROTTO FILHO e KOPITTKE (2008) destacam que uma das vantagens deste

método é que ele reflecte a liquidez do projecto e, portanto, o risco de não recuperar o

investimento. Complementa ainda que quanto mais líquido o investimento, supõe-se

que menos será arriscado e vice-versa.

Por ser um indicador de cálculo fácil, pequenas empresas utilizam este método que é

intuitivo e por demonstrar o período necessário para que o investimento seja retornado.

Playback= Valor do investimentoValor dos FluxosdeCaixa

Page 6: Analise de viabilidade de investimento

vi

1.2 Análise económica de investimentos

O investimento na área económica significa a aplicação de capital em meios de

produção, visando o aumento da capacidade produtiva (instalações, máquinas,

transporte, infra-estrutura) ou seja, em bens de capital. O investimento produtivo se

realiza quando a taxa de lucro sobre o capital supera ou é pelo menos igual à taxa de

juros ou que os lucros sejam maiores ou iguais ao capital investido.

O investimento bruto corresponde a todos os gastos realizados com bens de capital

(máquinas e equipamentos) e formação de estoques (CASAROTTO, 1994).

O investimento líquido exclui as despesas com manutenção e reposição de peças,

depreciação de equipamentos e instalações. Como está directamente ligado à compra de

bens de capital e, portanto, à ampliação da capacidade produtiva, o investimento líquido

mede com mais precisão o crescimento da economia.

Segundo WESTERFIELD, A análise do investimento sob o enfoque económico avalia a

qualidade de desempenho do empreendimento, independentemente da existência de

recursos para bancá-lo. No âmbito económico é analisada a seguinte rotina:

O investimento é transformado em insumos;

Aos insumos são aplicados processos de produção, originando os produtos;

Os produtos são adquiridos pelo mercado, por meio do pagamento de um preço;

Uma parcela do preço representará o custeio da produção;

A outra parcela do preço representará o retorno, que é destinado ao

empreendedor que promoveu o investimento.

1.3 Analise Financeira de investimentos

Para WESTERFIELD, análise de viabilidade de investimentos na área financeira refere-

se a avaliação ou estudo da viabilidade, estabilidade e capacidade de lucro de um

negócio ou projecto. Engloba um conjunto de instrumentos e métodos que permitem

realizar diagnósticos sobre a situação financeira de uma empresa, assim como

prognósticos sobre seu desempenho futuro.

Ou por outra, a análise de investimentos no âmbito financeiro, a qualidade do

investimento é caracterizada pelo fechamento da equação de fundos, ou seja, pela

identificação dos recursos necessários à produção, à gestão e à comercialização do

empreendimento.

Page 7: Analise de viabilidade de investimento

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Refere-se à capacidade do empreendedor em gerar fundos ao custeio geral do

empreendimento. Por exemplo analise de investimento sob o enfoque financeiro o

empreendimento será melhor ou pior devido às condições do empreendedor, e não

devido à qualidade do empreendimento.

A analise de investimentos financeiros é assim, a capacidade de avaliar a rentabilidade

das empreses, tendo em vista, em função das condições actuais e futuras, verificar se os

capitais investidos são remunerados e reembolsados de modo que as receitas superem as

despesas de investimento e de funcionamento.

1.4 Análise de risco de investimentos

Segundo SECURATO, pode ser definido como a tentativa de se medir o grau

de incerteza na obtenção do retorno esperado em uma determinada aplicação financeira ou

investimento realizado. Dessa forma, os investimentos podem ser classificados como de

baixo, médio e alto risco. Geralmente,  investimentos de baixo risco apresentam um maior

nível de segurança ao investidor, mas em contrapartida costumam ter um retorno menor.

Investimentos de alto risco, por outro lado, podem trazer um retorno mais alto, mas com um

grau muito maior de incerteza, podendo até mesmo trazer prejuízos aos investidores.

O risco do investimento está relacionado com a probabilidade da obtenção de um

retorno menor que o retorno esperado – quanto maior for a probabilidade da obtenção

de retornos baixos ou negativos, maior risco terá o investimento.

Riscototal=Risco nao especifico+Risco demercado.

1.4.1 Tipos de riscos

Risco de mercado

É um tipo de risco que afecta todas as empresas em geral e não é passível de ser

reduzido pela diversificação. Diz respeito à incerteza da inflação, da política

monetária e orçamental, às mudanças conjunturais. Como é um risco que não pode ser

combatido pela estratégia da diversificação, o accionista para fazer aplicações na

empresa, em alternativa aos títulos do tesouro  (taxa sem risco), vai exigir uma

remuneração adicional pelo risco de mercado que incorre. É de fácil entendimento pois

está relacionado com a variação do valor dos activos. É o risco de ganhar ou perder

montantes financeiros pela simples mudança dos preços dos activos no mercado financeiro.

Page 8: Analise de viabilidade de investimento

viii

Como o valor dos activos negociados é determinado pelo mercado, a incerteza em

relação ao valor futuro (que pode representar perdas ou ganhos) do activo é o que

caracteriza então o risco de mercado (SECURATO, 1996).

O risco de mercado decorre da interferência de uma série de factores, tais como:

Alteração na taxa de juros;

Divulgação de indicadores económicos:  inflação, crescimento, poupança,

confiança do consumidor;

Crises políticas, escândalos, denúncias;

Crises financeiras ou bancárias, nacionais ou internacionais;

Guerras, revolução, atentados terroristas;

Grandes oscilações nos mercados internacionais;

Mudanças de ordem política, alteração de ministérios importantes;

Alteração nas alíquotas de imposto pelo governo;

Aceitação pelo mercado de colocação de títulos públicos;

Classificação do risco do país pelos organismos internacionais;

Resultados de pesquisas de intenção de votos em períodos eleitorais.

O risco do capital próprio investido na empresa reflecte o risco sistemático ou de

mercado, que, por sua vez, pode ser decomposto em:

Risco do negócio, ligado à gestão de exploração da empresa

Risco financeiro, associado à estrutura financeira.

O risco específico de um activo, que é medido pelo desvio padrão dos retornos, só é

relevante para os activos quando detidos isoladamente. Quando os activos são

agrupados numa carteira, o risco relevante é o risco de mercado, isto é, a contribuição

do activo para o risco da carteira.

O risco específico de um activo pode ser medido:

Pela variância dos retornos,

Pelo seu desvio padrão, ou ainda,

Pelo coeficiente de variação, sendo esta a medida mais utilizada para comparar o

risco de activos diferentes.

O risco de um activo tem dois componentes: o risco específico, que pode ser eliminado

atrás da diversificação, e o risco de mercado, que não pode ser eliminado por

Page 9: Analise de viabilidade de investimento

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diversificação, uma carteira eficiente é aquela que oferece um maior retorno para um

determinado nível de risco ou, o menor risco, para um dado retorno.

Risco específico 

Segundo SECURATO, é aquele que envolve uma empresa específica e, eventualmente,

os seus concorrentes mais directos. Este é um tipo de risco que pode ser reduzido

através de uma carteira diversificada. Uma empresa que siga uma estratégia de

diversificação vai eliminando aos poucos o risco específico dos seus negócios, ficando,

em última análise, sujeita apenas ao risco de mercado. Esta estratégia empresarial não

cria valor para o accionista; cria sim valor para outros grupos sociais tais como gestores,

trabalhadores e credores pois diminui-lhes o risco específico para o qual não tinham

protecção antes da diversificação. A única forma de criação de valor para o accionista é

investir em projectos com rendibilidade superior ao custo de oportunidade do capital.

A carteira óptima para um investidor é definida pela tangente entre as carteiras

eficientes e a curva de indiferença do investidor.

1.4.2 O risco financeiro e o grau de alavancagem financeira

O risco financeiro é o risco adicional que os accionistas correm, derivado da utilização de endividamento. Se o grau de alavancagem operacional indica a variação percentual dos resultados operacionais em face da variação percentual das vendas, o grau de alavancagem financeira indica a variação percentual dos resultados líquidos por acção (resultados disponíveis para o accionista) face à variação percentual dos resultados operacionais (CASELANI e CASELANI, 2006).

O grau de alavancagem financeira  (GAF) é obtido por decisão, por escolha de uma de entre várias alternativas de financiamento possíveis, enquanto, na maior parte das vezes, o GAO é inerente ao negócio.

GAF=∆ %Ro /(Ro−Ef )∆%Ro / Ro

Onde: Ro = resultados operacionais, Ef = custos financeiros e Δ = variação

1.5 Análise do crescimento de criação de valor

Criação de valor há um consenso entre os autores de finanças de que o principal

objectivo de uma empresa é a maximização da riqueza dos seus proprietários, bem

Page 10: Analise de viabilidade de investimento

x

como de que, para alcançar tal objectivo, as empresas e seus gestores devem (ou pelo

menos deveriam) orientar suas decisões por medidas de desempenho que revelem o

verdadeiro valor adicionado aos proprietários (ROSS, WESTERFIELD e JAFFE, 2002;

WESTON e BRIGHAM, 2000; COPELAND, KOLLER e MURRIN, 2000;

DAMODARAN, 2004; ASSAF NETO, 2010). E, na perspectiva do valor para o

accionista, uma empresa é considerada geradora de valor quando for capaz de oferecer

aos investidores uma remuneração superior às expectativas mínimas de ganhos por eles

desejados (CASELANI e CASELANI, 2006).

Caso os gestores agirem racionalmente na aplicação dos recursos da empresa em

determinado projecto de investimento, o investidor espera obter o máximo de retorno,

dentro dos limites de risco que se propôs a correr. Da mesma maneira, a expectativa de

um accionista é a de que a acção se valorize no mercado, devido às políticas e

estratégias implementadas pelo quadro directivo da empresa.

Assim, a teoria do investimento preconiza que as decisões de investimento criam valor

para o accionista, sendo, então, baseadas na teoria da maximização da riqueza dos

accionistas (SHAREHOLDER THEORY) ou da criação de valor. COPELAND,

KOLLER e MURRIN (2002) sugerem que as variáveis que influenciam o valor da

empresa são denominadas vectores, drivers de valor, sendo variáveis de desempenho

que têm impacto sobre os resultados de um negócio. DAMODARAN (2002) esclarece

que tais drivers proporcionam uma dimensão relacionada aos efeitos das decisões sobre

o valor da acção.

Segundo RAPPAPORT (1998) e DAMODARAN (2002), o crescimento do

facturamento, os lucros, o retorno sobre o capital próprio, os investimentos em capital

fixo e de giro, destacam-se como vectores do fluxo de caixa, ou seja, da criação de

valor. Uma das formas de verificação da criação de valor é por meio da análise do valor

das acções da empresa. As metodologias baseadas nessa abordagem buscam verificar as

variações no preço das acções, que podem ser provocadas por anúncios ou divulgações

de demonstrações financeiras, como também em decorrência das decisões de

investimento (ANTUNES e PROCIANOY, 2003).

Page 11: Analise de viabilidade de investimento

xi

A utilização de métricas fundamentadas no mercado, como o retorno das acções,

mostra-se mais intuitiva, pois é um indicador do grau de convergência entre objectivos

dos accionistas e gestores. Mas, o valor das acções fica exposto a muitos ruídos,

acarretando um risco incremental aos gestores, já que as oscilações nesse valor não

podem ser controladas (PUKTHUANTHONG, TALMOR e WALLACE, 2004).

LUCCHESI e FAMÁ (2007) argumentam que a expectativa de retorno do investimento

é um dos factores que ampliam o valor da empresa, pois os gestores procuram

maximizar esse valor ao tomarem as decisões de investimento. Conforme Assaf Neto

(1997), a gestão das empresas tem alterado seu foco no lucro e rentabilidade para a

busca da maximização de riqueza dos accionistas, o que constitui o objectivo - fim da

empresa.

ASSAF NETO (1997) aponta também, que a criação de valor está acima do objectivo

de superar os custos das vendas, pois se deve incorporar a remuneração referente ao

custo de oportunidade do capital, que não é considerado pela contabilidade financeira.

Dessa maneira, a criação de valor não pode ser representada por métricas de

desempenho contabilísticas, sendo indicadas as métricas de mercado. Ou seja, observa-

se que a teoria do investimento preconiza que as decisões de investimento criam valor,

sendo baseadas na teoria da maximização da riqueza dos accionistas (do valor da

empresa).

Page 12: Analise de viabilidade de investimento

xii

Conclusão

Conclui-se que análise de investimentos se baseia nos retornos propiciados pelos fluxos

de caixa relevantes associados aos projectos de investimento. A construção desses

fluxos de caixa requer grande quantidade de informações históricas, exige projecções de

resultados futuros e eles devem representar adequadamente a realidade actual e o futuro

projectado. Deve-se ter sempre em mente que fluxos de caixa mal elaborados podem

conduzir a decisões desastrosas.

É importante ter em mente que fluxo de caixa quer dizer: movimentos efectivos de

recursos que tem reflexos financeiros sobre o caixa, desprezando-se receitas e despesas

de natureza eminentemente contabilística (depreciação, amortização e outros resultados

que não são pagos ou recebidos em termos de caixa).

É importante frisar que cada organização deve definir qual a taxa de retorno mínima

aceitável em suas decisões de investimento; essa taxa mínima é denominada taxa de

atractividade. Vários dos métodos de análise envolvem o cálculo do valor presente de

um projecto, o que exige a utilização de uma taxa de desconto, ou seja, a taxa de

atractividade da organização.

Page 13: Analise de viabilidade de investimento

xiii

Bibliografia

ASSAF NETO, A. A. dinâmica das decisões financeiras. Caderno de Estudos

FIPECAFI, São Paulo, v. 9, n. 6, p. 9-25, jul./dez. 1997.

ASSAF NETO, Alexandre. Matemática Financeira e suas aplicações. São Paulo: Atlas,

2008.

CASELANI, D. M. C.; CASELANI, C. N. Drivers financeiros e não financeiros:

impactos na geração de valor. In: ENCONTRO NACIONAL DE PROGRAMAS DE

PÓSGRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 30., 2006, Salvador (BA). Anais...Rio de

Janeiro: ANPAD, 2006.

LIMA, Fabiano Guasti. Curso de administração financeira. São Paulo, Atlas, 2008.

CASAROTTO, Nelson; KOPITTKE,Bruno Hartmut “Analise de Investimentos”-; 6°

edição atlas(1994)

ROSS, WESTERFIELD, Jaffe “Administração Financeira” - Ed. Atlas (1995)

LAPPONI, Juan Carlos; LAPPONI ” Projectos de Investimento” - Editora (2000)

SECURATO, José Roberto “Decisões Financeiras em condições de risco”– Atlas

(1996).

RAPPAPORT, A. Creating shareholder value: a guide for managers and investors. 2a.

ed. New York: Free Press, 1998. 205p.

ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. 2. ed., Administração financeira:

corporate finance. São Paulo: Atlas, 2002. 776 p.

Page 14: Analise de viabilidade de investimento

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Nome: Sérgio Alfredo Macore / 22.02.1992

Naturalidade: Cabo Delgado – Pemba – Moçambique

Contactos: +258 826677547 ou +258 846458829

Formado em: Gestão de Empresas / Gestão Financeira

E-mail: [email protected] / [email protected]

Facebook: Helldriver Rapper Rapper, Sergio Alfredo Macore

Twitter: @HelldriverTLG

Instituição de ensino: Universidade Pedagogica Nampula – Faculdade = ESCOG.

Boa sorte para você…….